Super.interessante.296(1)

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Eles são cientistas. E eles acreditam em espíritos e reencarnação. Agora, estão usando o laboratório para provar que tudo isso não é apenas questão de fé. E dizem que estão conseguindo. P . 56

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Eles são cientistas. E eles acreditam em espíritos e reencarnação.Agora, estão usando o laboratório para provar que tudo isso

não é apenas questão de fé. E dizem que estão conseguindo. P. 56

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• The Ventura

C / 4 1 ~ 1 ) / 4 r ' I O SUPERNOVAS

18 Supernovils

21 EssenciaL

22 Conexões

24 Ciência MaLuca

30 Infográfico32 Polêmica

34 Papo

36 Banco de Dados

RESPOSTAS

38 Respostas

44 Contém

46Como Ganhar u

ma

Discussão sobre ..48 Oráculo

50 Como Funciona52 E Se__

REPORTAGENS

56 Capa: Ciência Espírita66 A Vida sem Números72 Confissões do

Funcioná rio 5976 A VoLta dos Hippies

BO Zoem: Pé de Atleta84 Luzes, Câmeras, Nigéria

SUPERRADAR,

92 Tendências

94 Te ch

96 Escolhas

98 ManuaL

Outubro de 2011Edição 296TIragem 441 772 exemplares-oto Du llaProduçio And,ea Vila' Boascasti"iNS ... do C " s t ; ~ g Nod&k> Al c. Moreno

Comoentender este sumário

o

Cada circulo co rresponde auma reportag€m da revista.Eles estão divididos emilssuntos de acordo coma tabela 3baixo. O tamanhode cada círcuLo correspondeà quantidade de páginasda reportagem.

___ ~ " : ú m e r o da página

• CIÊNCIA

• CURIOSIDADES

• CULTURA

• TECNOLOGIA

• COMPORTAMENTO

• HISTÓRIA

• ATUALIDADES

• SAÚDE

INFOGRÁFICO

Os melhores, os piores

e os mais Lucrativosfilmes sobre HQs.

NOVAS

Pessoas bonitas

são mais egoístas.

ESSENCIALSteve Jobs matou

os nerds. Saiba como.

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The Ventura

72-

CONFISSOESDO

FUNCIONARIQ 59Os bastidores

da transfonnação doGoogle no site que sabe tudo.

80ZOOM,DE ATLETA

Entenda o que

alçam os melhoresatletas do mundo.

84_ LUZES

C A M ~ A S . NIGERIA

A maior indústriade cinema do

mundo. Na África.

76AVOLTADOS

HIPPIESPara se r moderno, é

preciso viver no passado.Entenda o que querem os

jovens descolados.

56- - ~ ~ ~ ~ ~

66A VIDA SEM NÚMEROS

Acredite: fa:rer comas já foi muitomais complicado do que hoje em dia.

Existe vida após a morte?Alguns pesquisadores

acreditam qUI! sim.

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w . . . . .

The Ventura

o•

e,ogo

Ese a gcnte pegasse a capacidade de apuraçiio da

SUPER, juntasse com a mecfínica de um game c

fizesse um jogo jornalístico: A ideia ap<lrcceu na

cabeça do Rafae! Kenski. então nosso editor de

internet. la pelo final de 200R. Pareceu sensacio

nal - e em mesmo: de u origem ao Ciência contra

o Crime, um gume de detetive baseado nas têc

nicas mais modernas de investigação forense.

Quem jogou (c muita gente jogou) gostou.

(Aqui uma confissão: na êpoca a gente achou

que tinha acabado de inventar uma coisa revolucionária com os tais

jogos jornalísticos. ALê que 6 meses depois um pesquisador publicou

um texto dizendo qu e a SUPER estava entre as publicações que melhorutilinvam neU'sgame:;; no mundo. E assim descohrimos que nossa in

n ~ n ç à o já tinha sido inventada. Perdemos os louros. mas ficamos con

temes com O elogio qu e recebemos.)

Três anos depois. os newsgames da SUPER estão entre o que há de

mais bacana na internet brasileira. Fred Di Giacomo. arual editor do site.

é um dos maiores especialistas do mu ndo no assunto. A equipe dele.

{armada por Otavio Cohen. Ana Prado. KJeyson Barbosa e Daniel Apolinário. já leYOI1 os leiLOres para cOll\'iver com os praci Ta.

desbaratar uma quadrilha de mafiosos

modernos e testar a inmiçii.o. Em FiJo sofighters. a mais recente (e minha iavorita) criação deles. você]X>de resolver

no braço todos os problemas da r1Iosofia: escolha seu pensado r fa\"ori to. o seu

inimigo. e lute. Os golpes serão basea

dos nas ideias do seu filósoio (da para

;tcessar rodos esses jogos na área de

multimídia ((o sile da SUPER).

Agora a novidade: estamos le\"ando

um pedaço desse wliverso para o Face

book. Basta curtir nossa página para

acompanhar o lançamento de Quiz City.

um .iogo em que você pode c o n ~ t r u i r sua cidade e ganhar umas ajudinh,l$ ex

tras se responder li testes de conheci

mento. ESTá imperdível. A gente não

conhece nada muito pa recido no mun

do - e batizamos a em p reitada de social

newsgame. Vamos ver quanto tempo

demora para um pesquisador dizer qu e

tem um nome melhor.

Um grande abraço.

,

NO MUNDODOS APPS

Smartphonts' tabL,ts siobacanas. Mas podem ficarmuito melhores, e até mudillrsua vida, se voei instalar os

apUtativos cmos. Q ~ i s são

eles? A respost . você wi

conhecer no Guio dosMelhores ApUcotlvos,que já está i vend•.

EDITORA'PAbril'= ' , ,\'IC'fOIlU\TJ,\

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Edito<: Robmo C h l ~ . . . . . . . . . . . E . .... 11i ... ~ mdl'$ [ " , I

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\oirIl ~ I o n d o s l.raI. ~ iI.obtI"inGo,.... \'icIoJrGlill

o; . . . . .su ...... _ . . B",,,Ja ~ u t u l i l 0_ .. . N(KIH: Aldo Palma

SUPER. .. "' ............ ",1" .. _ Gw" " " " ,

," " . . . . \1" . . . . . . . Ib" ...... •• G",,, . _ <:" . .. . 0 .. " .... . lIn .u

r . tu . _ l I ~ , , , .so." .. '--'0 . " .. m .. "-'n . Ho«lO loj;lO<........

",,",lO s..K.o .......... jo'J' 0ImIt0 .......q.t.t " '"9 ! "" Rap) '" G. , . .eor ........... ~ " ..... ) J < > < l i ~ kIIIO. )oi,... , ~ . , " •m. .. ~ . ' .. ~ I "_", . , , . .u;...,.w.., . oI, ..p.uoc- ... ,. . . . . ._._r._G . ~ ~ _ . _ . " .. .t,".... ' , < I . ç ~ . ,,,''' IA,,,, n ,. UN ", I . . . . . .

".,.m"". "',' H"Iy. In. . , . . . . . . ~ < I , . ~ SH" . I>l'' ' ' O" .". I"'""l' .«6o. I.", . '" )1",,.,,, ' ''' '.. " Lt> p"""1. 110, ri,. .t,. . K" " • S . .• \ "'". 'IPbtrt. ' " " ",. , N . . . . , .... "' , .. . ." r_'d DI G;><,.. . «III<!<""""n'" " ' " " ' " !I .,,, . . . . . . . . . .1 , " , ... , .... 0 ","", ( 010 :0. . .. . S . ~ 4 !lo, .... 0.. ,;.:1 1..>,. _ A,.u.. ,. W . . . . ,' " B· .... X . ", .. . , . . , .. " ..1'n;!o,,,,,,, . D t _ ...,,',L= .Ob... ,. ,\" '* 'J

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_ ........ OMs,W . . . . PCA "' " " " , " " " _ U-

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w .< _ - - - - - - - - - - - - - ~ - - ~ - _ : : _ - - : _ : _ - - 7 ' - - - - - - - - - - - ~ - - ~ - - - - ~ - - " The Ventu

S I J f ' f ~ f ~

FUNDO DO MAR"Imagine s6 o d i n a m ~ r q u ê s Stig Sevcrinsen,qu e desceu 225 metros só no fôlego,encontrando um blobfish, uashauhs!"@modruguinho17 (MundoMor)

UM SALVE!Aos estudantes

de Visconde do Rio

Branco (MG) e aos

aLunos da Escota

Estadual Barão Ho-

mem de Melo, em

Alto Alegre (RS),

que mandaram para

a redação da SUPER

cartas pedindo infor

mações sobre várias

frutas. Recomenda·

mo s o livro Ds Caço.

dores de Frutos, de

Adam leith Gollner.

Memórias de brincarMeu filho Guilherme tem 28 anos e o únicobrinquedo que semp re me ped iU oi Lego. Esteano tirei todos da ca ixa e sentamos no tapetepara brincar. Fiquei feliz com a matéria. São

muitas recordações, como qu ando ele só seacalmou para lima cirurgia com o Lego que .ganhou. Obrigada. M A R I A ~ R ( 6 S 0 C E Z A(Como os Fãs $olvaram o Ugo)

"Obrigada peLareportagem

COMO TOMAR

DECISÕES.

um Estudo química nil P R e fiquei feliz com a "singela homenagem ao anointernacional da química". M.Af"11<ARI..NG (Mundosupw)

-

"Precisava levantar as vendas da minha pizzaria. Deci-

di panftetar em um semáforo e Lembrei-me de uma

materia da SUPER (Roupas tI . Grif- 'nf'.uflnaam as

PHsoos, junho). Fui com uma polo de ma rca e nâo

deu ou tra. Mesmo as 21h, de noi te, as pessoas abai

xavam a janela do carro para pegar o panfleto. De·

pois, usei táticas descritas na matéria A Ciincio dos

PIYÇOS (agosto). Ofereci R$ 2 de acréscimo no ped i-

do pa ra incluir borda de catupiry e R$ 10 para inclu ir

um brotinho doce. Au mente i 10% o ca ixa no fim

de semana. Valeu, SU PER !H HEMERSONDA$ILVA

12 SUPER OUTUBRO 2011

"Meu cachorro achaa @revistasupermUito interessante.

-EMPRELEANTES DES U ~

Victor PassarelU cortou o dedo com a revista, de tão afoito que

estava para le r. Mas compensou. "Adorei 11 d. s-t.mbro 10

Anos Dflpais . Gosto quando vocês falam de política", disse.

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'' '.-

The Ventura

SIJ

300!Até a edição 300, recordaremos capas, ma té rias e mo men tos marcantes da SUPERFOI MAL

Filosofighters,merci beaucoup

"Hoje faLei para o meu pai que a SUPERfaria 24 aninhos [apagamos velos mêspos50dol. e eLe disse: 'Ll!mbro comose fosse ontem a primeira e d i ç ~ o daSUPER Eu comprei. A matéria da capafalava sobre supercondutores',Feliz aniversário! "UVlA FREITAS

AH, A SAUDOSA CAPADA N°l. MAS EA DA

N"O, QUEM LEMBRA?VEJA AíÀDIREITA

GUIA DE IPAD

I

• A i n s t i t u i ç ~ o quecrio u uma v e r s ~ o modificada do HIV éa UniverSidade do Suda CaLifórnia e não aUniversidade da Caroüna do SuL (Su P.efnovas, setembro)

. 0 even to K-T, queextinguiu os dinossauros, ocorreuno Cretáceo, ~ o no juroissico. (O LhtroN@gJ'OdosSemVivos,agosto)

_ Hi p6crates viveuem 400 a.C., n ~ o em 4 a.C (ConUm,setembro)

FINA IRONIA DO LEITOR"Niio se i, mas certamente ninguém usaria i n d o ~ " MARCOS NAZAAENO sobre Ese Q Gente Usasse 100%do Cérebro? (agosto)

-DepoiS de morta, posso virar atê piche"EDINElAFERNANDES , sobre o post NoWl MolIlI:Mo:, . . e ("ncamenllllr 11 LiqwfafAo do Co:po(SuperbLog)

'$corjoce dublado é pecado, parece filme pomô·AlEXANDRE SAI AZAR, sobre o post O NaljlaF'matntent.Clt_, iN ao Bo osiL Vaie G Pano Assinor?

(R..bit) ,que fala dos prós e contras do serviço, comoexcesso de fiLmes dublados

-

O jogo da SUPER que propõe a pancadaria entre filósofos já faz sucessofora do pais. O bLogueiro FlorentMaurin, que fala de newsgiimes nosite do jornal francês LI" Monde, elo-giou o jogo no Twitter. Depois disso,pipocaram comentârios em francês,espanhol e inglês na nOSSii iirToba.Mostre o jogo para seus amigosgringos: http://abr.;o!fightl!r"$

Quer conhecer melhorcomo Ler, ver, ouvir einteragir com n o s ~ edição para iPad? Fizemos um vídeo sobreisso. Entenda as legendas para girar o"tabLet,p a s ~ r páginas e compartilhilr nas redes sociais. Sua experiênciaserá ainda melhor.hN:p:ftabr.iojsuperipad I

FALE COM A GENTE

Ra;lAçAO -- NJOVEM.COM.IIII SUMÇo o( ATENOiMOfTO _A SOE iUCURSOS i«IMANOS UMÇÕESANTERiORES

~ n v i < 'u g<"<li'lo>s, &"w. ~ f . . . . . . . . . . , ~ Quo' f a ~ "" " o> j<rmTI ~ AO CUDI'TE ( s . a ~ ~ ~ ~ v " , , ~ ~ n . . om s o o . . ~ . "'"""'"'" onttg'~ , , ~ I c a , $1rodi"®t!wt rgmlu .14o . .be como? Começ:I Pano < o n w , ~ _ "" "'" ~ - ".b.Ih>f, ~ ~ , ou • . . . , jof'U\elro>. o P f W ! ; ~ • djyjd;o, po n A::inoNo ou ....... no>o/te o <ile "'" rw ..., b;orw;g "_", U I ~ altor.o;ao ~ . w " " " " " n b r i l cgm P>rtiapo· o. . ~ =i "" rllt .. . od;çAo-_ ... W I W ~ I h ~ a l m b r doo ~ $<>b(c, " " " do andtr.ço. to.,.- d(M:b.dn · Lq:... m t ~ · do< P I " " ~ do ..., 11.0-.:0 mo .. aÓflpHa

...... i!""" 1""<0"111< TNfonos: p ú b b c O I " ~ popner>lO ou ontr*&>o • .........., O8l'IO.7msu t.HIMncnt<>do E<iwt4 do _ .. . I'a:1o(OJlopo ..

.ld.cam,br po . sp . (10 3031 S189, ~ tnobolhl< com . . e ",l\rt;o!; SO<viç= - ~ SOo Paulo , AIri ' O lupr ( ~ O ....." '" produl:>s. OCOMe

" .. ~ o > .. . cio, NoçOo1 RI • 21) 2S4&BlOO. "'"" '" do NiJdeQ,.,...", (TI) :Jl';1-lU1 ~ a obt .. ;!ifoomoc;r.H ,UnKi• • , 7221, " , .::o..- PI*ÇM' d> Abril.IOm õo< pro",t"" o. ",gund> , " , , 1 , • onvi;Jr >ou <urrioul.<:> tCEi> 054b!K)2, (TI) 3037·5759. ,,,,!omi>ados <10_ ....00'" ria, 8 :I. 2210. o lin . l\WW 1 ~ d ' Q ! ! l ~ l São P;..oL>. SI': ou onda Voocbs orct.s. p<>Io E.iUdlo N)Dv+m. Sóbodo.ria, tralulht<:P'mm~ fax (t1l3031·5891. óiI J031·SOOO Aoeo.,..o; W M U l i < > d m ~ . . . ,""' . dos I "" nt.. ,,,161> Bo. so"e!

14 SUPER OUTUBRO 2011

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InteligênciaQue se vê

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The Ventura

CONEXÕES

Experiência feita por 3 universidades comprova: quanto mais beloé o rosto de uma pessoa , mais individual ista ela é. - TEXTO FERNANDO BADÔ

Vários estudos já constataram que as

pessoas bonitas "jvern mais e ganhammelhores salários do que as feias. Mas

uma nova experiência, elaborada pelas

universidades de Barcelona, Madri e

Edinburgo. revelou um efeito indesejá

vel na beleza: as pessoas atraentes têm

menos consideraçãocom as ourras e co

locam seus interesses em primeiro lu

gar. Em suma. são mais egoístas .

Os pesquisadores reuniram um grupo

de 160 homens e mulheres da Espanha

e do Reino Unido, com vários graus de

beleza. Esses voluntários fo ram dividi

dos em duplas para jogar um jogo muito

simples: uma pessoa precisava decidir

se cooperava ou não com a outra. Ha -

1a SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS

vendo c o o ~ r a ç ã o . cada uma ganha\'a 90 pontos.

Se uma delas não quisesse cooperar. levava 160

pom os - e a OUlr.J. iica\'a com apenas 20. Já se am -

bas fossem egoístas. cada uma ganhava 30 pontos.

Os voluntarias também tiveram o rosto analisado

por um software que mede a simetria iacial (quan

lo mais simetria. mais beleza).Resultado: As pessoas atraentes cooperaram em

apenas 45.1 < ~ ; . dos casos - contra 67.3% das médias

ou feias. "Os indivíduos com ro<;tCl mais simétrico

sofrem menos rejeição. Por isso. ao longo da evo

lução. eles se tornaram mais <iulossufic ien tes e

menos propensos a cooperar". diz o eS ludo, que

foi conduzido pelo biólogo Enrique Turicgano. lsso

não sib'Tliíica. claro. que uma pessoa bela seja au

LOmaticameme m á . ~ a s , se voce é bonito por fora.

cuide também da sua outra beleza - a interior. ()

Bebêsouvem sonenquantodormem

Um recém-nascido

chega a dormir 18

horas por dia. 56

que continua ligad

e ouvindo tudo oque esti sendo dit

â sua voLta. Cientis

ta s da King's CoLle

em Londres, monit

raram o cérebro de

21 bebês de 3 a 7

meses de idade en

quanto eles dor·

miam, e chegaram

uma conclusão sur

preendente: o cére

bro dos bebês ador

mecidos capta e

processa os ruidos

externos, e é inclus

ve capaz de diferen

ciar entre sons pos

tivos (como risos)

negativos (como d

cussões). Os pesqu

sadores <linda ni o

sabem dizer por

que isso acontece.

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The Ventura

Macarrão é a comida preferida do mundoEstudo com 16 mil pessoas revela o que a humanidade mais gosta decomer - e traz surpresas como o verdadeiro prato preferido do BrasiL

NO MUNDO: l' Macarrão 2G

Carne 3° Arroz 4°Pizza 5° Frango

EM ALGUNS PAíSES:

EUA ESPANHA

3' Frango 3"AlToz7,5% 6,8%

4' Pizza4,2%

•ALEMANHA RU SS IA

2" Pizza l "Carne 2°8atata6,2% 13% 6,2%

l'Salada5,4%

4,7%

•AUSTRALlA GANA

1" Fufu*7,2% 28,2%

3°Bife

QS°Banku'

5,1% 18,7%4' Frutos 4""uo-uafi'

do ma r 6,9%

• S c h n i ~ , c a r n e e m P 3 l 1 K k fk=ch t sopadc betcrrnoo; Fufuo mas..",<;lc vegeta ",;Banl:u; massade milho; Tuo·z.aafi; 0010 de a'roZ.

Miniairbág evita danos ao celularSistema protegeo aparelho contraquedas no chão.

o disposit ivo, que foiinventado pclo donoda livraria virtualArnalDn (e aindanão tem previsãode chegada aome rcado), usaos sensores demov imento dosmartphone paradetecta r umaeventual queda -e aí ac ionar, emfrações de segundo,um conjunto depequenos airbags emolas que protegema tela e o corpodo aparelho_

, FOto G.etty Images 2; Foto UII;o<",d3 l 1 u r t r ~ o E v ~ n d r n Bertol

NO BRASil:

1" lasanha20,4%

2°Arroz19,4%

3" Macarrão12,9%

4' Fe,!i.oada4,

5· Pizza4,6%

6 o Churrasco4,5%

•7 r .."' ......O,

"-,""U

1 1 ~ C o m i d a ~ ~ f ~ n e s a

14 °Salada1,2%

•",•,"~ •"- •~ Iu

•Õ,,6

••

CARRINHOPE SUPER-MERCADO E MELHORDO QUE CESTOObservando o comportamento de

136 pessoas no supermercado, pesqUisadores americanos descobriram

que quem poe suas compras numcarrinho tende a escolher alimentosmais saudáveis do que os consumidores com cestinhas, que sào 3CXJ%

mais propensos a compr<lr junk food.

ECSTASY PODE SERE F C ~ Z NO COMBATEAOCANCERCientistas ingLeses criaram uma ve r·são modificada da droga, que consegue elimi nar as céLulas afetadas porcànceres como leucemia e linfama.

O tratamento só foi testado em tubos de ensaio - e ainda não é consi·derado seguro para humanos.

-OVERNO CH INESDECIDE PROIBIR •LADY GAGA E BEYONCEO Ministério da CuLtu ra do país dis ·se que algumas músicas dessas canotoras são "vuLgares demais", e ordenou que sejam apagadas dos sitesde música que oper<lm na China. Oscensores também baniram váriascomposições de Britney Spears eKaty Perry e até a inocente IWantIt That Way, das Backstreet Boys

cujo único pecado é se r brega

"SE VOCÊ FOR25% CAUCASIANO, JÁESTA BOM PARA A GENTE",diz o americano Colby Bohannan, que criou umprograma de bolsas de estudo para br.mcos naUn iversidade do Texas. Segundo ele, a ideia éiguai.<lr as bo lsas que a universidade concedea mulheres, negros e a QutT<lS minorias .

SUPERNOVAS - OUTUBRO 2011 SUPER 19

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The Ventura

iNe

Jobs

oso Jobs dos anos 70 inventou a cultura geek. Três décadasdepois o fundador da AppIe acabaria com ela. Sem dó.- TEXTO ALEXANDRE VERSIGNASSI ETI AGO CORDEIRO

5 eve Jobs tinha 12 anos e um

problema: queria montar um frequenciô

metro - aparelho essencial quando você

precisa construir seu próprio circuiLo em

casa. O menino não tinha todas as pcçasque precisava, então decidiu telefonar

para alguém que certamente teria: Bill

He\vlett. dono da HP. Era a maiorempre&'1

da região onde Jobs morava. naquele anode 1967. G r a ç a . ~ à He\vlett-Packard, aliás,

aquele lugar na califórnia, nos arredoresde San Francisco, acabaria conhecido

como Vale do Silício.

Jobs pegou a lista telefônica, cnc;ontrou

um "\\'illiam Hewlett" aU e ligou. O fun

dador do Vale do Silíc io e o jovem Da \rUl

ci conversaram por 20 minutos. Jobs (''üIl

seguiu o que precisava para montar seufrequenciômetro. E não parou mais. AI- '

guns anos depois. conheceu sua c a r ~ metade . outro jovem que sabia tudo defrequenciômetros. osciloscópios e circui·

lOS integrados: Ste\'C \Yozniar:k Juntos

eles criaram um aparelho que engailllva os

computadores das companhias telefônicas e iazia ligações para qualquer lugar do

planeta de graça. Uma vez ligaram para o

Vaticano - V,iozniak sc aprcsenLOu eomo

Hem)' Kissinger e pediu para íalar com o

papa (Paulo VI não atendeu).Entre um trote e outro, os dois tivemm

contato com o primeiro computador pessoal da história, o Alt.air 8800. Era basica

mente uma supercalculadora. vendida na

forma de kit para montar. Jobs e \Voz gos

taram tanto que resolveram íazer SLta própria ,'ersao do <l.parelho e pôr para vender.

Desenvolveram um protóripo no quarto

de Jobs mesmo e, em 1976, deram a ele o

nome de Apple L Esse primeiro Apple, porsinal, também vinha na forma de kite nao

contava com cenos ILDws, como uma to -

111.'1da, muito menos tedado, monitor ougabinete, Era só placa -m:'íe. memória.,. A

circuitaria pelada, que eles vendiam por

US$ 666,66 (de\'em ter ficado bravos como fora. do pap.1.. .).

Enquanto isso. em Albuquerque, Novo

México . outro fã do Altair 8800 monta\"a

sua própri:l empresa: a \licrosofl. 13i1l Ga

les nunca construiria sua própria máquina. ficaria só nos softwares (e ninguém

pode dizer que fo i uma má decisão).

SUPfRNOVAS - OUTUBRO 2011 SUPER ZI

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> ._ - -- - - --==-The Ventura

10b$, por ou trO b do. nao esperou nem

um ano para lançar o Apple 11 - desta vezum computador completo. AÍ o dinheiro

começoufi

entrar para valer.E no iinal dos anos 80 a coisa explodiu.

Os computadores não eram mais exclusi

vidade de empresas e centros de pesquisa.

As letras verdes sobre as telas pretas esta

V3m em todo lugar. E a cultura ncrd Um

bém. Se r bitolado agora era algo bacana.

Alé porqueJobs e Gates vinIrJm magnatas

antes dos 30. Passar o dia enturnado es

crevendo software e montando circuitos .

então, não deveria ser de todo ruim ..

nas tão complexas que pareciam ter \ 'do do < ' ~ p a ç o . E. quamo mais conhec

mento técnico você tivesse, mais ess

máquinas do espaço fariam por vocAqueles eram tempos nerds. Não os no

sos. Hoje a cultura nen] est il. morta.

o

O cinema refletiu bema onda. EmJogos

de Guerra (19B::!). Matthew Broderick in

\'ade o siSlt:ma do Pentágono e quac;e L"Q

meça a Terceira Guerra Mundial. Em ,\ 1u-

Iher Nota 1000 (1985). dois nerds

escanciam páginas da Playboy para criara

garota ideal. Oscomputadorcsainda eram

basicamenre um equipamento para rodar

planilhas de cálculo. .Mas. na mit.ologiaurbana da época. alguém nerd o bastante

Eo assassino foi Stew Jobs. Onerdicid

começou ainda em 1<J84. quando ele la

çou o Macintosh. Era o primeiro comp

tador que quah.jucr criança p o d ~ 1 usa

Ainda assim a cultura nerd continuar

flrme: memória RAM e velocidade dpr<x:essador continuaram sendo assun

de mesa de bar por dua."; décadas ma

Agora acabou. Você tem idcia de qual é

memória R.o\M do seu " e s p e r t o i o n ePouca gente sabe. Enão sabe porque isdeixou de ser importante. A gente nã

tem como trocar a memória do iPhone o

do iPad para que ele fique mais rápido.

destreza com eletrônicos também não fmais diferença nenhuma ... iPhone e iPatornaram li nerdice menos necessária.

EMO

,

,

MAC.MAS SO Um epl1ogo: aos 12 anos. Fidel Cast

mandou uma carta para Franklin Roo

velt pedindo uma nota de dólar - "E qu

nunca vi uma, presidente". ecrC\ 'ell .

história do fundador da Apple. que com

çou com aquele telefonema para o don

da HP. é ironicamente parecida. Com umdiferença: a revolução de STe\'en Paul Jofoi global. E >a idurar para sempre.O

SE CUMPRIRIA

DE FATO 20ANOS DEPO IS.

poderia lT :om aquelas ma-quinas de RAM.

Siglas a""...., "L'" "'",<Ou alienígenas. começavam a entrar no dia a dia. Aprender

a operar um Apple l! ou um I B ~ l PC era

algo que exigia dedicação. mas todomundo achan natural. Fazia pane do

processo de incorporar aquelas máqui-

DO X-SALADA AO X-MEN

X-SALADAGRANDE

PULPS MARTIN GOODMANDEPRESSÃO

Abreviação criativa Detonada pe la quebra Impressos em papeL Goodman (1908-(e bizarra) para da Bolsa de Nova de polpa de madeira 1992) chego u a ser· cheese-Sillada-, foi

York, em 1929, a crise (dai seu nome), amare- mendigo, mas emo termo criado pelos econômica destruiu lado e com os cantos 1931 saiu da lamai l s i l ~ i r o s para bat izar miLhilres de empresas. cortados de forma ilO se tomar edi tor

o cheeseburger - um M<is tJmbém abriu grosseira, os pulps de pulps. Em 1939,sanduiche que original- oportunidades para traziam histórias de levou o estilo e osmente vinha acompa- novos negócios. hor ror. ficção cientffica. temas deles paranhildo de salada e foi Além dos diners, pros- crime s e detetives um novo meio: os

inventado nos EUA perilrilm editoras que heroicos. HP. LDvecraft, quadrinhos. Ele lançouna década de 20. Os se espeCializaram em hoje considerado um os personilgens TochacheeseburgE.'f"s e os publicar rom ances mestre do tE.'f" ror, Humana, PrínCipediners, restaurantes ba ratos, imp ressos escrevia nos pu lps. Subma rino e Capitãobaratos onde eles em papel vagilbundo. Que também América e fundouerilm servidos, foram Esses livros ef<lm revelaram outro a Marvel Comics,grMdes símbolos da .. chamados de .. grande tillento: que publica os ..

-EXTOFÁ8tOMARTON

X-MEN

Quando o editor StmLee apresentou a ideia

à MarveL em 1963,queria chamilf o §rupode ·Os Mu tantes .Goodman recusou(segundo eLe, ninguémsabia o que era ummu tan te), e ai surgiuo nome X-Meno A sérieemplacou, e chegouao Brasil poucos ilnosdepois. Um produtoimportado que fezsucesso por aqui -como o x-Sillada.

22 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS

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S U f ' f ~ f ~ N O V f " S

... .TENIS DEIXANADEGASMENOS SIMETRICASPesqUisadores espanhóis mediramos gLúteos de jogadores de tên is ede fute bol e comprovaram: en·quanto os futebolistas tendem a teros dois lados do bumbum do mes-

mo tamilnho, nos tenistas uma dasn ~ d e g a s costuma ser até 20%maior que a outra_ A explicação éque os jogadores de fu tebol CO f

rem mais, e por isso desenvoLvemigualmente os dois lados do corpo.

-ER SOBREllURROSDEIXA VOCE BURROCientist<ls austríacos fizeram perguntas de cotlhecimento s gerais a81 voluntários. Metade dessas pessoas tinha acabado de ter um textoque conta a história de um homemburro - e eL.as se saíram pio r noquestionário por causa disso_ ssosupostamente acontece porque aspessoas se ident ificam com os personagens que encontram.

FEDORENTAS

: ~ ; : : ~ ~ ; : ; ~ A MALARIAm novo métow

os mosquitosque transmitem a malá ria: meiassu jas, cujo odor atrai os insetos.As moscas se aproximam I' sãomortas por veneno coLocado dentro das meias. Testes apontaramque, para os mosquitos, a meiacom chuLé é 4 vezes mais atraentedo que o odor de uma pessoa.

~ ~ NOSITELei, rm is nobtog Ciinoõl

M,aiua:super.abril.com.br/b'ogs

l i .... ,)5 que curamNova moda na Indonésia é se deitar so bre os trilhos do trem

para tratar doenças como co lesterol, diabetes e pressão alta.Basta apo iar as mãos e os pés e relaxar. É nisso que acreditam algunmoradores UI' Jacarta. capital da lndonésia. qu e adotar.1m um hábi

bizarro: deita r-se nos trilhos do trem para tramr colesterol. pressãu <lI

reumatismo . diabetes e insônia. Segundo eles , a corrente elétrica qupassa pela fer rovia tem poderes terapêuticos e ta mbém proporcion

uma sensação de relaxamento e bem- estar. A moda foi lançada por u

taxista da cidade. que diz te r se recuperado de um àcidcnte vasculcerebral (AVe) graças il prática. ··A maioria dos frequentadores não te

condições de pagar tratamento de saúde. Outros vêm porque não co

seguiram se recuperar pe la medicina tradicional··, diz Azas TIgar, cheda Secretaria de Transporte de Jacarta.

Os adeptos da prática se retinem diariamente. a partir das 17h. narredores da estação local de Rawa Buaya, que ÍÍea na periferia da cid

de. As autoridades tém adotado medidl1s para coibir a prática. Se u mpessoa ior pega deitada nos trilhos. pode ser multada em RS 3 mU e :ir para a cadeia. ··Não te m funcionado. Para tir:l r as pessoas dus trilhtemos que fo rnecer satide de qualidade·'. afirm3 Tigor. Ainda não hounenhum caso de atropelamento causlldo pelos trens .

A prát ica não tem nenhu m fundamento cientíCieo, c não é aceita ne

pelos adeptos de terapias alternat iv:ls. uÉ um fenómeno social, não m

dico. Por algum motivo . as pessoas acredilaram que a sensação causapela ele tricidade seria um indício de cura". d iz Afonso Ribeiro, da Sciedade Brasileira de Medicina Alternativa. O TEXTO PIETERZALlS

l Rõmolo 2 APlm

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-The Ventura

S U f ) f ~ I I N O V / 4 S

Crise econômica e cortes no orçamento do governo obrigamescolas americanas a buscar uma nova forma de conseguirdinhe iro: vender espaço publicitário em livros, un iformes,ônibus e até no boLetim. - TEXTQ VANESSAVIEIRA

NO SISTEMA DE SOM E TV

ONOETEM Todo o país.

QUEM ANUNCIA Gillette, M&M, Cheetos.COMOÉ 8 mil escolas americanas sãoassociadas ;J (hanne! One, empresa quedistribu i gratuitamente aparelhos de TVe OVO - em troca da i b i ç ã o de um programade atuaUdades de 12 minutos, a que os

. . . . . . . têm de assistir (e inclui anúncios).

ONDE TEM Minneso

ta, Califórnia .QUEM ANUNCIA

Parques de diversãoe canais infantis,

como o Nckelod eon.COP10É O armârio écobertopo r um adesivo, que rende usS200 mil anuais à escola. A pioneira fo i a

(entenniat Senoot,de Mirmeapolis, queteve de buscar essasolução ao perderUS$ 3,6 milhõesde orçamento.

NO BOLETIM

ONDE TEM Flórida.OUEMANUNCIOU

McDonald's e Piaa Hut

COMO FOI Em 2007, oMcOonald's pagou paraaparecer nos boletinsem Orlando. O anúncioe!0metia um MclancheFeliz gr.ítis aos estudan-tes com boas notas.A inic iativa gerou protestos e foi interrompida. A prefeitura se de-fendeu dizendo que, nos10 anos anteriores, osboletins eram patrocina·dos pela Pizza Hut.

26 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVA5

ONDE TEM Nova Jersey, Arizona, Co lo r.ldo,Novo México, Tennessee e Texas.QUEMANUNCIA Academias de ginástica,dentistas e empresas financeiras.COMO É A propaganda ê colocada na lataria doônibus e rende ils escolas US$ 2 mi l mensais porveículo. O mercado publicitário quer inserir anún cios também na parte de dentro dos ônibus. . J ~

,

I

N O U N I ~ O R M EONOETEM WestVirginia , Ohioe Pensitvâma.

QUEM ANUNCIANike e Adidas.COMOÉ As empre-sas patrocinam os tmes escolares e, emtroca, colocam suamarca nos uniformeesportivos. A iniciatva não é muito bemvista: apenas 36%dos pais acham aideia boa - e 31%a c o n s d e r ~ m inaamissível

IIoSII " A n d < ~ T o m a

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s u r ' r ~ r t N O V l " s

Bebê

Adquira o óvulo em um país,faça a fertilização em out ro eco ntrate a mãe de aluguel numterceiro. Está pronto o seu filho- com muita economia.

Seu celular é made in China.A camiseta foi produzida no

Vietnã. O vinho que você bebeveio da Argentina. Se tudo églobalizado, po r que o seu fi lhon.'1o pode ser? A nOV3 moda en tre os casais que precisam de

ajuda para ter filhos ê recorrer apaíses como Índia, Grécia e Pa

namá. onde é possível comprar

óvulos ou esperma, fazer a inseminação, alugar uma barrigae até faze r o parto. A vantagemdisso é que iic;l bem mais barato(veja no infográficu) e permiterealiz;tr legalmente procedimentos que são proibidos emmuitos paises - como o comér-

cio deónl!os e esperma e a barriga de aluguel remune rada.

O negocio ê explorado por

empresas como a Planet Hospital, em cujo site (v"vw.planethospita!.com) o cliente pode

escolher de qual país virá oóvulo e /ou o esperma. onde

nascerá o bebê. onde vai morar

a mde de aluguel e at é seleciona r o sexo da criam,-'a. Dos cl ien tes da Planet Hospital. 40% sãocasais homossexuais que que

rem te r filhos biológicos. Osoutros são casais heterossexu ais. ge r.limente com mais de 40

anos. A pratica é legaL mas é.

vista com maus olhos po r al guns cientistas. " Por mais que

seja aceitável do ponto de vistamédico. isso ê exploração dapobreza [da mãe de alugue!}".diz o especialista em reprod ução Carlos Pena. da Unicamp.O TEXTO CAMIUACOSTA

28 SUPER OlfTUBRO 2011 - SUPERNOVAS

The Ventura

Na ponta da proveta ,Casais americanos recorrem a países como India,Panamá e Grêcia para te r filhos gastando menos.

US$ 6 MI l..!

US$7300

.

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" " - - - - - - - - - : : : - : , . - - ~ - - : - - - - - - - - - The Ventura~ 5 5 LONGE COM

;

UM LITRO DE COMBUSTIVEL.

É undamentol aprender o uti lizar a energia de lormo mais eficiente. Por isso, hô mais de 25 anos,

a ShelJ EccrN\orolhon, I\Aoratono de Eficiêncio Energética, apoio pesquisadores do mundo todo quebuscam formas de maximizar o economia de combustíve l. O otuo l recorde é de umo equipe que atingiu

o inédito marca de 3.771 Km percorridos com o equivalente o um litro de combustível. Ajudando

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•INI=OGIUd=ICO

Renda

milhões

deUS$

1'00-

-

1000-

-

900-

-

800-

700 -

-

600-

500-

400-

-

300-

-

200-

-

100-

O PIONEIROEm 1978, Richard

Donner inaugurou a

era das grandes adap

tações de HQs_Super-mon revelou Christopher Ree ve e contou

com Marion Brando,

que ganhou US$ 3 ,7

miLhões , maior cachêdo ci nema até então.A quinta parte d<l sé

rie sa iu em 2006 .

Ele estreou no cinemanos anos 60 . Só lIol·

t ou na virada dos 80

para os 90, ganhando

um tom Lúgubre. Em

seguida, nau fragouem fiascos com uni·formes de mamilos

salientes. EvoLtou em20 05, na mais bemsucedida fase do herói .

o~ - ~ ~ c . o o ~ o ~ _ . m0 ' -" , ~ - . .

E'- -_.0ro. mm ~ : >

~ N

8-"o~ o:;0 -m ' N~ " -0o mI :>

§N~ N

ra

OS MUTANTESAs adaptações de XMen tiveram muita li-berdade criativa, comdireito a moderniza·

ção de u nifo rmes ehistórias. A "primeira

classe", tr atada no úL

timo filme, por exem

plo, não tem os mes mos personagens

das HQs originais.

QUADR

Com exceção de 200em todos os anos daúltima década umaadaptação de HQ paa teIona figurou entas maiores bilhe ter ido ano. Os fãs vão c

, ,vez maIS ao CInemaconferi r o resultadoe ele varia, como va- INFOGRÁFICO OTAVIOCOH

GABRIELGIANOROOLl,

FELIPE VAN OEURSEN E IOPA

,- ,

'.',..

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The Ventura

HOS NO

QUARIEIO

FRACASSOUm estúdio alemão r0 -

dou Quotteto FOntósticoàs pressas em 1994. Nãod'ICgotJ ã telona, mas ofilme virou reUquia. Osheróis só iriam para o

: : cinema em 2005

. ~ I I__ i OBRA ABANDONADA

- . lO

fi",'"I!!

SUBÚRBIO ALTERNATIVORomances gráficos, HQ de linguagemma is sofisticada, têm adaptações bemfiéis. Mas nem sempre agradam aos fãs.A personagem Evey é mais velha no fitme Vde Vingança,o que gerou crftiGlS

mesmo com Natalie r t m a n no papel

J' ~ ~ - - - - - - - - - - - - ~ '\,

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"" ..

The VenturaAf ' O I . f ~ M I C / 4

Em defesados

ELes não podem ser proibidos de termandato político porque o Estado falhouem edu cá-los. Há outros e mais sérios anaLfabetismos políticos a serem combatidos.- TEXTO OAlSY MOREIRAQJNHA

Aceitar o \"Oto dos anaLfabetos e recusar

Sll<l. elegibilidade signitlca dar Lhes meia c:idailimia.Votar e não p<Xier ser votado ê ter a metllde do direi-

to político cassado. Ou seja. não ê possível impedir aeleição de alguém porque o Es tado fa lhou em edud -

lo. O fato de um parlamentar, no Congresso ou nas

câmaras de vereadores. não saber ler e escrever é

problema de uma nação que se deseja desenvolvida.

E, se a educação b-ásica é direito de todos. a legislação

não pode impedir a eleição dos analfabetos.

Todos os dias muitos fatos políticos nos mostram

que não somos salvos do analfabetismo político

pelo domínio da leilUra e da escrita. Depois dos

anos 60, Paulo Freire. pedagogo brasileiro de reno-

me internacional, já mostrava que i/etrisnw não ê

sinônimo de (in)cultura POlitiC<I, àquela que impor-

ta para a construção do bem comum.

Analfabetismos s:1o muitos: aquele dos tcc:nocra

tas da cu ltura da gestão eficiente que ··azeitam" a

máquina. m.1Sdeixam professores em greves intlni-tas e desgastantes; aquele que ainda permite a cor-

rupção; e o que elcge políticos cujos slogans são "Ser

bom de serviço" c "Rouba. mas faz". Ou mesmo ·' 0

que é que iaz um deputado federal? Na realidade.

não sei. Mas vote em mim que eu te conto·· e "Pior

que tá não fica". O autor das últimas frases tomou-

se o deputado federal mais votado na última eleição

e acabou acusado pelo Ministério Público de não sa-

ber ler e escre\·er. Fosse ele de fato analillbeto. de-verill ser garantido o seu direito de se eleger. aindll

que seu mote de campanha prestasse um desscrviço

à politica. Mas tudo isso nos imPõe intcrrogar: que

política é essa dos tempos de marketing c do vOto

obrigatório? Cabe ao Congrcs-'>O rediscutir a inelegi-

bilidade de quem ruio sabe ler e escrc"er.

Hoje, a Proposta de Emenda Constiluciorull nú-

mero 27 /2010 esper.l a indicação de um relator na

Comissão de Constituiçào. JlL';tiça e Cid :ldania do

Senado. A PEC que autoriza a eleição dos analfabetos

ainda está longede r para a votação em plenário. Os

32 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS

•.

argumentos da .<\ssembleia Nacional Constituinte

para manter a negação desse direito. há 23 anos. pa-

recem ultrapassados quando somos surpreendidos

com o noticiário de que um deputado (entre tantos

outros maus exemplos) fo i condenado por tr<x:ar vo -

tos por laqueadura de tromp..'ls. Não saberia ler quem

vendeu e quem comprou os votos?SegundooCenso 2010 do IBGE. há 13.9 milhões de

brasileiros com 15anos ou mais analfabetos. Isso sig-

nifica 9,63% da populàção. Em pleno século 21. é um

número mais do que absurdo.

A imprensa, que noticiou a polêmica em tOmo do

deputado Tlririca e levou li açdo do Ministêrio PUbli -

co. não tem contribuído para aprofund'lr os debates

cruciais da política nacional. Eo Congresso, enquan-

la adi a a discussão do tema , muito menos. Falta aos

parlamentares. junto com a sociedade, combater os

\'crdadeiros problemas da política brasileira. O

OQUEIMPORTAÉLEROMUNDOE ILETRISM

NÃO ÉSINÔNIMODEON)

~ ~ t T ~ ê : .

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--=------------------.,e Ventura

osom das coresImagine que você está ca ntando e começa a ver figu ras coloridas na sua frente. Éo que acontece com a artistaisraelense Michal Levy. Ela tem sinestesia, condição neurológica que causa o troca-troca dos sen tidos: se ouveum som, ela vê uma cor. Com seu dom, Michal r animações. já que ela associa a matemática dasnotas musicais a formas geométricas. Aqui ela i onfusão. - TEXTO ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS

Quando você ~ c o b r i u Na minha cabeça, os números fone. escolho uma cor para vinham antes das cores suavE!'S

que sentia as coisas de e as letras têm cores e sons. me conduzir. Por exemplo, Acabei me convencendo de

forma diferente? Assim, quando conheço uma se tocar um solo em que que estava certa, até que aMinha primeira lembrança foi pessoa nova, por exemplo, eu veja a cor vermelho, máquina não quis mais de-

aos 17 anos. Eu estava estu- o nome dela é registrado acabo fazendo uma música volver o meu cartão. Depois

dando música, harmonia, essas pelo meu cérebro em fo rma que tenha calor e ação. Ou soube que a confusão foi mi-

coisas. Certa vez, exausta de som e cor. Aí acontece posso tocar um soLo com nha. Mas foram as cores quedepois de um dia de estudo, de, às vezes, eu me confund ir predomínio de cor·de-rosa, fizeram minha me nte cruzarestava voltando para casa no com dois nomes que têm e isso faz com que eu imagine os Lugares dos números.fundo do ônibus ouvindo [o os mesmos sons, mas numa uma musica mais leve, jovem

jazzista] Joe Henderson. Quan- ordem diferente, coma e brincalhon a. Cada cor tem Outros sinestêsicosdo ele começou a fazer o solo Roland e Ronald. Também um significado para mim. costumam comentarda musica, de repente vi uma percebi que tenho uma cor Um verde-oUva Lado a lado o seu trabalho?pequena figura em movimento, para cada número. 5 é azuL de um lara nja-escuro tem Alguns sinestésicos dizem que

que se mexia de acordo com o 3 é vermelho, 2 é amarelo,4-

é um som diferente de um sentem as coisas da mesmasom. Era como se um desenho um verde-cLaro-brilhante .. E ve rde-cLa ro ao lado do forma que eu, mas que nãoanimado estivesse acontecen- os dias da semana também mesmo Laranja-escuro .. conseguem expressar para

do em tempo real. controlado têm cores próprias. Por exem- os outros, como eu faço. Epela direção do solo. Fiquei plo, se alguém me diz "Vamos A sinestesia coloca você é muito engraçado conversar

•sentada vendo a musica sendo nos encontrar na sexta-feira, em dificuldadH âs vezes? com outra pessoa que tem si-

pintada na minha mente, na às 2 da tarde", eu vejo as cores Uma vez o caixa eletrônico nestesia envolvendo numeras.parte de trás dos meus olhos. amarelo e roxo-cLaro. recusou a minha senha e Nós entramos numa discussão

engoüu o meu cartão. Eu podia sem fim. e sem vencedores, seAsinestesia varia de pessoa Como você transforma a con- jUlClr que sabia a minha senha o 5 é azulou vennelho. É claropara pessoa. Como ela se fusão de sentidos em musica? de 4 dígitos, porque sentia que que palCl mim é azul- e isso

manifesta para você? Quando faço um soLo no saxo- os números de cores fortes não se discute [risos]. O

34 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVASIluoto ' ~ o M e d i a j n v i

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The Venturafl14NCO f ) f ~ f)I4f)OS

Eles dePor causa de conflitos religiosos, poLíticos e étnicos, mu ita gente precisa deixar sua casa e recomeçar em umnovo lugar. Só na Ubia mais de 1 miLhão de pessoas fugiram desde o início dos confrontos entre rebeldes efo rças Leais ao ditador Muamar KadafL Veja quem são e onde estão esses homens, mulhe res e crianças desa-companhadas. - INFOGRÁFICO lARtSSA SANTANA. MARIANA CAETANO. FELIPE DATTE RAFAEL QUICK

E S ~ 1SANOS-

RAZÕES 00 CRESCIMENTO

N O B R A S I L '"- •4401 ~ ~ ~ A_ot.s ...... d.

77AíSES

DIFERENTES

440 MILexUOos \IIvem no C:ornpc do D::I:+.!<><jM,n.Jc na frornei... entre o Quinia • •SomáI.. e COI1>i<hlrno o mil'" do mur1do.FQj tm do t' m 1991 e recebeu 170 m ~ 1'10_ ~ ... SÓ " '" 2011.

MAIORES GRUPOSDE REFUGIADOSPollestinos4 .8 milhões

Afegãos3 milhões

lraquiaoos1,6 milhão

Somalianos770 mil.....mtm< . bos...... idos po< gvvvmos.

15,4 MILHÕESdo

REFUGIADOS EXTERNOS

184,7~ -

CC$tes, 44% $Jml!nOrH di! 18 ano

PAQUISTÃOViliMo do Afega r.;rt,\o,ê o ~ . q u

hojemiltShip r e f u ~ -1miIMo dM . """"" ~

Em _ lc Iav ..

Irã: 1,1 milhã(por ia"" " = t . i , ~ tO'T ,"O"

Sá ia:1milhã(I ."","" ",:.m. do ... .,,,

Alemanha: 594 m(dou a b n ~ " . ( e f , ~ , d. (;uef,. d9.;",,.. c, cMlLm• ., . T , ; r ~ ..

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BANCO DO

Ventura

o

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.........

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~ ",• o;. _" _ ~ - 

~ ,

"", -liJ;'tr

"i ,

l -o ~ l ;P"

' - Financi':u"(lenlo de a t ~ ;,.. .

100% do valor ao cLlrso ... . ~ . .

. - Você só cõmeça apagar

meses d e p s de se formar,

de apeQas 3,4% ao

todo se8 e ~ t r a : de A:G:idimen:c 5 ~ 40040001 ou 0800 7 ~ O D 1 - _ o ' \ s j \ Ó 8 ..0 Q 1 7 2 9 l i l ~ ~ 0 1 ~ n a ~ ; 0 8 t ) O ~ 9 5678 , < : ' ~ f ~ ~ 0 ) . ~ : ; ~ r ~ : ~ . .Deflc;ente ,",Udl!IVC QU ce ,- ala 0800 729 0 0 8 ~ _ ~ " ~ ~ ; ~ . ? m . b r ! ~ w : . ; e r _ ; ~ ) 1 ~ C O : ~ ! ~ - - ' < : , - ~ ~ ~ ~ A : - : ; } -

- - . ' . ~ '. _",_,.... ._ •.. <.;._._:c-, .•.•_.'... - . : - .

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The Ventura

CONTÉM

Como os sites de compracoletiva funcionam?Amoda é tão grande que há cerca de 2 mil serviços do tipono Brasi l, com mais de 15 milhões de consumido res. Entendacom o eles funcionam e desc ubra o seg redo do sucesso- TEXTOJUUANA ELIAS

G) DESCONTOS ENORMES

A Loja sugere o tamiinho do desconto e calcula vaLores, tamanho do público que a oferta deve atrair e margem de Lucro.Ela não paga p<lra apare<er no site, mas em troca deixa cercade 40% do va lor da venda de cupons com eLe. O resto é da '

o LUCRO DAS LOJAS

Aexposição que o $lte oferece, aliada ao grande desconto Olere-cido, atrai uma quantidade de consumidores que muitas vezesa loja não cons<!guiria aLcançar. Apizzaria carioca FaenziI é uma

das recordis

tas. Ela conseguiu

vender 41miL cupons de

rodízio

de R$ 24 ,90 por R$ 9,90, enquanto a média de venda fica en tre500 e 5 mil cupons por oferta. O dono, Henrique Albuquerque,

disse que faturamento e movimento cresceram cerca de 50%.

oSUCESSONO BRASIL

O número de 'usuários cresceu 118 vezes em 1 ano, chegandoiI 14,5 miLhões. Para Luiz Góes, da consuLtoria GS&DM-Gouvêade Souza, o sucesso é uma junção do gosto brasiLeiro por promoções com a afinidade com a internet. O pa is chegou a te r 5sites de compra coLetiva lançados por dia, mas nem todos sãobem-sucedidos. Segundo um Levantamento do site especiaUzado Bolsa de Ofertas, dos 1890 serviços de compras coLetivasanaUsados, 5% estão inativos e 17% desativados. Somente 61%deLes funcionam plenamente.

o PRODUTOSMAIS INUSITADOS

Cursos de investimento na boLsa, depilação definitiva, tatua·gem, viagens de helicóptero, passeiQ de caiaque, diária dem o t e ~ conversão.de V.HS.para OVO, campeonato de pairltbaLle curso de pompoarismo. Mas o que f.az mais sucesso mesmosão restaurantes, pousadas e saLões de beleza. Reflexoda maioria feminina do público das com pras coLetivas.

• b " .IOn3tanS ..,,,,,,.,,,,

e

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-•

The Ventura

Na tela do computadorou na ponta do lápis.

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Vêntu

A técnka evolui tanto quanto os crimes que investiga.Hoje é possível remontar imagens, investigar redes emtempo real e saber todos os lugares que um GPS já esteve.- INFOGRÁFICO FELIPE VAN DEURSEN, RAPHAEL SOEIRO,

RAFAEL QUICK, RENATA MIWAE SAMUEL RODRIGUES

o crime digital esta nos PCS. celulares, tablets e CPS . O problema é que ;lnO

nimato online é lenda. garante Fernando Carbone. consultor em computação

forense. "Qualquer :lcesso il internet cria um registro". diz. No BrasiL o crime

é tão comum que a polícia o combate com as mesmas armas que o FEl. Há

criminosos que usam tecnologia antiíorense, que cria senh<l.S quase inquebrá-"eis. Não é o caso aqui. Veja crimes mais comuns são combatidos.

o suspeito u s ~ uma lan house paracompartilhar fotos de crianças. Tododia, t ransfere imagens do PC parao oendrive. O dono do estabeLeci-

ESPIONAGEM : +- .INDUSTRIAL ,

I ! aciona a poUcia.

>v

l f ~ Amaior concorrente de umamontadora lançaum carro quaseigual ao queela tem nas pran-chetas, ainda nafase de testes. Indignada, a empresasuspeita de fraudee aciona a polícia.

Peritos instalam o program<l Netwitness Visualizernos PCs suspeitos. ELe é

, uma espécie de grampo decomputado r: permite a vi-

sualização em tempo real

de tudo que é feito neles.

>

Hora de usar o kit X-Ray,

que investiga celulares eg ~ d g e t s como pend rive. Épossível recuperar arqui

vos, ligações e mensagEmsapagadas e até S<lber onde

o suspeito esteve.

Os peritos criam filtros no programaNetWitness par<! serem infOrmadossempre que um arquivo for enviadopara fora da empresa. QU<lndo oanexo é rastreado, a pesso<l quevazava informações e loca lizada.

I'<>nt.o TechBil ~ o r " n . . , Digital: f "","ll>(!o Carbone. consultor em compotaç:o<> forense; SaferNet.O<i-Rf!!.tório de Crimes Cibernético. NORTON: [] impac

hYmano; Departamento de S e g u r 8 r . ç ~ da Informa",\o"Co m uflicaçõe' (DSIC) <lo Gab< nete de Segurança InslÍtudONI (GSI) da P"",idéncia d. Reptibli

••• -

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Inyestigandoum sujeito quevenderia drogasem u m ~ casanoturna, p o ~ c i a i s o l e v ~ m àdeLegacia eapreendemseu celular.

Peritos usam a plataformaportátiL Freddie, que copiao disco rigido dos PC, da

lan house e permite a in-

vestigação do crime de pe-

do filia no próprio ro l Issoagiliza o processo.

PERFIL DOS CRIMESDIG ITAIS NO MUNDO

. -. ~ , ~ •

A po líciadecideapreendertambém ocomputadorpessoaL dosuspeito.

VeJ1tura~

Os peritos utilizam o 11m,,:

ge MasterSolo 4 para co-

piar bi t por bi t o computador do suspeito. A cópia

acontece <l 18 GB/segundo

e é concluída em menosde 1 minuto.

A InterpoL detecta que umvídeo de ameaça terrorista

que se dissemina pelainternet partiu do Br.asiL Apolícia do pais é acionada.

Mesmo que o suspeito tives

se apagado os documentos

comprometedores até 3anos antes, o Enc.ase, visuali-zador de arquivos copiados

peLo MasterSoLo, recupera·ria até 80% dos dados.

• M a ~ " re•. programas qu e .. mfdtram em <;Omp<Jtadofc. para ,,,,,!>;Ir

infocmaço! .s conf cIerociais, como """"""de baneo.

RESPOSTAS- OlIfUBRO 2011 SUPER 41

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w ., ..•

The Ventura

Quem inventou queas loiras são b ..rras?Tan to faz: a invenção de que são ma is bonita s vale mais.

" Muitos males cercam a garota que es tupidamente pinta seucabelo com uma falsa cor.·· A crit ica do poeta Propércio . doséculo I a.c. , " jsa,'a as que clareavam seus cabelos para imitar

as gaulesas e gem1linkas. Copiar mulheres de povos bá rbaros,po nanto estúpidos. era sinal de estup idcL

.\1as Rom :"! caiu. os b:írbaros se civ ilizaram e o preconceitocontinua . A teo ria para a duração do mito "em da biologia:

QI: Quem Implica

" Fios louros s.io comuns em crianças e tendem a escurecqu..·m do crescemos. Po rtanto , cabelos claros são associadosinfant ili dade. ingenuidade e menor habilidade com a lingu

gem" . diza EncydopediaofHair. Pra to cheio para HollywooGabriel , o Pe nsador e o festival de piadas de Tom cava lcante

Mas as lo iras tém motivos para co memorar : pesquisadoreda Universidade de Queensland . Austra lia . conclu íram qu

elas tem salários 7% ma iores d o que mulheres com ou tra code cabelo. Po r quê? Para David Johnston. coordenador do etudo, ··A associação en tre loiras e beleza preva lece sobre qua

que r estereótipo de que elas sejam menos inteligentes" . Émachismo superando o preconceito. O TEXTO VANESSAVIEtR

Para ac a ba r de vez co m o p reconceito:loiras fa lsas e verdadei ras, INTELIGENTE

inte lige ntes e nem ta nt o .

MADONNAUma casunk;! muito inteligente,só virou n inha do pop depois de

cultMr sua loirice.

SHAKIRA

MAMOI ' lKVC.

Esta só sefazia de burn:

ótima atriz e

cantora, sedeu rn."!ll porserbipobr.

' - - - TINGIDA--- - - - - - - - - -MEGANFQXComo loin, só empbcou papéis5t<und.lrios. Ao se to rnar morena,virou "a mais sexy do mundo".

PAMELA ANDERSONAex ·morena sente de

i l r g t J m ~ t o para quem acha queloirõ1511rtificiais sio burras.

LlNDSAVLOHAN

MERVLSTREEPCanu9de

&ilnhaf prfmiosem p i l p e o Q ~ ,

se r.inventoucomo estrelade comédias.

ANGELMERKE

HILLARVCLlNTONAmbicioSoll, j verdade, !mOs

muito esperta: mesmo sofrendoderrous, continuou poderosa.

CHRISTINAAGUILERA

BRITNEYSPEARS

PARIS HILTONA herdeira é o arquétipo da

Loira burra de piada. Masvocê tem a gr.Jna de la"?

.ti!:' ..

..... \i . :

I f!ll.. ' ,

NEM TANTO

"loirasl:n·;. t" "'" aIozou ..,.,;Iad, ,,

nI o ora'n ór><:Iuída. para _ io\ob ,""1 n " . . , . . , o s O i v u l ~ fon' , . Caer . i"" Gorda, soc;o;oga d. PUC O2 SUPER OUTUBRO 2011 - RESPOSTAS

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- - -_ ._ .- - - - - _._- - -- -

The Ventura

Quem você levaria para uma expedição na Amazôniae o que vocês trariam na bagagem de volta?Imagine embarcar em uma verdadeira aventura com tudo pago. Acesse a fanpage da

Petrobras no Facebook, responda a pergunta e marque um amigo para viajar com

você. Quanto mais gente curtir a sua resposta, mais chances \locê lem de ganh ar: as 30

respcstas mais curtidas serão anaJ isadas por um júri que vai esco lher as duas mais criativas.

Os vencedo res vào conhecer a Provínc ia Petrolífera de Urucu, isolaaa no me:o da floresta ereferência mund ial em atuação responsáve l. Participe e chame a ga lera para curtir.

-i,J PETROBRAS

o DESA FI O ti A NOS S A ENE RG IA

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I

- -The Ventura

Como discussão sobre ___Ela está ligada violência urbana. Éuma questão de saúde pública. Gera passeatas contra e a favor.ACannabis Sativa é um dos pontos mais polêm icos da SOCiedade hoje. O governo deveria ou não liberála? Escolha seu lado - e arme-se para vencer. - INFOGRÂFICO BRUNOGARATTONI,AURÉlIOAMARAlERAFAELQUICK

Maconha pode serlima entrada par.!drogas maiS pesadas.Ela a u m e n ~ em 56%

apossibilidade deconsumo de outrostipos de drogas. /

(.

A ma conha ebem menosvicia nte do qu e qualquer

out ra droga. Dos que ~ p i · mentam maconh<l, 9% ficamdependentes - contra 15% tdo tabaco e 32% do álcooL

J

vaiquecerpessoassegurança

a maconha,i e enfr.!-

"

PrOibir amaconha acabautimuLando o consumo. NaHolanda, onde ela é liber.!da,5,4% das pessoas fumam. Já nosEUA, onde é proibida, são 10%.

Et..E VAI OIZE

A erva pode causaraLucinasôes e afetar amemórlil. Uma análisede 35 estudos publicada no jornal "enli·fico Lancet reveLouque fumar maconha1 vez por semana elevaem 40% o r isco de teresquizofrenia.

legalizar a maconha nãoacãbaria com o crime orgzado. Os bandidos simpLemente migrariam par.! ouat ividades iLegais.

/

/ r ;;;.;: u ( . ' . ' /• • • ,Algumas pessoas sempreirão se vidar ou sofreracldente$ sob o efeito dequalquer droga. A sociedade não precisa de maisUrTlil. E ponto final

A Connoóis combate náuseas, ido res e perda de apetite, e)á ,;;jfoi Liberada paI(! uso medicinaL L ~ em 16 e$tados dos EUA. Mas, raCima de tudo, quem furTlil

legaLizar pode ser bompara O Estado. Umestudo da UniverSidadeHarvard estima que o

governo americanoarrecadana U5$ 6,2:.1 assume os ev€fltuais riscos

~ saúde. E ponto final.bilhões por ano se ~

" t ~ x ~ ~ ~ ,a ~ ~ ~ ~ h ; \ ') .;, , / ~ .1 l I ) . ' / ' , ? ; .... ~ / , / I I > , • •v

-' '/ . .. / / %/

Fon te s Cemlo Bt•• le!ro <Se Infoomaç6es ~ Drcu'! Psócot'6picas d . l)n;\lefSlda<le ~ ~ , 'li!de SI<> Paulo(Ccb:id): ~ o ; c r ; , 6 " o d" " Nações Unoda. sobn!Drogas e <,;me(UNODC);N.tiona 1 r u ; ~ t u t e "" CrugAl>u.e (N'óo): i J " ; ~ e H.J",.1rd; cann.:.C!S PoIk:y. U ~ a d e de Melbourne.. .

Cedilha(do espanhol<edilla. séc. 17)

I. Diacrítico, ou seja.. sinal gráJlco que se coloca. sob uma letra

p3ra 3rterar a pronúncia. 2. Na

língua portuguesa. é l L ~ a d a soba letra c quando se te m Osomde ss. 3. 1\0 idioma. a cé-cedi lha (ç) só aparece antes de a. oou u. 4. Usava -se cz antigamente para representar o somde ss. Exemplo: cacza (caça),

ORIGEM A cedilha foi criada naJispanha para substituir O cn -controdc consoantes cz. Com olempo, o z encolheu e passou

para debaü:o do c. No espanholantigo. ozera chamadode ceda.

Assim, cedilla significa um zpequeno. O id ioma abandonoua cedilha no século 18, mas seu

uso ja havia se popularizado em

línguas próximas, como cata -1:10. ir-mcês e ponuguês

OUTROS USOS

1= Algumas ünguas utilizam'"t cedilha para representar so

que não existem no aLf.lMto btlnEo aso do polonês. Pw eumpLdzi(kuj( ("obrigado'').

•g Em turco, u t i l . i n - ~ cedil50brescrib na letra 9 a f

de facilit.u a leitur . (par. não ~confundidoi com a pemil do g) .letio, língua da Letônia, tambêusa ~ d i l h i l na tem g.

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w . . . . .

•OIU4CUI.O

Porque onão tem seleção

de futebol?

TheVe

Haja coração, amigos. Este mês, tem gentepreocupada com o futebol do papa e co m asfu nções assassinas do detergente de cozinha

ESPORTE CRISTÀO

o Vaticano, como cidadeestado, pode ter seleçãode futebol própria?- PAULO BUENO PANA

'

>-°L.-.... ! J I I ~ I ' I U

Dificil Gustavo Pinheiro,advogado especialista emdireito esportivo, explica que,pa ra ter uma seleção, o paisdeve estar na confederaçãode seu con t inente - no caso,a Uefd. Para entrar nela, oti me precisa representar umpaís reconhecido pela ONU(as exceções são Inglaterra,Escócia , País de Gales, IlhasFaroe e Irlanda do Norte: têmseleção, mas não são reco

nhecidos pela ONU). Oproblema é que o Vaticanonão é membro das NaçõesUnidaso E mais: faltaria mãode obra. Só cardeais quevivem na cidade (ou emRoma) têm nacionalidadevaticana: 832 pessoas, quasea população de aliens emVarginha (vocês nàoaguentam mais a piada, né?).

FISICA INVISIVEl.

Ao aproximar uma filma·dora de uma televisãoligada, surgem listrdsna tela? Por quê?

- lUClANEMEtt' ZES

Teresina. PI

Quando vejo uma reportagem na tevê com ummon itor atrás do entrevistado fico hipnotizado poressas listras. E você? Bom,

isso só acontece com tevêsde tubo, em que a imagem égerada po r um feixe eletrônico. Segundo Altamiro Susin,chefe do departamento deEngenharia Elétrica da

UFRGS, o feixe faz uma varredura linha a linha ao longo datela. Ao terminar, a tevê escurece e o fei xe rein icia o mov imento, sucessivamente. Oolho não percebe, mas aove rmos através da filmadoraenxergamos o feixe. Issoocorre po rque a captvideo funciona do mejeito, mas com velociL.___diferente. Essa diferença decompasso entre as varre·

duras permite a visualizaçãodas listras na tela.

MORTEUMPA

Por que baratas morrem ao

jogarmos sabão sobre elas?- THIAGO BEZERRA_ .BADetergente serve paradecompor gordura (por issoé usado também para lavarlouça, veja só). E baratas têmgordura no corpo. SegundoLucy Figueiredo. especialístaem baratas e di retora técnicada Associação Brasileira de

.Controle de Vetores e Pragas,o detergente enfraquecea carapaça e entra nas aber·tu ras respiratórias do animal,que mo rre po r asfixia. Sónão tente emagrecer jogandodetergente no corpo. Elenão penetra na nossa pele.

PSICOLOGIA DO RISO

Quando aLgujm faz cócegasna gente, nós sentimos

(óbvio). Mas, se tentat,liOSfazer em nós, não sentimosnada. A cõceg;;t é psicológica?- AMANOAGARCtA

BiriguiSP

Não (mas em todo casomande uma foto sua fazendocócega em si mesma).Segundo o neurologistaMa rco Túüo França, secretá rio-ge ral da Soc iedadeBrasileira de Neurocirurgia,cócegas nascem de um estímulo fisico, o toque da mãonas regiões sensíveis. l ogo,a pa rte fís iOl é maior que apsicológica nas cócegas.Não sentimos nada quandotentamos fazer em nóspo rque o cérebro já estáinformado. Ficamos precavidos instintivamente.

SETtMAAATE EM PELO

Estava vendo o filme daBruna Sul fistinha e veioa dúvida: como os atoresfazem as cenas peladôes?- CAAOl.POLY

8rcJsiJio.DF

Será que o filme tem chanceno Oscar? Grandes perfor.mances! Segundo o cineastaCarlos Ge rbase, uma cena desexo precisa ser coreografada"É como balé: agora a pernavem para cá , o braço vai paralá etc", diz. Em Hollywood,é comum recorrer à ajudade dubles profissionais.

?•ERGllNTEAOORACULO!

Mande sua dÚVida (com nomecompleto, cidade e estado) par<

[email protected]

com o assunto ·Or.kulo"o

& I' i l . r ~ ~ " " O c u < s e n ~ L . J = c a r t o i ; l · ~ a < M C o n t e U c I o ' ~ ,lo i ' ~ l I c d , J o G o m t

48 SUPEROUTUBRO 2011 - RESPOSTAS

, '

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The Ventura

K e l l n e s s ~ mudou. Mude também .

.9J;a ~ J 1 C '1<...::; sabo,'Js r 8 el11 nova

: : : ~ ... ," ~ , . , ~ - r ~ S , . , : s : ~ procs- sor radl-a'~ _ L _ ' j ~ , , ~ ~ , ~ v ~ 1 e _ ~ ,

J a ~ a se- saLdave '}LnO pra:er K e l . n g s S ~

""'"DI! VIT"'NAl,2MINERAIS

EiBRAs.

• ,.-

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I

I

COMO (:UNCION/4 -

,A nossa fica no 140andar da Editora Abril. E o altar dos jornalistas edos designers da SUPER. O que acontece cada vez que o botão do

santo cafezinho ou daquele chocolate bem doce é apertado? Sempre fizemos essa pergunta. Aqui está a

resposta. - INFOGRÁFICO ANDRÉ BERNARDO, LARISSA SANTANA, MARIANA CAETANO,RENATAMIWA

E RABISCO ESTÚDIO

oPAGAMENTOUm sensor identifica odinheiro colocado na máquinapelo peso, diâmetro e espessura das moedas. Depois, asmoedas são separadas porva lor, em tubos. Nas máquinasque aceitam notas. hásen$o res ópticos.

®BEBIDASDentro da máquina tem Leit e,chocolate e chá em pó, além,claro, do café . Tudo pode ounão vir ado,ôdo de fábrica.Algumas maquinas, como aque você vê aq ui, usam caféem grãos. Eles sâo triturados56 quando a bebida é pedida.

oMISTURAQuando o cliente aperta obotão de uma bebida, o pó é

liberado do contêiner e dissolvido em água quente. Depois,a mistura vai para um batedo rpara ficar cremosa. O chá temmisturador próprio. Já o cafépuro vai.direto.do preAsadorpara o copo. A bebida maisdemorada, o cappuccino, sa iem 10 segundo s.

F O " ~ 7 7 Brasveflding. café Bom,LuKspre5sCafée Marcoffe.

T

caféemgrãos

-alde pararesíduos

Lejte chocolate chá

troco

oTEMPERATURAAs bebidas saem, no geral,a 80 0c. Mas o cliente - asempresas que usam as máqu inas- pode ped ir mudanças natemperatura. Assim como ajustesna quantidade de café, Leite ,chocolate, chá e açúcar liberadaem cada cose e tipo de bebida.

ocOPosEles são antiestáticos. Ou seja:reduzem o efeito da eletricidadeestática para que só caia 1 decada vez. Para evitar desperdício,a quantidade de bebida Uberadaé sempre menor que a capacidade de cada copo.

oMANUTENCÃOSe ficarem parados por 4 dias, osingredientes em pó podem emp edrar. Se isso acontece, é precisotrocá-los. Para garantir a rotatividade, as máquinas ficam emlocais de muito movimento(desde que tenham acesso à rede

etétrica-e- de-água-). Os-restos·delíqUido, pás e pó são armaze-

nados no balde. Amáq uina élimpa e reabastecida diariamente.

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••

profisliooaI

Maçõesm osKai<

Atividades práticas

\X.brklhop

VIsitas monitoaiasPitslqJ iI daativo. UI 11gincana e jAâ 11M

1 1 ~ 5 5 0 0

o••

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w .<_ ______________ ~ ______ ~ - -

The Ventura

I: S l ~ ...

•••0_ TEXTO FERNANDOBRITO

Xixi nas calças. Foi uma das primeiras coisas

que o astronauta Buzz Aldrin iez na Lua, em

1969. Felizmente os técnicos da Nasa tinham

pensado nessa possibilidade. Eles criaram um

coletor de urina para a roupa do segundo ho

mem a chegar lá. Invenções bantlis como essas

e outras bem mais importantes são o principal

resultado da conquista da Lua. Comida d c s i ~ dratada, aspirador de pó sem fio, painéis sola

res e purificadores de água são só alguns ou

tros exemplos. J.,·luitas dessas invenções talvez

nem fossem criadas, já que não precisávamosdelas antes dos \'oos espaciais. Por outrO lado.

vá rios projetos ú.teis da Nasa quepoderiam ter

nos levado a outra realidade foram abandona

dos para que os recursos se concentrassem na

construção dos foguetes titânicos que nos le

var iam fi Lua. O Saturno. onde as cápsulas

Apollo iam de carODa, tinham UO metros de

altura - o dobro da de um ônibus espacial de

pé. A Lua. afi nal. fica mais longe do que pa re

ce; são 300 mil quilómetTos daqui até lá. A Es

tação Espaciallntemacional. o mais longe que

qualquer astronauta pode sonhar ir hoje. fiea a

mcros 400 quilômetros. Seo esforço para che gar à Lua tivesse seconeentrado em naves me

nores, por exemplo, talvez o turismo espacial

já fosse realidade há muito tempo. Ninguém

teria ido a Lua. Ok. Mas talvez você j:i tivesse

feito sua viagem ao espaço. O

Voar,voar.Descer, descerSem o ProjetoApollo, poderíamos

te r voaS ultrarrápidos convivendo

com tecnologias ultrapassadas.

PENTIUMMMXComputadores são os Benjamins

Buttons da vida reaL Começaramgrandes como uma sala e ficarampequenos como um iPhone. Mas

foi a corrida espacial que criou as

primeiras (PUs compactas para

que elas coubessem nas naves.Sem esse avanço, a miniaturização

ldores demorariaz ainda estivéssemosrimeiros P(s e Macs.

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FIM DOSBLOCKBUSTERS?

Esqueça Star Wars, Contatos Imedia-tos, EL. A ficção científica de massaexpLadiu depois do pouso na Lua antes sei-fi era um gênero de nicho.George Lucas e Steven Spielberg,os criadores da cuLtura blockbuster,seriam cineastas menores. Semblockbusters e com a pirataria, a in-

dústria do dnema seria mais pobre.E mais dependente do mecenato-

seja privado, seja estataL

sP-NY EM MEIA HORAAo desafia r os russos na corridae s p a c i a ~ os americanos abandonaram outros programas paraconcentrar recursos na ida àLua. Isso impediu a criação detecnoLogias que fariam os vôosorbitais, reaUdade desde 1959,mais comuns e baratos. E, se esses vo, ,de, umaviagerrYork tE

, e Nova

MENOSCÂMERASA Apollo Levou uma câmera a bordo. As filmadoras tinham o tamanho de uma máquina de lavar. En·tão só deu para coLocar uma nacápsula porque miniaturizaram oequipamento. Foi o pontapé iniciaL

para as cãmeras cada vez menores.Sem isso, a evolução seria maisLenta. Talvez as câmeras digitaisnão tivessem chegado. E as redessociaiS seriam bem mais chatas.

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PLANETAs u s te n tâve !

o PLANElA SUSTENTÁVEl produz c o n h ~ c i m e n t o para despertar a conseiênc:ia das pessoas porum mundo melhor. Esta e outras 36 revistas e

sites da Editora Abril participam deste projeto.o Ptrfil c comunidade:

Planeta Sustcnt.ivtl-

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CPFL"NHKiIA

BONGE

-iW

CAMARGO

CORREA CAIXAsabesp PETROBRAS

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-•

CAPA

(

,,

-

PETERFENWICKNEUROLOGISTADO • ,. .....

KltlCSC()l I EGE.EM 'nU' ll€S

Pioneiro nas .pesquisasdevida após amorte

Ventura•

,

,.

1

\

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.1

f

The Ventura

A .

/

Espíritos existem? E reer Para aLguns cientistas,sim. São pesquisadore, ,"riU" uO mundo todo, Bras iLincluído , que buscam provas sobre a existência da aLma.

E eLes já conseguiram resuLtados surpreendentes.

TEXTO PABLO NOGUEIRA E CAROl CASTRO

DESIGN RENATA STEFFEN

ILUSTRAçOesPATRICKMELGAÇO

Você sabe comoé estar morto?

Bastante gente sabe: as milharcs de IX'SSOaS que passaram por

uma parada cardiaca e foram ressuscitadas logo depois. O intri -

gante ê que boa parte \'olta com algwna histôria para contar : Cf l-

quantoocoraç:loesta\'a parado, elas se enxergaram fora do corpo.Observaram tranquilamente a sala de cirurgia. enquantoos médicos tentavam lrazê las de volta à vída .

Para alguns cientistas. isso é uma c\' idência sé r ia de que a mente. consciência. é uma entidade que modepende do corpo. do cérebro. para existir. Em português daro: que aquilo que as religiões ch .mam de

":llma" é mais do que uma questão de fé . mas uma realidade científica. Hâ vários brasileiros entre esses

pesquisadores. Inclusive na USP. a maior universidade do pais. Vamos conhecer o trabalho deles. »

•OUTUBRO 2011 SUPER 57

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, . ....

The Ventura

C Abadiãnia. interior de Goiás. As cenas insólitas se sucediam:

Joi\o de Deus. um autodenominado "médium de cura" . inseria

uma pinça do tamanho de uma tesoura grande por dentro do

canal do nariz de um homem. fazia uma incisão com bisturi nabarriga de outro e passa\'a objetos cortantes sobre os olhos de

duas pessoas. Tudo sem a n e s t e ~ i a , Isso não é novidade nem para você nem para ninguém.. 0-

rnais surpreendente ali era um lexto afixado na parede. Era

um artigo cientifico, intitulario "r:irurgia espiritual: uma in

vestigação", Entre seus :lutores estavam membros das lacu!

dades de medicina da universidade Federal de Juiz de Fora e

da USP. Eles haviam acompanhado algumas cirurgias espiri

tuais e ava!i lldo os pacientcs. Os acadêmicos concluíram quc

as intervenções e cortes não emm truques de ilusionismo. O

que chama\'a mesmo a atenção era a proposta dos pesquisado

res. Eles dc tcndi:lm a necessid;l-

DR. FENWICKde de mais iJ1\'estigações sobre o

"mundo espiritual", Eram méd i

cos e psicólogos usando a ciência

parll es tudar algo que sempre fora

classificado sob a rubriC:l "Acre

dita quem quiser"·.

,

ERA CETICO

ATÉ CONHECER

UM PACIENTE

TRAUMATIZADOPOR TER VISTO

Boa parte dessa vertente cien

tífica surgiu no Departamento de

Psiquiatria da l(ia

doeml9990F íde.

Espiritualidade e Kenglosluade

(ProSER) . que se dedica justa.

mente a examinar os efeitos da re ligião na saúde das pessoas, como

no easo das cirurgias mediúnicas.OA

O cheie do Departamento de Psi

quiatria da lSP. Eurípedes ~ I i -guel. explica o trabalho: "A medi

cina es tá se movendo de um eixo

(que tinha como meta combater

a doença) para outro {que pri\"i

lcgia a promoç:lo da s,lúde) "_ diz.

-- Estamos interessados em qualquer método ljuc possa ajudar

as pessoas. mesmo que fuja aos nossos padnk-s."

Acoisa, porém, vai muito além disso. Uma das pesquisas do

ProSER foi a de Frederico Leão. Ele buscou mensurar os efeitosdas sessões mediúnicas sobre os internos de uma instituição es

pírita onde trabalhava como psiquiatra. O lugar abrigava pes

soas (;Om retardo meOlal e semanalmente voluntários espíritas

realizavam sessões mediúnicas. :\'elao;. os médiuns diziam incor

porar a consciência dos pacientes (embora estes continuassem

vivos e abrigados em outras dependências).

"Encarnada" no médium a ",lIma" do paciente Lilaria pela

boca dele, e xternando seus problemas emocionais. E a coisa

funcionaria co mo uma espécie de tef'J.pia. Para a maioria dos

cientistas, uma coisa dessas soa ria como um espetáculo cir

cense. uma fa rsa. Ma s nào para Leão. Ele quis saber sc aquilo

58 SUPER OUTUBRO 2011

FREDERICO-LEAOPSIGUlATRADAuttNEA. 'VADEDE5.H)PAULO (USP)

Pesquisa aeficacia deterapiasmediúnicas

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l i,

Ventura

\

\I

\

dava resultados. Então submeteu os intcInos a wna

avaliação de seu estado geral. Leão observou SI:! su

postas comunicações durante as sessões mediúnicas

por6

meses.E

chegou a uma conclusão nada coovendonalcolocanl. : 35% dos pacientes que tinham

passado pel::! terapia espírita apresentaram alguma

melhora em seu estado mental depois do tratamen-

to , contra 15% dos que não tinham passado .

Tra ta-se . é claro, de uma a\'aliação subjetiva. que

leva em conta;:ts deduções do pesquisador. que niio

podem ser medidas por aparelhos. Outro médico

poderia ter outra opinião. Mas tratava-se de uma

pesquisa ciemíficade !ato. tantO que ela foi publicada

na própria revista do Instituto de Psiquiarria da USE

a ma is conceituada do gênero no país. Desde 2008

Leão é médico no Instituto de Psiquiatria da USP e o

Mual coordenador do ProSER .Para os críticos, no entanto . o fato de pesquisas .

como essas serem aceitas por uma revista científica

da un iversidade não atestam nada. "l\lesll1o as me

lhores publicações deLxam passar estudos de quali

dade duvidos<l" . diz o matemático e psicólogoAndré

Luzardo. presidente da Sociedade Racionalista da

USP. uma organiz.'lção que defende o cetisll1o.

Outro nome forte na ciéncia da espiritualidade é

o do psiquiatra Alexander Almeida. Ele foi um dos

autores daquele estudo sobre as cirurgias de João

de Deus e ho.ie trabalha n::l Un iversidade Federal

de Juiz de rora coordenando o Nupes (Núcleo de

Pesquisas em Espiritualidade e Saúde) . onde seguedesenvolvendo suas pesquisas. Uma de las, inclus i

ve, em conjunto com uma estrela internacional da

ciência do além. o inglês Sam Pantia, que estuda as

chamadas "experiências de quase morte" - EQMs,

no jargão dos pesquisadores.

Vida após amo rte

Quando o coração para . o fluxo sanguíneoeos níveis

de oxigên io no cérebro caem para quase zero em ins

tantes. Nos próximos lO ou 20 segundos as máquinas

de eletroencefalot,'Tama nào mostt:lm nada além de

uma linha rela. O cérebro não funciona. Fim.

Mas a morte (cm volta. Gmças aos desfibriladores,

méd icos podem ressuscitar p:lCicntcs yuc tiveram

uma parada cardíaca no leito do hospital. E Ilao falta

quem volte desse estado com memórias vívidas.

O roteiro é sempre parecido. E bem conhecido.

Depoisde ressuscitado, o paciente diz que observou

o próprio corpo do lado de iora, como se estivesse

no teto do quarto do hospital, enquanto os médicos

aplicavam as descargas elétricas do desfibribdor.

Então eles se sentem "puxados" Jj para baixo.

E voltam à l'ida. »

OUTUBRO 2011 SUPER 59

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w., ..

The Ventura

Intrigado com ess..1S histórias. Parni<l. bolou um projeto para

testar a veracidade delas. Em 1997. conseguiu a autorização do

Hospital Geral de Southamplon. onde trabalha como cardiolo

gista, para emplacar a pesquisa.. A ideia era conversar com todosos sonrevivt!nles de paradas cardíacas do hospital. durante um

ano, para saber se haviam passado por algum momento lúcido

dunmtc a mone clínica. E o principal: o médico instalou ISO

placas pelo hospital. com sinais. tex tos e desenhos virados para

cima. posicionadas de tal maneira que apenas alguém localizado

no teto poderia ler. Assim. caso um paciente contasse o que ha

via na placa. a experiência fora do eorpo estaria comprovada.

Parnia contou com a ajuda do mais célebre entre todos os

que estudam o além. o neurologista Peter Fenwick. O inglês é

o homem que tornou as EQMs assunto de mesa de almoço de

dontingo pelo mundo.

DR. PARNIA QUER

COLOCAR PLACAS

COM MENSAGENS

PARA EspíRITOS

EM HOSPITAIS DOMUNDO TODO.

A

Fenwick em cêtico até 1985.

quando, durante seu trabalho nohospital Maudsley, em Londres,

teve que atender um p.1dcnLe que

demonst rava ansiedade extrema.

O homem contou que durante uma

cirurgia dt! cateterismo sofreu uma

parada cardiaC'J.. Enquanto os mé

dicos tentavam ressuseitá -lo. sen-

tiu-se puxado I rpo

e,dotetodoqu. rvar

a movimcntaçãu. UI:: II::VC1ll<::, per

cebeu que estava de volta il cama

do hospital. A experiência fora tão

marcante que desencadeou a crise

de ansiedade. "Até te r essa con

versa. achava que essa.." coisas só

aconteciam na Califórnia", brincou

o médico (o estado americanoscm

prc foi :1 capital mundial do consu

mo de alucinógenos).

Mt!Smo não acreditando em e . " , ~ {X'fiênciasdequase mone. Fenwick

começou a buscar mais relatos.

Conseguiu algumas dezenas. como

o do inglês Derrick Scull. à.·lajor aposentado do exército, p..1i de

dois filhos e iuncionário de uma respeitada empresa de advocacia, tinha todas as credenciais de uma pessoa centrada e na(b

místicá quando p a s s o ~ por uma experiência que mudou suas

crenças. Em 1978 ele sofreu um enfarte c. após te r recebido os

pr imeiros s(x:orros. foi deixado numa cama de l i"!l. Durante a

parada cardíaca, sentiu-se 5.'1ir do corpo. Do canto esquerdo do

teto, pós se a obsen'ar o próprio corpo. c reparou que estava

, 'eslido com um robe e uma máscara contra contaminação. Ao

mesmo tempo. foi capaz de enxergar a esposa ialando com a

enfermeira. e percebeu que ela L'Stava vestida com um tailleur

vermelho. Depois. encontrou -se de no\'o deitado na cama. Per

cebeu que a esposa havia entrado na UTI e que ela estava ves-

60 SUPEROUTUBRO 2011

tindo a mesma roupa que ele havia visto "de cima"

Fenwick apresentou esses relatos nu m documentá

rio da HI-ICem 1988. E a partir dali os elementos mai

comuns das EQMs. como a sensação de s..'Iir docorpoentraram para o folclore moderno.

Parnia também colecionou histórias que paciente

lhe contavam. como a de Um.1 mulher que. enqwmto

estava na forma de fantasma no tera da sala de ciru

gia. viu o médico esbarrar num caninha com instru

mentos cinirgicos. fazendo-o deslizar pela sala!:: s

chocar contra uma parede. No d ia seguinte, quand

contou a ele sobre os incidentes com o carrinho, de

achou que alguma das enfermei ras tinha contado

história à. paciente. Segundo e!.a. não tinha.

Naquela mesma época, outros médicos tocavam

projdOS parecidos com os de Parnia. Na H o l a n d ao cardio logista Pim van Lommel também esrudavhistória." assim. Lommel conheceu a de um homem

que, em estado de coma profundo ecom uma pantd

cardiaca no meio do processo. viu de íora do corp

a enfermeira retirar a dentadura ddc ecolocá -la em

um carrinho especial. Uma semana depois, em fas

de recuperação. ele vollOU ao hospital e reconhece

Um.1 das enfermeiras. Lembrou-se de que fora el

quem tinha retirddo seus demes e os colocado em

um carrinho, com garraras em cima e uma ga\'et

embaixo. Para a surpresa da enfermeira. apesar do

coma, o pacit!nte descreveu com detalhes a sala e a

pessoas que participaram da operação.

Seja como for, isso são só re latos. Acredita quem

quer. Justamente por isso. Parnia e Fenwick rcsolv

ranl dar um passo adiante da simples coleta de caso

e paniram para a e ",."periência com placas.

Mas os resultados não foram animadores. A dupl

registrou 63 ressusdtaçóes, mas nenhum desses pu

cientes disse te r viajado para fora do corpo. Emão a

placas I1caram à toa. sem leitores em potencial.

Outro ladoPara os céticos. o resultado nào poderia ser outro

mesmo que houvesse uma EQM . A maior parte do

pesquisadores entende que elas não passam de umconfusão cerebral. i\"o momentO de uma parad

cardíaca. a perda de oxigênio faz com que a ma

sa cinzenta dei...e de distinguir realidade e fantasia

Ela entra em pane. Balançada pela desordem, re

corre 11 memória de curto prazo para compreende

a situação. Então se depara <:om cenas que acabo

de registrar, como a própria sala de cirurgia. i\ pa

ti r daí. tenta ret:onstrui r o que está supostament

acomecendo naquele momento. Imagina o atend

mento médico. a sala de operação. Então a memóri

nos PrL'g3 uma peça. Todas as nossas lembranças ,

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SAM

PARNIA

Coordena a, .

maior pesqUIsada história sobrea existênciade espíritos

The Ventu

,

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w .,...

The

fl ) registram uma visão panorámica. como uma ima

gem de filme. em terceira pessoa, criando a sensação de estarmos iora do próprio corpo quando

você se lembra clt! um momento do passado. não vi sualiza exatamente ú que os seus olhos registraram:enxerga o seu corpo na cena . Do lado de iora. Vocêse vê de costas. de lado. de trente . ,O cérebro é umdiretor de cinema. E o seu corpo . o protagonista.

Ponanto, em meiou confusão de uma parada cardíaca. a mente ertxerga todas as recordações (e re criaçôes) recentes como imagens do presente. Atri bui a elas o rótulo de "realidade·'. É por isso que ospacientes relatariam as cenas de rcssuscitação comose es tivessem no teto do hospital . .. experiência iorado corpo seria apenas um modelo de memória do

cérebro - só qut! lOmado como real.

Alguns pacientes comam detalhes específicos,como o caso da mulher que viu o médico se atra

palhar com o carrinho cirúrgico. Susan. porém,

acredita que nesses 'funcionamento - .lá que é o Úl t.imo dos sentidos aser perdido -. e a mente seria capa;.:: de criar aquelaimagem úsual.

Os pesquisadores que defendem a "disünçào entr e mente e cérebro·'. no entIDto, não \ 'cenl grande

coerência nessas teorias. Alegam que, naqueles instantes de morte, os ~ l p a r e l h o s de eletroeneefalograma não deixam dúvida: não há atividade cerebra l.No entanto. outros três estudos feitos no século 21

questionam a ideia de total "desligamento" do cé rebro, Sugerem que as mâquinas monitoram. principalmente. a ath' idade na superfície do órgão, Omonitor mostra a linha reta, mas outras partes maisi.nternas podem estar em at ividade, Éo caso do lobotemporal, o "núcleo" do cérebro.

Um experimento em especial parece sugestivo, Os\'olumârios receberam estimulos elétricos na regiãodo cérebro conhecida como giro angulardireiw , queé parte do lobo temporal. Com uma certa intensida

de de estimulação. os voluntários disseram se sentir"como se estivessem afundando na. cama" . Est ímulosmais fortes produziram relatos corno "eslou acimado meu corpo e o vejo estendido" - é que essa par tedo cérebro é a responsá\'el por delimitara percepçãosobre onde termina e corpo e onqc começa Omundoexterior,)los primeiros instames de parada cardíaca,então, essa regiãO cominua ligada. SÓ que em parafuso. Da í para ela :lgU como nos c.xperimentos em

quc está sob urna descarga forte de impulsos elét ricos é lU ll pulo.

Mas Sam Paroia. apesar de não ser brasileiro, nãodesiste nunca, Ele preparou uma experiência bemmaior p:tra caçar seus fantasmas. O ingles agora tra-

62 SUPEROUTUBRO 2011

ALEXANDREALMEIDA \

Pesquisa experiênciasde quase morte ecurandeiros mediúnicos

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The Ventura

balha para recrutar hospitais pejo millldo todo que topeminstalar placas pelo prédio ou apenas permitir entrevistascom os sobreviventes de paradas cardíacas.

Essa é a pesqui5a que Alexander Moreira Almeida est.áfazendo com ele. O brasileiro é o braço direito de Pamiapor aqui. Três hospitais aceitaram a parceria (Santa Casa,Hospital Universitário fi' Monte Sinai , todos de Juiz de Fora,a cidade de Alexander).

Fenwick também está nessa: acertou pan.:elias com hos -pitais do Reino Unido, da França e da Austrália. "Espera-mos conseguir compilar 1500 relatos de EQMs . Se algunspacientes conseguirem relatar o texto das placas, podere-mos demonstrar que amente e o cérebro sãocoisas distintas". diz.Por "distinção entre

mente e cérebro" en -tenda uma consciênciaque exisle indepen-dentem.ente do corpo.Mas é só um jargão.Na rua as pessoas cha-mam isso de "espírito","alma", ·' fantasma."

tambémGaroar o

- p n m ~ I r ü e v ~ n t o bra-sileiro dedicado às

pesquisas sobre o além,o "1 Simpósio Interna-cional Explorando asFronteiras da Relação

Mente e Cérebro", em

AOS 6 ANOS,

AMENINARECONHECEU UM ·

PARENTE

oQU

UMA

(de novo) Juiz de Fora. Foi um ciclo de palestras cm 2010

que reillliu 9 cientistas da área, entre eles Fenwick e Ale-sander. Na pauta, relatos de experiências transcendentais,como as que você \':iu aqui, filosofia e surrealidades da fi

sica quântica (que até tem seu lado"espírita"; paníeulasaparecem e desaparecem do nada no mundo subatômico,por exemplo, mas isso é ciência tradicional mesmo).

Bem mais fora do comum, porém, é outro assunto que

estava na pauta doseminário: as pesquisas com reencarna -ção. Como vocês, um dos maiores especialistas nessa área,que também esteve no simpósio: Erlcndur Haraldsson, doDepartamentode Psicologia da Universidade da lslândja,

ReencarnaçãoHaraldsson passou duas décadas investigando reencarna-ção. Seu objeto de pesquisa são crianças que alegam teremrecordações de uma vida passada. Éo caso de Wael Kiman,um menino do LIbano.

A partir dos 4 anos, ele começou a dizer aos pais queseu nome, na verdade, era I{abin , que tinha sido adulto »

OLmJ8RO 2011 SUPER 63

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.

,

The Ventura

(I

ERL N UR

HARALOSSONP S l : ~ D A

INVEP DADEDAISlAf'DUt

Busca evidências

concretas de

reencarnacão•

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The Ventura

fl ) e que seus pais viviam na capital

do país. Com o tempo, passou a

acrescentar detalhes. Os pais da

outra vida moravam numa casa

perto do mar . que tinha uma va

randa baixa, de onde ele costu-

mava pular direto para a rua. Ele

também tinha uma segunda casa.

1\-1as pam essa ele só podia ir de

avião. Oelírior Parecia. Tempos

depois, porém, os pais de Wael

identificaram uma famI1ia da ca

pita..l que havia perdido um filho

adulto e que se chamava Rabin:

então levaram O pequeno Wael

para visitá- los. Durante a visi-

VIAGENS PARA FORA DOCORPO, DO PONTO DE VISTA

lado cS4ucrdo do peito. O psicó

logo islandês ndO tem uma teo

ria sobre as marcas de nascença.

Mas Outro pesquisador de reen-

carnações . o psiquiatra america

no Jim lucker. da Universidade

da Virgínia , arrisca: ··Sabemos.

por meio de trabalhos de outras

:ireas, que im.lgens mentais po

dem . por vezes. produzirefeitos

muito específicos no corpo. Meu

pensamento 12 que, se a consci

ência sobrevive, ela carrega as

imagens dos ferimentos fatais,

ta. ele apontou para uma foto do morto e disse que era sua. Acasa iicava perto do porto, e tinha uma varanda baixinha. Para

completar, o rapaz vivia nos EUA na época em que morreu. Ou

seja: ia para sua segunda casa de .. avião.

Nosimpósio. Haraldsson também cootoua história de TSIL';hi

ta Silva. uma menina do Sri Lanka que afilmava que numa ou

tra vida tinha morado numa cidade próxima, estava grávida

e havia morrido ao cair de uma ponte. O pesquisador. então,

visitou a tal cidade e localizou a família de uma cena Chal

Nanayakkara. que morrera ao cair de wna ponte nos ano

Chandm estava grávida de 7 meses.

Outro caso é o da garota Purnima Ekanawake. do Sri Lanka.

QuandoeJaea mãe presenciaram um acidente no trinsito, Pur-

nima tentou trnnquilizá- !a: -Nâo se preocupe com isso. Eu vimpara você depois de um acidente também". Na vida passada . se-

gundo ela. um ônibus a atropelara. Também disse que aantiga

farrulia úlbricava incensos. Ela lembrava até da marca: Ambiga.

Os pais começaram a investigar e encontraram o dono dessa

fábrica de i n c e n ~ o s . Ele disse que seu cunhado Jinadasa tinha

morrido atropelado por um ônibus. Quando levaram Purnima

à casa do sujeito, ela. então com 6 anos, reconheceu o dono da

fábrica como seu "cunhado". Purnima seria a reencarnação de

Jinadasa . A menina também mostrou uma marca de nascença.

Disse que era onde os pneus do ônibus tinham passado.

Haraldsson conheceu a garota em 1996. quando ela tinha q

anos. Como de costume. ele entrevistou . separadamente, a

garota, os !amiliares e os vizinhos para saber quando e como

as lembranças apareeeram)nvestigou também se havia a pos

sibilidade de a garota ter tido acesso àquelas informações por

meios normais. Mas não existia qualquer ligação entre as famí

lias. e elas moravam em lugares distantes.

As evidências lhe pareceram fortes . sem armações. Haralds

sono então, investigou o acidente que matou Jinadasa. Com a

permissão de um tribunal local. teve acesso ao obituário com

pleto do rapaz. As principais fraturas foram localizadas no lado

esquerdo do peito, com várias costelas quebradas, que pene

traram os pulmões. A marca de nascença de Purnima íica no

SÃO UM

afetando o desenvolvimento do

feto". diz. De acordo com Tu

cker, na índia, um terço dos casos investigados de reencar-nação inclui marcas de nascença - em 18% deles, registros .

méd icos amparam as semelhanças.

Desnecessario dizer que as pesquisas com reencarnação são

severamente criticadas pela academia. Não parece ser coinci

dência que a esmagadora maioria dos casos estudados ocorra em

países onde a crença em reencarnaçao é largamente dissemina

da. caso do Sri Lanka. Haraldsson. por exemplo. teve facilidade

ntrar casos porcausa do apoio da mídia.Nos veículos de

:ação de lá, histórias de reencam:\ção ganham espaçode

u<=::'l'-'4ue. Ea visita de pesquisadores como Haraldsson também.

Quem tiver uma história bem contada, entào, tem chance de

ficar famoso - da í para surgirem fraudes elaboradas é um pulo.

Também é comum que os pesquisadores só tenham acessoa histórias assim quando os pais da criança já "encontraram"

a família da outra vida dela, como no caso de Pumima. Isso

complica o processo de checagem das informações. É difícil

identificar quais eram as afirmações originais do suposto reen

carnado e o que ele aprendeu sobre a pessoa ialecida a par.tir do

momento em que entrou em contato com a famHia dela.

Mais: por um lado. os informantes tendem a "esquecer" as

afirmações da criança que não coincidem com a vida da pes

soa que acreditam que ela foi. Por outro. colocam na boca dela

infomlaçôes que só foram obtidas depois . quando as duas fa

ml1bs já estavam em contato.

Com tantas evidências contra, é dincil não acreditar que os

pesquisadores de reencarnações, EQMs e afins se movam mais

pela fé do que pela curiosidade científica. Mesmo assim. conti-

nua sendo uma forma de ciencia. já quc a busca é po r resulta

dos concretos. Se um dia eles vão chegar a esses resultados iQuem viver verá. Equem morrer também . O

PARA SABER MAIS

EvN:!tn<t of ti>< Afterlife

JoIfroy Wng. . . - p o . - ~ . 2011

Wh;ot I liopo . _ y""o;.

Som Pom .. ft.>y f-Io" <e.=

OUTUBRO 2011 SUPER 6S

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-ISTORIA

Cálculosmatemáticos existemdesde a Pré-História.Mas podemos dizerque algarismos não.

Quando eleschegaram ao

Ocidente, jogaram aEuropa em uma

revolução que.transformou oconhecimento

TEXTO CLAUDIA CASTELO

BRANCO E FELIPE VAN DEURSEN

DES IGN RENATAMIWA

ILUSTRAÇÃO ALEXANDRE CAMANHO

66 SUPER OUTUaRO 2011

The

Se hOJ"e Pisa tem a t o ~ r e torta mais f a m o ~ a domundo. ISSO se deve ti sua pUjança

na Idade Média. O monumen to começou a ser erguido em 1173, a

fim de celebrar a boa fase ccooõmÍl.:a da cidade italian;}. Seda. por

celana, couro, especiarias. passava de tudo por lá. O impulso mer-

cante só não era maior porque comerciantes e consumidores ti -

nham um problema, compartilhado com outros grandes centros

da. Europa: fazer contas era muito difíciL Não havia um sistema

numérico que iacilitassc a vida das pessoas (se você tem dificul

dades com n úmeros, agradeça por não ter nascido naquela época).Os algarismos 0.1. 2. 3. -I. 5. 6. 7, 8, 9 eram desconhecidos dos

europeus. Tarefas como uma simples adição não era para qualquer

wn. Imagine um administrador alfandegário somando CCXXXIIsacas de trigo com MDCCCLlI garrafas de vinho. Demoraria parachegar à resposta (MMLXXX IY. também conhecido como 2 084).E ':tIcular isso não soa difícil (XIrque não estamos acostumados aos

algarismos romanos. 11.o\a5 sim porque o sistema tinha muitas limi

tações. como a ausência do zero. essenci:ll para fazc r contas.

üu seja. calcular era para poucos. »

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• 

The VenturaI

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The Ventura

fl ) As operações aritméticas são mais novas no Ociden te que diversos conhecimentos sobre geometria e ma-

temática, como os teoremas dos gregos Pitágoras e

Tales. catedrais da Europa medievaL como a NotreDame de Paris, além da própria torre de Pisa. foramconstruídas com base em cálculos mui to mais difíceisde realizar sem o supone dos am .lis algarismos. E. seera mais complicado para obras de reis e papas, não eramais fácil para o homem simples. Pelo contrário. Na

Idade Média. os europeus se viravam contando nos de -

dos e lendo algarismos romanos. E o que mais se apro

ximava de uma calculadora era um instrumento nislico chamado ábaco (veja mais no boxe abaixO).

Mas a situação começou a mudar no século 12. Para asorte da cidade lmeana. havia ali um matemático cha mado Leonardo de Pisa.. Ele se tornaria mais conhecido

pelo apelido Fibonacü. nome deuma sequencia numé-

rica ap licada na biologia. nas artes plásticas e em outroscampos (veja mais na pago 70). Porém, pesquisadores

,

f - - - - ABACO - -a primeira máquina de cal

," ...,, (:l CtD c j 9

to

i2Feijões, pedras, fichas ou ossos deslizando por fios. Eis oprincípio do ábaco, instrumento de cálculo mais comum

na Europa medieval Ha via até escolas para ensinar ausá-Lo , com tunnas de mil alunos. Funcionava bem pa raas operações simpLes, mas não com as mais complexas.Mesmo assim, ele ainda é usado em d iversos países.No Japão, há mais de 200 associações que disputam

campeonatos internacionais. Os "atletas do ábaco"

vencem oponentes que usam caLculadoras digitais.

68 SUPER OUTUBRO 2011 ,

começam a repensar () lugar de Leonardo na hislória . É graças a ele - c tiOS matemáticos que o s e g u iriam - que hoje temos uma das maiores invençõe

da humanidade: os algarismos i n d o a r á b c o s .

Pré-história do número

Em um dos iamosos quadrinhos Caluill & Haroldo

de Bill Wanerson. o pai do menino pergunta o qu

ele queria ser quando crescer. Calvin deseja\"a. comoquase todo garotoda sua idade. algo longe da mate

mática. Rerletiu sobre como ter uma vida 100% ausente de mimeros, esses torturadores de criançanas escolas. "Vou ser um ... um.. . homem das cavernas!" . respondeu. Elechegou perto.Só que até mesmo os homens primitivos dependiam de cálculos enúmeros para sobre\'iver. Saher que 1 antílope er

mais fácil de caçar do que 4 era essencial.Pequenas quantidades são percebidas diretamen

te lanto por humanos quanto por outros animhisUma galinha. sa.be se sua ninhada íoi mexida, po

exemplo. Isso se chama percepção numérica. Acon

tagem, entretanto. é um atributo humano, intima

mente ligado ao desenvolvimento da in teligência.Não se sabe quando o homem começou a medi

coisas de iorma quantitativa . Não sabemos nem

quem veio antes. se números cardinais (1. 2. 3) ouordinais (1 0. , 3°). Alguns antropólogos defendemque a contagem se desenvolveu especificamentpara lidar com necessidad(."S simples do dia a dia O

que indica que os cardinais apareceram antes. Outrcorrentesugere que os númerospodem ter sido in i

ci:llrncnte relacionados a. riLUais que e.xigiam ordem

de aparição. A primeira estrela a surgir no céu ou aseglmda colheita após a. chuva, por exemplo.

O método de contagem mais antigo é o do osso ou

do pedaço demadeira entalhado. Os primeiros testemunhos arqueológicos conhecidos dessa praticdatam do periodo aurignacense (35 mil a.c. a 20 mia .c.). Outras evidencias também compro\'am que ohomem registrava quantidades com representaçõede argila e nós em co rdas. Um objeto de argila en

contrado no Peru. por exemplo. pode ter significaduma contagem de cabeças de gado.As primeiras noções dequantidade com que o ho

mem co meçou a lida r foram as mais próximas de surealidadc. Logo. I e 2 são os números mais antigosDe 3 em diante, era tudo uma mesma quantidad

rusforme que representava muita coisa. Não impor

ta\'a se era 50 ou 500 . Não havia essa distinção. Ouseja. um ê pouco. dois é bom. três é demais. A {amosa expressão representa a antiga relação do homemcom os números. Ossumérios. em 3 mil a.c.. usavamo termo es para representar 3 e ao mesmo temp

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The Ventura

- -MULTlPUCAÇAO E ADIÇAO

Há 7 h o m ~ n s na ~ s t r a d a para Roma, cada um com 7 r"Las. Cada mula c a r r ~ g a 7 sacos. Cada saco contém 7 I~ com cada pilo ~ v a m 7 ncas; e cada na esü colda ~ m 7 bainha$. Quantas coisas seguem para Roma:

ADIÇÃO E DIVISÃO

••• ••

Um comerciante comprou 30 pássaros: perdizes, pardais e pc:Imbos. Um perdiz custa 3 moedas de prata,um pombo 2, e um pardal 'h. Ele pagou com 30 moedas.Quanto custou cada pâssaro?

"muitas coisas". Não havia defInição p<l.ra 4 em diante.

A própria noção de que um número representa uma

quan6dadc específica levou séculos para ser absorvida.Dois são 2. não importa se são 2 ovos, 2 elefantes ou 2

ônibus. ~ a s , até hoje, alguns idiomas contem traços

dessa antiga separ.J.ção en tre a quantidade e o número

específico para represen tá-la. E isso é intrinsecamente

ligado à cultura e ao cotidiano de um IX>VQ. Em Fiji.

arquipdlgo no Pacífico pouco menor que Sergipe. co-

cos e barcos fazem tanto parte da cultura local queexistem palavras diierentes para a mesma qUlIntidade

deles. Por exemplo. to cocos é koro e 10 barcos é bolo.Calcu lar faz parte do cotidL'mo do homem. A ,'erda

deira revolução. portanto, está na forma de fazer cál

culos. Um a novidade que chegou ao Ocidente há me

nos de mil anos. "Talvez por ser fruto de práticõlS

coletivas. essa história não poderia ser atribuída demodo preciso a ninguém". explica Georges limh, autor

de.4. História dos Números - Uma Grallde lnlJençâo.Até então, havia diferentes sistemas numéricos.

criados por diferentcs civilizações. como as mesopotá

micas, maia . egipcia. grega e chinesa. Todos com uma

coisa em comum: desordem. Esses sistemas tinham um

nome ou objeto diferente para cada número. Ou seja.'eoricamente, eram modelos com súnbolos infinitos.

~ , por razões práticas, nenhum método <lSsim sobrevi

\'e po r muito tempo. Essa dificuldade de escrever nú

meros grandes também prejlldicilva a adiçáo, a subtração, a multiplicm;lo e a divisão. Foi aí que. na india do

século 5 a.c ., surgiu a base decimal, ou seja, a noção deque números podem ser arrumados hierarquicamen

te , usando seapenas 10 símbolos. Por exemplo. apenascom o símbolo 5 pode-se representar infjIÚtO$ núme

ros: 55 . 555. 5555 e assim por diante. N:}o era mais ne

eessârio um símbolo para cada número.Como definir o valor desses simbolos postos lado a

lado? Depende da posição em qu e cada um está. da di -

reita para a esquerda: casa das unidades. dezenas etc.

Ideia simples e funcional. que eu, você e todo mundosabe. Mas que demorou 1.7 mil anos para se espalhar..,,..\ Europa te\'c de esperar Leonardo de Pisa para

aprender a contar direito". diz o inglês Keith I)evlin.

autor de nteMan ofNumben;: FioonGcd's Arithmeti c RcvoIUlion ("0 homem dos nÚlncrOS, aR'\'oluçãoaritméticade

Ebonacci"", inédito em fX}rtuguês).Mas por que a base é decimal e não quinzenal: Na

verdade. houve outras bases. A base 20 já ioi popularna Europa Ocidental. po r exemplo. Até hoje, em iran

cês, 80 ê quatre- uillgts ("quatro vimes-). Alguns po

vos. como os sumérios, em 4000 a .C. op taram por or

ganizar seres c objetos em grupos de 60. " Esse sistemasobrecarrcg:l o cérebro. já que requer um símbolo para

todos os números de 1 a 60". diz o astrofísico Mario »

0UTU8RO 2011 SUPal 69

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The Ventura

a> Uvio, autor de Deus t Matemdtico? ~ ' l e s m o assim, aiorma Sllméria deixou um legado que perdura até hoje,na divisão da ho ra em 60 minutos de 60 segundos cada

um . Já se pe rguntou por que depois de 4h59 não é4h60, mas Sh? Culpe os sumérios. Mas foi a base deci mal que deu mais certo e conquistou o mundo. ~ 1 u i t o provavelmente por causa de um motivo trivial. Ela teria sido inspirada nos 10 dedos da mão. e mão é a pri meira COis;'l que o homem usou para calcular. Po r issocla parece tão natural. Agrupamos numeros em to.100,1000 porque não poderia ser mais pnhico.

Leonardo e os árabes

Os algarismos que usamos ,ltualmente são umà herança indiana transmitida pelos árabes. No s&:ul0 7, () is lamismo expandiu-se em todas as direções, emranuo

em contato com di\"ersas cultur..lS. o que significou um

A sequência de Fibonacci é a solução de um dos problemasapresentados por Leonardo de Pisa. Trata-se de uma se quência em que um número é 'a soma dos 2 anteriores.

Por exemplo: 3, 5, 8, 13, 21 etc. Ela aparece em configurações da natureza, como a disposição de sementes no miolodo girassol ou a espiral da concha do caramujo. Tambémestá na proporção áurea, comum na arquitetura e nas arte s plãstic.as. "Leonardo não tinha grandes intenções comela. Só no século 19 atribuíram LIma ligação entre essesnúmeros e a natureza", diz Keith DevUn.

70 SUPEROUTUBRO 2011

avanço cientifico tremendo. Eles estudaram e tra

duziram obras de filósoios e matemáticos gregos eao conquistar a Índia. reconheceram a importânci

do sistema numérico hindu. que já tinha mais de mianos de uso. E propagaram o novo conhecimento aolongo de seus domínios. O que não incluía a maioparte do comineme europeu.

Havia dois tipos de matemáticos na Europa do século 12, os de escolas religiOS;ls ou uni\'ersidildcs e oque exerciam atividades de comércio e negocias. Éneste último grupo que Leona rdo de Pisa se inseriaElt: viveu por algum tempo com seu pai, um funcionário de comércio e alfândega. em Bugia. na atuaArgélia. e viajou para países como Grécia. EgitoSíria . onde teve a oportunidade de estudar e comparar diferentes métodos de operações numéricos

Em contato com osistema utilizado pelos merc.Idores arabes, Leonardo aprendeu uma maneira m'aieficiente para ca\cu1.1r. O sistema desenvolvido nÍndia era muito mlÍs s imples do que o romano.

" Estes são os 9 ~ i m b o l o s hindus: 9,8,7,6.5,4.32.1 .Com eles, mais o simbolo o, que em árabe é c h amado zéfiro, qualquer número pode ser escriro.·('.o m essas p.uavras introdutórias . Leonardo de Pispublicou. em 1202. o Liber Abbaci. Aobra. traduzida como Livro do Cálculo. apresentou à Europa aoperações de somar. subtrair. multiplicar e dividirusando a novidade dos algarismos. Não foi o primeiro t ino escrito no continente para descrever o novsistema numérico . Mas ioio mais imluente ' aecssiveL o que fez toda a diferença.

Ao facilitar os cálculos que iaziam parte do co tidiano das pessoas. Leonardo dcmocratizou o conhecimen to matem.itieo. Agora. era muito maisimples fazer contas . sem depende r de um especialista cm ábaco. Leonardo teve o cuidado de explicaos conceitos com exemplos da vida cotidiana comercial: preço de bens. câlculo de lucros e as con

versões entre as diferentes moedas. "As pessoacomuns que queriam fazer negócios passaram a fa

zer contas sozinhas. E isso roi graças a nova forma d

calcularapresentada por Leonardo". explica Dcvlin"Naquela época, ainda sem imprenS<l, a divulgaçãera boca a boca. Muitas cópias do livro. ieitas a mãoforam armazenadas em grandes mosteiros. Os interessados tiveram que lê - las lá, como obras de r e f erência ", diz. "E. depois que Liber Abbaci saiu . cenrenas de pessoas escreveram obras derivadas. Elapassaram a te r seus próprios livros sobre arirmét icacom aquilo que lhes interessava."

A técnica popularizadil por Leonardo t1cou co

nhecida como numeração de al -Khowarizmi, emhomenagem ao matemático árabe r..-tohamed Ihn

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ADIÇÃO E DIVISÃO

6h "th óh

Um leão come 1 ovelha em 4 horas, 1 leopardo come oanimal em 5 horas e 1 urso leva 6 horas para comer a

ovelha. Os 3 animais juntos levariam quanto tempopara comer a ovelha?

MULTIPUCAÇÃO, SUBTRAÇÃO,ADIÇÃOEDIVISÃO

y,

,'"-----------.. "- _

Todo dia, uma serpente na base de umatorre com 100 palmos de altura sobe 1/3 de palmo e desce 1/4. No topo datorre há outra serpe; .te que desce, por dia, 1/5 de palmoe sobe 1/6. Em quantos dias elas se encontrarão?

Musa AkhwarizmL que em 820 escreveu sobre a arte

lúndu de calcular. Com o tempo, o nome mudou paraalgorismL que em português virou "algarismo" .

Entretanto. os numerais indo-arábicos não foram

aceitos prontamente pelos europeus e chegaram a ser

proibidos pela Igreja. Ela chegou a espalhar que . de tãoengenhoso. o cálculo árabe era demoníaco. Além disso .os praticantes do ábaco estavam preocupados com seug ~ m h 3 p ã o . "Não queriam ouvir fahr desses métodosque colocavam operações aritméticas ao alcance de to

dos". explica Ifrah. Mas a essa altura já era um caminho

sem volta. Os algarismos trolD;:er:lffi desenvoh'imentoà Europa medieval e tiveram importância na transiçãopara a Idade Moderna. Mesmo com todas essas vanta

gens. a campanhacontrária. somada ao costumearraigado nas pessoas comuns de persistir usando o sistemanumérico romano, atrasou por séculos a vitória definitiva do algarismo. Durante esse período de transição.houve uma grande rÍ\'alidade entre os "abacistas" - ,aqueles queeram especialistasem cálculo com o ábaco- e os ·'algoritmistas" ~ os que privilegiavam () cálculopor meio do novo sislema. Um embatc quc terminou

somente no século 16, com a vitória dos algarismos.Naquela época, eles ja estavam bastante estabelecidos, íoram essenciais para as épicas viagens marítimas de

:::ristóvão Colombo, Vasco da Gama, Pedro Ah'ares Ca oral e Fernão de Magalhães .Éclaro que houve grandes

expedições nos mares antes. Vik ings e chineses. por

exemplo. exploraram os oceanos Atlântico e Pacifico.

respeclivamente. Mas o conhecimentodos algarismosindianos proporcionou o desenvolvimento da astronomia e da navegação na Europa. () que permitiu viagensmuito mais bem organizadas e planejadas. Mesmo assim. o ábaco resistia. O ensino do instrumento só foiabolido de uma vez por todas nas escolas com a Revolução Francesa, em 1789.

Os historiadores e os matemáticos qu e pesquisam eanalisam o legado de Leonardo de Pisa colocam a in

venção do atual sistema de numenlçàO indo-arábico no

mesmo nível de importância qu e a invenção da roda. Égraças a ela que a matemática e a engenharia puderam

avançar. Graças a ela a computação e a internet nasce

ram. Leonardo de Pisa conseguiu. com a abordagemcena , convencer a Europa a fa;::er contas de maneiramelhor . Como dcfiniuo cserilor David Hutlcr , os algarismos são a coisa mais próxima de uma linguagemhumana universal. O

PARASABERMAIS

Rodo Áu ... . _ A flmória ~ ~ Fi"" . io LOi io, P""o,d, 2011

Ki,tória Un. . . . . . 60s Alp ri 'm",

r g " !fr, h f./ov. F,oo", i . 1997

OUTIJ8RO 2011 SUPER 71

-

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TECNOLOGIA

ELe foi contratado quandoo GoogLe era um pequenonegócio na Califórnia. Ao sa ir deLá, a empresa já tinha mudado omundo. Conheça os bastido resda criação de um gigante.

TEXTO TIAGOCORDEIRO

DESIGN RAPHAELGALASSI

FOTOS ALEXSILVA

De patins shortecamiset.1,SergeyBrin, J chegou suado para entrevis-

tar o jornalista Douglas Edwards. candidato a uma vaga

no departamento de markeling em formação. Era no

vembrode 1999. Para quem estava acostumado à fanua

lidade das corporações. aquilo era bem estranho. Aos 41

anos, ele seria entrevistado por um ne rd de 26 nascido

em Moscou. sócio da empresa de buscas na internet nm

dada 1 ano antes. Sergey fez várias perguntas e avisou:

"Vou sair da sala por 5 minutos. Quando eu voltar, quero

que você me explique algo novo e complicado". Ouviu

um resumo sobre teoria de marketing. Edwards desco

briu mais tarde que Sergey sempre pedia o mesmo .'lOS

candidatos - era um jeito de garantir que tais entrevistas

não fossem uma total perda de tempo. De qualquer for

ma, o jo rnalista emplacou: tomou-se o 59" funcionário

do Googlc. Quando ele saiu da empresa, em 2005, ela já

era a principal referência de qualquer usuário da web.

Edwards dá a sua versão do "caos criativo" quetransfor

mouaintemet em J"m FeeUing Lucky - The Confessions

ofGoogle Employee Number 59 (sem ediç:lo no Brasil) .

72 SUPER OUTUBRO 2011

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Um chef (Chartes Ayers, ex-co"

zinheiro da banda Grateful

Oead) e duas massagistas foram contratados na mesma

época que Edwards. A rot ina

dos funcionârio5 incluía comi

da fa rta, boa e grátis (sem fa l..,nas barras de cereais, M&Ms e

out t<lS guLoseimas disponíveis

a qualquer hora), alivio para asdores musculares (as salas ti

nham bolas de ginásti ca pa ra

quem quisesse alongar), pau

sas para o videogame, pingue

pongue ou jogo de hóquei,

além de uma viagem por ano

com tudo pago. Não era ra ro

encontrar um funcionário des

calço peLos corredo res ouYoshka, o cachorro do vicepresidente de operações, UrsHoezle. As regaUas contrasta

vam com a bagunça dos escritórios. As mesas eram portas

apoiadas em cavaletes com

máquinas e engenhei ros

amontoados. O neurocirurgião

Jim Reese, que seria gerente

de operações, foi recebido emseu 10 dia de trabalho com

uma pilha de peças e a ordem

de Larry Page, o sócio ameri

cano de Sergey: "Pode montar

- or '" X MundoOs melhores mo m entos da empresa - e oque acontecia no mundo enquanto isso

Aos 23 anos, 05

estudantes de ciências dacomputação de SbnfurdLarry Pag1! e Sergey Brin

larn;am um sistema debuscas na univenidade.

e tortasseu computado r". Na cent ral

de servidores, o "Exodus" (a"gaiola" do Google em um galpão onde viÍrias outras empre-

,m espaço), os carmina is pareciam

~ v v , .. ~ ,-.wldo do teto. Para

aproveitar espaço, não haviaentrada para placas de vídeo

e pelo menos 4 placas-mãeeram agru padas em cada ban

deja dos racks de quase 2,5 m

de altura. Em caso de defeito,

era difícil identifica r a origem

do probLema. Pa ra garantir

qu e todas as máquinas esti

vessem funcionando, Larrytinha mandado tirar os botões

of!. "Nenhuma empresa tinha

servidores tão bagunçados

quanto o Google. Ninguém en

tendia direito como eles não

saíam do ar o tempo todo", escreveu Edwards. A lógica da

empresa era economizar sem

pre. Nos servidores ou no th i

numa viagem de negócios a

Milão. Os sócios preferiam investir no conforto dos funcio

niÍrios a gastar com ma rketing.

E o novo gerente descobriu o

que era realmente usar criati·

vidade e ousadia no trabalho.

1996Aos 5 anos de idade,a web tem 36mi lhõe-$ de usuá rios .Yaho.o, AOL e eBa yestão entre osmaiores sites.

1997Hong Kong volta à

Ch ina. O mundoconhece o done Dolly.E temos 70 milhõesde internautas.

:::198Larry e Sergeyobtem umfinanciamento de100 mil dôlares ecriam oficia lmentea empresa, emsetembro. ELa

funciona numa

garagem alugadaem Menlo Pan..

2000Em março,a bolha dainternet chega ao

auge e est oura.

Empresaspon!o-com vãoa ruma.

2001Os atentados de 11de setembro elevam• "r,essãO WorldTra e Center à3 "mais r.rocurada noGo.og e. A pri meirafoi Nostradamus.E mais de 500milhões de pessoasjã usam a web.

OUTUBRO 2011 SUPER 73

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w., ..

Como transformar um site iniciante

em uma marca conhecida sem gas-tar muito? Abusando de campanhasvirais e bem -humoradas, como otrote de 10de Abril No Dia da Men-tira de 2()J(), a empresa lançou oMentalPlex, um software fake que~ l i a a mente- do usuário para fazer apesquisa. O resultado trazia mensagens de erro do tipo: "pedido obscuro, tente de novo depois de remover óculos, chapéus e s a p a t o s ~ . Emalguns casos, eram "capturados"pensamentos em üngua estrangeira

e su rgiam resultados em alemão,tailandês ou português. Mas os intemautas não gostaram de encontrar idiomas diferentes. Sob protesto dos engenheiros, Edwardsconvenceu Sergey a tirar essa parteda piada_ Mas a brincadeira pegou, eo 10de Abril virou um clássico doGoogle. O gerente de marketingmuitas vezes se envolveu em dispu-tas sobre como fazer seu trabalho.Do jeito previsto nos manuais ou do

SEA ORDEME t'.BSURDA,NAO OBEDEÇA

The Ventura

"jeito Google". Quando Sergey, por

exemplo, teve a ideia de transformar os Google doodtes, os desenhos que brincam com a logomarca,numa espécie de cartoon diário,Edwards ficou apavorado. Achavaque a marca seria descaracterizadae enfraquecida. De novo estava errado. Os usuários adoraram. Fugirdas soluções previsíveis, ele admite,revelou·se um dos segredos do su-cesso do Google. In clusive internamente. Quando a empresa com eçoua melhorar o filtro contra pomogra·

fia, por exemplo, um funcionáriocriou gifs sensuais e espalhou pelaweb. Ele pediu que os coLegas o aju-dassem a procurar pelos vídeos, testando o fiLtro, mas ninguém se em-penhou. Ao reclamar com a mulher,ela deu a ideia: ia assar cookies paraque ele p r e m i a s ~ ' " .... "'... ~ ...h " > ~ < ; e osgifs. Foi um suo lirou

febre entre os f

o engenheiro Paul Bucheit (que depais fICaria famoso

par criar o Gmaiú emva preocupado: Larry havia pedi-do a ele que soluciona$se um problema tknico de um

jeito que não fazia o menor sentido. Fol consultar o enti o vice-presidente sênior de o p e r a ~ õ e s , Urs Holzle, e

ouviu a dica: "Larry tem muitas ideias. Voei deveria continuar fazendo do seu jeito". 8ucheit aprendeu: no Google, se a ()Idem dos patrõe'5 é bizarra demais,. mellioripwl"iÍ' ta. Para Edwards, o episódio reflete a falta de

hierarquia na empre'5a. O resultõtdo en I uma rotina caótica e cargas hOl"iÍrlas desumanas. Muitas decisões cru-ciais eram tomadas depois da meia·noite, mesmo quenem todos os envolvidos estivessem presentes. Mas

como deu tão certo? Segundo o gerente, a fónnula do

Google era contratar pessoas brilhantes e inseguras.Pressionadas até o Umite, elas sempre achavam que afalta de a itMos daros seria, na verdade, um problema

de desempenho pe$soaL E dêi-lhe mais tnlNIho.

74 SUPER OUTUBRO 2011

Google em ..1998 2011

4,9 milhões 3,6 bilhõesde busas/dia

100mil 174 bilhõesdólares de valor de mergdo

3 28768empregadas e uma empregadas

garagem como sede

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The Ventura

DILEMASFoi Edwards quem escreveu os principios do GoogLe

com afirmações como

"você pode ganhar dinheirosem fazer o maL". Afr<lse(do originaL Don't Se Evil)surgiu no início de 2000,quando Paul8ucheit reclamaVil com os colegas sobre

a Realnames, empresa que

vendia um mecanismo para

g<lrantir que 5eUS dientes

estivessem no topo dos resultados dos sJtes de bulO-

aJ . Eles eram pagos paradestacar esses Unks, inclusive o Google, que debatia

como deixar claro que aquilo não era fruto de seus

serviços nem era um anúncio vendido por ele. O sistema foi banido, ma s a mistUr. l de dados e anúnciosainda daria do r de cabeça.O Google decidiu criar suaprópria versão de publicidade na web, te5tada com

a Arnazon. Cada vez que

um internauta chegasse ao

Unk do produto pelo Google, este tinha um a comissão. Funcionou, mas era

hora de ganhar mais dinheiro. Os anúndos começariam a aparecf!'r na página inicial como caixas df!'texto no alto, à direita. Me·

didos, os cUques definiam

a remunf!'ração. Nos testes,

um usuário reclamou qu e

nio f!'stava clara a distin-

ção entre anúncio e informação e citou um dilema

ético. Ma5 o modelo vingou. Além disso, a compa-

nhia f!'nfrentou a C U 5 a ~ Õ f ! ' 5 df!' invasão de privacidadf!'ao lançar o Gmail, que tem

um a barra de notícias eanúncios relacionados

ao s interf!'SSf!'5 do u5uário.Como assim, a empresa lêseus e-maUs? Ela jura qUf!'não. É tudo automático.

PARASABERMAI5

I'm mimE Lu,ky: lho COnf.!.S.ÓO.,.01Goolle EtnployM Humber S9

ÜO<.lgl>. Edw" d . Hooghton MilflinHar<:ourt . 2011

"Quandoestivemos

errados?"Em 2002, o funcionário59 teve uma rara oportunidade de conversarsozinho com Larry. "Pe rcebi que, na maioria dasvezes em que discorda·mos, eram vocês quemestavam certos. Sintoque estou aprendendomuito e a g r a d e ~ o estaoportuni dade : Larry retr ucou: "Mas quando estivemos errados?" Pare·ce arrogância, mas aresposta tinha outrosentido. Ass im comoSergey aproveitava asentrevistas de candidatos para aprender, seusóciO levava a serio oque parecia um elogioinócuo. Ele reaLmen te

.__ .- -a ber onde errou,le, para usar a in·10 no futuro. Para

CUWd' uS, Larry era o visionário tim ido e diretoe Sergey o operadorbem-humorado.

ADEUSESORTEUma serie de mudanças in·ternas levou Edwards a perder espaço. Ele negociou suasaida da empresa em 2005.Exe rceu o poder de comprasobre as ações que eram parte de seus benefícios quandofoi contratado. Pagou 20

centavos de dólar por cadauma. Elas agora nâo valemmenos de 60 0 dóla re s. Douglas Edwards nunca mais trabalhou. Tem mais é de sesentir com sorte mesmo. O

2011larry toma-5l' (EO. Estreia

a rede social GQ02le +. Aempresa paga usS 12,5

bilhões Pf!Lo setor desmartphones da MotoroLa.

2002O f!'uro se torna a únicamoeda oficial corrente I!mU paísl!s europeus.Hoje são 17.

Indonésia e outrospaisf!'s do su l da Âsia.

2005Edwards pede dl!missão.

Si o Lançados o GoogleMaps, o Google Earth e oiGoogle. No an o seguinre,a empresa compra oYouTube f!' o verbo "togoogl.e" é adicionado ao

dicionário OK/ord.

2006O ex-presidente SaddamHusSf!'in li morto. Amarca de 1 bilhão dI!intemautas é batida

. .campanhaObama é I!leito pn!sidl!ntedos EUA.

-2010G o o J l e ~ i \ l u l g a que

nao I I i I I mais censurarvoluntariamente as buscasff!'itas po r usuários da China- uma decisão qUI! deixa ogoverno locai contrariado.

20112 bilhões dI!pessoas usam 11intemet no mundo.Não hã concOlTenteoi aLtura do GoogLe.

OUTUBRO 2011 SUPER 75

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Para sermoderninho hojeem dia, é preciso

•viver como

antigamente:•

morar em

comunidade,t irarfotos em

preto e branco efazer a sua

própria comida.

Entenda aqui o quequerem os Jovensdescolados. (Dica:

envolve fazerco mpras.)

TEXTO ANA CAROLINA PRADO

EKARIN HUECK

OESIGN RENATA MtWA

Il USTRAÇÀO PIANOFUZZ

The Ventura

Todo verão Mark Zuckerberg decide fazer algo diferente. Em 2010, o criador do Facebook já havia

resolvido aprender chinês. Em 2011. com todo o sucesso da rede sociaLop tou por <1!go que lhe deixasse grato pe lo que tem - mais precisamente.pela comida em seu prato. Resolveu que só iria comer a carne de animaisque ele mesmo abatesse. Um vizinho e cozinheiro do V.lle do Silício oapresentou aos agricultores das proximidades e o ensinou a matar seusprimeiros an imais . A nova die ta es tá fazendo su cesso: segundo ele. aquamidade de pessoas que vieram p r o c l l r á l o inleress<lUa em vegetarianismo, caça c até agricultura foi enorme. O criador do faccbook ter escolhido esse desafio particular, no entanto. não é o capricho isolado de runjovem bilionário.Éum interesse da geração de Zuckerberg. de 27 anos. Os

hobbies esquisitões. o contato com a natureza e o faça você mesmo sãotendência entre pessoas muito menos abastadas do 'que o dono do Facebook. Ta lvez até você mesmo tenha uma mania dessas.

Não é de ho.le que ser "moderno" e '"antenado" é ser diferente. Toda

geração tem seu grupo tentando criar uma identid, lde própria. de preferê nc ia distante dos padrões que a sociedade considera normais. Foi o casodos hippies dos anos 70 e dos punks dos anos 80. Hoje em dia. eles às vezes

são chamados de "hipsters" (veja a definição no boxe), mas muito do que »

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w . . . . .

G> pregam tcm um pé nos anos 70. Basm dar

uma olhada nas tendências que andam sur gindo aqui mesmo no Brasil. Uma delas 5..1:0

as e<"ovilas. um3 espécie de co munidade ba-seada na produç"o local de alimentos orgâ nicos, no l l iO de sistemas de energ ia renováveis e na preservllÇ"Jodo ambiente. Todosconstroem juntos sua.<; casas e produzem

sua própria comida: a inspiração hippie éinegável. Hoje, a R<.'<ie Global de Ecovilas(que contabiliz3 as iniciativas) registra 513

comunidades em todos os continentes. 16

ddas no Brasil. Outra ond a setentistn q\leestá de volta são os LPs. Estranhamente. :lSbolachonas são o iormato de música que

mais tem crescido nos liltimos ltnOS. En

quanto a \'enda de COs caiu 12 ,7% em 2010,a de vinis aumentou 14%. É um recordedesde 1991 , qU:"lndo as vendas mmeçaram aser monitoro.do.s. E os artistas campeões de

venda são (logo lllrás dos Beatles) os queridinhos dos roque iros alternativos: ArcadeFiTe, Black Keys e Radiohead - sempre em

vinis noYinhos em iolha.Mas não para por ai. OUWl inspiração

dessc grupo é a cultura do faça \'océ mesmo

(o "do it yourself ' , em ingJes. DIY). que teveorigem no pós-guerra dos anos 50. m dé

cadas ma is recentes. o D1Y começou a ser

mais associado 11 cultura punk e à produção

musical (discos independentes e rádios pi ra tas, por exemplo). I\.las a ideia ê basicamen te a mt.'S ma: você pode muito bemco nstruir. modificar ou consertar suns coi!ia:; :;uzinho,' sem ter de recorrer à indlÍst riaou a profissionais caros. Na versão dos anos2000 do 01\': a mania se espalhou além da

música: se transfonnou em aulas de tricôpara jovens. em idas ao barbeiro para aparar

o bigode e na compra de sapato!) de couro

fe itos à mão - tudo hábito;; que não param

de crescer. Uma das m o d a ~ mais prolíficas éa de fazer cervejas em casa_Um kit simplescom panelas. termômetro. fe rmentador emáquina para colocar t a m p i n h a ~ custa ce rca de 480 reais e pode render até 20 litros debcbidã artesanal de qualquer tipo. Até a família Obama caiu 110 gosto e anda servindo

na Casa Branca uma cerwja que ela mesma

faz. E isso acaba tendo rer1exos no mercado:produ toras de cervejas artesanais tem c r e s ~ cido 15% ao ano no Brasil e as micro<''CI"\'Cja rias andam pipüC3ndo por aí.

78 SUPER OUTUBRO 2011

T

LANÇAMf.NTO ft\1

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The

o último item do qu.'ll osneohippies não abrem mão éa tecnologia. O sucesso do

lnstagram, aquelarede

so cial de fotos do iPhone , naqual usuários postam, co mentam e curtem as nnagens alheias, é apenas um

dos exemplos. Todas as fotos

têm um ar de bôlôr nostalgia. com filt ros em preto ebranco ou que imitam as 10-mos. antigas câmeras sovié ticas. As próprias lamos,

aliás, viraram moda nos últimos anos: desde 199L

quando dois jovens viem:n ses descobriram uma dascámeras baratas lançadas na

União S o v j o ; ~ t i c ã nos anos 80.

a interesse cresce. Hoje emdia. existem 500 mi l ]omó-grafos pelo mundo. E tem mais: 3pliunÍvose softwares que deixam as gr:lV:lr:Õf'S dos ce lulares com cara de t1lme mcom som de vinil com poein

mesmo quando o produto e analógiCO. eleJucrJ com a tecnologia. ~ o caso dos sapatos

de couro de canguru produzidos à mão pelo

sapateiro australiano James Roberts. e que

viraram febre. A manufatura e as ferramen

tas antigas são tradicionais - mas a distribuiçào e a yenda são feitas pela in ternet.

Rebeldes de butiqueMas de onde vem esse interesse pelo passado? "'Os jovens tendem a ver a cultura do

minante como homogeneizante e comercialdemais. Então eles partem em busca de ex periências mais auténticas ", diz Zeynep Ar-

sel, professom de marketing da Universida

de de Concordia, no Canadá, que estuda

esses jO\'ens desde 2003. O paradoxo dosneohippies está no fato de que é quase im p o s s í v ~ l te r uma experiência 100"1" autênti

ca: eles estão inseridos no mesmo sistemaque tentam renegar. Se conseguem comprar

os instrumentos para fazer cerveja em casapor um preço acessível, é simplesmente

porque as empresas perceberam que haviaum grupo de pessoas dispostas a gasiar di

nheiro - e resolveram investir nisso. Sim.não está íácil ser diferente . \ssim qu e al -

guém resolve inventar moda

e lanç'lf alguma tendênci>l. láestá alguma empresa pronta

para vender produtos perso

nalizados para ele . Foi o que

aconteceu com as cervejasartesanais: quando começa

ram a vender, foram compradas por grandes empre

sas. f o caso. por exemplo.

das marcas Baden Baden. Ei senbahn e Devassa. todas

compradas peJa gigante

Schincariol entre 2007 e2008 . "O mercado qu e res

gata atividades artesanais éwrl<l. rcaçao contra a uniíor

mização do consumo. Mas.

ele só eposs(vel po r causa da

abundância material na qual

Ylvemos. E isso de modo al-

gum questiona a sua mensagem e o seu apelo" . diz He

loisa Pai!. socióloga da Universidade Estadual de S;lo

Paulo. a Unesp. E mais: ser "autêntico" costuma ser

muito caro. Basta ver o preço da parafernália preferida: iPhone (I 749 reais). câmera de lomogra fia (250reais), garraia de cerveja artesanal (18 reais), sapato

de couro de canguru artesanal (790 dólares).

Enão se

deixeenganar

pelorostinho descabelado

e casacos de vovó' os hippies de hoje em dia não são

tão engajados quanto a versão dos anos 70. Não há

uma ideologia deiinida por trás dessas manias: eles

não lutam po r um mundo melhor nem pela liberta ção sexual. po r exemplo. Alguns t1ertam com a sus

tentabilidade (como a turma das ecovilas e dos a li mentos orgânicos, que não para de crescer) . Outros

pregam uma vida mais simples, de VOIUI às raizes(como o (<Iça você mesmo). r-,·fas a principal preocu

paçao desses jovens é ser diferente. E hasta . Isso não

quer dizer. no emanto. que as modas não sejam verdadeiras. "Eles não são uma tendência superficial e

ávida po r atenção. O interesse pejas bandas, marcas. artistas e estilos que consomem é genuíno. eeles se sentem em casa dentro desse universo". dizArsel. Ou seja, eles podem não mudar o mundo. Massão jovens - e estão se divertindo. O

PARA SABERMAIS

!);Y Culw . Porty &_tn N i n ~ Briboin

Grorgo MoKov. Von.o.l 998

o . " , y t ~ , , & ~ P ~ h r d.-.rudo-hif"t."

OUTUBRO 2011 SUPER 79

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Os melhores esportistas do mundonão ganham só medalhas, prêmiose as viagens r . is. Eles levampara casa tan .__ ... __ sapatos maistecnológicos que existem. Entenda

aqui como um calçado pode fazertoda a diferença nos esportes .

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The Ventura

1. Mikc _V S t a ff/ Gtotty Images2.Stu F o r o l . ' / ~ t t v lmages 3. Lefteris PitarakislAP I01ages

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-

The Ventura

TEXTOBARBARAAXT

EALEXANDRE

VERSIGNASSI

DESIGNRAFAEL aUICK

. E JORGE OLIVEIRA

ILUSTRAÇÃOESTÚDIO VORKO

COMO UM PAís FALIDO UMA

GANGUE DE CONTRABANDISTASE UM FILME VAGABUNDO

CRIARAM A MAIOR INDÚSTRIA

CINEMATOGRÁFICA DO MUNDO•

BEM NO MEIO DA AFRICA .

OUTUBRO 2011 SUPER as

J

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m . . . . .

The Ventura

fI) ANigéria praticamente não tem cinemas. Os lilmesnacionais de lá S;'Io feitos só para OVO mesmo - e osdiretores filmam co m câmeras à.<; vezes mais pre-

cárias do que esta aí que você tem no celular. Mesmo assim. eles tem (I maior induslria de cinema domundo. ·· r..I,'lior·' . veja bem. não na quantidade dedinheiro que ela movimenta. mas na de filmes. Os

nigerianos instituíram uma linha de montagem alu cinada. que produz mais de 50 limlos por semana.

2600 por ano - o dobro da indtistria de cinema ge ralmente apontada l'Omo a mais proliiica: a da Ín&.1.E 4 vezes mais doque Hollywood.

Os fi lmes . bom. mal chegam a ser dignos dessenome. São produções caseira.<; . simplórias. Pertoda qualidade de som. imagem. enredo e atuação docinema nigeriano. CluH's e Chapolin s:10 Copolla e

Scorcese (veja nos boxes). ~ a t u r a l : um iilme nigeriano custa VS$ 20 mil. em média - isso dá 39 segundosdo brasileiro Cilada .com (on;amento de L'SS 3,3 milhões) ou 0 .9 segundo de Capitdo:\ m"rica (USS 140

milhões)_Mas que ebl..'ga a tanlos milhões de espec tadores quanto esses últimos, chega. A :\írica já estádominada: o continente de 47 paises. 2 mil1inguas eum número maior ainda de grupo"- fltn;('()<; - PTlroostão distintos geneticamente e cuh :J.tosuecos e core mos - viciou nos ti L. Eagora o mundo também começa ,1 se curvar - pelomenos o mundo africano que existe fora da Aírica_

Londres est::i de prova. Ésó andar por 10 minutOs

OSUOFIAIN LONDON

IMMORALACT

Um dos inúm eros filmesnigerianos fe itos para acomunidade africana deLondres. Este, de 2003e que mostra o pobreOsuofia ten tandoalmoça r pombos,ê o mais famoso.

Ve ja: miVe.m.t5tXEH

86 SUPER OUru8RO :2011

Ato Imoral (2005) t ralo tema da ma ior parte dosfilmes da Nigêria: barracosfamiüares - cilnsado de se rchamado de impotente pelamulher, o ora se vinga à la5chwarzenegge r: engravidaa empregada.Veja:mizre_rnJ5tXfw

no bairro de Peckham. que concentra imigramesnigerianos. para sentir o poder dessa indústria. Nosúltimos anos. com o aumentado tlm.:ode imigrantes

africanos (legais e ilegais) para a Inglatcrra. Peckham\'irou um pedaço da .\l igérin cncr<lvado na capitalbritânica. Eentre uma Ou out ra barraca que vendetubérculos frescos (aírican style) . estão banquinhas

apinhada.<; de DVDs com prod uções nigerianas. Nãoê só em Londres que esses filmes pegam. Agora elescomcç<l.m a chegar às prenuêres do \Vest End, aáreamais chique da cidade. e a disputar espaço nas salascom um Harry Potterou um J'ransformersda vida.Mas essa his tória fic3 para depois. Primeiro. vamos\'er como tudo isso começou. num ga.lp3o empocirado de Lagos. a maior cid:lde da Nigéria.

A ORIGEMEm 1992. Kennech Nnebue. um comerciante de L:\gos.se \'iu com um dcp6sitoabarrotadode t1tas VHS enc(lIhada s. E l'Oncluiu que talvez fosse mais fác il v e n d ~ -lasse ho uvesse a1b'1lIIUl coisa grav(lda ali . Chamou umdirctor de teatro que fez um vídeo caseiro chamadoLiuing in Bondage (Vi\'endo em Escravidão).

Começa com o monólogo de um homem bonitão.

bem-vestido. E Ichie. um suje ito bem de vida. Masque só sabe se lamentar: ··Já tive vários empregos. Oúltimo foi num banco. E pedi demissão porque nãoestaVa ganhando o que merecia. Olha o John, o Okay.

o Obi .. Eles começaram l.'OmigO e já têm uma :\-Iercedes cada um: moram cm mansões. Já eu .. ·· Para

realÍL3r o sonho da t>,'lcrcedes própria. então. Ichieentra num culto que promete riqueza em troca desacrifícios. Depois de trucidar galinhas e outros bichos em rituais de bru...aria. acaba. tendo que matar aprópria mu lher.A partir dai ele de fato fica rico. maspassa a ser assombrado pelo i:llltasma da parro,l.

Esse Wall Streer com IT\.1cumba foi um sucessosem precedentes. "Acho que uxlo mundo na Nigéria viu esse fllme". dizCole Paulson, pesquisador doCemro de .l::studos Africanos de Oxford.

O estoque de fi tas aCabol i. E uma nova indús

tria de cinema nasceu. Mas isso não aconteceu aoredor de estúdios, como Hollywood ou Bollywood(a r101l)'",ood de Mumbai, na índia). Noll)"vood (:1

d1 Nigéria) surgiu das garagens. Depois do eslOurode Liuing in BOlldage nas banquinhas de camelõ.centenas de "produtores de filmes" se lançaram aolrabalho, com lima câmera na mão e sem grandesideias na cabeça. a nào se r li de fazer alguns trocados vendendo fit3S (e depois DVDs) no comércio derua - nada tão diferente do que os produtores defi lm es pipoca no resto do mundo (mas com eq ui

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The Ventura

MYGAMBIAN

HOLlDAY

Nem só de barracos efilmes sobre imigração

vive No llywood. Neste,

o jovem Bob encontra o

amor na Gâmbia, um

micropaís bon itinho

incrus tado no SenegalVejJ :migre.me/!itWOX

lHEFIGURINE

A Estatueta (2010) é oCidade de Deus deLes -no sentido de qualidade

cinematográfica. Umfilmão caprichado, com

orçamento de US$ 400

miL - o maior da história.

Veja: migre.melStXoC

Q) pamento bem mais barato). Diante do que veio de

pois, Living in Bondage é Shakespeare. Um sujeito

fazendo caretas para a cámera já faz!" -- .. _- -, . . I ~ ·'enredo" . emas cadeiras de boteco

baldio poeirento já formavam um ót

;\'Iesmo assim, os nigerianos viciaram em seu "ci-

nema nacional". E levaf>l.ffi o resto da Africa junto.

!\. disr.ribuiçào pelo conti nente ficou por conta

do contrabando . Já cxisti<\ toda uma rede estabe

lec ida dc distr ibuição de muamba no pais - e do

país para as nações vizitlhas. Desse jeito. os filmes

começaram a ating ir boa parte da Africa da noite

para o dia . Nobel de logística para eles . Só te m um

problema: isso é amarrar cachorro co m linguiça.

Logo qu e um produtor entrega uma pacoteira de

DVDs para essa rede, os próprios distribuidores já

começam a fazer cópias piratas para ficar co m o

lucro rodo . Os produtores, então . só conseguem

lucrar com a venda das cóp ias oficiais po r uma,

duas semanas. Isso limita a quantidade de dinheiro

quc um produtor pode ganhar com um filme - itl

dcpcndcntcmcntc do sucesso qu e faça. Resultado :

eles te m de fazer um filme atrás do outro .

Lancelot Idowu. um dos diretores mais famosos

do pais, fez 158 em 12 anos. Em um dia de filmagem

ele é capaz de gravar 59 cenas. Os atores seguem o

ritmo: o superastro local Desmond Elliot ,ltuou em

94 tilmes desde 1992, o que dá qtlase 8 filmes por

ano . E o públ ico assiste aos filmes co m a mesma ve

locidade co m que eles são produzidos. Lagos te m

15 milhões de habitantes e só 3 salas de cinema.

O povão compra os DVDs dos camelôs e assistc cm

casa . ou vê os filmes em canais de TV especializados .

..Na casa em que eu fiquei hospedado a TV iicava li

gada 24 ho ras por dia. 7 dias por semana. com filmes

nigerianos" , diz Cole. que passou o último ano na

Nigéria estudando essa indústria.

A produção caudalosa tornou a indústria de cine

ma nigeriana um dos maiores empregadores do pais.

Mas tudo funciona na mais absoluta informalidade

- um csqucma quc leva a situações inusit.tdas. Cole

P.tulson, qu e acompanhou o trabalho da produtora

Emem lsong. uma das mais famosas da Nigéria. con

ta melhor: "Logo no primeiro dia de filmagem. eb

perguntou se eu já tinha participado de algum filme

de Nollywood. Respondi que não. Ela então virou

para a roteirista e disse: 'Acho que dá para encai....:ar

mos ele em algum lugar. não?' Logo depois chegou

o direror e decidiu que eu se ria o ::tmigo americano

do protagonista, ljue estava na Nigéria para o casa

menlo do seu irmão. E pronLo. Minhas falas scriam

decididas na hora de filmar".

Cole também se lembra do d ia em que o dit"etor e a

produtora chegaram na mansão que já estava acer

tada co m a produção para a iílmagem e mudaram de

ideia. "Eles acharam que a casa não ia servir e saíram

peJa rua tocando a campainha das mansôes vizinhas

e perguntando se poderiam filmar h i ~ " , conta. " Em

um;l delas. foram atendidos por um adolescente . Os

pais estavam fora e ele deixou a equipe en t rar. com

a cond ição de ljue terminassem il.s 8 da noite. Mas a

filmagem atrasou e um carro chegou na Càsa. 'Sãoos pais! Os pais chegaram!', avisou um assistente. O

dit 'etor então mandou o astro do filme. um a celebri

dade na Nigéria, receber os dOllOS da casa na porta

e agradecer a generosidade de terem em p restado a

mansão. Deu tudo certo e a equipe continuou traba

lhando até a me ia -no ite .

Por essas, o grosso dos filmes de Nolly\vood conti

nua abaixo do "padrão Chapolin de qualidade " . Mas

isso está mudando. Os d iretores mais bem- sucedi

dos estão começando a gastar ma is. Agora, aqui e ali

aparecem produções mai:> caprichadas (veja no boxe

acima à. esquerda), com orçamcnto na fai.\..\ do mcio

milhão de dólares e exibição em cinemas. Cinemas deLondres. inclusive . Só no ano passado, 14 filmes esti

veram em cartaz na capital brit:inica . A comunidade

àfricana na Inglaterra também sustenta um canal por

assinatura dedicado exclusivamente aos fi lmes nige

rianos. Nada ma l para um negócio que começou com

um galpiío de fitas virgens encalhadils.0

PARA SABER MAIS

"",;st• • trocho, do , filmo"

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OUTUBRO 2011 SUPER 89

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ura

,

Dê uma mão à"

uasau

las são parada obrigatória

pa ra milhares de micro-orga

nismos, como bactérias, fun

gos e vírus. E, se as mãos não forem

bem lavadas, contribuem para a

disseminação de uma sé rie de do

enças, da gripe à hepatite A, sem

contar intoxicações alimentares .

Quando pegamos em notas de di

n heiro, por exemplo, entramos em

contato com níveis altos de conta-

minação. f , dependendo da via que

esses micróbios encontram para se

infiltrar no organismo e do estado

de saúde do indivíduo, chegam a

deflagrar problemas graves. ~ o r isso

é tão importante hi!:,'ienizar as mãos

com frequê.oda, espedalme-llte

antes das refeições. Use água e sa

bonete. Esfregue a palma, o dorso,

e ~ { T r a os dedos e o espaço entre eles. Ah,

lave também o punho. O processo

deve dllJar pelo menos um mi

nuto . Ao usar o banheiro público,

a atenção tem que ser redobrada .

Alguns já contam com torneiras

ou portas munidas de sensores que

não requerem o emprego manual.

A r e c o ~ e n d a ç ã o é evitar tocar di

retamente nelas, além de assentos

sanitários e maçanetas. Munido de

papel-toalha, abra e feche portas,

torneiras e afins. Depois jo.gue o pa

pel no lixo. Em casa, fique de olho

na hora de en xugar. Toalhas en

charcadas ta mbém são repositórios

de germes - quan do se enCOTl tram

nesse estado, devem ser substitu

ídas depressa. O recado está dado:

dê uma mão à boa higlene.

•ene.

ece

Nós podemos melhorar

a qualidade da saúdeno Brasil. Conheca

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The Ventura

TECH

NAo são bons OS tempos P.1r:l as bibliotecas públicas. Al ém da

concorrência com interne t e e- hooks. a crise econômica de2008-2 009 fez estragos. Éo caso do Ca nadá. onde a criseprovocou cones no orçamen to de serviços públicos. Paracombater a situação, a cidade de Surrey , na Co lúmbia Britâ-

resoh 'cu humaniza r, li tenl lmclltc, o contato com li -A City Centre Library. uma moderna biblioteca inau

b' ... l<Ja em setembro. cngaj a voluntários para participar doque ío i bal izado de "li\' ros vivos". Eles ficam disponíveispara com'crsar com o público, sobre qualquer assunto. em

sessões de cerca de meia hora. A ideia é proporcionar algoalém da simp les pesquisa em livros: acesso a conhecimento

e troca de experiências com gente da própria comunidade.Algo que não se encontra no Coagle.- Surrey/ibraries.ca

... E biblioteca SOBRE RODASEnquanto isso, no Br<lsil, a Bicicloteca é um projeto que leva,de triciclo, livros a sem-teto e pessoas que vivem em regiõessem biblioteca. Inic iativa do Instituto Mobilidade Verde, elaalia tr<lnsporte saudável e dempcratização de cuLtura. Paraparticipar, basta doar livros em um dos pontos de coleta da

ONG, que funciona em São Paulo. Depois, a Bicicloteca tr<ltade estimular os lei tores a passarem adiante os livros para fa·

zer as obras circularem. O projeto já ganhou um irmão, o 81-bliotáxi, em que livros são pa ssados adiante por me io de táxisda capitaL paulista. Lincoln Paiva , presidente do MobilidadeVerde, conversou com a SUPER:_ Bicicloteca.com.br

92 SUPER OUTUBRO 20 U - SUPER RADAR

-

o SONHO "O ROBSON [MENDONÇA, EMORADOR DE RUA ERESPONSAvE

PELA PRIMEIRA B/C/CLOTECAJ ME DISQUE SONHAVA EM TER UM CARRINHDESSES DE CARREGAR PAPELÃO , PA

EMPRESTAR LIVROS A 'IRMÃOS' DARUA. TOPAMOS A IDE IA NO ATO ."

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The VenturaAl ' I ~ N I ) I ~ N C I " ' S

TEXTO FELIPE VAN DEURSEN

A CUSTOMIZAÇÃO DAS ALCOÓ LICASSite ingLs vende licores fe itos sob encomend a usando produtos orgâ nicos

A mania de produtos com a cara do cliente chegou ao mundoetílico. E, de quebra, t rat a-se de uma bebida com menos impacto ambiental, algo pouco vist o nesse mercado (para cada taçade vinho produzida, por exemplo, são gastos 120 litros de

água, segundo a Wa t er Footprint Network). Essa é a propostada Alchemist Dreams, companhia britânica que produz licorescustomizados a partir de produtos orgânicos. Os interessadosescolhem os ing red ientes para a base da bebida e os a romasadicionais. Por exemplo: licor de laranja e framboesa com gengibre, lavanda e manjericão. Depois, é só escolher a garrafa,

também fei ta à mão, e enc·omendar. Por enquanto, o serviço sóexiste no Re ino Unido. Mas, se depender da popularização de

fa bricantes de bebida artesanal no Brasil, não deve demorar..- muito para algo semelhante aparecer por aqui.

_ www.alchem istdreams.co.uk

o PROJETO "É UM TRICICLO COM UM BAÚACOPLADO NA TRASEIRA, COM CAPACI-DADE PARA 300 LIVROS POR DIA. DISTRI·BuíMOS LIVROS GRATUITAMENTE SEMOBRIGATORIEDADE DE DEVOLUÇÃO,APENAS COM UM CARIMBO PARA EVITARA VENDA. PRETENDEMOS LANÇAR MAIS9 BIClCLOTECAS ATÉ O FIM DO ANO."

SUPERRAOAR " OUTUBRO 2011 SUPER 93

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The Ventura

Câ mera fotográfica mais inteligente da nova geração usa o CPS e o Go ogle Ma ps para encontrar 1 m ilhão áe pontos turísticoes palhados pero mundo - e levar você ate eles. - TEXTOBRUNOGARATTONI

REALIDADEAUMENTADAQuando você aponta acâ mera pa ra aLgum monumento, como d Terre Eiffelou o Portão de 8/G1ndenbur

go, ela o reconhece - e mostra o nome do lugar. Apontea câmera pa ra baixo e elavira um GPS , que destacaoutros pontos turisticos aaté 1 ,5 km daU e indica o caminho para chegar até eles.

MAPAS DE VIAGEM. Os nomes dos lugares onde

você esteve são salvos juntocom as fotos, o que ajudabastante na hora de encontrar as imagens no seu computador. Se você quiser, acâmera també m organiza as

imagens em rotas do GoogleMaps - dá para ir vendono mapd os lugares poronde você passou eas fotos qu e t iro u.

9 4 SUPEROUTUBRO 2011 - SUPEARAOAR

ESTILO INSTAGRAM

Sabe aquelas fotos meiodesfocadas, com ca ra de filme antigo, que os seus am igos adoram tirar com oiPhone e post <ir na internet?Esta câme ra tem um recursoparecido: sim ula o efeito detrês filmes usados pe los fotôgrafos profissionais nosanos 80. O efeito é bemmais sutil que o do Instagram , mas é bacana.

RECURSOS ESPERTOSão 16 megapixels, zo om de15x, vídeos em Full HD efotos panorâmicas sem co mplicação (é 56 um botào e no ar)E ~

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1 - 2A EVOLUCAO ABAIXO OSOOOOCK COMERCIAISEstas caixas de som O volume dos co-

se comunicam dire-,

merciais e sempretamente (e sem mais aLto que o dosfios) com o iPod ou programas. ~ umaiPhone. Ou seja: estratégia dos anun·você pode ficar co m ciantes para chamaro apa relho na mão , a sua atenção - 'eno sofá, e usá·Lo é bem ir ritante. Estepara controlar as apareLho estabilizamúsicas. Muito mais automaticamente oprátic.o do que co· voL ume da TV, resol·nectar a um dock. vendo o probLema.- SOUNOSPHERE _ TVSTABlllZER

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The Ventura

........

""".' . l._,:!:

" .

/; /1/1

3 4 5VOO DE PAPEL PORKY'S EM 3D SEM LEVARLembra-se de qUiln- Ver filmes em 3D é MULTAdo você era criança bacana. O problema Ler e-mails, manda r

e perdia um tempão é que ainda existem SMS, checar o Twit-fazendo aviões de poucos tituLas nes· ter. Dá para fazerpapel? Surgiu um se formato. Mas tudo isso enquantobom motivo para este tocador de você dirige - graçasvoLtar a brincar OVO e BLu .ray tem a este aceswriocom eLes: este mini· um recurso que pa ra iPhone e BLack·motor eLétrico, que transforma quaLquer berry, que entendeva i encaixado no film e 20 em 3D - co mandos de vozaviâozinho - e o até os c\.âssic.os (em ingLês e espa·faz voar po r até da sessão da tarde. nhoú e Lê as menS<l·

9 O s d o s . E fica bom. ge ns em voz alta.- AI NEKIT - BD·C7SOO _ SUPERTOOTH HDNos EUA: R$ 32 Nos EUA: R$270 Nos EUA: R$ 23 0thinkgeek.com samsung.com supertoath.net

E-MAILSeOMHORAMARCADA

PASS01

Enviar

mensagens

tarde da noite

é queima.filme(o chefe ni o viii

levar a sérioumil ideia quevoci teve às 3hda manhã). Mas

há solução.

PASS02Instaleo pluginBoomerang

(boomeranggmailcom),compatível

como

navegador

Chrome.

PASS03

Entre no Gmaile crie uma novamensagem.

Apareterá um

menu no quaL

é possívelprogramar

o horário emque ela será

enviada.

6A t'lOTO QUENAOCAIAr-condicionado, rá-

dia, poLtronas con-fartáveis para doispasS<lgeiros. Nemparece uma moto.E, quando você parano semáforo, ro&nhas estabiLizadorasse projetam das La·

terais - eqUlibrandoautomat icamenteo veiculo em pé ._ MONOTRACERNa Suíça: R$120 Milperaves.ch

SUPERRADAA .. OUTUBRO 2011 SUPER 95

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The VenturaI ~ S C O U I l 4 S

TEXTOkARINHUEC ":

-

todos o que ter ia acontecido se a gr ipesuína tivesse matado 1 em cada 4 pessoas que contaminou? É o que tenta imaginar esta ficçào cientifica,na qual uma doença fatal e transmissível pelo ar mata milhares (se nâo milhões) de pessoas em poucassemanas. Rapidamente, o planeta inteiro é contaminado não só pela doença, mas pela histeria colet iva.É justamente por mexer com uma ameaça tão pLausivel (quantas epidemias já tivemos nos úl t imos anos?)que este filme me)(e com você - e você vai sair do cinema com medo até de encostar nos outros.

- CONTÂGIO. nos cinemas em 28 de outubro.

o SONHO DE

TODO HOMEMUm profenQr de fisic:a descobre I fórmula põlr.Ium c ..m . dOi invisibilicbde e resolve tesü-lo. m si mesmo. A ideia é f icilr ma is perto de seuOIm or de infância, Butrice, uma bailarinabmoSOl que o ignor.!. Como iI OIlNIcIa t ilriSca (e

ele, um nerd virgem), o tientim ilcaba tirandoumOl casquinha para observar outras mulheresÚlrincipalmente OI OIssistente ninfomaniacade Beatrice) de perto. A obra é inspirilda em

O Homem In"';5' ..el, de H.G. Wells, e virou UmilsucHSão de cenas a l ie ntes na o do mestredos quadrinho s, Mito Manara .

_ O PERFUME DO INVlSiVEL.Mito Manara, Conrad, 11 2 páginas, R$ 39,90

•96 SUPER OUTU6RO 2011 - SUPERRAOAR

-

PAIFrankie é um menino pobre

iri..ilndis de 15 anos que

engravidou uma menina.

Filho de pai ausente, ele querse esforçar pilra se r o melhor

exemplo do mundo para o bêbPara isso, resolve treinar a paternidade com uma bonecae ignorar as provocações dosamigos. Se eLe vai conseguir,só vendo este curta-metragemque g.mhou o Festivill de Berumem 2008 e agora está onüne:_ FRANKlE: migre.me/5G2/W .

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The Ventura

Burton de pertoTom (ruis!.' deveria te r sido Edwara Mãos de Tesoura.EJJCk NichoLson não podia{ por contrato, passar maisde 4 horas por d ia no se t ae filmagem de Batmelr1,

em 1989 ~ o que atrasou o filme todo. Neste livrovocê fica sabendo dos bastidores da carreira do diretorTim Burton, e entende por que seus fiLmes são tãoesquisitões. (Só para constar. quando criança, certa vez

seus pais fet:haram a janela do seu quarto com tijolos.)

_ O ESTRANHOMUNOODEnM HURTOM,Paul Woods, l eya , 344 páginas, R$ 44,90.

surrealEm 191t6, dois do s maiores artistas do mundo, o pai do Mickey, Wa Lt Disney, e o pintor

5urreaUsta Salvado r DaU, resoLveram traba·

Lhar juntos. Dali boLou um mteiro, e Oisney

deveria animâ-Lo. Mas, por falta de dinheiro,

apenas 17 segundos ,furam concluídos. Em

2003, o sobrinho de Disney decidiu terminar

o projeto, uma mistura de imagens surreais

com cores e sons de desenho animado.

Eagora ele está online:

- DESTINO: migre.m eJ5FZCw.

FetosDivulgaçAo

• •DAOPE,DINOOs dinossauros nã o morreram - e s t ~ o vivos

na forma de pássaros. Você já deve te r ouvido

essa frase, e é nel.<i qu e estes 4 documentários

se baseiam para explicar o mundo pré-histórico.

Assim, ficam os sabendo que os dinossauros tinham rituais de acasal.<imento muito ma is com

plexos do que se imaginava, e qu e cuidavam de

sua prole com ded icação totaL A ideia é mos

t rar que é injustiça chamar os dinos de fracas

sos evoLutivos - afinal, e les ainda estão po r ai:

nas nossas gaiolas e poLeiros.

_ REINODOSDINOSSAUROS.17 a 20 de outubro, 20h, no Diswvery Channel

A HISTÓRIA DO PLANETA.DAVIDA & DAS CIVI!JZAÇÕES.

DO BIG BANG ATE HOJE

,

MEGALOMANIACOTudo qu e já aconteceu na Terra, do Big Bang ao su r_

gimento do homem, do s dinossauros aos egípcios,

do s incas a NapoLeão: este livro pretende explicar

tlntim po r tintlm. E el e consegue (quase, vai).

_ OQUEACONTECEUNA IERRA?Christopher Lloyd, Intr ínseca, 416 págínas, R$ 59,90.

SUPERRAOAR · OUTUBRO 2011 SUPER 97

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m., ..

The Ventura

tJ/41 .

hortaMantenha Longe as árvores, as ped ras e os insetos. Use águ a e adubo em parc imô nia .É as sim que as suas frutas e legumes vão vingar. O TEXTO ANDRÊBERNARDO

1O PREPARO 2AESTRUTURA 30PLANTIO 40SCUIDAOOS

LIMPE O LOCAL SEM GALHO ~ O R T E Na hora de escolher o terreno,opte pe los planos e co m mais de30 cen tíme tros de profun didade.Re tire as pedras, desm<ln che os

torrões de terra e ajunte o m<lto.Depois, revoLva os

Não plante sua ho rt .perto de árvoresfrondosas. Elas vãoso mb rear as hortaliças

e competir por iogua enutnentes. Escolha umLocal co m bomescoamento de água .Faça o teste: ca ve umburaco e en cha-o deágua . Se de mo rar aescoar, é bom usarcanaletas

AGUANELESMoLhe a sua hortaduas vezes ao dia: depreferênCia pela m<l nh ãe à tarde. Evite osho.-jrios ma is quentes,porque o caLor evaporila umidade. Mas niio

AS PRAGASPara combater predadores, aplique soLuçõesaquosas de siloiio, pu ra s

ou com querosene.(Neste caso, espere 2semanas pa ra colher) .VoeI:: tam bém pode usarca Ldo de ceb ola,

15 cent ímetros omais "fofo "A<

~ OSOLOMIOO soLo mui to argi-

Loso é duro, e omui to arenoso é

pouco fe rtil - porisso , procure osme io a meio. Parasaber a textura,molhe a terra etente mold á·La . Osolo que não aceit aser moldado éarenoso. O que ficacirc ular é argiloso.

. ..

• •

•, .. •

, .. .

AO ALCANCEFaça can teiros com1 metro de largura (paraainda akançilr o centrocom o braj;oJ e 20 emde altura lpara as raizesse desenvoLverem). Entreum e ou tro, reserve umespaço de 30 a 40 empa ra facilitar a passa·gemo Do lado ex terno,co nst ru a uma pequenacerca de tilbuas ou tijolospara seg urar a terra.

••

SEMENTE,SEMENTE

.. .

CoLoque as sementes emfileiras com 2S em dedistância en tre si. Ab rasuLcos de 3 cm de profun.dldade e jogue as semen ·t eso isso faz com quenasça mais de uma plantapor bura co - nesse ca so ,remova as plantas menosdesenvolvidas pa ra darchance de as out rascrescerem meLhor.

po r met rocanteiro.

de pimenta eaté leite cru. 5mi nutos

" ..

..~ resto

de comida .....-.. pó de ufé

.

~ militoampinado

ADUBO EM CASAJogue os ingredientes acim<l em um bu racona terra. Cub ra e reg ue 2 vezes porsemana. O ad ubo fica pronto em 60 dias.Pa l<l checa r se está bom, coloq ue umachapa de me tal no buraco. Se eLa fic.ar fria,o adubo está pron to {se estiver que nte,é po rque a decomposição do materialorgânico ainda estj acontecendo}.

.. ti ~ j i o s:>nv Fan'_ Geovani Amaro. ~ h o i r o I I l I r ~ da Embtapa HoroIIiç:as; João de Paula Araúio,eoortItntdordO cu r<ode "Wonorni. dau.-.v<nidade FedEoral Ru ral dORode n e i , o CU I ' ~ I U ) ; e Rogerio P"uiha Gcuve ,"" & n g < ! " ~ ro ag 'ónorno d8 E 'P resa dO Msist"rICia Técnica e E>ttmslo R....". dO Estado de Riode ~ t ( l (Ematet_Rk» .