Superação e conquistas marcam o grupo de mulheres da cooperativa de agricultoras de janauba

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº1279 Outubro/2013 Janaúba Superação e conquistas marcam o grupo de mulheres da cooperativa de agricultoras de Janaúba Começar seu próprio negócio é o sonho de muita gente, mas a maioria dessas pessoas não têm coragem de arriscar. Para o grupo de mulheres agricultoras do município de Janaúba/MG motivação para lutar não falta. Elas demonstram que é possível criar no Semiárido Mineiro uma mudança de vida, com união e organização. A partir do pequeno cultivo de hortas agroecológicas com frutas, verduras e hortaliças, elas comercializavam na feira da cidade, somente aos finais de semana. Ao analisar as perdas devido à baixa comercialização, avaliaram a necessidade de uma mudança para o melhor aproveitamento dos produtos e resolveram procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. Juntos, criaram a Feira de Agricultura Familiar com funcionamento às terças e quintas-feiras. As agricultoras contam que a experiência foi um sucesso. No final de maio de 2010, o grupo, após adquirir vivência no mercado, realizou reuniões e discussões com o sindicato e decidiram criar a “Cooperativa dos Agricultores Familiares do Vale do Gorutuba – COOPERVALE”. As cooperadas relatam que com a formação do grupo de mulheres o objetivo foi trabalhar com o processamento de conservas. A agricultora familiar, Jaciléia de Souza Santos, explica que o grupo é formado por 10 mulheres e está se fortalecendo cada vez mais. Para ela é gratificante poder fazer parte desta equipe, produzir de maneira sustentável os produtos agroecológicos e ter a oportunidade de gerar renda.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1279

Outubro/2013

Janaúba

Superação e conquistas marcam o grupo de mulheres da cooperativa de agricultoras de Janaúba

Começar seu próprio negócio é o sonho de muita

gente, mas a maioria dessas pessoas não têm

coragem de arriscar. Para o grupo de mulheres

agricultoras do município de Janaúba/MG motivação

para lutar não falta. Elas demonstram que é possível

criar no Semiárido Mineiro uma mudança de vida, com

união e organização.

A partir do pequeno cultivo de hortas agroecológicas

com f ru tas , ve rduras e hor ta l i ças , e las

comercializavam na feira da cidade, somente aos finais de semana. Ao analisar as perdas devido à

baixa comercialização, avaliaram a necessidade de uma

mudança para o melhor aproveitamento dos produtos e

resolveram procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais

do município. Juntos, criaram a Feira de Agricultura Familiar

com funcionamento às terças e quintas-feiras.

As agricultoras contam que a experiência foi um sucesso. No

final de maio de 2010, o grupo, após adquirir vivência no

mercado, realizou reuniões e discussões com o sindicato e

decidiram criar a “Cooperativa dos Agricultores Familiares do Vale do Gorutuba – COOPERVALE”.

As cooperadas relatam que com a formação do grupo de mulheres o objetivo foi trabalhar com o

processamento de conservas.

A agricultora familiar, Jaciléia de Souza Santos, explica que o grupo é formado por 10 mulheres e

está se fortalecendo cada vez mais. Para ela é gratificante poder fazer parte desta equipe, produzir

de maneira sustentável os produtos agroecológicos e ter a oportunidade de gerar renda.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Minas Gerais

Após este período, o grupo de mulheres teve

dificuldades financeiras. Foi quando conheceram o

Instituto Consulado da Mulher, que oferece assessoria à

mulheres de baixa renda e pouca escolaridade; com

objetivo de exercer atividade empreendedora que

possa gerar renda e proporcionar melhores condições

de vida a elas e às famílias.

As cooperadas fizeram a inscrição no projeto e foram

atendidas com a aquisição de equipamentos

fundamentais para exercer o trabalho na cooperativa – freezer, congelador e fogão. Além do

maquinário, elas fizeram cursos de capacitação, em especial, para a produção de picles –

conservas feitas com pepino, cenoura, cebola, abobrinha, quiabo entre outros, em geral. No

mesmo período, também se especializaram no processamento de poupas de frutas.

A agricultora Elizete Celestina de Souza está no grupo desde a sua criação e conta como a sua

vida mudou. Casada, mãe de um filho ela relata que além de ter a oportunidade de participar,

conhecer seus direitos, também é importante aprender a organizar a equipe. Ela analisa que é uma

forma de pensar em crescimento e melhores condições de

vida.

A cooperativa e o grupo de Mulheres continua em pleno

funcionamento. E atualmente, tem acesso aos programas do

governo como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e

o Programa Nacional de Alimentação Escolar– PNAE, que

possibilitaram melhor comercialização dos produtos

agroecológicos. A cooperativa e o grupo tem como sonho

fazer a comercialização municipal, regional e quem sabe até

internacional.

Com a criação do grupo de mulheres da Coopervale as cooperadas identificaram que as mulheres

podem lutar pelos seus direitos; combater a violência doméstica; criar autonomia financeira para

gerar renda e possibilitar a melhora na qualidade de vida das famílias rurais. Além de garantir a

presença das mulheres no fortalecimento nos debates relativos às questões ambientais; ocupar os

espaços políticos e sociais que lhe são de direitos nas instituições e entidades que representam ou

possam vir representar.

Para as agricultoras familiares a felicidade é fruto da criação do Grupo de Mulheres da Coopervale,

porque possibilitou ter fonte de renda, e visão de crescimento pessoal e profissional.

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