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Preparação para Exame Laboratorial de Tecnologia Farmacêutica III - 2002/2003 Prescrições Gerais (!) – é de salientar que no exame será pedido o preenchimento de uma ficha relativa à preparação ou controlo de um medicamento. É um facto consumado que nos trabalhos de preparação de produtos acabados apenas será fornecida a respectiva fórmula, sem quaisquer passos de execução. No que respeita a trabalhos de controlo, como sendo, a determinação do teor em Cl 2 da solução de hipoclorito de sódio podem contar com os passos necessários à execução da técnica. Torna-se por isso importante adquirir uma ideia lógica acerca dos procedimentos a adoptar de modo a realizar o trabalho com sucesso. Por isso, apresenta-se cada trabalho no contexto do preenchimento da respectiva ficha. Além disso, convém salientar que deveremos ter uma postura tal qual estivéssemos a trabalhar numa farmácia uma vez que é esse tipo de atitude que o professor Maurício exige dos alunos. Imaginem então que estão no balcão de uma farmácia e vos chega um doente com uma receita médica para a preparação de um manipulado... Trabalho I - o trabalho nº. 1 refere-se a xaropes. Um xarope é um produto acabado que corresponde a uma solução verdadeira contendo um açúcar (geralmente sacarose) numa concentração próxima da saturação. O açúcar presente no xarope além de proporcionar um sabor agradável (edulcorante), confere-lhe alto valor calórico, propriedades conservantes e até melhora a dissolução de alguns fármacos visto que, faz com que o xarope tenha uma constante dieléctrica menor que a água. As suas propriedades conservantes advêm do facto de uma solução de sacarose próxima da saturação ser hipertónica, provocando a plasmólise aos microorganismos. Além disso, a capacidade de se formarem açúcar redutores leva a que um xarope seja um meio naturalmente antioxidante. 1. Xarope comum - Xarope simples Água destilada...................... 350 g Açúcar ................................ 650 g Medicamento: Xarope comum Teor em substancias activas: 100 g (ml ou unidades) contêm______g (ml) de _________ ( neste caso trata-se da preparação de um veículo que como é normal não tem nenhuma substância activa!) Forma Farmacêutica: Solução Número do lote:______( só se disserem!) Data de preparação:___________(dia do fatídico exame...) Quantidade a preparar: podem pedir qualquer quantidade; vai usar-se o exemplo da aula em que se pediu 60 g.

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Tec II

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Preparação para Exame Laboratorial de Tecnologia Farmacêutica III - 2002/2003

Prescrições Gerais (!) – é de salientar que no exame será pedido o preenchimento de uma ficha relativa à preparação ou controlo de um medicamento. É um facto consumado que nos trabalhos de preparação de produtos acabados apenas será fornecida a respectiva fórmula, sem quaisquer passos de execução. No que respeita a trabalhos de controlo, como sendo, a determinação do teor em Cl2 da solução de hipoclorito de sódio podem contar com os passos necessários à execução da técnica. Torna-se por isso importante adquirir uma ideia lógica acerca dos procedimentos a adoptar de modo a realizar o trabalho com sucesso. Por isso, apresenta-se cada trabalho no contexto do preenchimento da respectiva ficha. Além disso, convém salientar que deveremos ter uma postura tal qual estivéssemos a trabalhar numa farmácia uma vez que é esse tipo de atitude que o professor Maurício exige dos alunos. Imaginem então que estão no balcão de uma farmácia e vos chega um doente com uma receita médica para a preparação de um manipulado... Trabalho I - o trabalho nº. 1 refere-se a xaropes. Um xarope é um produto acabado que corresponde a uma solução verdadeira contendo um açúcar (geralmente sacarose) numa concentração próxima da saturação. O açúcar presente no xarope além de proporcionar um sabor agradável (edulcorante), confere-lhe alto valor calórico, propriedades conservantes e até melhora a dissolução de alguns fármacos visto que, faz com que o xarope tenha uma constante dieléctrica menor que a água. As suas propriedades conservantes advêm do facto de uma solução de sacarose próxima da saturação ser hipertónica, provocando a plasmólise aos microorganismos. Além disso, a capacidade de se formarem açúcar redutores leva a que um xarope seja um meio naturalmente antioxidante.

1. Xarope comum - Xarope simples Água destilada...................... 350 g Açúcar ................................ 650 g

Medicamento: Xarope comum Teor em substancias activas: 100 g (ml ou unidades) contêm______g (ml) de _________ ( neste caso trata-se da preparação de um veículo que como é normal não tem nenhuma substância activa!) Forma Farmacêutica: Solução Número do lote:______( só se disserem!) Data de preparação:___________(dia do fatídico exame...) Quantidade a preparar: podem pedir qualquer quantidade; vai usar-se o exemplo da aula em que se pediu 60 g.

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Matérias-Primas Nº do lote Origem Farmacopeia

Quantidade para 100 g

(mL ou unidades)

Qnantidade calculada

Quantidade pesada Rubrica

Açucar Rót. Rótulo rótulo 65 g 39 g

Água destilada - Lab: TEC III - 35 g 21 g

O que pesarem na balança...

Técnica operatória – Todos os passos mencionados fora dos quadrados e notações em itálico não se referem na ficha e são apenas para orientação do trabalho!!

• Antes de mais nada ligar o banho a 70º C; • Arranjar material essencial: espátula, papel costaneira, copo/proveta, matraz de

boca larga, vareta, funil, papel de Chardin, recipiente;

1. Pesagem do açúcar (39 g em papel costaneira com a ajuda da espátula)

2. Pesagem da H2O (em copo 21 g) ou Medição da H2O (em proveta 21 ml)

3. Tranferência do açúcar para matraz ( de boca larga)

4. Tranferência da H2O para o matraz (com a ajuda de uma vareta)

5. Agitação até dissolução total do açúcar (agitar a frio até máxima dissolução possível; depois disto, aquecer no banho ligeira/ e continuar a agitar; dá-se a dissolução por finalizada quando, com o matraz contra a luz não se detectar qualquer cristal, visto que a turvidez pode ser causada por bolhas de ar e que se confundem com os cristais.)

6. Filtração para recipiente adequado (usando o papel de Chardin que é mais poroso e resistente)

Aparelhagem usada: Balança Semi-analítica

Tipo de embalagem: Frasco de vidro castanho com rolha de plástico com vedante (dito na aula teórica pelo professor) Capacidade do recipiente: depende do que for dito... Condições de conservação

Condições de conservação: não é especificado mas tem a ver com todos os processos que evitem a sua alteração (PRISTA pág. 1023), tipo: hermeticamente fechado, ao abrigo da luz, frasco bem cheio. Rotulagem Menções a constar do rótulo: “Xarope comum” Operador Contém sacarose. Conservar fechado ao abrigo da luz Prazo de validade

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Verificação

Ensaio Especificação Resultado Rubrica Operador

Aspecto Líquido mais ou menos viscoso incolor ou ligeiramente amarelado

conforme

sabor sabor muito doce conforme (todo o tipo de ensaios organolépticos que achem importantes de mencionar)

Se quiserem ter noção dos ensaios que se podem realizar em xaropes consultar PRISTA pág. 1027. Cálculos Neste trabalho os cálculos são regras de três simples unicamente para obter a partir da fórmula as quantidades necessárias para a quantidade de xarope pedida. Observações Não existem neste caso grandes observações a salientar. mas poderiam ser coisas do tipo: o xarope ficou muito amarelado provavelmente devido a aquecimento excessivo. 2. Xarope de iodeto ferroso

Xarope de protoiodeto de ferro Iodo .............................................4, l g Ferro .............................................2,0 g Água destilada recente/ fervida ...15,0 g Ácido tartárico em pó ..................1,0 g Xarope comum ..............................990 g O xarope de iodeto ferroso é antianémico, usado no tratamento de anemia por deficiência em Ferro, sendo também usado como tónico estimulante (devido ao iodo). É constituído pelas seguintes matérias primas:

• Iodo - propriedade estimulantes (tónico); • ferro – anti-anémico, usado na anemia por deficiência em Ferro; • água destilada previamente fervida - serve para retirar o oxigénio dissolvido,

impedindo que ocorra a oxidação do Fe2+ a Fe3+ o que levaria a perda de actividade;

• Ácido Tartárico - é um agente quelante, com uma função de complexar iões de metais pesados dissolvidos em Água e que possam promover a oxidação do Ferro, ferro este que na presença de água forma Fe(OH)3 que precipita; este hidróxido vai ser quelatado pelo ác. Tártárico e não vai depositar; Além disso o Ácido Tartárico vai ainda promover uma ligeira hidrólise da sacarose, criando-se assim um meio redutor natural que evita a oxidação do Ferro. De acordo com os seguintes dados:PMI2 =254 P A Fe = 56 verifica-mos que

fazendo as contas a fórmula apresenta um excesso de Ferro; este excesso tem como função evitar a oxidação do iodeto de Ferro a iodeto ferroso.

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Medicamento: Xarope de iodeto ferroso Teor em substancias activas: 100 g (ml ou unidades) contêm 0,5 g (ml) de Iodeto ferroso ( visto que diz lá que por cada 20 g há 0,10 g de iodeto ferroso!) Forma Farmacêutica: Solução Número do lote:______( só se disserem!) Data de preparação:___________(dia do fatídico exame...) Quantidade a preparar: podem pedir qualquer quantidade; vai usar-se o exemplo da aula em que se pediu 1/10 da fórmula.

Matérias-Primas Nº do lote Origem Farmacopeia

Quantidade para 100 g

(mL ou unidades)

Qnantidade calculada

Quantidade pesada Rubrica

Iodo Rót. Rótulo rótulo 0.41 g 0.41 g

Ferro - Rótulo rótulo 0.20 g 0.2 g

Água dest. Recent/ fervida

- Lab: TEC III - 1.48 g 1.5 g

Ác. Tartárico em pó Rót. Rótulo rótulo 0.1 g 0.1 g

Xarope comum - Lab: TEC III - 97.8 g 99.0 g

O que pesarem na balança...

Técnica operatória –

• Ter disponível um banho com água quente: • Arranjar material essencial: espátula normal e de pau, almofariz de porcelana,

papel costaneira, 2 vidros de relógio, pipeta de Pasteur, matraz pequeno, matraz de boca larga,vareta, funil, papel de filtro, recipiente;

1. Pesagem do xarope comum (99,0 g para um matraz de boca larga com a ajuda de uma vareta )

2. Pesagem do Ác. Tartárico previamente triturado (em almofariz de porcelana; pesa-se depois 0,1 g em papel)

3. Adição do Ác. Tartárico ao xarope comum ( transferindo o pó para um matraz e criando assim um meio redutor ) e respectiva mistura (com aquecimento e com vareta; deixar arrefecer porteriormente)

4. Pesagem do Ferro ( 0,2 g em forma de limalha e em papel)

5. Pesagem do Iodo (0,41g em vidro de relógio , usando uma espátula de pau e cobrindo com outro vidro de relógio)

7. Pesagem e Adição da água ao iodo e ao ferro com agitação (1,0g de água para o matraz pequeno com a ajuda de uma pipeta de Pasteur ;aquece-se ligeiramente e agita-se até que o líquido adquira uma cor com aspecto de terra e depois esverdeada)

8. Filtração da solução aquosa resultante sobre o xarope e homogeneização ( filtrar em filtro simples para dentro do matraz com o xarope e homogeneizar com vareta; usa-se aqui restantes 0,5 g de água para lavar o copo)

Aparelhagem usada: Balanças Analítica( princípios activos) e Semi-analítica ( excipientes)

Tipo de embalagem: Frasco de vidro incolor Capacidade do recipiente: depende do que for dito...

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Condições de conservação

Condições de conservação: tem a ver com todos os processos que evitem a alteração do iodeto ferroso e regeneração do iodo pela luz(PRISTA): bem cheio, exposto à luz Rotulagem Menções a constar do rótulo: “Xarope de iodeto ferroso” – Antianémico e estimulante (tónico) Cada grama de xarope contém 5 mg de Iodeto Ferroso. Contém sacarose. Conservar fechado à exposição da luz Prazo de validade Manter fora do alcançe das crianças Uso Oral Operador Verificação

Ensaio Especificação Resultado Rubrica Operador

Aspecto Líquido mais ou menos viscoso incolor ou ligeiramente amarelado

conforme

sabor sabor muito doce conforme pH pH ácido conforme

(todo o tipo de ensaios organolépticos que achem importantes de mencionar)

Se quiserem ter noção dos ensaios que se podem realizar em xaropes consultar PRISTA pág. 1027ou FGP. Cálculos Neste trabalho os cálculos são regras de três simples unicamente para obter a partir da fórmula as quantidades necessárias para a quantidade de xarope pedida e as quantidades por 100 g. Observações Não existem neste caso grandes observações a salientar. 3. Xarope de groselhas

Sirupus ribesiarum Suco de groselhas depurado................... 350 g Açúcar...................................................q.b. O xarope de groselhas não tem acção terapêutica. É simplesmente um veículo com propriedades aromatizantes, edulcorantes e refrescantes. A sua preparação típica consiste em dissolver o açúcar no suco, levar rapidamente à fervura e coar a solução. A quantidade de sacarose para dissolver é dada por uma tabela e é função da densidade por suco; o xarope final deve apresentar uma densidade de 1,33 a frio. Quanto maior for a densidade do suco menor e a quantidade de açúcar a adicionar. para sabermos a densidade dos suco teremos de recorrer à balança de Möhr. para

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isso teremos de dominar a técnica de montagem. Montagem da balança de Möhr e determinação de densidades 1 - colocar a base da balança de modo que o parafuso da Base fique virado para a vossa esquerda e um parafuso de cima fique virado para nós; 2 - colocar o suporte em forma de J na balança; em cima encaixar a parte graduada colocando o gancho para a direita; 3 – colocar no gancho da extremidade o densímetro , colocando-o dentro de uma proveta vazia e ajustar com o parafuso da haste a altura adequada em que o densímetro tem uma distância adequada do fundo da proveta( subir cerca de três dedos);

4 - equilibrar a balança nivelando o fiel usando parafuso da base e tendo o densímetro no seu lugar; 5 - Encher a proveta com o suco e mergulhar o densímetro até total submersão; 6 - Com os cavaleiros equilibrar a balança usando a pinça : Maior – vale 1 na posição 10 e 0,X nas outras posições sendo X o nº. da posição; Médio - vale 0,1 na posição 10 e 0,0X nas outras posições sendo X o nº. da posição; Pequeno - vale 0,01 na posição 10 e 0,00X nas outras posições sendo X o nº. da posição; 7 – A densidade é dada pela soma do valor de cada cavaleiro colocado na balança após esta estar equilibrada; usar sempre 3 casas decimais! Medicamento: Xarope de groselhas Teor em substancias activas: 100 g (ml ou unidades) contêm _________( visto que isto se trata de um veículo sem princípio activo) Forma Farmacêutica: Solução Número do lote:______( só se disserem!) Data de preparação:___________(dia do fatídico exame...) Quantidade a preparar: podem pedir qualquer quantidade; vai usar-se o exemplo da aula em que se pediu 50 g de xarope.

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Matérias-Primas Nº do lote Origem Farmacopeia

Quantidade para 100 g

(mL ou unidades)

Qnantidade calculada

Quantidade pesada Rubrica

Suco de groselhas depurado

- Lab: TEC III -

Açúcar - rótulo rótulo

depende da densidade do Suco- portantu lá mais para

frente...

O que pesarem na balança...

Técnica operatória

• Ter disponível um Bico de bunsen com placa de aquecimento e a balança de Möhr;

• Arranjar material essencial: proveta, espátula normal, papel costaneira, pipeta de Pasteur, vareta, manga de Hipócrates, recipiente, copo grandinho;

1. Determinação da densidade do suco (usando a balança de Möhr como foi supracitado e usando uma proveta para efectuar a medição – a obtenção do valor de densidade – vamos assumir 1,051 – faz com que tenham de recorrer à tabela da FP IV para terem dados para fazer os cálculos e terem a quantidade de açucar – VER CÁLCULOS!)

2. Pesagem do suco (em gobelé com a ajuda de uma vareta e acertando com a pipeta de Pasteur)

3. Pesagem do açucar ( em papel com a ajuda da espátula)

4. Adição do açucar ao suco com agitação e aquecimento até fervura ( colocam o açucar no gobelé, agitam com a vareta a frio até tentar solubilizar todo o açucar e depois colocar a aquecer no bico de Bunsen – quando levantar fervura passar de imediato ao passo seguinte)

5. Filtração para recipiente (filtrar por manga de Hipócrates com o suco ainda quente para um copo e deixar arrefecer colocando-se depois no recipiente adequado)

Aparelhagem usada: Balanças Semi-analítica e de Möhr ( densidades); Bico de Bunsen

Tipo de embalagem: Frasco de vidro/plástico com rolha e vedante; Capacidade do recipiente: depende do que for dito... Condições de conservação

Condições de conservação: tem a ver com todos os processos que evitem a alteração de um xarope simples(PRISTA): hermeticamente fechado e ao abrigo da luz, frasco bem cheio Rotulagem Menções a constar do rótulo: “Xarope de groselhas” Contém sacarose. Conservar bem fechado ao abrigo da luz Prazo de validade Operador

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Verificação

Ensaio Especificação Resultado Rubrica Operador

Aspecto Líquido mais ou menos viscoso de cor vermelha conforme

sabor sabor muito doce e aromático conforme Densidade Densidade entre 1,32 e 1,33 conforme

(todo o tipo de ensaios organolépticos que achem importantes de mencionar)

Cálculos Pelo contrário este trabalho tem muitos cálculos para efectuar. Obtivemos 1,051 de valor para a densidade do suco e vamos consultar a seguinte tabela:

Tabela XV (da F.P.IV) -Quantidades de açúcar a ajuntar aos sucos de amoras, de marmelos e de groselhas, conforme as densidades, para a preparação dos xaropes. Por azar não temos o valor direitinho como obtivemos e por isso vamos ter de fazer uma interpolação. Assim o raciocínio é este: o nosso valor enquadra-se no intervalo assinalado pela linha. A uma diferença de valor de densidade corresponde uma diferença no peso do açúcar; vejamos:

375,2_______)051,1052,1(

497516_______)044,1052,1(

=−

−−

xx

Não se preocupem se vos dá valores negativos mas aqui o que interessa são

diferenças absolutas; assim se escolhermos o máximo do intervalo para fazermos o cálculo ( como neste caso) vamos adicionar a diferença que nos deu (497+2,375 = 499,375 g de açucar para 350 g de suco) (porque se repararmos, quando uma escala desce a outra sobe em valor); caso contrario se usassemos o limite inferior teríamos de retirar ( 516 – a diferença obtida). Foi pedido que se preparasse 50 g de xarope; daí que tenhamos que saber a quantidade de cada composto a pesar:

gxxxarope

açucarxarope

4,29_______________50

375,499______375,499350

=

+

Sabemos assim que precisamos 29,4 g de açucar e de 50-29,4=20,6g de suco. A partir daqui é seguir a técnica operatória. Observações Não existem neste caso grandes observações a salientar. Agora se o prof. se lembrar de vos pedir de acertar a viscosidade de um xarope com densidade não conforme e sabendo que a densidade é a relação massa volume, temos de saber se

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temos de meter água ( ou suco) ou mais açucar...mas acho que isso não vai ser pedido. 4 Xarope de sulfoguaiacolato de potássio, composto Sirupus Kalii sulfuguajacolatis, compositus Sulfoguaiacolato de potássio...................50 g Benzoato de sódio................................30 g Água destilada ........................................50 g Tintura de acónito ....................................3 g Xarope de casca de laranja ...................867 g Este xarope é usado como antitússico e expectorante , apresentando vários princípios activos em que o principal é o Guaiacol , que é praticamente insolúvel em água ; a introdução de um grupo sulfónico confere a sua solubilidade em água . É então constituído pelas seguintes matérias-primas:

• Tintura de acónito - tem propriedades anti-tússicas; o álcool ajuda na conservação do xarope;

• Benzoato de sódio - reforça sobretudo a actividade expectorante • Água destilada - serve de veículo, sendo usada para corrigir a

densidade do xarope final (que deve ser 1,33 ) • xarope de casca de laranja - é o veículo principal que funciona como um

corrector do sabor metálico e ácido do xarope( sabos desagradável proveniente do guaiacol)

• Sulfa-gauaicolato de potássio - Sal que mantém as características expectorantes do Guaiacol mas que já é solúvel em água( guaiacol que é o princípio activo)

Medicamento: Xarope de sulfaguaiacolato de potássio, composto Teor em substancias activas: 100 g (ml ou unidades) contêm 5 g Sulfaguaiacolato de potássio; 3g de benzoato de sódio; 0,3 g de tintura de acónito ( São estes os três compostos com actividade mencionados no PRISTA) Forma Farmacêutica: Solução Número do lote:______( só se disserem!) Data de preparação:___________(dia do fatídico exame...) Quantidade a preparar: podem pedir qualquer quantidade; vai usar-se o exemplo da aula em que se pediu 1/20 da fórmula.

Matérias-Primas Nº do lote Origem Farmacopeia

Quantidade para 100 g

(mL ou unidades)

Qnantidade calculada

Quantidade pesada Rubrica

Sulfaguaiacolato de potássio

Rót. Rótulo rótulo 5 g 2,5 g

Benzoato de sódio Rót. Rótulo rótulo 3 g 1,5 g

O que pesarem na balança...

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Água destilada - Lab: TEC III - 5 g 2,5 g

Tintura de acónito Rót. Rótulo rótulo 0,3 g 0,15 g

Xarope de casca de laranja

Rót. Rótulo rótulo 86,7 g 43,35 g

Técnica operatória

• Ter disponível um banho com água quente: • Arranjar material essencial: espátula normal, papel costaneira, pipeta de Pasteur,

matraz de boca larga,vareta, funil, papel de Chardin, recipiente;

1. Pesagem do xarope de casca de laranja (cerca de um terço- 12,5 g - para um matraz de boca larga com a ajuda de uma vareta e tomar nota para saber quanto têm de pesar no final )

2. Adição da água destilada ao xarope( como ajuda de uma pipeta de Pasteur juntar 1 ml pela graduação da mesma) e mistura ( com a ajuda de uma vareta(?))

3. Pesagem do Sulfaguaiacolato de potássio e do benzoato de sódio ( respectivamente 2,5 g e 1,5 em papel com ajuda da espátula )

4. Aquecimento do xarope ( em banho de água) e adição dos sais Sulfaguaiacolato de potássio e benzoato de sódio ( agitando o matraz )

5. Arrefecimento da mistura ( feito à torneira)

6. Adição da tintura de acónito( por pesagem diferencial )

7. Adição da quantidade de xarope restante ( pesado em copo o que falta; lavar o copo com a água restante –1,5 ml)

8. Filtração dos xarope para o respectivo recipiente ( filtrar por papel de Chardin)

Aparelhagem usada: Balanças Analítica( tintura de acónito) e Semi-analítica ( resto…)

Tipo de embalagem: Frasco de vidro ou pástico opaco com rolha e vedante Capacidade do recipiente: depende do que for dito... Condições de conservação

Condições de conservação: tem a ver com todos os processos que evitem a alteração dos princípios activos do xarope (PRISTA): bem fechado , ao abrigo da Luz, frasco bem cheio ( não tenho a certeza que seja assim…) Rotulagem Menções a constar do rótulo: “Xarope de Sulfaguaiacolato de potássio, composto” Antitússico e expectorante Cada grama de xarope contém:

50 mg de Sulfaguaiacolato de potássio 30 mg de Benzoato de sódio 3 mg de Tintura de acónito

Contém sacarose. Conservar bem fechado ao abrigo da luz Prazo de validade Manter fora do alcançe das crianças Uso Oral Operador

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Verificação

Ensaio Especificação Resultado Rubrica Operador

Aspecto Líquido mais ou menos viscoso com det. Cor (?) conforme

Sabor/aroma sabor muito doce com aroma a laranja conforme densidade Valor entre 1,32 – 1,33 conforme

(todo o tipo de ensaios organolépticos que achem importantes de mencionar)

Se quiserem ter noção dos ensaios que se podem realizar em xaropes consultar PRISTA . Cálculos Neste trabalho os cálculos são regras de três simples unicamente para obter a partir da fórmula as quantidades necessárias para quantidades de xarope pedidas e as quantidades por 100 g. Observações Não existem neste caso grandes observações a salientar.