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    O QUE O YGA?

    Yga qualquer metodologia prtica que conduz ao Samdhi. Esta a definio que propusem vrios congressos internacionais e que, afortunadamente, tornou-se uma das mais aceitespor todos os tipos de Yga, os quais consideram-na a nica que abarca as propostas de todos.

    Samdhi o estado de conscincia que s pode ser desenvolvido pelo Yga. Samdhi estmuito alm da meditao. Para conquistar esse nvel de megalucidez, necessrio operar umasrie de metamorfoses na estrutura biolgica do praticante.

    Isso requer tempo e sade. Ento, o prprio Yga, em suas etapas preliminares, providenciaum acrscimo de sade para que o indivduo suporte o empuxe evolutivo que ocorrer durantea jornada; e prov tambm o tempo necessrio, ampliando a expectativa de vida, a fim de queo ygin consiga, em vida, atingir a sua meta.

    Os efeitos sobre o corpo, sua flexibilidade, fortalecimento muscular, aumento de vitalidade eadministrao do stress, fazem-se sentir muito rapidamente. Mas para despertar a energiachamada kundalin, desenvolver as paranormalidades e atingir o samdhi, precisa-se do

    investimento de muitos anos com dedicao intensiva.

    Por isso, a maioria dos praticantes de Yga no se interessa pela meta da coisa em si(kundalin e samdhi). Em vez disso, satisfaz-se com os fortes e rpidos efeitos sobre o corpo ea sade.

    O Yga ensina, por exemplo, como respirar melhor, como relaxar, como concentrar-se, comotrabalhar os msculos, articulaes, nervos, glndulas endcrinas, rgos internos, etc.Atravs de exerccios fsicos belssimos, fortes, porm que respeitam o ritmo biolgico dopraticante.

    A prtica completa do SwSthya Yga compreende oito tipos de tcnicas (mudr, pj, mantra,

    prnyma, kriy, sana, yganidra, samyama) que vo actuar em oito reas distintas,promovendo um aperfeioamento multilateral.

    Extrado do livro Tudo sobre Yga, do Mestre DeRose

    QUAL O GNERO DA PALAVRA YGA?

    Masculino. Quase todas as palavras snscritas terminadas em a so masculinas. Isto deveriavaler para a corruptela ioga, pois a regra da nossa lngua para esses casos preservar ognero das palavras que forem incorporadas ao portugus.

    Extrado do livro Tudo sobre Yga, do Mestre DeRose

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    O YGA E "A YGA" SO COISAS DIFERENTES?

    Sim, totalmente diferentes. So confundidas pelo leigo devido s semelhanas de escrita epronncia como ocorre com Aikid e Hapkid, Histria e estria, balonista e baloeiro, canap ecanap, esotrico e exotrico.

    H diferenas marcantes na poca de surgimento, pas de origem, proposta, metedologia e tipode pblico.

    "A yga" (tambm grafada yoga ou ioga, pronunciada com aberto) uma coisa parada erequer pacincia; o Yga (escrito sempre com acento circunflexo, com Y, pronunciado com fechado e no gnero masculino) uma tcnica dinmica e lindssima. "A yga" quase sempremstica; j o Yga no admite misticismo. "A yga" recomendvel apra idosos; no entanto oYga para gente jovem. "A yga" frequentemente ensinada por pessoas sem preparo nemhabilitao; em compensao, o Yga s ministrado por instrutores formados nos cursos deextenso das Universidades Federais, Estaduais e Catlicas de quase todo o pas.

    "A yga" surgiu na dcada de 60 aqui mesmo no Brasil,; o Yga surgiu na ndia h mais de

    5.000 anos.

    "A yga" est dicionarizada e pode ser grafada com i, o Yga no est dicionarizado, portanto,devee-se respeitar a grafia original, a pronncia com fechado, o gnero masculino e o acentoque est l na escrita em caracteres dvangari.

    Extrado do livro "Tudo Sobre Yga", do Mestre DeRose

    Livro recomendado: um livro pequeno e de fcil leitura, com a inteno de informar e auxiliaro estudo dos alunos e esclarecer a populao eliminando os preconceito decorrentes dadesinformao.

    O QUE O SWSTHYA YGA?

    "SwSthya Yga o nome da sistematizao do Yga mais completo do mundo, Yga Ultra-Integral, baseado em razes muito antigas (Dakshinacharatantrika-Nirshwarasmkhya Yga). Acaracterstica principal a sua prtica ortodoxa denominada ashtnga sdhana." MestreDeRose

    O SwSthya Yga o Yga Antigo, o prprio Yga original, naturalista (no-mstico), sensoriale desrepressor, codificado no sc. XX pelo Mestre DeRose. um Yga extremamente tcnico,dinmico, que no admite misticismo. Um Yga do perodo pr-clssico, que respeita aliberdade do praticante e incrementa o bem estar, descontraco, a alegria, uma sexualidadesadia, prosperidade, o sucesso scio-econmico.

    O SwSthya Yga tem como caracterstica principal, uma prtica completa, ashtnga sdhanaque constituda por oito partes, cujas tcnicas so sincronizadas harmoniosamente. Osexerccios brotam uns dos outros mediante passagens, que permitem a existncia deverdadeiras coreografias corporais, as quais nenhum outro tipo de Yga possui.

    Finalmente, o SwSthya Yga o nico Yga no mundo que possui regras gerais, ou seja, onico que oferece auto-suficincia ao praticante.

    O SwSthya Yga a sistematizao, a codificao da linha Dakshinacharatantrika-Nrishwarasmkhya Yga, pr-clssica, pr-ariana, pr-vdica, proto-histrica: a mais antiga,portanto a mais autntica. As razes do SwSthya Yga so o Tantra e o Smkhya.

    O SwSthya Yga tem 8 caractersticas (astnga guna):

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    1) ASHTNGA SDHANA

    A caracterstica principal do SwSthya Yga a sua prtica ortodoxa denominada ashtngasdhana (ashta=oito; anga=parte; sdhana=prtica). Trata-se de uma prtica integrada por oitopartes a saber: mudr, pj, mantra, prnyma, kriy, sana, yganidra, samyama.

    2) REGRAS GERAIS DE EXECUO

    Uma das mais notveis contribuies histricas da nossa sistematizao foi o advento dasregras gerais, as quais no so encontradas em nenhum outro tipo de Yga...a menos quevenham a ser incorporadas a partir de agora, por influncioa do SwSthya Yga. J temostestemunhado exemplos dessa tendncia em aulas e textos de vrios tipos de Yga emdiferentes pases, aps o contacto com o SwSthya.

    fcil constatar que as regras e as demais caractersticas do nosso mtodo no eramconhecidas nem utilizadas anteriormente: basta consultar os livros de vrias modalidades deYga publicados antes da codificao do SwSthya. Em nenhum deles vai ser encontradareferncia alguma s regras gerais de execuo.

    Por outro lado podemos demonstrar que as regras gerais constituram apenas uma descobertae no uma adaptao, pois sempre estiveram presentes subjacentemente. Tome por exemploalgumas tcnicas quaisquer, tais como uma anteflexo (paschimttnsana), uma retroflexo(bhujangsana) e uma lateroflexo (triknsana), e execute-as de acordo com as regras doSwSthya Yga. Depois consulte um livro de Hatha Yga e faa as mesmas posies seguindosuas extensas descries para cada tcnica. Voc vai se surpreender: as execues seroequivalentes em mais de 90% dos casos. Portanto, existe um padro de comportamento. Essepadro foi identificado por ns e sintetizado na forma de regras gerais.

    Tal facto passou despercebido a tantas geraes de Mestres do mundo inteiro durasntemilhares de anos e foi descoberto somente na entrada do terceiro milnio da Era Crist, damesma forma como a lei da gravidade passou a ser registrada pelos grandes sbios e fsicos

    da Grcia, ndia, China, Egipto e do mundo todo, s vindo a ser descoberta recentemente porNewton. Assim como Newton no inventou a gravidade, tambm no inventamos as regrasgerais de execuo. Elas sempre estiveram l, mas ningum nunca notou.

    No SwSthya Yga as regras ajudam bastante, simplificando a aprendizagem e acelereando aevoluo do praticante. Ao instrutor, alm disso, poupa um tempo precioso, habitualmentegasto com descries e instrues desnecessrias.

    3) SEQUNCIAS COREOGRFICAS

    Outra importante caracterstica do SWSthya Yga o resgate do conceito primitivo detreinamento, que consiste em execues mais naturais, anteirores ao costume de repetir

    tcnicas. A instituio do sistema repetitivo muito mais recente do que se imagina.As tcnicasantigas, livres das limitaes impostas pela repetio, tornavam-se ligadas entre si porencandeamentos espontneos. No SwSthya Yga esses encadeamanetos constituemmovimentos de ligao entre os sanas no repetitivos nem estanques, o que predispe elaborao de execues coreogrficas.

    Assim, (A) a no repetio, (B) as passgens (movimentos de ligao) e (c) as coreografias(com sanas, mudrs bandhas, kriys, etc.), so consequncias umas das outras,reciprocamente, e fazem parte dessa terceira caracterstica do SwSthya Yga.

    As coreografias tambm no so uma criao comtempornea. Esse conceito remonta aoYga primitivo, do tempo em que o homem no tinha religies institucionalizadas e adorava osol. O ltimo rudimento dessa maneira primitiva de execuo coreogrfica a mais ancestralprtica de Yga: o srya namaskara! Ocorre que o srya namaskara a nica reminiscnciade coreografia registrada nas lembranas do Yga moderno. No constitui, portanto,

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    caracterstica sua. Vale lembrar que o Hatha Yga um Yga moderno, um dos ltimos asurgir, j no sculo XI depois de Cristo, cerca de 4.000 anos aps a origem primeira do Yga.

    Importante: o instrutor que declara ensinar SwSthya Yga, mas no monta a aula inteira comformato de coreografia no est transmitindo um SwSthya 100% legtimo. Quem noconsegue infundir nos seus alunos o entusiasmo pela prtica em forma de coreografia, precisa

    fazer mais cursos e estreitar o contacto com a nossaa egrgora, pois ainda no compreendeuo ensinamento do codificador do SwSthya Yga.

    4) PBLICO CERTO

    fundamental que se compreenda: para tratar-se realmente de SwSthya Yga no basta afidelidade ao mtodo. preciso que as pessoas que praticam sejam o pblico certo. Casocontrrio, estaro tecnicamente exercendo o mtodo preconizado, mas, ao fim e ao cabo, noestaro professando o Yga Antigo. Seria o mesmo que dispr da tecnologia certa paraproduzir um determinado tipo de po, mas querer faz-lo com a farinha errada.

    5) SENTIMENTO GREGRIO

    O sentimento gregrio a fora de coeso que nos faz crescer e tornar-nos to fortes.Sentimento gregrio a energia que nos mobiliza para participar de todos os cursos, eventos,reunies e festas do SwSthya Yga, pois isso nos d prazer. Sentimento gregrio osentimento de gratido que eclode do nosso peito pelo privilgio de estar juntos e participandode tudo ao lado de pessoas to especiais. o poder invisvel que nos confere sucesso em tudoo que a gente fizer, graas ao apoio que os colegas nos ofertam com a maior boa vontade.Sentimento gregrio a satisfao incontida com a qual compartilhamos nossas descobertas edicas para o aprimoramento tcnico, pedaggico, filosfico, tico, etc. Sentimento gregrio oque induz cada um de ns a perceber, bem no mago da nossa alma, que fazer tudo isso,participar de tudo isso, no uma obrigao, mas uma satisfao.

    6) SERIEDADE SUPERLATIVA

    Ao travar contacto com o SwSthya Yga, uma das principais impresses observadas pelosestudiosos a superlativa seriedade que se percebe nos nossos textos, linguagem eprocedimentos. Essa seriedade manifesta-se em todos os nveis, desde a honestidade depropsitos - uma honestidade fundamentalista - at ao cuidado extremado de no fazernenhum tipo de doutinao, nem de proselitismo, nem de promessas de terapia.Definitivamente, no se encontra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de Yga.

    Fazemos questo absoluta de que os nossos instrutores e alunos sejam rigorosamente ticosem todas as suas atitudes, tanto no Yga, como no trabalho, nas relaes afectivas, na famliae em todas as circunstncias da vida. Devemos lembrar-nos de que, mesmo enquanto alunos,somos representantes do Yga Antigo e a opinio pblica julgar o Yga a partir do nosso

    comportamento e imagem. Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que prefervel perder onobre metal do que perder um amigo, ou perder um bom nome, ou perder a classe.

    Devemos mostrar-nos profundamente responsveis, maduros e honestos ao realizar negcios,ao fazer declaraes, ao evitar conflitos, em buscar aprimoramento em boas maneiras, aocultivar a elegncia e a fidalguia. o mundo espera de ns um modelo de equilbrio,especialmente quando tivermos a obrigao moral de defender corajosamentenossos direitos eaquilo ou aqueles em que acreditamos. Fugir luta seria a mais desprezvel covardia. Lutarcom galhardia em defesa da justia e da verdade um atributo dos corajosos.Contudo, lutarcom elegncia e dignidade algo que poucos conseguem conquistar.

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    7) ALEGRIA SINCERA

    Seriedade e alegria no so mutuamente excludentes. Voc pode ser uma pessoacontagiantemente alegre e, ao mesmo tempo, serssima dentro dos preceitos comportamentaisque regem a vida em sociedade.

    A alegria saudvel e nos predispes a uma vida longa e feliz. A alegria esculpe nossafisionomia paa que denote mais juventude e simpatia. A alegria cativa e abre portas que, semela, nos custariam mais esforo. A alegria pode conquistar amigos sinceros e preservar asamizades antigas.

    Pode at salvar casamentos.

    Um praticante de Yga sem alegria inconcebvel. Se o Yga traz felicidade, o sorriso, e ocomportamento descontrado so suas consequncias inevitveis.

    Entretanto, administre sua alegria para que no passe dos limites e no agrida os demais.Algumas pessoas quando ficam alegres tornam-se ruidosa, indelicadas e invasivas. Esse,

    obviamente, no o caso do swsthya ygin.

    8) LEALDADE INQUEBRANTVEL

    Lealdade aos ideais, lealdade aos amigos, lealdade ao seu tipo de Yga, lealdade ao Mestre,so caractersticas marcantes do Yga Antigo. No SwSthya valorizamos at a lealdade aosclientes e aos fornecedores. Simbolicamente, somos leais mesmo aos nossos objectos e nossa casa, procurando preserv-las e cultivar a estabilidade, ao evitar a substituio e amudana pelo simples impulso de variar (Yga chitta vritti nirdhah).

    H circunstncias em que mudar faz parte da evoluo e pode constituir a soluo de umproblema de estagnao. Nesse caso, claro, no se trata de instabilidade emocional. O

    prprio Shiva, criador do Yga, tem como um dos seus atributos a renovao.

    No h nada mais lindo do que ser leal. Leal quando os demais j deixaram de s-lo. Lealquando todas as evidncias apontam contra seu ente querido, pessoa amada, colega oucompanheiro, mas voc no teme comprometer-se e mantm-se leal at ao fim.

    Realmente, no h nada mais nobre que a lealdade, especialmente numa poca em que topoucos preservam essa virtude.

    Ashtnga Sdhana:

    1. Mudr - gesto reflexolgico feito com as mos;

    2. Pj - retribuio de energia;

    3. Mantra - vocalizao de sons e ultra-sons;

    4. Prnyma - domnio da bioenergia atravs de exerccios respiratrios;

    5. Kriy - actividade de purificao das mucosas;

    6. sana - posio fsica estvel e confortvel;

    7. Yganidra - tcnicas de descontrao;

    8. Samyama - concentrao, meditao e outros esados mais profundos;

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    Livro recomendado:

    Para se aprofundar mais sobre as caractersticas e tcnicas do Yga mais antigo - SwSthyaYga - leia "Faa Yga Antes que Voc Precise", do Mestre DeRose, considerado o livro maiscompleto do mundo sobre Yga

    O QUE O TANTRA?

    O termo Tantra significa: regulado por uma regra geral; o encordoamento de um instrumentomusical; tecido ou teia, ou a trama do tecido. Outra traduo "aquilo que esparge oconhecimento". Ou ainda, segundo Shivnanda, explica (tanoti) o conhecimento relativo a"tattwa" e "mantra", por isso se chama Tantra.

    No podemos ignorar a correlao etmolgica sugerida pela frase "vakrat vak tantraram", quedesigna a tradio boca-a-ouvido. Tantra o nome dos antigos textos de transmisso oral(param-par) do perodo pr-clssico da ndia, portanto, de mais de 5.000 anos. Mais tarde,alguns desses textos foram escritos e tornaram-se livros ou escrituras secretas do hindusmo.

    Naquela recuada poca e origem do Tantra, a ndia era habitada pelo povo drvida, cujasociedade e cultura eram matriarcais, sensoriais e desrepressoras. por isso, diz-se que eramum povo tntrico, j que essa filosofia caracterizada por aquelas trs qualidades. Alis isso uma noco amplamente divulgada e universalmente aceite. O Tantra, o Smkhya e o Yga sotrs das mais antigas filosofias indianas e suas origens remontam ndia proto-histrica, aoperodo dravdico. Talvez por isso essas trs tenham mais afinidades entre si do que cada umadelas com qualquer outra filosofia surgida posteriormente. Este dado de fundamentalimportncia na milenar discusso: o Yga mais autntico de tendncia Smkhya ouVdnta? Tantra ou Brahmacharya?

    A HISTRIA DO TANTRA

    A linha brahmcharya patriarcal, anti-sensorial e repressora. Portanto, diametralmentecontrria linha Tntrica, que matriarcal, sensorial e desrepressora.

    De onde surgiram essas caractersticas? A maior parte das sociedades primitivas no-guerreiras as tinham. Toda sociedade na qual a cultura no era centrada na guerra, valorizavaa mulher e at mesmo a divinizava, pois ela era capaz de um milagre que o homem nocompreendia nem conseguia reproduzir: ela dava a vida a outros seres humanos. Gerava oprprio homem. Por isso era adorada como encarnao da divindade mesma. E mais: atavsdas prticas tntricas, era a mulher que despertava o poder interno do homem por meio dosexo sacralizado.

    Ainda hoje ela reverenciada assim na linha tntrica. Da a qualidade matriarcal dela

    desdobram-se as outras duas caractersticas.

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    A me d luz pelo seu ventre - isso sensorial. Alimenta o filho com o seu seio - isso sensorial tambm. No poderia ser contra a valorizao do corpo, no poderia ser anti-sensorial como os brahmcharyas. A me sempre mais carinhosa e liberal do que o pai, atmesmo pelo facto de o filhote ter nascido do corpo dela e no do dele. E tambm porque danatureza do macho ser mais agressivo e menos sensvel.

    Pode ser que tal comportamento tenha muita influncia cultural, mas reforado, sem dvida,por outros componentes biolgicos. Por tudo isso e ainda como consequncia dasensorialidade, desdobra-se a qualidade desrepressora do Tantra.

    Assim era o povo drvida, que vivia antigamento no territrio que hoje ocupado pela ndia.Assim era o Tantra que nasceu desse povo e assim era o Yga que existia naquela poca: umYga tntrico.

    Mas um dia a ndia comeou a ser invadida por hordas de sub-brbaros guerreiros, os ryas ouarianos. Ao guerreiro no podem importar o envolvimento mais profundo com a mulher nem aconsequente famlia e o afeto. Seria at incoerente. ele no pode ter laos que o amoleam ouse sentir acovardado diante da expectativa da luta e da morte sempre iminente.

    Ento, ele torna-se contra a influncia da mulher que frenaria sua lierdade e seu impulsobelicoso. contra os prazeres que o tornariam acomodado. contra a sensorialidade, poistambm no pode se permitir sensibilidade dor perante o combate ou a tortura. Por isso tudoele anti-sensorial, contra a mulher e contra o prazer.

    Por consequncia, torna-se repressor, pois comea a proibir o sexo, a convivncia com amulher e os prazeres em geral. Depois expande essa restrio, tornando-a uma maneira deser, uma filosofia comportamental.

    Quando os arianos ocuparama ndia h 3.500 anos, escravizaram os drvidas e impuseram-lhes a cultura brahmcharya (patriarcal, anti-sensorial e repressora), proibindo-lhes, portanto,exercer a cultura tntrica (matriarcal, sensorial e desrepressora) por ser oposto ao regime

    vigente. Quem praticasse o Tantra e reverenciasse a Mulher, ou divindades femininas, seriaacusado de subverso e traio. Como tal, seria perseguido, preso e torturado at morte.

    Dessa forma, com a sua proibio por razes culturais, raciais e polticas, o Tantra se tornouuma tradio secreta. Continua assim at hoje, pois continuamos vivnedo num mundomarcadamente brahmcharya, no apenas na ndia, mas na maior parte das naes.Mencionamos razes raciais porque, ao invadir a ndia, os arianos eram louros, enquanto osdrvidas tinham pele escura e cabelos pretos.

    TANTRA DA MO DIREITA

    Existem vrios tipos de Tantra, dos quais, os mais importantes so o Dakshinachara e oVamachara, isto , o da direita e o da esquerda. Alm das vrias escolas de Tantrismo temosainda as influncias exercidas pelo Tantra sobre outras filosofias, artes, sistemas e religies,como o caso do Budismo Tntrico, Taosmo Tntrico, Arte Tntrica, Magia Tntrica, YgaTntrico, etc.

    Num tal emaranhado bom que nos situemos, pois a tradio oriental no admite aquelaconfuso perpretada pela misturana de sistemas que o consumismo ocidental embaralhouafim de faturar melhor, explorando a desinformao da opinio pblica. Nosso trabalho deYga. A tradio de Yga que abraamos de linha tntrica. Por ser um Yga antigo, a estirpede Tantra o Dakshinachara ou tantrismo branco.

    O Tantra Branco o mais antigo e tambm o mais sutil, sofisticado e reputado na ndia e nomundo todo. Seus seguidores so pessoas sensveis, educadas e de bons costumes. No

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    fumam, no tomam bebidas alcolicas em circunstncia alguma, no comem carne denenhuma espcie e no conseomem drogas, conquanto sejam livres para fazer o que bementendam.

    TANTRA, TANTRA YGA E YGA TNTRIKO SO COISAS DIFERENTES

    Tantra, ou Tantrismo a filosofia exposta nos Tantras, escrituras hindus cujas origensremontam ao prodo dravdico, h 5.000 anos. Foram escritos muito mais tarde e popularizadosno sculo VIII da era crist, porm, seu contedo se baseia nos textos de transmisso oral commilhares de anos de antiguidade.

    Tantra Yga um ramo de Yga especialmente dedicado a seguir os preceito, conceitos,exerccios e prticas fundamentadas no Tantra.

    Yga Tntriko qualquer yga que aceite e cumpra os princpios tntricos e queconsequentemente, no seja de fundamentao brahmcharya. Por exemplo, o Hatha Yga, oSwSthya Yga, o Tantra Yga e o Urdhvaratus Yga, so todos Ygas tntricos.

    MORAL, IMORAL OU AMORAL?

    O Tantra tem sido calssificado como amoral, isto , comosto por um certo nmero de recursostcnicos e preceitos comportamentais que, em si, no tm nenhuma relao com moralidade.So princpios e exerccios utilizados para produzir um determinado resultado, nodependendo dos costumes de cada poca ou pas. Em qualquer poca e em qualquer lugar,tais prticas vo produzir o mesmo resultado, independentemente da religio ou da moralvigente.

    O que se pode colocar aqui que se a sua moral particular ou o seu condicionamentocomportamental no concordar com as propostas do Tantra, voc poder simplesmente noadot-lo como filosofia de vida. mas dever respeitar a liberdade dos outros para quem essaestrutura considerada boa e saudvel.

    Na verdade o Tantra possui uma tica prpria, extremamente coerente com suas propostas.Ocorre que o termo "moral" provm do latim "mores", que significa "costumes". Ora, oscostumes variam.

    A moral varia de uma cidade para outra e de um ano para outro. A moral varia tanto que, em1996, num concurso para juz realizado realizado pela Justia de So Paulo, algumas

    advogadas foram impedidas de entrar para prestar exame por estarem vestidas com calacomprida.

    A revista "Veja" de 11 de Setembro desse ano, relata na pgina 78 que vrias candidatas parapoder fazer suas provas tiveram que tirar a cala comprida e entrar s e camiseta e calcinha.A, tudo bem, pois o que est escrito no regulamento que de cala comprida no entra.Imoral, portanto, seria entrar de cala comprida, traje que esconde muito mais o corpo femininodo que uma saia, porm, considerado indecoroso para uma advogada usar no Foro.

    Eu, francamente, no compreendo. A moral varia mais ainda entre pases, etnias e religies. OTantra no tem nada com isso. Possui sua prpria tica que universal e eterna, servindo paratodo o gnero humano, sem limitaes culturais, espaciais ou temporais. Por isso mesmo, ostntricos devem cuidar para que a tica do Tantra e a moral vigente no se choquem.

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    O melhor dispositivo de segurana sua caractersitca de "gupta vidy", ou cincia secreta,graas qual vem preservando suas tradies ao longo de milnios e apesar de muitasguerras de colonizao da ndia. Uma boa interpretao do conceito "gupta viy" a discrio.Sendo discretos, quase tudo nos permitido ou, pelo menos, tolerado.

    TANTRA GUPTA VIDY

    O Tantra subsistiu durante tantos sculos por manter o "low" profile. Este o grane segredo. Oadepto novato costuma ser festivo, logo, escandaloso. Isso um erro que pode ser fatal para aboa imagem do Tantra, atraindo antipatias e perseguies, como ocorreu na linha negra. Vocpode ser superlativamente livre, mas no precisa exibir isso perante pessoas que nousufruam do mesmo privilgio. A inveja costuma ser mortal. Numa reunio, mesmo que quasetodos sejam tntricos, havendo uma nica pessoa que no seja iniciada, os demais devem secomportar de acordo com os princpios do profano ali presente.

    Mesmo entre iniciados, o tntrico s deve tecer comentrios sobre suas prticas com parceiros

    do mesmo grupo, e os grupos so estanques, at porque podem ser de graus diferentes.Talvez por isso, os discpulos de Rmakrishna no soubessem que o seu Mestre era tntrico,at que ele o declarasse publicamente j na meia-idade.

    O PRAZER COMO ALAVANCA PARA A EVOLUO INTERIOR

    A proposta do Tantra a de desencadear autoconhecimento e evoluo interior a partir doprazer. algo como ir exacerbando o prazer fsico a uma tal dimenso que ele extraplo oslimites fsicos e transborde na forma de um orgasmo espiritual ou estado de graa. Vriospovos valeram-se destas tcnicas em diversas pocas. Existe um Budismo Tntrico, um

    Taosmo Tntrico, um Yga Tntrico e at mesmo um Cristianismo Tntrico. No confunda issocom ritos pagos.

    MENSAGEM DE AMOR

    Deixa-me falar a ti como gostaria de faz-lo sempre, se as barreiras culturais mo permitissem.Deixa-me comear pedindo-te algo deveras difcil. Mas...faze-o por mim. Peo-te quetranscendas o ego.

    No pela vida toda. S para ler estas minhas palavras. Outras que leste ou que lers, podem

    ter sido ditadas pela minha personalidade humana e, por isso, talvez no tenha conseguidotocar o teu corao. Afinal, somos Humanos. Seres Humanos tm muita dificuldade emexpressar o seu amor e tolerncia. Homens no sabem abrir-se totalmente, fancamente.Homens no sabem dar-se globalmente e receber a outrm com plenitude. Gostam dedisputar e, se no h motivo, criam algum.

    Assim, esquece que s um Ente Humano, esquece que s Homem ou Mulher. Esquece que osou tambm. S assim poders receber esta mensagem, pois ela de amor, de mim a ti.

    Quem te fala no tem ego. Ama-o com intensidade. Experimenta um pouco deste sentimentosutil e inegosta. O Ser Humano precisa de afeto. Embora muitas vezes hostil, suplicadesesperadamente por esse afeto. J, com a tua ajuda, no um Homem que ouves. umavoz, s. Uma vibrao annima e indistinta que paira no espao e vai, sem polaridade, ao teucorao para toc-lo l no fundo. Para dar-te carinho e compreenso.

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    Sente comigo! Vibra comigo! Sente? como eu? os olhos hmidos de emoo. Sente o meuamor, pois eu o sinto por ti, sinceramente.

    Tenta livrar-te dos tabus e condicionamentos culturais, solta as amarras e...permite a ti mesmoamar um pouco. Vers como gratificante este sentimento. Como repousante e suave.Como refaz as energias para suportar as agruras e vicissitudes do dia-a-dia. Experimenta, pelo

    menos, uma vez, sentir um amor intenso, arrabatador e inegosta. Sente-o comigo.

    Ama profunda e sinceramente, sem reservas, sem receios, sem preconceitos.

    Nada temas: eu tambm o sinto por ti e no me acanho de diz-lo. Ouve:?

    Eu te amo intensamente. Amo tua Alma e sei que ela luminosa como a aurora; amo teuCorpo e creio com convico que ele puro e sem mcula.

    Aceita-me! Olha: eu te ofereo meu corao que palpita de paixo desinteressada por ti, cujocalor tenta te transmitir uma mensagem de amor incondicional.

    Descontrai teus sentimentos antes que se atrofiem. Deixa que teu peito palpite e que teusolhos sorriam de inefvel regozijo.

    Sente a ternura da criana que te sorri: ama-a de todo o corao. Aspira meiguice da flor quete agradece o amor total que tu sentes por ela (tu o sentes, no ?).

    No te envergonhes de apiedar-te daquele mendigo ancio ou de respeitar os vassalos da tuacasa.

    Abre-te a mim como eu me abro a ti. Sente-me como eu te sinto a ti. Sinto-te, Criatura, e meidentifico contigo. Sou uno com a tua Alma a ponto de sentir-te a carne, pois, Ente Purssimo,vejo o todo em ti.

    DESTAQUE DO MS:

    M o smbolo universal do Yga, para todo o mundo, todas as pocas e todos os ramos deYga. Entretanto, cada Escola adota um traado particular que passa a ser seu emblema. Unsso mais corretos, outros menos; uns mais elegantes, outros nem tanto; e alguns soiniciticos, outros, profanos. Isto pode ser percebido por um iniciado pela simples observaoda caligrafia adotada, ou ento prestando ateno no momento em que o smbolo grafado.

    Aquele desenho semelhante ao nmero 30 que aparece em quase todos os

    livros e entidades de Yga, uma slaba constituda por trs letras: A, U e M(fonema AU + M). Pronuncia-se M. Um erro comum aos que noconhecem Yga, pronunciar as trs letras "AUM". Traado em caracteres,

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    um yantra. Pronunciado, um mantra. H inmeras maneiras de pronunci-lo para se obterdiferentes resultados fsicos, energticos, emocionais e outros.

    Os caracteres usados para traar o mkra parecem pertencer a um alfabeto ainda maisantigo que o dvangar, utilizado para escrever o idioma snscrito. Consultando um dicionrio

    ou gramtica de snscrito, podemos notar que o alfabeto dvangar predominantementeretilneo e que o prprio M naquele alfabeto escrito segundo essa tendncia. Entretanto,saindo do domnio da gramtica e da ortografia diversa, com caracteres exclusivamentecurvilneos, o que demonstra sua identidade totalmente distinta. Isso tambm pode sepercebido na nosa medalha, a qual possui algumas inscries em snscrito, em torno do M.

    M no tem traduo. Contudo, os hindus o consideram como o prprio nome do Absoluto,seu corpo sonoro, devido ao amplo espectro de efeitos colhidos por quem vocaliza de formacerta, ou visualiza com um traado correto.

    Nas escrituras da ndia antiga o M considerado como o mais poderoso de todos osmantras. Os outros so considerados aspectos do M e o M a matriz dos demais mantras. denominado mtrik mantra, ou som matricial.

    O M tambm o bja-mantra do ja chakra, isto , o som semente que desenvolve o centrode fora situado entre as sobrancelhas, responsvel pela meditao, intuio, inteligncia,premonio e hiperestesia do pensamento. Por isso, o mantra que produz melhoresresultados para as prtica de dhyna e samyama, bem como desperta um bom nmerodesiddhis.Sendo o mantra mais completo e equilibrado, sua vocalizao no apresenta nenhum perigonem contra-indicao. estimulante e ao mesmo tempo aquietante, pois consite numavibrao sttwyca, que contm em si tamas e rajas sublimados.

    Quando traado em caracteres antigos, ele se torna um smbolo grfico denominado yantra. Aespecialidade que estuda a cincia de traar os smbolos denomina-se Yantra Yga. O Mpode ser traado de diversas formas. Cada maneira de graf-lo encerra determinada classe deefeitos e de caractersticas ou tendncias filosficas.Cada linha de Yga adota um desenho tpico do M que tenha a ver com os seus objetivos, oqual passa a constituir smbolo seu. Por essa razo, no se deve utilizar o rtaado adotado poruma outra Escola: por uma questo de tica e tambm para evitar choque de egrgoras.

    Se voc pratica Swsthya Yga e identificou-se com o que expomos, sem dvida voc dosnossos. Isso o autoriza a utilizar o nosso traado do M para concentrar-se e meditar, bemcomo a portar nossa medalha. S no pode usar o M antes da assinatura, como fazem osgraduados e instrutores, enquanto no aprender a forma correta de traar e enquanto noobtiver autorizao do seu Mestre para incorpor-lo dessa maneira ao seu nome.

    Ningum pode negar que o M seja um smbolo muito poderoso. Ele forte pelo seu traadoyntrico em si, pela sua antiguidade, seus milhares de anos de impregnao no inconscientecoletivo, pelos bilhes de hindus que o usaram e veneraram, gerao aps gerao, durantedezenas de sculos, desde muito antes de Cristo, antes de Buddha, antes da civilizaoeuropia existir e, durante esse tempo todo, toda essa gente fortaleceu a egrgora do M!

    Evidententemente, portando um tal smbolo, estabelecemos sintonia com uma corrente defora, poder e energia que uma das maiores, mais antigas e mais poderosas da Terra. Porisso, muita gente associa com a idia de proteo o uso de uma medalha com o smbolo do

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    M. Embora sejamos obrigados a reconhecer certa classe de benefcios dessa ordem,achamos que tal no deve ser a justificativa para portar a medalha, pois, agindo assim,ficaramos susceptveis de descambar para o misticismo, contra o qual a nossa linhagem deYga (Nirshwarasmkhya) taxativa. Deve-se us-la de forma descontrada e se nos dprazer; se estamos identificados com o que ela significa e com a linhagem que representa. Nopor superstio, nem para auferir benefcios.

    FILOSOFIA NATURALISTA

    Literalmente, Smkhya quer dizer NMERO; e possui diversos significados, tais como:enumerao, busca, anlise, clculo, acto de examinar, discriminao e investigao dascategorias da existncia. As duas caractersticas principais desse sistema so a ordem declassificao de seus 24 princpios (tattwas) e a dissociao, ou discriminao, entre o Prusha(Homem) e a Prakriti (Natureza). Em sntese, o Smkhya classificado como uma filosofianaturalista, j que toda a sua estrutura se fundamenta nas leis da natureza.

    Segundo as fontes hindus, o Smkhya foi sistematizado, pela primeira vez, por Kapila,personagem tradicionalmente muito conhecido, porm historicamente contraditrio.

    A obra mais antiga sobre o Smkhya um livro chamado SASTI TANTRA, classificado como oensinamento dos seis tpicos ou, ainda, como o livro das sessenta frases. Entretanto taisregistos foram perdidos no tempo e hoje no passam de mitos. Esse o Smkhya Pr-Clssico.

    Extrado dos livros "YGA, SMKHYA E TANTRA" do Mestre SRGIO SANTOS

    Elaborado pelo Mestre DeRose, inspirado nos Yga Stra de Ptajali

    INTRODUO

    Yga qualquer metodologia estritamente prtica que conduza ao samdhi.

    I. AHINS

    A primeira norma tica milenar do Yga o ahims, a no-agresso. Deve ser entendido latusensu.

    O ser humano no deve agredir gratuitamente outro ser humano, nem os animais, nem a

    natureza em geral;

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    No deve agredir fisicamente, nem por palavras, atitudes ou pensamentos.

    Permitir que se perpetre uma agresso, podendo impedi-la e no o fazendo , acumpliciar-seno mesmo ato.

    Derramar o sangue dos animais ou infringir-lhes sofrimento para alimentar-se de suas carnes

    mortas constitui barbrie indigna de uma pessoa sensvel.

    Ouvir uma acusao ou difamao e no advogar em defesa do acusado indefeso porausncia constitui confisso de conivncia.

    Mais grave a agresso por palavras, atitudes ou pensamentos cometida contra outropraticante de Yga.

    Inescusvel dirigir tal conduta contra um professor de Yga.

    Sumamente condenvel seria se um procedimento hostil fosse perpetrado por um professorcontra um de seus pares.

    Preceito moderador: A observncia de ahims no deve conduzir passividade. O ygin nopode ser passivo. Deve defender energicamente os seus direitos e aquilo em que acredita.

    II. SATYA

    A segunda norma de tica do Yga satya, a verdade.

    O ygin no deve fazer uso da inverdade, seja ela na forma de mentira, seja na forma deequvoco ou distoro na interpretao de um fato, seja na de omisso perante uma dessasduas circunstncias.

    Consequentemente, ouvir boatos e deixar que sejam divulgados to grave quanto pass-losadiante.

    O boato mais grave aquele que foi gerado com boa-f, por falta de ateno fidelidade dofato comentado, j que uma inverdade dita sem ms intenes tem mais credibilidade.

    Emitir comentrios sem o respaldo da verdade, sob fatos ou pessoas, expressa inobservncia norma tica.

    Praticar ou transmitir uma verso inautntica de Yga constitui exerccio de inverdade.

    Exercer o ofcio de instrutor de Yga sem ter formao especfica, sem habilitao mediante

    avaliao competente ou sem a autorizao do seu Mestre, constitui ato ilegtimo.

    Preceito moderador: A observncia de satya no deve induzir falta de tato ou de caridade,sob o pretexto de ter que dizer sempre a verdade. H muitas formas de expressar a verdade.

    III. ASTYA

    A terceira norma tica astya, no roubar.

    O ygin no deve se apropriar de objectos, idias, crditos ou mritos que sejam devidos aoutrem.

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    patente que, ao fazer uso em aulas, em entrevistas a orgos de comunicao e em textosescritos ou gravados de frases, definies, mtodos ou smbolos de outro professor, seu autorseja sempre honrado atravs de citao e/ou direito autoral, conforme o caso.

    Desonesto prometer efeitos que o Yga no pode proporcionar, bem como acenar combenefcios exagerados, irreais ou mirabolantes e, mormente, curas de qualquer natureza,

    fsica, psquica ou espiritual.

    Um professor de Yga no deve roubar alunos de outro pofessor.

    Em decorrncia disso, ser anti-tico um professor instalar-se para dar aulas nas proximidadesde outro profissional da mesma linha de trabalho sem consult-lo previamente.

    Considera-se desonesto o professor cobrar preos vis, pos, alm de desvalorizar a profisso,estar roubando o sustento aos demais professores que se dedicam exclusivamente ao Yga eprecisam viver com dignidade e sustentar suas famlias como qualquer outro ser humano.

    Tal procedimento estaria, ademais, roubando da Humanidade o partrimnio cultural do Yga, j

    que s poderia ministr-lo a preos ignbeis quem tivesse uma outra forma de sustento e,portanto, no se dedicasse a tempo integral ao estudo e auto-aprimoramento nessa filosofia devida, o que culminaria numa gradual perda de qualidade at sua extino total.

    Preceito moderador: A observncia de astya no deve induzir recusa da prosperidadequando ela representar melhor qualidade de vida, sade e cultura para o indivduo e suafamlia. Contudo, a opulncia um roubo tcito.

    IV. BRAHMCHARYA

    A quarta norma tica do Yga brahmcharya, a no dissipao da sexualidade.

    Esta norma recomenda total abstinncia de sexo aos adeptos do Yga Clssico e de todas ascorrentes no-tntricas.

    O yama brahmcharya no obriga o celibato nem a abstinncia de sexo para os ygins queseguirem a linha tntrica.

    A sexualidade se dissipa pela prtica excessiva de sexo com orgasmo.

    O ygin ou ygin que tiver conquistado progressos em sua qualidade de energia mediante asprticas e a observncia destas normas, dever preservar a sua evoluo, evitando relaessexuais com pessoas que no se dediquem ao mesmo ideal de sade e purificao.

    Preceito moderador: A observncia de brahmcharya no deve induzir ao moralismo,puritanismo, nem ao distanciamento ou falta de afeto entre as pessoas, nem como pretextopara furtar-se ao contato ntimo com seu parceiro conjugal.

    V. APARIGRAHA

    A quinta norma tica do Yga aparigraha, a no-possessividade.

    O ygin no deve ser apegado aos seus bens e, ainda menos, aos dos demais.

    Muitos dos que se "desapegam" esto apegados ao desejo de desapegar-se.

    O verdadeiro desapego aquele que renuncia posse dos entes queridos, tais comofamiliares, amigos e, principalmente, cnjugues.

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    Os cimes e a inveja so manifestaes censurveis do desejo de posse de pessoas e deobjetos ou realizaes pertinentes a outros.

    Preceito moderador: A observncia de aparigraha no deve induzir displicncia para com aspropriedades confiadas nossa guarda, nem falta de zelo para com as pessoas quequeremos bem.

    VI. SHAUCHA

    A sexta norma tica do Yga shaucha, a limpeza.

    O ygin deve ser purificado tanto externa quanto internamente.

    O banho dirio, a higiene da boca e dos dentes, e outras formas comuns de limpeza no sosuficientes. Corporalemtne necessrio proceder purificao dos orgos internos e dasmucosas, mediante as tcnicas do Yga.

    De pouca valia lavar o corpo por fora e por dentro se a pessoa ingere alimentos com

    elevadas taxas de toxinas e impurezas tais como as carnes de animais mortos que entram emprocesso de decomposio logo depois da morte.

    Da mesma forma, cumpre que o ygin no faa uso de substncias intoxicantes, que geremdependncia explcita ou que alterem o estado de conscincia, ainda que tais substnciassejam naturais.

    Aquele que s trata a higiene fsica no est cumprindo sauchan. Esta recomendao s estsatisfatoriamente interpretada quando se exerce a prtica da limpeza interior. Ser limpopsquica e mentalmente constitui requisito inprescindvel. Respalda o cumprimento das demaisnormas ticas.

    Ser limpo interiormente compreende no alimentar seu psiquismo com imagens, idias,emoes ou pensamentos intoxicantes, tais como tristeza, impacincia, irritabilidade, dio,cimes, inveja, cobia, derrotismo e outros sentimentos inferiores.

    Finalmente esta norma atinge sua plenitude quando a limpeza do ygin se reflete no meioambiente, cujas manifestaes mais prximas so sua casa e seu local de trabalho.

    Preceito moderador: A observncia de sauchan no deve induzir intolerncia contra aquelesque no comprendem a higiene de forma to abrangente.

    VII. SANTSHA

    A stima norma tica do ygin sntosha, o contentamento.

    O ygin deve cultivar a arte de extrair contentamento de todas as situaes.

    O contentamento e sua anttese, o descontentamento, so independentes das circunstnciasgeradoras. Surgem, crescem e cingem o indivduo apenas devido existncia do grmendesses sentimentos no mago da personalidade.

    O instrutor deve manifestar contate contentamento em relao aos seus colegas e expressarisso atravs da solidariedade e apoio recproco.

    Discpulo aquele que cultiva a arte de estar contente com o Mestre que escolheu.

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    Preceito moderador: A observncia de sntosha no deve induzir acomodao daqueles queusam o pretexto do contentamento para no se aperfeioar.

    VIII. TAPAS

    A oitava norma tica do Yga tapas, auto-superao.

    O ygin deve observar constante esforo sobre si mesmo em todos os momentos.

    Esse esforo de auto-superao consiste numa ateno constante no sentido de fazer-semelhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstncias.

    O cultivo da humildade e da polidez constituem demonstraao de tapas.

    Manter a disciplina da prtica diria de yga uma manifestao desta norma. Preservar-se deuma alimentao incompatvel com o Yga faz parte do tapas. Conter o impulso de expressarcomentrios maldosos sobre terceiros tambm compreendido como correta interpretaodesta observncia.

    A seriedade de no mesclar com o Yga sistemas, artes ou filosofias que o conhecimento doseu Mestre desaconselhar, tapas.

    A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressode tapas.

    Tapas , ainda, a disciplina que respalda o cumprimento das demais normas ticas.

    Preceito moderador: A observncia de tapas no deve induzir ao fanatismo nem represso e,muito menos, a qualquer tipo de mortificao.

    IX. SWDHYYA

    A nona norma tica do Yga swdhyya, o auto-estudo.

    O ygin deve buscar o autoconhecimento mediante a observao de si mesmo.

    Esse auto-estudo tambm pode ser obtido atravs da concentrao e meditao. Serauxiliado pela leitura de obras indicadas e, na mesma proporo, obstado por livros norecomendados pelo orientador competente.

    O convvio com o Mestre o maior estmulo ao swdhyya.

    O auto-estudo deve ser praticado ainda mediante a sociabilidade, o alargamento do crculo deamizades e o aprofundamento do companheirismo.

    Preceito moderador: A observncia do swdhyya no deve induzir alienao do mundoexteriror nem adoo de atitudes que possam levar a comportamentos estranhos ou quedenotem desajustes da personalidade.

    X. SHWARA PRANIDHNA

    A dcima norma tica do Yga shwara pranidhna, a auto-entrega.

    O ygin deve estar sempre interiormente seguro e confiante em que a vida segue o seu curso,obedecendo a leis naturais e que todo o esforo para a auto-superao deve ser conquistadosem ansiedade.

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    Durante o empenho da vontade e da dedicao a uma empreitada, a tenso da expectativadeve ser neutralizada pela prtica do shwara pranidhna.

    Quando a conscincia est tranquila por ter tentado tudo e ainda assim no se haverconseguido o resultado ideal; quando a pessoa est literalmente impossibilitada de obtermelhores consequncias, esse o momento de entregar o fruto das suas aces a uma

    vontade maior que a sua, cujos desgnios muitas vezes so incompreensveis.

    Preceito moderador: A observncia de shwara pranidhna no deve induzir ao fatalismo nem displicncia.

    CONCLUSO

    O amor e a tolerncia so prolas que enriquecem os mandamentos da noss tica.

    Que este Cdigo no seja causador de desunio. No seja ele usado para fins depatrulhamento ideolgico, descriminao, manipulao nem perseguio.

    Nenhuma penalidade seja imposta por nenhum grupo aos eventuais descumpridores destasnormas. A eles lhes bastar a desventura de no usufruir do privilgio de vivenci-las.

    O MESTRE DeROSE

    O Mestre DeRose nasceu a 18 de Fevereiro de 1944, no Rio de Janeiro. Em 1955 tomouconscincia duma infinidade de dados importantes, dando importncia aos seus instintos, e mudana que ocorria em todos os seus colegas ao comearem a crescer, eles se esqueciamdas suas ddivas naturais, que toda a criana tem. J nessa altura formou um pequeno grupopara estudarem arqueologia, histria, qumica, ocultismo, astronomia, artes-marciais, etc.

    A prxima etapa foi no incio de 1960 quando leu uma entrevista com Jacques Mayal, campeomundial de mergulho livre, que batia recordes de profundidade considerados impossveis para

    o organismo humano. Nessa entrevista ele declarava que conseguia aquela forma fsica graasao Yga. Assim o jovem DeRose teve o primeiro impulso para a bibliografia do Yga. Oprimeiro livro de Yga foi da Mestra Mataji Dvi, e a pode constatar com quase tudo aquilo quepraticava, com todas as explicaes e at os nomes das tcnicas. Comeou a frequentar vriasfraternidades: rosacruz, lojas teosficas, ordens iniciticas, etc., tudo aquilo que lhe pareciarelacionado com o Yga. Em todas elas falava-se muito de Yga, numas bem noutrasdifamavam o Yga.

    O Yga foi algo que brotou instintivamente e desde muito cedo no Mestre DeRose. Comapenas 16 anos resolve aprofundar-se no Yga, estudando Yga sete horas por dia epraticando outras sete. Ainda em 1960, o jovem DeRose convidado a dar a sua primeira aula,numa dessas fraternidades. Com muito estudo, pesquisa, prtica e depois de muito tempo,

    trabalho e esforo para no danificar algo que comeava a encaixar, codificou o Yga Antigo.

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    Uma codificao como se tivesse algo muito antigo e desorganizado para arrumar, limpar,admirar, reestruturar, agrupar por temas ou grupos. No final, no se modificou nada, noacrescentou, nem adaptou, apenas organizou algo que se estava a perder no tempo, isto uma sistematizao, uma codificao.

    O Yga mais antigo durante os sculos, foi sendo subdividido, alterado, descaracterizado, o

    que o Mestre DeRose fez foi codificar esse Yga que estava perdido. Deu-nos a nobreza destaarte milenar, a sua essncia. O nome pelo qual mais conhecido SwSthya Yga mas o seunome erudito Dakshinacharatantrika-Nirshwarasmkhya Yga. O seu nome denota asorigens ancestrais, de fundamentao Tantra e Smkhya. O Mestre DeRose tem feito umbelsssimo trabalho, percorrido um trajeto muito importante e srio, formando um enormenmero de instrutores, fundou quase todas as Federaes e Associaes de Yga, foiconsultor e lder da regulamentao da profisso, introduziu o Yga nas Universidades doEstado, Privadas e Catlicas de todo o Brasil h mais de 20 anos, fundou a PrimeiraUniversidade de Yga do Brasil e a Universidade Internacional de Yga, elaborou o Cdigo detica do Professor de Yga e o Juramento do Ygin.

    ENTIDADES QUE FUNDOU

    - Instituto Brasileiro de Yga

    - Unio Nacional de Yga do Brasil

    - Unio Nacional de Yga de Portugal

    - Primeira Universidade de Yga do Brasil

    - Unio Internacional de Yga do Brasil

    - Unio Interncaional de Yga da Argentina

    - Universidade Internacional de Yga do Brasil

    - Universidade Internacional de Yga de Portugal

    - Universidade Internacional de Yga da Argentina

    - Confederao Nacional de Federaes de Yga do Brasil

    - Confederao Nacional dos Professores de Yga

    - Federao de Yga do Estado de So Paulo

    - Federao de Yga do Rio de Janeiro

    - Federao de Yga do Estado de Minas Gerais

    - Federao de Yga do Estado do Paran

    - Federao de Yga de Santa Catarina

    - Federao de Yga do Rio Grande do Sul

    - Federao de Yga do Estado do Par

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    - Federao de Yga do Estado do Maranho

    - Federao de Yga do Estado do Piau

    - Federao de Yga do Estado da Bahia

    - Federao Internacional dos Professores de Yga

    e mais de 1.000 Associaes, Ncleos e Unidades de Yga no Brasil e no exterior.

    LIVROS PUBLICADOS

    - Faa Yga Antes que Voc Precise

    - Pronturio de Yga Antigo

    - Guia do Instrutor de Yga

    - Yga Mitos e Verdades

    - Tudo Sobre Yga

    - Boas Maneiras no Yga

    - Mensagens do Yga

    - Encontro com o Mestre

    - Yga Stra de Ptajali

    - Tantra, a Sexualidade Sacralizada

    - Programa do Curso Bsico de Yga

    - Eu me Lembro

    - Alternativas de um Relacionamento Afetivo

    - Alimentao Vegetariana: Chega de Abobrinha

    - Stras - Mximas de Lucidez e xtase