Sumário SEMANA 01 SEMANA 02 Proposta ENEM · “você leva tudo muito a sério”, ... com letra...

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Sumário SEMANA 01 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 02 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 03 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 04 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 05 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 06 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 08 SEMANA 02 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 10 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 11 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 13 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 14 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 15 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 17 SEMANA 03 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 19 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 21 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 22 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 23 Proposta ITA / IME–------------------------------------------------------------------------------------------ 24 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 28 SEMANA 04 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 32 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 33 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 34 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 36 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 39 SEMANA 05 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 41 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 43 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 44 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 45 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 46 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 48

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Sumário

SEMANA 01 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 02 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 03 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 04 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 05 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 06 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 08

SEMANA 02

Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 10 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 11 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 13 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 14 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 15 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 17

SEMANA 03 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 19 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 21 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 22 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 23 Proposta ITA / IME–------------------------------------------------------------------------------------------ 24 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 28

SEMANA 04 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 32 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 33 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 34 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 36 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 39

SEMANA 05 Proposta ENEM –---------------------------------------------------------------------------------------------- 41 Proposta UnB –------------------------------------------------------------------------------------------------ 43 Proposta FUVEST –-------------------------------------------------------------------------------------------- 44 Proposta UFU –------------------------------------------------------------------------------------------------ 45 Proposta ITA /IME–------------------------------------------------------------------------------------------- 46 Proposta UNICAMP –------------------------------------------------------------------------------------------ 48

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ENEM – SEMANA 01 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o

número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto-insuficiente". fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I

Pedroso (1999) afirma que “Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de povo, de nação. Quem não vive as próprias raízes não tem sentido de vida. O futuro nasce do passado, que não deve ser cultuado como mera recordação e sim ser usado para o crescimento no presente, em direção ao futuro. Nós não precisamos ser conservadores, nem devemos estar presos ao passado. Mas precisamos ser legítimos e só as raízes nos dão legitimidade”.

Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/artes/a-importancia-das-raizes-culturais-para-identidade-.htm TEXTO II

O Brasil, por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos, asiáticos e índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no seu povo. Esse é um tema de extrema importância e deve ser abordado em sala de aula, pois os alunos devem ter conhecimento da diversidade cultural do país e saberem a origem de festas folclóricas, culinária, crenças e todos os tipos de manifestações culturais, fortalecendo ainda mais o processo de valorização dos costumes locais, contrapondo a tentativa de unificação de uma cultura de massa imposta pelos meios de comunicação.

Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-diversidade-cultural-brasileira-sala-aula.htm TEXTO III

A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.

Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lei-10639-03-ensino-historia-cultura-afro-brasileira-africana.htm

TEXTO IV

http://www.genildo.com/2013_07_23_archive.html

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PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a valorização da cultura nacional”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

UNB – SEMANA 01 TEXTO I

O riso como denúncia social O riso facilita a interação, a comunicação, a aprendizagem e propicia estabelecer ligações com o grupo

social no qual se está inserido. Ele vai além da gargalhada, da diversão. É também forma de manifestar repúdio contra as opressões, normas, situações, instituições, poder. Ele permite que se digam verdades muitas vezes mais profundas do que de “forma séria”. É estreita a ligação entre riso e crítica. É como se essa quebra da seriedade fosse um proclame à liberdade e servisse como “válvula de escape” para aliviar tensões sociais. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_neusa_anklam_stiehl.pdf>.

Acesso em 28 fev. 2018. TEXTO II

O problema do humor preconceituoso A piada é uma linguagem que dissimula o sério sob uma aparência lúdica. É uma estratégia para dizer o

“proibido” e não sofrer retaliação. Dessa forma, quando alguém faz uma piada sexista, racista, lesbo/homo/transfóbica, classista ou qualquer coisa do tipo, está dizendo, com outras palavras “você pode falar o que quiser, mas as coisas são assim e sempre vão ser”. Para que uma piada do tipo “estuprador de mulher feia merece um abraço” seja engraçada, é preciso uma pré-aceitação de que aquilo tem “seu fundo de verdade”, e se alguém é capaz de transformar isso em bom humor, risadas e descontração, minha única certeza é de que não existe qualquer empatia ou preocupação real com o problema. Na verdade, é uma atitude de puro deboche e desprezo, que demonstra uma indiferença perturbadora e uma tentativa de ocultar ou atenuar a própria postura.

O humor pode ser uma ferramenta política poderosa, quando utilizado de forma crítica, como uma tática de denúncia. Ou, simplesmente, uma ferramenta que nos permite ter mais leveza no nosso cotidiano, tornar a comunicação mais prazerosa. Mas, no discurso de pessoas mal-intencionadas, se torna uma forma de ridicularizar e oprimir quem é vulnerável. Já que a construção de humor que nós temos envolve o ataque àqueles com mais pontos fracos, raro é encontrar piadas sobre executivos de sucesso. Sob o discurso raso de “você leva tudo muito a sério”, eu vejo a tentativa de escapar a qualquer contestação, de transformar o humor em território seguro para expressar ideias violentas e se tornar inalcançável, uma desonestidade tremenda. Fora que a própria indiferença à questão já seria o suficiente, nem é preciso desmascarar a malícia. Disponível em: <https://colchoesdopantano.wordpress.com/2012/06/28/o-problema-do-humor-preconceituoso/>. Acesso em

28 fev. 2018 (com adaptações). TEXTO III

Disponível em: <http://escrevendoumafeminista.blogspot.com.br/2012/10/preconceitos-camuflados-em-humor.html>.

Acesso em 28 fev. 2018. Considerando os fragmentos de textos acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um texto dissertativo acerca do seguinte questionamento: Humor: crítica social ou reafirmação de preconceitos?

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FUVEST – SEMANA 01

Nos três textos abaixo, manifestam-se diferentes concepções de tempo; o autor de cada um deles expõe uma determinada relação com a passagem do tempo. Leia-os com atenção: TEXTO I

Mais do que nunca a história é atualmente revista ou inventada por gente que não deseja o passado real, mas somente um passado que sirva a seus objetivos. (…) Os negócios da humanidade são hoje conduzidos especialmente por tecnocratas, resolvedores de problemas, para quem a história é quase irrelevante; por isso, ela passou a ser mais importante para nosso entendimento do mundo do que anteriormente.

(Eric Hobsbawm, Tempos Interessantes: uma vida no século XX) TEXTO II Não se afobe, não, Que nada é pra já, O amor não tem pressa, Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário, Na posta-restante, Milênios, milênios No ar… E quem sabe, então, O Rio será Alguma cidade submersa. Os escafandristas virão Explorar sua casa, Seu quarto, suas coisas, Sua alma, desvãos… Sábios em vão Tentarão decifrar O eco de antigas palavras, Fragmentos de cartas, poemas, Mentiras, retratos, Vestígios de estranha civilização. Não se afobe, não, Que nada é pra já, Amores serão sempre amáveis. Futuros amantes quiçá Se amarão, sem saber, Com o amor que eu um dia Deixei pra você.

(Chico Buarque, “Futuros Amantes”) TEXTO III

O que existe é o dia a dia. Ninguém vai me dizer que o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver com o presente, muito menos com o futuro. Tudo é hoje, tudo é já. Quem não se liga na velocidade moderna, quem não acompanha as mudanças, as descobertas, as conquistas de cada dia, fica parado no tempo, não entende nada do que está acontecendo.

(Herberto Linhares, depoimento)

Após a leitura dos textos apresentados e valendo-se de outras informações que você julgue pertinentes, redija uma dissertação em prosa na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema: “A importância de refletir sobre o tempo”. Instruções: seu texto deverá obedecer aos padrões da norma culta da língua portuguesa. Escreva, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas com letra legível. Dê um título a sua redação.

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UFU – SEMANA 01 TEXTO I

Máquinas terão inteligência humana em 2029, diz diretor do Google Ray Kurzweil acertou 86% de suas previsões feitas nos anos 1990.

Apesar da inteligência artificial do Google ter se mostrado agressiva recentemente, Kurzweil não acredita

que ela vai dominar a humanidade, ao contrário de grandes nomes da tecnologia e da física teórica, como Elon Musk e Stephen Hawking. Sua visão sobre a inteligência artificial é mais otimista: ela nos transformará em seres humanos melhores, mais inteligentes e capazes de realizar tarefas que hoje não conseguimos por conta própria. Ele acredita que na década de 2030 será possível que conectemos o neoórtex à nuvem. Com isso, nossa capacidade de pensar funcionará aliada ao poder das máquinas. “Seremos capazes de atender às necessidades físicas de todos os humanos. Vamos expandir nossas mentes e também exemplificar as qualidades artísticas que valorizamos em nós”, declarou o executivo do Google. Como indica o Futurism, o lado bom é que o Google pode nos ajudará a poupar tempo e energia na realização de tarefas corriqueiras. Porém, o risco disso é que o Google domina o mercado global de buscas na internet atualmente, o que pode resultar em um monopólio de inteligência artificial em 2030.

http://www.exame.abril.com.br/tecnologia/maquinas-terao-inteligencia-humana-em-2029-diz-diretor-do-google/ TEXTO II

Inteligência artificial moldará nosso futuro Por Cezar Taurion – Presidente do i2a2 (Instituto de Inteligência Artificial Aplicada)

A IA está rapidamente se tornando a tecnologia fundamental em áreas tão diversas como veículos

autônomos e negociações financeiras. Algoritmos de machine-learning já estão rotineiramente incorporados nas ofertas de serviços móveis e on-line. As implicações são profundas: a) Como sabem falar, ler textos, e absorver e reter conhecimento enciclopédico, as máquinas podem interagir

de forma intuitiva e natural, em uma variedade de tópicos, com uma profundidade considerável. b) Como podem identificar objetos e reconhecer padrões ópticos, como rostos em fotografias, as máquinas

podem deixar o mundo virtual e se juntar ao mundo real.

Sistemas de IA já conseguem diagnosticar cânceres específicos com mais precisão do que os radiologistas. Os advogados do futuro farão um trabalho muito diferente do que fazem hoje, e, portanto, terão que passar por uma educação totalmente diferente da atual. A formação atual do direito terá que ser reinventada

Para as empresas, o uso de IA não é uma opção futurista, mas uma realidade que pode ser decisiva em termos de competitividade. As empresas que buscam alcançar vantagem competitiva através da IA precisam entender as implicações de máquinas que podem aprender, conduzir interações humanas e se engajar em funções de alto nível, em escala e velocidade incomparáveis com os processos atuais. Elas precisam identificar o que as máquinas podem fazer melhor do que os seres humanos e vice-versa, desenvolver papéis e responsabilidades complementares para cada um e redesenhar os processos de acordo com a intensidade de aplicação da IA na organização. A IA vai requerer uma nova estrutura organizacional, novos processos e novos modelos mentais serão desafiadores de implementar. As empresas precisam adotar maneiras adaptativas e ágeis de trabalhar e definir estratégias comuns junto às startups e aos pioneiros na área. Em resumo, os executivos, começando pelos CEOs, precisam começar a identificar onde a IA pode criar vantagem mais significativa e sustentável.

Lembramos que as novas funções que serão criadas pelo impacto da IA demandam um sistema educacional preparado para capacitar pessoas neste novo contexto. As novas funções são aquelas que requerem mais conhecimento e raciocínio cognitivo. Demandam criatividade e inovação. Uma escola tradicional não incentiva estes aspectos. Ainda vemos muito do modelo do século XlX, alunos sentados ouvindo um professor e fazendo anotações. Limita criatividade. Sim, este é um desafio: repensar o modelo educacional. Outra questão que mais cedo ou mais tarde vai surgir: o emprego como conhecemos vai continuar existindo? As relações entre empresas e empregados continuará como hoje? A carga horária será ainda de 40 horas em turnos fixos, como definido, por necessidade, na sociedade industrial?

Em “Onde a IA vai nos levar?” vemos que pesquisadores já apontam que uma máquina HLMI (Human-level machine intelligence), que pode ser definida como um computador que poderá efetuar a maioria das profissões humanas ao menos tão bem quanto um ser humano, tem 50% de chance de ser alcançada em torno de 2050. E que de lá para uma máquina superinteligente o passo seria de poucas décadas. A definição desta máquina superinteligente seria algo como “um intelecto que excederá largamente o desempenho cognitivo de humanos em virtualmente todos domínios de conhecimento”.

A IA não envolve uma equação de soma zero, humanos versus IA, mas humanos mais IA gerando mais inteligência. Claro, que para isso temos que nos preparar. A academia formando profissionais para novas funções nas profissões existentes e para as novas profissões. As empresas e a sociedade discutindo os efeitos da IA nos seus negócios.

<https://www.linkedin.com/pulse/o-impacto-transformador-da-ia-estamos-preparados-cezar-taurion>.

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SITUAÇÃO A – Suponha que você seja um analista de indústria que precisa investigar, num novo projeto, sobre os impactos da robótica no mercado de trabalho. Com base nessa situação e em seus conhecimentos sobre inteligência artificial, redija um texto de opinião, posicionando-se a respeito da seguinte questão: “O impacto transformador da IA: estamos preparados?” SITUAÇÃO B – O texto 2 é um exemplo do gênero artigo de opinião, divulgado na rede social profissional Linkedin, com função de apresentar, discutir, polemizar e divulgar um tema que seja de interesse de determinado público. Suponha-se que você esteja em uma aula de produção textual e seu(sua) professor(a) deseja testar sua capacidade de resumir um texto, sem alterar o ponto de vista do autor. Levando-se em consideração as características desse gênero textual e o artigo mencionado, redija um resumo. SITUAÇÃO C – Suponha que você seja um(a) professor(a) da USP e diretor(a) do laboratório de visão computacional da instituição e que sua atual pesquisa esteja voltada para a implementação da inteligência artificial em diversas empresas do Brasil. Preocupado(a) com a situação, já que o país possui falhas na educação e na implementação/fiscalização de algumas tecnologias, você resolve escrever uma CARTA ARGUMENTATIVA para o atual Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação – Marcos Pontes – refletindo sobre os riscos que a evolução indiscriminada da I.A. pode trazer para a sociedade brasileira. Na conclusão, proponha a definição de algumas regras para que seja seguro usá-la – ou conviver com ela. Leia com atenção todas as instruções. a) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a

proposta com a qual você tenha maior afinidade. b) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,

obedeça às normas do gênero. c) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. d) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. e) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. f) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. g) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

IME/ITA – SEMANA 01 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Os textos da prova tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. Não copie nem parafraseie os textos desta prova. Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão. "Quantas mortes ainda serão necessárias para que se saiba que já se matou demais?"

Bob Dylan "Quem poupa o lobo, mata as ovelhas."

Victor Hugo TEXTO I

A Questão da Pena de Morte O simplismo de considerar a defesa dos direitos humanos a defesa de direitos de criminosos tem de ser desmascarado! Aqueles que defendemos o direito à vida de todos, de todos sem exceção, não podemos ser confundidos com criminosos ou defensores de suas posturas. O que almejamos é o fim da barbárie e do ódio. O Estado Nacional Brasileiro falha diante de seus cidadãos, do berço à sepultura. Más condições de educação e saúde, de moradia, de sobrevida material mesmo, acabam por reduzir o ser humano à situação desesperadora de louco desviante em muitos casos. Há muita gente desesperada por providenciar sua sobrevivência e a dos seus, ainda que para isso tenha de romper com as normas sociais vigentes. Se o Estado Brasileiro é o maior responsável pela elevação no índice de criminalidade, particularmente tendo em vista a brutal e crescente concentração de renda, o Estado brasileiro carece de condições morais para dizer "quem tem o direito à vida

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(assegurado na Constituição, por sinal)" e quem, por seus crimes, deve ser apenado com a perda deste direito humano básico, até porque o juízo humano é falho, a pena-de-morte é uma punição evidentemente irreversível e o "exemplo" deve vir sempre de cima, jamais dos desesperados. Montar uma fábrica de desesperados e, para "solucionar", montar uma máquina de extermínio de desesperados não me parece racional. Assemelha-se à "Solução Final" dos nazistas... Como o neocolonialismo nos colocou sob a órbita de influência dos EUA, muitos apreciam citar aquela Nação como exemplo a ser seguido. Na esfera dos direitos humanos há muito pouco a aprender com os norteamericanos. Os EUA são a única Nação do primeiro mundo em que este crime medieval é praticado, quando o Estado mata, com o beneplácito do aparelho judiciário. Mas a justiça norte-americana tem se equivocado em diversos casos de apenamento com a morte. Alguém poderia contra-argumentar que o aparelho judiciário brasileiro seria superior ao dos EUA e não cometeria falhas. Será? Somos todos humanos, sujeitos a falhas, portanto

http://www.culturabrasil.org/a_questao_da_pena_de_morte.htm TEXTO II

https://www.portalodia.com/blogs/jotaa/charge-a-pena-de-morte-no-brasil-223985.html

TEXTO III

“Ao longo da história, vários métodos de execução já foram aplicados ao redor do mundo. Ainda hoje, a previsão de pena de morte está na legislação de diversos países, como China, Irã, Arábia Saudita, Iraque e Estados Unidos - que foram os que mais executaram presos em 2011, segundo a Anistia Internacional. Nem o Brasil pode ser considerado abolicionista: na Constituição Federal, o inciso XLVII do artigo 5º determina que não haverá pena de morte, salvo em casos de guerra declarada.

Em relação à variedade de métodos utilizados para a execução, a professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marília Montenegro observa que o mundo ocidental opta por uma "humanização" da pena de morte. "A maioria dos estados nos Estados Unidos prevê injeção letal", descreve. Além disso, a professora ressalta que, mesmo com respaldo na lei, alguns países americanos não aplicam a punição há mais de 20 anos. Já no Oriente, os tipos de execução costumam ser mais violentos, explica a professora. "Na China, por exemplo, os métodos não são humanizados", diz. Ela aponta também que, em países dessa região, os crimes que podem levar à pena de morte são mais banais.

Na Idade Média, as execuções eram um espetáculo público, para ferir também a moral do indivíduo e de sua família. O professor do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) José Rivair Macedo lembra o período da Guerra dos Cem Anos, na França entre os séculos XIV e XV, quando se registrou um número alto de execuções, que voltou a crescer com a consolidação da Inquisição na Igreja Católica, por volta do século XVII. Diversas pessoas morreram na fogueira, por decapitação ou enforcamento.

http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/10-tipos-penas-de-morte/

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TEXTO IV Pena de morte 2016: Fatos e números

Números globais Pelo menos 1.032 pessoas foram executadas em 23 países, em 2016. Em 2015, a Anistia Internacional

registrou 1.634 execuções em 25 países em todo o mundo – um pico histórico inigualável desde 1989. A maioria das execuções ocorreu na China, seguida pelo Irã, Arábia Saudita, Iraque e Paquistão – nesta

ordem. A China continua sendo o país que mais executa pessoas no mundo – mas a verdadeira extensão do uso da pena de morte na China é desconhecida, pois esses dados são considerados um segredo de Estado. O número global de pelo menos 1.032 execuções exclui outras milhares que podem ter sido realizadas no país.

Excluindo a China, 87% de todas as execuções ocorreram em apenas quatro países – Irã, Arábia Saudita, Iraque e Paquistão.

Pela primeira vez desde 2006, os EUA não foram um dos cinco maiores executores, caindo para sétimo lugar, atrás do Egito. As 20 execuções realizadas em 2016 representaram o menor número desde 1991.

Durante 2016, 23 países – cerca de um em cada oito de todos os países do mundo -, ficaram conhecidos por terem realizado execuções. Este número diminuiu significativamente em vinte anos (40 países realizaram execuções em 1997). Bielorrússia, Botsuana, Nigéria e autoridades do Estado da Palestina retomaram as execuções em 2016; Chade, Índia, Jordânia, Omã e Emirados Árabes Unidos – todos os países que executaram pessoas em 2015 – não relataram quaisquer execuções no ano passado.

141 países em todo o mundo, mais de dois terços, são abolicionistas na lei ou na prática. Em 2016, dois países – Benin e Nauru – aboliram a pena de morte para todos os crimes. No total, 104 países o fizeram – a maioria dos Estados do mundo. Apenas 64 países foram totalmente abolicionistas em 1997.

As comutações ou indultos de sentenças de morte foram registados em 28 países em 2016. Pelo menos 60 pessoas condenadas à morte foram inocentadas em 9 países no ano passado: Bangladesh (4), China (5), Gana (1), Kuwait (5), Mauritânia (1), Nigéria (32), Sudão (9), Taiwan (1) e Vietnã (2).

A Anistia Internacional registrou 3.117 sentenças de morte em 55 países em 2016, um aumento significativo no total em relação a 2015 (1.998 sentenças em 61 países). Registraram-se aumentos significativos em 12 países, mas para alguns, como a Tailândia, o aumento deve-se ao fato das autoridades fornecerem informações detalhadas à Anistia Internacional.

Pelo menos 18.848 pessoas estavam no corredor da morte no final de 2016. Os seguintes métodos de execução foram utilizados em todo o mundo: decapitação, enforcamento, injeção letal e tiro. Execuções públicas foram realizadas no Irã (pelo menos 33) e na Coréia do Norte.

Relatórios indicaram que pelo menos duas pessoas que tinham menos de 18 anos no momento do crime pelo qual foram condenadas à morte foram executadas em 2016 no Irã.

Em muitos países onde as pessoas foram condenadas à morte ou executadas, o processo não cumpriu as normas internacionais de julgamento justo. Em alguns casos, isso incluiu a extração de “confissões” através de tortura ou outros maus-tratos, inclusive no Bahrein, China, Irã, Iraque, Coreia do Norte e Arábia Saudita.

https://anistia.org.br/noticias/pena-de-morte-2016-fatos-e-numeros/

UNICAMP – SEMANA 01 TEXTO I

Quando as redes sociais favorecem um “ativismo preguiçoso” Em El País

Hoje em dia, para muita gente, entrar no Facebook ou no Twitter significa mergulhar em um grande

protesto, onde as pessoas comentam sem parar artigos das edições digitais da imprensa e notícias dos onipresentes casos de corrupção entre políticos e empresários, convocam atos políticos ou simplesmente desabafam contra aqueles que consideram como os responsáveis pelo desastre de nosso país.

No meu caso (e sou alguém que nunca teve muito envolvimento na vida política), esse círculo social digital se encheu de um ativismo regeneracionista, de um radicalismo típico do século XIX. O paradoxo é que o Facebook me mostra um entorno social e a rua, outro. As redes sociais fervem de agitação política. No mundo “real”, nada muda.

Na esteira do otimismo digital resultado da primavera árabe surgiram muitas vozes céticas em relação ao poder mobilizador das redes sociais. Ano após ano, as pesquisas do Centro de Pesquisas Sociológicas (CIS, na sigla em espanhol), em Madri, mostram que não mais do que 25% dos usuários espanhóis navegam na Internet com alguma finalidade política, nem que seja para se informarem esporadicamente. Além disso, os internautas não passam de 51% da população espanhola, e representam um setor completamente apoiado nos cidadãos com alto grau de instrução.

As redes sociais, segundo esses céticos, favorecem um “ativismo preguiçoso” ou “superficial”, que produz muito barulho mas mal se traduz nas urnas ou na rua. São meios eficientes quando não se requer mais do que o compromisso dos usuários. Parece que novamente a internet está “ficando independente” da realidade.

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TEXTO II

https://informebaiano.com.br/1555/colunista/estreia-as-charges-do-tigre-julgamentos-precipitados

TEXTO III

“O ciberativismo é um termo recente e consiste na utilização da internet por grupos politicamente motivados que buscam difundir informações e reivindicações sem qualquer elemento intermediário com o objetivo de buscar apoio, debater e trocar informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações, dentro e fora da rede. Com essas possibilidades, todos podem ser protagonistas de uma causa.

A internet pode ser usada ainda como um canal de comunicação adicional ou para coordenar ações off-line de forma mais eficiente. Além disso, permite a criação de organizações online, permitindo que grupos tenham sua base de atuação na rede; o que possibilita ações no próprio ambiente da rede, como ocupações virtuais e a invasão de sites por hackers.”

http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/ciberativismo-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas.htm

TEXTO IV

http://3.bp.blogspot.com/aVGdyVeOyBc/UObTQc3X1tI/AAAAAAAACEk/7OsUhaHe8HA/s1600249958_367713803323737_165

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TEXTO V

Lévy: ‘Não sou contra o ativismo de sofá’ Idealizador do termo “inteligência coletiva” e autor de livros sobre cibercultura desde a década de 90, o

filósofo francês Pierre Lévy afirmou, em entrevista ao Estado nesta segunda-feira, 11, que as petições online são expressões legítimas da vontade dos cidadãos.

Ele nega que esse tipo de mobilização online seja menos legítima do que as manifestações tradicionais, como protestos na rua, e afirma ser necessário investir em alfabetização digital para elevar o nível de debate na internet.

Apesar do crescente controle da rede, tanto por governos autoritários como pelos democráticos, o professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, acredita haver mais liberdade de expressão com a rede do que sem ela.

Lévy também prevê que o poder de reunir dados e analisá-los vai desempenhar um papel fundamental na vida política do futuro.

http://blogs.estadao.com.br/link/pierre-levy-nao-sou-contra-o-ativismo-de-sofa/ SITUAÇÃO A: Redija uma PARÁBOLA em que a importância de se comprometer com determinadas causas seja evidenciada. Utilize o contexto das redes sociais para criar sua redação. Parábola: Deriva do grego parabole (narrativa curta). É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história). A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa metafórica, de uma linguagem simbólica. Diferencia-se da fábula e do Apólogo por ser protagonizada por seres humanos. SITUAÇÃO B: Considerando o TEXTO 1 da coletânea, redija uma CARTA DO LEITOR para o El País, posicionando-se a respeito da questão levantada pelo autor sobre o ativismo nas redes sociais. A Carta do leitor é veiculada geralmente em jornais e revistas, e os leitores podem apresentar suas opiniões. É um espaço reservado em que as opiniões, sugestões, críticas, perguntas, elogios e reclamações dos leitores são publicadas e podem ser visualizadas por qualquer indivíduo.Possui uma função relevante para os meios de comunicação, de modo que a carta do leitor assegura uma resposta (feed-back) de seus leitores. Lembre-se de utilizar o recurso da máscara e a assinatura deve ser com as iniciais do seu nome (por exemplo: V.F.C.)

ENEM – SEMANA 02 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o

número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto-insuficiente". fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I

Nenhuma caminhada, nenhuma partida de futebol ou ida à academia. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 62,1% dos brasileiros com 15 anos ou mais não praticaram qualquer esporte ou atividade física. Isso quer dizer que 100,5 milhões de pessoas, de um total de 161,8 milhões, nessa faixa etária não faziam nenhum tipo exercício, de acordo com o suplemento 'Prática de esporte e atividade física', divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira vez que o IBGE questionou a população sobre a prática de esporte e atividade física. Realizada em parceria com o Ministério do Esporte, a pesquisa permitiu identificar que atividade foi praticada, o local e a frequência do exercício físico.

http://www.valor.com.br/brasil/4971304/ibge-maioria-dos-brasileiros-e-sedentaria-partir-da-adolescencia(adaptado)

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TEXTO II Sedentarismo mata 300 mil pessoas por ano no Brasil, diz ONU

A cada ano, cerca de 300 mil brasileiros morreram em decorrência da inatividade física. Em outras

palavras, o sedentarismo, que também mata 5,3 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, vem causando no Brasil uma epidemia relacionada à inatividade. O incentivo à prática de atividades físicas para a população adulta, diariamente, e mesmo no ambiente de trabalho, além do incentivo à prática esportiva prazerosa já na infância, sobretudo nas escolas, é o objetivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil ao lançar o prêmio Mais Movimento. A iniciativa busca conscientizar a sociedade para a importância da atividade física e, ainda, instrumentalizar iniciativas abrangentes.

http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/sedentarismo-mata-300-mil-pessoas-por-ano-no-brasil-diz-onu/(adaptado) TEXTO III

http://cdn.portalsaofrancisco.com.br/wp-content/uploads/2015/11/ssedent7.jpg

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O sedentarismo existente na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

UnB – SEMANA 02 TEXTO I

Transporte público no mundo A cidade no mundo onde o transporte público é mais bem avaliado é Tóquio. Apesar de ser uma das

maiores metrópoles do planeta, ela consegue apresentar um meio de condução complexo e eficiente. Sua frota é composta por metrô, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), trens urbanos, ônibus e balsas, que atuam durante 24 horas por dia.

Em segundo lugar, aparece a cidade de Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos e uma das maiores do mundo, que investe em diversos tipos de veículos – que também funcionam durante todo o dia – e na construção de ciclofaixas.

Em terceiro lugar, completando o pódio, aparece a cidade de Londres, na Inglaterra. Comumente, essa cidade é colocada como referência mundial em transporte público em todo o mundo. A capital da Inglaterra possui o mais antigo metrô do mundo, o Metropolitano de Londres.

Esse ranking contribui para desmistificar a ideia de que o problema do transporte público não é o transporte em si, mas o excesso populacional e as grandes distâncias das cidades. É claro que esses indicativos também interferem, mas todas as cidades acima listadas estão entre as maiores e mais populosas do mundo. (...)

Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/geografia/transporte-publico-no-mundo.html>. Acesso em 1º mar. 2018.

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TEXTO II Trem das Onze

Adoniran Barbosa Não posso ficar Nem mais um minuto Com você Sinto muito amor Mas não pode ser Moro em Jaçanã Se eu perder esse trem Que sai agora Às onze horas Só amanhã de manhã... E além disso, mulher Tem outra coisa Minha mãe não dorme Enquanto eu não chegar (...)

Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/adoniran-barbosa/trem-das-onze.html>. Acesso em 1º mar. 2018. TEXTO III

Alemanha aposta em transporte público gratuito para combater a poluição do ar

Ainda em 2010, a União Europeia, preocupada com os impactos da poluição do ar sobre a saúde pública,

estipulou um plano para limitar a presença de dióxido de nitrogênio (NO2) e substâncias particuladas no ar. Mas sem muito efeito. De acordo com a Agência Ambiental Europeia, em 2014, mais de meio milhão de pessoas tiveram morte prematura nos 28 países que compunham o bloco.

A Alemanha apresentou a situação mais grave, com mais de 80 mil mortes. Grandes cidades, como Stuttgart, o ar apresenta picos de 82 microgramas de NO2, mais que o dobro do máximo determinado pela Comissão Ambiental Europeia. Na tentativa de obter resultados mais promissores, a Comissão resolveu apelar. Colocou até 30 de janeiro como prazo para que os países apresentassem um plano concreto para reduzir os poluentes do ar.

Somente na terça, 13 de fevereiro, os veículos de comunicação alemães tiveram acesso ao documento. A proposta mais polêmica é um sonho antigo dos ativistas pela qualidade do transporte público: o passe livre. A ideia é que, com transporte gratuito, as pessoas vão deixar o carro em casa e, assim, reduzir a emissão de poluentes no ar.

Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2018/02/alemanha-aposta-no-transporte-gratuito-para-combater-poluicao-do-ar.html>. Acesso em 1º mar. 2018.

TEXTO IV

Ir ao trabalho de transporte público é melhor para a saúde Tomar o transporte público para chegar ao trabalho não só beneficia o meio ambiente, mas também é

aparentemente melhor do que caminhar ou andar de bicicleta para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, o sobrepeso e o diabetes – segundo um estudo japonês publicado neste domingo nos Estados Unidos.

Este estudo, apresentado na conferência anual da American Heart Association neste fim de semana em Orlando (Florida), compara pessoas que usam diariamente ônibus, trem ou ambos para ir ao trabalho e aqueles que o fazem de carro, a pé ou de bicicleta.Os pesquisadores concluíram que os indivíduos que tomam transporte público reduziram em 27% o risco de hipertensão e em 34% de diabetes em comparação com os outros grupos.

Surpreendentemente, pegar o ônibus ou trem seria melhor para hipertensão e diabetes do que fazer a viagem a pé ou de bicicleta diariamente.

Segundo os autores, isso poderia ser explicado pelo fato de que as pessoas caminham mais para tomar o ônibus ou o trem indo do que os que vão para o trabalho a pé ou de bicicleta.

“Se você demorar mais de vinte minutos para chegar ao trabalho a pé ou de bicicleta, muitas pessoas tomar o transporte público ou o carro no Japão”, disse Hisako Tsuji, diretora do Centro de Serviços de Saúde Moriguchi, em Osaka.

“O público deve considerar o transporte público em vez do carro como parte de uma atividade física regular”, acrescenta.

Disponível em: <https://exame.abril.com.br/tecnologia/ir-ao-trabalho-de-transporte-publico-e-melhor-para-a-saude/>. Acesso em 17 abr. 2018.

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TEXTO V

A vida social em torno do transporte público

Há uma interação existente entre as urbes e seus meios de transporte. Esta conclusão é materializada pela observação do entorno das estações, que são de fato locais onde as pessoas circulam e realizam suas atividades diárias.

A vida social no entorno do transporte público é intensa o suficiente para criar relações entre os passageiros e os espaços criados pelos sistemas desde os seus pontos de parada. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/estudos/220/la-vida-social-en-torno-al-transporte-publico.html>. Acesso em 1º

mar. 2018 (com adaptações).

Considerando os fragmentos de textos acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: A influência do transporte público na vida do indivíduo e na sociedade como um todo.

FUVEST – SEMANA 02 Leia os textos para fazer sua redação. TEXTO I

COMO RECONHECER UMA MINORIA?

As características podem variar para cada grupo minoritário, mas alguns elementos costumam ser comuns às minorias, como:

Vulnerabilidade: os grupos minoritários, em geral, não encontram amparo suficiente na legislação vigente, ou, se o amparo legal existe, não é implementado de modo eficaz. Por isso, é comum a luta desses grupos por terem sua voz mais escutada nos meios institucionais. Exemplo: transgêneros;

Identidade em formação: mesmo que exista há muito tempo e que tenha tradições sólidas e estabelecidas, a minoria vive em um estado de ânimo de constante recomeço de sua identificação social, por ter de se afirmar a todo momento perante a sociedade e suas instituições, reivindicando seus direitos. Exemplo: negros;

Luta contra privilégios de grupos dominantes: Por serem grupos não-dominantes e, muitas vezes, discriminados, as minorias lutam contra o padrão vigente estabelecido. Essa luta, na atualidade, tem como grande marca a utilização das mídias, para expor a situação dessas minorias e levar conhecimento para a população em geral. Exemplo: mulheres;

Estratégias discursivas: As minorias organizadas, em geral, realizam ações públicas e estratégias de discurso para aumentar a consciência coletiva quanto a seu estado de vulnerabilidade na sociedade. Além das mídias já citadas, passeatas e manifestos também podem são frequentemente utilizados. Exemplo: movimento LGBT.

http://www.politize.com.br/o-que-sao-minorias/ TEXTO II

Minorias são grupos marginalizados dentro de uma sociedade devido aos aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos. No século XX, o caso mais conhecido de perseguição as minorias ocorreu na Alemanha na época em que Adolf Hitler assumiu o poder. Neste período, o partido nazista encarcerou e exterminou milhões de judeus com a justificativa de que eles não faziam parte da superioridade biológica e racial ariana. Entre outros grupos, os nazistas perseguiram comunistas e ciganos, o que configura a reação contra minorias de cunho não apenas religioso, mas ideológico e social.

Porém, o termo não deve ser associado a grupos em menor número em uma sociedade, mas, sim, ao controle de um grupo majoritário sobre os demais, independente da quantidade numérica. Ao longo da história, diversos acordos e tratados tiveram o objetivo de resolver a questão dos grupos minoritários. Durante o século XVI, a Paz de Augsburgo reivindicou os direitos das minorias no que se refere à prática livre dos cultos religiosos que não fossem oficiais nos países.

https://www.infoescola.com/sociedade/minorias/ TEXTO III

As políticas públicas são justamente instrumentos do Estado que têm o escopo de assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou especificamente para um determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico. [1] Frise-se que tais políticas públicas podem se dar tanto por meio de leis como através de campanhas promovidas pelo Governo, bem como através de diversos outros meios.

Neste diapasão, cumpre salientar que um exemplo de uma política para igualar a relação jurídica das mulheres com o restante da sociedade foi a criação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Ademais, um exemplo de política pública para as pessoas negras foi a criação das cotas raciais.

Depreende-se de todo o supramencionado que o ponto chave reside em tentar resguardar os direitos fundamentais a todos os cidadãos, para que eles sejam iguais, no sentido de equidade. Assim, a palavra equidade pode ser definida como o intuito de tratar os desiguais na medida de sua igualdade, aplicando as leis e a justiça como um todo de formas diversas no caso concreto.[2]

https://sergioluizbarroso.jusbrasil.com.br/artigos/405711710/direito-das-minorias-um-privilegio-ou-uma-necessidade

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Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: As minorias e a necessidade de mudança social. Instruções: A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível e não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de

redação. Dê um título a sua redação.

UFU– SEMANA 02 TEXTO II

“Cyberbullying”: uma ameaça digital Você recebe uma foto constrangedora de um colega e, sem pensar, compartilha com os amigos. Alguém

faz uma piada com outro amigo no Facebook, e você não vê problema em curtir, comentar e repercutir. A “zoeira” não tem limites, né?

Por trás de brincadeiras aparentemente inocentes, pode haver um comportamento social perverso. Quando os envolvidos são jovens e crianças, o problema aumenta. As agressões podem trazer consequências irreversíveis para seu desenvolvimento e, em casos extremos, levar ao suicídio.

Mas, afinal, por que o bullying e o cyberbullying acontecem? Diversos estudos associam o problema ao baixo repertório de habilidades sociais. Trocando em miúdos, trata-se da boa e velha empatia, que anda em falta, principalmente entre crianças e adolescentes, devido à imaturidade emocional.

[...] Em tempo de internet, a falta de maturidade emocional tende a gerar agressões ainda mais fortes. Afinal, a rede oferece agilidade e alcance para difamar qualquer pessoa, e o fato de estar escondido atrás de um computador, com a ilusão de que não será descoberto, torna o agressor mais ousado e impiedoso.

[...] quando o bullying ocorre na infância, pode agravar problemas já existentes ou desencadear novos. Transtornos psicológicos e dificuldades de aprendizagem são efeitos comuns. “Há uma associação entre quadros graves de depressão e bullying que pode levar as vítimas a cometer suicídio”, alerta a professora da pós-graduação em Psicologia da Unisinos, Angela Marin.

[...] No Brasil, um em cada cinco adolescentes pratica bullying, segundo dados do IBGE apurados em 2012. Outra pesquisa, realizada pela ONG Plan Brasil em 2010, mostrou que 10% dos alunos de escolas públicas e particulares disseram ter sofrido com o bullying.

https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/10/cyberbullying-uma-ameaca-digital.html TEXTO II

Por Alexandre Becker. Página oficial do Armandinho no Facebook.

SITUAÇÃO A – Imagine que você é pai de um garoto que sofre “bullying” na escola. Decide, então, escrever uma CARTA ABERTA, que será publicada no site do colégio, com o objetivo de conscientizar a comunidade escolar (pais, professores, alunos, funcionários etc.) sobre o tema e alertar para os casos de “bullying” que podem levar ao suicídio. SITUAÇÃO B – Suponha que você seja um adolescente e que, nessa fase delicada da vida, tenha enfrentado uma situação de “bullying” na internet por parte de colegas de escola. Redija um RELATO contando sobre a sua experiência, sobre a atitude das pessoas da comunidade escolar diante do fato e sobre as consequências dessa situação para os envolvidos nela. SITUAÇÃO C – Imagine que você seja um jornalista e que seja chamado para cobrir um fato de grande impacto na sua cidade. Ao chegar ao local solicitado – uma escola de renome da cidade – se depara com um episódio envolvendo “bullying” entre um professor e um aluno. Com base nos textos e em seu conhecimento sobre “bullying”, crie uma NOTÍCIA sobre esse acontecimento para ser publicada no jornal em que você trabalha.

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Leia com atenção todas as instruções. a) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a

proposta com a qual você tenha maior afinidade. b) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,

obedeça às normas do gênero. c) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. d) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. e) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. f) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. g) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

IME/ITA – SEMANA 02 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Os textos lidos a seguir tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. Não copie nem parafraseie os textos desta coletânea. Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão.

As cidades que odeiam seres humanos Ele é chamado de banco Camden, por causa do distrito londrino que primeiro encomendou esses assentos

esculpidos em concreto cinza, que podem ser encontrados nas ruas da capital britânica. A superfície inclinada dos bancos, resistente a pixações, foi desenhada para afastar tanto os moradores de rua quanto os skatistas.

Ainda que menos óbvios do que os espetos “antimendigo” de aço inoxidável que apareceram há pouco, do lado de fora de um prédio de apartamentos de Londres, esses bancos fazem parte de uma fornada recente de arquitetura urbana planejada para influenciar o comportamento público e conhecida como “arquitetura hostil”.

Os skatistas tentam subverter os bancos fazendo aquilo que sabem melhor. “Hoje estamos mostrando que você ainda pode andar de skate aqui”, disse Dylan Leadley-Watkins, freando depois de se lançar com seu skate por sobre um dos bancos no Covent Garden. “O que quer que as autoridades façam para tentar destruir o espaço público, elas não podem se livrar das pessoas que frequentam a área sem ter que gastar dinheiro e fazer algo de que elas gostem.”

As ações dos skatistas e daqueles que se indignaram com os espetos – removidos depois que uma petição online conseguiu 100 mil assinaturas e o prefeito de Londres, Boris Johnson, aderiu às críticas – chegam num momento em que muitos argumentam que as cidades estão se tornando ainda menos acolhedoras para certos grupos.

Além dos dispositivos antiskate, os parapeitos das janelas ao nível do chão têm sido “enfeitados” com pontas ou espetos para impedir que as pessoas se sentem; assentos inclinados nos pontos de ônibus desencorajam a permanência e os bancos são divididos com apoio para os braços para evitar que as pessoas se deitem neles.

Acrescentem-se a essa lista as áreas com pavimentação irregular, desconfortável, as câmeras de circuito fechado com auto-falantes e os intimidantes sonoros “antiadolescentes”, como o uso de música clássica nas estações e os chamados dispositivos mosquito, que emitem sons irritantes de alta frequência que só os adolescentes escutam.

“Uma grande parte da arquitetura hostil é adicionada posteriormente ao ambiente da rua, mas é evidente que “quem nós queremos neste espaço, e quem nós não queremos” é uma questão consideradas desde cedo, no estágio do design”, diz o fotógrafo Marc Vallée, que tem documentado a arquitetura antiskate.

(...) O historiador da arquitetura Iain Borden disse que o surgimento da arquitetura hostil tem suas raízes no design urbano e na gestão do espaço público dos anos 1990. Esse aparecimento, afirmou ele, “sugere que somos cidadãos da república apenas na medida em que estamos trabalhando ou consumindo mercadorias diretamente”. “Por isso é aceitável, por exemplo, ficar sentado, desde que você esteja num café ou num lugar previamente determinado onde podem acontecer certas atividades tranquilas, mas não ações como realizar performances musicais, protestar ou andar de skate. É o que alguns chamam de ‘shoppinização’ do espaço público: tudo fica parecendo um shopping”. (...)

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/02/as-cidades-que-odeiam-seres-humanos.html

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http://marceloelisio.blogspot.com.br/2014/04/arquivos.html

Moradores de rua X Circulação pública

Não é trabalho dos mais difíceis encontrar estruturas que impeçam a presença de moradores de rua junto a

prédios na área central de Porto Alegre. Mesmo em regiões mais afastadas do Centro Histórico, é possível achar estratégias variadas para afastar essa população, normalmente sob o pretexto de que exalam mau cheiro e deixam os locais sujos.

O caso de uma grade instalada para impedir a presença de sem-tetos sob a marquise de um prédio da Rua da República, no bairro Cidade Baixa, levantou o debate nas redes sociais sobre a rejeição à presença de moradores de rua. A instalação foi feita no último fim de semana em frente ao Condomínio Puebla por causa de reclamações de locatários de apartamentos do edifício sobre mau cheiro.

Na quarta-feira, o condomínio foi notificado pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), que deu prazo até a próxima terça-feira para a retirada da grade. A multa prevista é de R$ 514. O síndico contratado do Puebla, André Rodrigues, afirmou que vai cumprir a determinação:

— A gente só queria o melhor para o prédio, mas deu uma repercussão bem forte, causou muita polêmica. Vamos tirar.

(...)

Grade no bairro Cidade Baixa, que deu origem à discussão

Foto: André Mags http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2014/08/estruturas-antimoradores-de-rua-se-espalham-por-porto-alegre-

4574237.htm

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UNICAMP – SEMANA 02 TEXTO A

Finalmente uma droga que faz bem à saúde Boas notícias para os devoradores de páginas que não desejam nunca saciar a fome

Esta matéria sem dúvida pode lhe interessar: já sabíamos que o esporte pode aumentar em cinco anos a

expectativa de vida; que o grão integral do cereal diminui em 7% a possibilidade de morte prematura; que a interação de dois genomas mitocondriais prolonga a vida em 16%, segundo publicou na Nature uma equipe de pesquisadores espanhóis, após analisar 20 gerações de roedores. Inclusive sabíamos que comer pouco é uma fórmula que atrasa o envelhecimento, devido à produção gerada de sulfeto de hidrogênio (que tem efeito protetor sobre as células), segundo estudos realizados na Universidade Harvard com camundongos e que confirmaram a prática oriental de que comer sem encher a barriga é um passo seguro rumo à longevidade.

Mas há uma coisa que não foi medida em roedores, e sim em pessoas, e que traz boas notícias para os devoradores de páginas que não desejam nunca saciar a fome: ler prolonga a vida; e quanto mais você ler, melhor. Aqui não há dietas, e o único milagre está na maior quantidade: quem lê em média 3,5 horas por semana vive 17% mais do que quem não abre um livro; os que leem ainda mais tempo vivem 23% mais. São quase dois anos – dois anos! – de recompensa.

Um estudo sobre saúde e aposentadoria realizado por cientistas da Universidade Yale avaliou 3.635 pessoas durante 12 anos. Depois de eliminar os fatores de ajuste de sexo, raça, condição de saúde e possível obesidade e depressão, a equipe decretou: ler prolonga a vida. O estudo, publicado na Social Science & Medicine, conclui que os leitores de livros costumam ser mulheres com formação elevada e melhor poder aquisitivo, mas isso não é determinante; o fundamental é ler. “As pessoas que leem meia hora por dia já levam uma vantagem de sobrevivência significativa em relação às que não leem nada”, disse Becca R. Levy, professora de epidemiologia de Yale e principal autora do estudo, ao The New York Times. “E essa vantagem permanece após a correção de variáveis como a saúde, a educação e as habilidades cognitivas.”

O estudo não avalia gêneros nem qualidades literárias. Aparentemente, Cervantes e Dickens têm as mesmas chances de prolongar nossas vidas que Jorge Amado e Dan Brown. Jornais também contam. “Talvez o seguinte passo para Yale é medir com quais autores podemos viver um pouco mais. Essa é uma ideia. Agora já sabemos que a poesia não fornece antioxidantes como o arroz integral e que, no entanto, autores como Guimarães Rosa são pura ginástica para a cabeça; que o ensaio não tem a ver com gorduras monoinsaturadas, nem o romance com o risco cardiovascular, mas que a obra de Clarice Lispector pode manter nossos níveis de palpitações adequados. É uma descoberta genial para curtir este fim de inverno: pela primeira vez, a droga que queremos na veia é boa para a saúde. Se possível, com uma torrada integral na outra mão.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/19/deportes/1471621596_718582.html

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TEXTO B

Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/03/numero-de-leitores-caiu-91-no-pais-em-quatro-anos-

segundo-pesquisa.html TEXTO C “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.” (Bill Gates)

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/a-importancia-da-leitura/

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TEXTO D

Disponível em: https://opoderdaleituracom.wordpress.com/2017/09/19/a-importancia-da-leitura-para-criancas-e-jovens/

Proposta I Devido ao baixo índice de leitores no Brasil, escreva um manifesto sobre a importância da leitura na formação da cidadania. Proposta II Com base nos textos motivadores e no seu conhecimento de mundo, redija um artigo relacionando o poder de transformação da leitura à seguinte afirmação: “Um país se faz com homens e livros”. (Monteiro Lobato)

ENEM – SEMANA 03 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto-insuficiente". fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I

O Brasil precisa repensar sua política de drogas. Mas como? Como em um sistema legalizado, grande parte da fiscalização das regras é deixada para a cadeia de

produção, um aparelho de controle consideravelmente mais leve seria suficiente para assegurar que os diversos agentes (comerciantes, produtores, consumidores…), que são claramente identificáveis, de fato cumpram as regras que os regem. Em contraste, um regime proibicionista, em que todos os agentes são desconhecidos, e virtualmente toda a população deve eventualmente ser controlada, requer um aparato de fiscalização extremamente pesado.

Um mundo livre de drogas provou ser inalcançável até o momento. Tornar algumas drogas ilegais não fez o problema desaparecer – pelo contrário, piorou muito, segundo os estudos mais recentes. O que se busca é um modelo focado em bases científicas, mais pragmáticas, com foco numa estratégia orientada pela saúde, que busca gerir as consequências do consumo de drogas, e não calcado em falsos moralismos.

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A intenção não é rejeitar o efeito negativo que as drogas possam acarretar no organismo. Não se trata disso. O objetivo é encontrar uma solução que traga melhores resultados tanto na área da saúde quanto nas áreas social e econômica. Aliás, justamente por seus efeitos prejudiciais, principalmente caso utilizadas de forma incorreta, as drogas ilícitas também merecem um tratamento regulatório já prestado a outras substâncias legalizadas que também trazem grande perigo caso usadas sem informação, como a classe dos ansiolíticos (Prozac e Valium, por exemplo). Pragmatismo e praticidade, em vez de princípios moralistas, devem ser as principais diretrizes de formulação de políticas.

Disponível em: <http://www.politize.com.br/repensando-a-politica-de-drogas-brasil/>. Acesso em 27 fev. 2018 (com adaptações).

TEXTO II

O FUNAD – Fundo Nacional Antidrogas O FUNAD - Fundo Nacional Antidrogas, gerido pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD) -

é um órgão que recebe doações de bens de valor econômico que são apreendidos do tráfico de drogas, e, após decisão judicial transitada em julgado, são leiloados por todo o país. Também recebe recursos advindos da União. Essas verbas são aplicadas no desenvolvimento de ações de repressão, tratamento, recuperação e reinserção de dependentes de drogas no Brasil, mas também poderiam ser direcionadas para escolas, investindo em capacitação profissional e em esportes, com o objetivo de trazer aqueles alunos que ficam o tempo que não têm aulas para dentro das escolas.

Disponível em: <http://www.unipac.br/site/bb/tcc/tcc-0635f6ff3a902553a60464031931a8fe.pdf>. Acesso em 27 fev. 2018.

TEXTO III Política antidrogas no Brasil é ineficaz, diz especialista

É uma política repressiva cara e ineficiente que prioriza o combate aos “microtraficantes” e não afeta o mercado bilionário das drogas

A lei tem dificuldades em estabelecer a diferença entre “usuário” e “traficante”. Os critérios são sempre

muito subjetivos. Na prática do nosso sistema de justiça, essa distinção se dá de forma seletiva e que reforça desigualdades.

Há diversos casos em que o simples fato de a pessoa morar em uma comunidade supostamente dominada pelo tráfico é o bastante para que um porte de drogas vire uma associação para o tráfico, com penas altíssimas.

As pesquisas que analisam o perfil das pessoas presas em flagrante por tráfico mostram que são, em sua imensa maioria, pessoas jovens, negras, que foram presas sozinhas, desarmadas e com quantidade ínfima de droga.

Esse é o perfil do “traficante” que está nos cárceres brasileiros. No fim das contas, movemos uma estrutura policial e judicial caríssima que não consegue atingir o cerne do problema.

O que chamamos de “economia da droga” é um mercado bilionário, que envolve redes de produção e distribuição de drogas e um fluxo enorme de dinheiro.

Mas nosso sistema se preocupa essencialmente com a ponta mais frágil desse mercado, que são os microtraficantes. A prisão de centenas de milhares de microvarejistas, que é o que fazemos hoje, não afeta em absolutamente nada esse grande negócio.

A situação é ainda mais grave no que diz respeito às prisões femininas. Mais de 60% de todas as prisões de mulheres são por tráfico de drogas. Há uma frase que resume bem a situação: nossa política criminal sobre drogas é forte com os fracos e fraca com os fortes.

Disponível em: < https://exame.abril.com.br/brasil/politica-antidrogas-no-brasil-e-ineficaz-diz-especialista/>. Acesso em 04 mar. 2018 (com adaptações).

TEXTO IV

Disponível em: <https://igarape.org.br/dez-motivos-para-mudar-a-politica-de-drogas-no-brasil-2/>. Acesso em: 27 fev.

2018.

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TEXTO V

Disponível em: <http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2013/10/primum-non-nocere.html>. Acesso em 28 fev. 2018.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para a política antidrogas no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

UnB – SEMANA 03

Construa um texto a ser publicado no Caderno Opinião de um jornal de circulação nacional deixando clara sua posição sobre “Os perigos do universo digital”. Lembre-se de argumentar em defesa de seu ponto de vista. Utilize todas as características típicas do gênero em questão. Instrução:

Você deverá começar seu texto com a seguinte expressão “A internet facilitou a informação, mas também restringiu a capacidade de reflexão das pessoas” A redação deverá ter, no mínimo, 25 e, no máximo, 30 linhas. Textos fora desses limites não serão corrigidos, recebendo, portanto, nota zero. Fontes de pesquisa sobre o tema: http://g1.globo.com/como-sera/quadros/adolescentes/noticia/2017/03/tecnologia-reflexoes-e-dicas-de-uso-da-internet-por-adolescentes.html http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,internet-leitura-e-reflexao-imp-,897814 Sobre o gênero Artigo de opinião

Apresenta parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser retratada são evidenciados (tese). No desenvolvimento, há a exposição de argumentos em defesa de um ponto de vista. Já na conclusão, ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao longo do discurso, promovendo uma reflexão sobre o tema proposto ou apresentando solução para o problema discutido.

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FUVEST – SEMANA 03 TEXTO I

Disponível em Google Imagens

TEXTO II

Imagem extraída do filme “Pink Floyd – The Wall”

As imagens acima sugerem reflexão acerca de uma imposição social. A partir da ideia central que se infere da interpretação dos textos visuais, elabore um texto dissertativo em

que, na condição de autor, você se posicione sobre a situação retratada. Instruções: Dê um título a sua redação. O texto deve ter entre 25 e 30 linhas. Referência cinematográfica: “Edward, mãos de tesoura” (1990), de Tim Burton

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UFU– SEMANA 03 TEXTO I – Definição:

Opiáceos são substâncias oriundas de uma planta endêmica da Ásia, a papoula (Papaver somniferum), a

partir do ópio: uma resina extraída desta, ao se fazer incisões em sua cápsula. Estas podem ser naturais, como a morfina e codeína; semissintéticos, como a heroína; ou, ainda, sintéticos, como o demerol, propoxifeno e metadona. Neste último caso, tais substâncias também são chamadas de opioides.

Tanto opioides quanto opiáceos são poderosos analgésicos, amplamente utilizados para tratamento da dor. Entretanto, têm grande capacidade de causar tolerância e dependência, por serem levadas ao cérebro de forma bastante rápida, atingindo regiões relacionadas à dependência e sensação de recompensa.

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/drogas/opio.htm TEXTO II

Epidemia de opiáceos já começa a alterar paisagem urbana nos EUA No meio das folhas amontoadas na grama, uma cor mais forte chama a atenção. O laranja flúor de

centenas de capinhas de agulha na ponta de cada seringa destoa da paisagem do bosque como um estranho sinal de alerta.

"Isso aqui estava limpo, mas olha só agora", apontava Clara Cardelle, enquanto recolhia os tubinhos do chão do Highbridge. O parque no extremo norte de Manhattan é um dos pontos de Nova York mais afetados pelo vício em opiáceos. "Este é o lugar aonde as pessoas vêm para usar."

Ela, que injeta heroína uma ou duas vezes por dia e agora trabalha num grupo de tratamento a viciados, tem os olhos treinados para escanear a mata em busca das seringas. Mas também tem lembranças de outra cor ainda muito frescas na memória.

"Ele estava azul, azul, azul. E a barriga dele nem se mexia. Estava morrendo", conta, sobre um amigo que socorreu quando ele parou de respirar por causa de uma overdose. "A ambulância demorou uns 15 minutos para chegar. Salvei a vida dele."

Debaixo da ponte que leva ao distrito do Bronx, estão barracas e caixas de papelão. É um dos refúgios daqueles que, como o amigo de Cardelle, fogem de suas casas na hora de usar as drogas que mataram pelo menos 53,3 mil americanos no ano passado —1.374 deles de overdose só na maior metrópole do país.

Quando a chamada crise dos opioides entrou para o vocabulário americano, o vício em analgésicos à base dessas substâncias, entre eles Percocet, Vicodyn e OxyContin, era coisa de brancos em zonas rurais que viraram escravos de comprimidos que usavam com receita médica.

Muitos deles poderiam se enquadrar no perfil do eleitor típico do presidente Donald Trump, que classificou a epidemia como emergência de saúde pública nacional há pouco menos de um mês.

Mas, cada vez mais e com potência cada vez maior, os opioides entraram para o mercado ilegal e passaram a se tornar também um drama urbano. Pontos de Nova York, como o Harlem, o Bronx e Staten Island, onde viciados são em grande parte negros e hispânicos, vêm engrossando as estatísticas dessa epidemia.

CADÁVERES Os primeiros sinais de que a coisa havia saído do controle não foram só montes de seringas por todos os

cantos. Corpos vêm sendo encontrados em banheiros públicos, apartamentos, abrigos de sem-teto e parques urbanos —baixas de uma guerra que já deixou de ser silenciosa.

"Essa crise atravessa todo o espectro demográfico e geográfico", diz Bridget Brennan, chefe da agência de combate a narcóticos da cidade. "Nova York virou um centro de importação e distribuição de drogas para todo o nordeste dos Estados Unidos. Daqui nós temos uma visão privilegiada do problema."

E essa não é uma vista bonita. Nos últimos três anos, o volume de heroína apreendido na cidade quadruplicou. Mais grave ainda, o total confiscado de fentanila, droga 50 vezes mais potente que a heroína, saltou de 16 para 117 quilos do ano passado até outubro deste ano.

Não parece muito numa cidade de 8,5 milhões de habitantes, mas 12 minúsculos grãos da substância podem matar uma pessoa. Fentanila pura e outros opiáceos, como tranquilizantes de elefante e rinoceronte, são vendidos em saquinhos de US$ 5 nas esquinas do Bronx.

"Uma pessoa morre de overdose aqui a cada sete horas", dizia Liz Evans, diretora do Washington Heights Corner Project, um misto de clínica e café onde viciados podem descansar quando estiverem sob o efeito da droga.

Numa sala cheia de espreguiçadeiras com vista para a paisagem fuliginosa do Bronx, enfermeiros de plantão monitoram cada um deles para evitar overdoses ali.

Eles também ensinam como testar as drogas que compram na rua para descobrir sua potência verdadeira e grau de perigo, já que muitas vezes substâncias são vendidas disfarçadas de outras —a polícia, por exemplo, já apreendeu comprimidos falsificados que eram pura fentanila.

"Ninguém nunca morreu no nosso banheiro", dizia Jesse Reid, um dos voluntários de olho no entra e sai da clínica, que atende mais de 5.000 pessoas a cada mês.

Sob a guarda dele, uma mulher cochilava num canto e um grupo de rapazes conversava perto do balcão onde atendentes distribuem seringas novas de graça. Pôsteres nas paredes dão dicas como nunca compartilhar agulhas e sempre buscar usar veias diferentes na hora de injetar.

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Mesmo que a lei americana não permita que ninguém use drogas ali, centros como esse se tornaram a coisa mais próxima em solo americano de experimentos de tratamento com injeção assistida testados na Europa e no Canadá, ao norte da fronteira.

Evans, a diretora do espaço, conta que a ideia do lugar era não converter viciados à força, mas evitar que ainda mais mortes ocorressem.

"Essas pessoas tinham medo de ser presas, por isso elas não procuravam ajuda", diz. "Muitos sentem que precisam se esconder, ser invisíveis."

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/11/1936524-epidemia-de-opiaceos-ja-comeca-a-alterar-paisagem-urbana-nos-eua.shtml

Situação A - Suponha que você trabalhe em um jornal de circulação nacional e integre a equipe de editores. Com base nos textos apresentados, redija um EDITORIAL em que fique evidenciada a posição do jornal a respeito da seguinte afirmação: “Opiáceos, a epidemia mortal que rende bilhões”. Situação B – Suponha que você seja um médico renomado e que tenha sido convidado a ser colunista de um jornal de circulação nacional. O tema abordado nessa semana é a internação compulsória de viciados em opiáceos. Redija um TEXTO DE OPINIÃO - aproveitando-se da sua experiência no assunto - que evidencie o seu posicionamento a respeito dessa questão. Situação C - Imagine que você faça trabalhos voluntários e que, numa visita ao Afeganistão, em meio a um aumento recorde na produção de opiáceos no país, veja o vício em ópio e heroína avançar até mesmo entre crianças que entram em contato com a droga dentro de suas próprias casas. Redija um RELATO contando sua experiência com uma dessas crianças mencionadas anteriormente. Leia com atenção todas as instruções. a) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a

proposta com a qual você tenha maior afinidade. b) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,

obedeça às normas do gênero. c) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. d) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. e) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. f) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. g) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

IME/ITA – SEMANA 03 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO Os textos da prova tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. Não copie nem parafraseie os textos desta prova. Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão. TEXTO I

Pesquisa do CONANDA aborda crianças em situação de rua Pesquisa censitária nacional identificou 23.973 crianças e adolescentes em situação de rua. Dessas, 59,1%

dormem na casa de sua família (pais, parentes ou amigos) e trabalham na rua; 23,2% dormem em locais de rua (calçadas, viadutos, praças, rodoviárias, etc.), 2,9% dormem temporariamente em instituições de acolhimento e 14,8% circulam entre esses espaços.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA e a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente - SNPDCA, por meio de parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável - IDEST, realizaram este levantamento com o objetivo de nortear o aprimoramento de políticas públicas e a construção da Política Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Plano Decenal – em fase de elaboração.

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A pesquisa foi realizada em 75 cidades do país, abrangendo capitais e municípios com mais de 300 mil habitantes. Perfil desta população

Predominam nas ruas crianças e adolescentes do sexo masculino (71,8%). A faixa etária predominante é entre 12 e 15 anos (45,13%). Quase metade das crianças e dos adolescentes em situação de rua (49,2%) se declarou parda ou morena e

se declararam negros 23,6%, totalizando 72,8%, proporção muito superior à observada no conjunto da população.

A pobreza é um dos principais fatores explicativos da existência de crianças e adolescentes em situação de rua. Convivência familiar

A maior parte das crianças e dos adolescentes em situação de rua dorme em residências com suas respectivas famílias e, mesmo entre aqueles que pernoitam nas ruas, 60,5% mantém vínculos familiares.

Mais da metade das crianças e adolescentes em situação de rua (55,5%) avaliou como bom ou muito bom o relacionamento que mantêm com seus pais, ao passo que 21,8% considerou este relacionamento ruim ou péssimo. A relação com os pais é melhor, em maior proporção, no caso de meninos e meninas que moram com suas famílias, mas mesmo entre aqueles que costumam dormir na rua, 22,4% consideraram bom ou muito bom o relacionamento com seus pais.

As crianças e os adolescentes que dormem na casa de suas famílias apresentaram melhores condições de vida, alimentação, escolaridade e saúde. Isto demonstra a importância da convivência familiar e comunitária para a proteção de crianças e adolescentes e a necessidade de políticas públicas que apoiem as famílias em sua função de cuidado e proteção de seus filhos e filhas. Privação dos direitos fundamentais

Embora avanços tenham sido conquistados nos quase 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), direitos fundamentais como alimentação, saúde, educação e higiene pessoal ainda não foram efetivados para o público entrevistado.

Entre os principais motivos declarados pelas crianças e adolescentes que dormem na rua para explicar a saída de casa se destacou a violência no ambiente doméstico, com cerca de 70%: brigas verbais com pais e irmãos (32,2%); violência física (30,6%); violência e abuso sexual (8,8%). Isso mostra a importância de investimentos em ações de prevenção, divulgação e sensibilização para a garantia dos direitos da criança e do adolescente sem violência.

Não se alimentam todos os dias 13,8% do universo total das crianças e dos adolescentes em situação de rua, sendo que esta situação alcança 28,4% no grupo de crianças e adolescentes que dormem na rua, demonstrando a gravidade das violações relativas ao direito à alimentação.

Embora a maior parte do público entrevistado esteja em idade escolar, não estudam atualmente 38,9% dos que têm entre 6 a 11 anos e 59,4% dos que têm entre 12 e 17 anos. A privação a este direito resulta em prejuízo individual e social.

Mais de 65% das crianças e adolescentes exercem algum tipo de atividade remunerada. Entre as mais recorrentes destacaram-se a venda de produtos de pequeno valor - balas, chocolates, frutas, refrigerantes, sorvetes - (39,4%); o cuidado de automóveis como “flanelinha”, a lavagem de veículos ou limpeza de vidros dos carros em semáforos (19,7%); a separação no lixo de material reciclável (16,6%); e a atividade de engraxate (4,1%). Esses dados demonstram que as crianças e adolescentes em situação de rua, na sua maioria, trabalham para sobreviver.

Aproximadamente um terço (29,5%) das crianças e adolescentes costumam pedir dinheiro ou alimentos para sobrevivência. Sistema de Garantia de Direitos

Uma das razões que colocam o Brasil na vanguarda pela promoção, garantia e defesa dos direitos infanto-juvenis é o fato de a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 atribuírem a responsabilidade pelo desenvolvimento saudável de meninos e meninas ao Estado, à sociedade e à família.

No entanto, ainda se fazem necessárias políticas públicas que contemplem este público nas suas demandas específicas e uma mudança de cultura da sociedade como um todo que conceba crianças e adolescente como sujeitos de direitos. Os dados da pesquisa indicaram a existência de preconceitos e discriminações em relação a crianças e adolescentes na rua.

De acordo com os resultados, 36,8% das crianças e adolescentes entrevistados já foram impedidos de entrar em algum estabelecimento comercial; 31,3% de entrar em transporte coletivo; 27,4% de entrar em bancos; 20,1% de entrar em algum órgão público; 12,9% de receber atendimento na rede de saúde; e 6,5% já foram impedidos de emitir documentos. Ao todo, as situações descritas afetaram metade (50%) dos entrevistados.

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Continuidade Com a pesquisa concluída, inicia-se agora um processo de discussão sobre o significado dos dados

coletados e dos desafios a serem enfrentados. Serão realizados cinco seminários nas regiões do país nos meses de julho a novembro. Fontes: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA [email protected] Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente – SNPDCA [email protected] http://www.direitosdacrianca.gov.br/migrados/pesquisa-do-conanda-revela-as-condicoes-de-vida-de-criancas-e-adolescentes-em-situacao-de-rua TEXTO II

Crianças e Adolescentes em Situação de Rua

Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Estatuto da Criança e do Adolescente A alarmante condição de crianças e adolescentes vivendo em situação de rua viola todo o ideal de

dignidade humana e confronta as legislações vigentes não só em território brasileiro, mas também nas mais diversas convenções internacionais que lutam pela defesa dos direitos humanos. É desumana e cruel a situação de meninos e meninas que tem nas ruas o espaço de trabalho, vivência e desenvolvimento. É levando em consideração o direito prioritário das crianças e adolescentes a uma estruturada e harmoniosa vida familiar, à educação, à plena formação social e ao livre exercício de usufruir a juventude, que podemos atribuir a toda sociedade o dever de zelar por aqueles que ainda não completaram seu desenvolvimento psíquico, cultural, emocional e físico. Em especial quando tais jovens encontram-se em situação de abandono, exploração e perigo.

A Constituição Federal brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente deixam claro que as crianças e adolescentes são, antes de tudo, sujeitos de direitos que devem contar com a prioridade absoluta das políticas e planejamentos sócio-econômicos. Dessa forma, as pessoas que ainda não atingiram a maioridade têm total primazia em atendimentos de socorro, proteção e serviços públicos em geral. As famílias têm obrigação de se esforçar ao máximo para a plena formação daqueles que ainda não se desenvolveram completamente. Uma vez que isso não aconteça, não importando o motivo, é obrigação do Estado zelar e cuidar dessas crianças e adolescentes, proporcionando-lhes um completo atendimento emocional, social, comunitário e educativo. Situação de Rua

A desestruturação familiar, a falta de investimento estatal em políticas sócio-educativas, o abandono, o falecimento dos pais, o abuso e a fome são alguns dos motivos que levam diariamente milhões de crianças e adolescentes a se exporem ao risco de viver sem qualquer amparo. É importante entender a complexidade do assunto e não culpar a criança de rua por sua situação. Os jovens em situação de rua, assim como qualquer outra criança e adolescente, não têm a adequada formação e maturidade que permite escolher o que é melhor para si, todavia isso não anula o fato de que há que escutá-los e respeitá-los. O Estatuto da Criança e do Adolescente mostra de forma explícita que não se pode abrigar um menino ou menino de rua contra a vontade do mesmo e que os jovens devem ser escutados e suas opiniões devem ser levadas em consideração sempre que possível.

O termo “situação de rua” foi criado para afastar o estigma negativo que expressões como “menor” e “mendigo” possuem. A situação de rua pode se dar de variadas formas. Há crianças que vivem com a família, mas durante o dia trabalham nas ruas, enquanto outras só conseguem voltar para a casa nos finais de semana. Há ainda aquelas que não possuem qualquer vínculo familiar e têm na rua o seu local de viver, dormir e trabalhar. Esses meninos e meninas de rua são expostos a diversos perigos (como estupro, trabalho forçado, vício em drogas, agressão, assassinato, etc) e não têm oportunidade de usufruir seus direitos mais básicos. Toda a sociedade é responsável por eles e deve se esforçar ao máximo para acabar com essa desumana situação. Como lidar com a situação de rua

Ao levar em consideração que é expressamente proibido o trabalho infantil e que a rua não é um lugar adequado, em hipótese alguma, para crianças e adolescentes, toda a sociedade, ao não buscar melhorias para a qualidade de vida desses jovens, encontra-se no papel de cúmplice em violações diárias aos Direitos Humanos. É essencial que cada cidadão exija a erradicação da situação de rua e não se torne um mero espectador da desvalorização de vidas que ainda estão no início.

Ao ver uma criança ou adolescente em situação de rua (pedindo esmola, dormindo nas calçadas, fazendo uso de drogas, sendo obrigada a trabalhar e etc) é essencial notificar o Conselho Tutelar da região e exigir que a Vara da Infância e da Juventude apure o caso. Para um jovem ser abrigado, é necessária a autorização de um juiz que julgue a situação do jovem como de risco. Se nada do que foi feito gerar resultado, apele para a OAB ou Ministério Público. É de extrema importância acompanhar o caso e cobrar das autoridades competentes um envolvimento digno do que merecem as crianças e adolescentes em risco. Veja abaixo uma lista de serviços básicos que podem ser procurados.

http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1051&Itemid=269

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TEXTO III

https://www.portalaz.com.br/noticia/geral/400499/sonhos-de-criancas-distorcidos-em-exploracao-de-mao-de-obra-infantil

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TEXTO IV

UNICAMP – SEMANA 03

Quem fala mais alto Será que temos diminuído nossa capacidade auditiva? Parece que, a cada dia, precisamos falar mais alto. Não é de se estranhar, já que a poluição sonora dos centros urbanos é cada vez pior e o nosso cotidiano é

lotado de barulhos: lojas, bares e restaurantes tocam música em volume alto e tudo isso faz com que falemos cada vez mais alto.

Como se não bastasse a dificuldade em ter vida privada – hoje, quase tudo é público –, até nossas conversas ao telefone vazam para todos os lados, porque falamos ao celular em lugares barulhentos e isso nos obriga a aumentar o tom de voz. Resultado: a gritaria é geral e participamos como observadores de brigas conjugais, de discussões profissionais e até das broncas nos filhos.

As crianças têm aprendido conosco a falar bem alto. Estudos já foram feitos em diversas escolas para medir a intensidade do som. Mesmo sem a voz dos alunos, o ruído é alto demais e colabora para a perda da atenção e da concentração. É que não temos tradição, em nosso país, de cuidar da acústica escolar: os pisos e as paredes não são elaborados com material de isolamento acústico.

Com os alunos dentro, o ruído aumenta. No recreio, algumas escolas que fizeram medições constataram um nível de decibéis considerado prejudicial à saúde. É que, nessa hora, ao barulho do entorno escolar se soma a gritaria do alunado. Em sala de aula, os professores elevam o tom de voz para serem ouvidos, os alunos os

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imitam, e quase ninguém mais fala: todos gritam. Em uma pesquisa feita com alunos, mais da metade considera existir uma única saída que permite ouvir a aula toda: sentar-se próximo ao professor. Isso significa que muitos alunos nem sequer ouvem o que o professor diz.

Em casa, muitos pais confundem seriedade ou firmeza com aumentar o volume da voz. Mas não é preciso subir os decibéis para ser obedecido ou levado a sério por crianças e jovens. Aliás, eles podem aprender a falar mais baixo, a regular o volume da voz de acordo com as situações e, principalmente, a ouvir e respeitar as pessoas com quem se relacionam. E, para tanto, é preciso que tenham bons exemplos.

Criamos um falso conceito: o de que a criança fala alto naturalmente e que isso é um sinal de que vive bem sua infância. Muitos adultos consideram que ensinar a criança a falar mais baixo é reprimir sua espontaneidade.

Conheço uma professora de Educação Infantil que se esforça para ensinar seus alunos a se comunicarem em um tom de voz suave. Claro que ela consegue, com muito esforço e depois de um tempo de convivência com os alunos. Mas muitas de suas colegas consideram sua sala "muito reprimida".

Na verdade, ensinar a criança a falar em tom suave e audível faz parte do ensino da comunicação verbal e é um fator importante do processo de socialização. Para chegar a isso, precisamos colocar em ação nossa capacidade de auto-regulação do tom de voz. Afinal, vamos ajudar o mundo a ser menos barulhento ou vamos continuar a agir como se só fossem ouvidos os que falam mais alto?

SAYÃO, Rosely. Disponível em: http://www1.folhauol.com.br/fsp/equilíbrio. (Adaptado) Proposta 01

Com base na leitura do texto Quem fala mais alto, de Rosely Sayão, redija um manifesto contra a poluição sonora, a ser distribuído, em panfleto, à população de sua cidade. Atenção: assine o manifesto usando apenas as iniciais do remetente TEXTO I

Olho biônico já está em teste em animais O olho biônico da atualidade consiste em uma minúscula câmera de vídeo montada sobre óculos

transparentes, parecidos com os utilizados em sistemas de realidade virtual, tudo ligado a um computador, responsável pelo processamento. Há ainda uma bateria solar implantada na íris e um chip sensível à luz, implantado na retina. (...)

O chip mede apenas 3 milímetros, permitindo que o usuário venha a ter 10 graus de campo visual de cada vez. O chip é, na verdade, um sensor muito parecido com os CCD utilizados nas atuais câmeras digitais.

http://www.iniovacaotecnologica.com.br/notícias11/04/2005. TEXTO II

Um golfinho biônico

Da próxima vez em que você vir um golfinho brincando dentro d’água, preste muita atenção, pois pode ser um Golfinho Biônico, com motor V8 e sendo pilotado por uma pessoa. Ele foi inventado em 1978 pelo Dr. Thomas Rowe, mas o desenvolvimento do primeiro protótipo só começou em 1988. Em setembro de 1992, o golfinho fez o seu “vôo” inaugural debaixo d’água. Ele é movido por um motor V8 de 400 cavalos (o mesmo do Corvette 2005). O golfinho biônico pode navegar pela superfície ou submergir como um submarino.

Os modelos atuais são para uma pessoa, mas um protótipo com dois assentos está sendo desenvolvido para produção.

http://www.digitaldrops.com.br/drops 05/2006. TEXTO III A mulher biônica Para Lindsay Wagner Eu quero uma mulher biônica Que me ame como uma suspirosa máquina Do mais intenso amor. Uma mulher que quase me mate... Mas me livre de todos os ataques! Eu quero, eu quero uma mulher biônica Para que eu possa, a qualquer momento, Desparafusá-la...

QUINTANA, Mário. Anotações poéticas. São Paulo: Globo, 1996. p.18.

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PROPOSTA 02 Com o avanço da tecnologia, muitas criações se tornam possíveis, até a mulher biônica desejada pelo

poeta gaúcho Mário Quintana. Imagine que ele a desparafusou, mas não consegue montá-la novamente. Então promoveu o concurso “Quem consegue montar uma mulher...”

Com o objetivo de participar do concurso “Quem consegue montar uma mulher”, produza um texto no qual você orienta o poeta a remontar sua mulher biônica.

ENEM – SEMANA 04 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o

número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto-insuficiente". fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I

O arroz e feijão, ingredientes tradicionais do prato do brasileiro, não perderam espaço na mesa de mais de 90% da população. Por outro lado, o consumo de frutas, legumes e verduras está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 400 gramas diários. Os dados são da pesquisa “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com a nutricionista Adriana Padilha, a falta de legumes, frutas e verduras nas refeições afeta a ingestão de fibras, vitaminas e minerais. “O ideal é que a pessoa tenha uma alimentação saudável e equilibrada, contendo todos os alimentos. Na impossibilidade de isso acontecer, pode suplementar com medicações, mas isso acontece em último caso.”

http://www.metodista.br/rronline/noticias/saude/2011/07/ma-alimentacao-faz-parte-da-rotina-da-maioria-dos-brasileiros

TEXTO II

Quem já não ouviu o ditado "você é o que você come"? Apesar disso, a maioria das pessoas desconhece os malefícios de uma alimentação não saudável. No Brasil, apenas 12% das pessoas identificam que as dietas não saudáveis contribuem para mais mortes do que guerras, tabagismo, consumo de álcool, Aids ou malária. Dados mundiais mostram que cerca de 11 milhões de mortes por ano estão ligadas à alimentação inadequada; e o impacto econômico chega a dois trilhões de dólares por ano - ou quase 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Para alertar a população e mudar o quadro, é necessário que países adotem políticas que incluam restrições à comercialização de alimentos pouco saudáveis para crianças.

https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/brasileiros-desconhecem-impacto-de-ma-alimentacao-indica-pesquisa-da-consumers-16256482#ixzz4rfCwmFVW

TEXTO III A falta de informação é a principal causa da má alimentação no Brasil e do grande número de obesos nos

últimos tempos. Segundo o IBGE, 40% da população está a acima do peso e dez milhões e quinhentos mil brasileiros são obesos. Mais do que dietas e medicamentos o brasileiro precisa saber como se alimentar bem. Para a nutricionista Maria Eunice de Govea Pereira, o alerta deve ir alem no mundo globalizado. "Refrigerantes e hambúrgueres, passaram a ser o lanche preferido dos adolescentes. Todos os valores agregados à mídia que valorizam o alimento com alta densidade calórica, o componente do visual, do agradável acaba colaborando no aumento da obesidade. Outro fator é falta de atividade física”, afirma.

https://noticias.cancaonova.com/brasil/falta-de-informacao-e-causa-da-ma-alimentacao-no-brasil/ TEXTO IV

Pesquisa inédita revela que quase metade da população entre 14 e 75 anos, cerca de 45,9%, não pratica nenhum tipo de atividade física

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Sedentários

As pessoas que não praticam atividade física têm consciência dos riscos da vida sedentária?

http://www.brasil.gov.br/esporte/2015/06/diagnostico-nacional-do-esporte-mapeia-atividade-fisica-no-pais

TEXTO V

A obesidade não é apenas uma questão individual. Está relacionada a toda uma cultura social de alimentação e hábitos de vida. Já são quase 2 bilhões de pessoas acima do peso em todo o mundo. Perto de 60% da América Latina está nessa condição. No Brasil, um recorte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2016), do Ministério da Saúde, aponta que na última década (2006-2016) a prevalência da obesidade entre os jovens de 18 a 24 anos de idade quase dobrou, passando de 4,4% para 8,5%.

O disparar da obesidade entre esses jovens não chega a ser uma surpresa se considerarmos o quadro de que 60,8% das crianças com menos de dois anos comem biscoito ou bolacha, um alimento ultraprocessado rico em gordura e açúcar - segundo dados do Erica. Ou seja, uma cultura social que tem privilegiado alimentos hipercalóricos desde a infância tem reflexo direto na vida desses jovens adultos.

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52879-obesidade-entre-jovens-brasileiros-quase-dobra-na-ultima-decada

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Necessidade de hábitos saudáveis no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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UnB – SEMANA 04 TEXTO I

Dia mundial da paz O Dia Mundial da Paz é comemorado no dia 1º de janeiro, o Dia de Ano Novo. Inicialmente chamado

somente de Dia da Paz, a celebração foi criada pelo Papa Paulo VI em dezembro de 1967. A partir de então, todos os anos, o primeiro dia do ano passou a celebrar o Dia Mundial da Paz. É assim desde 1968.

Disponível em: <https://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-paz/> Acesso em 17 mar. 2018. TEXTO II

Banalização da violência

Em seu programa no canal por assinatura GNT, a jornalista Marília Gabriela entrevistou a pesquisadora Maria Tereza Maldonado, autora de “Bullying e cyberbullying - o que fazemos com o que fazem conosco?” e de dezenas de outros livros de psicologia e de relacionamento humano. Referindo-se ao massacre ocorrido na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, em abril de 2011, a jornalista quis saber se as crianças que passaram por tudo aquilo ficariam traumatizadas pelo resto da vida ou se a violência teria sido banalizada.

Na opinião da pesquisadora, “a violência realmente banalizou-se, mas a reação a essa violência vai depender de cada pessoa. Eu coloquei isso no título do meu livro: o que fazemos com o que fazem conosco? Eu trabalho com comunidades carentes que vivem em sinais de intensa violência. Já trabalhei com equipes da Associação Brasileira da Terra dos Homens e com a Cruzada do Menor. São crianças e adolescentes que vivem em contextos de extrema violência no cotidiano. Para muitos deles, isso representa traumas difíceis de serem superados; para outros, eles vão crescendo e têm o que a gente chama de resiliência, que é a capacidade de superar as adversidades”.

Talvez não consigamos acabar com a violência, por ser inerente ao ser humano. Talvez seja possível diminuí-la ou transformá-la. Pode ser que o mesmo ato violento tenha um peso para mim e nenhum para você. Sendo subjetiva ou não, o que faremos com o que a violência causa em nós? Seremos vítimas ou vencedores? Fica a reflexão.

Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0075.html>. Acesso em 17 mar. 2018 (com adaptações).

TEXTO III

Disponível em: <https://goo.gl/images/DcuFEb>. Acesso em 18 mar. 2018.

Considerando os fragmentos de textos acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um

texto dissertativo acerca do seguinte tema: A banalização da violência por uma sociedade que objetiva a paz

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FUVEST – SEMANA 04 Leia os textos para fazer sua redação.

A SUSIPE (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará) desenvolve 20 Projetos sociais.

São projetos desenvolvidos por vários órgãos do Governo do Estado do Pará, para atender às necessidades humanas, agroindustriais do Sistema Penitenciário; reinserir internos na sociedade por meio de serviços de reparos de escolas e logradouros públicos; por meio do trabalho; da atividade de auxiliar de serviços gerais e gradeamento de madeira; capacitação profissional, qualificação para o trabalho e geração de emprego e renda; auxiliar de cozinha e serviços gerais, dentre tantas outras: O Projeto Nascente - 210 internos; Conquistando a Liberdade - 961 internos; Puxirum - 50 internos; Florescer - 15 internos: Papo di Rocha - 300 internos; F1 - 13 internas; Sementes - 50 internos; Olimpo - 40 internos; Alvorecer - 10 internos; Transformando Vidas - 6 internos; João de Barro - 30 internos; Projeto Ipê - 25 internos; Cantina Livre - 16 internos; Lavoro - 10 internos; Esperançar - 09 Internos; Projeto Primavera - 15 Internos; Projeto Vianda - 24 internos; Projeto Arte de Recomeçar - 01 interno; Projeto LibertAção - 30 internos; Projeto ReplantaAÇÃO - 30 internos.

(Texto adaptado) FONTE: http://www.susipe.pa.gov.br/content/projetos-sociais.

Pró-Egresso - Programas - Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania

O Programa Estadual de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário - PRÓ-EGRESSO, do Estado de São Paulo, é resultado da conjunção de esforços entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), a Secretaria do Emprego e Relações de Trabalho (SERT) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT).

O Pró-Egresso oferece os serviços desenvolvidos pela SERT, pela SDECT e pela SAP, potencializando os efeitos do Programa "Emprega São Paulo" (intermediação de mão de obra), do "Via Rápida Emprego" (qualificação profissional) e dos programas de Reintegração Social, realizado nas Unidades Prisionais e nas Unidades de Atendimento de Reintegração Social no Estado de São Paulo. Podem ser cadastrados egressos do sistema penitenciário (o liberado definitivo); os liberados definitivos lato sensu (cumpriram pena e estão em liberdade há mais de um ano); em situação especial de cumprimento de pena (casos como os de detentos que cumprem pena em regime semiaberto ou aberto, foram beneficiados pela suspensão condicional da pena e foram condenados a penas alternativas; anistiados, agraciados, indultados, perdoados judicialmente; adolescentes que estejam cumprindo ou já cumpriram medida socioeducativa na Fundação Casa.

(Texto adaptado) FONTE: http://www.reintegracaosocial.sp.gov.br/pro_egresso.php.

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Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: A reintegração social do preso no Brasil Instruções: A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível e não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de

redação. Dê um título a sua redação.

UFU – SEMANA 04 TEXTO I

Por Alexandre Becker. Página oficial do Armandinho no Facebook.

TEXTO II

Brasil aprovou 40% das solicitações de refúgio analisadas em 2017 O governo brasileiro aprovou 40,1% das 1.179 solicitações de refúgio analisadas pelo Comitê Nacional para

os Refugiados (Conare) em 2017. Os dados foram obtidos pelo G1 via Lei de Acesso à Informação. As nacionalidades com maior número de pedidos aprovados foram os sírios, com 230 solicitações

atendidas, e os cidadãos da República Democrática do Congo, com 108 solicitações deferidas. No total, no ano passado, 473 pessoas foram reconhecidas como refugiadas no Brasil. Outras 706 tiveram o pedido negado.

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A Síria vive uma guerra civil que, desde 2011, matou 340 mil pessoas e fez com que milhões de deixassem suas casas, muitas delas com destino a outros países. Segundo dados do Acnur, o conflito já fez com que mais de 5,5 milhões de pessoas buscassem refúgio fora da Síria.

Atualmente, a maioria da população de refugiados no Brasil é composta por sírios (2.746), angolanos (1.564), congoleses (1.102) e colombianos (708).

Os senegaleses foram o grupo com maior número de pedidos de refúgio indeferidos em 2017, com 156 solicitações negadas, seguidos dos angolanos, com 120 negativas. No total, o Conare rejeitou 706 solicitações no ano passado, 59,9% do total. Solicitações de Refúgio Deferidas em 2017

País Número de Casos

1. Síria 230

2. República Democrática do Congo 108

3. Palestina 26

4. Egito 16

5. Paquistão 13

https://g1.globo.com/mundo/noticia/brasil-aprovou-40-das-solicitacoes-de-refugio-analisadas-em-2017.ghtml Situação A - Imagine que você exerça importante papel na Comissão de Direitos Humanos do Brasil e seja convidado a ser colunista de uma revista de abrangência nacional. Redija um texto de opinião posicionando-se acerca das contribuições históricas e culturais advindas do acolhimento de refugiados no país. Situação B - Você é repórter e foi convocado para a cobertura de fatos envolvendo a chegada de refugiados no Brasil. Redija uma notícia que envolva um desses fatos que mostrem como os refugiados têm sido recebidos em solo brasileiro. Situação C - Imagine que você seja membro de uma ONG voltada para a questão dos Direitos Humanos. Redija uma carta argumentativa para o representante da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) para oferecer sua contribuição para a recepção de refugiados em sua cidade e para destacar a importância de incluir socialmente essas pessoas e de reduzir o sofrimento delas. Leia com atenção todas as instruções. a) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a

proposta com a qual você tenha maior afinidade. b) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,

obedeça às normas do gênero. c) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. d) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. e) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. f) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. g) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

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IME/ITA – SEMANA 04 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO Os textos da prova tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. Não copie nem parafraseie os textos desta prova. Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão. TEXTO I

Gravidez na adolescência tem queda de 17% no Brasil

Dados são do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), que foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Ministério da Saúde

A gravidez na adolescência registrou queda de 17% no Brasil, segundo dados preliminares do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Ministério da Saúde. Em números absolutos, a redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos em 2004 para 546.529 em 2015.

Segundo o ministério, a queda no número de adolescentes grávidas está relacionada a vários fatores como expansão do programa Saúde da Família, que aproxima os adolescentes dos profissionais de saúde, mais acesso a métodos contraceptivos e ao programa Saúde na Escola que oferece informação de educação em saúde.

As crianças nascidas de mães adolescentes representaram 18% dos 3 milhões de nascidos vivos no país em 2015. A região com mais filhos de mães adolescentes é a Nordeste (180.072 – 32%), seguida da Região Sudeste (179.213 – 32%). A Região Norte vem em terceiro lugar com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguida da Região Sul (62.475 – 11%) e da Centro-Oeste (43.342 – 8%).

O ministério explicou, em nota, que hoje 66% dos casos de gravidez em adolescentes são indesejados e que, para reduzir esses casos, investe em políticas de educação em saúde e em ações para o planejamento reprodutivo. Uma das iniciativas é a distribuição da Caderneta de Saúde de Adolescentes (CSA), em versões masculina e feminina e linguagem acessível, com orientações sobre o atendimento integral dos jovens.

Para prevenção da gravidez, o governo distribui ainda a pílula combinada, de anticoncepção de emergência, mini-pílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, e diafragma, assim como preservativo feminino e masculino.

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a oferta de dispositivo intrauterino (DIU) de cobre em todas as maternidades brasileiras, o que inclui as adolescentes dentro do público a ser beneficiado. O método é uma alternativa a mais para a adolescente que já teve uma gravidez precoce, pois ele dura 10 anos, tem longa duração e não precisa ser administrado diariamente. Boas práticas

A pesquisa Saúde Brasil mostra que o uso das boas práticas no parto foram ampliadas. O estudo aponta um aumento de 15% de parto normal entre mães adolescentes. Cerca de 70% das adolescentes, entre 10 e 19 anos de idade no ano de 2014, tiveram seus filhos por parto normal, enquanto em 2013 esse percentual foi de 55%.

A pesquisa mostra ainda que enquanto em 2013, apenas 11% das mães se alimentaram durante o trabalho de parto, em 2014 esse percentual subiu para 16%. Cerca de 55% das jovens disseram ter se movimentado durante o trabalho de parto, enquanto em 2013 esse percentual era de 45%. Também aumentou o percentual de mães que foram orientadas a ter filho em outras posições além de deitada, de 10% para 15% no mesmo período.

Outro percentual que melhorou foi a presença do acompanhante da escolha da mãe que passou de 37% para 47% e o do uso do chuveiro como método para alívio da dor, que aumentou de 27% para 35%.

Para realização da pesquisa, foram entrevistadas adolescentes de 10 a 19 anos. Mais da metade delas são solteiras, negras, não têm planos de saúde e têm renda familiar menor que dois salários mínimos.

Os dados também servem como alerta, pois mostram que durante o parto algumas práticas que devem ser evitadas ainda estão sendo utilizadas. Uma delas é a manobra de Kristeller, quando o útero da mulher é pressionado para tentar auxiliar a expulsão, que teve incidência de 28% em 2014, e a episiotomia (corte no períneo) que teve incidência de 37% no mesmo ano.

Em março deste ano, o Ministério da Saúde apresentou as Diretrizes do Parto Normal, no intuito de reduzir procedimentos considerados desnecessários e melhorar a qualidade do atendimento durante o parto.

https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/gravidez-na-adolesc%C3%AAncia-tem-queda-de-17-no-brasil-1.1273038

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TEXTO II Gravidez na adolescência

Pode-se dizer que estamos enfrentando atualmente uma epidemia de gravidezes em adolescentes. Para

ter-se uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam nessa faixa etária. Em 2000, portanto apenas dez anos depois, esse índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de mulheres que engravidam entre os 12 e os 19 anos.

Gravidez na adolescência não é novidade na história de vida das mulheres. Provavelmente muitas de nossas antepassadas casaram cedo, engravidaram logo e, durante a gestação e o parto, não receberam assistência médica regular. Erros e acertos dessa época se perderam no tempo e na memória dos descendentes.

A sociedade se modernizou; as mulheres vislumbraram diferentes perspectivas de vida. No entanto, tais avanços não impediram que, apesar da divulgação da existência de métodos contraceptivos bastante seguros, a cada ano mais jovens engravidem numa idade em que outras ainda dormem abraçadas com o ursinho de pelúcia.

A gravidez na adolescência é considerada de alto risco. Daí a importância indiscutível do pré-natal para evitar complicações durante a gestação e o parto.

CLASSE SOCIAL FAZ DIFERENÇA?

Drauzio – Você concorda com a visão de que está havendo uma epidemia de gravidezes na adolescência?

Adriana Lippi Waissman – Sim, concordo. Sabemos que no Brasil o número de partos em adolescentes abaixo dos 20 anos gira em torno de 700.000 por ano o que representa uma parcela significativa da população nessa faixa de idade.

Drauzio – A que classe socioeconômica pertencem essas adolescentes? Adriana Lippi Waissman – Tanto engravidam as adolescentes de classe social mais baixa, quanto as de

classe mais alta, só que o enfrentamento da situação é diferente. No que se refere às jovens de classe social mais abonada, infelizmente, há poucos trabalhos sobre o assunto porque é difícil levantar dados nos consultórios particulares que, em geral, elas frequentam. No entanto, sabe-se que essas contam mais com a possibilidade de interromper a gravidez, se desejarem, e têm outros objetivos na vida, o que não acontece com as de classe social menos favorecida para as quais a gravidez pode até representar uma forma de ascensão social, já que muitas vezes seus companheiros possuem nível socioeconômico um pouquinho melhor que o delas.

Drauzio – É difícil avaliar o número total de gestações nessa faixa etária, pois teoricamente o aborto é proibido no Brasil, embora na verdade seja livre para quem o possa pagar.

Adriana Lippi Waissman – No Hospital das Clínicas, questionamos as adolescentes a respeito de se pensaram ou não em fazer um aborto e constatamos que apenas 22% das grávidas cogitaram interromper a gravidez e dessas, somente 5% efetivamente fizeram alguma coisa nesse sentido, tomaram um chá, por exemplo, imaginando que produzisse efeito abortivo. É importante mencionar, porém, que nos tem chamado a atenção nesse atendimento o fato de nem sempre a gravidez ser realmente indesejada. Aproximadamente 25% de nossas adolescentes planejaram a gestação e muitas abandonaram o método contraceptivo que usavam com o intuito declarado de engravidar. O QUE EXPLICA A GRAVIDEZ PRECOCE?

Drauzio – Quais as principais causas desse comportamento em meninas tão jovens? Adriana Lippi Waissman – Existe uma série de fatores que poderiam contribuir para o aumento da

incidência de gestantes adolescentes. O baixo nível socioeconômico é um deles porque, às vezes, como já disse, a gravidez representa oportunidade de ascensão social. Além disso, a baixa escolaridade também pesa nesse contexto. Metade das adolescentes que atendemos no HC já tinha interrompido os estudos antes de engravidar. Isso nos permite pensar que se tivessem continuado a estudar e a receber estímulos pedagógicos e culturais como acontece com as meninas de classe social mais abonada, talvez nem pensassem numa gestação, porque de uma forma ou outra, a escola representa um fator de proteção para elas. Outro fator que poderia ser pontuado é a desestruturação familiar. Notamos nessas adolescentes grávidas certa dificuldade de relacionamento com os pais. Na verdade, a dificuldade é maior com o pai, tanto que o grande medo é contar para ele que estão grávidas retarda, em muitos casos, o início do pré-natal. Do ponto de vista biológico, alguns autores destacam como fator importante a menarca, ou seja, a primeira menstruação que vem ocorrendo cada vez mais precocemente, graças talvez à melhora da alimentação ou à interferência do clima. No início do século, na Europa desenvolvida, as meninas menstruavam em média aos 17 anos. Hoje, a média é 12 anos e a idade vem baixando sistematicamente o que, de certa forma, pode favorecer o início precoce da atividade sexual. No entanto, se fizermos uma retrospectiva histórica, veremos que a gravidez na adolescência não é novidade. Existe há muito tempo. É bem provável que nossas bisavós e talvez nossas avós tenham engravidado ainda adolescentes, pois as mulheres se casavam muito cedo. Acontece que o papel da mulher na sociedade moderna mudou. Talvez, por isso, a gravidez precoce chame tanto a atenção. Espera-se que a adolescente estude, trabalhe e não que engravide e tenha filhos com tão pouca idade.

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SOU FILHA OU SOU MÃE? Drauzio – Algumas meninas engravidam na idade em que as outras ainda brincam com bonecas. Qual é o impacto psicológico causado por essa gravidez precoce? Adriana Lippi Waissman – No início, é um choque porque a adolescente está vivendo uma fase de

transição em busca da própria identidade. Perguntas elementares como “Quem sou?”, “O que estou fazendo aqui?”, “Qual vai ser meu papel neste mundo?”, ainda estão sem respostas e ela se depara tendo de enfrentar uma gravidez que atropela seu desenvolvimento e a obriga também a buscar sua identidade como mãe. Isso, em grande parte dos casos, provoca maior dependência da família e interrompe o processo de separação com os pais e destes com a adolescente. Não sabendo exatamente quem é, se adolescente ou mãe, adota uma postura infantilizada que atrapalha seu caminho para a profissionalização. Sabemos que posteriormente essas jovens podem voltar a estudar ou começam a trabalhar, mas em geral ocupam posições piores do que aquelas que não tiveram filhos nessa idade. Portanto, as sequelas não se limitam aos aspectos psicológicos. Refletem-se também no campo social. É UMA GRAVIDEZ DE ALTO RISCO?

Drauzio – E do ponto de vista físico, o que acontece? Adriana Lippi Waissman – Do ponto de vista físico-biológico, a gravidez na adolescência é de alto risco.

A incidência de hipertensão, doença frequente na gravidez, é cinco vezes maior nas adolescentes que também são mais propensas a ter anemia. Muitas já estavam anêmicas quando engravidaram e têm o problema agravado durante a gestação o que aumenta o risco de bebês prematuros, com peso menor e a necessidade de cesáreas.

https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/gravidez-na-adolescencia-2/

TEXTO III

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TEXTO IV

https://www.plataformaredigir.com.br/Temas/Detalhe/a-gravidez-na-adolescencia_artigo-de-opiniao

UNICAMP - SEMANA 4

Você deverá desenvolver dois textos de cerca de 20 (vinte) linhas, a partir das propostas que se seguem: TEXTO I

Capa da edição de outubro de 2018, da revista Superinteressante

O texto-síntese da reportagem diz: “Você já teve a impressão de que as pessoas estão ficando mais

burras? Talvez você esteja certo. Estudos feitos em vários países apontam que, sim, a inteligência humana começou a cair”.

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TEXTO II “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois

de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel” Umberto Eco, após uma cerimônia na Universidade de Turim, 2015 TEXTO III

Isaac Asimov (1919 – 1992) é considerado um dos maiores intelectuais do século XX e um dos “três grandes” da literatura de

ficção científica. Proposta 01

A partir da análise temática dos textos acima, redija um comentário crítico em que você se posicione sobre as considerações apresentadas.

Instruções: - Apresente a ideia que une tematicamente os textos acima e posicione-se a partir dela. - Procure definir, com argumentos, um ponto de vista favorável ou desfavorável sobre as afirmações contidas nos textos. Proposta 02

O politicamente correto considera que a simples substituição de palavras marcadas por palavras não marcadas ideologicamente pode acabar com preconceitos. Na verdade, trata-se de uma tese ingênua, falsamente crítica, já que é a existência dos preconceitos que produz os valores pejorativos e não o contrário. Dito em outros termos, o fato de substituirmos o termo prostituta por "profissional do sexo", como sugeria a Cartilha do Politicamente Correto do Governo Federal, em nada mudará a condenação que a sociedade impõe à atividade que essa pessoa realiza. Uma vez que é essa atividade que provoca atitudes de condenação e não o nome prostituta. Se tal atividade continuar sendo significada negativamente pela sociedade, em pouco tempo a nova expressão - profissional do sexo - veiculará exatamente os mesmos valores negativos e efeitos de sentido que veiculam hoje as formas condenadas.

BARONAS, Roberto L. Mitos da militância politicamente correta. Língua. Dezembro/2011. (Adaptado).

Escreva uma carta argumentativa destinada ao autor do texto acima, Roberto L. Baronas, posicionando-se sobre o ponto de vista por ele defendido. Não assine a carta.

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ENEM- SEMANA 5 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o

número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto-insuficiente". fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I

O saneamento básico constitui-se como o conjunto de infraestruturas e medidas adotadas pelo governo a fim de gerar melhores condições de vida para a população. No Brasil, esse conceito está estabelecido pela lei nº 11.445/07, compreendendo o conjunto de serviços estruturais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza e drenagem de lixo e águas pluviais urbanos. Dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 17% do total de domicílios não possui o fornecimento hídrico encanado, tendo acesso a esse recurso por meio de cisternas, rios e açudes. Em uma divisão entre cidade e campo, constata-se a diferença: 99% da população urbana tem acesso à água potável, enquanto, no meio rural, esse índice cai para 84%. Além disso, cerca de 14% dos habitantes do país não são contemplados pelo serviço de coleta de lixo.As desigualdades regionais nesses quesitos são marcantes. Enquanto as cidades mais desenvolvidas do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, apresentam índices de tratamento de esgoto de 93%, outras capitais, como Belém (7,7%) e Macapá (5,5%), não gozam do mesmo privilégio. Além disso, há também uma desigualdade intraurbana (ou seja, dentro das cidades), com ausência de serviços de água, esgoto e até eletricidade em periferias e favelas..

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/saneamento-basico-no-brasil.htm TEXTO II Comparando a situação do saneamento básico no país entre 2007 e 2015: O total de brasileiros atendidos por abastecimendo de água tratada passou de 80,9% para 83,3% A população atendida por coleta de esgoto passou de 42% para 50,3% O percentual de esgoto tratado foi de 32,5% para 42,7% A região Norte segue com os indicadores mais baixos do país (56,9% para cobertura de água, 8,7% para

esgoto e 16,4% para esgoto tratado) A Sudeste continua como a região com a melhor situação: 91,2% (água), 77,2% (esgoto) e 47,4%

(tratamento de esgoto)

Atualmente, o esgoto gerado por 45% de toda a população brasileira não recebe qualquer tipo de tratamento, aumentando os riscos de poluição e contaminação de rios, lagos e outros mananciais onde os rejeitos são lançados. Diariamente, 5,5 mil toneladas de esgoto não tratado chegam principalmente aos rios, mas também vão parar em reservatórios de água, mananciais e lagos do país.

https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-melhora-mas-metade-dos-brasileiros-segue-sem-esgoto-no-pais.ghtml

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TEXTO III

https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-

TEXTO IV

http://www.aegea.com.br/2017/01/documentario-sobre-saneamento-basico-revela-um-brasil-esquecido/

TEXTO V O Governo admitiu, com 17 anos de antecedencia, que não conseguirá cumprir a meta de saneamento

básico estipulada para o país. O Plano Nacional de Saneamento básico visava atender 90% do território com o tratamento e destinacão adequada do esgoto até 2033. O mais impressionante dessa afirmacão é a constatacão de que o problema é cronico e histórico no país. Atualmente, quase metade da populacão (43%) vive em cidades sem rede de tratamento de esgoto. O que levou o Governo a assumir a incapacidade de alcancar a meta estipulada quase duas décadas antes é o ritmo lento das obras e a falta de comprometimento das gestões envolvidas. A justificativa do Secretário Nacional do Saneamento – Paulo Ferreira, é que as prefeituras dos pequenos municípios têm dificuldade de administrar o problema, seja por falta de pessoal especializado (técnicos, engenheiros e empreiteiras), ou por desinteresse por parte dos prefeitos. A preocupac ão é proporcional ao tamanho do problema: A falta de saneamento básico e rede de esgoto deixa o país ainda mais exposto à doencas. Desde os problemas mais corriqueiros como diarreia e doencas dermatológicas, ao agravamento de epidemias que já estão preocupando as autoridades de saúde.

https://www.criativaonline.com.br/index/noticias/id-70858/falta_de_saneamento_bae_769_sico_no_brasil_ee_769__grande_ameace_807_a_ae_768__saue_769_de_pue_769_bl

ica

PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,

redija um texto dissertativo- argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema A questão do saneamento básico no Brasil apresentando experiência ou proposta de ação social que respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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UNB- SEMANA 5 TEXTO I

Os crimes da indústria farmacêutica

É importante lembrar que os tentáculos econômicos da indústria farmacêutica hoje se encontram firmemente agarrados à boa parte da comunidade médica e científica. A indústria financia pesquisas, dá amostras grátis de medicamentos, oferece viagens, contrata palestras, paga cursos e trata muitos médicos como virtuais parceiros de negócios. E aceitar agrados da indústria é uma prática em geral disseminada entre os médicos, embora todos digam que isso jamais os influenciaria nas prescrições ou nos tratamentos.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/saude/os-crimes-da-industria-farmaceutica/>. Acesso em 23 abr. 2018. TEXTO II

Disponível em: <http://medicinaunp.blogspot.com.br/2010/06/quase-metade-dos-medicos-receita-o-que.html>. Acesso em 23 abr.

2018. TEXTO III

Como médicos são assediados pela indústria farmacêutica para prescrever medicamentos

O paciente que sai do consultório com uma receita em mãos não faz ideia, mas os laboratórios farmacêuticos travam uma batalha nos bastidores para que o médico prescreva o medicamento da empresa que representam. Na linha de frente, um exército de propagandistas, profissionais contratados pela indústria para levar informações técnicas e científicas, explicando riscos e benefícios das substâncias. Na prática, nem sempre é isso que acontece.

Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2017/05/como-medicos-sao-assediados-pela-industria-farmaceutica-para-prescrever-medicamentos-9788194.html>. Acesso em 23 abr. 2018.

TEXTO IV As grandes indústrias farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis

Em entrevista, o Prêmio Nobel Richard J. Roberts diz que os medicamentos que curam não são rentáveis

e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

Disponível em: <https://tarabori.jusbrasil.com.br/noticias/255966700/as-grandes-industrias-farmaceuticas-bloqueiam-medicamentos-que-curam-porque-nao-sao-rentaveis>. Acesso em 14 mai. 2018.

Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores, redija, na modalidade padrão da língua

portuguesa, um texto dissertativo-argumentativo acerca do seguinte tema: A corrupção na indústria farmacêutica

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FUVEST- SEMANA 5 TEXTO I

Voto Consciente: um forte instrumento de mudança política e social

É necessário entender que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado democrático de direito no qual “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente” (art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988).

Assim, o sentido da democracia está na possibilidade de o cidadão exercer a soberania popular, que se concretiza pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto na escolha dos governantes. Daí, o eleitor tem em suas mãos um importante instrumento de mudança política e social: o voto.

No atual contexto político e social do Brasil, os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão.

Diante da liberdade e da igualdade no exercício da soberania popular, é fundamental que o voto seja consciente, pois esse é um fator preponderante para que se alcance um resultado satisfatório no pleito. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-

ano-ii-no-5/voto-consciente-um-forte-instrumento-de-mudanca-politica-e-social>. Acesso em 16 ago. 2018. TEXTO II CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Disponível em: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

TEXTO III

Disponível em: <paduacampos.com.br>. Acesso em: 17 ago. 2018.

TEXTO IV Democracia e voto

Democracia (desde a antiga Grécia) significa participação do povo nas decisões mais importantes do país (da polis). Essa participação pode ocorrer de forma direta (plebiscito, referendo, iniciativa legislativa popular) ou indireta (por eleições). O voto é o instrumento do cidadão que viabiliza a democracia. Quanto mais livre e consciente o voto, mais democrático o país é (e vice-versa). Em democracias ou conglomerados humanos atrasados, ora falta o voto, ora são poucos os que votam, ora o voto é comprado, ora o voto do legislador é secreto. Todos os vícios que maculam o voto contaminam automaticamente o nível da democracia, ou seja, quando falta ética no voto, conspurca-se a estética da democracia.

Disponível em: <https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121932388/voto-secreto-e-democracia-no-brasil>. Acesso em 17 ago. 2018.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A importância do voto para a manutenção da democracia, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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UFU- SEMANA 5 TEXTO I

Uma nova possibilidade para a doação de órgãos: gerar vida Camila Appel

Por enquanto, o útero não faz parte da lista de órgãos possíveis de serem doados, mas um grupo de

cientistas brasileiros pode mudar isso. Conversei com o Dr. Dani Ejzenberg, ginecologista especialista em medicina reprodutiva . Seu estudo

inédito, realizado com um grupo de 15 colegas das Disciplinas de Ginecologia e Transplante Hepático do Hospital das Clinicas da FMUSP, foi publicado na Lancet, revista inglesa considerada uma das mais renomadas publicações médicas do mundo.

A introdução do estudo nos ajuda a entender a importância do resultado alcançado. De 10 a 15% dos casais em idade reprodutiva sofrem de infertilidade. Desses, uma mulher a cada 500 apresenta infertilidade uterina irreversível, o que impossibilita os tratamentos tradicionais para engravidar, como a fertilização in vitro.

Em 2013, na Suécia, foram realizados os primeiros transplantes de útero, possibilitando a essas mulheres, engravidar. Elas receberam úteros provenientes de doadoras vivas. Em setembro 2016, essa equipe brasileira de cientistas conseguiu, pela primeira vez na América Latina, realizar um transplante uterino usando uma doadora morta. Este procedimento teve êxito e possibilitou o primeiro bebê nascido no mundo por um útero transplantado de uma doadora falecida. Ele nasceu no dia 15 de dezembro de 2017. E está muito bem. Até então, já haviam sido feitas outras 10 tentativas nos Estados Unidos, Turquia e Republica Tcheca, sem sucesso.

“Acabei de me encontrar com a mãe e com a criança. Ela se sente muito realizada”, conta Dr. Dani. Ele explica que, nesse procedimento de doação do útero, não há qualquer tipo de transmissão genética para o feto. No caso deste bebê, o óvulo e o espermatozóide vieram do casal. “Este embrião só precisava de um local adequado para se desenvolver. Como nunca tinha dado certo antes deste caso, muitos familiares poderiam ficar receosos em permitir a doação do útero. Mas agora temos um caso de sucesso”, diz.

Esse caso de sucesso, exposto na pesquisa, é o de uma mulher de 32 anos, infértil devido a uma síndrome que afeta uma a cada 4 mil mulheres . Ela nasceu sem útero, mas com ovários. Ela foi encontrada em uma comunidade do Facebook que congrega mulheres com essa síndrome. Após análise criteriosa, 4 das 23 interessadas foram selecionadas para o estudo.

Dani explica como os critérios para a seleção da doadora do útero contribuíram para o sucesso do estudo. “Na Turquia, essa tentativa não deu certo porque usaram uma doadora que não tinha tido filhos. Nós optamos por usar doadoras que já tinham tido filhos e não haviam entrado na menopausa”.

Dr. Dani considera os próximos passos. “O primeiro ponto é avaliar, com um maior número de casos de sucesso, se é viável expandir esse procedimento, quais os custos e eventuais riscos envolvidos. A partir daí, avaliar se este procedimento poderá ser coberto pelo SUS”. Atualmente temos locais de tratamentos gratuitos como o Hospital das Clínicas e o Pérola Bayton, mas são iniciativas de governos estaduais já que o SUS não contempla até o momento o tratamento da infertilidade.

Há vantagens e desvantagens em usar uma doadora falecida segundo Dani. “Uma das principais vantagens é não expor o doador ao risco cirúrgico, o que também contribui para diminuir o custo, porque não teremos a hospitalização desse doador e eventuais complicações. A desvantagem frente ao modelo com doador vivo é a necessidade de ter uma equipe 24 horas disponível para retirar o útero logo após o falecimento. Mas como o Brasil já tem um sistema de captação de órgãos muito estruturado, é muito importante o reforço na conscientização das famílias mesmo em um momento de grande perda, para doar órgãos, e agora também o útero”.

Com o endossamento da Lancet, a pesquisa repercutiu positivamente no mundo todo. Tanto na comunidade científica como na imprensa, New York Times, Washington Post, Japão, The Guardian, Times, Newsweek, etc. “O grande ponto desse trabalho é mostrarmos que é possível. Foi a primeira vez que deu certo”, conclui Dani.

Em um momento de constante cortes no orçamento público para investimento em pesquisa, essa é uma notícia a se comemorar. E provar, apesar de nem ser necessário, que a ciência brasileira é incrível. Um orgulho para o país.

https://mortesemtabu.blogfolha.uol.com.br/2019/01/11/uma-nova-possibilidade-para-a-doacao-de-orgaos-gerar-vida/ Situação A – O texto 1 é um exemplo do gênero reportagem, que tem como função apresentar, discutir, polemizar e divulgar um tema que seja de interesse de determinado público. Suponha-se que você esteja em uma aula de produção textual e seu(sua) professor(a) deseja testar sua capacidade de resumir um texto, sem alterar o ponto de vista do autor. Levando-se em consideração as características desse gênero textual e o texto mencionado, redija um resumo. Situação B – A partir da leitura do texto, escreva um relato, em primeira pessoa, imaginando sua vida após receber a doação de um útero. Para tal, redija a partir do momento em que recebeu a notícia de que, para realizar seu sonho de ser mãe, a única alternativa seria tentar o transplante. Situação C – Imagine que você seja um jornalista brasileiro em 2016 e fez a cobertura do primeiro transplante de útero da América Latina. Redija uma notícia que divulgue esse acontecimento na revista em que você trabalha.

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Leia com atenção todas as instruções. a) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a

proposta com a qual você tenha maior afinidade. b) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,

obedeça às normas do gênero. c) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. d) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. e) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. f) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. g) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

IME/ITA- SEMANA 5 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Os textos e tirinhas lidos na prova tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. Não copie nem parafraseie os textos desta prova. Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão. TEXTO I Museu Nacional: Em 10 anos, fogo dizima ao menos 8 prédios com tesouros culturais e científicos do

país

Nos últimos anos, o Brasil assistiu a pelo menos 8 grandes incêndios que consumiram prédios que guardavam acervo com valor artístico, histórico e científico. No dia 02/09/2018, o país perdeu parte da sua história guardada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Os bombeiros levaram seis horas para conter as chamas no mais antigo museu do Brasil, que tinha 20 milhões de itens e apresentava problemas de manutenção.

Em julho de 1978, o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro viu telas de Picasso, Miró, Dalí e de centenas de artistas brasileiros queimarem em 40 minutos de incêndio, conforme o relato de jornais na época. Do acervo, de mais de mil peças, restaram apenas 50. O trauma foi tamanho que somente nos anos 1990 o Brasil reconquistou a confiança de instituições internacionais para sediar exposições de grande porte.

Nos últimos dez anos, contudo, o fogo voltou a destruir museus, teatros e institutos. Além do Museu Nacional do Rio, outros 7 prédios.

Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45348664> Acesso em 18. set. 2018. TEXTO II

Cultura de preservação do patrimônio histórico brasileiro precisa ser incentivada

Patrimônio histórico é todo lugar que carrega importância social, cultural, econômica e científica. No Brasil, dois bons exemplos são o Centro Histórico de Salvador (BA) e o Parque Nacional Serra da Capivara (PI). Porém, nem todo brasileiro consegue atribuir essa importância a tais localidades.

“A grande dificuldade que nossas cidades têm de manter um patrimônio histórico é que não temos uma cultura de preservação”, conta Cyro Laurenza, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). Para reverter esse cenário, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que reúne 23 órgãos reguladores, vem apostando em alternativas de conscientização. E uma das formas encontradas foi debater o assunto com entusiastas. O debate Patrimônio em Debate: Políticas Públicas de Preservação teve como objetivo identificar modelos de ação que podem realmente impactar a cidade.

Disponível em: <https://www.insper.edu.br/conhecimento/politicas-publicas/patrimonio-historico-brasileiro/>. Acesso em 18. set. 2018.

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TEXTO III

“— Só a Arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes — tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte vê-se, porque dura.”

Fernando Pessoa 1914. Páginas de Estética e de Teoria Literárias. Fernando Pessoa. (Textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind

e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1966. - 3. Disponível em: <http://arquivopessoa.net/textos/3249> Acesso em: 18. set. 2018

TEXTO IV

Disponível em: <https://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2015/12/noticias/regiao/254866-bom-goleiro-e-fogo-no-museu-

nas-charges-dos-jornais-de-terca-feira.html> Acesso em 18. set. 2018. TEXTO V

Patrimônio Cultural

A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 216, ampliou o conceito de patrimônio estabelecido pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, substituindo a nominação Patrimônio Histórico e Artístico, por Patrimônio Cultural Brasileiro. Essa alteração incorporou o conceito de referência cultural e a definição dos bens passíveis de reconhecimento, sobretudo os de caráter imaterial. A Constituição estabelece ainda a parceria entre o poder público e as comunidades para a promoção e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, no entanto mantém a gestão do patrimônio e da documentação relativa aos bens sob responsabilidade da administração pública.

Enquanto o Decreto de 1937 estabelece como patrimônio “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”, o Artigo 216 da Constituição conceitua patrimônio cultural como sendo os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Nessa redefinição promovida pela Constituição, estão as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/218> Acesso em: 18. set. 2018.

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UNICAMP - SEMANA 5 TEXTO I

Fonte: g1.com.br (compilação)

TEXTO II

Os relacionamentos abusivos, infelizmente, fazem parte da nossa realidade. Não importa qual o tipo de relação ou quem a compõe, muito menos o engajamento político dos envolvidos ou se possuem carteira de militância em algum movimento social: no fim, a violência pode encontrar espaço e se instalar em qualquer lugar.

Muitas pessoas acreditam que um relacionamento só é abusivo quando ocorre agressão física. Contudo, alguns ataques psicológicos podem gerar consequências tão graves quanto lesões corporais. Em geral, o que alimenta esse tipo de relação é o desejo de posse e controle sobre o parceiro, um comportamento que se inicia de maneira quase imperceptível e piora aos poucos, até que ultrapassa o limite.

Situações de extrema violência entre parceiros e ex-parceiros não são difíceis de serem encontradas nos jornais. Em sua maioria, os casos ocorrem em relações heterossexuais, onde o agressor, na maior parte das vezes, é o homem. Eles abusam de suas parceiras porque as veem como coisas que podem ser controladas e manipuladas e acreditam que devem estar no controle do relacionamento. Em geral, esse tipo de abuso é aprendido socialmente, seja em casa vendo o relacionamento dos pais, com os amigos ou com a própria cultura machista que objetifica a mulher.

Fonte: http://www.jornaljr.com.br/2016/09/28/o-relacionamento-que-tortura/ TEXTO III

Em um artigo publicado no site The Conversation, o professor e pesquisador Daniel G. Saunders, da Universidade de Michigan, fala sobre seus estudos a respeito desse assunto e traz alguma luz para que se entenda o que impede as mulheres de se livrarem de relacionamentos abusivos.

A resposta, como se pode imaginar, está ligada a uma série de fatores. Um dos mais comuns é a falta de recursos – a mulher talvez não tenha um emprego, ou não ganhe o suficiente para se sustentar sozinha. Se ela tiver filhos, a situação fica ainda mais complicada.

Outro motivo é a falta de apoio da família, amigos e colegas, que muitas vezes não acreditam ou até culpam a vítima pelo abuso; e há ainda o medo: afinal, as mulheres podem ter motivos reais para temer por sua vida caso deixem seu companheiro. Um estudo feito pelo próprio professor Saunders constatou que o risco de homicídio aumenta logo depois de a vítima deixar o abusador.

Mas há outras razões, menos visíveis, que mantêm a vítima presa a essa relação: – o parceiro não é violento o tempo todo, mas também se mostra gentil e sensível; – o parceiro se mostra arrependido e a vítima fica com pena; – o parceiro diz que vai procurar tratamento e a vítima cria esperanças de que ele vá mudar; – o parceiro menospreza a vítima e destrói a sua autoconfiança, o que faz com que ela se sinta presa a essa situação e tenha vergonha de pedir ajuda.

Fonte: https://super.abril.com.br/blog/como-pessoas-funcionam/por-que-tantas-mulheres-continuam-em-relacionamentos-abusivos/

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Fevereiro 2019

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PROPOSTA A - Carta argumentativa - Escreva uma carta argumentativa para o professor citado no texto 3, contando sobre a realidade brasileira, e trazendo reflexões sobre maneiras de amenizar o problema de forma imediata, mas também para as futuras gerações. Instruções para a carta argumentativa: 1. Assine sua carta apenas com suas iniciais. Qualquer marca de identificação tornará o texto inválido. 2. Escreva sua carta utilizando de 20 a 30 linhas. PROPOSTA B - Artigo de opinião – Produza um artigo de opinião na qual você discuta o grave problema dos relacionamentos abusivos, apresentando causas e perspectivas. Instruções para o artigo de opinião 1. Redija seu texto de acordo com a norma culta escrita da língua. 2. Dê um título. 3. A redação deve ter entre 20 e 30 linhas. 4. Não copie trechos da proposta. 5. Escreva em 1ª pessoa

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