Super.interessante.296(1)
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Eles são cientistas. E eles acreditam em espíritos e reencarnação.Agora, estão usando o laboratório para provar que tudo isso
não é apenas questão de fé. E dizem que estão conseguindo. P. 56
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• The Ventura
C / 4 1 ~ 1 ) / 4 r ' I O SUPERNOVAS
18 Supernovils
21 EssenciaL
22 Conexões
24 Ciência MaLuca
30 Infográfico32 Polêmica
34 Papo
36 Banco de Dados
RESPOSTAS
38 Respostas
44 Contém
46Como Ganhar u
ma
Discussão sobre ..48 Oráculo
50 Como Funciona52 E Se__
REPORTAGENS
56 Capa: Ciência Espírita66 A Vida sem Números72 Confissões do
Funcioná rio 5976 A VoLta dos Hippies
BO Zoem: Pé de Atleta84 Luzes, Câmeras, Nigéria
SUPERRADAR,
92 Tendências
94 Te ch
96 Escolhas
98 ManuaL
Outubro de 2011Edição 296TIragem 441 772 exemplares-oto Du llaProduçio And,ea Vila' Boascasti"iNS ... do C " s t ; ~ g Nod&k> Al c. Moreno
Comoentender este sumário
o
Cada circulo co rresponde auma reportag€m da revista.Eles estão divididos emilssuntos de acordo coma tabela 3baixo. O tamanhode cada círcuLo correspondeà quantidade de páginasda reportagem.
___ ~ " : ú m e r o da página
• CIÊNCIA
• CURIOSIDADES
• CULTURA
• TECNOLOGIA
• COMPORTAMENTO
• HISTÓRIA
• ATUALIDADES
• SAÚDE
INFOGRÁFICO
Os melhores, os piores
e os mais Lucrativosfilmes sobre HQs.
NOVAS
Pessoas bonitas
são mais egoístas.
ESSENCIALSteve Jobs matou
os nerds. Saiba como.
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The Ventura
72-
CONFISSOESDO
FUNCIONARIQ 59Os bastidores
da transfonnação doGoogle no site que sabe tudo.
80ZOOM,DE ATLETA
Entenda o que
alçam os melhoresatletas do mundo.
84_ LUZES
C A M ~ A S . NIGERIA
A maior indústriade cinema do
mundo. Na África.
76AVOLTADOS
HIPPIESPara se r moderno, é
preciso viver no passado.Entenda o que querem os
jovens descolados.
56- - ~ ~ ~ ~ ~
66A VIDA SEM NÚMEROS
Acredite: fa:rer comas já foi muitomais complicado do que hoje em dia.
Existe vida após a morte?Alguns pesquisadores
acreditam qUI! sim.
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w . . . . .
The Ventura
o•
e,ogo
Ese a gcnte pegasse a capacidade de apuraçiio da
SUPER, juntasse com a mecfínica de um game c
fizesse um jogo jornalístico: A ideia ap<lrcceu na
cabeça do Rafae! Kenski. então nosso editor de
internet. la pelo final de 200R. Pareceu sensacio
nal - e em mesmo: de u origem ao Ciência contra
o Crime, um gume de detetive baseado nas têc
nicas mais modernas de investigação forense.
Quem jogou (c muita gente jogou) gostou.
(Aqui uma confissão: na êpoca a gente achou
que tinha acabado de inventar uma coisa revolucionária com os tais
jogos jornalísticos. ALê que 6 meses depois um pesquisador publicou
um texto dizendo qu e a SUPER estava entre as publicações que melhorutilinvam neU'sgame:;; no mundo. E assim descohrimos que nossa in
n ~ n ç à o já tinha sido inventada. Perdemos os louros. mas ficamos con
temes com O elogio qu e recebemos.)
Três anos depois. os newsgames da SUPER estão entre o que há de
mais bacana na internet brasileira. Fred Di Giacomo. arual editor do site.
é um dos maiores especialistas do mu ndo no assunto. A equipe dele.
{armada por Otavio Cohen. Ana Prado. KJeyson Barbosa e Daniel Apolinário. já leYOI1 os leiLOres para cOll\'iver com os praci Ta.
desbaratar uma quadrilha de mafiosos
modernos e testar a inmiçii.o. Em FiJo sofighters. a mais recente (e minha iavorita) criação deles. você]X>de resolver
no braço todos os problemas da r1Iosofia: escolha seu pensado r fa\"ori to. o seu
inimigo. e lute. Os golpes serão basea
dos nas ideias do seu filósoio (da para
;tcessar rodos esses jogos na área de
multimídia ((o sile da SUPER).
Agora a novidade: estamos le\"ando
um pedaço desse wliverso para o Face
book. Basta curtir nossa página para
acompanhar o lançamento de Quiz City.
um .iogo em que você pode c o n ~ t r u i r sua cidade e ganhar umas ajudinh,l$ ex
tras se responder li testes de conheci
mento. ESTá imperdível. A gente não
conhece nada muito pa recido no mun
do - e batizamos a em p reitada de social
newsgame. Vamos ver quanto tempo
demora para um pesquisador dizer qu e
tem um nome melhor.
Um grande abraço.
,
NO MUNDODOS APPS
Smartphonts' tabL,ts siobacanas. Mas podem ficarmuito melhores, e até mudillrsua vida, se voei instalar os
apUtativos cmos. Q ~ i s são
eles? A respost . você wi
conhecer no Guio dosMelhores ApUcotlvos,que já está i vend•.
EDITORA'PAbril'= ' , ,\'IC'fOIlU\TJ,\
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Edito<: Robmo C h l ~ . . . . . . . . . . . E . .... 11i ... ~ mdl'$ [ " , I
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SUPER. .. "' ............ ",1" .. _ Gw" " " " ,
," " . . . . \1" . . . . . . . Ib" ...... •• G",,, . _ <:" . .. . 0 .. " .... . lIn .u
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".,.m"". "',' H"Iy. In. . , . . . . . . ~ < I , . ~ SH" . I>l'' ' ' O" .". I"'""l' .«6o. I.", . '" )1",,.,,, ' ''' '.. " Lt> p"""1. 110, ri,. .t,. . K" " • S . .• \ "'". 'IPbtrt. ' " " ",. , N . . . . , .... "' , .. . ." r_'d DI G;><,.. . «III<!<""""n'" " ' " " ' " !I .,,, . . . . . . . . . .1 , " , ... , .... 0 ","", ( 010 :0. . .. . S . ~ 4 !lo, .... 0.. ,;.:1 1..>,. _ A,.u.. ,. W . . . . ,' " B· .... X . ", .. . , . . , .. " ..1'n;!o,,,,,,, . D t _ ...,,',L= .Ob... ,. ,\" '* 'J
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.._lJIfltPIIWS:_._ c_c..-,..- ........"F" I
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" O " ' _ h . . . .'- .....,.,_ . ! 1 ( ~ , ~ s . . _ S I '
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S I J f ' f ~ f ~
FUNDO DO MAR"Imagine s6 o d i n a m ~ r q u ê s Stig Sevcrinsen,qu e desceu 225 metros só no fôlego,encontrando um blobfish, uashauhs!"@modruguinho17 (MundoMor)
UM SALVE!Aos estudantes
de Visconde do Rio
Branco (MG) e aos
aLunos da Escota
Estadual Barão Ho-
mem de Melo, em
Alto Alegre (RS),
que mandaram para
a redação da SUPER
cartas pedindo infor
mações sobre várias
frutas. Recomenda·
mo s o livro Ds Caço.
dores de Frutos, de
Adam leith Gollner.
Memórias de brincarMeu filho Guilherme tem 28 anos e o únicobrinquedo que semp re me ped iU oi Lego. Esteano tirei todos da ca ixa e sentamos no tapetepara brincar. Fiquei feliz com a matéria. São
muitas recordações, como qu ando ele só seacalmou para lima cirurgia com o Lego que .ganhou. Obrigada. M A R I A ~ R ( 6 S 0 C E Z A(Como os Fãs $olvaram o Ugo)
"Obrigada peLareportagem
COMO TOMAR
DECISÕES.
um Estudo química nil P R e fiquei feliz com a "singela homenagem ao anointernacional da química". M.Af"11<ARI..NG (Mundosupw)
-
"Precisava levantar as vendas da minha pizzaria. Deci-
di panftetar em um semáforo e Lembrei-me de uma
materia da SUPER (Roupas tI . Grif- 'nf'.uflnaam as
PHsoos, junho). Fui com uma polo de ma rca e nâo
deu ou tra. Mesmo as 21h, de noi te, as pessoas abai
xavam a janela do carro para pegar o panfleto. De·
pois, usei táticas descritas na matéria A Ciincio dos
PIYÇOS (agosto). Ofereci R$ 2 de acréscimo no ped i-
do pa ra incluir borda de catupiry e R$ 10 para inclu ir
um brotinho doce. Au mente i 10% o ca ixa no fim
de semana. Valeu, SU PER !H HEMERSONDA$ILVA
12 SUPER OUTUBRO 2011
"Meu cachorro achaa @revistasupermUito interessante.
-EMPRELEANTES DES U ~
Victor PassarelU cortou o dedo com a revista, de tão afoito que
estava para le r. Mas compensou. "Adorei 11 d. s-t.mbro 10
Anos Dflpais . Gosto quando vocês falam de política", disse.
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The Ventura
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queijo pannesite
i
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•
The Ventura
SIJ
300!Até a edição 300, recordaremos capas, ma té rias e mo men tos marcantes da SUPERFOI MAL
Filosofighters,merci beaucoup
"Hoje faLei para o meu pai que a SUPERfaria 24 aninhos [apagamos velos mêspos50dol. e eLe disse: 'Ll!mbro comose fosse ontem a primeira e d i ç ~ o daSUPER Eu comprei. A matéria da capafalava sobre supercondutores',Feliz aniversário! "UVlA FREITAS
AH, A SAUDOSA CAPADA N°l. MAS EA DA
N"O, QUEM LEMBRA?VEJA AíÀDIREITA
GUIA DE IPAD
I
• A i n s t i t u i ç ~ o quecrio u uma v e r s ~ o modificada do HIV éa UniverSidade do Suda CaLifórnia e não aUniversidade da Caroüna do SuL (Su P.efnovas, setembro)
. 0 even to K-T, queextinguiu os dinossauros, ocorreuno Cretáceo, ~ o no juroissico. (O LhtroN@gJ'OdosSemVivos,agosto)
_ Hi p6crates viveuem 400 a.C., n ~ o em 4 a.C (ConUm,setembro)
FINA IRONIA DO LEITOR"Niio se i, mas certamente ninguém usaria i n d o ~ " MARCOS NAZAAENO sobre Ese Q Gente Usasse 100%do Cérebro? (agosto)
-DepoiS de morta, posso virar atê piche"EDINElAFERNANDES , sobre o post NoWl MolIlI:Mo:, . . e ("ncamenllllr 11 LiqwfafAo do Co:po(SuperbLog)
'$corjoce dublado é pecado, parece filme pomô·AlEXANDRE SAI AZAR, sobre o post O NaljlaF'matntent.Clt_, iN ao Bo osiL Vaie G Pano Assinor?
(R..bit) ,que fala dos prós e contras do serviço, comoexcesso de fiLmes dublados
-
O jogo da SUPER que propõe a pancadaria entre filósofos já faz sucessofora do pais. O bLogueiro FlorentMaurin, que fala de newsgiimes nosite do jornal francês LI" Monde, elo-giou o jogo no Twitter. Depois disso,pipocaram comentârios em francês,espanhol e inglês na nOSSii iirToba.Mostre o jogo para seus amigosgringos: http://abr.;o!fightl!r"$
Quer conhecer melhorcomo Ler, ver, ouvir einteragir com n o s ~ edição para iPad? Fizemos um vídeo sobreisso. Entenda as legendas para girar o"tabLet,p a s ~ r páginas e compartilhilr nas redes sociais. Sua experiênciaserá ainda melhor.hN:p:ftabr.iojsuperipad I
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...... i!""" 1""<0"111< TNfonos: p ú b b c O I " ~ popner>lO ou ontr*&>o • .........., O8l'IO.7msu t.HIMncnt<>do E<iwt4 do _ .. . I'a:1o(OJlopo ..
.ld.cam,br po . sp . (10 3031 S189, ~ tnobolhl< com . . e ",l\rt;o!; SO<viç= - ~ SOo Paulo , AIri ' O lupr ( ~ O ....." '" produl:>s. OCOMe
" .. ~ o > .. . cio, NoçOo1 RI • 21) 2S4&BlOO. "'"" '" do NiJdeQ,.,...", (TI) :Jl';1-lU1 ~ a obt .. ;!ifoomoc;r.H ,UnKi• • , 7221, " , .::o..- PI*ÇM' d> Abril.IOm õo< pro",t"" o. ",gund> , " , , 1 , • onvi;Jr >ou <urrioul.<:> tCEi> 054b!K)2, (TI) 3037·5759. ,,,,!omi>ados <10_ ....00'" ria, 8 :I. 2210. o lin . l\WW 1 ~ d ' Q ! ! l ~ l São P;..oL>. SI': ou onda Voocbs orct.s. p<>Io E.iUdlo N)Dv+m. Sóbodo.ria, tralulht<:P'mm~ fax (t1l3031·5891. óiI J031·SOOO Aoeo.,..o; W M U l i < > d m ~ . . . ,""' . dos I "" nt.. ,,,161> Bo. so"e!
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14 SUPER OUTUBRO 2011
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InteligênciaQue se vê
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The Ventura
CONEXÕES
Experiência feita por 3 universidades comprova: quanto mais beloé o rosto de uma pessoa , mais individual ista ela é. - TEXTO FERNANDO BADÔ
Vários estudos já constataram que as
pessoas bonitas "jvern mais e ganhammelhores salários do que as feias. Mas
uma nova experiência, elaborada pelas
universidades de Barcelona, Madri e
Edinburgo. revelou um efeito indesejá
vel na beleza: as pessoas atraentes têm
menos consideraçãocom as ourras e co
locam seus interesses em primeiro lu
gar. Em suma. são mais egoístas .
Os pesquisadores reuniram um grupo
de 160 homens e mulheres da Espanha
e do Reino Unido, com vários graus de
beleza. Esses voluntários fo ram dividi
dos em duplas para jogar um jogo muito
simples: uma pessoa precisava decidir
se cooperava ou não com a outra. Ha -
1a SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS
vendo c o o ~ r a ç ã o . cada uma ganha\'a 90 pontos.
Se uma delas não quisesse cooperar. levava 160
pom os - e a OUlr.J. iica\'a com apenas 20. Já se am -
bas fossem egoístas. cada uma ganhava 30 pontos.
Os voluntarias também tiveram o rosto analisado
por um software que mede a simetria iacial (quan
lo mais simetria. mais beleza).Resultado: As pessoas atraentes cooperaram em
apenas 45.1 < ~ ; . dos casos - contra 67.3% das médias
ou feias. "Os indivíduos com ro<;tCl mais simétrico
sofrem menos rejeição. Por isso. ao longo da evo
lução. eles se tornaram mais <iulossufic ien tes e
menos propensos a cooperar". diz o eS ludo, que
foi conduzido pelo biólogo Enrique Turicgano. lsso
não sib'Tliíica. claro. que uma pessoa bela seja au
LOmaticameme m á . ~ a s , se voce é bonito por fora.
cuide também da sua outra beleza - a interior. ()
Bebêsouvem sonenquantodormem
Um recém-nascido
chega a dormir 18
horas por dia. 56
que continua ligad
e ouvindo tudo oque esti sendo dit
â sua voLta. Cientis
ta s da King's CoLle
em Londres, monit
raram o cérebro de
21 bebês de 3 a 7
meses de idade en
quanto eles dor·
miam, e chegaram
uma conclusão sur
preendente: o cére
bro dos bebês ador
mecidos capta e
processa os ruidos
externos, e é inclus
ve capaz de diferen
ciar entre sons pos
tivos (como risos)
negativos (como d
cussões). Os pesqu
sadores <linda ni o
sabem dizer por
que isso acontece.
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The Ventura
Macarrão é a comida preferida do mundoEstudo com 16 mil pessoas revela o que a humanidade mais gosta decomer - e traz surpresas como o verdadeiro prato preferido do BrasiL
NO MUNDO: l' Macarrão 2G
Carne 3° Arroz 4°Pizza 5° Frango
EM ALGUNS PAíSES:
EUA ESPANHA
3' Frango 3"AlToz7,5% 6,8%
4' Pizza4,2%
•ALEMANHA RU SS IA
2" Pizza l "Carne 2°8atata6,2% 13% 6,2%
l'Salada5,4%
4,7%
•AUSTRALlA GANA
1" Fufu*7,2% 28,2%
3°Bife
QS°Banku'
5,1% 18,7%4' Frutos 4""uo-uafi'
do ma r 6,9%
• S c h n i ~ , c a r n e e m P 3 l 1 K k fk=ch t sopadc betcrrnoo; Fufuo mas..",<;lc vegeta ",;Banl:u; massade milho; Tuo·z.aafi; 0010 de a'roZ.
Miniairbág evita danos ao celularSistema protegeo aparelho contraquedas no chão.
o disposit ivo, que foiinventado pclo donoda livraria virtualArnalDn (e aindanão tem previsãode chegada aome rcado), usaos sensores demov imento dosmartphone paradetecta r umaeventual queda -e aí ac ionar, emfrações de segundo,um conjunto depequenos airbags emolas que protegema tela e o corpodo aparelho_
, FOto G.etty Images 2; Foto UII;o<",d3 l 1 u r t r ~ o E v ~ n d r n Bertol
NO BRASil:
1" lasanha20,4%
2°Arroz19,4%
3" Macarrão12,9%
4' Fe,!i.oada4,
5· Pizza4,6%
6 o Churrasco4,5%
•7 r .."' ......O,
"-,""U
1 1 ~ C o m i d a ~ ~ f ~ n e s a
14 °Salada1,2%
•",•,"~ •"- •~ Iu
•Õ,,6
••
CARRINHOPE SUPER-MERCADO E MELHORDO QUE CESTOObservando o comportamento de
136 pessoas no supermercado, pesqUisadores americanos descobriram
que quem poe suas compras numcarrinho tende a escolher alimentosmais saudáveis do que os consumidores com cestinhas, que sào 3CXJ%
mais propensos a compr<lr junk food.
ECSTASY PODE SERE F C ~ Z NO COMBATEAOCANCERCientistas ingLeses criaram uma ve r·são modificada da droga, que consegue elimi nar as céLulas afetadas porcànceres como leucemia e linfama.
O tratamento só foi testado em tubos de ensaio - e ainda não é consi·derado seguro para humanos.
-OVERNO CH INESDECIDE PROIBIR •LADY GAGA E BEYONCEO Ministério da CuLtu ra do país dis ·se que algumas músicas dessas canotoras são "vuLgares demais", e ordenou que sejam apagadas dos sitesde música que oper<lm na China. Oscensores também baniram váriascomposições de Britney Spears eKaty Perry e até a inocente IWantIt That Way, das Backstreet Boys
cujo único pecado é se r brega
"SE VOCÊ FOR25% CAUCASIANO, JÁESTA BOM PARA A GENTE",diz o americano Colby Bohannan, que criou umprograma de bolsas de estudo para br.mcos naUn iversidade do Texas. Segundo ele, a ideia éiguai.<lr as bo lsas que a universidade concedea mulheres, negros e a QutT<lS minorias .
SUPERNOVAS - OUTUBRO 2011 SUPER 19
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The Ventura
iNe
Jobs
oso Jobs dos anos 70 inventou a cultura geek. Três décadasdepois o fundador da AppIe acabaria com ela. Sem dó.- TEXTO ALEXANDRE VERSIGNASSI ETI AGO CORDEIRO
5 eve Jobs tinha 12 anos e um
problema: queria montar um frequenciô
metro - aparelho essencial quando você
precisa construir seu próprio circuiLo em
casa. O menino não tinha todas as pcçasque precisava, então decidiu telefonar
para alguém que certamente teria: Bill
He\vlett. dono da HP. Era a maiorempre&'1
da região onde Jobs morava. naquele anode 1967. G r a ç a . ~ à He\vlett-Packard, aliás,
aquele lugar na califórnia, nos arredoresde San Francisco, acabaria conhecido
como Vale do Silício.
Jobs pegou a lista telefônica, cnc;ontrou
um "\\'illiam Hewlett" aU e ligou. O fun
dador do Vale do Silíc io e o jovem Da \rUl
ci conversaram por 20 minutos. Jobs (''üIl
seguiu o que precisava para montar seufrequenciômetro. E não parou mais. AI- '
guns anos depois. conheceu sua c a r ~ metade . outro jovem que sabia tudo defrequenciômetros. osciloscópios e circui·
lOS integrados: Ste\'C \Yozniar:k Juntos
eles criaram um aparelho que engailllva os
computadores das companhias telefônicas e iazia ligações para qualquer lugar do
planeta de graça. Uma vez ligaram para o
Vaticano - V,iozniak sc aprcsenLOu eomo
Hem)' Kissinger e pediu para íalar com o
papa (Paulo VI não atendeu).Entre um trote e outro, os dois tivemm
contato com o primeiro computador pessoal da história, o Alt.air 8800. Era basica
mente uma supercalculadora. vendida na
forma de kit para montar. Jobs e \Voz gos
taram tanto que resolveram íazer SLta própria ,'ersao do <l.parelho e pôr para vender.
Desenvolveram um protóripo no quarto
de Jobs mesmo e, em 1976, deram a ele o
nome de Apple L Esse primeiro Apple, porsinal, também vinha na forma de kite nao
contava com cenos ILDws, como uma to -
111.'1da, muito menos tedado, monitor ougabinete, Era só placa -m:'íe. memória.,. A
circuitaria pelada, que eles vendiam por
US$ 666,66 (de\'em ter ficado bravos como fora. do pap.1.. .).
Enquanto isso. em Albuquerque, Novo
México . outro fã do Altair 8800 monta\"a
sua própri:l empresa: a \licrosofl. 13i1l Ga
les nunca construiria sua própria máquina. ficaria só nos softwares (e ninguém
pode dizer que fo i uma má decisão).
SUPfRNOVAS - OUTUBRO 2011 SUPER ZI
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> ._ - -- - - --==-The Ventura
•
10b$, por ou trO b do. nao esperou nem
um ano para lançar o Apple 11 - desta vezum computador completo. AÍ o dinheiro
começoufi
entrar para valer.E no iinal dos anos 80 a coisa explodiu.
Os computadores não eram mais exclusi
vidade de empresas e centros de pesquisa.
As letras verdes sobre as telas pretas esta
V3m em todo lugar. E a cultura ncrd Um
bém. Se r bitolado agora era algo bacana.
Alé porqueJobs e Gates vinIrJm magnatas
antes dos 30. Passar o dia enturnado es
crevendo software e montando circuitos .
então, não deveria ser de todo ruim ..
nas tão complexas que pareciam ter \ 'do do < ' ~ p a ç o . E. quamo mais conhec
mento técnico você tivesse, mais ess
máquinas do espaço fariam por vocAqueles eram tempos nerds. Não os no
sos. Hoje a cultura nen] est il. morta.
o
O cinema refletiu bema onda. EmJogos
de Guerra (19B::!). Matthew Broderick in
\'ade o siSlt:ma do Pentágono e quac;e L"Q
meça a Terceira Guerra Mundial. Em ,\ 1u-
Iher Nota 1000 (1985). dois nerds
escanciam páginas da Playboy para criara
garota ideal. Oscomputadorcsainda eram
basicamenre um equipamento para rodar
planilhas de cálculo. .Mas. na mit.ologiaurbana da época. alguém nerd o bastante
Eo assassino foi Stew Jobs. Onerdicid
começou ainda em 1<J84. quando ele la
çou o Macintosh. Era o primeiro comp
tador que quah.jucr criança p o d ~ 1 usa
Ainda assim a cultura nerd continuar
flrme: memória RAM e velocidade dpr<x:essador continuaram sendo assun
de mesa de bar por dua."; décadas ma
Agora acabou. Você tem idcia de qual é
memória R.o\M do seu " e s p e r t o i o n ePouca gente sabe. Enão sabe porque isdeixou de ser importante. A gente nã
tem como trocar a memória do iPhone o
do iPad para que ele fique mais rápido.
destreza com eletrônicos também não fmais diferença nenhuma ... iPhone e iPatornaram li nerdice menos necessária.
EMO
,
,
MAC.MAS SO Um epl1ogo: aos 12 anos. Fidel Cast
mandou uma carta para Franklin Roo
velt pedindo uma nota de dólar - "E qu
nunca vi uma, presidente". ecrC\ 'ell .
história do fundador da Apple. que com
çou com aquele telefonema para o don
da HP. é ironicamente parecida. Com umdiferença: a revolução de STe\'en Paul Jofoi global. E >a idurar para sempre.O
SE CUMPRIRIA
DE FATO 20ANOS DEPO IS.
poderia lT :om aquelas ma-quinas de RAM.
Siglas a""...., "L'" "'",<Ou alienígenas. começavam a entrar no dia a dia. Aprender
a operar um Apple l! ou um I B ~ l PC era
algo que exigia dedicação. mas todomundo achan natural. Fazia pane do
processo de incorporar aquelas máqui-
DO X-SALADA AO X-MEN
X-SALADAGRANDE
PULPS MARTIN GOODMANDEPRESSÃO
Abreviação criativa Detonada pe la quebra Impressos em papeL Goodman (1908-(e bizarra) para da Bolsa de Nova de polpa de madeira 1992) chego u a ser· cheese-Sillada-, foi
York, em 1929, a crise (dai seu nome), amare- mendigo, mas emo termo criado pelos econômica destruiu lado e com os cantos 1931 saiu da lamai l s i l ~ i r o s para bat izar miLhilres de empresas. cortados de forma ilO se tomar edi tor
o cheeseburger - um M<is tJmbém abriu grosseira, os pulps de pulps. Em 1939,sanduiche que original- oportunidades para traziam histórias de levou o estilo e osmente vinha acompa- novos negócios. hor ror. ficção cientffica. temas deles paranhildo de salada e foi Além dos diners, pros- crime s e detetives um novo meio: os
inventado nos EUA perilrilm editoras que heroicos. HP. LDvecraft, quadrinhos. Ele lançouna década de 20. Os se espeCializaram em hoje considerado um os personilgens TochacheeseburgE.'f"s e os publicar rom ances mestre do tE.'f" ror, Humana, PrínCipediners, restaurantes ba ratos, imp ressos escrevia nos pu lps. Subma rino e Capitãobaratos onde eles em papel vagilbundo. Que também América e fundouerilm servidos, foram Esses livros ef<lm revelaram outro a Marvel Comics,grMdes símbolos da .. chamados de .. grande tillento: que publica os ..
-EXTOFÁ8tOMARTON
X-MEN
Quando o editor StmLee apresentou a ideia
à MarveL em 1963,queria chamilf o §rupode ·Os Mu tantes .Goodman recusou(segundo eLe, ninguémsabia o que era ummu tan te), e ai surgiuo nome X-Meno A sérieemplacou, e chegouao Brasil poucos ilnosdepois. Um produtoimportado que fezsucesso por aqui -como o x-Sillada.
22 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS
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S U f ' f ~ f ~ N O V f " S
... .TENIS DEIXANADEGASMENOS SIMETRICASPesqUisadores espanhóis mediramos gLúteos de jogadores de tên is ede fute bol e comprovaram: en·quanto os futebolistas tendem a teros dois lados do bumbum do mes-
mo tamilnho, nos tenistas uma dasn ~ d e g a s costuma ser até 20%maior que a outra_ A explicação éque os jogadores de fu tebol CO f
rem mais, e por isso desenvoLvemigualmente os dois lados do corpo.
-ER SOBREllURROSDEIXA VOCE BURROCientist<ls austríacos fizeram perguntas de cotlhecimento s gerais a81 voluntários. Metade dessas pessoas tinha acabado de ter um textoque conta a história de um homemburro - e eL.as se saíram pio r noquestionário por causa disso_ ssosupostamente acontece porque aspessoas se ident ificam com os personagens que encontram.
FEDORENTAS
: ~ ; : : ~ ~ ; : ; ~ A MALARIAm novo métow
os mosquitosque transmitem a malá ria: meiassu jas, cujo odor atrai os insetos.As moscas se aproximam I' sãomortas por veneno coLocado dentro das meias. Testes apontaramque, para os mosquitos, a meiacom chuLé é 4 vezes mais atraentedo que o odor de uma pessoa.
~ ~ NOSITELei, rm is nobtog Ciinoõl
M,aiua:super.abril.com.br/b'ogs
l i .... ,)5 que curamNova moda na Indonésia é se deitar so bre os trilhos do trem
para tratar doenças como co lesterol, diabetes e pressão alta.Basta apo iar as mãos e os pés e relaxar. É nisso que acreditam algunmoradores UI' Jacarta. capital da lndonésia. qu e adotar.1m um hábi
bizarro: deita r-se nos trilhos do trem para tramr colesterol. pressãu <lI
reumatismo . diabetes e insônia. Segundo eles , a corrente elétrica qupassa pela fer rovia tem poderes terapêuticos e ta mbém proporcion
uma sensação de relaxamento e bem- estar. A moda foi lançada por u
taxista da cidade. que diz te r se recuperado de um àcidcnte vasculcerebral (AVe) graças il prática. ··A maioria dos frequentadores não te
condições de pagar tratamento de saúde. Outros vêm porque não co
seguiram se recuperar pe la medicina tradicional··, diz Azas TIgar, cheda Secretaria de Transporte de Jacarta.
Os adeptos da prática se retinem diariamente. a partir das 17h. narredores da estação local de Rawa Buaya, que ÍÍea na periferia da cid
de. As autoridades tém adotado medidl1s para coibir a prática. Se u mpessoa ior pega deitada nos trilhos. pode ser multada em RS 3 mU e :ir para a cadeia. ··Não te m funcionado. Para tir:l r as pessoas dus trilhtemos que fo rnecer satide de qualidade·'. afirm3 Tigor. Ainda não hounenhum caso de atropelamento causlldo pelos trens .
A prát ica não tem nenhu m fundamento cientíCieo, c não é aceita ne
pelos adeptos de terapias alternat iv:ls. uÉ um fenómeno social, não m
dico. Por algum motivo . as pessoas acredilaram que a sensação causapela ele tricidade seria um indício de cura". d iz Afonso Ribeiro, da Sciedade Brasileira de Medicina Alternativa. O TEXTO PIETERZALlS
l Rõmolo 2 APlm
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-The Ventura
S U f ) f ~ I I N O V / 4 S
Crise econômica e cortes no orçamento do governo obrigamescolas americanas a buscar uma nova forma de conseguirdinhe iro: vender espaço publicitário em livros, un iformes,ônibus e até no boLetim. - TEXTQ VANESSAVIEIRA
NO SISTEMA DE SOM E TV
ONOETEM Todo o país.
QUEM ANUNCIA Gillette, M&M, Cheetos.COMOÉ 8 mil escolas americanas sãoassociadas ;J (hanne! One, empresa quedistribu i gratuitamente aparelhos de TVe OVO - em troca da i b i ç ã o de um programade atuaUdades de 12 minutos, a que os
. . . . . . . têm de assistir (e inclui anúncios).
ONDE TEM Minneso
ta, Califórnia .QUEM ANUNCIA
Parques de diversãoe canais infantis,
como o Nckelod eon.COP10É O armârio écobertopo r um adesivo, que rende usS200 mil anuais à escola. A pioneira fo i a
(entenniat Senoot,de Mirmeapolis, queteve de buscar essasolução ao perderUS$ 3,6 milhõesde orçamento.
NO BOLETIM
ONDE TEM Flórida.OUEMANUNCIOU
McDonald's e Piaa Hut
COMO FOI Em 2007, oMcOonald's pagou paraaparecer nos boletinsem Orlando. O anúncioe!0metia um MclancheFeliz gr.ítis aos estudan-tes com boas notas.A inic iativa gerou protestos e foi interrompida. A prefeitura se de-fendeu dizendo que, nos10 anos anteriores, osboletins eram patrocina·dos pela Pizza Hut.
26 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVA5
ONDE TEM Nova Jersey, Arizona, Co lo r.ldo,Novo México, Tennessee e Texas.QUEMANUNCIA Academias de ginástica,dentistas e empresas financeiras.COMO É A propaganda ê colocada na lataria doônibus e rende ils escolas US$ 2 mi l mensais porveículo. O mercado publicitário quer inserir anún cios também na parte de dentro dos ônibus. . J ~
,
I
N O U N I ~ O R M EONOETEM WestVirginia , Ohioe Pensitvâma.
QUEM ANUNCIANike e Adidas.COMOÉ As empre-sas patrocinam os tmes escolares e, emtroca, colocam suamarca nos uniformeesportivos. A iniciatva não é muito bemvista: apenas 36%dos pais acham aideia boa - e 31%a c o n s d e r ~ m inaamissível
IIoSII " A n d < ~ T o m a
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s u r ' r ~ r t N O V l " s
Bebê
Adquira o óvulo em um país,faça a fertilização em out ro eco ntrate a mãe de aluguel numterceiro. Está pronto o seu filho- com muita economia.
Seu celular é made in China.A camiseta foi produzida no
Vietnã. O vinho que você bebeveio da Argentina. Se tudo églobalizado, po r que o seu fi lhon.'1o pode ser? A nOV3 moda en tre os casais que precisam de
ajuda para ter filhos ê recorrer apaíses como Índia, Grécia e Pa
namá. onde é possível comprar
óvulos ou esperma, fazer a inseminação, alugar uma barrigae até faze r o parto. A vantagemdisso é que iic;l bem mais barato(veja no infográficu) e permiterealiz;tr legalmente procedimentos que são proibidos emmuitos paises - como o comér-
cio deónl!os e esperma e a barriga de aluguel remune rada.
O negocio ê explorado por
empresas como a Planet Hospital, em cujo site (v"vw.planethospita!.com) o cliente pode
escolher de qual país virá oóvulo e /ou o esperma. onde
nascerá o bebê. onde vai morar
a mde de aluguel e at é seleciona r o sexo da criam,-'a. Dos cl ien tes da Planet Hospital. 40% sãocasais homossexuais que que
rem te r filhos biológicos. Osoutros são casais heterossexu ais. ge r.limente com mais de 40
anos. A pratica é legaL mas é.
vista com maus olhos po r al guns cientistas. " Por mais que
seja aceitável do ponto de vistamédico. isso ê exploração dapobreza [da mãe de alugue!}".diz o especialista em reprod ução Carlos Pena. da Unicamp.O TEXTO CAMIUACOSTA
28 SUPER OlfTUBRO 2011 - SUPERNOVAS
•
The Ventura
Na ponta da proveta ,Casais americanos recorrem a países como India,Panamá e Grêcia para te r filhos gastando menos.
US$ 6 MI l..!
US$7300
.
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" " - - - - - - - - - : : : - : , . - - ~ - - : - - - - - - - - - The Ventura~ 5 5 LONGE COM
;
UM LITRO DE COMBUSTIVEL.
É undamentol aprender o uti lizar a energia de lormo mais eficiente. Por isso, hô mais de 25 anos,
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•INI=OGIUd=ICO
Renda
milhões
deUS$
1'00-
-
1000-
-
900-
-
800-
700 -
-
600-
500-
400-
-
300-
-
200-
-
100-
O PIONEIROEm 1978, Richard
Donner inaugurou a
era das grandes adap
tações de HQs_Super-mon revelou Christopher Ree ve e contou
com Marion Brando,
que ganhou US$ 3 ,7
miLhões , maior cachêdo ci nema até então.A quinta parte d<l sé
rie sa iu em 2006 .
Ele estreou no cinemanos anos 60 . Só lIol·
t ou na virada dos 80
para os 90, ganhando
um tom Lúgubre. Em
seguida, nau fragouem fiascos com uni·formes de mamilos
salientes. EvoLtou em20 05, na mais bemsucedida fase do herói .
o~ - ~ ~ c . o o ~ o ~ _ . m0 ' -" , ~ - . .
E'- -_.0ro. mm ~ : >
~ N
8-"o~ o:;0 -m ' N~ " -0o mI :>
§N~ N
ra
OS MUTANTESAs adaptações de XMen tiveram muita li-berdade criativa, comdireito a moderniza·
ção de u nifo rmes ehistórias. A "primeira
classe", tr atada no úL
timo filme, por exem
plo, não tem os mes mos personagens
das HQs originais.
QUADR
Com exceção de 200em todos os anos daúltima década umaadaptação de HQ paa teIona figurou entas maiores bilhe ter ido ano. Os fãs vão c
, ,vez maIS ao CInemaconferi r o resultadoe ele varia, como va- INFOGRÁFICO OTAVIOCOH
GABRIELGIANOROOLl,
FELIPE VAN OEURSEN E IOPA
,- ,
'.',..
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The Ventura
HOS NO
QUARIEIO
FRACASSOUm estúdio alemão r0 -
dou Quotteto FOntósticoàs pressas em 1994. Nãod'ICgotJ ã telona, mas ofilme virou reUquia. Osheróis só iriam para o
: : cinema em 2005
. ~ I I__ i OBRA ABANDONADA
- . lO
fi",'"I!!
SUBÚRBIO ALTERNATIVORomances gráficos, HQ de linguagemma is sofisticada, têm adaptações bemfiéis. Mas nem sempre agradam aos fãs.A personagem Evey é mais velha no fitme Vde Vingança,o que gerou crftiGlS
mesmo com Natalie r t m a n no papel
J' ~ ~ - - - - - - - - - - - - ~ '\,
'I-
"""1:, . -
~ ~ ~ ::: ~ §!! o< > N~
<> m:: N :: o8= ~ 3 - ~ ~ N %
""~ c,~ c . <> "~ c ," " N a ::~ -0 ..5: ; = ~ ~ Eo
-2; > - 0 % ' o0 0< 0 ~
--~ U 0 ~ . r.~ ~ ~ ~ o Ei" ' ~ -'<0
" " ~ l><: :) -= ai .-. : :. , . ......" ~ 1 : : ~ :; ) .... '"~ -, ::g :E• g
to .. ". ~ ~ • 0 0~ ~
" ' ~
ZONAHIPSIER
EM cONSTRUÇÃO
OOINFERNO
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8N~ ~ Co
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- 30
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"" ..
The VenturaAf ' O I . f ~ M I C / 4
Em defesados
ELes não podem ser proibidos de termandato político porque o Estado falhouem edu cá-los. Há outros e mais sérios anaLfabetismos políticos a serem combatidos.- TEXTO OAlSY MOREIRAQJNHA
Aceitar o \"Oto dos anaLfabetos e recusar
Sll<l. elegibilidade signitlca dar Lhes meia c:idailimia.Votar e não p<Xier ser votado ê ter a metllde do direi-
to político cassado. Ou seja. não ê possível impedir aeleição de alguém porque o Es tado fa lhou em edud -
lo. O fato de um parlamentar, no Congresso ou nas
câmaras de vereadores. não saber ler e escrever é
problema de uma nação que se deseja desenvolvida.
E, se a educação b-ásica é direito de todos. a legislação
não pode impedir a eleição dos analfabetos.
Todos os dias muitos fatos políticos nos mostram
que não somos salvos do analfabetismo político
pelo domínio da leilUra e da escrita. Depois dos
anos 60, Paulo Freire. pedagogo brasileiro de reno-
me internacional, já mostrava que i/etrisnw não ê
sinônimo de (in)cultura POlitiC<I, àquela que impor-
ta para a construção do bem comum.
Analfabetismos s:1o muitos: aquele dos tcc:nocra
tas da cu ltura da gestão eficiente que ··azeitam" a
máquina. m.1Sdeixam professores em greves intlni-tas e desgastantes; aquele que ainda permite a cor-
rupção; e o que elcge políticos cujos slogans são "Ser
bom de serviço" c "Rouba. mas faz". Ou mesmo ·' 0
que é que iaz um deputado federal? Na realidade.
não sei. Mas vote em mim que eu te conto·· e "Pior
que tá não fica". O autor das últimas frases tomou-
se o deputado federal mais votado na última eleição
e acabou acusado pelo Ministério Público de não sa-
ber ler e escre\·er. Fosse ele de fato analillbeto. de-verill ser garantido o seu direito de se eleger. aindll
que seu mote de campanha prestasse um desscrviço
à politica. Mas tudo isso nos imPõe intcrrogar: que
política é essa dos tempos de marketing c do vOto
obrigatório? Cabe ao Congrcs-'>O rediscutir a inelegi-
bilidade de quem ruio sabe ler e escrc"er.
Hoje, a Proposta de Emenda Constiluciorull nú-
mero 27 /2010 esper.l a indicação de um relator na
Comissão de Constituiçào. JlL';tiça e Cid :ldania do
Senado. A PEC que autoriza a eleição dos analfabetos
ainda está longede r para a votação em plenário. Os
32 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVAS
•.
argumentos da .<\ssembleia Nacional Constituinte
para manter a negação desse direito. há 23 anos. pa-
recem ultrapassados quando somos surpreendidos
com o noticiário de que um deputado (entre tantos
outros maus exemplos) fo i condenado por tr<x:ar vo -
tos por laqueadura de tromp..'ls. Não saberia ler quem
vendeu e quem comprou os votos?SegundooCenso 2010 do IBGE. há 13.9 milhões de
brasileiros com 15anos ou mais analfabetos. Isso sig-
nifica 9,63% da populàção. Em pleno século 21. é um
número mais do que absurdo.
A imprensa, que noticiou a polêmica em tOmo do
deputado Tlririca e levou li açdo do Ministêrio PUbli -
co. não tem contribuído para aprofund'lr os debates
cruciais da política nacional. Eo Congresso, enquan-
la adi a a discussão do tema , muito menos. Falta aos
parlamentares. junto com a sociedade, combater os
\'crdadeiros problemas da política brasileira. O
OQUEIMPORTAÉLEROMUNDOE ILETRISM
NÃO ÉSINÔNIMODEON)
~ ~ t T ~ ê : .
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--=------------------.,e Ventura
osom das coresImagine que você está ca ntando e começa a ver figu ras coloridas na sua frente. Éo que acontece com a artistaisraelense Michal Levy. Ela tem sinestesia, condição neurológica que causa o troca-troca dos sen tidos: se ouveum som, ela vê uma cor. Com seu dom, Michal r animações. já que ela associa a matemática dasnotas musicais a formas geométricas. Aqui ela i onfusão. - TEXTO ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS
Quando você ~ c o b r i u Na minha cabeça, os números fone. escolho uma cor para vinham antes das cores suavE!'S
que sentia as coisas de e as letras têm cores e sons. me conduzir. Por exemplo, Acabei me convencendo de
forma diferente? Assim, quando conheço uma se tocar um solo em que que estava certa, até que aMinha primeira lembrança foi pessoa nova, por exemplo, eu veja a cor vermelho, máquina não quis mais de-
aos 17 anos. Eu estava estu- o nome dela é registrado acabo fazendo uma música volver o meu cartão. Depois
dando música, harmonia, essas pelo meu cérebro em fo rma que tenha calor e ação. Ou soube que a confusão foi mi-
coisas. Certa vez, exausta de som e cor. Aí acontece posso tocar um soLo com nha. Mas foram as cores quedepois de um dia de estudo, de, às vezes, eu me confund ir predomínio de cor·de-rosa, fizeram minha me nte cruzarestava voltando para casa no com dois nomes que têm e isso faz com que eu imagine os Lugares dos números.fundo do ônibus ouvindo [o os mesmos sons, mas numa uma musica mais leve, jovem
jazzista] Joe Henderson. Quan- ordem diferente, coma e brincalhon a. Cada cor tem Outros sinestêsicosdo ele começou a fazer o solo Roland e Ronald. Também um significado para mim. costumam comentarda musica, de repente vi uma percebi que tenho uma cor Um verde-oUva Lado a lado o seu trabalho?pequena figura em movimento, para cada número. 5 é azuL de um lara nja-escuro tem Alguns sinestésicos dizem que
que se mexia de acordo com o 3 é vermelho, 2 é amarelo,4-
é um som diferente de um sentem as coisas da mesmasom. Era como se um desenho um verde-cLaro-brilhante .. E ve rde-cLa ro ao lado do forma que eu, mas que nãoanimado estivesse acontecen- os dias da semana também mesmo Laranja-escuro .. conseguem expressar para
do em tempo real. controlado têm cores próprias. Por exem- os outros, como eu faço. Epela direção do solo. Fiquei plo, se alguém me diz "Vamos A sinestesia coloca você é muito engraçado conversar
•sentada vendo a musica sendo nos encontrar na sexta-feira, em dificuldadH âs vezes? com outra pessoa que tem si-
pintada na minha mente, na às 2 da tarde", eu vejo as cores Uma vez o caixa eletrônico nestesia envolvendo numeras.parte de trás dos meus olhos. amarelo e roxo-cLaro. recusou a minha senha e Nós entramos numa discussão
engoüu o meu cartão. Eu podia sem fim. e sem vencedores, seAsinestesia varia de pessoa Como você transforma a con- jUlClr que sabia a minha senha o 5 é azulou vennelho. É claropara pessoa. Como ela se fusão de sentidos em musica? de 4 dígitos, porque sentia que que palCl mim é azul- e isso
manifesta para você? Quando faço um soLo no saxo- os números de cores fortes não se discute [risos]. O
34 SUPER OUTUBRO 2011 - SUPERNOVASIluoto ' ~ o M e d i a j n v i
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The Venturafl14NCO f ) f ~ f)I4f)OS
Eles dePor causa de conflitos religiosos, poLíticos e étnicos, mu ita gente precisa deixar sua casa e recomeçar em umnovo lugar. Só na Ubia mais de 1 miLhão de pessoas fugiram desde o início dos confrontos entre rebeldes efo rças Leais ao ditador Muamar KadafL Veja quem são e onde estão esses homens, mulhe res e crianças desa-companhadas. - INFOGRÁFICO lARtSSA SANTANA. MARIANA CAETANO. FELIPE DATTE RAFAEL QUICK
E S ~ 1SANOS-
RAZÕES 00 CRESCIMENTO
N O B R A S I L '"- •4401 ~ ~ ~ A_ot.s ...... d.
77AíSES
DIFERENTES
440 MILexUOos \IIvem no C:ornpc do D::I:+.!<><jM,n.Jc na frornei... entre o Quinia • •SomáI.. e COI1>i<hlrno o mil'" do mur1do.FQj tm do t' m 1991 e recebeu 170 m ~ 1'10_ ~ ... SÓ " '" 2011.
MAIORES GRUPOSDE REFUGIADOSPollestinos4 .8 milhões
Afegãos3 milhões
lraquiaoos1,6 milhão
Somalianos770 mil.....mtm< . bos...... idos po< gvvvmos.
15,4 MILHÕESdo
REFUGIADOS EXTERNOS
184,7~ -
CC$tes, 44% $Jml!nOrH di! 18 ano
PAQUISTÃOViliMo do Afega r.;rt,\o,ê o ~ . q u
hojemiltShip r e f u ~ -1miIMo dM . """"" ~
Em _ lc Iav ..
Irã: 1,1 milhã(por ia"" " = t . i , ~ tO'T ,"O"
Sá ia:1milhã(I ."","" ",:.m. do ... .,,,
Alemanha: 594 m(dou a b n ~ " . ( e f , ~ , d. (;uef,. d9.;",,.. c, cMlLm• ., . T , ; r ~ ..
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BANCO DO
Ventura
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l -o ~ l ;P"
' - Financi':u"(lenlo de a t ~ ;,.. .
100% do valor ao cLlrso ... . ~ . .
. - Você só cõmeça apagar
meses d e p s de se formar,
de apeQas 3,4% ao
todo se8 e ~ t r a : de A:G:idimen:c 5 ~ 40040001 ou 0800 7 ~ O D 1 - _ o ' \ s j \ Ó 8 ..0 Q 1 7 2 9 l i l ~ ~ 0 1 ~ n a ~ ; 0 8 t ) O ~ 9 5678 , < : ' ~ f ~ ~ 0 ) . ~ : ; ~ r ~ : ~ . .Deflc;ente ,",Udl!IVC QU ce ,- ala 0800 729 0 0 8 ~ _ ~ " ~ ~ ; ~ . ? m . b r ! ~ w : . ; e r _ ; ~ ) 1 ~ C O : ~ ! ~ - - ' < : , - ~ ~ ~ ~ A : - : ; } -
- - . ' . ~ '. _",_,.... ._ •.. <.;._._:c-, .•.•_.'... - . : - .
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The Ventura
CONTÉM
Como os sites de compracoletiva funcionam?Amoda é tão grande que há cerca de 2 mil serviços do tipono Brasi l, com mais de 15 milhões de consumido res. Entendacom o eles funcionam e desc ubra o seg redo do sucesso- TEXTOJUUANA ELIAS
G) DESCONTOS ENORMES
A Loja sugere o tamiinho do desconto e calcula vaLores, tamanho do público que a oferta deve atrair e margem de Lucro.Ela não paga p<lra apare<er no site, mas em troca deixa cercade 40% do va lor da venda de cupons com eLe. O resto é da '
o LUCRO DAS LOJAS
Aexposição que o $lte oferece, aliada ao grande desconto Olere-cido, atrai uma quantidade de consumidores que muitas vezesa loja não cons<!guiria aLcançar. Apizzaria carioca FaenziI é uma
das recordis
tas. Ela conseguiu
vender 41miL cupons de
rodízio
de R$ 24 ,90 por R$ 9,90, enquanto a média de venda fica en tre500 e 5 mil cupons por oferta. O dono, Henrique Albuquerque,
disse que faturamento e movimento cresceram cerca de 50%.
oSUCESSONO BRASIL
O número de 'usuários cresceu 118 vezes em 1 ano, chegandoiI 14,5 miLhões. Para Luiz Góes, da consuLtoria GS&DM-Gouvêade Souza, o sucesso é uma junção do gosto brasiLeiro por promoções com a afinidade com a internet. O pa is chegou a te r 5sites de compra coLetiva lançados por dia, mas nem todos sãobem-sucedidos. Segundo um Levantamento do site especiaUzado Bolsa de Ofertas, dos 1890 serviços de compras coLetivasanaUsados, 5% estão inativos e 17% desativados. Somente 61%deLes funcionam plenamente.
o PRODUTOSMAIS INUSITADOS
Cursos de investimento na boLsa, depilação definitiva, tatua·gem, viagens de helicóptero, passeiQ de caiaque, diária dem o t e ~ conversão.de V.HS.para OVO, campeonato de pairltbaLle curso de pompoarismo. Mas o que f.az mais sucesso mesmosão restaurantes, pousadas e saLões de beleza. Reflexoda maioria feminina do público das com pras coLetivas.
• b " .IOn3tanS ..,,,,,,.,,,,
e
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-•
The Ventura
Na tela do computadorou na ponta do lápis.
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Vêntu
A técnka evolui tanto quanto os crimes que investiga.Hoje é possível remontar imagens, investigar redes emtempo real e saber todos os lugares que um GPS já esteve.- INFOGRÁFICO FELIPE VAN DEURSEN, RAPHAEL SOEIRO,
RAFAEL QUICK, RENATA MIWAE SAMUEL RODRIGUES
o crime digital esta nos PCS. celulares, tablets e CPS . O problema é que ;lnO
nimato online é lenda. garante Fernando Carbone. consultor em computação
forense. "Qualquer :lcesso il internet cria um registro". diz. No BrasiL o crime
é tão comum que a polícia o combate com as mesmas armas que o FEl. Há
criminosos que usam tecnologia antiíorense, que cria senh<l.S quase inquebrá-"eis. Não é o caso aqui. Veja crimes mais comuns são combatidos.
o suspeito u s ~ uma lan house paracompartilhar fotos de crianças. Tododia, t ransfere imagens do PC parao oendrive. O dono do estabeLeci-
ESPIONAGEM : +- .INDUSTRIAL ,
I ! aciona a poUcia.
>v
l f ~ Amaior concorrente de umamontadora lançaum carro quaseigual ao queela tem nas pran-chetas, ainda nafase de testes. Indignada, a empresasuspeita de fraudee aciona a polícia.
Peritos instalam o program<l Netwitness Visualizernos PCs suspeitos. ELe é
, uma espécie de grampo decomputado r: permite a vi-
sualização em tempo real
de tudo que é feito neles.
>
•
Hora de usar o kit X-Ray,
que investiga celulares eg ~ d g e t s como pend rive. Épossível recuperar arqui
vos, ligações e mensagEmsapagadas e até S<lber onde
o suspeito esteve.
Os peritos criam filtros no programaNetWitness par<! serem infOrmadossempre que um arquivo for enviadopara fora da empresa. QU<lndo oanexo é rastreado, a pesso<l quevazava informações e loca lizada.
I'<>nt.o TechBil ~ o r " n . . , Digital: f "","ll>(!o Carbone. consultor em compotaç:o<> forense; SaferNet.O<i-Rf!!.tório de Crimes Cibernético. NORTON: [] impac
hYmano; Departamento de S e g u r 8 r . ç ~ da Informa",\o"Co m uflicaçõe' (DSIC) <lo Gab< nete de Segurança InslÍtudONI (GSI) da P"",idéncia d. Reptibli
••• -
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Inyestigandoum sujeito quevenderia drogasem u m ~ casanoturna, p o ~ c i a i s o l e v ~ m àdeLegacia eapreendemseu celular.
Peritos usam a plataformaportátiL Freddie, que copiao disco rigido dos PC, da
lan house e permite a in-
vestigação do crime de pe-
do filia no próprio ro l Issoagiliza o processo.
PERFIL DOS CRIMESDIG ITAIS NO MUNDO
. -. ~ , ~ •
A po líciadecideapreendertambém ocomputadorpessoaL dosuspeito.
VeJ1tura~
Os peritos utilizam o 11m,,:
ge MasterSolo 4 para co-
piar bi t por bi t o computador do suspeito. A cópia
acontece <l 18 GB/segundo
e é concluída em menosde 1 minuto.
A InterpoL detecta que umvídeo de ameaça terrorista
que se dissemina pelainternet partiu do Br.asiL Apolícia do pais é acionada.
Mesmo que o suspeito tives
se apagado os documentos
comprometedores até 3anos antes, o Enc.ase, visuali-zador de arquivos copiados
peLo MasterSoLo, recupera·ria até 80% dos dados.
• M a ~ " re•. programas qu e .. mfdtram em <;Omp<Jtadofc. para ,,,,,!>;Ir
infocmaço! .s conf cIerociais, como """"""de baneo.
RESPOSTAS- OlIfUBRO 2011 SUPER 41
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w ., ..•
The Ventura
Quem inventou queas loiras são b ..rras?Tan to faz: a invenção de que são ma is bonita s vale mais.
" Muitos males cercam a garota que es tupidamente pinta seucabelo com uma falsa cor.·· A crit ica do poeta Propércio . doséculo I a.c. , " jsa,'a as que clareavam seus cabelos para imitar
as gaulesas e gem1linkas. Copiar mulheres de povos bá rbaros,po nanto estúpidos. era sinal de estup idcL
.\1as Rom :"! caiu. os b:írbaros se civ ilizaram e o preconceitocontinua . A teo ria para a duração do mito "em da biologia:
QI: Quem Implica
" Fios louros s.io comuns em crianças e tendem a escurecqu..·m do crescemos. Po rtanto , cabelos claros são associadosinfant ili dade. ingenuidade e menor habilidade com a lingu
gem" . diza EncydopediaofHair. Pra to cheio para HollywooGabriel , o Pe nsador e o festival de piadas de Tom cava lcante
Mas as lo iras tém motivos para co memorar : pesquisadoreda Universidade de Queensland . Austra lia . conclu íram qu
elas tem salários 7% ma iores d o que mulheres com ou tra code cabelo. Po r quê? Para David Johnston. coordenador do etudo, ··A associação en tre loiras e beleza preva lece sobre qua
que r estereótipo de que elas sejam menos inteligentes" . Émachismo superando o preconceito. O TEXTO VANESSAVIEtR
Para ac a ba r de vez co m o p reconceito:loiras fa lsas e verdadei ras, INTELIGENTE
inte lige ntes e nem ta nt o .
MADONNAUma casunk;! muito inteligente,só virou n inha do pop depois de
cultMr sua loirice.
SHAKIRA
MAMOI ' lKVC.
Esta só sefazia de burn:
ótima atriz e
cantora, sedeu rn."!ll porserbipobr.
' - - - TINGIDA--- - - - - - - - - -MEGANFQXComo loin, só empbcou papéis5t<und.lrios. Ao se to rnar morena,virou "a mais sexy do mundo".
PAMELA ANDERSONAex ·morena sente de
i l r g t J m ~ t o para quem acha queloirõ1511rtificiais sio burras.
LlNDSAVLOHAN
MERVLSTREEPCanu9de
&ilnhaf prfmiosem p i l p e o Q ~ ,
se r.inventoucomo estrelade comédias.
ANGELMERKE
HILLARVCLlNTONAmbicioSoll, j verdade, !mOs
muito esperta: mesmo sofrendoderrous, continuou poderosa.
CHRISTINAAGUILERA
BRITNEYSPEARS
PARIS HILTONA herdeira é o arquétipo da
Loira burra de piada. Masvocê tem a gr.Jna de la"?
.ti!:' ..
..... \i . :
I f!ll.. ' ,
NEM TANTO
"loirasl:n·;. t" "'" aIozou ..,.,;Iad, ,,
nI o ora'n ór><:Iuída. para _ io\ob ,""1 n " . . , . . , o s O i v u l ~ fon' , . Caer . i"" Gorda, soc;o;oga d. PUC O2 SUPER OUTUBRO 2011 - RESPOSTAS
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- - -_ ._ .- - - - - _._- - -- -
The Ventura
Quem você levaria para uma expedição na Amazôniae o que vocês trariam na bagagem de volta?Imagine embarcar em uma verdadeira aventura com tudo pago. Acesse a fanpage da
Petrobras no Facebook, responda a pergunta e marque um amigo para viajar com
você. Quanto mais gente curtir a sua resposta, mais chances \locê lem de ganh ar: as 30
respcstas mais curtidas serão anaJ isadas por um júri que vai esco lher as duas mais criativas.
Os vencedo res vào conhecer a Provínc ia Petrolífera de Urucu, isolaaa no me:o da floresta ereferência mund ial em atuação responsáve l. Participe e chame a ga lera para curtir.
-i,J PETROBRAS
o DESA FI O ti A NOS S A ENE RG IA
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I
- -The Ventura
Como discussão sobre ___Ela está ligada violência urbana. Éuma questão de saúde pública. Gera passeatas contra e a favor.ACannabis Sativa é um dos pontos mais polêm icos da SOCiedade hoje. O governo deveria ou não liberála? Escolha seu lado - e arme-se para vencer. - INFOGRÂFICO BRUNOGARATTONI,AURÉlIOAMARAlERAFAELQUICK
Maconha pode serlima entrada par.!drogas maiS pesadas.Ela a u m e n ~ em 56%
apossibilidade deconsumo de outrostipos de drogas. /
(.
A ma conha ebem menosvicia nte do qu e qualquer
out ra droga. Dos que ~ p i · mentam maconh<l, 9% ficamdependentes - contra 15% tdo tabaco e 32% do álcooL
J
vaiquecerpessoassegurança
a maconha,i e enfr.!-
"
PrOibir amaconha acabautimuLando o consumo. NaHolanda, onde ela é liber.!da,5,4% das pessoas fumam. Já nosEUA, onde é proibida, são 10%.
Et..E VAI OIZE
A erva pode causaraLucinasôes e afetar amemórlil. Uma análisede 35 estudos publicada no jornal "enli·fico Lancet reveLouque fumar maconha1 vez por semana elevaem 40% o r isco de teresquizofrenia.
legalizar a maconha nãoacãbaria com o crime orgzado. Os bandidos simpLemente migrariam par.! ouat ividades iLegais.
/
/ r ;;;.;: u ( . ' . ' /• • • ,Algumas pessoas sempreirão se vidar ou sofreracldente$ sob o efeito dequalquer droga. A sociedade não precisa de maisUrTlil. E ponto final
A Connoóis combate náuseas, ido res e perda de apetite, e)á ,;;jfoi Liberada paI(! uso medicinaL L ~ em 16 e$tados dos EUA. Mas, raCima de tudo, quem furTlil
legaLizar pode ser bompara O Estado. Umestudo da UniverSidadeHarvard estima que o
governo americanoarrecadana U5$ 6,2:.1 assume os ev€fltuais riscos
~ saúde. E ponto final.bilhões por ano se ~
" t ~ x ~ ~ ~ ,a ~ ~ ~ ~ h ; \ ') .;, , / ~ .1 l I ) . ' / ' , ? ; .... ~ / , / I I > , • •v
-' '/ . .. / / %/
Fon te s Cemlo Bt•• le!ro <Se Infoomaç6es ~ Drcu'! Psócot'6picas d . l)n;\lefSlda<le ~ ~ , 'li!de SI<> Paulo(Ccb:id): ~ o ; c r ; , 6 " o d" " Nações Unoda. sobn!Drogas e <,;me(UNODC);N.tiona 1 r u ; ~ t u t e "" CrugAl>u.e (N'óo): i J " ; ~ e H.J",.1rd; cann.:.C!S PoIk:y. U ~ a d e de Melbourne.. .
Cedilha(do espanhol<edilla. séc. 17)
I. Diacrítico, ou seja.. sinal gráJlco que se coloca. sob uma letra
p3ra 3rterar a pronúncia. 2. Na
língua portuguesa. é l L ~ a d a soba letra c quando se te m Osomde ss. 3. 1\0 idioma. a cé-cedi lha (ç) só aparece antes de a. oou u. 4. Usava -se cz antigamente para representar o somde ss. Exemplo: cacza (caça),
ORIGEM A cedilha foi criada naJispanha para substituir O cn -controdc consoantes cz. Com olempo, o z encolheu e passou
para debaü:o do c. No espanholantigo. ozera chamadode ceda.
Assim, cedilla significa um zpequeno. O id ioma abandonoua cedilha no século 18, mas seu
uso ja havia se popularizado em
línguas próximas, como cata -1:10. ir-mcês e ponuguês
OUTROS USOS
1= Algumas ünguas utilizam'"t cedilha para representar so
que não existem no aLf.lMto btlnEo aso do polonês. Pw eumpLdzi(kuj( ("obrigado'').
•g Em turco, u t i l . i n - ~ cedil50brescrib na letra 9 a f
de facilit.u a leitur . (par. não ~confundidoi com a pemil do g) .letio, língua da Letônia, tambêusa ~ d i l h i l na tem g.
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•OIU4CUI.O
Porque onão tem seleção
de futebol?
TheVe
Haja coração, amigos. Este mês, tem gentepreocupada com o futebol do papa e co m asfu nções assassinas do detergente de cozinha
ESPORTE CRISTÀO
o Vaticano, como cidadeestado, pode ter seleçãode futebol própria?- PAULO BUENO PANA
'
>-°L.-.... ! J I I ~ I ' I U
Dificil Gustavo Pinheiro,advogado especialista emdireito esportivo, explica que,pa ra ter uma seleção, o paisdeve estar na confederaçãode seu con t inente - no caso,a Uefd. Para entrar nela, oti me precisa representar umpaís reconhecido pela ONU(as exceções são Inglaterra,Escócia , País de Gales, IlhasFaroe e Irlanda do Norte: têmseleção, mas não são reco
nhecidos pela ONU). Oproblema é que o Vaticanonão é membro das NaçõesUnidaso E mais: faltaria mãode obra. Só cardeais quevivem na cidade (ou emRoma) têm nacionalidadevaticana: 832 pessoas, quasea população de aliens emVarginha (vocês nàoaguentam mais a piada, né?).
FISICA INVISIVEl.
Ao aproximar uma filma·dora de uma televisãoligada, surgem listrdsna tela? Por quê?
- lUClANEMEtt' ZES
Teresina. PI
Quando vejo uma reportagem na tevê com ummon itor atrás do entrevistado fico hipnotizado poressas listras. E você? Bom,
isso só acontece com tevêsde tubo, em que a imagem égerada po r um feixe eletrônico. Segundo Altamiro Susin,chefe do departamento deEngenharia Elétrica da
UFRGS, o feixe faz uma varredura linha a linha ao longo datela. Ao terminar, a tevê escurece e o fei xe rein icia o mov imento, sucessivamente. Oolho não percebe, mas aove rmos através da filmadoraenxergamos o feixe. Issoocorre po rque a captvideo funciona do mejeito, mas com velociL.___diferente. Essa diferença decompasso entre as varre·
duras permite a visualizaçãodas listras na tela.
MORTEUMPA
Por que baratas morrem ao
jogarmos sabão sobre elas?- THIAGO BEZERRA_ .BADetergente serve paradecompor gordura (por issoé usado também para lavarlouça, veja só). E baratas têmgordura no corpo. SegundoLucy Figueiredo. especialístaem baratas e di retora técnicada Associação Brasileira de
.Controle de Vetores e Pragas,o detergente enfraquecea carapaça e entra nas aber·tu ras respiratórias do animal,que mo rre po r asfixia. Sónão tente emagrecer jogandodetergente no corpo. Elenão penetra na nossa pele.
PSICOLOGIA DO RISO
Quando aLgujm faz cócegasna gente, nós sentimos
(óbvio). Mas, se tentat,liOSfazer em nós, não sentimosnada. A cõceg;;t é psicológica?- AMANOAGARCtA
BiriguiSP
Não (mas em todo casomande uma foto sua fazendocócega em si mesma).Segundo o neurologistaMa rco Túüo França, secretá rio-ge ral da Soc iedadeBrasileira de Neurocirurgia,cócegas nascem de um estímulo fisico, o toque da mãonas regiões sensíveis. l ogo,a pa rte fís iOl é maior que apsicológica nas cócegas.Não sentimos nada quandotentamos fazer em nóspo rque o cérebro já estáinformado. Ficamos precavidos instintivamente.
SETtMAAATE EM PELO
Estava vendo o filme daBruna Sul fistinha e veioa dúvida: como os atoresfazem as cenas peladôes?- CAAOl.POLY
8rcJsiJio.DF
Será que o filme tem chanceno Oscar? Grandes perfor.mances! Segundo o cineastaCarlos Ge rbase, uma cena desexo precisa ser coreografada"É como balé: agora a pernavem para cá , o braço vai paralá etc", diz. Em Hollywood,é comum recorrer à ajudade dubles profissionais.
?•ERGllNTEAOORACULO!
Mande sua dÚVida (com nomecompleto, cidade e estado) par<
com o assunto ·Or.kulo"o
& I' i l . r ~ ~ " " O c u < s e n ~ L . J = c a r t o i ; l · ~ a < M C o n t e U c I o ' ~ ,lo i ' ~ l I c d , J o G o m t
48 SUPEROUTUBRO 2011 - RESPOSTAS
, '
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The Ventura
K e l l n e s s ~ mudou. Mude também .
.9J;a ~ J 1 C '1<...::; sabo,'Js r 8 el11 nova
: : : ~ ... ," ~ , . , ~ - r ~ S , . , : s : ~ procs- sor radl-a'~ _ L _ ' j ~ , , ~ ~ , ~ v ~ 1 e _ ~ ,
J a ~ a se- saLdave '}LnO pra:er K e l . n g s S ~
•
""'"DI! VIT"'NAl,2MINERAIS
EiBRAs.
• ,.-
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I
I
COMO (:UNCION/4 -
,A nossa fica no 140andar da Editora Abril. E o altar dos jornalistas edos designers da SUPER. O que acontece cada vez que o botão do
santo cafezinho ou daquele chocolate bem doce é apertado? Sempre fizemos essa pergunta. Aqui está a
resposta. - INFOGRÁFICO ANDRÉ BERNARDO, LARISSA SANTANA, MARIANA CAETANO,RENATAMIWA
E RABISCO ESTÚDIO
oPAGAMENTOUm sensor identifica odinheiro colocado na máquinapelo peso, diâmetro e espessura das moedas. Depois, asmoedas são separadas porva lor, em tubos. Nas máquinasque aceitam notas. hásen$o res ópticos.
®BEBIDASDentro da máquina tem Leit e,chocolate e chá em pó, além,claro, do café . Tudo pode ounão vir ado,ôdo de fábrica.Algumas maquinas, como aque você vê aq ui, usam caféem grãos. Eles sâo triturados56 quando a bebida é pedida.
oMISTURAQuando o cliente aperta obotão de uma bebida, o pó é
liberado do contêiner e dissolvido em água quente. Depois,a mistura vai para um batedo rpara ficar cremosa. O chá temmisturador próprio. Já o cafépuro vai.direto.do preAsadorpara o copo. A bebida maisdemorada, o cappuccino, sa iem 10 segundo s.
F O " ~ 7 7 Brasveflding. café Bom,LuKspre5sCafée Marcoffe.
T
•
caféemgrãos
-alde pararesíduos
Lejte chocolate chá
troco
oTEMPERATURAAs bebidas saem, no geral,a 80 0c. Mas o cliente - asempresas que usam as máqu inas- pode ped ir mudanças natemperatura. Assim como ajustesna quantidade de café, Leite ,chocolate, chá e açúcar liberadaem cada cose e tipo de bebida.
ocOPosEles são antiestáticos. Ou seja:reduzem o efeito da eletricidadeestática para que só caia 1 decada vez. Para evitar desperdício,a quantidade de bebida Uberadaé sempre menor que a capacidade de cada copo.
oMANUTENCÃOSe ficarem parados por 4 dias, osingredientes em pó podem emp edrar. Se isso acontece, é precisotrocá-los. Para garantir a rotatividade, as máquinas ficam emlocais de muito movimento(desde que tenham acesso à rede
etétrica-e- de-água-). Os-restos·delíqUido, pás e pó são armaze-
nados no balde. Amáq uina élimpa e reabastecida diariamente.
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••
profisliooaI
Maçõesm osKai<
Atividades práticas
\X.brklhop
VIsitas monitoaiasPitslqJ iI daativo. UI 11gincana e jAâ 11M
1 1 ~ 5 5 0 0
o••
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w .<_ ______________ ~ ______ ~ - -
The Ventura
I: S l ~ ...
•••0_ TEXTO FERNANDOBRITO
Xixi nas calças. Foi uma das primeiras coisas
que o astronauta Buzz Aldrin iez na Lua, em
1969. Felizmente os técnicos da Nasa tinham
pensado nessa possibilidade. Eles criaram um
coletor de urina para a roupa do segundo ho
mem a chegar lá. Invenções bantlis como essas
e outras bem mais importantes são o principal
resultado da conquista da Lua. Comida d c s i ~ dratada, aspirador de pó sem fio, painéis sola
res e purificadores de água são só alguns ou
tros exemplos. J.,·luitas dessas invenções talvez
nem fossem criadas, já que não precisávamosdelas antes dos \'oos espaciais. Por outrO lado.
vá rios projetos ú.teis da Nasa quepoderiam ter
nos levado a outra realidade foram abandona
dos para que os recursos se concentrassem na
construção dos foguetes titânicos que nos le
var iam fi Lua. O Saturno. onde as cápsulas
Apollo iam de carODa, tinham UO metros de
altura - o dobro da de um ônibus espacial de
pé. A Lua. afi nal. fica mais longe do que pa re
ce; são 300 mil quilómetTos daqui até lá. A Es
tação Espaciallntemacional. o mais longe que
qualquer astronauta pode sonhar ir hoje. fiea a
mcros 400 quilômetros. Seo esforço para che gar à Lua tivesse seconeentrado em naves me
nores, por exemplo, talvez o turismo espacial
já fosse realidade há muito tempo. Ninguém
teria ido a Lua. Ok. Mas talvez você j:i tivesse
feito sua viagem ao espaço. O
Voar,voar.Descer, descerSem o ProjetoApollo, poderíamos
te r voaS ultrarrápidos convivendo
com tecnologias ultrapassadas.
PENTIUMMMXComputadores são os Benjamins
Buttons da vida reaL Começaramgrandes como uma sala e ficarampequenos como um iPhone. Mas
foi a corrida espacial que criou as
primeiras (PUs compactas para
que elas coubessem nas naves.Sem esse avanço, a miniaturização
ldores demorariaz ainda estivéssemosrimeiros P(s e Macs.
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FIM DOSBLOCKBUSTERS?
Esqueça Star Wars, Contatos Imedia-tos, EL. A ficção científica de massaexpLadiu depois do pouso na Lua antes sei-fi era um gênero de nicho.George Lucas e Steven Spielberg,os criadores da cuLtura blockbuster,seriam cineastas menores. Semblockbusters e com a pirataria, a in-
dústria do dnema seria mais pobre.E mais dependente do mecenato-
seja privado, seja estataL
sP-NY EM MEIA HORAAo desafia r os russos na corridae s p a c i a ~ os americanos abandonaram outros programas paraconcentrar recursos na ida àLua. Isso impediu a criação detecnoLogias que fariam os vôosorbitais, reaUdade desde 1959,mais comuns e baratos. E, se esses vo, ,de, umaviagerrYork tE
, e Nova
MENOSCÂMERASA Apollo Levou uma câmera a bordo. As filmadoras tinham o tamanho de uma máquina de lavar. En·tão só deu para coLocar uma nacápsula porque miniaturizaram oequipamento. Foi o pontapé iniciaL
para as cãmeras cada vez menores.Sem isso, a evolução seria maisLenta. Talvez as câmeras digitaisnão tivessem chegado. E as redessociaiS seriam bem mais chatas.
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PLANETAs u s te n tâve !
o PLANElA SUSTENTÁVEl produz c o n h ~ c i m e n t o para despertar a conseiênc:ia das pessoas porum mundo melhor. Esta e outras 36 revistas e
sites da Editora Abril participam deste projeto.o Ptrfil c comunidade:
Planeta Sustcnt.ivtl-
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CPFL"NHKiIA
BONGE
-iW
CAMARGO
CORREA CAIXAsabesp PETROBRAS
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-•
CAPA
(
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-
PETERFENWICKNEUROLOGISTADO • ,. .....
KltlCSC()l I EGE.EM 'nU' ll€S
Pioneiro nas .pesquisasdevida após amorte
Ventura•
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•
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1
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.1
f
•
The Ventura
A .
/
Espíritos existem? E reer Para aLguns cientistas,sim. São pesquisadore, ,"riU" uO mundo todo, Bras iLincluído , que buscam provas sobre a existência da aLma.
E eLes já conseguiram resuLtados surpreendentes.
TEXTO PABLO NOGUEIRA E CAROl CASTRO
DESIGN RENATA STEFFEN
ILUSTRAçOesPATRICKMELGAÇO
Você sabe comoé estar morto?
Bastante gente sabe: as milharcs de IX'SSOaS que passaram por
uma parada cardiaca e foram ressuscitadas logo depois. O intri -
gante ê que boa parte \'olta com algwna histôria para contar : Cf l-
quantoocoraç:loesta\'a parado, elas se enxergaram fora do corpo.Observaram tranquilamente a sala de cirurgia. enquantoos médicos tentavam lrazê las de volta à vída .
Para alguns cientistas. isso é uma c\' idência sé r ia de que a mente. consciência. é uma entidade que modepende do corpo. do cérebro. para existir. Em português daro: que aquilo que as religiões ch .mam de
":llma" é mais do que uma questão de fé . mas uma realidade científica. Hâ vários brasileiros entre esses
pesquisadores. Inclusive na USP. a maior universidade do pais. Vamos conhecer o trabalho deles. »
•OUTUBRO 2011 SUPER 57
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, . ....
The Ventura
C Abadiãnia. interior de Goiás. As cenas insólitas se sucediam:
Joi\o de Deus. um autodenominado "médium de cura" . inseria
uma pinça do tamanho de uma tesoura grande por dentro do
canal do nariz de um homem. fazia uma incisão com bisturi nabarriga de outro e passa\'a objetos cortantes sobre os olhos de
duas pessoas. Tudo sem a n e s t e ~ i a , Isso não é novidade nem para você nem para ninguém.. 0-
rnais surpreendente ali era um lexto afixado na parede. Era
um artigo cientifico, intitulario "r:irurgia espiritual: uma in
vestigação", Entre seus :lutores estavam membros das lacu!
dades de medicina da universidade Federal de Juiz de Fora e
da USP. Eles haviam acompanhado algumas cirurgias espiri
tuais e ava!i lldo os pacientcs. Os acadêmicos concluíram quc
as intervenções e cortes não emm truques de ilusionismo. O
que chama\'a mesmo a atenção era a proposta dos pesquisado
res. Eles dc tcndi:lm a necessid;l-
DR. FENWICKde de mais iJ1\'estigações sobre o
"mundo espiritual", Eram méd i
cos e psicólogos usando a ciência
parll es tudar algo que sempre fora
classificado sob a rubriC:l "Acre
dita quem quiser"·.
,
ERA CETICO
ATÉ CONHECER
UM PACIENTE
TRAUMATIZADOPOR TER VISTO
Boa parte dessa vertente cien
tífica surgiu no Departamento de
Psiquiatria da l(ia
doeml9990F íde.
Espiritualidade e Kenglosluade
(ProSER) . que se dedica justa.
mente a examinar os efeitos da re ligião na saúde das pessoas, como
no easo das cirurgias mediúnicas.OA
O cheie do Departamento de Psi
quiatria da lSP. Eurípedes ~ I i -guel. explica o trabalho: "A medi
cina es tá se movendo de um eixo
(que tinha como meta combater
a doença) para outro {que pri\"i
lcgia a promoç:lo da s,lúde) "_ diz.
-- Estamos interessados em qualquer método ljuc possa ajudar
as pessoas. mesmo que fuja aos nossos padnk-s."
Acoisa, porém, vai muito além disso. Uma das pesquisas do
ProSER foi a de Frederico Leão. Ele buscou mensurar os efeitosdas sessões mediúnicas sobre os internos de uma instituição es
pírita onde trabalhava como psiquiatra. O lugar abrigava pes
soas (;Om retardo meOlal e semanalmente voluntários espíritas
realizavam sessões mediúnicas. :\'elao;. os médiuns diziam incor
porar a consciência dos pacientes (embora estes continuassem
vivos e abrigados em outras dependências).
"Encarnada" no médium a ",lIma" do paciente Lilaria pela
boca dele, e xternando seus problemas emocionais. E a coisa
funcionaria co mo uma espécie de tef'J.pia. Para a maioria dos
cientistas, uma coisa dessas soa ria como um espetáculo cir
cense. uma fa rsa. Ma s nào para Leão. Ele quis saber sc aquilo
58 SUPER OUTUBRO 2011
FREDERICO-LEAOPSIGUlATRADAuttNEA. 'VADEDE5.H)PAULO (USP)
Pesquisa aeficacia deterapiasmediúnicas
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l i,
Ventura
\
\I
\
dava resultados. Então submeteu os intcInos a wna
avaliação de seu estado geral. Leão observou SI:! su
postas comunicações durante as sessões mediúnicas
por6
meses.E
chegou a uma conclusão nada coovendonalcolocanl. : 35% dos pacientes que tinham
passado pel::! terapia espírita apresentaram alguma
melhora em seu estado mental depois do tratamen-
to , contra 15% dos que não tinham passado .
Tra ta-se . é claro, de uma a\'aliação subjetiva. que
leva em conta;:ts deduções do pesquisador. que niio
podem ser medidas por aparelhos. Outro médico
poderia ter outra opinião. Mas tratava-se de uma
pesquisa ciemíficade !ato. tantO que ela foi publicada
na própria revista do Instituto de Psiquiarria da USE
a ma is conceituada do gênero no país. Desde 2008
Leão é médico no Instituto de Psiquiatria da USP e o
Mual coordenador do ProSER .Para os críticos, no entanto . o fato de pesquisas .
como essas serem aceitas por uma revista científica
da un iversidade não atestam nada. "l\lesll1o as me
lhores publicações deLxam passar estudos de quali
dade duvidos<l" . diz o matemático e psicólogoAndré
Luzardo. presidente da Sociedade Racionalista da
USP. uma organiz.'lção que defende o cetisll1o.
Outro nome forte na ciéncia da espiritualidade é
o do psiquiatra Alexander Almeida. Ele foi um dos
autores daquele estudo sobre as cirurgias de João
de Deus e ho.ie trabalha n::l Un iversidade Federal
de Juiz de rora coordenando o Nupes (Núcleo de
Pesquisas em Espiritualidade e Saúde) . onde seguedesenvolvendo suas pesquisas. Uma de las, inclus i
ve, em conjunto com uma estrela internacional da
ciência do além. o inglês Sam Pantia, que estuda as
chamadas "experiências de quase morte" - EQMs,
no jargão dos pesquisadores.
Vida após amo rte
Quando o coração para . o fluxo sanguíneoeos níveis
de oxigên io no cérebro caem para quase zero em ins
tantes. Nos próximos lO ou 20 segundos as máquinas
de eletroencefalot,'Tama nào mostt:lm nada além de
uma linha rela. O cérebro não funciona. Fim.
Mas a morte (cm volta. Gmças aos desfibriladores,
méd icos podem ressuscitar p:lCicntcs yuc tiveram
uma parada cardíaca no leito do hospital. E Ilao falta
quem volte desse estado com memórias vívidas.
O roteiro é sempre parecido. E bem conhecido.
Depoisde ressuscitado, o paciente diz que observou
o próprio corpo do lado de iora, como se estivesse
no teto do quarto do hospital, enquanto os médicos
aplicavam as descargas elétricas do desfibribdor.
Então eles se sentem "puxados" Jj para baixo.
E voltam à l'ida. »
OUTUBRO 2011 SUPER 59
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w., ..
•
The Ventura
Intrigado com ess..1S histórias. Parni<l. bolou um projeto para
testar a veracidade delas. Em 1997. conseguiu a autorização do
Hospital Geral de Southamplon. onde trabalha como cardiolo
gista, para emplacar a pesquisa.. A ideia era conversar com todosos sonrevivt!nles de paradas cardíacas do hospital. durante um
ano, para saber se haviam passado por algum momento lúcido
dunmtc a mone clínica. E o principal: o médico instalou ISO
placas pelo hospital. com sinais. tex tos e desenhos virados para
cima. posicionadas de tal maneira que apenas alguém localizado
no teto poderia ler. Assim. caso um paciente contasse o que ha
via na placa. a experiência fora do eorpo estaria comprovada.
Parnia contou com a ajuda do mais célebre entre todos os
que estudam o além. o neurologista Peter Fenwick. O inglês é
o homem que tornou as EQMs assunto de mesa de almoço de
dontingo pelo mundo.
DR. PARNIA QUER
COLOCAR PLACAS
COM MENSAGENS
PARA EspíRITOS
EM HOSPITAIS DOMUNDO TODO.
A
Fenwick em cêtico até 1985.
quando, durante seu trabalho nohospital Maudsley, em Londres,
teve que atender um p.1dcnLe que
demonst rava ansiedade extrema.
O homem contou que durante uma
cirurgia dt! cateterismo sofreu uma
parada cardiaC'J.. Enquanto os mé
dicos tentavam ressuseitá -lo. sen-
tiu-se puxado I rpo
e,dotetodoqu. rvar
a movimcntaçãu. UI:: II::VC1ll<::, per
cebeu que estava de volta il cama
do hospital. A experiência fora tão
marcante que desencadeou a crise
de ansiedade. "Até te r essa con
versa. achava que essa.." coisas só
aconteciam na Califórnia", brincou
o médico (o estado americanoscm
prc foi :1 capital mundial do consu
mo de alucinógenos).
Mt!Smo não acreditando em e . " , ~ {X'fiênciasdequase mone. Fenwick
começou a buscar mais relatos.
Conseguiu algumas dezenas. como
o do inglês Derrick Scull. à.·lajor aposentado do exército, p..1i de
dois filhos e iuncionário de uma respeitada empresa de advocacia, tinha todas as credenciais de uma pessoa centrada e na(b
místicá quando p a s s o ~ por uma experiência que mudou suas
crenças. Em 1978 ele sofreu um enfarte c. após te r recebido os
pr imeiros s(x:orros. foi deixado numa cama de l i"!l. Durante a
parada cardíaca, sentiu-se 5.'1ir do corpo. Do canto esquerdo do
teto, pós se a obsen'ar o próprio corpo. c reparou que estava
, 'eslido com um robe e uma máscara contra contaminação. Ao
mesmo tempo. foi capaz de enxergar a esposa ialando com a
enfermeira. e percebeu que ela L'Stava vestida com um tailleur
vermelho. Depois. encontrou -se de no\'o deitado na cama. Per
cebeu que a esposa havia entrado na UTI e que ela estava ves-
60 SUPEROUTUBRO 2011
tindo a mesma roupa que ele havia visto "de cima"
Fenwick apresentou esses relatos nu m documentá
rio da HI-ICem 1988. E a partir dali os elementos mai
comuns das EQMs. como a sensação de s..'Iir docorpoentraram para o folclore moderno.
Parnia também colecionou histórias que paciente
lhe contavam. como a de Um.1 mulher que. enqwmto
estava na forma de fantasma no tera da sala de ciru
gia. viu o médico esbarrar num caninha com instru
mentos cinirgicos. fazendo-o deslizar pela sala!:: s
chocar contra uma parede. No d ia seguinte, quand
contou a ele sobre os incidentes com o carrinho, de
achou que alguma das enfermei ras tinha contado
história à. paciente. Segundo e!.a. não tinha.
Naquela mesma época, outros médicos tocavam
projdOS parecidos com os de Parnia. Na H o l a n d ao cardio logista Pim van Lommel também esrudavhistória." assim. Lommel conheceu a de um homem
que, em estado de coma profundo ecom uma pantd
cardiaca no meio do processo. viu de íora do corp
a enfermeira retirar a dentadura ddc ecolocá -la em
um carrinho especial. Uma semana depois, em fas
de recuperação. ele vollOU ao hospital e reconhece
Um.1 das enfermeiras. Lembrou-se de que fora el
quem tinha retirddo seus demes e os colocado em
um carrinho, com garraras em cima e uma ga\'et
embaixo. Para a surpresa da enfermeira. apesar do
coma, o pacit!nte descreveu com detalhes a sala e a
pessoas que participaram da operação.
Seja como for, isso são só re latos. Acredita quem
quer. Justamente por isso. Parnia e Fenwick rcsolv
ranl dar um passo adiante da simples coleta de caso
e paniram para a e ",."periência com placas.
Mas os resultados não foram animadores. A dupl
registrou 63 ressusdtaçóes, mas nenhum desses pu
cientes disse te r viajado para fora do corpo. Emão a
placas I1caram à toa. sem leitores em potencial.
Outro ladoPara os céticos. o resultado nào poderia ser outro
mesmo que houvesse uma EQM . A maior parte do
pesquisadores entende que elas não passam de umconfusão cerebral. i\"o momentO de uma parad
cardíaca. a perda de oxigênio faz com que a ma
sa cinzenta dei...e de distinguir realidade e fantasia
Ela entra em pane. Balançada pela desordem, re
corre 11 memória de curto prazo para compreende
a situação. Então se depara <:om cenas que acabo
de registrar, como a própria sala de cirurgia. i\ pa
ti r daí. tenta ret:onstrui r o que está supostament
acomecendo naquele momento. Imagina o atend
mento médico. a sala de operação. Então a memóri
nos PrL'g3 uma peça. Todas as nossas lembranças ,
5/13/2018 Super.interessante.296(1) - slidepdf.com
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SAM
PARNIA
Coordena a, .
maior pesqUIsada história sobrea existênciade espíritos
The Ventu
,
5/13/2018 Super.interessante.296(1) - slidepdf.com
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w .,...
The
fl ) registram uma visão panorámica. como uma ima
gem de filme. em terceira pessoa, criando a sensação de estarmos iora do próprio corpo quando
você se lembra clt! um momento do passado. não vi sualiza exatamente ú que os seus olhos registraram:enxerga o seu corpo na cena . Do lado de iora. Vocêse vê de costas. de lado. de trente . ,O cérebro é umdiretor de cinema. E o seu corpo . o protagonista.
Ponanto, em meiou confusão de uma parada cardíaca. a mente ertxerga todas as recordações (e re criaçôes) recentes como imagens do presente. Atri bui a elas o rótulo de "realidade·'. É por isso que ospacientes relatariam as cenas de rcssuscitação comose es tivessem no teto do hospital . .. experiência iorado corpo seria apenas um modelo de memória do
cérebro - só qut! lOmado como real.
Alguns pacientes comam detalhes específicos,como o caso da mulher que viu o médico se atra
palhar com o carrinho cirúrgico. Susan. porém,
acredita que nesses 'funcionamento - .lá que é o Úl t.imo dos sentidos aser perdido -. e a mente seria capa;.:: de criar aquelaimagem úsual.
Os pesquisadores que defendem a "disünçào entr e mente e cérebro·'. no entIDto, não \ 'cenl grande
coerência nessas teorias. Alegam que, naqueles instantes de morte, os ~ l p a r e l h o s de eletroeneefalograma não deixam dúvida: não há atividade cerebra l.No entanto. outros três estudos feitos no século 21
questionam a ideia de total "desligamento" do cé rebro, Sugerem que as mâquinas monitoram. principalmente. a ath' idade na superfície do órgão, Omonitor mostra a linha reta, mas outras partes maisi.nternas podem estar em at ividade, Éo caso do lobotemporal, o "núcleo" do cérebro.
Um experimento em especial parece sugestivo, Os\'olumârios receberam estimulos elétricos na regiãodo cérebro conhecida como giro angulardireiw , queé parte do lobo temporal. Com uma certa intensida
de de estimulação. os voluntários disseram se sentir"como se estivessem afundando na. cama" . Est ímulosmais fortes produziram relatos corno "eslou acimado meu corpo e o vejo estendido" - é que essa par tedo cérebro é a responsá\'el por delimitara percepçãosobre onde termina e corpo e onqc começa Omundoexterior,)los primeiros instames de parada cardíaca,então, essa regiãO cominua ligada. SÓ que em parafuso. Da í para ela :lgU como nos c.xperimentos em
quc está sob urna descarga forte de impulsos elét ricos é lU ll pulo.
Mas Sam Paroia. apesar de não ser brasileiro, nãodesiste nunca, Ele preparou uma experiência bemmaior p:tra caçar seus fantasmas. O ingles agora tra-
62 SUPEROUTUBRO 2011
ALEXANDREALMEIDA \
Pesquisa experiênciasde quase morte ecurandeiros mediúnicos
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•
•
The Ventura
balha para recrutar hospitais pejo millldo todo que topeminstalar placas pelo prédio ou apenas permitir entrevistascom os sobreviventes de paradas cardíacas.
Essa é a pesqui5a que Alexander Moreira Almeida est.áfazendo com ele. O brasileiro é o braço direito de Pamiapor aqui. Três hospitais aceitaram a parceria (Santa Casa,Hospital Universitário fi' Monte Sinai , todos de Juiz de Fora,a cidade de Alexander).
Fenwick também está nessa: acertou pan.:elias com hos -pitais do Reino Unido, da França e da Austrália. "Espera-mos conseguir compilar 1500 relatos de EQMs . Se algunspacientes conseguirem relatar o texto das placas, podere-mos demonstrar que amente e o cérebro sãocoisas distintas". diz.Por "distinção entre
mente e cérebro" en -tenda uma consciênciaque exisle indepen-dentem.ente do corpo.Mas é só um jargão.Na rua as pessoas cha-mam isso de "espírito","alma", ·' fantasma."
tambémGaroar o
- p n m ~ I r ü e v ~ n t o bra-sileiro dedicado às
pesquisas sobre o além,o "1 Simpósio Interna-cional Explorando asFronteiras da Relação
Mente e Cérebro", em
AOS 6 ANOS,
AMENINARECONHECEU UM ·
PARENTE
oQU
UMA
(de novo) Juiz de Fora. Foi um ciclo de palestras cm 2010
que reillliu 9 cientistas da área, entre eles Fenwick e Ale-sander. Na pauta, relatos de experiências transcendentais,como as que você \':iu aqui, filosofia e surrealidades da fi
sica quântica (que até tem seu lado"espírita"; paníeulasaparecem e desaparecem do nada no mundo subatômico,por exemplo, mas isso é ciência tradicional mesmo).
Bem mais fora do comum, porém, é outro assunto que
estava na pauta doseminário: as pesquisas com reencarna -ção. Como vocês, um dos maiores especialistas nessa área,que também esteve no simpósio: Erlcndur Haraldsson, doDepartamentode Psicologia da Universidade da lslândja,
ReencarnaçãoHaraldsson passou duas décadas investigando reencarna-ção. Seu objeto de pesquisa são crianças que alegam teremrecordações de uma vida passada. Éo caso de Wael Kiman,um menino do LIbano.
A partir dos 4 anos, ele começou a dizer aos pais queseu nome, na verdade, era I{abin , que tinha sido adulto »
OLmJ8RO 2011 SUPER 63
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.
,
The Ventura
•
(I
ERL N UR
HARALOSSONP S l : ~ D A
INVEP DADEDAISlAf'DUt
Busca evidências
concretas de
reencarnacão•
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The Ventura
fl ) e que seus pais viviam na capital
do país. Com o tempo, passou a
acrescentar detalhes. Os pais da
outra vida moravam numa casa
perto do mar . que tinha uma va
randa baixa, de onde ele costu-
mava pular direto para a rua. Ele
também tinha uma segunda casa.
1\-1as pam essa ele só podia ir de
avião. Oelírior Parecia. Tempos
depois, porém, os pais de Wael
identificaram uma famI1ia da ca
pita..l que havia perdido um filho
adulto e que se chamava Rabin:
então levaram O pequeno Wael
para visitá- los. Durante a visi-
VIAGENS PARA FORA DOCORPO, DO PONTO DE VISTA
lado cS4ucrdo do peito. O psicó
logo islandês ndO tem uma teo
ria sobre as marcas de nascença.
Mas Outro pesquisador de reen-
carnações . o psiquiatra america
no Jim lucker. da Universidade
da Virgínia , arrisca: ··Sabemos.
por meio de trabalhos de outras
:ireas, que im.lgens mentais po
dem . por vezes. produzirefeitos
muito específicos no corpo. Meu
pensamento 12 que, se a consci
ência sobrevive, ela carrega as
imagens dos ferimentos fatais,
ta. ele apontou para uma foto do morto e disse que era sua. Acasa iicava perto do porto, e tinha uma varanda baixinha. Para
completar, o rapaz vivia nos EUA na época em que morreu. Ou
seja: ia para sua segunda casa de .. avião.
Nosimpósio. Haraldsson também cootoua história de TSIL';hi
ta Silva. uma menina do Sri Lanka que afilmava que numa ou
tra vida tinha morado numa cidade próxima, estava grávida
e havia morrido ao cair de uma ponte. O pesquisador. então,
visitou a tal cidade e localizou a família de uma cena Chal
Nanayakkara. que morrera ao cair de wna ponte nos ano
Chandm estava grávida de 7 meses.
Outro caso é o da garota Purnima Ekanawake. do Sri Lanka.
QuandoeJaea mãe presenciaram um acidente no trinsito, Pur-
nima tentou trnnquilizá- !a: -Nâo se preocupe com isso. Eu vimpara você depois de um acidente também". Na vida passada . se-
gundo ela. um ônibus a atropelara. Também disse que aantiga
farrulia úlbricava incensos. Ela lembrava até da marca: Ambiga.
Os pais começaram a investigar e encontraram o dono dessa
fábrica de i n c e n ~ o s . Ele disse que seu cunhado Jinadasa tinha
morrido atropelado por um ônibus. Quando levaram Purnima
à casa do sujeito, ela. então com 6 anos, reconheceu o dono da
fábrica como seu "cunhado". Purnima seria a reencarnação de
Jinadasa . A menina também mostrou uma marca de nascença.
Disse que era onde os pneus do ônibus tinham passado.
Haraldsson conheceu a garota em 1996. quando ela tinha q
anos. Como de costume. ele entrevistou . separadamente, a
garota, os !amiliares e os vizinhos para saber quando e como
as lembranças apareeeram)nvestigou também se havia a pos
sibilidade de a garota ter tido acesso àquelas informações por
meios normais. Mas não existia qualquer ligação entre as famí
lias. e elas moravam em lugares distantes.
As evidências lhe pareceram fortes . sem armações. Haralds
sono então, investigou o acidente que matou Jinadasa. Com a
permissão de um tribunal local. teve acesso ao obituário com
pleto do rapaz. As principais fraturas foram localizadas no lado
esquerdo do peito, com várias costelas quebradas, que pene
traram os pulmões. A marca de nascença de Purnima íica no
SÃO UM
afetando o desenvolvimento do
feto". diz. De acordo com Tu
cker, na índia, um terço dos casos investigados de reencar-nação inclui marcas de nascença - em 18% deles, registros .
méd icos amparam as semelhanças.
Desnecessario dizer que as pesquisas com reencarnação são
severamente criticadas pela academia. Não parece ser coinci
dência que a esmagadora maioria dos casos estudados ocorra em
países onde a crença em reencarnaçao é largamente dissemina
da. caso do Sri Lanka. Haraldsson. por exemplo. teve facilidade
ntrar casos porcausa do apoio da mídia.Nos veículos de
:ação de lá, histórias de reencam:\ção ganham espaçode
u<=::'l'-'4ue. Ea visita de pesquisadores como Haraldsson também.
Quem tiver uma história bem contada, entào, tem chance de
ficar famoso - da í para surgirem fraudes elaboradas é um pulo.
Também é comum que os pesquisadores só tenham acessoa histórias assim quando os pais da criança já "encontraram"
a família da outra vida dela, como no caso de Pumima. Isso
complica o processo de checagem das informações. É difícil
identificar quais eram as afirmações originais do suposto reen
carnado e o que ele aprendeu sobre a pessoa ialecida a par.tir do
momento em que entrou em contato com a famHia dela.
Mais: por um lado. os informantes tendem a "esquecer" as
afirmações da criança que não coincidem com a vida da pes
soa que acreditam que ela foi. Por outro. colocam na boca dela
infomlaçôes que só foram obtidas depois . quando as duas fa
ml1bs já estavam em contato.
Com tantas evidências contra, é dincil não acreditar que os
pesquisadores de reencarnações, EQMs e afins se movam mais
pela fé do que pela curiosidade científica. Mesmo assim. conti-
nua sendo uma forma de ciencia. já quc a busca é po r resulta
dos concretos. Se um dia eles vão chegar a esses resultados iQuem viver verá. Equem morrer também . O
PARA SABER MAIS
EvN:!tn<t of ti>< Afterlife
JoIfroy Wng. . . - p o . - ~ . 2011
Wh;ot I liopo . _ y""o;.
Som Pom .. ft.>y f-Io" <e.=
OUTUBRO 2011 SUPER 6S
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-ISTORIA
Cálculosmatemáticos existemdesde a Pré-História.Mas podemos dizerque algarismos não.
Quando eleschegaram ao
Ocidente, jogaram aEuropa em uma
revolução que.transformou oconhecimento
TEXTO CLAUDIA CASTELO
BRANCO E FELIPE VAN DEURSEN
DES IGN RENATAMIWA
ILUSTRAÇÃO ALEXANDRE CAMANHO
66 SUPER OUTUaRO 2011
The
Se hOJ"e Pisa tem a t o ~ r e torta mais f a m o ~ a domundo. ISSO se deve ti sua pUjança
na Idade Média. O monumen to começou a ser erguido em 1173, a
fim de celebrar a boa fase ccooõmÍl.:a da cidade italian;}. Seda. por
celana, couro, especiarias. passava de tudo por lá. O impulso mer-
cante só não era maior porque comerciantes e consumidores ti -
nham um problema, compartilhado com outros grandes centros
da. Europa: fazer contas era muito difíciL Não havia um sistema
numérico que iacilitassc a vida das pessoas (se você tem dificul
dades com n úmeros, agradeça por não ter nascido naquela época).Os algarismos 0.1. 2. 3. -I. 5. 6. 7, 8, 9 eram desconhecidos dos
europeus. Tarefas como uma simples adição não era para qualquer
wn. Imagine um administrador alfandegário somando CCXXXIIsacas de trigo com MDCCCLlI garrafas de vinho. Demoraria parachegar à resposta (MMLXXX IY. também conhecido como 2 084).E ':tIcular isso não soa difícil (XIrque não estamos acostumados aos
algarismos romanos. 11.o\a5 sim porque o sistema tinha muitas limi
tações. como a ausência do zero. essenci:ll para fazc r contas.
üu seja. calcular era para poucos. »
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The VenturaI
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The Ventura
fl ) As operações aritméticas são mais novas no Ociden te que diversos conhecimentos sobre geometria e ma-
temática, como os teoremas dos gregos Pitágoras e
Tales. catedrais da Europa medievaL como a NotreDame de Paris, além da própria torre de Pisa. foramconstruídas com base em cálculos mui to mais difíceisde realizar sem o supone dos am .lis algarismos. E. seera mais complicado para obras de reis e papas, não eramais fácil para o homem simples. Pelo contrário. Na
Idade Média. os europeus se viravam contando nos de -
dos e lendo algarismos romanos. E o que mais se apro
ximava de uma calculadora era um instrumento nislico chamado ábaco (veja mais no boxe abaixO).
Mas a situação começou a mudar no século 12. Para asorte da cidade lmeana. havia ali um matemático cha mado Leonardo de Pisa.. Ele se tornaria mais conhecido
pelo apelido Fibonacü. nome deuma sequencia numé-
rica ap licada na biologia. nas artes plásticas e em outroscampos (veja mais na pago 70). Porém, pesquisadores
,
f - - - - ABACO - -a primeira máquina de cal
," ...,, (:l CtD c j 9
to
i2Feijões, pedras, fichas ou ossos deslizando por fios. Eis oprincípio do ábaco, instrumento de cálculo mais comum
na Europa medieval Ha via até escolas para ensinar ausá-Lo , com tunnas de mil alunos. Funcionava bem pa raas operações simpLes, mas não com as mais complexas.Mesmo assim, ele ainda é usado em d iversos países.No Japão, há mais de 200 associações que disputam
campeonatos internacionais. Os "atletas do ábaco"
vencem oponentes que usam caLculadoras digitais.
68 SUPER OUTUBRO 2011 ,
começam a repensar () lugar de Leonardo na hislória . É graças a ele - c tiOS matemáticos que o s e g u iriam - que hoje temos uma das maiores invençõe
da humanidade: os algarismos i n d o a r á b c o s .
Pré-história do número
Em um dos iamosos quadrinhos Caluill & Haroldo
de Bill Wanerson. o pai do menino pergunta o qu
ele queria ser quando crescer. Calvin deseja\"a. comoquase todo garotoda sua idade. algo longe da mate
mática. Rerletiu sobre como ter uma vida 100% ausente de mimeros, esses torturadores de criançanas escolas. "Vou ser um ... um.. . homem das cavernas!" . respondeu. Elechegou perto.Só que até mesmo os homens primitivos dependiam de cálculos enúmeros para sobre\'iver. Saher que 1 antílope er
mais fácil de caçar do que 4 era essencial.Pequenas quantidades são percebidas diretamen
te lanto por humanos quanto por outros animhisUma galinha. sa.be se sua ninhada íoi mexida, po
exemplo. Isso se chama percepção numérica. Acon
tagem, entretanto. é um atributo humano, intima
mente ligado ao desenvolvimento da in teligência.Não se sabe quando o homem começou a medi
coisas de iorma quantitativa . Não sabemos nem
quem veio antes. se números cardinais (1. 2. 3) ouordinais (1 0. , 3°). Alguns antropólogos defendemque a contagem se desenvolveu especificamentpara lidar com necessidad(."S simples do dia a dia O
que indica que os cardinais apareceram antes. Outrcorrentesugere que os númerospodem ter sido in i
ci:llrncnte relacionados a. riLUais que e.xigiam ordem
de aparição. A primeira estrela a surgir no céu ou aseglmda colheita após a. chuva, por exemplo.
O método de contagem mais antigo é o do osso ou
do pedaço demadeira entalhado. Os primeiros testemunhos arqueológicos conhecidos dessa praticdatam do periodo aurignacense (35 mil a.c. a 20 mia .c.). Outras evidencias também compro\'am que ohomem registrava quantidades com representaçõede argila e nós em co rdas. Um objeto de argila en
contrado no Peru. por exemplo. pode ter significaduma contagem de cabeças de gado.As primeiras noções dequantidade com que o ho
mem co meçou a lida r foram as mais próximas de surealidadc. Logo. I e 2 são os números mais antigosDe 3 em diante, era tudo uma mesma quantidad
rusforme que representava muita coisa. Não impor
ta\'a se era 50 ou 500 . Não havia essa distinção. Ouseja. um ê pouco. dois é bom. três é demais. A {amosa expressão representa a antiga relação do homemcom os números. Ossumérios. em 3 mil a.c.. usavamo termo es para representar 3 e ao mesmo temp
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The Ventura
- -MULTlPUCAÇAO E ADIÇAO
Há 7 h o m ~ n s na ~ s t r a d a para Roma, cada um com 7 r"Las. Cada mula c a r r ~ g a 7 sacos. Cada saco contém 7 I~ com cada pilo ~ v a m 7 ncas; e cada na esü colda ~ m 7 bainha$. Quantas coisas seguem para Roma:
ADIÇÃO E DIVISÃO
••• ••
Um comerciante comprou 30 pássaros: perdizes, pardais e pc:Imbos. Um perdiz custa 3 moedas de prata,um pombo 2, e um pardal 'h. Ele pagou com 30 moedas.Quanto custou cada pâssaro?
"muitas coisas". Não havia defInição p<l.ra 4 em diante.
A própria noção de que um número representa uma
quan6dadc específica levou séculos para ser absorvida.Dois são 2. não importa se são 2 ovos, 2 elefantes ou 2
ônibus. ~ a s , até hoje, alguns idiomas contem traços
dessa antiga separ.J.ção en tre a quantidade e o número
específico para represen tá-la. E isso é intrinsecamente
ligado à cultura e ao cotidiano de um IX>VQ. Em Fiji.
arquipdlgo no Pacífico pouco menor que Sergipe. co-
cos e barcos fazem tanto parte da cultura local queexistem palavras diierentes para a mesma qUlIntidade
deles. Por exemplo. to cocos é koro e 10 barcos é bolo.Calcu lar faz parte do cotidL'mo do homem. A ,'erda
deira revolução. portanto, está na forma de fazer cál
culos. Um a novidade que chegou ao Ocidente há me
nos de mil anos. "Talvez por ser fruto de práticõlS
coletivas. essa história não poderia ser atribuída demodo preciso a ninguém". explica Georges limh, autor
de.4. História dos Números - Uma Grallde lnlJençâo.Até então, havia diferentes sistemas numéricos.
criados por diferentcs civilizações. como as mesopotá
micas, maia . egipcia. grega e chinesa. Todos com uma
coisa em comum: desordem. Esses sistemas tinham um
nome ou objeto diferente para cada número. Ou seja.'eoricamente, eram modelos com súnbolos infinitos.
~ , por razões práticas, nenhum método <lSsim sobrevi
\'e po r muito tempo. Essa dificuldade de escrever nú
meros grandes também prejlldicilva a adiçáo, a subtração, a multiplicm;lo e a divisão. Foi aí que. na india do
século 5 a.c ., surgiu a base decimal, ou seja, a noção deque números podem ser arrumados hierarquicamen
te , usando seapenas 10 símbolos. Por exemplo. apenascom o símbolo 5 pode-se representar infjIÚtO$ núme
ros: 55 . 555. 5555 e assim por diante. N:}o era mais ne
eessârio um símbolo para cada número.Como definir o valor desses simbolos postos lado a
lado? Depende da posição em qu e cada um está. da di -
reita para a esquerda: casa das unidades. dezenas etc.
Ideia simples e funcional. que eu, você e todo mundosabe. Mas que demorou 1.7 mil anos para se espalhar..,,..\ Europa te\'c de esperar Leonardo de Pisa para
aprender a contar direito". diz o inglês Keith I)evlin.
autor de nteMan ofNumben;: FioonGcd's Arithmeti c RcvoIUlion ("0 homem dos nÚlncrOS, aR'\'oluçãoaritméticade
Ebonacci"", inédito em fX}rtuguês).Mas por que a base é decimal e não quinzenal: Na
verdade. houve outras bases. A base 20 já ioi popularna Europa Ocidental. po r exemplo. Até hoje, em iran
cês, 80 ê quatre- uillgts ("quatro vimes-). Alguns po
vos. como os sumérios, em 4000 a .C. op taram por or
ganizar seres c objetos em grupos de 60. " Esse sistemasobrecarrcg:l o cérebro. já que requer um símbolo para
todos os números de 1 a 60". diz o astrofísico Mario »
0UTU8RO 2011 SUPal 69
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The Ventura
a> Uvio, autor de Deus t Matemdtico? ~ ' l e s m o assim, aiorma Sllméria deixou um legado que perdura até hoje,na divisão da ho ra em 60 minutos de 60 segundos cada
um . Já se pe rguntou por que depois de 4h59 não é4h60, mas Sh? Culpe os sumérios. Mas foi a base deci mal que deu mais certo e conquistou o mundo. ~ 1 u i t o provavelmente por causa de um motivo trivial. Ela teria sido inspirada nos 10 dedos da mão. e mão é a pri meira COis;'l que o homem usou para calcular. Po r issocla parece tão natural. Agrupamos numeros em to.100,1000 porque não poderia ser mais pnhico.
Leonardo e os árabes
Os algarismos que usamos ,ltualmente são umà herança indiana transmitida pelos árabes. No s&:ul0 7, () is lamismo expandiu-se em todas as direções, emranuo
em contato com di\"ersas cultur..lS. o que significou um
A sequência de Fibonacci é a solução de um dos problemasapresentados por Leonardo de Pisa. Trata-se de uma se quência em que um número é 'a soma dos 2 anteriores.
Por exemplo: 3, 5, 8, 13, 21 etc. Ela aparece em configurações da natureza, como a disposição de sementes no miolodo girassol ou a espiral da concha do caramujo. Tambémestá na proporção áurea, comum na arquitetura e nas arte s plãstic.as. "Leonardo não tinha grandes intenções comela. Só no século 19 atribuíram LIma ligação entre essesnúmeros e a natureza", diz Keith DevUn.
70 SUPEROUTUBRO 2011
avanço cientifico tremendo. Eles estudaram e tra
duziram obras de filósoios e matemáticos gregos eao conquistar a Índia. reconheceram a importânci
do sistema numérico hindu. que já tinha mais de mianos de uso. E propagaram o novo conhecimento aolongo de seus domínios. O que não incluía a maioparte do comineme europeu.
Havia dois tipos de matemáticos na Europa do século 12, os de escolas religiOS;ls ou uni\'ersidildcs e oque exerciam atividades de comércio e negocias. Éneste último grupo que Leona rdo de Pisa se inseriaElt: viveu por algum tempo com seu pai, um funcionário de comércio e alfândega. em Bugia. na atuaArgélia. e viajou para países como Grécia. EgitoSíria . onde teve a oportunidade de estudar e comparar diferentes métodos de operações numéricos
Em contato com osistema utilizado pelos merc.Idores arabes, Leonardo aprendeu uma maneira m'aieficiente para ca\cu1.1r. O sistema desenvolvido nÍndia era muito mlÍs s imples do que o romano.
" Estes são os 9 ~ i m b o l o s hindus: 9,8,7,6.5,4.32.1 .Com eles, mais o simbolo o, que em árabe é c h amado zéfiro, qualquer número pode ser escriro.·('.o m essas p.uavras introdutórias . Leonardo de Pispublicou. em 1202. o Liber Abbaci. Aobra. traduzida como Livro do Cálculo. apresentou à Europa aoperações de somar. subtrair. multiplicar e dividirusando a novidade dos algarismos. Não foi o primeiro t ino escrito no continente para descrever o novsistema numérico . Mas ioio mais imluente ' aecssiveL o que fez toda a diferença.
Ao facilitar os cálculos que iaziam parte do co tidiano das pessoas. Leonardo dcmocratizou o conhecimen to matem.itieo. Agora. era muito maisimples fazer contas . sem depende r de um especialista cm ábaco. Leonardo teve o cuidado de explicaos conceitos com exemplos da vida cotidiana comercial: preço de bens. câlculo de lucros e as con
versões entre as diferentes moedas. "As pessoacomuns que queriam fazer negócios passaram a fa
zer contas sozinhas. E isso roi graças a nova forma d
calcularapresentada por Leonardo". explica Dcvlin"Naquela época, ainda sem imprenS<l, a divulgaçãera boca a boca. Muitas cópias do livro. ieitas a mãoforam armazenadas em grandes mosteiros. Os interessados tiveram que lê - las lá, como obras de r e f erência ", diz. "E. depois que Liber Abbaci saiu . cenrenas de pessoas escreveram obras derivadas. Elapassaram a te r seus próprios livros sobre arirmét icacom aquilo que lhes interessava."
A técnica popularizadil por Leonardo t1cou co
nhecida como numeração de al -Khowarizmi, emhomenagem ao matemático árabe r..-tohamed Ihn
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ADIÇÃO E DIVISÃO
6h "th óh
Um leão come 1 ovelha em 4 horas, 1 leopardo come oanimal em 5 horas e 1 urso leva 6 horas para comer a
ovelha. Os 3 animais juntos levariam quanto tempopara comer a ovelha?
MULTIPUCAÇÃO, SUBTRAÇÃO,ADIÇÃOEDIVISÃO
y,
,'"-----------.. "- _
Todo dia, uma serpente na base de umatorre com 100 palmos de altura sobe 1/3 de palmo e desce 1/4. No topo datorre há outra serpe; .te que desce, por dia, 1/5 de palmoe sobe 1/6. Em quantos dias elas se encontrarão?
Musa AkhwarizmL que em 820 escreveu sobre a arte
lúndu de calcular. Com o tempo, o nome mudou paraalgorismL que em português virou "algarismo" .
Entretanto. os numerais indo-arábicos não foram
aceitos prontamente pelos europeus e chegaram a ser
proibidos pela Igreja. Ela chegou a espalhar que . de tãoengenhoso. o cálculo árabe era demoníaco. Além disso .os praticantes do ábaco estavam preocupados com seug ~ m h 3 p ã o . "Não queriam ouvir fahr desses métodosque colocavam operações aritméticas ao alcance de to
dos". explica Ifrah. Mas a essa altura já era um caminho
sem volta. Os algarismos trolD;:er:lffi desenvoh'imentoà Europa medieval e tiveram importância na transiçãopara a Idade Moderna. Mesmo com todas essas vanta
gens. a campanhacontrária. somada ao costumearraigado nas pessoas comuns de persistir usando o sistemanumérico romano, atrasou por séculos a vitória definitiva do algarismo. Durante esse período de transição.houve uma grande rÍ\'alidade entre os "abacistas" - ,aqueles queeram especialistasem cálculo com o ábaco- e os ·'algoritmistas" ~ os que privilegiavam () cálculopor meio do novo sislema. Um embatc quc terminou
somente no século 16, com a vitória dos algarismos.Naquela época, eles ja estavam bastante estabelecidos, íoram essenciais para as épicas viagens marítimas de
:::ristóvão Colombo, Vasco da Gama, Pedro Ah'ares Ca oral e Fernão de Magalhães .Éclaro que houve grandes
expedições nos mares antes. Vik ings e chineses. por
exemplo. exploraram os oceanos Atlântico e Pacifico.
respeclivamente. Mas o conhecimentodos algarismosindianos proporcionou o desenvolvimento da astronomia e da navegação na Europa. () que permitiu viagensmuito mais bem organizadas e planejadas. Mesmo assim. o ábaco resistia. O ensino do instrumento só foiabolido de uma vez por todas nas escolas com a Revolução Francesa, em 1789.
Os historiadores e os matemáticos qu e pesquisam eanalisam o legado de Leonardo de Pisa colocam a in
venção do atual sistema de numenlçàO indo-arábico no
mesmo nível de importância qu e a invenção da roda. Égraças a ela que a matemática e a engenharia puderam
avançar. Graças a ela a computação e a internet nasce
ram. Leonardo de Pisa conseguiu. com a abordagemcena , convencer a Europa a fa;::er contas de maneiramelhor . Como dcfiniuo cserilor David Hutlcr , os algarismos são a coisa mais próxima de uma linguagemhumana universal. O
PARASABERMAIS
Rodo Áu ... . _ A flmória ~ ~ Fi"" . io LOi io, P""o,d, 2011
Ki,tória Un. . . . . . 60s Alp ri 'm",
r g " !fr, h f./ov. F,oo", i . 1997
OUTIJ8RO 2011 SUPER 71
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The Ventura
TECNOLOGIA
ELe foi contratado quandoo GoogLe era um pequenonegócio na Califórnia. Ao sa ir deLá, a empresa já tinha mudado omundo. Conheça os bastido resda criação de um gigante.
TEXTO TIAGOCORDEIRO
DESIGN RAPHAELGALASSI
FOTOS ALEXSILVA
De patins shortecamiset.1,SergeyBrin, J chegou suado para entrevis-
tar o jornalista Douglas Edwards. candidato a uma vaga
no departamento de markeling em formação. Era no
vembrode 1999. Para quem estava acostumado à fanua
lidade das corporações. aquilo era bem estranho. Aos 41
anos, ele seria entrevistado por um ne rd de 26 nascido
em Moscou. sócio da empresa de buscas na internet nm
dada 1 ano antes. Sergey fez várias perguntas e avisou:
"Vou sair da sala por 5 minutos. Quando eu voltar, quero
que você me explique algo novo e complicado". Ouviu
um resumo sobre teoria de marketing. Edwards desco
briu mais tarde que Sergey sempre pedia o mesmo .'lOS
candidatos - era um jeito de garantir que tais entrevistas
não fossem uma total perda de tempo. De qualquer for
ma, o jo rnalista emplacou: tomou-se o 59" funcionário
do Googlc. Quando ele saiu da empresa, em 2005, ela já
era a principal referência de qualquer usuário da web.
Edwards dá a sua versão do "caos criativo" quetransfor
mouaintemet em J"m FeeUing Lucky - The Confessions
ofGoogle Employee Number 59 (sem ediç:lo no Brasil) .
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72 SUPER OUTUBRO 2011
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The Ventura
Um chef (Chartes Ayers, ex-co"
zinheiro da banda Grateful
Oead) e duas massagistas foram contratados na mesma
época que Edwards. A rot ina
dos funcionârio5 incluía comi
da fa rta, boa e grátis (sem fa l..,nas barras de cereais, M&Ms e
out t<lS guLoseimas disponíveis
a qualquer hora), alivio para asdores musculares (as salas ti
nham bolas de ginásti ca pa ra
quem quisesse alongar), pau
sas para o videogame, pingue
pongue ou jogo de hóquei,
além de uma viagem por ano
com tudo pago. Não era ra ro
encontrar um funcionário des
calço peLos corredo res ouYoshka, o cachorro do vicepresidente de operações, UrsHoezle. As regaUas contrasta
vam com a bagunça dos escritórios. As mesas eram portas
apoiadas em cavaletes com
máquinas e engenhei ros
amontoados. O neurocirurgião
Jim Reese, que seria gerente
de operações, foi recebido emseu 10 dia de trabalho com
uma pilha de peças e a ordem
de Larry Page, o sócio ameri
cano de Sergey: "Pode montar
- or '" X MundoOs melhores mo m entos da empresa - e oque acontecia no mundo enquanto isso
Aos 23 anos, 05
estudantes de ciências dacomputação de SbnfurdLarry Pag1! e Sergey Brin
larn;am um sistema debuscas na univenidade.
e tortasseu computado r". Na cent ral
de servidores, o "Exodus" (a"gaiola" do Google em um galpão onde viÍrias outras empre-
,m espaço), os carmina is pareciam
~ v v , .. ~ ,-.wldo do teto. Para
aproveitar espaço, não haviaentrada para placas de vídeo
e pelo menos 4 placas-mãeeram agru padas em cada ban
deja dos racks de quase 2,5 m
de altura. Em caso de defeito,
era difícil identifica r a origem
do probLema. Pa ra garantir
qu e todas as máquinas esti
vessem funcionando, Larrytinha mandado tirar os botões
of!. "Nenhuma empresa tinha
servidores tão bagunçados
quanto o Google. Ninguém en
tendia direito como eles não
saíam do ar o tempo todo", escreveu Edwards. A lógica da
empresa era economizar sem
pre. Nos servidores ou no th i
numa viagem de negócios a
Milão. Os sócios preferiam investir no conforto dos funcio
niÍrios a gastar com ma rketing.
E o novo gerente descobriu o
que era realmente usar criati·
vidade e ousadia no trabalho.
1996Aos 5 anos de idade,a web tem 36mi lhõe-$ de usuá rios .Yaho.o, AOL e eBa yestão entre osmaiores sites.
1997Hong Kong volta à
Ch ina. O mundoconhece o done Dolly.E temos 70 milhõesde internautas.
:::198Larry e Sergeyobtem umfinanciamento de100 mil dôlares ecriam oficia lmentea empresa, emsetembro. ELa
funciona numa
garagem alugadaem Menlo Pan..
2000Em março,a bolha dainternet chega ao
auge e est oura.
Empresaspon!o-com vãoa ruma.
2001Os atentados de 11de setembro elevam• "r,essãO WorldTra e Center à3 "mais r.rocurada noGo.og e. A pri meirafoi Nostradamus.E mais de 500milhões de pessoasjã usam a web.
OUTUBRO 2011 SUPER 73
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w., ..
•
Como transformar um site iniciante
em uma marca conhecida sem gas-tar muito? Abusando de campanhasvirais e bem -humoradas, como otrote de 10de Abril No Dia da Men-tira de 2()J(), a empresa lançou oMentalPlex, um software fake que~ l i a a mente- do usuário para fazer apesquisa. O resultado trazia mensagens de erro do tipo: "pedido obscuro, tente de novo depois de remover óculos, chapéus e s a p a t o s ~ . Emalguns casos, eram "capturados"pensamentos em üngua estrangeira
e su rgiam resultados em alemão,tailandês ou português. Mas os intemautas não gostaram de encontrar idiomas diferentes. Sob protesto dos engenheiros, Edwardsconvenceu Sergey a tirar essa parteda piada_ Mas a brincadeira pegou, eo 10de Abril virou um clássico doGoogle. O gerente de marketingmuitas vezes se envolveu em dispu-tas sobre como fazer seu trabalho.Do jeito previsto nos manuais ou do
SEA ORDEME t'.BSURDA,NAO OBEDEÇA
The Ventura
"jeito Google". Quando Sergey, por
exemplo, teve a ideia de transformar os Google doodtes, os desenhos que brincam com a logomarca,numa espécie de cartoon diário,Edwards ficou apavorado. Achavaque a marca seria descaracterizadae enfraquecida. De novo estava errado. Os usuários adoraram. Fugirdas soluções previsíveis, ele admite,revelou·se um dos segredos do su-cesso do Google. In clusive internamente. Quando a empresa com eçoua melhorar o filtro contra pomogra·
fia, por exemplo, um funcionáriocriou gifs sensuais e espalhou pelaweb. Ele pediu que os coLegas o aju-dassem a procurar pelos vídeos, testando o fiLtro, mas ninguém se em-penhou. Ao reclamar com a mulher,ela deu a ideia: ia assar cookies paraque ele p r e m i a s ~ ' " .... "'... ~ ...h " > ~ < ; e osgifs. Foi um suo lirou
febre entre os f
o engenheiro Paul Bucheit (que depais fICaria famoso
par criar o Gmaiú emva preocupado: Larry havia pedi-do a ele que soluciona$se um problema tknico de um
jeito que não fazia o menor sentido. Fol consultar o enti o vice-presidente sênior de o p e r a ~ õ e s , Urs Holzle, e
ouviu a dica: "Larry tem muitas ideias. Voei deveria continuar fazendo do seu jeito". 8ucheit aprendeu: no Google, se a ()Idem dos patrõe'5 é bizarra demais,. mellioripwl"iÍ' ta. Para Edwards, o episódio reflete a falta de
hierarquia na empre'5a. O resultõtdo en I uma rotina caótica e cargas hOl"iÍrlas desumanas. Muitas decisões cru-ciais eram tomadas depois da meia·noite, mesmo quenem todos os envolvidos estivessem presentes. Mas
como deu tão certo? Segundo o gerente, a fónnula do
Google era contratar pessoas brilhantes e inseguras.Pressionadas até o Umite, elas sempre achavam que afalta de a itMos daros seria, na verdade, um problema
de desempenho pe$soaL E dêi-lhe mais tnlNIho.
74 SUPER OUTUBRO 2011
Google em ..1998 2011
4,9 milhões 3,6 bilhõesde busas/dia
100mil 174 bilhõesdólares de valor de mergdo
3 28768empregadas e uma empregadas
garagem como sede
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The Ventura
DILEMASFoi Edwards quem escreveu os principios do GoogLe
com afirmações como
"você pode ganhar dinheirosem fazer o maL". Afr<lse(do originaL Don't Se Evil)surgiu no início de 2000,quando Paul8ucheit reclamaVil com os colegas sobre
a Realnames, empresa que
vendia um mecanismo para
g<lrantir que 5eUS dientes
estivessem no topo dos resultados dos sJtes de bulO-
aJ . Eles eram pagos paradestacar esses Unks, inclusive o Google, que debatia
como deixar claro que aquilo não era fruto de seus
serviços nem era um anúncio vendido por ele. O sistema foi banido, ma s a mistUr. l de dados e anúnciosainda daria do r de cabeça.O Google decidiu criar suaprópria versão de publicidade na web, te5tada com
a Arnazon. Cada vez que
um internauta chegasse ao
Unk do produto pelo Google, este tinha um a comissão. Funcionou, mas era
hora de ganhar mais dinheiro. Os anúndos começariam a aparecf!'r na página inicial como caixas df!'texto no alto, à direita. Me·
didos, os cUques definiam
a remunf!'ração. Nos testes,
um usuário reclamou qu e
nio f!'stava clara a distin-
ção entre anúncio e informação e citou um dilema
ético. Ma5 o modelo vingou. Além disso, a compa-
nhia f!'nfrentou a C U 5 a ~ Õ f ! ' 5 df!' invasão de privacidadf!'ao lançar o Gmail, que tem
um a barra de notícias eanúncios relacionados
ao s interf!'SSf!'5 do u5uário.Como assim, a empresa lêseus e-maUs? Ela jura qUf!'não. É tudo automático.
PARASABERMAI5
I'm mimE Lu,ky: lho COnf.!.S.ÓO.,.01Goolle EtnployM Humber S9
ÜO<.lgl>. Edw" d . Hooghton MilflinHar<:ourt . 2011
"Quandoestivemos
errados?"Em 2002, o funcionário59 teve uma rara oportunidade de conversarsozinho com Larry. "Pe rcebi que, na maioria dasvezes em que discorda·mos, eram vocês quemestavam certos. Sintoque estou aprendendomuito e a g r a d e ~ o estaoportuni dade : Larry retr ucou: "Mas quando estivemos errados?" Pare·ce arrogância, mas aresposta tinha outrosentido. Ass im comoSergey aproveitava asentrevistas de candidatos para aprender, seusóciO levava a serio oque parecia um elogioinócuo. Ele reaLmen te
.__ .- -a ber onde errou,le, para usar a in·10 no futuro. Para
CUWd' uS, Larry era o visionário tim ido e diretoe Sergey o operadorbem-humorado.
ADEUSESORTEUma serie de mudanças in·ternas levou Edwards a perder espaço. Ele negociou suasaida da empresa em 2005.Exe rceu o poder de comprasobre as ações que eram parte de seus benefícios quandofoi contratado. Pagou 20
centavos de dólar por cadauma. Elas agora nâo valemmenos de 60 0 dóla re s. Douglas Edwards nunca mais trabalhou. Tem mais é de sesentir com sorte mesmo. O
2011larry toma-5l' (EO. Estreia
a rede social GQ02le +. Aempresa paga usS 12,5
bilhões Pf!Lo setor desmartphones da MotoroLa.
2002O f!'uro se torna a únicamoeda oficial corrente I!mU paísl!s europeus.Hoje são 17.
Indonésia e outrospaisf!'s do su l da Âsia.
2005Edwards pede dl!missão.
Si o Lançados o GoogleMaps, o Google Earth e oiGoogle. No an o seguinre,a empresa compra oYouTube f!' o verbo "togoogl.e" é adicionado ao
dicionário OK/ord.
2006O ex-presidente SaddamHusSf!'in li morto. Amarca de 1 bilhão dI!intemautas é batida
. .campanhaObama é I!leito pn!sidl!ntedos EUA.
-2010G o o J l e ~ i \ l u l g a que
nao I I i I I mais censurarvoluntariamente as buscasff!'itas po r usuários da China- uma decisão qUI! deixa ogoverno locai contrariado.
20112 bilhões dI!pessoas usam 11intemet no mundo.Não hã concOlTenteoi aLtura do GoogLe.
OUTUBRO 2011 SUPER 75
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Para sermoderninho hojeem dia, é preciso
•viver como
antigamente:•
morar em
comunidade,t irarfotos em
preto e branco efazer a sua
própria comida.
Entenda aqui o quequerem os Jovensdescolados. (Dica:
envolve fazerco mpras.)
TEXTO ANA CAROLINA PRADO
EKARIN HUECK
OESIGN RENATA MtWA
Il USTRAÇÀO PIANOFUZZ
•
The Ventura
Todo verão Mark Zuckerberg decide fazer algo diferente. Em 2010, o criador do Facebook já havia
resolvido aprender chinês. Em 2011. com todo o sucesso da rede sociaLop tou por <1!go que lhe deixasse grato pe lo que tem - mais precisamente.pela comida em seu prato. Resolveu que só iria comer a carne de animaisque ele mesmo abatesse. Um vizinho e cozinheiro do V.lle do Silício oapresentou aos agricultores das proximidades e o ensinou a matar seusprimeiros an imais . A nova die ta es tá fazendo su cesso: segundo ele. aquamidade de pessoas que vieram p r o c l l r á l o inleress<lUa em vegetarianismo, caça c até agricultura foi enorme. O criador do faccbook ter escolhido esse desafio particular, no entanto. não é o capricho isolado de runjovem bilionário.Éum interesse da geração de Zuckerberg. de 27 anos. Os
hobbies esquisitões. o contato com a natureza e o faça você mesmo sãotendência entre pessoas muito menos abastadas do 'que o dono do Facebook. Ta lvez até você mesmo tenha uma mania dessas.
Não é de ho.le que ser "moderno" e '"antenado" é ser diferente. Toda
geração tem seu grupo tentando criar uma identid, lde própria. de preferê nc ia distante dos padrões que a sociedade considera normais. Foi o casodos hippies dos anos 70 e dos punks dos anos 80. Hoje em dia. eles às vezes
são chamados de "hipsters" (veja a definição no boxe), mas muito do que »
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w . . . . .
G> pregam tcm um pé nos anos 70. Basm dar
uma olhada nas tendências que andam sur gindo aqui mesmo no Brasil. Uma delas 5..1:0
as e<"ovilas. um3 espécie de co munidade ba-seada na produç"o local de alimentos orgâ nicos, no l l iO de sistemas de energ ia renováveis e na preservllÇ"Jodo ambiente. Todosconstroem juntos sua.<; casas e produzem
sua própria comida: a inspiração hippie éinegável. Hoje, a R<.'<ie Global de Ecovilas(que contabiliz3 as iniciativas) registra 513
comunidades em todos os continentes. 16
ddas no Brasil. Outra ond a setentistn q\leestá de volta são os LPs. Estranhamente. :lSbolachonas são o iormato de música que
mais tem crescido nos liltimos ltnOS. En
quanto a \'enda de COs caiu 12 ,7% em 2010,a de vinis aumentou 14%. É um recordedesde 1991 , qU:"lndo as vendas mmeçaram aser monitoro.do.s. E os artistas campeões de
venda são (logo lllrás dos Beatles) os queridinhos dos roque iros alternativos: ArcadeFiTe, Black Keys e Radiohead - sempre em
vinis noYinhos em iolha.Mas não para por ai. OUWl inspiração
dessc grupo é a cultura do faça \'océ mesmo
(o "do it yourself ' , em ingJes. DIY). que teveorigem no pós-guerra dos anos 50. m dé
cadas ma is recentes. o D1Y começou a ser
mais associado 11 cultura punk e à produção
musical (discos independentes e rádios pi ra tas, por exemplo). I\.las a ideia ê basicamen te a mt.'S ma: você pode muito bemco nstruir. modificar ou consertar suns coi!ia:; :;uzinho,' sem ter de recorrer à indlÍst riaou a profissionais caros. Na versão dos anos2000 do 01\': a mania se espalhou além da
música: se transfonnou em aulas de tricôpara jovens. em idas ao barbeiro para aparar
o bigode e na compra de sapato!) de couro
fe itos à mão - tudo hábito;; que não param
de crescer. Uma das m o d a ~ mais prolíficas éa de fazer cervejas em casa_Um kit simplescom panelas. termômetro. fe rmentador emáquina para colocar t a m p i n h a ~ custa ce rca de 480 reais e pode render até 20 litros debcbidã artesanal de qualquer tipo. Até a família Obama caiu 110 gosto e anda servindo
na Casa Branca uma cerwja que ela mesma
faz. E isso acaba tendo rer1exos no mercado:produ toras de cervejas artesanais tem c r e s ~ cido 15% ao ano no Brasil e as micro<''CI"\'Cja rias andam pipüC3ndo por aí.
78 SUPER OUTUBRO 2011
T
LANÇAMf.NTO ft\1
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The
o último item do qu.'ll osneohippies não abrem mão éa tecnologia. O sucesso do
lnstagram, aquelarede
so cial de fotos do iPhone , naqual usuários postam, co mentam e curtem as nnagens alheias, é apenas um
dos exemplos. Todas as fotos
têm um ar de bôlôr nostalgia. com filt ros em preto ebranco ou que imitam as 10-mos. antigas câmeras sovié ticas. As próprias lamos,
aliás, viraram moda nos últimos anos: desde 199L
quando dois jovens viem:n ses descobriram uma dascámeras baratas lançadas na
União S o v j o ; ~ t i c ã nos anos 80.
a interesse cresce. Hoje emdia. existem 500 mi l ]omó-grafos pelo mundo. E tem mais: 3pliunÍvose softwares que deixam as gr:lV:lr:Õf'S dos ce lulares com cara de t1lme mcom som de vinil com poein
mesmo quando o produto e analógiCO. eleJucrJ com a tecnologia. ~ o caso dos sapatos
de couro de canguru produzidos à mão pelo
sapateiro australiano James Roberts. e que
viraram febre. A manufatura e as ferramen
tas antigas são tradicionais - mas a distribuiçào e a yenda são feitas pela in ternet.
Rebeldes de butiqueMas de onde vem esse interesse pelo passado? "'Os jovens tendem a ver a cultura do
minante como homogeneizante e comercialdemais. Então eles partem em busca de ex periências mais auténticas ", diz Zeynep Ar-
sel, professom de marketing da Universida
de de Concordia, no Canadá, que estuda
esses jO\'ens desde 2003. O paradoxo dosneohippies está no fato de que é quase im p o s s í v ~ l te r uma experiência 100"1" autênti
ca: eles estão inseridos no mesmo sistemaque tentam renegar. Se conseguem comprar
os instrumentos para fazer cerveja em casapor um preço acessível, é simplesmente
porque as empresas perceberam que haviaum grupo de pessoas dispostas a gasiar di
nheiro - e resolveram investir nisso. Sim.não está íácil ser diferente . \ssim qu e al -
guém resolve inventar moda
e lanç'lf alguma tendênci>l. láestá alguma empresa pronta
para vender produtos perso
nalizados para ele . Foi o que
aconteceu com as cervejasartesanais: quando começa
ram a vender, foram compradas por grandes empre
sas. f o caso. por exemplo.
das marcas Baden Baden. Ei senbahn e Devassa. todas
compradas peJa gigante
Schincariol entre 2007 e2008 . "O mercado qu e res
gata atividades artesanais éwrl<l. rcaçao contra a uniíor
mização do consumo. Mas.
ele só eposs(vel po r causa da
abundância material na qual
Ylvemos. E isso de modo al-
gum questiona a sua mensagem e o seu apelo" . diz He
loisa Pai!. socióloga da Universidade Estadual de S;lo
Paulo. a Unesp. E mais: ser "autêntico" costuma ser
muito caro. Basta ver o preço da parafernália preferida: iPhone (I 749 reais). câmera de lomogra fia (250reais), garraia de cerveja artesanal (18 reais), sapato
de couro de canguru artesanal (790 dólares).
Enão se
deixeenganar
pelorostinho descabelado
e casacos de vovó' os hippies de hoje em dia não são
tão engajados quanto a versão dos anos 70. Não há
uma ideologia deiinida por trás dessas manias: eles
não lutam po r um mundo melhor nem pela liberta ção sexual. po r exemplo. Alguns t1ertam com a sus
tentabilidade (como a turma das ecovilas e dos a li mentos orgânicos, que não para de crescer) . Outros
pregam uma vida mais simples, de VOIUI às raizes(como o (<Iça você mesmo). r-,·fas a principal preocu
paçao desses jovens é ser diferente. E hasta . Isso não
quer dizer. no emanto. que as modas não sejam verdadeiras. "Eles não são uma tendência superficial e
ávida po r atenção. O interesse pejas bandas, marcas. artistas e estilos que consomem é genuíno. eeles se sentem em casa dentro desse universo". dizArsel. Ou seja, eles podem não mudar o mundo. Massão jovens - e estão se divertindo. O
PARA SABERMAIS
!);Y Culw . Porty &_tn N i n ~ Briboin
Grorgo MoKov. Von.o.l 998
o . " , y t ~ , , & ~ P ~ h r d.-.rudo-hif"t."
OUTUBRO 2011 SUPER 79
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Os melhores esportistas do mundonão ganham só medalhas, prêmiose as viagens r . is. Eles levampara casa tan .__ ... __ sapatos maistecnológicos que existem. Entenda
aqui como um calçado pode fazertoda a diferença nos esportes .
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The Ventura
1. Mikc _V S t a ff/ Gtotty Images2.Stu F o r o l . ' / ~ t t v lmages 3. Lefteris PitarakislAP I01ages
•
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-
The Ventura
TEXTOBARBARAAXT
EALEXANDRE
VERSIGNASSI
DESIGNRAFAEL aUICK
. E JORGE OLIVEIRA
ILUSTRAÇÃOESTÚDIO VORKO
•
COMO UM PAís FALIDO UMA
GANGUE DE CONTRABANDISTASE UM FILME VAGABUNDO
CRIARAM A MAIOR INDÚSTRIA
CINEMATOGRÁFICA DO MUNDO•
BEM NO MEIO DA AFRICA .
OUTUBRO 2011 SUPER as
J
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m . . . . .
The Ventura
fI) ANigéria praticamente não tem cinemas. Os lilmesnacionais de lá S;'Io feitos só para OVO mesmo - e osdiretores filmam co m câmeras à.<; vezes mais pre-
cárias do que esta aí que você tem no celular. Mesmo assim. eles tem (I maior induslria de cinema domundo. ·· r..I,'lior·' . veja bem. não na quantidade dedinheiro que ela movimenta. mas na de filmes. Os
nigerianos instituíram uma linha de montagem alu cinada. que produz mais de 50 limlos por semana.
2600 por ano - o dobro da indtistria de cinema ge ralmente apontada l'Omo a mais proliiica: a da Ín&.1.E 4 vezes mais doque Hollywood.
Os fi lmes . bom. mal chegam a ser dignos dessenome. São produções caseira.<; . simplórias. Pertoda qualidade de som. imagem. enredo e atuação docinema nigeriano. CluH's e Chapolin s:10 Copolla e
Scorcese (veja nos boxes). ~ a t u r a l : um iilme nigeriano custa VS$ 20 mil. em média - isso dá 39 segundosdo brasileiro Cilada .com (on;amento de L'SS 3,3 milhões) ou 0 .9 segundo de Capitdo:\ m"rica (USS 140
milhões)_Mas que ebl..'ga a tanlos milhões de espec tadores quanto esses últimos, chega. A :\írica já estádominada: o continente de 47 paises. 2 mil1inguas eum número maior ainda de grupo"- fltn;('()<; - PTlroostão distintos geneticamente e cuh :J.tosuecos e core mos - viciou nos ti L. Eagora o mundo também começa ,1 se curvar - pelomenos o mundo africano que existe fora da Aírica_
Londres est::i de prova. Ésó andar por 10 minutOs
OSUOFIAIN LONDON
IMMORALACT
Um dos inúm eros filmesnigerianos fe itos para acomunidade africana deLondres. Este, de 2003e que mostra o pobreOsuofia ten tandoalmoça r pombos,ê o mais famoso.
Ve ja: miVe.m.t5tXEH
86 SUPER OUru8RO :2011
Ato Imoral (2005) t ralo tema da ma ior parte dosfilmes da Nigêria: barracosfamiüares - cilnsado de se rchamado de impotente pelamulher, o ora se vinga à la5chwarzenegge r: engravidaa empregada.Veja:mizre_rnJ5tXfw
no bairro de Peckham. que concentra imigramesnigerianos. para sentir o poder dessa indústria. Nosúltimos anos. com o aumentado tlm.:ode imigrantes
africanos (legais e ilegais) para a Inglatcrra. Peckham\'irou um pedaço da .\l igérin cncr<lvado na capitalbritânica. Eentre uma Ou out ra barraca que vendetubérculos frescos (aírican style) . estão banquinhas
apinhada.<; de DVDs com prod uções nigerianas. Nãoê só em Londres que esses filmes pegam. Agora elescomcç<l.m a chegar às prenuêres do \Vest End, aáreamais chique da cidade. e a disputar espaço nas salascom um Harry Potterou um J'ransformersda vida.Mas essa his tória fic3 para depois. Primeiro. vamos\'er como tudo isso começou. num ga.lp3o empocirado de Lagos. a maior cid:lde da Nigéria.
A ORIGEMEm 1992. Kennech Nnebue. um comerciante de L:\gos.se \'iu com um dcp6sitoabarrotadode t1tas VHS enc(lIhada s. E l'Oncluiu que talvez fosse mais fác il v e n d ~ -lasse ho uvesse a1b'1lIIUl coisa grav(lda ali . Chamou umdirctor de teatro que fez um vídeo caseiro chamadoLiuing in Bondage (Vi\'endo em Escravidão).
Começa com o monólogo de um homem bonitão.
bem-vestido. E Ichie. um suje ito bem de vida. Masque só sabe se lamentar: ··Já tive vários empregos. Oúltimo foi num banco. E pedi demissão porque nãoestaVa ganhando o que merecia. Olha o John, o Okay.
o Obi .. Eles começaram l.'OmigO e já têm uma :\-Iercedes cada um: moram cm mansões. Já eu .. ·· Para
realÍL3r o sonho da t>,'lcrcedes própria. então. Ichieentra num culto que promete riqueza em troca desacrifícios. Depois de trucidar galinhas e outros bichos em rituais de bru...aria. acaba. tendo que matar aprópria mu lher.A partir dai ele de fato fica rico. maspassa a ser assombrado pelo i:llltasma da parro,l.
Esse Wall Streer com IT\.1cumba foi um sucessosem precedentes. "Acho que uxlo mundo na Nigéria viu esse fllme". dizCole Paulson, pesquisador doCemro de .l::studos Africanos de Oxford.
O estoque de fi tas aCabol i. E uma nova indús
tria de cinema nasceu. Mas isso não aconteceu aoredor de estúdios, como Hollywood ou Bollywood(a r101l)'",ood de Mumbai, na índia). Noll)"vood (:1
d1 Nigéria) surgiu das garagens. Depois do eslOurode Liuing in BOlldage nas banquinhas de camelõ.centenas de "produtores de filmes" se lançaram aolrabalho, com lima câmera na mão e sem grandesideias na cabeça. a nào se r li de fazer alguns trocados vendendo fit3S (e depois DVDs) no comércio derua - nada tão diferente do que os produtores defi lm es pipoca no resto do mundo (mas com eq ui
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The Ventura
MYGAMBIAN
HOLlDAY
Nem só de barracos efilmes sobre imigração
vive No llywood. Neste,
o jovem Bob encontra o
amor na Gâmbia, um
micropaís bon itinho
incrus tado no SenegalVejJ :migre.me/!itWOX
lHEFIGURINE
A Estatueta (2010) é oCidade de Deus deLes -no sentido de qualidade
cinematográfica. Umfilmão caprichado, com
orçamento de US$ 400
miL - o maior da história.
Veja: migre.melStXoC
Q) pamento bem mais barato). Diante do que veio de
pois, Living in Bondage é Shakespeare. Um sujeito
fazendo caretas para a cámera já faz!" -- .. _- -, . . I ~ ·'enredo" . emas cadeiras de boteco
baldio poeirento já formavam um ót
;\'Iesmo assim, os nigerianos viciaram em seu "ci-
nema nacional". E levaf>l.ffi o resto da Africa junto.
!\. disr.ribuiçào pelo conti nente ficou por conta
do contrabando . Já cxisti<\ toda uma rede estabe
lec ida dc distr ibuição de muamba no pais - e do
país para as nações vizitlhas. Desse jeito. os filmes
começaram a ating ir boa parte da Africa da noite
para o dia . Nobel de logística para eles . Só te m um
problema: isso é amarrar cachorro co m linguiça.
Logo qu e um produtor entrega uma pacoteira de
DVDs para essa rede, os próprios distribuidores já
começam a fazer cópias piratas para ficar co m o
lucro rodo . Os produtores, então . só conseguem
lucrar com a venda das cóp ias oficiais po r uma,
duas semanas. Isso limita a quantidade de dinheiro
quc um produtor pode ganhar com um filme - itl
dcpcndcntcmcntc do sucesso qu e faça. Resultado :
eles te m de fazer um filme atrás do outro .
Lancelot Idowu. um dos diretores mais famosos
do pais, fez 158 em 12 anos. Em um dia de filmagem
ele é capaz de gravar 59 cenas. Os atores seguem o
ritmo: o superastro local Desmond Elliot ,ltuou em
94 tilmes desde 1992, o que dá qtlase 8 filmes por
ano . E o públ ico assiste aos filmes co m a mesma ve
locidade co m que eles são produzidos. Lagos te m
15 milhões de habitantes e só 3 salas de cinema.
O povão compra os DVDs dos camelôs e assistc cm
casa . ou vê os filmes em canais de TV especializados .
..Na casa em que eu fiquei hospedado a TV iicava li
gada 24 ho ras por dia. 7 dias por semana. com filmes
nigerianos" , diz Cole. que passou o último ano na
Nigéria estudando essa indústria.
A produção caudalosa tornou a indústria de cine
ma nigeriana um dos maiores empregadores do pais.
Mas tudo funciona na mais absoluta informalidade
- um csqucma quc leva a situações inusit.tdas. Cole
P.tulson, qu e acompanhou o trabalho da produtora
Emem lsong. uma das mais famosas da Nigéria. con
ta melhor: "Logo no primeiro dia de filmagem. eb
perguntou se eu já tinha participado de algum filme
de Nollywood. Respondi que não. Ela então virou
para a roteirista e disse: 'Acho que dá para encai....:ar
mos ele em algum lugar. não?' Logo depois chegou
o direror e decidiu que eu se ria o ::tmigo americano
do protagonista, ljue estava na Nigéria para o casa
menlo do seu irmão. E pronLo. Minhas falas scriam
decididas na hora de filmar".
Cole também se lembra do d ia em que o dit"etor e a
produtora chegaram na mansão que já estava acer
tada co m a produção para a iílmagem e mudaram de
ideia. "Eles acharam que a casa não ia servir e saíram
peJa rua tocando a campainha das mansôes vizinhas
e perguntando se poderiam filmar h i ~ " , conta. " Em
um;l delas. foram atendidos por um adolescente . Os
pais estavam fora e ele deixou a equipe en t rar. com
a cond ição de ljue terminassem il.s 8 da noite. Mas a
filmagem atrasou e um carro chegou na Càsa. 'Sãoos pais! Os pais chegaram!', avisou um assistente. O
dit 'etor então mandou o astro do filme. um a celebri
dade na Nigéria, receber os dOllOS da casa na porta
e agradecer a generosidade de terem em p restado a
mansão. Deu tudo certo e a equipe continuou traba
lhando até a me ia -no ite .
Por essas, o grosso dos filmes de Nolly\vood conti
nua abaixo do "padrão Chapolin de qualidade " . Mas
isso está mudando. Os d iretores mais bem- sucedi
dos estão começando a gastar ma is. Agora, aqui e ali
aparecem produções mai:> caprichadas (veja no boxe
acima à. esquerda), com orçamcnto na fai.\..\ do mcio
milhão de dólares e exibição em cinemas. Cinemas deLondres. inclusive . Só no ano passado, 14 filmes esti
veram em cartaz na capital brit:inica . A comunidade
àfricana na Inglaterra também sustenta um canal por
assinatura dedicado exclusivamente aos fi lmes nige
rianos. Nada ma l para um negócio que começou com
um galpiío de fitas virgens encalhadils.0
PARA SABER MAIS
"",;st• • trocho, do , filmo"
http://nis·ri>film>.<om/
OUTUBRO 2011 SUPER 89
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.,...- - - - - - - - - - - ; - - ; ' O ; - - ~ - - - - - - - - - - - The Ventura
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ura
,
Dê uma mão à"
uasau
las são parada obrigatória
pa ra milhares de micro-orga
nismos, como bactérias, fun
gos e vírus. E, se as mãos não forem
bem lavadas, contribuem para a
disseminação de uma sé rie de do
enças, da gripe à hepatite A, sem
contar intoxicações alimentares .
Quando pegamos em notas de di
n heiro, por exemplo, entramos em
contato com níveis altos de conta-
minação. f , dependendo da via que
esses micróbios encontram para se
infiltrar no organismo e do estado
de saúde do indivíduo, chegam a
deflagrar problemas graves. ~ o r isso
é tão importante hi!:,'ienizar as mãos
com frequê.oda, espedalme-llte
antes das refeições. Use água e sa
bonete. Esfregue a palma, o dorso,
e ~ { T r a os dedos e o espaço entre eles. Ah,
lave também o punho. O processo
deve dllJar pelo menos um mi
nuto . Ao usar o banheiro público,
a atenção tem que ser redobrada .
Alguns já contam com torneiras
ou portas munidas de sensores que
não requerem o emprego manual.
A r e c o ~ e n d a ç ã o é evitar tocar di
retamente nelas, além de assentos
sanitários e maçanetas. Munido de
papel-toalha, abra e feche portas,
torneiras e afins. Depois jo.gue o pa
pel no lixo. Em casa, fique de olho
na hora de en xugar. Toalhas en
charcadas ta mbém são repositórios
de germes - quan do se enCOTl tram
nesse estado, devem ser substitu
ídas depressa. O recado está dado:
dê uma mão à boa higlene.
•ene.
ece
Nós podemos melhorar
a qualidade da saúdeno Brasil. Conheca
os finalistas do Prêmio>
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preferidos acessando
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The Ventura
TECH
NAo são bons OS tempos P.1r:l as bibliotecas públicas. Al ém da
concorrência com interne t e e- hooks. a crise econômica de2008-2 009 fez estragos. Éo caso do Ca nadá. onde a criseprovocou cones no orçamen to de serviços públicos. Paracombater a situação, a cidade de Surrey , na Co lúmbia Britâ-
resoh 'cu humaniza r, li tenl lmclltc, o contato com li -A City Centre Library. uma moderna biblioteca inau
b' ... l<Ja em setembro. cngaj a voluntários para participar doque ío i bal izado de "li\' ros vivos". Eles ficam disponíveispara com'crsar com o público, sobre qualquer assunto. em
sessões de cerca de meia hora. A ideia é proporcionar algoalém da simp les pesquisa em livros: acesso a conhecimento
e troca de experiências com gente da própria comunidade.Algo que não se encontra no Coagle.- Surrey/ibraries.ca
... E biblioteca SOBRE RODASEnquanto isso, no Br<lsil, a Bicicloteca é um projeto que leva,de triciclo, livros a sem-teto e pessoas que vivem em regiõessem biblioteca. Inic iativa do Instituto Mobilidade Verde, elaalia tr<lnsporte saudável e dempcratização de cuLtura. Paraparticipar, basta doar livros em um dos pontos de coleta da
ONG, que funciona em São Paulo. Depois, a Bicicloteca tr<ltade estimular os lei tores a passarem adiante os livros para fa·
zer as obras circularem. O projeto já ganhou um irmão, o 81-bliotáxi, em que livros são pa ssados adiante por me io de táxisda capitaL paulista. Lincoln Paiva , presidente do MobilidadeVerde, conversou com a SUPER:_ Bicicloteca.com.br
92 SUPER OUTUBRO 20 U - SUPER RADAR
-
o SONHO "O ROBSON [MENDONÇA, EMORADOR DE RUA ERESPONSAvE
PELA PRIMEIRA B/C/CLOTECAJ ME DISQUE SONHAVA EM TER UM CARRINHDESSES DE CARREGAR PAPELÃO , PA
EMPRESTAR LIVROS A 'IRMÃOS' DARUA. TOPAMOS A IDE IA NO ATO ."
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The VenturaAl ' I ~ N I ) I ~ N C I " ' S
TEXTO FELIPE VAN DEURSEN
A CUSTOMIZAÇÃO DAS ALCOÓ LICASSite ingLs vende licores fe itos sob encomend a usando produtos orgâ nicos
A mania de produtos com a cara do cliente chegou ao mundoetílico. E, de quebra, t rat a-se de uma bebida com menos impacto ambiental, algo pouco vist o nesse mercado (para cada taçade vinho produzida, por exemplo, são gastos 120 litros de
água, segundo a Wa t er Footprint Network). Essa é a propostada Alchemist Dreams, companhia britânica que produz licorescustomizados a partir de produtos orgânicos. Os interessadosescolhem os ing red ientes para a base da bebida e os a romasadicionais. Por exemplo: licor de laranja e framboesa com gengibre, lavanda e manjericão. Depois, é só escolher a garrafa,
também fei ta à mão, e enc·omendar. Por enquanto, o serviço sóexiste no Re ino Unido. Mas, se depender da popularização de
fa bricantes de bebida artesanal no Brasil, não deve demorar..- muito para algo semelhante aparecer por aqui.
_ www.alchem istdreams.co.uk
o PROJETO "É UM TRICICLO COM UM BAÚACOPLADO NA TRASEIRA, COM CAPACI-DADE PARA 300 LIVROS POR DIA. DISTRI·BuíMOS LIVROS GRATUITAMENTE SEMOBRIGATORIEDADE DE DEVOLUÇÃO,APENAS COM UM CARIMBO PARA EVITARA VENDA. PRETENDEMOS LANÇAR MAIS9 BIClCLOTECAS ATÉ O FIM DO ANO."
SUPERRAOAR " OUTUBRO 2011 SUPER 93
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The Ventura
Câ mera fotográfica mais inteligente da nova geração usa o CPS e o Go ogle Ma ps para encontrar 1 m ilhão áe pontos turísticoes palhados pero mundo - e levar você ate eles. - TEXTOBRUNOGARATTONI
REALIDADEAUMENTADAQuando você aponta acâ mera pa ra aLgum monumento, como d Terre Eiffelou o Portão de 8/G1ndenbur
go, ela o reconhece - e mostra o nome do lugar. Apontea câmera pa ra baixo e elavira um GPS , que destacaoutros pontos turisticos aaté 1 ,5 km daU e indica o caminho para chegar até eles.
MAPAS DE VIAGEM. Os nomes dos lugares onde
você esteve são salvos juntocom as fotos, o que ajudabastante na hora de encontrar as imagens no seu computador. Se você quiser, acâmera també m organiza as
imagens em rotas do GoogleMaps - dá para ir vendono mapd os lugares poronde você passou eas fotos qu e t iro u.
•
9 4 SUPEROUTUBRO 2011 - SUPEARAOAR
ESTILO INSTAGRAM
Sabe aquelas fotos meiodesfocadas, com ca ra de filme antigo, que os seus am igos adoram tirar com oiPhone e post <ir na internet?Esta câme ra tem um recursoparecido: sim ula o efeito detrês filmes usados pe los fotôgrafos profissionais nosanos 80. O efeito é bemmais sutil que o do Instagram , mas é bacana.
RECURSOS ESPERTOSão 16 megapixels, zo om de15x, vídeos em Full HD efotos panorâmicas sem co mplicação (é 56 um botào e no ar)E ~
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•
1 - 2A EVOLUCAO ABAIXO OSOOOOCK COMERCIAISEstas caixas de som O volume dos co-
se comunicam dire-,
merciais e sempretamente (e sem mais aLto que o dosfios) com o iPod ou programas. ~ umaiPhone. Ou seja: estratégia dos anun·você pode ficar co m ciantes para chamaro apa relho na mão , a sua atenção - 'eno sofá, e usá·Lo é bem ir ritante. Estepara controlar as apareLho estabilizamúsicas. Muito mais automaticamente oprátic.o do que co· voL ume da TV, resol·nectar a um dock. vendo o probLema.- SOUNOSPHERE _ TVSTABlllZER
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The Ventura
........
""".' . l._,:!:
" .
/; /1/1
3 4 5VOO DE PAPEL PORKY'S EM 3D SEM LEVARLembra-se de qUiln- Ver filmes em 3D é MULTAdo você era criança bacana. O problema Ler e-mails, manda r
e perdia um tempão é que ainda existem SMS, checar o Twit-fazendo aviões de poucos tituLas nes· ter. Dá para fazerpapel? Surgiu um se formato. Mas tudo isso enquantobom motivo para este tocador de você dirige - graçasvoLtar a brincar OVO e BLu .ray tem a este aceswriocom eLes: este mini· um recurso que pa ra iPhone e BLack·motor eLétrico, que transforma quaLquer berry, que entendeva i encaixado no film e 20 em 3D - co mandos de vozaviâozinho - e o até os c\.âssic.os (em ingLês e espa·faz voar po r até da sessão da tarde. nhoú e Lê as menS<l·
9 O s d o s . E fica bom. ge ns em voz alta.- AI NEKIT - BD·C7SOO _ SUPERTOOTH HDNos EUA: R$ 32 Nos EUA: R$270 Nos EUA: R$ 23 0thinkgeek.com samsung.com supertoath.net
E-MAILSeOMHORAMARCADA
PASS01
Enviar
mensagens
tarde da noite
é queima.filme(o chefe ni o viii
levar a sérioumil ideia quevoci teve às 3hda manhã). Mas
há solução.
PASS02Instaleo pluginBoomerang
(boomeranggmailcom),compatível
como
navegador
Chrome.
PASS03
Entre no Gmaile crie uma novamensagem.
Apareterá um
menu no quaL
é possívelprogramar
o horário emque ela será
enviada.
6A t'lOTO QUENAOCAIAr-condicionado, rá-
dia, poLtronas con-fartáveis para doispasS<lgeiros. Nemparece uma moto.E, quando você parano semáforo, ro&nhas estabiLizadorasse projetam das La·
terais - eqUlibrandoautomat icamenteo veiculo em pé ._ MONOTRACERNa Suíça: R$120 Milperaves.ch
SUPERRADAA .. OUTUBRO 2011 SUPER 95
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•
The VenturaI ~ S C O U I l 4 S
TEXTOkARINHUEC ":
-
todos o que ter ia acontecido se a gr ipesuína tivesse matado 1 em cada 4 pessoas que contaminou? É o que tenta imaginar esta ficçào cientifica,na qual uma doença fatal e transmissível pelo ar mata milhares (se nâo milhões) de pessoas em poucassemanas. Rapidamente, o planeta inteiro é contaminado não só pela doença, mas pela histeria colet iva.É justamente por mexer com uma ameaça tão pLausivel (quantas epidemias já tivemos nos úl t imos anos?)que este filme me)(e com você - e você vai sair do cinema com medo até de encostar nos outros.
- CONTÂGIO. nos cinemas em 28 de outubro.
o SONHO DE
TODO HOMEMUm profenQr de fisic:a descobre I fórmula põlr.Ium c ..m . dOi invisibilicbde e resolve tesü-lo. m si mesmo. A ideia é f icilr ma is perto de seuOIm or de infância, Butrice, uma bailarinabmoSOl que o ignor.!. Como iI OIlNIcIa t ilriSca (e
ele, um nerd virgem), o tientim ilcaba tirandoumOl casquinha para observar outras mulheresÚlrincipalmente OI OIssistente ninfomaniacade Beatrice) de perto. A obra é inspirilda em
O Homem In"';5' ..el, de H.G. Wells, e virou UmilsucHSão de cenas a l ie ntes na o do mestredos quadrinho s, Mito Manara .
_ O PERFUME DO INVlSiVEL.Mito Manara, Conrad, 11 2 páginas, R$ 39,90
•96 SUPER OUTU6RO 2011 - SUPERRAOAR
-
PAIFrankie é um menino pobre
iri..ilndis de 15 anos que
engravidou uma menina.
Filho de pai ausente, ele querse esforçar pilra se r o melhor
exemplo do mundo para o bêbPara isso, resolve treinar a paternidade com uma bonecae ignorar as provocações dosamigos. Se eLe vai conseguir,só vendo este curta-metragemque g.mhou o Festivill de Berumem 2008 e agora está onüne:_ FRANKlE: migre.me/5G2/W .
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The Ventura
Burton de pertoTom (ruis!.' deveria te r sido Edwara Mãos de Tesoura.EJJCk NichoLson não podia{ por contrato, passar maisde 4 horas por d ia no se t ae filmagem de Batmelr1,
em 1989 ~ o que atrasou o filme todo. Neste livrovocê fica sabendo dos bastidores da carreira do diretorTim Burton, e entende por que seus fiLmes são tãoesquisitões. (Só para constar. quando criança, certa vez
seus pais fet:haram a janela do seu quarto com tijolos.)
_ O ESTRANHOMUNOODEnM HURTOM,Paul Woods, l eya , 344 páginas, R$ 44,90.
surrealEm 191t6, dois do s maiores artistas do mundo, o pai do Mickey, Wa Lt Disney, e o pintor
5urreaUsta Salvado r DaU, resoLveram traba·
Lhar juntos. Dali boLou um mteiro, e Oisney
deveria animâ-Lo. Mas, por falta de dinheiro,
apenas 17 segundos ,furam concluídos. Em
2003, o sobrinho de Disney decidiu terminar
o projeto, uma mistura de imagens surreais
com cores e sons de desenho animado.
Eagora ele está online:
- DESTINO: migre.m eJ5FZCw.
FetosDivulgaçAo
• •DAOPE,DINOOs dinossauros nã o morreram - e s t ~ o vivos
na forma de pássaros. Você já deve te r ouvido
essa frase, e é nel.<i qu e estes 4 documentários
se baseiam para explicar o mundo pré-histórico.
Assim, ficam os sabendo que os dinossauros tinham rituais de acasal.<imento muito ma is com
plexos do que se imaginava, e qu e cuidavam de
sua prole com ded icação totaL A ideia é mos
t rar que é injustiça chamar os dinos de fracas
sos evoLutivos - afinal, e les ainda estão po r ai:
nas nossas gaiolas e poLeiros.
_ REINODOSDINOSSAUROS.17 a 20 de outubro, 20h, no Diswvery Channel
A HISTÓRIA DO PLANETA.DAVIDA & DAS CIVI!JZAÇÕES.
DO BIG BANG ATE HOJE
,
MEGALOMANIACOTudo qu e já aconteceu na Terra, do Big Bang ao su r_
gimento do homem, do s dinossauros aos egípcios,
do s incas a NapoLeão: este livro pretende explicar
tlntim po r tintlm. E el e consegue (quase, vai).
_ OQUEACONTECEUNA IERRA?Christopher Lloyd, Intr ínseca, 416 págínas, R$ 59,90.
SUPERRAOAR · OUTUBRO 2011 SUPER 97
5/13/2018 Super.interessante.296(1) - slidepdf.com
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m., ..
•
The Ventura
tJ/41 .
hortaMantenha Longe as árvores, as ped ras e os insetos. Use águ a e adubo em parc imô nia .É as sim que as suas frutas e legumes vão vingar. O TEXTO ANDRÊBERNARDO
1O PREPARO 2AESTRUTURA 30PLANTIO 40SCUIDAOOS
•
LIMPE O LOCAL SEM GALHO ~ O R T E Na hora de escolher o terreno,opte pe los planos e co m mais de30 cen tíme tros de profun didade.Re tire as pedras, desm<ln che os
torrões de terra e ajunte o m<lto.Depois, revoLva os
Não plante sua ho rt .perto de árvoresfrondosas. Elas vãoso mb rear as hortaliças
e competir por iogua enutnentes. Escolha umLocal co m bomescoamento de água .Faça o teste: ca ve umburaco e en cha-o deágua . Se de mo rar aescoar, é bom usarcanaletas
AGUANELESMoLhe a sua hortaduas vezes ao dia: depreferênCia pela m<l nh ãe à tarde. Evite osho.-jrios ma is quentes,porque o caLor evaporila umidade. Mas niio
AS PRAGASPara combater predadores, aplique soLuçõesaquosas de siloiio, pu ra s
ou com querosene.(Neste caso, espere 2semanas pa ra colher) .VoeI:: tam bém pode usarca Ldo de ceb ola,
15 cent ímetros omais "fofo "A<
~ OSOLOMIOO soLo mui to argi-
Loso é duro, e omui to arenoso é
pouco fe rtil - porisso , procure osme io a meio. Parasaber a textura,molhe a terra etente mold á·La . Osolo que não aceit aser moldado éarenoso. O que ficacirc ular é argiloso.
. ..
• •
•
•, .. •
, .. .
AO ALCANCEFaça can teiros com1 metro de largura (paraainda akançilr o centrocom o braj;oJ e 20 emde altura lpara as raizesse desenvoLverem). Entreum e ou tro, reserve umespaço de 30 a 40 empa ra facilitar a passa·gemo Do lado ex terno,co nst ru a uma pequenacerca de tilbuas ou tijolospara seg urar a terra.
••
SEMENTE,SEMENTE
.. .
•
CoLoque as sementes emfileiras com 2S em dedistância en tre si. Ab rasuLcos de 3 cm de profun.dldade e jogue as semen ·t eso isso faz com quenasça mais de uma plantapor bura co - nesse ca so ,remova as plantas menosdesenvolvidas pa ra darchance de as out rascrescerem meLhor.
po r met rocanteiro.
de pimenta eaté leite cru. 5mi nutos
" ..
..~ resto
de comida .....-.. pó de ufé
.
~ militoampinado
ADUBO EM CASAJogue os ingredientes acim<l em um bu racona terra. Cub ra e reg ue 2 vezes porsemana. O ad ubo fica pronto em 60 dias.Pa l<l checa r se está bom, coloq ue umachapa de me tal no buraco. Se eLa fic.ar fria,o adubo está pron to {se estiver que nte,é po rque a decomposição do materialorgânico ainda estj acontecendo}.
.. ti ~ j i o s:>nv Fan'_ Geovani Amaro. ~ h o i r o I I l I r ~ da Embtapa HoroIIiç:as; João de Paula Araúio,eoortItntdordO cu r<ode "Wonorni. dau.-.v<nidade FedEoral Ru ral dORode n e i , o CU I ' ~ I U ) ; e Rogerio P"uiha Gcuve ,"" & n g < ! " ~ ro ag 'ónorno d8 E 'P resa dO Msist"rICia Técnica e E>ttmslo R....". dO Estado de Riode ~ t ( l (Ematet_Rk» .
•