Superbacterias

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As bactérias dominaram a Terra por bilhões de anos. São microrganismos procariontes, unicelulares e com uma estrutura muito mais simples que qualquer célula do nosso organismo. A capacidade de sobrevivência e o modo de reprodução por divisões binárias, permitiram que ocupassem, literalmente, todo canto do globo. Obviamente, seu corpo também não escaparia dos bichinhos: o ser humano “hospeda” trilhões de bactérias, que vivem principalmente na pele, boca, genitália e intestino. As bactérias ajudam em várias atividades no corpo humano, como a síntese de vitaminas, atuam no metabolismo e protegem contra microrganismos patogênicos ( causadores de doenças graves). Em pouco tempo as bactérias formam colônias com milhões de microrganismos. Quando as bactérias causadoras de doenças estão em maior número no organismo, há risco de acontecer uma infecção. Para tratar o problema, os antibióticos tentam eliminar os microrganismos patogênicos. Nem todos os microrganismos morrem: mutações genéticas permitem que bactérias resistentes a esses medicamentos sejam naturalmente selecionadas. Quanto mais antibióticos são usados, maior a resistência apresentada pelos microrganismos. Assim, pacientes hospitalizados e que foram medicados com diferentes antibióticos têm maior risco de se infectar por bactérias resistentes. Em casos extremos nenhum antibiótico é capaz de acabar com a infecção, causando a morte do paciente. Os microrganismos se espalham com facilidade entre os pacientes, já estão presentes no ambiente, em objetos e nas mãos daqueles que tiveram contato com as bactérias. Saneamento básico precário e o uso indiscriminado de antibióticos, são apontados como os principais fatores para a presença de bactérias resistentes a uma ampla gama de antibióticos. Revista Galileu: Superbactérias – Thiago Tanji. Janeiro, 2015. Ed.282 Superbactérias

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As bactérias dominaram a Terra por bilhões

de anos. São microrganismos procariontes,

unicelulares e com uma estrutura muito

mais simples que qualquer célula do nosso

organismo. A capacidade de sobrevivência

e o modo de reprodução por divisões

binárias, permitiram que ocupassem,

literalmente, todo canto do globo.

Obviamente, seu corpo também não

escaparia dos bichinhos: o ser humano

“hospeda” trilhões de bactérias, que

vivem principalmente na pele, boca,

genitália e intestino. As bactérias

ajudam em várias atividades no corpo

humano, como a síntese de vitaminas,

atuam no metabolismo e protegem

contra microrganismos patogênicos

( causadores de doenças graves).

Em pouco tempo as bactérias formam colônias com milhões de microrganismos. Quando as bactérias causadoras de doenças estão em maior número no organismo, há risco de acontecer uma infecção.

Para tratar o problema, os antibióticos tentam eliminar os microrganismos patogênicos. Nem todos os microrganismos morrem: mutações genéticas permitem que bactérias resistentes a esses medicamentos sejam naturalmente selecionadas.

Quanto mais antibióticos são usados, maior a resistência apresentada pelos microrganismos. Assim, pacientes hospitalizados e que já foram medicados com diferentes antibióticos têm maior risco de se infectar por bactérias resistentes.

Em casos extremos nenhum antibiótico é capaz de acabar com a infecção, causando a morte do paciente.

Os microrganismos se espalham com facilidade entre os pacientes, já estão presentes no ambiente, em objetos e nas mãos daqueles que tiveram contato com as bactérias.

Saneamento básico precário e o uso

indiscriminado de antibióticos, são

apontados como os principais fatores para a presença de bactérias resistentes a uma ampla

gama de antibióticos.

Revista Galileu: Superbactérias – Thiago Tanji. Janeiro, 2015. Ed.282

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