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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO CIDADES SUSTENTÁVEIS

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO

CIDADES SUSTENTÁVEIS

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO

CIDADES SUSTENTÁVEIS

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CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)PresidenteGlaucius Oliva DiretoresManoel Barral NettoPaulo Sergio Lacerda BeirãoGuilherme Sales Soares de Azevedo MeloErnesto Costa de Paula Serviço de PrêmiosRita de Cássia da Silva

GERDAUDiretor-Presidente (CEO) André B. Gerdau Johannpeter

Presidente do Conselho do Instituto GerdauKlaus Gerdau Johannpeter

Vice-Presidente do Instituto Gerdau Beatriz Gerdau Johannpeter

Diretor do Instituto GerdauJosé Paulo Soares Martins

GEPresidente e CEO da GE Brasil João Geraldo Ferreira

Líder do Centro de Pesquisas da GE BrasilKenneth Herd

Diretor de Marketing Corporativo da GE BrasilMarcos Leal

Gerente de Relações Públicas Governamentais da GE BrasilIeda Passos

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHOPresidenteJosé Roberto Marinho

Secretário-GeralHugo Barreto

Superintendente ExecutivoNelson Savioli

Gerente de Meio AmbienteAndrea Margit

Coordenadora de ProjetosMarcia Pinto

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SUMÁRIO

ABERTURA 5

ROTEIRO 1AMBIENTES SUSTENTÁVEIS

8

ROTEIRO 2PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

13

ROTEIRO 3RIOS URBANOS E SUSTENTABILIDADE

22

ROTEIRO 4LIXO E SUSTENTABILIDADE

28

ROTEIRO 5POLUIÇÃO SONORA URBANA

35

ROTEIRO 6IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

43

FICHA TÉCNICA 52

CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO

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5ABERTURA

Cara Professora, Caro Professor,

Este conjunto de materiais, composto por seis propostas de roteiros de aula e doze

fichas de atividades, foi concebido para facilitar seu trabalho com os alunos na

temática escolhida para 2011: Cidades Sustentáveis. Trata-se de um material que

não se esgota em si mesmo e que tem por objetivo favorecer o aprendizado em rede,

provocando discussões e articulando grupos de estudo.

Os roteiros sempre começam com uma sugestão de leitura e reflexão para o professor.

Em seguida, propõem atividades que podem ser realizadas individualmente ou em

grupo, com o intuito de preparar a aula. Os professores que aderem às atividades

do Prêmio Jovem Cientista frequentemente preferem planejar em grupo, para

ampliar a transversalidade e a colaboração entre as disciplinas. Os roteiros também

sugerem atividades em sala de aula, como debates ou experimentos, ou saídas a

campo. Oferecem, ainda, uma série de referências para pesquisas na internet, em

bibliotecas ou no próprio kit pedagógico do Prêmio. A título de exemplo, ao final de

cada roteiro há uma questão de vestibular pertinente ao tema tratado.

As 12 fichas encartadas neste kit também trazem sugestões de atividades para os

alunos, incluindo pesquisa de fontes bibliográficas e levantamento de dados em

suas comunidades ou em órgãos governamentais da região. O material auxilia na

preparação da pesquisa para inscrição no Prêmio Jovem Cientista.

Caso tenha alguma dúvida sobre o processo de inscrição ou uso destes materiais,

entre em contato conosco pelo [email protected]

Bom trabalho!

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO6 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

INSTRUÇÕES PARA INSCRIÇÃO NO PRÊMIO JOVEM CIENTISTACATEGORIA ENSINO MÉDIO

Os organizadores esperam que os candidatos usem sua capacidade de investigação e criatividade para propor soluções que transformem nossas cidades em ambientes mais sustentáveis.

Os vencedores ganharão laptop; bolsa de estudos; e receberão o Prêmio em Brasília, em cerimônia no Palácio do Planalto.

É fácil participar:

1º PASSO – ABORDAGEMPesquisar é um procedimento reflexivo e crítico de busca de respostas para problemas ainda não solucionados. Comece identificando um foco para sua pesquisa, respondendo à pergunta “O que pretendo abordar?”

Temos algumas sugestões, como: Ambientes e edificações sustentáveis; Planejamento urbano e qualidade de vida; Gestão das águas; Políticas de mobilidade; Agricultura urbana; Gestão de resíduos orgânicos, inorgânicos e perigosos; e Impactos das mudanças climáticas nas cidades.

A definição da abordagem pode surgir da observação do cotidiano, da experiência profissional ou escolar, do contato e relacionamento com especialistas no tema, ou de outros programas de pesquisa.

2º PASSO – ORIENTADORO estudante deve ter um professor orientador que vai lhe ajudar a selecionar referências sobre o tema, assim como indicar a metodologia de pesquisa. Os professores e as escolas dos três primeiros agraciados também são premiados.

3º PASSO – REFERÊNCIASO estudante deve investigar quem já pesquisou ou falou sobre o assunto escolhido. Pode pesquisar questões relativas a Cidades Sustentáveis em livros, jornais, revistas e filmes, na internet, e, sobretudo, na própria comunidade na qual vive. A revisão dessas referências é fundamental, pois define os contornos da questão a ser estudada e enriquece a investigação com novos dados e informações.

4º PASSO – PROBLEMA, JUSTIFICATIVA E OBJETIVOSNesta etapa, o estudante deve registrar suas ideias. Elaborar o foco da pesquisa de forma simples e clara, evidenciando o problema. Explicar porque é relevante e quais as vantagens e os benefícios potenciais da pesquisa. Sintetizar os objetivos que pretende alcançar e informar como a pesquisa irá efetivamente ajudar a solucionar o problema.

Os itens Problema, Justificativa e Objetivos devem convencer os leitores da relevância do trabalho proposto. Por isso, é importante que o orientador e outras pessoas leiam o texto. E que o estudante, em contrapartida, escute atentamente as observações e reformule o texto, se achar necessário.

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5º PASSO – DESENVOLVIMENTO DA PESQUISAO estudante começa a definir algumas hipóteses, elaboradas a partir de sua observação do problema e das referências revisadas. Então, explica onde e como será realizada a pesquisa. Caso seja uma pesquisa de campo, é preciso especificar a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretende tabular e analisar as informações. Ele pode optar por vários tipos de amostras; por fazer questionários, entrevistas, visitas, ou simplesmente uma revisão bibliográfica. Todos esses elementos devem responder adequadamente ao problema, ao teste das hipóteses, e permitir a realização dos objetivos da pesquisa, propostos previamente.

Duas qualidades são fundamentais na coleta de dados e informações: a paciência e a persistência.

6º PASSO – ANÁLISE O estudante deve analisar os dados e informações obtidos em sua pesquisa, verificar se eles confirmam ou refutam as hipóteses. É importante discutir os resultados com o orientador e comparar com os resultados de outros trabalhos na mesma área.

7º PASSO – SÍNTESE E CONCLUSÃONesta etapa, o estudante deve explicitar se os objetivos da pesquisa foram atingidos, se as hipóteses ou os pressupostos foram confirmados ou rejeitados. E ainda deve ressaltar a contribuição de sua pesquisa para a solução do problema apresentado, para seu próprio aprendizado e para a sua comunidade, se for o caso.

Na categoria Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista, o resultado da pesquisa deve ser apresentado em um texto com no mínimo três (3) e no máximo dez (10) páginas, em tamanho A4, fonte Times New Roman, corpo 12 e espaçamento 1,5, contendo três partes:

Apresentação (Problema, Justificativa e Objetivos); Desenvolvimento (Pesquisa e Análise)Conclusão (resultado da pesquisa)

Uma das páginas deve conter as referências bibliográficas.

8º PASSO – ENVIO DO TRABALHOAo terminar a pesquisa, o estudante deve se inscrever no Prêmio Jovem Cientista com a ajuda de seu professor. Ele poderá fazer isso pelo site www.jovemcientista.org.br ou pelo correio, enviando a Ficha de Inscrição devidamente preenchida e anexando o trabalho de pesquisa e o comprovante de matrícula.

O prazo de inscrição é 31 de agosto de 2011.

O endereço para envio é: Fundação Roberto Marinho | Prêmio Jovem Cientista Rua Santa Alexandrina, 336 – 1º andar – Rio Comprido20261-232 Rio de Janeiro – RJ

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO8 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

O conceito de desenvolvimento sustentável, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) como a “melhoria da qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas”, trouxe para os centros urbanos os conceitos associados a sustentabilidade.

A noção de desenvolvimento está associada à modernização da sociedade baseada no modelo industrial, que tem como característica a busca da expansão constante e presumidamente ilimitada. Neste sentido, o desenvolvimento sustentável rompe com a lógica da organização social vigente, convidando a novos modos de pensar e agir.

Sustentabilidade, assim, implica o uso dos recursos renováveis, em quantidades compatíveis com a capacidade de renovação do Planeta; pede soluções economicamente viáveis de suprimento das necessidades e pressupõe o estabelecimento de relações sociais que permitam assegurar qualidade de vida adequada para todos.

(Adaptado de Parâmetros Curriculares Nacionais – Meio Ambiente, disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/meioambiente.pdf)

LEITURA E REFLEXÃO | SEMINÁRIO

Seminário é uma técnica de apresentação oral que possibilita a exposição de diversos aspectos de um único tema. Nele, o aluno pesquisa e organiza sua apresentação sobre o assunto, tornando-se assim sujeito ativo de seu processo de aprendizagem. Ao professor cabe mediar a interação do aluno com o objeto de conhecimento.

A realização de seminários promove:

a associação entre o conteúdo teórico e fatos atuais;

o exercício do trabalho em grupo;

a atividade de pesquisa;

1. AMBIENTES SUSTENTÁVEISROTEIRO

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9ROTEIRO 1 AMBIENTES SUSTENTÁVEIS

a comunicação oral, capaz de cativar o público e defender ideias;

o aprendizado da aplicação de recursos de apresentação (cartazes, fotografias, slides, dramatização, entre outros).

NA SALA DE PROFESSORES

A seguir, apresentamos algumas questões para reflexão. Utilize-as para promover um debate entre os colegas professores e estimular sua participação num seminário a ser desenvolvido com os alunos. Procure registrar essas reflexões para consulta posterior e para o planejamento de atividades.

a) A escolha dos componentes para a formação de grupos de trabalho cria, muitas vezes, situações de conflito. Que formas de intervenção podem ser usadas para superar as diferenças e estimular o convívio entre alunos que pensam e agem de formas diversas?

b) Muitas vezes o trabalho de pesquisa limita-se à simples reunião de dados obtidos em livros e artigos na internet, não atingindo seu objetivo maior, que é o aprendizado de um novo conhecimento. Na sua escola os professores costumam orientar o trabalho de pesquisa? Formulam uma questão-problema que desperte o interesse pela pesquisa? Indicam fontes seguras de consulta? Acompanham o aluno na produção do texto, onde ele irá reunir e interpretar os dados obtidos?

c) Nos dias de hoje é difícil capturar, por mais de três minutos, a atenção das pessoas, sempre dividida com os celulares, a poluição sonora, as preocupações do dia, mesmo na escola. Os professores de sua escola instigam os alunos a praticar suas habilidades de comunicação? Ajudam a planejar o roteiro de apresentação de um seminário? A escola promove alguma atividade para desenvolver contadores de histórias?

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO10 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

EM SALA DE AULA

A atividade a seguir exemplifica como o tema sustentabilidade pode ser abordado de forma a estimular a capacidade de comunicação e de investigação de seus alunos.

Peça aos alunos que busquem definições para o termo “sustentabilidade”; escreva no quadro as definições encontradas e proponha uma discussão a respeito, mostrando as divergências existentes acerca do conceito, em função dos aspectos políticos, econômicos e sociais envolvidos.

Converse com seus alunos sobre o livro de Thomas Morus, A Utopia, escrito no século XVI. Nele, o autor descreve uma ilha imaginária, Utopia, onde todos vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum. Procure relacionar as ideias do livro ao conceito de sustentabilidade e proponha a realização do seminário: “Cidades sustentáveis: utopia ou realidade?”.

Objetivo: reunir informações sobre cidades do Brasil e do mundo onde estão sendo aplicadas ações para atingir a sustentabilidade. Cada grupo ficará responsável pela apresentação de uma cidade.

Organização: depois de formados os grupos, oriente seus alunos para o trabalho de pesquisa; forneça fontes de consulta confiáveis. Eles deverão buscar informações que apresentem as características gerais da cidade escolhida (população, geografia, economia etc.) e que tipos de soluções sustentáveis a cidade vem adotando em relação à saúde, transporte, edificações, consumo, energia, educação e cultura, uso dos recursos naturais, gestão de resíduos e produção de alimentos.

Redação do trabalho escrito: explique que, nesta etapa, cada grupo deverá confrontar os dados oriundos das diferentes fontes de pesquisa a fim de selecionar apenas as informações relevantes. Em seguida, o grupo deverá analisar as informações e produzir um texto contendo introdução, desenvolvimento (análise dos dados e propostas de soluções dos problemas encontrados) e conclusão (síntese das recomendações).

Apresentação oral: cada grupo deverá utilizar os recursos audiovisuais disponíveis para apresentar seu trabalho aos demais. Porém, o mais importante é ter uma boa história para contar sobre o trabalho que foi feito. Aristóteles, o pai da oratória, acreditava que os oradores de sucesso tem pathos, ou seja, paixão pelo assunto. Ajude seus alunos a descobrir o que os empolga. Após a apresentação, incentive uma discussão sobre

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11ROTEIRO 1 AMBIENTES SUSTENTÁVEIS

o tema, por exemplo, perguntando aos alunos sobre a possibilidade de adoção, em sua cidade, das soluções apresentadas.

Avaliação: se possível, filme as apresentações; caso contrário, realize anotações durante a apresentação de cada grupo, observando aspectos a serem comentados posteriormente, como: a maneira de apresentar de cada participante, a organização da exposição (as informações eram coerentes? obedeciam a uma progressão lógica? qual era a grande ideia e com que energia ela foi comunicada?), o uso adequado dos recursos audiovisuais, a capacidade de responder às perguntas dos colegas.

LEMBRE-SE!

Envie um relato das atividades que foram inspiradas neste roteiro e realizadas com seus alunos para a equipe do Prêmio Jovem Cientista. Ele poderá ser divulgado no website www.jovemcientista.org.br

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 1 – Ambientes Sustentáveis

Fichas 1, 3 e 4

NA INTERNET

Plataforma Cidades Sustentáveishttp://www.cidadessustentaveis.org.br

Mundo Sustentável, onde está disponível a maior parte dos programas de TV Cidades e Soluçõeshttp://www.mundosustentavel.com.br

Green Building Council Brasil, para certificações e construções sustentáveishttp://www.gbcbrasil.org.br/pt

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO12 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

NOS LIVROS

LEROY, Jean Pierre et alli. Tudo ao mesmo tempo agora: desenvolvimento, sustentabilidade, democracia: o que isso tem a ver com você? Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

MORUS, Thomas. A Utopia. Porto Alegre: L&PM Editores, 1997 (disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/utopia.html)

MARICATO, Ermínia. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar com suas atividades de avaliação e motivar o aluno que vai prestar vestibular.

Unirio 2000

A idéia de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se referem ao crescimento econômico. De acordo com este conceito considera-se que:

a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável.

b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta ideia, pois, por sua baixa industrialização preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.

c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente, e, portanto, é inevitável que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos.

d) se deve buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.

e) são as riquezas acumuladas nos países ricos em prejuízo das antigas colônias, durante a expansão colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.

Item Correto: (d)

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13ROTEIRO 2 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

2. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

A rápida e desorganizada urbanização que vem ocorrendo principalmente nos países em desenvolvimento (na África, na Ásia e na América Latina) tem gerado o aumento da pobreza e da fome nas cidades. Hoje, quase um terço dos habitantes das cidades do mundo – mais de um bilhão de pessoas – vive em favelas. Essas mudanças aceleradas representam um grande desafio social, ambiental e sanitário.

A agricultura urbana e periurbana é praticada dentro dos limites ou nos arredores das cidades e inclui atividades agropecuárias, pesqueiras e florestais, assim como os serviços ecológicos que proporcionam. Considerando as implicações relacionadas à alimentação, saúde, ambiente e aos incentivos para o desenvolvimento intelectual e social, a agricultura urbana e periurbana constitui uma poderosa ferramenta de desenvolvimento

(Adaptado a partir da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), disponível em (http://www.rlc.fao.org/pr/prioridades/aup/)

LEITURA E REFLEXÃO | A PESQUISA TRANSDISCIPLINAR

A abordagem transdisciplinar de certos temas permite mostrar ao estudante que o desenvolvimento de estratégias para a solução dos grandes problemas da atualidade não pode estar limitado a uma única área do saber. O êxito das soluções propostas está intimamente amparado numa ampla investigação e reflexão acerca das questões-problema, sob a ótica de seus diversos aspectos políticos, sociais, culturais, antropológicos, econômicos etc.

A pesquisa transdisciplinar não prescinde do conhecimento próprio de cada disciplina, mas pretende ultrapassar seus respectivos limites, conectando esses mesmos conhecimentos através de uma ampla teia, composta de diferentes referenciais, em igual posição de importância, cuja finalidade é a compreensão do mundo presente.

ROTEIRO

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO14 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

NA SALA DE PROFESSORES

As questões a seguir ajudam a refletir sobre a abordagem transdisciplinar do tema Agricultura Urbana. Utilize essas perguntas para promover um debate e estimular seus colegas professores e os representantes de outros setores da comunidade escolar a participarem do projeto a ser desenvolvido com os alunos. Procure registrar essas reflexões para consulta posterior e para o planejamento de atividades.

a) Como a execução de um projeto transdisciplinar poderá aprimorar a prática pedagógica em sua escola?

b) Que entraves poderão surgir durante a implantação do projeto transdisciplinar e o que fazer para superá-los?

c) Que aspectos devem ser abordados na elaboração de um projeto de produção de alimentos no ambiente escolar? De que maneira cada disciplina poderá colaborar com esse projeto, não esquecendo as conexões entre as disciplinas e a síntese que integre as diferentes abordagens?

d) A transdisciplinaridade pressupõe a utilização de diversas linguagens. Que linguagens artísticas poderão integrar-se ao projeto?

e) De que maneira uma abordagem transdisciplinar do tema Agricultura Urbana poderá enriquecer as práticas sociais de seus alunos, contribuindo para sua formação cidadã?

EM SALA DE AULA

A atividade a seguir exemplifica como seus alunos podem utilizar diferentes recursos cognitivos para resolver uma situação-problema e, assim, construir novos conhecimentos.

A criação de uma horta escolar e a realização das diversas atividades a ela associadas promove a integração de conteúdos normalmente trabalhados de forma isolada pelas diferentes disciplinas. Assim, segundo J.R.O. Marinho et al, a construção de conhecimentos referentes à origem e ao modo de produção dos alimentos que comemos – prejuízos socioambientais inerentes ao modelo implementado pela “revolução verde”, mudanças de hábitos de consumo, artes, estética, funcionalidades curativas dos vegetais, botânica, ecologia, alimentação e solos – será facilitada em decorrência de uma abordagem articulada entre as disciplinas, e que utiliza a horta escolar como instrumento pedagógico.

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15ROTEIRO 2 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

Desenvolvimento de projeto transdisciplinar “Produção de Alimentos para Consumo Comunitário: Horta Vertical”.

Motivação inicial

Apresente aos seus alunos os problemas associados à agricultura industrial, tais como a perda da biodiversidade, a desertificação, as consequências do uso de pesticidas e fertilizantes sobre os ecossistemas e a saúde humana, a degradação e o esgotamento do solo causando o declínio de sua produtividade.

Os filmes listados a seguir são um ótimo recurso para motivar o grupo a buscar informações sobre formas alternativas de produção de alimentos.

Atenção: este é um bom momento para promover a transdisciplinaridade: convide os professores de outras disciplinas, bem como os demais membros da comunidade escolar, para participar de um debate sobre os filmes, analisando os aspectos históricos, geopolíticos, sociais, econômicos e ambientais da produção mundial de alimentos.

Filmes sugeridos:

Discurso da canadense Severn Suzuki, feito quando ela tinha apenas 12 anos, durante a Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, disponível em: http://paginas.ufrgs.br/sga/SGA/copy_of_videos#discurso-de-severn-suzuki; duração aproximada: 7 minutos. Apesar do tempo decorrido, o discurso de Severn Suzuki permanece bastante atual.

“O Futuro da Comida” ou “The Future of Food”, versão em inglês disponível em http://www.thefutureoffood.com/onlinevideo.html. Esse documentário aborda principalmente a questão dos transgênicos, mas também mostra cenas impressionantes sobre o uso de pesticidas e a produção de alimentos em grande escala; duração: 90 minutos.

Outros filmes que tratam do impacto da agricultura industrializada e/ou da questão da segurança alimentar:

“Comida S.A.” (“Food, Inc.”), EUA, 2008, 94 minutos;

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO16 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

“Neste Chão Tudo Dá - Semeando Conhecimento e Colhendo Resultados”, Brasil, 2008, 22 minutos (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=T2xDkCO8IK8 e http://www.youtube.com/watch ?v=4f9VqmUQBlw);

“Nós alimentamos o mundo” (“We feed the World), Áustria, 2005, 96 minutos;

“Fome de Soja” (“Hambre de Soja”), Argentina, 2000, 51 minutos;

“Garapa”, Brasil, 2008, 110 minutos.

Levantamento de dados sobre a produção local de alimentos

Sugira aos alunos que realizem um levantamento sobre os alimentos consumidos na escola (ou em suas casas).

Identifique que tipos de alimentos são esses (verduras, carne, cereais...) e verifique: que porcentual é produzido pela agricultura industrial? E pelos outros tipos de agricultura: orgânica, sustentável, biodinâmica, agroecológica e permacultura?

Como é feita a adubação e o controle de pragas? São utilizados fertilizantes e agrotóxicos? Nesse caso, de que tipos?

Entre os produtores desses alimentos, quantos são: pequenos produtores rurais? Latifundiários? Grandes empresas multinacionais? Quantos estão organizados em cooperativas?

Qual é a origem desses alimentos? Provêm de áreas próximas? Como é feita a sua distribuição, desde o local de produção até a mesa do consumidor?

Quais são as tecnologias empregadas no processamento desses alimentos? E na sua conservação?

Nesta etapa, incentive os alunos a construírem tabelas e gráficos com as respostas obtidas. Se cada aluno levantar dados sobre um alimento distinto, o grupo terá informações sobre uma cesta bem diversificada de itens. As tabelas servirão para organizar e tabular todos os dados, enquanto os gráficos permitirão visualizar as informações de forma clara e objetiva.

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17ROTEIRO 2 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

Agricultura urbana e prática sustentável de cultivo

Solicite uma pesquisa sobre agricultura urbana.

O que caracteriza esse tipo de agricultura? Quais as tecnologias a ela associadas?

Que fatores sociais, econômicos e ambientais vêm incentivando o crescimento de tal prática?

De que forma a agricultura urbana poderá melhorar a segurança alimentar dos habitantes de uma cidade?

Quais as espécies vegetais mais utilizadas para o plantio em área urbana?

Que práticas sustentáveis podem ser aplicadas à agricultura urbana? Utilização de lixo orgânico reciclado para a adubação? Aproveitamento da água das chuvas? Utilização de defensivos de origem orgânica? Maximização da área de plantio?

Proponha também uma investigação sobre a existência de áreas utilizadas no cultivo de alimentos que estejam próximas à escola ou às residências dos alunos. Tais áreas são individuais, coletivas ou públicas? São sustentáveis, isto é, usam eficientemente a terra e a água? Reaproveitam resíduos, reduzindo a produção de lixo do entorno?

Para ilustrar, use o primeiro segmento do programa Cidades e Soluções, que apresenta o projeto Cidades Sem Fome, que busca áreas ociosas em comunidades de baixa renda da Grande São Paulo para promover a instalação de hortas urbanas, gerando emprego e renda para os moradores (11 minutos, disponível em http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1656518-17665-304,00.html)

Montagem da horta vertical

A implantação de uma horta vertical no espaço escolar permite que sejam constatados os benefícios da agricultura urbana, já que viabiliza o cultivo de vegetais em áreas reduzidas e reutiliza garrafas PET, colaborando para a redução da produção de lixo. Também pode servir como fonte geradora de renda; fornece alimentos frescos e livres de agrotóxicos; e diminui o deslocamento entre o produtor e o consumidor, reduzindo o uso de combustíveis poluentes.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO18 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

Preparo dos recipientes PET:

Cortar as garrafas PET à altura de 20 centímetros a partir da base. Fazer vários pequenos furos no fundo da garrafa para dar vazão à água da rega.

Preencher as garrafas com uma mistura formada por duas partes de terra comum, uma parte de areia e uma parte de adubo (esterco de boi, húmus de minhoca ou compostagem com restos orgânicos). Fixá-las em um suporte de madeira, como mostra a figura. O suporte pode ser feito com restos de demolição, caixotes de frutas ou ainda com móveis velhos ou quebrados, como um estrado de cama.

Sugestões de espécies para cultivo: alface, espinafre, chicória, rúcula, agrião, salsa, coentro, cebolinha, pimentão, couve. Uma alternativa seria o plantio de espécies medicinais e temperos, como camomila, alecrim, e erva-doce.

Após a primeira colheita, calcule os custos do projeto, desde sua implantação até a destinação final dos alimentos produzidos. Assim, será possível avaliar sua viabilidade econômica, de modo a ampliá-lo e torná-lo uma fonte de renda para a escola.

Outras atividades correlatas que podem ser desenvolvidas pelos alunos são:

instalação de uma composteira para reaproveitamento, na forma de adubo, dos resíduos orgânicos produzidos na escola;

criação de um minhocário para obtenção de húmus;

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19ROTEIRO 2 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

instalação de sistemas simples de captação de água da chuva para irrigar a horta;

promoção de palestras para os moradores vizinhos à escola sobre hábitos alimentares saudáveis e segurança alimentar;

organização de oficinas para orientar os moradores a montarem sua própria horta vertical.

LEMBRE-SE!

Envie um relato das atividades que foram inspiradas neste roteiro e realizadas com seus alunos para a equipe do Prêmio Jovem Cientista. Ele poderá ser divulgado no website www.jovemcientista.org.br

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 3 – Agricultura Urbana

Fichas 6 e 7

NA INTERNET

RODRIGUES, M. L. Caminhos da Transdisciplinaridade - fugindo a injunções lineares. http://www.pucsp.br/nemess/links/artigos/marialucia3.htm

CENTRO DE EDUCAÇÃO TRANSDISCIPLINAR http://www.cetrans.com.br/

EDUCAÇÃO E TRANSDISCIPLINARIDADEhttp://unesdoc.unesco.org/images/0012/001275/127511por.pdf

GUIA DA HORTA DOMÉSTICA - Departamento de Agricultura, Universidade Federal de Lavras, MGhttp://www2.ufla.br/~wrmaluf/bth054/bth054.html

MONTEIRO, J.P.R. e MONTEIRO, M.S.L. Hortas comunitárias de Teresina: agricultura urbana e perspectiva de desenvolvimento local.http://ddd.uab.cat/pub/revibec/13902776v5p47.pdf

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO20 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

MACHADO, A. T. e MACHADO, C. T.T. Agricultura urbana. Embrapa, 2002.http://www.cpac.embrapa.br/publicacoes/search_pbl/1?q=Zona%20urbana

MARINHO, J. R. O. et al. Hortas Escolares, Agricultura Urbana e o Ensino Voltado à Identidade Terrena.http://www.uece.br/setesaberes/anais/pdfs/trabalhos/488-04082010 -230905.pdf

Sobre hortas verticais:http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos/20080212_lst_assuntos.shtmlhttp://www.abhorticultura.com.br/Dicas/Default.asp?id=5751http://www.pesagro.rj.gov.br/fotos_jovens.html

NOS LIVROS

MANICA, I., ICUMA, I.M., JUNQUEIRA, K.P.e JUNQUEIRA, N.T.V. Pomar Doméstico-Caseiro-Familiar. Cinco Continentes, 2007.

ROSA, MARCOS L. (org.). Micro Planejamento Práticas Urbanas Criativas.Editora de Cultura, 2010.

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar nas suas atividades de avaliação e motivar o aluno que irá prestar vestibular.

PUC-Rio (2007)

A ideia de “fome” vem há algum tempo sendo re-significada, politicamente, sob a luz do conceito de “segurança alimentar”. No Fórum Mundial Social de Mumbai (Índia), em 2004, as discussões se concentraram na necessidade de emancipação dos povos dependentes das políticas internacionais que regulam a produção, estocagem, distribuição e comercialização alimentar no mundo. Sobre o conceito de “segurança alimentar”, pode-se afirmar que:

I - ele representa uma mudança de concepção, que poderá transformar a qualidade de vida de inúmeras sociedades historicamente dependentes dos padrões de consumo alimentares de países e regiões possuidores de índices de desenvolvimento humano (IDH) bastante elevados.

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21ROTEIRO 2 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO COMUNITÁRIO: HORTA VERTICAL

II - ele é o caminho para a construção de outro conceito, ainda mais expressivo, voltado para a erradicação da miséria no mundo: o da “sustentabilidade alimentar”. Este conceito, que incorpora programas ligados à preservação do meio ambiente e à não utilização de agrotóxicos nas monoculturas extensivas, concebe o enfrentamento da pobreza a partir de programas locais voltados para o mercado de trabalho.

III - se as populações em estado de “pobreza absoluta” forem os principais atores de sua própria emancipação social - isto é, se o controle da “fome” apoiar-se sobre suas atividades econômicas, e não fundamentalmente na ajuda alimentar dos outros - então há chances de que espaços diversos onde há “insegurança alimentar” sejam menos afetados por processos de marginalização socioespacial.

IV - a sustentabilidade das atividades agrícolas nos países mais pobres deve ser delegada às suas tecnologias e tradições produtivas, para que seja possível a erradicação da fome. O conceito relaciona a autonomia alimentar dos países com a geração de novos empregos e a menor dependência das importações e flutuações dos preços no mercado internacional.

Estão corretas:

(a) todas as afirmações.(b) somente as afirmações I, II e III.(c) somente as afirmações I, II e IV.(d) somente as afirmações II e III.(e) somente as afirmações III e IV.

Item correto: (a)

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO22 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

3. RIOS URBANOS E SUSTENTABILIDADE

ROTEIRO

A água está tão intimamente relacionada ao cotidiano das pessoas que só percebemos sua importância quando os canos secam. No século passado, com a implantação maciça de sistemas públicos de abastecimento, o acesso a este recurso foi imensamente facilitado.

Os avanços tecnológicos propiciam novas formas de captação, tratamento, aproveitamento e distribuição dos recursos hídricos, mas não democratizam o acesso à água nem revertem a tendência crescente de poluição hídrica. Há uma discrepância entre os países no que diz respeito ao consumo de água: poucos países consomem muito e muitos países consomem pouco. O consumo médio residencial nos Estados Unidos, por exemplo, é de 400 litros/pessoa/dia (l/p/d), enquanto que no Brasil é de 260 l/p/d, média semelhante à da Austrália (270 l/p/d) e à da China (230 l/p/d), mas superior à da Inglaterra (150 l/p/d), e bem mais alta do que a média dos países do norte da África, que é de apenas 15 l/p/d.

As necessidades de uma civilização cada vez mais complexa e globalizada fazem soar o alerta. Considerando-se as atuais práticas de manejo, o desperdício e a degradação ambiental, é possível que em pouco tempo haja um colapso nas reservas de água potável do planeta.

É necessário, portanto, mudar nossas atitudes, seja na condição de usuários, produtores de bens e de resíduos (domésticos ou industriais), ou como integrantes do poder público ou dos grupos sociais diretamente envolvidos no manejo das águas. Precisamos nos tornar capazes de exercer a responsabilidade – pessoal e coletiva – pela gestão sustentável dos recursos hídricos.

(Adaptado do Caderno de Conteúdo do Multicuro Água Boa; Gestão de Bacias Hidrográficas e de Parliamentary Commissioner for the Environment, 2000)

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23ROTEIRO 3 RIOS URBANOS E SUSTENTABILIDADE

LEITURA E REFLEXÃO | NARRATIVAS

História se faz com histórias. O entrelaçamento de narrativas cotidianas constrói conhecimento, compartilha experiências e legitima as culturas locais. Por meio do estudo das narrativas os seres humanos conhecem o mundo.

O uso da narrativa reúne relatos que valorizam aspectos socioambientais e culturais locais, legitimando a identidade e a autonomia dos sujeitos envolvidos nas práticas pedagógicas. O conhecimento é produzido a partir da necessidade de interação, de modo que os indivíduos buscam sistematicamente compreender o mundo que os rodeia, bem como buscam identificar o modo como os que estão a sua volta veem a realidade. O conhecimento, neste caso, tem perspectiva proeminentemente social.

NA SALA DE PROFESSORES

Neste momento, procure registrar suas reflexões sobre as questões abaixo para consultas posteriores e para o planejamento de atividades. Se você estiver trabalhando em grupo, utilize essas perguntas para realizar um debate.

a) Você valoriza o uso das narrativas em seu trabalho? Poderia citar a sua contribuição? Discuta com seus colegas e troque com eles experiências.

b) Como o trabalho com narrativas pode favorecer a interdisciplinaridade? Discuta com os demais professores.

EM SALA DE AULA

Motivação para o desenvolvimento do projeto

Comece o trabalho propondo a seus alunos a discussão da letra da música a seguir, de autoria dos compositores Paulo Emílio e Aldir Blanc.

Valsa do Maracanã(Paulo Emílio e Aldir Blanc)

Quando eu ficar assim morrendo após o porre Maracanã, meu rio,

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO24 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

ai corre e me socorre Injeta em minhas veias teu soro poluído de pilha e folha morta, de aborto criminoso de caco de garrafa de prego enferrujado dos versos do poeta pneu de bicicleta Ai, rio do meu Rio, Ai, lixo da cidade de lâmpada queimada de carretel de linha chapinha premiada e lata de sardinha o castigo e o perdão o modess e a camisinha o castigo e o perdão o modess e a camisinha Ai, só dói quando eu rio, Maracanã, meu rio Maracanã, meu rio Ai, só dói quando eu rio

A letra da música pode ser considerada uma narrativa?

Baseando-se na letra da música, peça que descubram: o que é o rio Maracanã? Ele faz parte de alguma bacia hidrográfica? Qual? Em que situação estão os rios que formam esta bacia? Como as pessoas se relacionam com eles?

E na sua cidade, qual é a história da ocupação da região da bacia hidrográfica local?

Desenvolvimento do projeto “Rios Urbanos e Sustentabilidade”

Sugira que os alunos pesquisem as atuais condições em que se encontra(m) o(s) rio(s) do entorno da escola. Com estas informações, peça que construam uma narrativa

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25ROTEIRO 3 RIOS URBANOS E SUSTENTABILIDADE

que descreva a história de ocupação da bacia hidrográfica onde está seu município: as características originais dos ecossistemas locais e a evolução da relação do homem com os recursos hídricos na região. Com a ajuda das equipes de Língua Portuguesa e Artes, desenvolva o projeto dessas narrativas, na forma de poesias, letras de músicas, crônicas, reportagens e dramatização.

Organize uma saída a campo para a coleta de dados. Oriente seus alunos a preparar um roteiro para diagnosticar as condições atuais do rio, córrego, lago ou lagoa visitado.

com a colaboração da equipe de química da escola, coletem amostras em diferentes pontos do leito e avaliem as características físico-químicas possíveis, com os instrumentos disponíveis. Sugestões: transparência da água, presença de lixo, odor, oxigênio dissolvido, temperatura da água e do ar, pH, dentre outros.

peça aos alunos que registrem, com fotografias ou ilustrações, alguns aspectos do rio, tais como:

- organismos encontrados ao longo do trecho estudado;

despejo de esgoto ou de águas pluviais em algum ponto;

- presença de mata ciliar e seu estado de conservação;

- existência de construções nas margens do rio e suas características;

- captação de água em algum ponto para uso doméstico ou industrial.

Sugira aos alunos que obtenham fotos antigas do rio, em álbuns de família ou na internet, e, juntamente com as fotos tiradas na saída de campo, montem cartazes ou painéis com o tema “Antes e Depois”.

Promova um sarau para apresentação das narrativas, acompanhado de exposição dos trabalhos de pesquisa e sessões de contadores de histórias.

LEMBRE-SE!

Envie um relato das atividades que foram inspiradas neste roteiro e realizadas com seus alunos para a equipe do Prêmio Jovem Cientista. Ele poderá ser divulgado no website www.jovemcientista.org.br

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO26 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 4 – Gestão das Águas no Meio Urbano

Fichas 2, 8 e 9

NA INTERNET

Caminho das Águashttp://www.caminhoaguas.org.br

Rede das Águashttp://www.rededasaguas.org.br

Agência Nacional de Águashttp://www.ana.gov.br

Cultivando Água Boahttp://www.cultivandoaguaboa.com.br/o-programa

Narrativas em Educaçãohttp://www.scielo.br/pdf/ciedu/v11n2/12.pdf

NOS LIVROS

Agência Nacional de Águas (ANA). A evolução da gestão dos recursos hídricos no Brasil. Brasília: ANA, 2002.

FREIRE, P. A educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996.

OLIVEIRA. O pensamento de Vygotsky como fonte de reflexão sobre a educação. Unicamp. Centro de Estudos Educação e Sociedade. Caderno Cedes, ANO XX, nº 35, Julho/2000.

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27ROTEIRO 3 RIOS URBANOS E SUSTENTABILIDADE

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar com suas atividades de avaliação e motivar o aluno que vai prestar vestibular.

Ufes (2001)

Um dos assuntos mais veiculados nos jornais e revistas neste final de século é a falta de água no mundo. Um professor de Biologia, para chamar a atenção dos seus alunos sobre o assunto, apresentou no início de sua aula a charge ao lado.

Em seguida, fez um longo discurso sobre a mata ciliar, citando inicialmente o seguinte texto:

“... A vegetação que margeia os rios ou que contorna os lagos, nascentes e açudes é denominada mata ciliar, [...] Sua presença é de vital importância para a conservação e funcionamento da bacia hidrográfica, porque atua na regularização dos fluxos de água e de sedimentos, na manutenção da qualidade da água...”(Garcia e Moraes, 1999)

Na história anterior, pode parecer uma contradição a despreocupação de ontem com o corte das árvores, o desperdício de água do dia a dia e a conservação das matas ciliares. No entanto, existe uma forte correlação entre eles. Assinale a afirmativa que NÃO destaca essa correlação.

a) O sistema radicular e as copas das árvores da mata ciliar constituem a proteção mais eficiente do revestimento do solo, evitando seu esgotamento e o assoreamento dos rios.

b) A eliminação da mata ciliar nas nascentes dos rios pode comprometer o volume de água de uma bacia hidrográfica.

c) A capacidade respiratória dos seres vivos pode ser aumentada quando se evita o fenômeno da inversão térmica, com o controle da derrubada de árvores.

d) A substituição das matas ciliares por uma agricultura predatória contribui para que milhões de toneladas de solo sejam arrastados para o leito dos rios, causando o assoreamento.

e) A destruição de grandes áreas de mata ciliar pode alterar o regime de chuvas da região, interferindo, assim, no volume de água dos rios.

Item correto: (c)

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO28 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

A sustentabilidade nas cidades tem na gestão de resíduos um grande desafio. As urbes, em geral, são consumidoras de matéria e energia que têm origem em outras regiões e são grandes geradoras de lixo. O estímulo ao consumo e a concepção de que os bens são descartáveis – ou seja, tornam-se “velhos” rapidamente e devem ser substituídos por “novos” – contribuem de forma decisiva para a geração de lixo no ambiente urbano.

Toneladas de resíduos sólidos são acumuladas nos chamados lixões, onde, além do armazenamento inadequado, uma parcela muito pequena é separada por catadores, que estão expostos a condições insalubres e ao risco de acidentes.

A destinação responsável do lixo, o reaproveitamento, a reciclagem e, principalmente, a redução da produção de resíduos são atitudes essenciais para garantir qualidade de vida nas cidades.

LEITURA E REFLEXÃO | EMBALAGENS

“É sempre bom relembrar a definição de embalagem: todo produto feito de material de qualquer natureza usado para conter, proteger, transportar, distribuir e apresentar os bens, desde os bens materiais naturais até os bens processados, do produtor ao usuário ou consumidor. Ou seja, a embalagem tem uma função vital social e econômica.

A questão central deste artigo é discutir o gerenciamento integrado dos resíduos de embalagens pós-consumo, sob a ótica do desenvolvimento sustentável, em contraponto a alguns conceitos monoorientados do que seria uma embalagem ‘ambientalmente adequada’, ou ainda, preconceitos de um ‘marketing verde’ sem fundamento técnico, a exemplo da supervalorização de materiais plásticos degradáveis.

O gerenciamento integrado do resíduos sólidos voltado para a revalorização dos resíduos de embalagens deve apoiar simultaneamente todas as suas iniciativas, como a redução, a reutilização, a reciclagem e a recuperação energética. Não basta trabalhar apenas pontualmente em alternativas à disposição final dos resíduos de

4. LIXO E SUSTENTABILIDADEROTEIRO

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29ROTEIRO 4 LIXO E SUSTENTABILIDADE

embalagens nos aterros sanitários, como é o caso dos materiais biodegradáveis, pois estes podem deixar de ser um problema de resíduo sólido, mas sua degradação reverte em emissões para o ar (gás carbônico e metano) e para a água, também importantes para o meio ambiente, contribuindo para outros impactos ambientais, como o aquecimento global, a redução de oxigênio disponível etc. Além disso, mesmo que os materiais (plásticos etc) das embalagens sejam biodegradáveis, ainda podem deixar resíduos, como tintas, aditivos e vernizes. Ou seja, resíduos de tamanho reduzido podem interferir nos metabolismos animal e vegetal presentes no meio ambiente onde são deixados degradar. É importante evitar que materiais com potencial de revalorização cheguem aos aterros para disposição final, ou que sejam simplesmente descartados no meio ambiente”. (Desenvolvimento sustentável e o gerenciamento integrado do resíduo de embalagem, Guilherme de Castilho Queiroz e Eloisa Elena Correa Garcia – http://www.cetea.ital.org.br/cetea/informativo/v17n3/v17n3_artigo1.pdf)

NA SALA DE PROFESSORES

Após a leitura do texto, promova um debate e estimule seus colegas professores e os representantes de outros setores da comunidade escolar a participar do projeto sobre lixo e sustentabilidade a ser desenvolvido na escola. Registre os pontos discutidos para consulta posterior.

a) Converse com seus colegas professores acerca das questões ambientais da escola. Quais as funções das embalagens? Quanto elas contribuem para o volume total do lixo? Que competências temos, como consumidores, para alterar os impactos percebidos? E como educadores?

b) Discuta com seus colegas de que modo uma atividade ligada à gestão de resíduos pode desenvolver competências nos alunos.

c) Elabore, de forma participativa e transdisciplinar, uma atividade em torno do tema lixo e sustentabilidade, com potencial para desenvolver a participação de toda a comunidade escolar e a reflexão sobre noções de responsabilidade e liberdade.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO30 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

EM SALA DE AULA

A atividade a seguir deve ser usada para motivar seus alunos a iniciarem o trabalho sobre a questão do lixo e da sustentabilidade.

Desenvolvimento de projeto “Lixo e sustentabilidade”

Convide seus alunos a assistir ao documentário “Ilha das Flores”, de 1989, que descreve a trajetória de um tomate – da lavoura à Ilha das Flores, no sul do país – entre animais, lixo, mulheres e crianças. Trata-se de um documentário de 13 minutos, que aborda a questão do lixo pela exclusão social. Do diretor portalegrense Jorge Furtado, o curta-metragem está disponível no website da Casa de Cinema de Porto Alegre

http://www.casacinepoa.com.br/os-filmes/produ%C3%A7%C3%A3o/curtas/ilha-das-flores

Agora proponha algumas questões para debate em sala de aula:

Como é a relação entre consumo e produção de lixo nas cidades? O desenvolvimento urbano gera necessariamente boas condições de vida para todos?

Por que na cidade o lixo é um problema mais complexo do que na zona rural?

Qual é a relação entre lixo, saúde e justiça social? Quais são as doenças associadas ao contato com o lixo? Quais são os problemas causados pela mistura de resíduos perigosos ao lixo?

De que modo a educação pode ajudar no combate à injustiça socioambiental?

Como diminuir a produção de lixo e gerar sustentabilidade?

Quais são os destinos dados ao lixo? Qual é o mais adequado em cada tipo de situação? Quais os de maior risco ambiental?

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31ROTEIRO 4 LIXO E SUSTENTABILIDADE

Pesquisa sobre lixo e sustentabilidade

Peça a seus alunos que façam uma pesquisa sobre o lixo da comunidade onde vivem: quantidade gerada estimada; tipos de resíduos mais comuns; hábitos de separação e reutilização; destinação do lixo após a residência; existência de lixões, aterros, cooperativas de catadores, ou incineradores na cidade. Nessa atividade eles devem abordar as questões socioambientais envolvidas, como a da exclusão social, da geração de renda com resíduos ou casos de contaminação. Devem também discutir formas de reduzir a produção de lixo.

Criação e apresentação de uma pequena peça de teatro

Com base no levantamento de dados, histórias e casos, proponha a seus alunos que montem uma peça de no máximo 5 minutos, um esquete, que aborde a importância da redução da geração de lixo e a questão da injustiça social a ele relacionada. Cenário e figurinos devem ser feitos de material destinado ao lixo ou descartado.

Convide a todos da escola e representantes da comunidade para as apresentações. Ao final, proponha um debate sobre o tema “Lixo e sustentabilidade”, no qual os alunos-atores devem ter participação ativa.

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 5 – Gestão de Resíduos

Ficha 10

NA INTERNET

Conjunto de Cartilhas do Projeto Reciclar, da Universidade Federal de Viçosahttp://www.projetoreciclar.ufv.br/?area=cartilhas

Vamos fazer Estônia! E se limpássemos o país em um dia?http://www.coletaseletivasolidaria.com.br/videogaleria/vamos-fazer-estonia-e-se-limpassemos-o-pais-em-1-dia.html

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO32 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanoshttp://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=88

Compromisso Empresarial com a Reciclagem (Cempre)http://www.cempre.org.br

Lixo e misériahttp://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2001/unihoje_tema162pag02.html

Lixo e degradação ambientalhttp://www.institutoaqualung.com.br/info_sacos.html

Lixo e destinaçãohttp://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/04/08/68548-lixo-extraordinario.html

Dados sobre lixohttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/joga-fora-lixo-papel-plastico-bagaco-laranja-seringa-tv-modelo-623818.shtml

NOS LIVROS

CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. São Paulo: Humanitas /FFLCH/USP, 1997.

COSTA, N. Lutas Urbanas e Controle Sanitário: Origens das Políticas de Saúde no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1986.

CUNHA, Sandra B., GUERRA, Antonio J. T. (Orgs.). A Questão Ambiental: diferentes abordagens.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

GUERRA, A. J. e S. B. CUNHA (orgs). Impactos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

LOUREIRO, C. F. B. O Movimento Ambientalista e o Pensamento Crítico: uma abordagem política. Rio de Janeiro: Quartel Editora & Comunicação, 2003.

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33ROTEIRO 4 LIXO E SUSTENTABILIDADE

NO CINEMA

Lixo extraordinário

“Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.” (http://www.lixoextraordinario.net)

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar com suas atividades de avaliação e motivar o aluno que vai prestar vestibular.

ENEM (1999)

CASOS DE LEPTOSPIROSE CRESCEM NA REGIÃOM.P.S. tem 12 anos e está desde janeiro em tratamento de leptospirose. Ela perdeu a tranquilidade e encontrou nos ratos, (...), os vilões de sua infância. “Se eu não os matar, eles me matam”, diz. Seu medo reflete um dos maiores problemas do bairro: a falta de saneamento básico e o acúmulo de lixo...(O Estado de S. Paulo, 31/07/1997)

OITO SUSPEITOS DE LEPTOSPIROSEA cidade ficou sob as águas na madrugada de anteontem e, além de 120 desabrigados, as inundações estão fazendo outro tipo de vítimas: já há oito suspeitas de casos de leptospirose (...) transmitida pela urina de ratos contaminados.(Folha de S. Paulo, 12/02/1999)

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO34 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

As notícias dos jornais sobre casos de leptospirose estão associadas aos fatos:

I. Quando ocorre uma enchente, as águas espalham, além do lixo acumulado, todos os dejetos dos animais que ali vivem.

II. O acúmulo de lixo cria ambiente propício para a proliferação dos ratos.

III. O lixo acumulado nos terrenos baldios e nas margens de rios entope os bueiros e compromete o escoamento das águas em dias de chuva.

IV. As pessoas que vivem na região assolada pela enchente, entrando em contato com a água contaminada, têm grande chance de contrair a leptospirose.

A SEQUÊNCIA de fatos que relaciona corretamente a leptospirose, o lixo, as enchentes e os roedores, é:

a) I, II, III e IV.

b) I, III, IV e II.

c) IV, III, II e I.

d) II, IV, I e III.

e) II, III, I e IV.

Item correto: (e)

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35ROTEIRO 5 POLUIÇÃO SONORA URBANA

Entre os numerosos problemas que atingem os ambientes urbanos, a poluição sonora é um dos principais. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, já estão entre as cidades mais barulhentas do mundo. As atividades comerciais e industriais intensas, a diminuição de áreas verdes, o crescimento demográfico e do transporte público e privado estão entre as causas deste tipo de problema.

Com efeitos negativos sobre a saúde, a poluição sonora causa ou agrava distúrbios como insônia, perda de audição, estresse, agressividade, hipertensão, dores de cabeça, queda no rendimento na escola e no trabalho, cansaço e perda de concentração.

“A sensibilidade ao ruído é subjetiva e varia de acordo com a altura do som, continuidade e tempo de exposição, além do volume. A magnitude do som é expressa em decibéis (dB). Os níveis de ruído definidos pela Organização Mundial de Saúde (55 dB durante o dia e 35 dB à noite) determinam seu impacto sobre a saúde humana. (...) A Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento estabelece o limite de 65 dB como aceitável e estima que mais de 100 milhões de pessoas estão expostas diariamente a mais do que isso, sendo o tráfego como fonte principal.” (GUERRA, A. J. e S. B. CUNHA (orgs). Impactos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001).

LEITURA E REFLEXÃO | CONTEXTUALIZAÇÃO

A poluição sonora é uma oportunidade para trabalharmos de forma contextualizada. Mas o que significa contextualizar quando pensamos em situações de aprendizagem?

O conceito de contextualização, ou aprendizagem situada, entrou em discussão na reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. Em 1999, o MEC publica a versão final dos Parâmetros Curriculares Nacionais e, nele, propõe a contextualização e a transversalidade como meios de motivar o aluno e dar significado ao que é ensinado em sala de aula.

Segundo o coordenador geral de ensino médio do MEC:

5. POLUIÇÃO SONORA URBANAROTEIRO

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO36 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

“Formar indivíduos que se realizem como pessoas, cidadãos e profissionais exige da escola muito mais do que a simples transmissão e acúmulo de informações. Exige experiências concretas e diversificadas, transpostas da vida cotidiana para as situações de aprendizagem. Educar para a vida requer a incorporação de vivências e a incorporação do aprendido em novas vivências.” (PEREIRA, A.R.S. Contextualização. Disponível em: www.mec.gov.br).

Para que o aluno tenha envolvimento intelectual e também afetivo com a temática, é preciso trabalhar contextos com significado para ele, de modo a mobilizá-lo a aprender num processo em que ele é protagonista. Assim se educa para a vida.

Edgar Morin (2002) defende o conhecimento contextualizado porque é mais próximo da realidade dos alunos, permitindo que se adaptem aos ensinamentos das diversas disciplinas.

NA SALA DE PROFESSORES

As questões a seguir o ajudarão a refletir sobre uma abordagem contextualizada para o tema Poluição Sonora. Utilize estas perguntas para promover um debate e estimular seus colegas professores e representantes de outros setores da comunidade escolar a participarem do projeto que será desenvolvido com os alunos. Procure registrar essas reflexões para consulta posterior e para o planejamento de atividades.

a) Uma escola situada em um local onde não há poluição sonora deve desenvolver um trabalho sobre essa questão? Como tornar este tema significativo para os alunos?

b) E uma escola que esteja situada em uma região onde a poluição sonora é um grande problema, deverá ficar limitada a trabalhos de pesquisa apenas de âmbito local? E de que modo a pesquisa pode provocar mudanças na realidade local?

c) O nível de ruído em sala de aula deve ficar abaixo de 50 decibéis para que não comprometa a aprendizagem e a saúde de professores e alunos. O estresse causado por tentar se fazer entender, por exemplo, é apontado como uma das causas responsáveis pelas doenças cardíacas e fonoaudiólogas dos professores. Porém, em várias medições foram averiguados níveis acima de 71 decibéis em salas de aula. Quais são os reflexos da poluição sonora no processo de aprendizagem?

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37ROTEIRO 5 POLUIÇÃO SONORA URBANA

EM SALA DE AULA

A atividade a seguir deve ser usada para motivar seus alunos a iniciarem o trabalho a respeito do tema.

Desenvolvimento de projeto “Mapa da poluição sonora”

Motivação para o desenvolvimento do projeto

Compartilhe esta reportagem com os seus alunos e discuta com eles as questões da poluição sonora abordadas no texto.

Poluição sonora aumenta incidência de doenças e mortesPublicada em 03/04/2011 às 11h36mRenato Grandelle

RIO - Poluição sonora vai muito além de um mero incômodo. Barulho em excesso mata. O alerta veio de pesquisa divulgada esta semana pela Organização Mundial de Saúde, realizada exclusivamente na Europa. Segundo o levantamento, os habitantes daquele continente, somados, perdem 1 milhão de anos de vida a cada ano em decorrência de problemas de saúde desencadeados - ou agravados - por exposição excessiva a ruídos.

A urbanização e a expansão do sistema de transportes estão entre os motivos para que o barulho seja cada vez mais sentido à noite. O sono interrompido por aviões, carros ou pelo vizinho inconveniente custa mais do que olheiras e indisposição no dia seguinte. Um descanso intermitente compromete o crescimento de crianças, e, nos adultos, acelera o envelhecimento celular. Doenças degenerativas, como diabetes e hipertensão, podem dar as caras precocemente.

Mais sensibilidade a ruídos agudos e intermitentes

As pesquisas relacionadas a como o brasileiro dorme ainda são poucas e esporádicas. Dois anos atrás, um levantamento da Associação Brasileira do Sono (ABSono) revelou que 43% da população não teriam um sono restaurador, e, por isso, sentiam-se cansados durante o dia. Agora, o Instituto do Sono conclui trabalho semelhante, realizado em São Paulo. Os resultados preliminares são categóricos: o paulista passa por maus bocados para descansar à noite.

- Você pode estar dormindo, mas não o seu ouvido. Ele trabalha 24 horas por dia - lembra Ektor Onishi, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia. - O excesso de barulho é interpretado pelo nosso cérebro como fator estressante. Qualquer som o faz procurar, em sua memória, um significado. Por isso, quando somos expostos a um ambiente muito ruidoso, podemos nos sentir cansados como se tivéssemos feito um esforço físico.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO38 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

Há sons a que o ser humano é especialmente suscetível. Ruídos intermitentes são mais despertáveis do que os contínuos. E os agudos também nos tiram com facilidade da cama.

Não há uma medida única sobre o barulho suficiente para nos tirar do sono profundo. Trata-se de um dado individual. Para pessoas que sofrem transtornos emocionais e de ansiedade, a tolerância é menor.

A exposição frequente a um determinado ruído pode dar a sensação de imunidade. O vizinho de um viaduto, por exemplo, com o tempo, passaria a ignorar a passagem de carros enquanto estivesse dormindo. As noites, enfim, passam a ser tranquilas? Não, segundo Flávio Aloé, neurofisiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

- A pessoa acha que se acostumou, mas o ruído ainda está lá. Por isso, há prejuízo na qualidade do sono, que fica mais curto e superficial - ressalta. - Após cinco a dez anos de exposição a um fator ambiental, este problema transforma-se em um quadro clínico.

Antes de procurar um médico, muitos decidem tentar “desligar-se” dos ruídos por conta própria. Após uma noite mal dormida, abusam da cafeína. E, para ignorarem os barulhos à noite, recorrem ao álcool.

- Há quem descubra que uma bebida, como vinho, a fez dormir bem, e passa a usá-la como algo terapêutico - conta Aloé. - A pessoa sabe que aquilo a que recorreu não é remédio e lhe fará mal, mas, enquanto não afetá-la, ela continuará usando este artifício. O problema é que nem todos percebem quando isso passa a ser um vício.

Os vizinhos de ambientes barulhentos e os que recorrem ao álcool têm algo em comum: mais dificuldade para atingir o almejado sono profundo. Sua noite é pontuada por microdespertares - quando alguém acorda, mas sem tomar consciência disso.

Quanto mais fragmentado o sono, maior o leque de problemas a curto e médio prazo.

- O sono não terá proporcionado um bem-estar físico e mental. Assim, não estamos cognitivamente preparados para enfrentar o dia seguinte - assinala Andrea Bacelar, vice-presidente da ABSono. - Já despertamos cansados e irritados. Os reflexos estarão diminuídos, o desempenho no trabalho ficará comprometido. Em médio prazo, as consequências são ainda piores: as células envelhecerão precocemente, expondo-nos a doenças como hipertensão.

Entre as consequências, até problemas de crescimento

O sistema imunológico, que tampouco aproveitou a oportunidade de reparação durante a noite, ficará mais sujeito a infecções. Mesmo uma simples gripe atuará mais tempo no organismo de alguém com problemas de sono do que entre aqueles que dormem bem.

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39ROTEIRO 5 POLUIÇÃO SONORA URBANA

Até o desenvolvimento do corpo está em jogo. Afinal, o hormônio do crescimento só é produzido durante o sono profundo. E, no adulto, ele é responsável por aumentar o tônus muscular, o vigor físico e dar textura à pele.

Algumas medidas podem ser tomadas para garantir uma boa noite de sono (e afastar-se de um prontuário tão amplo).

- O paciente pode gerar um ruído contínuo no próprio cômodo, abafando outros sons: ligar o ventilador, pôr uma música... - sugere Andrea. - Não são ruídos elevados, que deixariam o sono superficial.

A instalação de janelas antirruído também é uma saída. Outros equipamentos, que bloqueariam até instrumentos musicais potentes, como piano e tuba, estão sendo testados em laboratório. Até que cheguem ao mercado com preços acessíveis, porém, pode demorar. Melhor esperar deitado. Dormindo, de preferência.

(http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/04/03/poluicao-sonora-aumenta-incidencia-de-doencas-mortes-924145950.asp, acessado em 10 de abril de 2011)

Outros sinais e sintomas que vêm sendo relacionados com a exposição ao ruído, segundo Menezes e Paulino, são os seguintes:

aumento de batimentos cardíacos (alguns autores citam mínima variação dos batimentos cardíacos com o passar do tempo de exposição ao ruído ou mesmo bradicardia);

hipertensão arterial leve ou moderada com consequente aumento do risco de doenças cardíacas;

alterações digestivas (citadas por alguns autores relacionadas à exposição muito prolongada – maior que o tempo necessário para lesão auditiva – a ruídos menores ou iguais a 500 Hz);

irritabilidade, insônia, ansiedade, nervosismo;

redução da libido;

aumento do tônus muscular, dificuldade de repouso do corpo, tendência à apresentação de espasmos musculares reflexos;

aumento da frequência respiratória (também há relatos de diminuição da frequência e aumento da profundidade respiratória);

vertigem, e cefaleia.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO40 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

Levantamento de informações e casos sobre a poluição sonora

Peça a seus alunos que, em grupos, façam uma pesquisa sobre a poluição sonora dos locais que eles mais frequentam (bairro onde moram, áreas de lazer, escola, trabalho). A pesquisa pode ser na forma de roteiro sonoro, onde o aluno anota os ruídos que ouve. Recomende que usem uma escala para identificar a intensidade dos ruídos: muito alto (vermelho); alto (laranja); moderado (amarelo); baixo (verde); muito baixo (azul). Os ruídos devem ser apresentados em mapas desenhados à mão ou extraídos da internet, utilizando o Google Maps (http://maps.google.com.br) ou o Google Earth (http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth), por exemplo. Em um breve relatório, peça que expliquem as fontes de poluição sonora mais significativas, indicando na legenda que tipo de ruídos a escala compreende, tais como: ruído muito alto (canteiro de obras, banda musical, turbina de avião). Eles devem incluir na pesquisa os danos à saúde causados pelos ruídos identificados.

Sugira que os alunos procurem informações sobre algum programa de redução dos ruídos ambientais. Como cada um pode contribuir para reduzir este problema? Quais as sugestões que eles podem apontar para minimizá-lo? Há algum órgão público que controle o excesso de barulho? Qual e como acessá-lo?

Promova uma exposição

Com os trabalhos de seus alunos, faça uma exposição, convidando os diversos segmentos da comunidade escolar, e promova um debate.

LEMBRE-SE!

Envie um relato das atividades que foram inspiradas neste roteiro e realizadas com seus alunos para a equipe do Prêmio Jovem Cientista. Ele poderá ser divulgado no website www.jovemcientista.org.br

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 6 – Políticas de Mobilidade nas Cidades

Ficha 3

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41ROTEIRO 5 POLUIÇÃO SONORA URBANA

NA INTERNET

Instrumentos de gestão de poluição sonora para a sustentabilidade das Cidades Brasileirashttp://www.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/dssouza.pdf

A poluição sonora decorrente da circulação de veículoshttp://www.cjf.jus.br/revista/numero3/artigo05.htm

Ambiente urbano e percepção da poluição sonorahttp://www.scielo.br/pdf/asoc/v8n2/28606.pdf

Legislação federal sobre poluição sonora urbanahttp://www2.camara.gov.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/tema14/pdf/114386.pdf

Contextualizaçãohttp://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=55

Projeto para medir poluição sonora pelo celularh tt p : / /a n i m a c u st i ca .co m . b r/h o m e/n o t i c i a s/4 3 -a r t i g os- e -entrevistas/206-poluicao-celular

Projeto Noise Tube: projeto de pesquisa iniciado em 2008, pelo Laboratório de Ciência da Computação da Sony, na França, que busca envolver o público no monitoramento da poluição sonora, fazendo uso dos celulares (smartphones)http://www.noisetube.net (disponível somente em inglês)

NOS LIVROS

GUERRA, A. J. e S. B. CUNHA (orgs). Impactos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

LOUREIRO, C. F. B. O Movimento Ambientalista e o Pensamento Crítico: uma abordagem política. 2a edição. Rio de Janeiro: Quartet, 2006.

SACHS, Ignacy. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO42 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar com suas atividades de avaliação e motivar o aluno que vai prestar vestibular.

UEG (2005)

Os ecossistemas podem sofrer interferência em seus mecanismos de equilíbrio natural, tal como a poluição, uma modificação indesejável do ambiente.

Em relação à poluição e às suas consequências, julgue as proposições a seguir:

I. A queima de combustíveis fósseis em fábricas, usinas e veículos motorizados lança uma série de produtos tóxicos no ar. Um desses produtos é o monóxido de carbono (CO), capaz de combinar-se com a hemoglobina, dificultando a oxigenação dos tecidos.

II. Os efeitos da poluição sonora dependem da intensidade do som, do tempo de exposição e da sensibilidade da pessoa, e podem variar de zumbidos e perda passageira da audição até a sua redução irreversível. Além disso é estressante, pois estimula a produção de adrenalina e colesterol, causando problemas cardíacos e emocionais.

III. O aquecimento global é preocupação internacional. A maioria dos países apoiou a proposta, chamada Protocolo de Kyoto, de reduzir progressivamente até o ano de 2012 a emissão de gás carbônico.

Marque a alternativa CORRETA:

a) Apenas a proposição I é verdadeira.b) Apenas a proposição II é verdadeira.c) Apenas a proposição III é verdadeira.d) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.e) As proposições I, II e III são verdadeiras.

Item correto: (e)

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43ROTEIRO 6 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

6. IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

ROTEIRO

As mudanças climáticas fazem parte da história da Terra e podem ser consideradas apenas mais um dos componentes do dinâmico e constante processo de transformação ao qual o planeta está submetido, desde a sua formação. Assim, sabemos que fenômenos naturais determinaram sucessões de glaciações e aquecimentos, em diferentes escalas de tempo, ocasionando mudanças nas médias de temperatura do planeta, bem como alterações nos padrões de chuvas e ventos.

Mas, as atividades humanas estão acelerando essas mudanças. As maiores influências do homem no clima terrestre começam a ser notadas a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, devido à utilização dos recursos naturais em grande escala e à produção de enormes quantidades de poluentes, capazes de alterar a atmosfera, os rios e os oceanos. Hoje, existe um consenso na comunidade científica, refletido nas análises sistemáticas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), de que o aquecimento global observado é provocado, em grande medida, pelas emissões antropogênicas dos gases de efeito estufa, e não só pela variabilidade natural do clima. Os principais gases do efeito estufa são o dióxido de carbono e o metano, e também contribuem, em menor escala, os óxidos de nitrogênio e os clorofluorcarbonos.

O aquecimento global recente está relacionado a impactos ambientais intensos, tais como o derretimento das geleiras e calotas polares, o aumento do nível médio do mar, a alteração de processos biológicos e do ciclo hidrológico, a extinção de espécies e o aumento da incidência de epidemias e doenças tropicais.

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO44 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

LEITURA E REFLEXÃO | USO DE FILMES DE FICÇÃO NA SALA DE AULA

Uma aprendizagem significativa requer experiências cognitivas e afetivas, não sendo alcançada, portanto, apenas com a lógica intelectual.

Assim, dentre os recursos que podem ser utilizados para tornar a apreensão das mudanças climáticas significativa para o aluno, ganham destaque os filmes de ficção ou documentários, pois permitem que eles associem a linguagem de seu dia a dia (as situações mostradas nos filmes) com a linguagem do aprendizado formal (conteúdos estudados na escola).

De acordo com Serra & Arroio (2011) “a linguagem audiovisual apresenta-se como uma das inúmeras possibilidades para construção e aquisição de conhecimentos, possibilita integração entre indivíduo e meio porque aborda conceitos científicos ao mesmo tempo em que retrata personagens vivendo em um mundo que o espectador aprecia, reconhece e se identifica. (...) Através do filme, o educando compreende de maneira sensitiva, além da cognitiva. Ocorre veiculação de conteúdos e vivências de todos os tipos: emoções, sensações, atitudes, ações, conhecimentos etc.”.

NA SALA DE PROFESSORES

A seguir, questões para reflexão. Utilize-as para promover um debate entre os colegas professores e estimular sua participação no trabalho a ser desenvolvido com os alunos. Procure registrar essas reflexões para consulta posterior e para o planejamento de atividades.

a) Filmes de ficção são ótimos recursos para ensinar conceitos das diferentes disciplinas. Muitas vezes, porém, eles mostram situações impossíveis, como por exemplo, as barulhentas explosões que ocorrem no espaço, onde sabemos que o som não se propaga... Questione: será que apenas filmes com informações “cientificamente corretas” devem ser utilizados em sala de aula? Como utilizar de forma adequada os filmes com informações fantasiosas?

b) Além de aprofundar a compreensão de conceitos previamente trabalhados em sala de aula, os filmes de ficção servem também para despertar a curiosidade sobre determinado tema. Pense em exemplos de filmes de ficção que podem ser utilizados para abordar o tema das mudanças climáticas.

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45ROTEIRO 6 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

c) Ao realizar comentários durante a exibição do filme, o professor evita a dispersão dos alunos, já que estes tendem a associar a exibição do vídeo a momentos de descanso e lazer. Que outras estratégias podem ser adotadas antes ou durante a exibição, para evitar essa dispersão?

d) Reflita sobre a seguinte afirmação (GADOTTI, 1992): “A educação, sendo essencialmente a transmissão de valores, necessita do testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de comunicação e a tecnologia não podem substituir o professor”.

EM SALA DE AULA

A atividade a seguir exemplifica como os filmes de ficção podem ser utilizados para dar significado à aprendizagem de novos conteúdos, proporcionando a integração entre o conhecimento científico, formal, e o cotidiano.

Inicie a abordagem do tema Mudanças Climáticas, com a exibição do filme “O Dia Depois de Amanhã” (EUA, 2004).

IMPORTANTE: Professor(a), assista ao filme previamente e elabore um roteiro para orientar sua exibição; anote os momentos em que sua intervenção será necessária para pedir mais atenção ao fato que está sendo exposto, ou até mesmo para interromper a projeção, quando houver a necessidade de uma discussão sobre o que está sendo exibido. Avalie também se há tempo para exibir o filme na íntegra ou apenas trechos selecionados.

A seguir, sugestões de intervenções que poderão ser feitas para dinamizar a exibição.

Pergunte aos alunos qual é a percepção deles sobre o tema principal do filme (alterações climáticas/ocorrência de glaciação acelerada em função das atividades humanas).

Destaque algumas situações mostradas, e peça aos alunos posterior pesquisa para verificar a real possibilidade de sua ocorrência:

- É possível a ocorrência de uma mudança climática abrupta num período de dias ou semanas?

- Como o aquecimento global pode levar à redução extrema de temperaturas de certas regiões do Planeta?

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO46 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

- Esse resfriamento seria tão intenso quanto o ocorrido durante as glaciações?

- Haveria possibilidade de ocorrência de tempestade de neve em Nova Deli?

- A onda gigante que atinge Nova Iorque poderia ser causada por ventos? Qual a diferença entre a elevação do nível do mar e os tsunamis?

Após a exibição, peça aos alunos que procurem em jornais e revistas reportagens que mostrem a ocorrência de fenômenos climáticos extremos – enchentes, secas, furacões. Os eventos extremos recentes têm sido realmente mais intensos e frequentes? Qual é o risco para as cidades?

Peça aos alunos que caracterizem o fenômeno do aquecimento global: ele refere-se apenas ao aumento de temperatura? O que explica, então, a ocorrência de nevascas e invernos frios como o de 2010, na Europa e Estados Unidos? Procure saber como é feito o cálculo da temperatura média do planeta (sugestão de texto: http://www.comciencia.br/reportagens/clima/clima09.htm). Junto com o professor de matemática, analise esses cálculos – o aumento da variação entre as temperaturas máxima e mínima necessariamente significam aumento da temperatura média?

Promova um debate a respeito das causas do aquecimento global – afinal, ele é ou não um fenômeno provocado pelo homem? Indique leituras de textos disponíveis na internet: dados do relatório do IPCC, artigos de revistas como Ciência Hoje, Scientific American Brasil, National Geographic Brasil, Com Ciência – SBPC/Labjor, Jornal da Ciência (SBPC). Peça aos alunos que analisem os aspectos econômicos, sociais e políticos associados a cada caso.

LEMBRE-SE!

Envie um relato das atividades que foram inspiradas neste roteiro e realizadas com seus alunos para a equipe do Prêmio Jovem Cientista. Ele poderá ser divulgado no website www.jovemcientista.org.br

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47ROTEIRO 6 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

PARA SABER MAIS

NO MATERIAL DO PRÊMIO

Caderno do Professor, Cap. 7 – Impactos das Mudanças Climáticas nas Cidades

Fichas 7, 9 e 12

DOCUMENTÁRIOS

UMA VERDADE INCONVENIENTE (An Inconvenient Truth). Dirigido por Davis Guggenheim, com a participação de Al Gore. 100 min, 2006

HOME. Um filme de Yann Arthus-Bertrand, um documentário totalmente produzido com imagens aéreas de várias partes do mundo, conta a história do planeta e os desafios de torná-lo sustentável para a humanidade. Um filme sem fins lucrativos, disponível em inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, árabe e russo em http://www.youtube.com/homeproject#p/a/f/0/jqxENMKaeCU 95 min, 2009

NA INTERNET

Mudanças climáticashttp://www.museuvirtual.unb.br/climatico/navegacao.html

Mudanças climáticas: algumas reflexõeshttp://www.geografia.fflch.usp.br/abclima/revista/vol_3e4/Pacelli.pdf

Mudanças climáticas globais: passado, presente e futurohttp://www.ambiente.sp.gov.br/proclima/artigos_dissertacoes/artigos_portugues/mudancasclimaticasglobaispassadopresenteefuturo.pdf

Uma síntese do quarto relatório do IPCChttp://www.multiciencia.unicamp.br/artigos_08/r01_8.pdf

Ficção científica e ensino de ciências: para além do método de “encontrar erros em filmes”http://www.scielo.br/pdf/ep/v35n3/08.pdf

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CADERNO DE ROTEIROS DE TRABALHO48 XXV PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

SERRA, G. & Arroio, A. (2011). O meio ambiente apresentado em filmes de ficção e documentárioshttp://ensciencias.uab.es/congreso09/numeroextra/art-2804-2809.pdf

Aprendizagem significativa: um texto para a formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamentalhttp://nutes2.nutes.ufrj.br/coordenacao/textosapoio/tap-si-19.pdf

NOS LIVROS

GADOTTI, M. Educação e compromisso. São Paulo: Papirus, 1992.

NICOL, F. et al. Adaptação de edificações e cidades às mudanças climáticas. Porto Alegre: Bookman Companhia, 2009.

CAIU NO VESTIBULAR

Esta seção pretende colaborar em suas atividades de avaliação e motivar o aluno que irá prestar vestibular.

Enem 2007

Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6°C. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na forma de neve.

Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pinguins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram.

“Scientific American Brasil”, ano 2, nº. 21, 2004, p.80 (com adaptações).

A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas:

I – O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica.

II – O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar.

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49ROTEIRO 6 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

III – A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas.

É correto o que se afirma:

a) apenas em I.

b) apenas em II.

c) apenas em I e II.

d) apenas em II e III.

e) em I, II e III.

Item Correto: (e)

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BLOCO DE ANOTAÇÕES

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FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃOAndrea MargitMarcia Pinto

EDIÇÃOLiana John

CONCEPÇÃO PEDAGÓGICASimone Dottori

CONSULTORIA ESPECIALIZADA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM URBANISMO | PUC CAMPINASLaura Machado de Mello Bueno, com colaboração de Giovanna Ortiz de Oliveira

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS | DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA | UFRJPaulo Pereira de Gusmão

GRUPO DE ESTUDO EM TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (GETRES) | COPPE | UFRJClaudio Fernando Mahler

PROGRAMA DE ENGENHARIA DE TRANSPORTE | COPPE | UFRJElenice Rachid

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS (ANTP)Ayrton Camargo e Silva

REVISÃO ORTOGRÁFICAÉrica Carvalho

PROJETO GRÁFICOUm Triz Comunicação | Renata Figueiredo

ILUSTRAÇÃORenato Carvalho Abreu

Este caderno integra o kit pedagógico da XXV edição do Prêmio Jovem Cientista, cujo tema é Cidades Sustentáveis, desenvolvido em parceria pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Gerdau, GE e Fundação Roberto Marinho.

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHORua Santa Alexandrina, 336 | 20261-232 | Rio de Janeiro | [email protected] | www.jovemcientista.org.br

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