Sumário - tche.br · 2020-05-28 · O isolamento vai passar e juntos vamos celebrar a vida e o...

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nº 1608 28 mai. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. (jun. 1989) - . Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

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nº 1608 – 28 mai. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 2, 28 mai. 2020

Palavra da Casa

Ascar, há 65 anos fortalecendo o meio rural gaúcho

É impossível lembrar do aniversário da Ascar sem falar do trabalho abnegado e

comprometido de tantos extensionistas que fizeram e fazem a história da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul.

Nestes 65 anos, que serão celebrados no próximo dia 2 de junho, terça-feira, muitas ações de melhoria das condições de vida de quem vive no meio rural do nosso Estado foram pensadas, planejadas e realizadas nos mais longíquos rincões.

É histórico que nossos extensionistas chegam a recantos que só nós, da Emater/RS-Ascar, temos acesso. Isso é reflexo da vocação de cada técnico e de cada profissional que se dedica a garantir a produção, por exemplo, de alimentos em qualidade e quantidade que abastecem a nossa população e contribuem com o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado.

Não é de hoje que a Ascar, através também da Emater/RS, é referência no país nesse trabalho de impulsionar e fortalecer o meio rural gaúcho.

Fundada em 1955 para garantir crédito às famílias gaúchas que vivem no campo, a Ascar é motivo de orgulho para a história do Rio Grande do Sul, também no incentivo à permanência delas no campo.

Nesse momento em que o mundo está quase paralisado em função da pandemia da Covid-19, manter a produção de alimentos é imprescindível para termos saúde física, social e econômica. Não podemos parar, mas, sim, permitir e buscar meios para que nossos agricultores garantam a circulação desses alimentos, gerando renda para as famílias produtoras e que movimentam a economia de nosso Estado.

O isolamento vai passar e juntos vamos celebrar a vida e o alimento que a sustenta, mas por enquanto aproveitamos esta data de fundação da nossa Ascar para agradecer a cada profissional, pelo empenho e a dedicação, e principalmente a cada agricultor e agricultora, com que nos recebem em suas casas e propriedades e nos permitem tantas trocas de experiências e conhecimentos que só nós, extensionistas, temos a honra de exercer.

Vida longa à Ascar!

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar

DESTAQUES

Safra de grãos de verão finaliza e inicia os preparativos da safra de inverno.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 3, 28 mai. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 21 A 27/05/2020

A chuva dos últimos dias amenizou a estiagem em grande parte do RS. Entre a

quinta-feira (21) e o domingo (24), a propagação de uma frente fria gerou grandes áreas de instabilidade que provocaram chuva intensa, com altos volumes acumulados na maioria das regiões. Na segunda-feira (25), a nebulosidade ainda predominou, ocorreram pancadas isoladas de chuva, e o ingresso de ar frio provocou o declínio das temperaturas. Na terça (26) e quarta-feira (27), a presença do ar seco e frio manteve as temperaturas baixas, com valores inferiores a 5,0°C e formação de geadas isoladas.

Os volumes registrados foram elevados e amenizaram a condição de estiagem estabelecida sobre o Estado nos últimos meses. Os valores ocorridos nos últimos dias oscilaram entre 60 e 90 mm na maioria dos municípios. Na região Central, Campanha e na Fronteira Oeste, oscilaram entre 100 e 140 mm, superarando 160 mm em algumas localidades. Os totais mais elevados observados na rede de estações meteorológicas INMET/SEAPDR ocorreram em Lagoa Vermelha (102 mm), Cruz Alta (104 mm), Santa Maria (113 mm), Palmeira das Missões (119 mm), Soledade e São Gabriel (122 mm), Dom Pedrito (129 mm), Alegrete (135 mm), Encruzilhada do Sul (140 mm), Jaguarão (153 mm), Bagé (165 mm), Caçapava do Sul (185 mm), Quaraí (190 mm) e Uruguaiana (253 mm).

A temperatura máxima da semana foi registrada em Bagé (26,8°C) em 21/05 e a mínima ocorreu em 27/05 em Serafina Corrêa (2,0°C).

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 27/05/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 4, 28 mai. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 28/05/2020 A 03/06/2020

A próxima semana terá períodos de chuva, frio e geadas no RS. Na quinta-feira (28), o

sol vai predominar, e a presença do ar frio manterá as temperaturas baixas, com possibilidade de geadas no interior gaúcho. Na sexta (29) e no sábado (30), o tempo permanecerá firme, com temperaturas em elevação em todo Estado. Entre o domingo (31/5) e a segunda-feira (01/6), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Na terça (02) e quarta-feira (03), o ingresso de uma massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará acentuado declínio das temperaturas, com valores próximos de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões.

Os totais esperados para o período oscilam entre 15 e 35 mm na maioria das localidades. Nas faixas Norte e Noroeste os volumes deverão oscilar entre 35 e 50 mm, e poderão superar 60 mm em alguns municípios do Planalto e do Alto Vale do Uruguai.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 5, 28 mai. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

CULTURAS DE VERÃO

Soja

O cultivo da soja no Estado está 100% colhido. A produtividade média foi de 1.793

quilos por hectare, e a produção chegou a 10.693.367 toneladas, com perdas de 45,8% em

relação à produção esperada.

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Soja 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 28/05 Em 21/05 Em 28/05 Em 28/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%

Em Maturação 0% 2% 0% 1%

Colhido 100% 98% 100% 99%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

As solicitações de vistorias de Proagro nas lavouras que utilizam a política de crédito

rural seguem ocorrendo no Estado. Até 27/05 foram realizadas 10.271 vistorias de Proagro

em lavouras de soja por técnicos da Emater/RS-Ascar. A totalidade de solicitações em

culturas e hortigranjeiros chega a 18.017 vistorias; os números vêm sendo contabilizados

desde 01 de dezembro de 2019, por conta dos danos devido à estiagem.

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Bagé, Porto Alegre,

Frederico Westphalen e Pelotas, a colheita está encerrada. Na de Santa Rosa, a

produtividade esperada para a cultura era de 3.280 quilos por hectare e fechou na média de

1.960 quilos por hectare, com quebra de 40%, sendo mais expressiva na região das Missões

– em Caibaté, 79%; Entre-Ijuís, 70%; em Santo Ângelo e Bossoroca, 60%. Na de Bagé, a

produtividade média chegou a 1.600 quilos por hectare, com perda de 55% da produção

regional. A instabilidade climática ocorrida e as frustrações nos resultados alcançados

apontam cenário de incertezas entre os produtores em relação à área a ser plantada na

próxima safra. Na região de Porto Alegre, o rendimento médio ficou em 1.350 quilos por

hectare, com perda média de 55% em relação ao esperado inicialmente. Em geral, a

produtividade das áreas colhidas apresentou bastante disparidade e ficou muito abaixo do

esperado devido ao período prolongado de estiagem durante o ciclo da cultura. Nas áreas

onde houve plantio direto, o desenvolvimento foi melhor devido à maior capacidade de

resistência das plantas ao estresse hídrico. Na regional de Frederico Westphalen, a produção

teve uma redução de 26% em relação à expectativa inicial, com a produtividade média

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 6, 28 mai. 2020

chegando a 2.420 quilos por hectare. As perdas também puderam ser comprovadas na

qualidade dos grãos de tamanho e peso inferior ao normal. Na de Pelotas, o efeito da

estiagem fez a produção encolher para 504.204 toneladas, 48% menor que a esperada. A

produtividade média foi de 1.240 quilos por hectare. As chuvas ocorridas na região

permitiram realizar a semeadura de forrageiras de inverno, plantas de cobertura dos solos.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja

comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 98,95/sc., com redução 2,54% em

relação à da semana anterior.

Na região de Santa Rosa, o preço foi de R$ 96,00/sc.; na de Ijuí, entre R$ 96,00 e R$

99,00; em Frederico Westphalen, R$ 95,50; em Passo Fundo, entre R$ 100,00 e R$ 102,00;

em Erechim e Santa Maria, R$ 98,00; em Caxias do Sul, R$ 97,00. Na regional de Porto

Alegre, R$ 94,00; na de Soledade, em R$ 98,30. Na regional de Bagé, variou entre R$ 96,00 e

R$ 105,00; na de Pelotas, entre R$ 98,00 e R$ 106,50/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2129, de 28 de maio de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho

Durante a semana, ocorreram precipitações em todas regiões do RS, interrompendo

a evolução das perdas. A colheita do cereal prossegue e já chega a 95% dos cultivos.

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Milho 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 28/05 Em 21/05 Em 28/05 Em 28/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de Grãos 0% 0% 2% 2%

Em Maturação 5% 10% 8% 9%

Colhido 95% 90% 90% 89%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 7, 28 mai. 2020

Na regional de Lajeado, a colheita está encerrada nos vales do Taquari e Caí. A

produtividade final das lavouras destinadas para grãos no Vale do Taquari ficou na média de

3.641 quilos por hectare, representando 44% de redução frente à produtividade esperada.

Na região do Vale do Caí, foi de 3.108 quilos por hectare, com perda de 41%.

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa e Soledade, 92% das lavouras já

foram colhidas. Na de Santa Rosa, a produtividade média tem se mantido em 7.080 quilos

por hectare, e as perdas em 11%. O bom volume de chuvas ocorrido na região favoreceu as

lavouras do milho-safrinha em floração e enchimento de grão, estancando as perdas e

apresentando uma produtividade que compensa a realização da colheita. Na de Soledade, o

rendimento atual é de 2.800 quilos por hectare. As chuvas na região recuperaram a umidade

do solo e beneficiaram as lavouras tardias que estão na fase de enchimento de grãos,

principalmente na região do Vale do Rio Pardo, onde se concentra a maior parte das áreas

cultivadas com milho do tarde pós-tabaco.

Nas de Bagé e Caxias do Sul, a colheita chegou a 93% das áreas cultivadas. Na de

Bagé, a atividade não avançou mais devido às chuvas na região, que impediram o acesso de

máquinas, e por conta das lavouras em que as perdas não justificam a atividade; é o que

ocorre em São Gabriel, onde produtores preferem destiná-las ao pastoreio direto de

animais. A produtividade média é de 1.600 quilos por hectare, com perdas se mantendo em

55% em relação à produtividade esperada. Na de Caxias do Sul, a colheita está concluída nos

municípios que cultivam áreas maiores; nos mais próximos a Caxias do Sul e nos da região

das Hortênsias, a colheita está mais lenta nas lavouras destinadas a consumo próprio e

eventual venda de excedente. O rendimento médio atual é de 4.984 quilos por hectare.

Na de Frederico Westphalen, a colheita se aproxima do final, chegando a 99% das

lavouras, com grãos apresentando boa qualidade. O rendimento médio é de 6.840 quilos

por hectare, 21% menor que o esperado inicialmente.

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Pelotas é onde a colheita está

mais atrasada; na de Santa Maria, chegou a 86%. A produtividade é de 2.200 quilos por

hectare, com perdas que chegam até 65%. Na de Pelotas, a colheita chegou a 72% dos

cultivos. A produtividade média é de 1.435 quilos por hectare, com variação no rendimento

entre os municípios: enquanto em Piratini chegou a 450 quilos por hectare, em São

Lourenço do Sul a produtividade média é de 2.090 quilos por hectare. A média de perda na

região está em 66%.

Na regional de Porto Alegre, 95% das lavouras de milho estão colhidas. Os avanços

têm sido lentos devido às operações ocorrerem de forma manual em muitas lavouras. O

rendimento atual é de 2.170 quilos por hectare. Lavouras que tiveram perdas significativas

na produção de grãos vêm sendo destinadas à alimentação animal frente à escassez de

forragem de qualidade.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do

milho chegou a R$ 43,44/sc. no Rio Grande do Sul, com aumento de 0,32% em relação ao da

semana passada.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 8, 28 mai. 2020

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, o preço está cotado a R$ 43,40/sc.;

em Frederico Westphalen, a R$ 41,00; em Erechim, a R$ 44,00; em Bagé, tem variado entre

R$ 42,00 e R$ 55,00; na regional de Pelotas, entre R$ 45,00 e R$ 50,00; em Ijuí e Passo

Fundo, a cotação variou entre R$ 41,00 e R$ 43,00; em Caxias do Sul, ficou a R$ 40,50. Na

regional de Soledade, a R$ 41,70; na de Santa Maria, a R$ 45,70; e em Porto Alegre, a

cotação alcançou o valor de R$ 51,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2129, de 28 de maio de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho silagem

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a colheita do milho para

silagem foi realizada em 95% dos cultivos. As áreas de produção de grãos cujo rendimento

está abaixo do esperado vêm sendo destinadas para silagem, o que implica também em

silagem de qualidade inferior. A produtividade média é de 10.860 quilos por hectare, bem

abaixo da obtida em safras anteriores. O preço tem variado; para silagem adquirida direto na

lavoura, entre R$ 0,12 a R$ 0,15/kg. Já a silagem posta via transporte a granel e na ensacada,

os valores chegam a R$ 0,18/kg.

Na de Porto Alegre, 99% do milho destinado à silagem está colhido. Há lavouras de

grãos que vêm sendo destinadas à silagem devido às perdas significativas de rendimento e

qualidade. A produtividade média atual é de 14 toneladas por hectare. O preço da tonelada

de silagem é de R$ 327,00.

Na regional de Lajeado, está encerrada a safra de milho para silagem nos vales do

Taquari e Caí. Houve perdas nas lavouras, tanto em volume de massa verde produzida como

em qualidade de silagem, já que o que fornece qualidade à silagem são os grãos formados

nas espigas, as quais, em virtude da estiagem não se formaram ou ficaram pequenas, e

quase sem grãos.

Arroz

A safra do arroz no Estado está encerrada. Em geral, os grãos colhidos apresentaram

boa qualidade e bom rendimento de engenho, características favorecidas pelas condições de

tempo seco que predominaram durante o ciclo da cultura. A produção chegou a 7.581.095

toneladas, com produtividade média de 8.030 quilos por hectare.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 9, 28 mai. 2020

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Arroz 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 28/05 Em 21/05 Em 28/05 Em 28/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%

Em Maturação 0% 1% 0% 2%

Colhido 100% 99% 100% 98%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Santa Maria e Soledade, a colheita foi

concluída. Na de Pelotas, o rendimento médio foi de 8.420 quilos por hectare, e a maior

produtividade foi alcançada no Chuí, de 10.050 quilos por hectare. Na regional de Santa

Maria, a produtividade média foi de 7.710 quilos por hectare. E na de Soledade, o

rendimento médio chegou a 6.640 quilos por hectare.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação

média do arroz no RS foi de R$ 60,29/sc., um aumento de 4,62% em relação ao preço cotado

na semana anterior.

Na regional de Bagé, o preço variou entre R$ 50,00 e R$ 63,70/sc.; na de Pelotas,

entre R$ 62,00 e R$ 67,30; em Santa Maria, chegou a R$ 59,50; na de Soledade, a R$

58,00/sc. Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, o arroz está sendo

comercializado a valores entre R$ 57,40 e R$ 58,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2129, de 28 de maio de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Feijão 2ª safra

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a colheita avançou para 93% das áreas. O

clima quente e seco do início da semana favoreceu a colheita da cultura. À medida que a

colheita avança nas lavouras de sequeiro, as produtividades decrescem significativamente.

Já nas lavouras irrigadas, a produção e a qualidade do produto colhido, com excelente

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 10, 28 mai. 2020

procura no mercado, agradaram os produtores, valorando o preço final. O rendimento

médio é de 1.340 quilos por hectare.

Na de Frederico Westphalen, a colheita chegou a 70% dos cultivos; 10% das

lavouras estão na fase de enchimento de grãos e 20% em maturação. Apesar das

precipitações na região, a cultura já acumula perdas de 38,5% em relação ao rendimento

estimado para a cultura de 1.800 quilos por hectare.

Na regional de Soledade, a colheita chegou a 90% da área. As chuvas ocorridas na

semana normalizaram a umidade do solo estancando perdas das lavouras, mas trouxeram o

frio que produz condições para o surgimento de doenças às plantas que se encontram na

fase de enchimento de grãos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, restam ainda

lavouras em florescimento e em maturação. As chuvas ocorridas na semana não influenciam

o suficiente para modificar o baixo rendimento devido às perdas acumuladas de 47% em

relação ao rendimento esperado de 1.050 quilos por hectare.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do feijão no Estado ficou em R$ 196,18/sc., com aumento de 5,88%

em relação ao da semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço da saca varia entre R$ 210,00

e R$ 230,00/sc.; na de Soledade, chegou a R$ 180,00; na de Ijuí, a R$ 193,30; na de Porto

Alegre, a R$ 301,00 e na de Pelotas, entre R$ 180,00 e R$ 300,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2129, de 28 de maio de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, Erechim, Santa Maria e Bagé, os

produtores estão ainda em fase de planejamento e preparo das áreas. Em Caxias do Sul, a

semeadura inicia em junho, com maior concentração em julho, especialmente nos

municípios em torno de Vacaria onde a semeadura ocorre mais tarde para evitar o período

de maior risco de geadas tardias. Na de Erechim, há expectativa de aumento de área a ser

cultivada. Produtores intensificam o preparo para o plantio. Na de Santa Maria, a área a ser

plantada nesta safra também deve aumentar. Em Tupanciretã, um dos principais municípios

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 11, 28 mai. 2020

produtores da região, estima-se um incremento de até 30%. Na regional de Bagé, as

precipitações recentemente ocorridas na Fronteira Oeste permitem que a semeadura seja

intensificada nos próximos dias. Na região da Campanha, as atividades de preparo do solo ou

de aplicações de herbicidas para realização da semeadura em sistema de plantio direto

devem avançar de maneira significativa, com possibilidade de início do plantio das lavouras

de trigo a partir da primeira semana de junho.

Nas de Frederico Westphalen, Soledade, Ijuí e Santa Rosa, está iniciando o cultivo.

Na de Frederico Westphalen, algumas áreas já semeadas se encontram em germinação, e o

plantio deverá ser acentuado a partir do próximo mês. A perspectiva de clima favorável e de

bons preços deverá elevar em 15% a área cultivada. Na regional de Soledade, as áreas estão

em início de semeadura. Com o preço atual em alta e a perspectiva de clima favorável no

ciclo da cultura, poderá haver aumento na área cultivada na região. Na de Ijuí, a semeadura

de trigo está em ritmo lento, pois recém-iniciam o período indicado para a atividade e a

escolha de cultivares de ciclo mais precoce. Na de Santa Rosa, há estimativa de crescimento

da área a ser plantada. Os produtores estão animados com as boas previsões climáticas para

o período da safra de trigo e com as perspectivas de preço remunerador – a oferta de

contrato para o trigo com pagamento em fevereiro está precificada a R$ 55,00/sc.

Cevada

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Erechim e Ijuí, os plantios ainda não foram

iniciados. Na de Erechim, há expectativa de manter a área plantada em 2019. A cultura

depende de contratos com a Ambev. Já na de Ijuí, ainda não foi iniciada a semeadura de

cevada cervejeira, com perspectiva de grande redução da área destinada à cultura.

Produtores preparam as áreas para a semeadura.

Canola

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí e Santa Rosa, é intenso o ritmo de

implantação da cultura. Na de Ijuí, as lavouras estão em estabelecimento inicial, com

emergência satisfatória até o momento; há tendência de leve redução da área cultivada. Na

de Santa Rosa, as áreas implantadas se encontram em germinação e desenvolvimento

vegetativo. As primeiras lavouras implantadas apresentam emergência irregular e

desuniforme, e as implantadas após as últimas precipitações têm germinação uniforme.

Aveia branca

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semeadura está em ritmo acelerado, com

expectativa de leve aumento da área a ser cultivada na região. As lavouras estão em

germinação e em início de desenvolvimento vegetativo. As primeiras lavouras implantadas

encontram-se em estádio de perfilhamento; é baixa a incidência de manchas foliares.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 12, 28 mai. 2020

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a semana foi marcada por chuvas de

grande volume, favoráveis à reposição de mananciais, que estavam secos ou em exaustão,

restabelecendo condições para cultivo. Entretanto, com a queda das temperaturas há

preocupação com a formação de geadas, acarretando a utilização massiva de túneis baixos

de plástico para a proteção das folhosas. Na Fronteira Oeste, prosseguiu a colheita de

batata-doce e mandioca. Os preços ficaram estáveis. Em São Borja, produtores implantam

ervilha, brócolis, repolho, cenoura e beterraba, além de mudas de morango para suprir

entregas em mercados e feiras municipais. Em Quaraí, a produção de folhosas está em alta;

feirantes têm demanda por couves, espinafre e mandioca, devido ao clima mais frio. Foram

elaborados projetos de fornecimento de hortigranjeiros para as creches municipais. Em

Candiota, na Campanha, a chuva em volumes significativos favoreceu a produção de

sementes de hortigranjeiros, especialmente salsa e coentro. Em Santa Margarida do Sul,

cresce o número de horticultores na atividade voltados ao comércio local e ao da região de

São Gabriel. No assentamento Santa Verônica, sete famílias construíram estufas, com

assistência do escritório local da Emater/RS para as edificações.

Na regional de Ijuí, a olericultura comercial está em expansão, com aumento da

profissionalização de produtores, da escala e da qualificação da produção. É intensificada a

implantação dos cultivos de estação fria, beneficiada pelo clima favorável e pela

regularização das precipitações. Houve pequenos danos no cultivo de folhosas a céu aberto,

principalmente de alface, em decorrência das chuvas intensas, com volumes superiores a

100 mm nos locais atingidos. Há grande procura por mudas nas agropecuárias da região. A

comercialização vem aquecendo lentamente, com aumento da procura por raízes e

tubérculos e diminuição por folhosas, situações típicas dos períodos mais frios. Na cultura do

repolho, aumenta a incidência de pragas, com destaque para traça-das-crucíferas e pulgão. A

cultura do tomate segue com bom desenvolvimento, beneficiado pelo clima ainda quente e

ambiente protegido. Os preços médios praticados permaneceram estáveis na semana,

exceto para alface, comercializada a R$ 2,21/cab., e para o brócolis, a R$ 4,50/kg.

Na regional de Santa Rosa, as condições meteorológicas têm favorecido a produção

de olerícolas. O período é preferencial para a semeadura de cenoura e beterraba devido à

temperatura mais amena e a menos horas de radiação solar, podendo inclusive ser feita a

céu aberto; o mesmo vale para alface, brócolis, couve-flor, entre outras, usando sementes

tradicionais para o outono-inverno. Segue a comercialização nas feiras; aumentou na

modalidade de comercialização com entrega – vendas diretas aos consumidores. O alho

continua em germinação e desenvolvimento vegetativo. Com a presença de umidade,

produtores realizam o transplantio das mudas de cebola e o plantio de cebola em forma de

bulbos para a produção de mudas, a chamada cebola-família. Segue o plantio de ervilha. Os

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 13, 28 mai. 2020

preços praticados sofreram algumas alterações: R$ 1,50/maço de salsa, cebolinha e rúcula;

R$ 3,00/unid. de couve-flor, brócolis e repolho; R$ 2,00/pé de alface; R$ R$ 3,50/molho de

cenoura e beterraba; R$ 5,00/molho de rabanete.

Na regional de Pelotas, a colheita de tomate e feijão de vagem se encaminha para o

final. O pimentão está em plena colheita, com redução de oferta; repolho, couve-flor e

brócolis em aumento de oferta, assim como a alface e a batata-doce. Segue a colheita da

mandioca/aipim.

Preços médios praticados na região de Pelotas Produto Unidade Preço (R$)

Alface cx. com 18 unid. 10,00 a 12,00

Batata-doce |branca/amarela cx. com 20 kg 30,00 a 35,00

Brócolis unid. 2,00 a 2,30

Cebolinha molho 1,50 a 1,70

Cenoura cx. com 20 kg 45,00 a 50,00

Couve molho 0,60 a 0,80

Couve manteiga molho 0,80 a 1,00

Couve-flor unid. 2,00 a 2,50

Mandioca/aipim com casca kg 1,50 a 1,80

Mandioca/aipim sem casca kg 6,00

Milho verde e doce unid. 0,40 a 0,45

Pimentão cx. com 10 kg 22,00 a 25,00

Repolho unid. 1,80 a 2,10

Salsa molho 1,90 a 2,30

Tomate cx. com 20 kg 40,00 a 50,00

Vagem kg 3,50 a 3,80

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, as chuvas significativas que ocorreram

na semana – que elevaram inclusive a vazão dos mananciais hídricos – beneficiaram as

culturas e possibilitaram o preparo de áreas para plantios de hortaliças. A radiação solar e a

temperatura ainda estão favoráveis ao desenvolvimento e à qualidade das olerícolas

cultivadas a campo e em ambientes parcialmente modificados, como túneis e estufas.

Tomate em plena produção, bom desenvolvimento e boa sanidade. Segue a comercialização

de abóboras e morangas: a Cabotiá é comercializada a R$ 20,00/sc. de 20 quilos e a moranga

vermelha a R$ 8,00. Batata-doce e aipim em colheita, este comercializado a R$ 25,00/cx. de

22 quilos. Segue o preparo de áreas para plantio de cenoura, beterraba e cebola.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, os preços praticados são os

seguintes: alface, R$ 15,00/dz.; tomate aumentou para R$ 80,00/cx. de 24 quilos; batata-

doce segue a R$ 20,00/cx. de 20 quilos e o da mandioca reduziu, ficando em R$ 15,00/cx. de

20 quilos.

Na regional de Erechim, o clima foi mais frio na semana, mas a ocorrência da chuva

duradoura e significativa recompôs o lençol freático, favorecendo a ampliação das áreas de

cultivo das olerícolas a céu aberto. Olericultores se preparam para acelerar os plantios.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 14, 28 mai. 2020

Repolho, brócolis e couve-flor em bom desenvolvimento devido a temperaturas mais

amenas e à diminuição da incidência da hérnia das crucíferas.

Preços praticados na feira do produtor de Erechim Produto Unidade Preço (R$)

Alface pé 2,50

Beterraba molho 3,00

Cenoura kg 3,00

Brócolis cab. 3,00

Couve molho 2,50

Couve-flor cab. 3,50

Feijão de vagem kg 10,00

Pepino conserva kg 5,00

Rabanete molho 2,50

Repolho cab. 4,00

Rúcula e Radiche pé 2,50

Tempero verde molho 2,50

Tomate Gaúcho kg 4,50

Tomate longa vida kg 3,50

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Municipal de Erechim

Alface

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, após as generosas precipitações

ocorridas no período, foi retomado o plantio em escala normal para a época, dado que esta

atividade se encontrava atrasada em função da falta de água. Nas áreas em fase de

desenvolvimento e colheita, não há registro de pragas e doenças. Em Bom Princípio, a alface

crespa foi comercializada a R$ 8,00/dz. Em São José do Hortêncio, a cotação média de

comercialização para Ceasa ficou na faixa de R$ 12,00 a 15,00/dz. para alface crespa e lisa. A

americana foi comercializada a valores entre R$ 18,00 e R$ 20,00/dz.

Batata (safrinha)

Na regional de Passo fundo, segue a colheita da batata branca. A qualidade é boa,

mas a produtividade é baixa. O preço pago ao produtor permaneceu estável.

Berinjela

Em São Sebastião do Caí, município integrante da regional de Lajeado, a berinjela

está em fase de colheita e é comercializada a R$ 35,00/cx. de 10 quilos.

Brássicas

Na regional de Lajeado, em Linha Nova, os cultivos de brássicas se desenvolvem

normalmente; com o aumento de umidade, não se observam problemas com doenças nas

lavouras, ainda que haja registros de ocorrências de insetos-praga, cuja intensidade não

preocupa. Produtores já iniciaram ciclos com cultivares de inverno, com brócolis Legacy,

Logan e Avenger. A queda das temperaturas, que tem sido mais frequente, afeta lavouras de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 15, 28 mai. 2020

couve-flor de variedades de verão ainda em fase de produção e colheita, prejudicando um

pouco a qualidade e consequentemente dificultando a comercialização. Os preços

praticados para a couve-flor, que estavam estáveis, apresentaram queda importante em

função do aumento de oferta e eventualmente por problemas de qualidade. O do brócolis

também apresentou queda. Couve, repolho verde e repolho roxo seguem estáveis em preço.

As restrições ao funcionamento de restaurantes e cozinhas industriais continuam

impactando a venda do produto com padrão de qualidade intermediária. Os preços

praticados foram os seguintes: couve-flor a R$ 25,00/dz. na Ceasa e em média a R$ 17,50/dz.

no mercado local; couve entre R$ 1,25 e R$ 1,75/molho na Ceasa e em média a R$

1,00/molho no mercado local; brócolis a R$ 25,00/dz. na Ceasa e a R$ 17,50/dz. no mercado

local; repolho verde em média a R$ 2,50/unid. na Ceasa e a R$ 1,75/unid. no comércio local

e o roxo a R$ 25,00 /dz. na Ceasa e R$ 17,50/dz. no comércio local.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, o mercado para a couve-flor

apresentou redução de preços devido ao início da colheita das primeiras lavouras

implantadas no fim de janeiro, principalmente nas regiões do Litoral e nas encostas da Serra

que conseguiram manter a umidade no solo. O plantio é realizado de forma escalonada. O

preço ao produtor foi de R$ 20,00/dz.

Cebola

Na de Caxias do Sul, o plantio das sementeiras está praticamente encerrado. A chuva

da semana anterior favoreceu a execução dos serviços de máquina para confecção dos

canteiros. As precipitações de sexta e do final de semana repõem a umidade no solo, que

possibilitará uma boa germinação. Agricultores encaminham amostras para análise de solo a

fim de providenciar a correção das áreas de transplantio. A cotação se mantém alta e

estável, com valores de R$ 2,50/kg (crioulas) para caixa de classificação 3 e 4 e de R$ 1,75

para caixa de classificação 1 e 2. Produtores chegaram a comercializar o produto até a R$

3,50/kg nas Ceasas. Poucos produtores dispõem de cebola para comercializar. O clima seco

de janeiro a abril favoreceu a conservação dos bulbos nos galpões; contudo, com a chegada

do frio e de menor número de horas com claridade, há grande possibilidade de iniciar a

brotação, que poderá gerar perdas.

Na regional de Passo Fundo, produtores realizam o preparo do solo para plantio

definitivo. Na regional de Pelotas, fazem a semeadura da cebola para produção de mudas, já

realizada em 70% da área prevista e finalizada a das variedades precoces. Em Tavares, Rio

Grande e São José do Norte, ainda há produto para comercializar; os preços permanecem

estáveis.

Na regional de Porto Alegre, sementeiras implantadas no início de maio tiveram

dificuldade de germinação devido à seca, mas apresentam boa sanidade. Com as

precipitações da semana que passou, melhorou a condição para o desenvolvimento das

plantas. Em Mostardas, as lavouras terão predomínio de cultivares de ciclo tardio. A

comercialização da safra passada é realizada somente em feiras locais, ao preço de R$

1,50/kg. O estoque está estagnado nas propriedades.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 16, 28 mai. 2020

Mandioca/Aipim

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, seguem a colheita e

comercialização. Com a entrada de frentes frias, agricultores começam a se preocupar com o

armazenamento das ramas para o próximo cultivo, mas como ainda há intenso

desenvolvimento vegetativo e presença de folhas, é necessário aguardar mais algumas

semanas para a atividade. Segundo produtores que comercializam o aipim beneficiado,

houve redução de 50% nas vendas nos restaurantes e de 20% nas vendas em supermercados

em função do isolamento social na pandemia. O preço pago ao produtor segue estável.

Na regional de Porto Alegre, com a combinação de frio e umidade no solo, a colheita

deverá avançar nas próximas semanas. Em função do atraso no desenvolvimento da cultura,

estima-se que a colheita tenha sido realizada em apenas 27% da área total. Na Ceasa,

produtores comercializam ao preço médio de R$ 25,00/cx. de 20 quilos. O volume

comercializado é baixo. Na venda direta e nas feiras do produtor, o preço médio é de R$

30,00/cx. de 20 quilos.

Na de Lajeado, a cultura está em plena colheita e vem consolidando uma

produtividade de 12 toneladas por hectare em Cruzeiro do Sul. O preço permaneceu estável,

entre R$ 20,00 e R$ 22,00/cx. de 20 quilos.

Milho verde

Na regional de Lajeado, em Cruzeiro do Sul, os produtores que conseguiram irrigar

ainda têm o produto de safrinha; no município, são cultivados anualmente 220 hectares de

milho verde em 35 unidades produtivas. O preço pago ao produtor no período manteve-se

em R$ 0,40/unid. Produtores de São Sebastião do Caí comercializam a bandeja com três

unidades por RS 2,50.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a colheita está praticamente

encerrada. A venda foi prejudicada pela baixa circulação de turistas e veranistas; assim, não

foi colhida grande parte dos plantios de janeiro, que deverão ser colhidos secos para tratar

os animais. O preço está em R$ 0,45/espiga.

Moranga Cabotiá

Na de Lajeado, prossegue a comercialização da moranga Cabotiá. Em Cruzeiro do Sul,

os produtores receberam R$ 15,00/sc. de 20 quilos. Em São Sebastião do Caí,

comercializaram a R$ 25,00/sc. de 20 quilos; a moranga comum, a R$ 20,00/sc. de 20 quilos.

Pimentão

O cultivo do pimentão em ambiente protegido encontra-se em fase de colheita, sem

registro de problemas fitossanitários significativos em Bom Princípio e São Sebastião do Caí,

regional de Lajeado. A comercialização manteve-se estável; a caixa de 10 quilos do pimentão

verde foi comercializada de R$ 35,00 a R$ 40,00, e a do pimentão colorido a R$ 50,00.

Tomate

Na regional de Caxias do Sul, as condições climáticas, bastante generosas para o

desenvolvimento e produção da olerícola entre dezembro do ano passado e meados de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 17, 28 mai. 2020

maio, passaram a interferir fortemente na cultura nos últimos dias. Temperaturas baixas,

alta umidade do solo e ar e a ausência plena de insolação durante diversos dias consecutivos

afetaram o desenvolvimento das plantas, a fixação, o crescimento e a maturação das frutas,

principalmente dos cultivos protegidos. Os preços estão estáveis, embora a oferta regional

venha reduzindo naturalmente. Para o grupo longa vida de primeira (fruto mais graúdo), a

cotação na propriedade está entre R$ 1,50 e R$ 2,00/kg; para os frutos ponteiros ou de

segunda (miúdos), o valor é de R$ 1,00/kg.

Na de Porto Alegre, segue a colheita. O preço pago ao produtor pela caixa de 20

quilos de tomate sofreu redução: tipo extra a R$ 60,00 e de segunda a R$ 30,00.

FRUTÍCOLAS

Na regional de Bagé, a cultura da bergamota permanece em desenvolvimento de

frutos na maior parte da área. A variedade Okitsu se encontra em colheita, mas com baixa

procura pelos mercados. Em Uruguaiana, a cultivar Ponkan começou a ser colhida e vem

sendo comercializada ao preço de R$ 3,00/kg, considerado bom pelos fruticultores. Na

mesma localidade, as laranjas estão em início de colheita e apresentam-se com boa

qualidade; o preço médio praticado para a cultivar Salustiana é de R$ 2,20/kg. Oliveiras,

videiras, pessegueiros, pereiras e nogueiras continuam em tratamento fitossanitário de

entressafra e tratos culturais.

Na regional de Ijuí, a maioria das áreas foi implantada com cultura de morango e

lavouras de segundo ano, nas quais vêm aumentando a floração e produção. Em alta

também a comercialização de citros para consumo in natura. Nos pomares de laranja

Valência, aumenta a incidência de pinta preta e ácaros. A colheita da Pecã chega ao final,

com frutos de boa qualidade, mas com produtividade abaixo do esperado. Período de

intenso preparo para a comercialização de mudas frutíferas produzidas no município de Ijuí.

Os preços médios praticados na semana foram os seguintes: bergamota a R$ 2,10/kg, laranja

a R$ 1,50/kg e morango a R$ 19,25/kg.

Na regional de Santa Rosa, é época de iniciar os tratamentos de inverno e as podas,

com limpeza de pomares e tratamento de caldas para prevenção de pragas e doenças.

Produtores já procuram os escritórios da Emater/RS-Ascar para indicação de calda e manejo

nos pomares. Durante o período de desenvolvimento e formação de frutos, ocorreram baixa

disponibilidade de umidade no solo e clima seco, fatores que provocaram a formação de

frutas menores do que as do ano passado, especialmente nas espécies cítricas que estão em

plena frutificação. Verifica-se incidência de doenças fúngicas nos citros: pinta preta, falsa

ferrugem e ácaros, em especial o ácaro vermelho. Morangos em estufas estão em

desenvolvimento; nas lavouras de segundo ano, produtores realizam a poda de limpeza e os

tratamentos de inverno. Alguns produtores preparam áreas para implantação de novos

pomares. Nos próximos dias, será iniciada a implantação de plantas de cobertura de inverno.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 18, 28 mai. 2020

Citros

Na regional de Frederico Westphalen, o estado fitossanitário das laranjas é bom;

porém há intenso ataque inicial de mosca-das-frutas; produtores utilizam armadilhas com

atrativos e inseticidas. A estiagem causou redução de calibre de frutas, principalmente das

variedades precoces de laranjas e bergamotas, com estimativa de redução de produtividade

de 35 a 40%; nas variedades tardias, em crescimento de frutos, a estimativa de perdas é de

15%. O percentual de perdas pode aumentar em especial nos pomares onde são baixos os

níveis nutricionais de cálcio e potássio; isso porque, com as chuvas recentes, os frutos

podem rachar e cair, pois não absorveram nutrientes necessários durante a estiagem e

agora expandem a polpa desproporcionalmente ao suporte da casca. Os preços de

comercialização estão estáveis; as variedades de umbigo Navelina e Bahia são

comercializadas de R$ 0,90 a R$ 1,25/kg. Variedades precoces de bergamota, como a

Satsuma Okitsu, se encontram em plena colheita, com preço pago ao produtor de R$ 1,10 a

R$ 1,50/kg; inicia a colheita das variedades Iapar 73, Rubi e Salustiana; o valor varia de R$

12,00 a R$ 16,00/cx. de 25 quilos.

Na de Erechim, bergamotas da época, como a comum e Clemenules, Decupon e Caí,

são vendidas para suco devido à dificuldade de comercialização; o preço é de R$ 300,00/ton.

Montenegrina com bom desenvolvimento. Laranjas das variedades precoces estão em

estado adiantado de colheita; as de ciclo médio e tardio, em desenvolvimento do fruto, com

tamanho reduzido pela ocorrência de geadas. O preço pago ao produtor para fruta

destinada à produção de suco é de R$ 0,33/kg posto na indústria, e produtores reclamam do

preço. Laranjas de duplo propósito, como Salustiana, Iapar, Rubi, do Céu, umbigo, Navelina,

são vendidas a R$ 0,60/kg para consumo in natura.

Na regional de Passo Fundo, segue a colheita de citros: laranja Salustiana, de

umbigo, do Céu e laranja-lima, além das bergamotas Ponkan e Caí. Encerrou a colheita do

limão Taiti. Produtores realizam tratos culturais, monitoramento e controle de doenças e

pragas – é menor a incidência da mosca-das-frutas devido à diminuição das temperaturas; o

controle se dá através de aplicações de iscas.

Preços praticados na região de Passo Fundo Produto Variedade Unidade Preço (R$)

Laranja mercado Salustiana, Rubi e Iapar cx. de 25 quilos 15,00

Laranja indústria Salustiana, Rubi e Iapar ton. 250,00

Laranja Umbigo cx. de 25 quilos 20,00

Laranja Lima cx. de 25 quilos 24,00

Bergamota Ponkan cx. de 25 quilos 17,00

Bergamota Caí cx. de 25 quilos 18,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Passo Fundo.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, segue a colheita. Os preços pagos

ao produtor em venda direta para bergamota Ponkan foram de R$ 30,00/cx. de 20 quilos ou

R$ 2,11/kg. Essa bergamota alavanca a procura de frutas. Já os preços recebidos nas

propriedades para a caixa de 20 quilos são os seguintes: limão Taiti a R$ 20,00; bergamota

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Caí a R$ 30,00; laranja de umbigo a R$ 25,00; do céu e Shamouti a R$ 18,00 para mesa e

Shamouti para indústria a R$ 6,00/cx.

Na regional de Soledade, a colheita da bergamota Okitsu se encaminha para o final.

Está em colheita a Ponkan, com boa aceitação no mercado. Iniciou a colheita de laranjas

comuns precoces e de umbigo. Com as temperaturas mais amenas, o processo de

maturação de todas as espécies cítricas é acelerado, adquirindo a tonalidade/cor

característica. A estiagem causou redução significativa no tamanho dos frutos e, em alguns

casos mais graves, queda dos mesmos. Segue o manejo fitossanitário dos pomares.

Morango

Na regional de Caxias do Sul, o volume de morangos colhido pelos produtores

aumentou um pouco em relação ao da semana anterior. As lavouras, no geral, apresentam

floradas de boa intensidade. As chuvas da última semana proporcionaram recarga

significativa das reservas de água das propriedades, devolvendo tranquilidade aos

produtores, principalmente aos que tiveram que racionar água de irrigação. De maneira

geral, produtores vêm adotando rígidas medidas de higiene e prevenção de contágio do

coronavírus, tanto na colheita quanto no transporte e comercialização, que ocorre sem

maiores problemas. Na venda direta ao consumidor, o valor recebido continua entre R$

10,00 e R$ 15,00/kg. Na venda para mercados, fruteiras e Ceasas, o valor praticado teve

pequena redução, ficando entre R$ 9,00 e R$ 12,00/kg.

Na região da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Bom Princípio, ocorreu a entrada de

mais um leva de mudas vindas do Chile, desta vez de mudas frigo de raiz nua, de variedades

de dia curto como Camarosa, Fronteiras, Oso Grande e Camino Real. As variedades de dia

neutro oriundas da Patagônia, como Albion e San Andreas, ainda estão por chegar no

decorrer de junho. O preço está bom; o morango foi comercializado a valores que oscilaram

entre R$ 15,00 e R$ 18,00/cx. com quatro bandejas (cerca de um quilo). Em Cruzeiro do Sul,

produtores que podaram as plantas e deixaram para segundo ano de produção estão com

gradativo aumento na produção e colheita. As mudas nacionais implantadas em abril estão

em boas condições. As importadas recebidas na semana passada foram plantadas e recebem

manejo inicial recomendado. No momento não há registro de problemas com pragas ou

doenças. A demanda é maior do que a oferta; o valor médio alcançado pelos produtores

está na faixa de R$ 15,00/kg, podendo alcançar valores bem maiores para clientes e

produtos selecionados.

Na de Erechim, a cultura apresenta bom desenvolvimento e produção; o preço pago

ao produtor permanece em R$ 15,00/kg.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, a produção segue reduzida; no

entanto, há boa floração e em seguida haverá produção significativa. Produtores realizam

novos plantios, tanto de mudas importadas como nacionais. O preço pago ao produtor

permanece entre R$ 16,00 e R$ 18,00/kg.

Noz Pecã

Na de Erechim, a produtividade é de 300 quilos por hectare nos pomares em

produção. O preço é de R$ 15,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 20, 28 mai. 2020

Na de Soledade, a safra está em plena colheita. Em função da restrição hídrica,

houve redução da produção e da qualidade dos frutos, com tamanho menor; no entanto, a

sanidade dos frutos e dos pomares é satisfatória. O preço fica na faixa de R$ 14,00 a R$

15,00/kg, dependendo do rendimento, que resulta do percentual de nozes limpas em

relação ao peso bruto.

Pêssego

Na regional de Caxias do Sul, na semana que passou ocorreu grande virada das

condições climáticas que vinham impondo severo estresse às plantas e impedindo a

execução de práticas culturais tradicionais para a época do ano, como a poda de outono e a

semeadura de espécies de plantas de cobertura do solo. Os volumes precipitados chegaram

a cerca de 100 mm, de intensidade moderada, promovendo uma excelente penetração das

águas pluviais, sem causar danos pela erosão e reabastecendo o potencial de reservação do

solo. A atividade da poda de outono foi intensamente retomada, a fim de antecipar os

trabalhos de final do inverno, momento em que há sobrecarga na mão de obra e pressão

psicológica pela necessidade de conclusão da poda seca em função da mudança das fases

fenológicas dos pessegueiros. Além disso, são realizados o arranquio de pomares velhos ou

para substituição de variedades e o preparo do solo com correção da acidez e fertilidade; há

procura por recursos de custeio por meio de projetos junto aos agentes financeiros.

Na regional de Passo Fundo, produtores se organizam para os tratamentos de

inverno que serão realizados entre a segunda quinzena de junho e o final de julho. Além

disso, continuam as coletas de amostras de solo para encaminhamento aos laboratórios de

análise, cujos resultados definem as recomendações técnicas sobre adubações, calagens e

práticas de manejo de solo para maiores produtividades na próxima safra.

Na regional de Pelotas, seguem atividades de limpeza dos pomares e aplicações dos

tratamentos de inverno. Produtores se organizam para o início da poda.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 15 produtos ficaram estáveis em preços, seis apresentaram alta e em 14 ocorreu

baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os

produtos que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto

se destacou em alta e dois destacaram-se em baixa.

A última semana do mês apresenta baixa demanda devido à redução no poder

aquisitivo da população, fato tradicional para o período, porém acrescido em parte pelas

consequências econômicas da pandemia.

Produtos em baixa

Chuchu – de R$ 2,25 para R$ 1,67/kg (-25,78%)

Pimentão verde – de R$ 4,00 para R$ 3,00/kg (-25,00%)

Conforme já comentado na Análise Conjuntural do dia 12, muitas lavouras da Serra

gaúcha já apresentam produção reduzida devido à aproximação de final de safra. Para

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 21, 28 mai. 2020

complementar a necessidade do abastecimento, são intensificados os fornecimentos através

de outras praças de produção, como Espírito Santo e São Paulo, principalmente. A entrada

de produtos de fora do Estado, motivada pela redução na oferta de produto gaúcho e pela

consequente ação da lei da oferta e da procura, motivou a elevação nos preços praticados a

partir daquela semana. O chuchu foi um dos cultivos mais prejudicados pela seca no RS e

teve a elevação de preços mais substancial naquele momento. A baixa na demanda nesta

semana forçou a redução nos preços praticados.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta 19/05/2020

(R$/kg)

26/05/2020

(R$/kg)

Aumento

(%)

Abacate 2,50 2,78 +11,20

Batata 3,40 4,00 +17,65

Beterraba 1,50 1,67 +11,33

Mamão Formosa 2,35 2,50 +6,38

Manga 4,55 5,00 +9,89

Pepino salada 2,25 2,50 +11,11

Produtos em baixa Unidade 19/05/2020

(R$)

26/05/2020

(R$)

Redução

(%)

Abacaxi Caiena unid. 3,50 3,00 -14,29

Alface pé 0,83 0,67 -19,28

Banana Prata kg 2,75 2,50 -9,09

Brócolis unid. 2,08 1,83 -12,02

Cebola nacional kg 3,50 3,25 -7,14

Cenoura kg 2,25 2,00 -11,11

Chuchu kg 2,25 1,67 -25,78

Couve molho 1,00 0,83 -17,00

Couve-flor cab. 2,92 2,50 -14,38

Melão Espanhol kg 4,23 3,46 -18,20

Ovo branco dz. 4,00 3,83 -4,25

Pimentão verde kg 4,00 3,00 -25,00

Repolho verde kg 1,00 0,93 -7,00

Tomate-caqui longa vida kg 2,50 2,00 -20,00

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Erva-mate

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, segue a colheita. O preço pago ao

produtor é de R$ 12,00/arroba.

No Vale do Taquari, um dos Coredes da regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a

cultura apresenta desenvolvimento vegetativo reduzido, em função do período outonal. Há

muitos registros de ataque de ampolas, cochonilhas e ácaros, devido ao período seco ter

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 22, 28 mai. 2020

favorecido a proliferação destas pragas. Nesta época, os produtores realizam operações de

plantio de cobertura verde e colheita. As condições climáticas estão normais. Ocorreu

grande mortalidade das mudas plantadas no último período e redução de 12% na

produtividade esperada chegando a até 25% em alguns municípios; a média de

produtividade obtida foi de 10.500 quilos por hectare; a esperada era de 12 mil. Na região

são cultivados aproximadamente 14 mil hectares. A cultura tem grande importância

econômica e social nos municípios de Arvorezinha, Ilópolis, Anta Gorda, Putinga e Doutor

Ricardo, favorecendo a permanência de muitos jovens no campo. O parque industrial conta

com 60 indústrias ervateiras que processam a produção regional, gerando muitos empregos

e viabilizando o cultivo.

Os preços da erva-mate apresentam tendência de alta, em virtude da menor

produção de novembro a maio, sem que as vendas tenham sofrido a mesma redução. Os

preços praticados por arroba são os seguintes: erva-mate convencional, de R$ 14,00 a R$

15,50; nativa, a R$ 16,00; nativa sombreada, a R$ 17,00 e orgânica R$ 22,00.

Na regional de Soledade, as chuvas da última semana favoreceram a retomada do

crescimento dos ervais, embora as temperaturas mais amenas dificultem esse processo.

Produtores fazem plantio e replante de erva-mate, atividades favorecidas pela chuva. O

preço pago ao produtor permanece entre R$ 12,00 e R$ 14,00/arroba, sem contar o serviço

de colheita (tarefeiro) que fica em torno de R$ 3,00/arroba.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, novos plantios foram acelerados,

pois o solo apresenta as condições ideais de umidade em virtude das recentes precipitações.

Os viveiristas estão com expectativas otimistas em relação à comercialização de mudas para

os agricultores. O movimento dos produtores acelerou o ritmo de trabalho nos viveiros, que

passaram a fazer a expedição das mudas para os primeiros plantios do ano. A rotina dos

viveiros nesta safra foi alterada em virtude do extenso período de estiagem, atrasando o

início da implantação dos ervais. Seguem os tratos culturais e a implantação da cobertura de

solo para o inverno. Segue a oferta de matéria-prima para a industrialização, ampliando a

quantidade em função do período que favorece a maturação da folha e o aumento no

consumo do produto industrializado. A mão de obra disponível para a colheita em função da

pandemia retornou à normalidade, tarefeiros contratados já retornaram as atividades.

Os preços seguem estáveis na região: erva-mate folha (entregue na indústria) a R$

13,50/arroba; erva-mate folha – cultivar Cambona 4 (entregue na indústria), a R$

15,00/arroba; muda de erva-mate a R$ 1,50/unid.; erva-mate cancheada a R$ 330,00/ton. e

a R$ 410,00/ton. para erva-mate cancheada com até 5% de palito.

Girassol

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a atividade de colheita do girassol

foi encerrada. Na região, é implantado comercialmente o girassol preto, destinado à

produção de óleo. A cotação do produto é de R$ 95,06/sc. de 60 quilos, com tendência de

manutenção dos preços em função dos valores praticados tendo por referência os da soja. A

atividade passa por dificuldade, pois não há muitas cerealistas recebendo os grãos na região,

dificultando também a cotação.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 23, 28 mai. 2020

Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

As chuvas em boa quantidade, ocorridas em todo o Rio Grande do Sul, foram

benéficas para as pastagens nativas e cultivadas.

Os campos nativos e as pastagens cultivadas perenes de verão apresentam rebrote,

mas a produção de massa verde e a qualidade nutricional na maior parte das regiões estão

prejudicadas, em função da associação de temperaturas muito baixas com a diminuição das

horas de incidência de luz solar.

As pastagens cultivadas de inverno deram boa resposta às últimas chuvas e houve

aumento da quantidade de áreas passíveis de pastejo. Em diversas áreas, é realizada a

adubação nitrogenada para acelerar o crescimento e o desenvolvimento das pastagens. Em

muitas delas, ocorre o plantio de forrageiras de inverno, com considerável atraso ocasionado

pelo período de estiagem. Alguns criadores aproveitam a boa umidade do solo para fazer a

sobressemeadura de espécies de inverno em campo nativo.

Em áreas onde a sobressemeadura já havia sido realizada, observa-se um bom

desenvolvimento.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Em virtude das deficientes condições alimentares oferecidas pelos pastos, a maior

parte dos rebanhos bovinos de corte do Estado apresenta declínio do escore corporal,

especialmente as matrizes com cria ao pé.

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Porto Alegre,

continuam sendo observados casos de redução da taxa de prenhez.

Na regional de Porto Alegre, a estimativa de perda de peso do gado permanece em

cerca de 35%.

Alguns pecuaristas melhor estruturados utilizam diversos tipos de suplementação

alimentar, como resíduos de colheita e pré-limpeza de lavouras, palha de soja, palha de

arroz, feno e silagem, oriundos de regiões menos prejudicadas pela estiagem.

No aspecto sanitário, observa-se a redução das infestações por parasitos, em função

das baixas temperaturas, especialmente os externos como carrapatos, bernes e bicheiras.

Comercialização

Nesta semana, o preço médio do boi para abate no Estado subiu novamente; foi de

R$ 6,52 para R$ 6,60 /kg vivo, aumentando mais 1,23%. O preço do quilo vivo da vaca, que

havia se mantido em R$ 5,62/kg nas duas semanas anteriores, subiu 0,89%, ficando em R$

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 24, 28 mai. 2020

5,67. Em comparação com valores registrados há um ano, o preço atual do quilo vivo da vaca

para abate teve um acréscimo de 17,39%, e o do boi está 20,22% maior.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2129, de 28 de maio de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca Região de

Pelotas

Boi gordo (kg) 6,50 6,50 7,00 6,75 6,60

Vaca gorda (kg) 5,50 5,50 5,80 5,65 6,00

Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 4,80 1.500,00 5,20 4,55 4,80

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.200,00 - 2.950,00 -

Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,30 6,00 -

Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.600,00 6,40 6,40 -

Terneira (kg) - 6,40 - 6,75 6,40

Terneiro (kg) 7,00 7,20 7,00 7,00 7,50

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

Na região de Porto Alegre, algumas agroindústrias, visando abrir novas alternativas

de mercado, começaram a realizar vendas com entrega direta aos consumidores.

BOVINOCULTURA DE LEITE

A melhora nas condições das pastagens, em decorrência das chuvas recentes, ainda

não deu condições para proporcionar a recuperação da condição corporal e a obtenção de

níveis regulares de produção na maioria dos rebanhos de bovinos de leite do Estado. As

condições sanitárias, no geral, são satisfatórias, observando-se uma redução na incidência

de parasitoses externas.

A queda significativa no volume e na qualidade da silagem produzida neste ano

continua sendo um dos principais problemas enfrentados pelos criadores.

Ainda como consequência da estiagem, as estimativas de redução na produção

leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de

abrangência foram as seguintes: Bagé – 55%; Frederico Westphalen – 30%; Santa Maria –

30%; Porto Alegre – 30%; Pelotas – 25%; Erechim – 20% (na soma de abril e maio).

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 25, 28 mai. 2020

OVINOCULTURA

Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, a condição corporal dos rebanhos ovinos é

razoável para a época do ano, mas em outras o escore corporal é baixo e houve perda

considerável de peso.

Na região da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a estimativa de perda de peso dos

ovinos permanece em torno de 20%.

No manejo reprodutivo, continuam com especial atenção os cuidados pré-parto das

matrizes nos rebanhos com período de encarneiramento realizado em janeiro e fevereiro.

Comercialização

O preço médio do cordeiro para abate no Rio Grande do Sul vinha em alta, mas

baixou nesta semana, passando de R$ 7,30 para R$ 7,23/kg vivo, uma queda de 0,96%; ainda

assim, o valor atual é 8,40% mais alto que o registrado há um ano.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os preços médios de

comercialização de ovinos na semana foram os seguintes: ovelha de cria – R$ 300,00/cab.,

ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 5,50/kg, cordeiro – R$ 7,00/kg. Em São

Gabriel, os preços do quilo dos principais tipos de lã foram os seguintes: Merina – R$ 23,00;

Ideal – de R$ 18,00 a R$ 19,00; Corriedale – de R$ 9,00 a R$ 10,00; Romney Marsh – R$ 5,00;

raças de carne – R$ 4,00.

Na regional de Pelotas, os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes:

ovelha – de R$ 5,50 a R$ 6,50/kg vivo; capão – de R$ 6,00 a R$ 7,50/kg vivo; cordeiro – de R$

7,00 a R$ 8,50/kg vivo.

APICULTURA

Na maior parte das regiões, no manejo dos apiários são realizadas práticas de

preparo para enfrentar o inverno; entre elas, a redução de espaços internos nas colmeias,

visando a manutenção da temperatura em níveis favoráveis, e a suplementação alimentar

dos enxames mais enfraquecidos.

A safra de mel de outono, já finalizada em quase todo o Estado, está se aproximando

do final também nas regiões de Pelotas e Porto Alegre.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 5,00 24,00

Caxias do Sul 6,50 25,00

Erechim 12,00 22,00

Ijuí 15,00 21,00

Pelotas - 13,00 a 25,00

Porto Alegre 6,00 18,00

Santa Rosa - 15,00 a 20,00

Soledade 7,00 a 8,00 12,00 a 15,00

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 26, 28 mai. 2020

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

PISCICULTURA

Nas diversas regiões, as chuvas promoveram o aumento do nível e da qualidade da

água dos viveiros.

Com a incidência de um frio mais intenso e com a diminuição da produção natural de

alimentos nos açudes, ficam reduzidos o desenvolvimento e o ganho de peso dos peixes.

Comercialização

Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, o quilo de peixe foi vendido durante a

semana pelos piscicultores com os seguintes valores: Carpa inteira – de R$ 8,00 a R$ 10,00;

Carpa eviscerada – de R$ 11,00 a R$ 14,00; Tilápia inteira – de R$ 5,50 a R$ 6,50. O filé de

Tilápia ficou em R$ 23,00/kg.

Na de Erechim, o quilo vivo de peixe inteiro vendido pelos piscicultores obteve os

seguintes valores: Carpa – de R$ 10,00 a R$ 12,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$ 15,00; Traíra

– R$ 13,00. O preço do filé de Tilápia ficou em R$ 25,00/kg.

Na região de Ijuí, os preços pagos aos piscicultores pelo quilo vivo foram os

seguintes: Carpa – de R$ 6,40 a R$ 7,65; Tilápia – R$ 5,52; Jundiá – R$ 8,66.

PESCA ARTESANAL

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as condições gerais

da pesca artesanal marinha sofreram variações durante a semana, influenciadas por grandes

mudanças climáticas. Na primeira metade da semana, com mar calmo na faixa litorânea da

região, a pesca marinha teve uma produtividade boa e diversificada, de uma forma geral. As

espécies mais capturadas foram Tainha, Papa-terra, Corvina, Pescadinha, Linguado, Abrótea

e Pescada-amarela. A situação piorou do meio para o final da semana, com a ocorrência de

temporais e ressacas, tornando o mar muito agitado e desfavorável para a prática da pesca.

As chuvas da semana provocaram a elevação dos níveis de água dos estuários de

água doce, melhorando as condições para a captura de várias espécies de peixes. Nas lagoas,

as espécies mais pescadas foram Traíra, Jundiá, Biru, Cará, Cascudo e Pintado.

Na região de Pelotas, em São Lourenço do Sul, o destaque é a melhoria da captura

da Tainha, tanto em quantidade como em qualidade.

Comercialização

Na região de Santa Rosa, grande parte da produção de pescado, que era vendida

para compradores de municípios vizinhos, não está sendo comercializada em virtude das

restrições de movimentação em vigor. Durante a semana, na região, o Cascudo inteiro foi

vendido a R$ 18,00/kg, e a Piava picada a R$ 18,00/kg.

Na região de Porto Alegre, na Lagoa do Peixe, em Mostardas, o preço do Camarão

ficou a R$ 10,00/kg com casca e entre R$ 35,00 e R$ 40,00/kg descascado. O preço do peixe

eviscerado vendido diretamente aos consumidores ficou entre R$ 10,00 e R$ 15,00/kg. Em

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 27, 28 mai. 2020

Balneário Pinhal, Cidreira e em Tramandaí, o Camarão teve uma boa captura e foi vendido a

preços entre R$ 15,00 e R$ 25,00/kg descascado.

Preços e produção do pescado artesanal em Torres Espécie R$/kg Produção

Abrótea (filé) 17,00 média

Anchova 14,00 alta

Corvina 11,50 baixa

Linguado (filé) 28,00 baixa

Papa-terra 12,00 boa

Peixe-anjo (filé) 21,00 baixa

Pescada (filé) 20,00 média

Tainha 12,80 média

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.

Nota: as espécies Bagre, Pampo, Peixe-rei e Sardinha estão sem produção.

Na região de Pelotas, na Lagoa dos Patos, o Camarão com casca foi vendido a valores

entre R$ 5,00 e R$ 15,00/kg.

Preços do pescado artesanal vendido inteiro na região de Pelotas Espécie R$/kg

Corvina de 2,50 a 4,00

Linguado 8,00

Tainha de 2,50 a 5,00

Traíra de 3,50 a 5,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 28, 28 mai. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2129, 28 mai. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

28/05/2020 21/05/2020 30/04/2020 30/05/2019 GERAL MAIO

Arroz 50 kg 60,29 57,63 53,88 45,70 49,47 46,43

Boi kg vivo 6,60 6,52 6,51 5,49 6,13 6,00

Cordeiro kg vivo 7,23 7,30 7,14 6,67 6,91 6,69

Feijão 60 kg 196,18 185,28 177,11 62,23 202,28 186,43

Milho 60 kg 43,44 43,30 44,62 31,15 36,83 31,95

Soja 60 kg 98,95 101,53 94,26 73,37 82,20 76,13

Sorgo 60 kg 36,20 36,20 36,60 25,27 30,28 27,01

Suíno kg vivo 4,04 3,96 3,77 3,51 4,30 4,09

Trigo 60 kg 51,67 51,67 48,35 41,78 41,20 40,30

Vaca kg vivo 5,67 5,62 5,60 4,83 5,38 5,22

25-29/05 18-22/05

27/04-01/05

27/04-31/05

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2129 (28 mai. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 29, 28 mai. 2020

Notas Agrícolas

Programa Nacional de Bioinsumos é lançado e vai impulsionar

uso de recursos biológicos na agropecuária

O foco é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir

a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos

importados e ampliar oferta de matéria-prima para setor

A utilização de recursos biológicos na agropecuária brasileira ganha um novo impulso

a partir do lançamento nesta quarta-feira (27) do Programa Nacional de Bioinsumos pelo

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O foco é aproveitar o potencial

da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação

aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para setor.

O programa foi instituído pelo Decreto 10.375 e pelas Portarias 102 e 103, publicados

nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União. Em cerimônia virtual, a ministra Tereza

Cristina lançou o programa, acompanhada dos secretários de Inovação, Desenvolvimento

Rural e Irrigação, Fernando Camargo, e de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.

A ministra destaca que o programa nasceu de uma antiga necessidade do setor

produtivo (agrícola, aquícola, florestal e pecuária) de se alinhar com práticas mais

inovadoras. Ressalta que o programa possibilitará a entrada de fato da agricultura na

bioeconomia e que todos os produtores, como orgânicos, convencionais e de demais

segmentos, serão contemplados.

"Todos têm a ganhar, produtores de todos os tamanhos têm a ganhar. E o Brasil

realmente se inseri nessa política moderna de inovação tecnológica e bilhões poderão ser

economizados nos próximos anos", afirmou Tereza Cristina, acrescentando que 40 milhões

de hectares no país já são cultivados com bactérias promotoras de crescimento de plantas,

um exemplo de bioinsumo.

Tereza Cristina disse ainda que o Plano Safra 2020/2021, a ser lançado, trará recursos

para financiamento de biofábricas e custeio do setor (veja mais abaixo). Para a ministra, o

programa vai reforçar a missão do Brasil de ser um provedor de produtos agropecuários e

alimentos de qualidade para a população brasileira e mundial.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo,

destaca a parceria com diversas entidades do setor agropecuário, especialmente da

Embrapa, na elaboração do programa. “Esse era um programa acalentado há muitos anos e

finalmente vamos fazer essa entrega. Os bioinsumos e a bioeconomia se baseiam em um

binômio: a utilização da nossa grande biodiversidade, que é a maior do mundo, e a

possibilidade da redução da dependência de insumos fósseis, trabalhando então com

insumos biológicos”. Segundo o secretário, estima-se, com o programa, aumentar em 13% a

área agropecuária com uso de recursos biológicos. Atualmente, 10 milhões de hectares

usam bioinsumos para controle de pragas.

Já o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, lembra a importância de

se criar um ambiente regulatório favorável para as empresas trabalharem em pesquisa de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 30, 28 mai. 2020

produtos biológicos. “Esse programa vai levar a nossa agricultura a outro patamar de

sustentabilidade, além de consolidar o Brasil como uma referência em agricultura tropical”.

Bioeconomia

O programa é um dos pilares da visão de bioeconomia que a pasta está

desenvolvendo, visando o acesso, o desenvolvimento e o uso sustentável da rica diversidade

biológica brasileira. A proposta é contribuir para o desenvolvimento de novas soluções

tecnológicas, como também gerar renda, riqueza e qualidade de vida para os produtores,

inseridos nos diferentes elos das cadeias produtivas do agronegócio e toda a sociedade. “O

setor produtivo e o mundo clamam por mais tecnologias sustentáveis. Temos na agricultura

a base da nossa economia e a bioeconomia será a grande alavanca para manter o Brasil

como protagonista no agronegócio global", avalia Cléber Soares, diretor de Inovação do

Mapa.

A cesta de bioinsumos é ampla e abrange desde inoculantes, promotores de

crescimento de plantas, biofertilizantes, produtos para nutrição vegetal e animal, extratos

vegetais, defensivos feitos a partir de micro-organismos benéficos para controle de pragas,

parasitos e doenças, como fungos, bactérias e ácaros, até produtos fitoterápicos ou

tecnologias que têm ativos biológicos na composição, seja para plantas e animais, como para

processamento e pós-colheita.

“Esse programa nasceu a partir da demanda crescente da sociedade, em especial, de

dois públicos: consumidores e também dos produtores rurais que buscam por insumos e

produtos de menor impacto econômico e ambiental, que seguramente irão beneficiar todo o

agro brasileiro”, avalia a coordenadora do programa de Bioinsumos do Mapa, Mariane Vidal.

Em função dessa amplitude do conceito, esclarece Mariane, é objetivo do programa

envolver não somente produtos, mas processos e tecnologias de origem biológica – animal,

vegetal ou microbiana - que tragam resultados positivos no desenvolvimento e no

mecanismo de resposta para esses mesmos elementos e em sustâncias derivadas. “Nossa

expectativa é abarcar um grande número de processos, produtos e tecnologias para

fomentar um conjunto de práticas sustentáveis relacionadas aos bioinsumos”, afirma a

coordenadora.

O Programa Nacional de Bioinsumos se propõe a disponibilizar um conjunto

estratégico de ações para o desenvolvimento de alternativas para a produção agrícola,

pecuária e aquícola, considerando dimensões econômicas, sociais, produtivas e ambientais.

Visa estimular a adoção de ativos sustentáveis baseados no uso de tecnologias, produtos e

processos desenvolvidos a partir de recursos renováveis, por meio da ação integrada dos

setores de ciência, tecnologia e inovação, além de o setor produtivo e o mercado.

Biodiversidade

Responsável por abrigar a maior biodiversidade do mundo, o Brasil tem condições

para se tornar o maior protagonista mundial na área de ciência, tecnologia e inovação em

bioinsumos. Com essa oferta abundante de matéria-prima, a meta do programa é

desenvolver trabalhos em várias frentes, envolvendo produção vegetal, animal,

processamento e pós-colheita. Neste contexto, está incluído também o desenvolvimento de

produtos e processos para a produção aquícola.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1608, p. 31, 28 mai. 2020

Neste caminho, a proposta do programa governamental, elaborado em parceria com

o setor produtivo, é fomentar e promover o desenvolvimento de bioinsumos, a partir de

matéria-prima local e regional, gerando divisas, emprego, renda e organizando - a médio e

longo prazo - novas cadeias produtivas em todo o país.

O programa Bioinsumos foi elaborado por um grupo de trabalho formado por

integrantes de diferentes secretarias da pasta e com ampla consulta ao setor produtivo. A

partir dessas diretrizes, a próxima etapa é organizar o marco legal do segmento e facilitar o

acesso de produtores rurais do país – sejam pequenos, médios ou grandes, orgânicos ou não

- aos diferentes insumos biológicos, incluindo os já autorizados para a produção

agropecuária.

Para a coordenadora Mariane Vidal, os bioinsumos representam um novo paradigma

para a agricultura brasileira e mundial. “Alimentos produzidos de forma sustentável tornam

produtos desta natureza mais competitivos no mercado internacional, especialmente os

europeus, compradores dos produtos agrícolas brasileiros”.

Diretrizes

O programa deverá ser implantado em etapas e está estruturado em eixos temáticos

relacionados a: produtos fitossanitários para controle de pragas e doenças de plantas;

biofertilizantes; nutrição de plantas e tolerância a condições ambientais adversas; produtos

veterinários e para alimentação animal, pós-colheita e processamento de origem animal e

vegetal e, ainda, produção aquícola.

Outro objetivo é criar ambiente favorável para o fomento e financiamento de

infraestrutura e de custeio - por meio da oferta de crédito e de outros benefícios

econômicos para o setor – e também para a inovação tecnológica em bioinsumos.

Outra ação visa propor a elaboração de normas e protocolos para a instalação de

unidades produtoras de bioinsumos - as biofábricas - e discutir tratamento legal específico

para otimizar os processos de registro de produtos e garantir segurança jurídica aos

produtores.

Nas etapas de implementação, estão previstos ainda levantamento de dados sobre o

setor; lançamento de editais de fomento a inovação; elaboração de protocolos de produção

para os agricultores e um catálogo nacional de bioinsumos, entre outras ações.

Mercado

O número de defensivos biológicos registrados no Mapa tem avançado. Atualmente,

são 265 produtos registrados, entre bioacaricidas, bioinsecitidas, biofungicidas e

bioformicidas.

Em 2019, o mercado de biodefensivos nacional movimentou R$ 675 milhões,

crescimento da ordem de 15% em relação a 2018, e acima da média estimada de

crescimento internacional. Os dados são da Croplife Brasil, associação que representa as

indústrias de desenvolvimento e inovação nas áreas de biotecnologia, germoplasma,

defensivo químico e biodefensivo. A média global de novos produtos biológicos registrados,

por ano, aumentou de três para 11 na última década.

Ainda, de acordo com a associação, em 2018, o setor realizou uma pesquisa,

envolvendo usuários de biológicos em 15 estados e em 11 culturas diferentes. A conclusão

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foi que 96% dos pesquisados acreditam que o uso (taxa de adoção) de biodefensivos irá

crescer nos próximos cinco anos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Mapa, conta

com um extenso trabalho de pesquisa dedicado ao controle biológico. São 632

pesquisadores trabalhando em 73 projetos relacionados ao tema e distribuídos em 40

unidades. Por reconhecer a importância do tema, foi constituído um portfólio de projetos

específicos para o assunto de forma a fortalecer e correlacionar as iniciativas.

Adicionalmente, a instituição dispõe de diversos bancos de germoplasma microbiano

dedicados exclusivamente à preservação e caracterização de micro-organismos, agentes de

controle biológico de pragas e promotores de crescimento de plantas. Um universo que

totaliza mais de 10 mil linhagens de bactérias, fungos e vírus controladores de pragas e

doenças de plantas e mais de 14 mil linhagens de micro-organismos fixadores de nutrientes

e promotores de crescimento de plantas, mantidos em pelo menos sete unidades da

empresa.

O registro de um biodefensivo, no Brasil, passa por procedimentos de avaliação de

eficácia e aplicação no campo avaliados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (Mapa). Em relação ao grau de toxicidade para humanos, a análise cabe à

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a avaliação de impactos toxicológicos ao

meio ambiente é de responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Vale destacar que os órgãos federais competentes pelo registro consideram

especificidades e características das diferentes categorias de produtos, como as dos

biodefensivos e dos produtos químicos, para estabelecer os critérios para a avaliação. Esses

critérios são estabelecidos em regulamentos específicos para cada tipo de produto.

Crédito

O programa vai contar com linhas de crédito para incentivar a adoção dessas

tecnologias dentro das propriedades rurais e pelas cooperativas. O fomento será feito via

crédito rural nas modalidades de custeio, para aquisição de bioinsumos ou investimento

para montagem de biofábricas “on farm”. As linhas para esse financiamento estão no

Inovagro e, no caso dos investimentos em biofábricas, os recursos podem chegar a 30% do

valor de todo o financiamento.

Para as cooperativas, as linhas de crédito é o Prodecoop para a aquisição de

equipamentos para a produção dos bioinsumos. Esses recursos têm volume maior e

possibilitam a ampliação da participação de produtos dessa natureza a mais agricultores. Os

empreendedores, que não sejam produtores rurais ou cooperativas, podem financiar pelo

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da linha

denominada BNDES Agro, também operada por agentes financeiros.

Aplicativo

Os produtores rurais já podem consultar pelo celular uma lista de produtos de

origem biológica indicados para nutrição, controle de pragas e doenças de diversas culturas

agrícolas. O aplicativo Bioinsumos coloca na palma da mão um catálogo com 580 produtos

biológicos disponíveis no país destinados a combater mais de 100 pragas e plantas invasoras

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e ampliar a absorção de nutrientes, favorecendo o crescimento de inúmeras espécies

vegetais.

A oferta dessa listagem visa favorecer a conexão entre a oferta dos produtos

registrados e a demanda do setor produtivo, apoiando assim fornecedores e compradores.

Desenvolvido em parceria com a Embrapa Informática Agropecuária, o app está disponível

para celulares com sistema operacional Android e iOS. O aplicativo traz duas classes de

bionsumos: inoculantes e controle-de pragas, que inclui insetos, fungos e ervas daninhas.

O app traz as informações atualizadas até abril deste ano, importadas das bases de

dados do Ministério da Agricultura. Foram agregados, também, conteúdos, da produção

técnico-científica em controle biológico, disponíveis nas Bases de Dados da Pesquisa

Agropecuária (BDPA), na Agência Embrapa de Informação Tecnológica (Ageitec) e nos

Sistemas de Produção Embrapa (SPO).

Fonte: Mapa (publicado em 27/05/2020).