Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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2 Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013 Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado do Ceará N P K Tecnologia em Irrigação e Drenagem

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calagem, adubação, solo

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Recomendações de

Adubação e Calagem

para o Estado do Ceará

N

P

K

Tecnologia em Irrigação

e Drenagem

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Sumário

1. Introdução........................................................................................................................ .4

2. Amostragem do Solo...................................................................................................... ...6

3. Resultados da Análise de Solo........................................................................................ ..8

4. Interpretação dos resultados da Ánalise de Solo...........................................................15

5. Fertilizantes com macronutrientes...................................................................................18

6. Fertilizantes com micronutrientes...................................................................................22

7. Fertilizanates organicos. ................................................................................................ 26

8. Misturas de Fertilizantes ............................................................................................... 29

9. Relações Básicas entre nutrientes .................................................................................. 32

10. Modo de aplicação dos Fertilizantes .............................................................................. 34

11. Correção do Solo ........................................................................................................... 40

12. Solos afetados por Sais .................................................................................................. 45

13. Aspectos Econômicos da Adubação .............................................................................. 49

14. Legislação sobre fertilizantes e corretivos .................................................................... 53

15. Sugestões de Adubação e Calagem para as Principais Culturas do estado do Ceará ..... 61

16. Bibliografia..........................................................................................................143

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1. INTRODUÇÂO

Este manual contém as recomendações de adubação e calagem para a maioria das

culturas exploradas no Estado do Ceará. As informações aqui contidas, resultantes dos

trabalhos de pesquisa existentes na região, e da experiência de campo adquirida pelos

extensionistas ao longo dos anos, se traduzem numa tentativa de que elas possam

representar um importante suporte básico à assistência técnica.

O trabalho da revisão da publicação Recomendações de Adubação para o

Estado do Ceara, editado em 1978, surgiu da necessidade sentida pelos professores,

pesquisadores e extensionistas que trabalham com fertilidade do solo e adubação e de

sugestão surgida no Simpósio sobre Pedologia e seus Problemas no Ceará, promovido

pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Ceará (AEAC) e Comissão Estadual

de Solos do Ceará (CESSOLOS-CE), em abril de 1990. Logo após o evento, por

iniciativa dos próprios técnicos, uma equipe interinstitucional de trabalho

(UFC/EMATERCE/EPACE/FUNCEME) foi formada para efetivar a então

reivindicada revisão. Na estratégia traçada, técnicos de diferentes regiões do Estado

foram convidados a participar, procurando-se, desta maneira, somar os conhecimentos e

as experiências adquiridas nas diversas culturas em diferentes microrregiões. Uma vez

formuladas, as propostas de recomendações para as principais culturas foram submetidas

à apreciação dos diversos técnicos ligados a pesquisa, ao ensino, a assistência técnica e a

extensão rural do Estado do Ceará. Destes contatos resultou o aprimoramento do

trabalho da equipe que se consolidou na elaboração deste manual de Recomendações

de Adubação e Calagem para o Estado do Ceará, dirigido aqueles que, direta ou

indiretamente, estão envolvidos com a atividade agrícola.

As recomendações aqui enunciadas pressupõem que todos os demais fatores de

produção (especialmente água, recurso limitante no semiárido) estejam em condições

satisfatórias, ou ótimas, incluindo-se a correção da acidez do solo e o manejo adequado

do solo e da cultura. Como se trata de recomendações gerais, estas poderão ser

modificadas de acordo com as variações de solo, clima, cultivar, orientação

agronômica, etc. Poderão, ainda, ser alteradas num futuro próximo, de acordo com o

desenvolvimento da pesquisa e a introdução de novas praticas.

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2. AMOSTRAGEM DO SOLO

2.1. Considerações Gerais

A coleta de amostras de solos é o primeiro passo para a caracterização da

fertilidade de um solo. Portanto, trata-se de uma fase importante, e deve ser executada

com bastante critério e cuidado, a fim de que os resultados analíticos retratem as reais

características e propriedades dos solos.

Os principais objetivos da analise da fertilidade do solo são: a) avaliar o nível da

fertilidade atual do solo; e b) orientar a aplicação correta de corretivos, fertilizantes

minerais e orgânicos as culturas.

2.2. Material Necessário para a Coleta de Amostras

Para a coleta adequada das amostras de solo, comumente necessita-se de um dos

seguintes materiais (Fig. 2.1): a) Trado holandês: adequado para amostragem de até 80

cm de profundidade; tem bom desempenho em qualquer tipo de solo, embora exija

grande esforço físico; b) Trado de rosca: mais usado em solos arenosos e úmidos; c)

Trado de caneco: ideal para solos secos e compactados, d) Calador: ideal para solos

de textura médios e úmidos; e e) Pá de corte: mais simples e disponível para o

agricultor.

Figura 2.1 Equipamentos mais comuns para a coleta das amostras de solo.

Para a coleta de amostras. Profundas, pode-se usar a cavadeira ou trado com

cabo alongado. Além dos instrumentos citados, são necessários ainda, para a coleta,

recipientes limpos, lápis, sacos plásticos e etiquetas. Um modelo de etiqueta é

sugerido a seguir:

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Propriedade

Proprietário

Município

Identificação

Cultura

Data da coleta

2.3 Procedimentos para a coleta da amostra de solo.

As áreas a serem amostradas são geralmente aquelas que irão ser cultivadas

na pr6xima safra agrícola.

A propriedade agrícola deverá ser dividida em áreas que apresentem

características uniformes. Para tal, leva-se em conta a cor o solo, a textura da

camada superficial (arenosa ou leve, argilosa ou pesada, franca ou média), a posição

topográfica (partes baixas ou altas e encostas), o tipo de cobertura vegetal ou cultura

existente, as condições de drenagem e o histórico da área quanto à adubação ou

correção anterior (Fig. 2.2).

Zoneamento da propriedade agrícola em áreas com características uniformes para a

coleta da amostra de solo.

A coleta da amostra de solo para a análise de fertilidade deve ser realizada na

camada superficial (0 a 20 cm de profundidade). A área escolhida deve ser percorrida

em zig-zag (Fig. 2.3) e coletadas, com auxilio de ferramentas adequadas (Fig. 2.1), várias

sub-amostras em diferentes pontos (no mínimo vinte), tendo o cuidado de retirar sempre o

mesmo volume de terra e a mesma profundidade. É conveniente amostrar o subsolo (20 a

50 cm de profundidade) seguindo-se os mesmos critérios anteriormente citados, nos

seguintes casos: a) novas áreas a serem plantadas, principalmente, aquelas destinadas à

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implantação de culturas perenes; e b) áreas com suspeita de problemas químicos no

subsolo, tais como: acidez elevada (revelada pela presença de raízes pequenas

dilaceradas e fibrosas das plantas nativas ou cultivadas), camadas salinizadas (comuns

em solos Aluviais, Planossolo Solódico ou Solonetz Solodizado).

Figura 2.3. Procedimento para a coleta da amostra de solo para a análise da fertilidade.

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O envio da amostragem de solo para o laboratório deve ser acompanhado de informações

complementares que ajudarão na interpretação dos resultados. Um modelo de formulário com estas

informações é apresentado a seguir.

Informações Complementares para Auxiliar na Avaliação da Analise de Fertilidade

do Solo:

Propriedade

Proprietário.

Município:

Estado:

Amostra composta de: Sub-amostras.

Profundidade da amostra:

(cm)

Área amostrada (ha):

Vegetação nativa:

Cultura anterior:

Produção (kg/ha):

Cultura atual: A ser plantada Existente Idade

Itens SIM NÃO

Vai ser irrigado?

Já fez calagem?

Recebeu adubação mineral?

Recebeu adubação orgânica?

Data da coleta:

3. RESULTADOS DA ANALISE DO SOLO

3.1. Unidades de Expressão dos Resultados da Analise

Os resultados das analises de solos são, comumente, expressos em dois sistemas de

unidades. Um sistema indica a quantidade do nutriente por peso de solo e, o outro, por

volume de solo. A conversão de um sistema em outro requer o conhecimento da

densidade do solo usado na análise (Terra Fina Seca ao Ar - TFSA, ou, na estufa - TFSE).

Por outro lado, a quantidade de nutriente também pode ser expressa em unidades de massa

física (quilograma - kg, grama - g, miligrama - mg, micrograma - ug) ou químicas (moles-

mol, equivalente - eq., miliequivalente - meq, microequivalente - ueq) e relaciona-se com a

quantidade de solo, em peso ou volume, para expressar os resultados das analises. A seguir

são indicadas algumas formas mais comuns de expressar os resultados,

Percentagem (%) — é uma medida de proporção que indica quantas partes do

nutriente estão presentes em 100 partes de solo. É importante que ambas as partes estejam

na mesma unidade. Usualmente a relação é massa/massa. Exemplo: 2% de CaCO3 no solo,

significam que em 100g (ou kg) de solo ha 2 g (ou kg) de CaCO3..

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Partes por milhão (ppm) - a semelhança da percentagem, é uma medida de

proporção usada para concentrações muito pequenas. Indica as partes dos nutrientes

presentes em um milhão de partes de solo. Usualmente se usa a relação massa/massa e para

seu cálculo são usadas as mesmas unidades. Exemplo: 5 ppm de P no solo significa que

haverá 5 gramas de P em um milhão de gramas de solo, que equivale a: 5mg/kg de solo ou

5 ug/g de solo.

Microgramas por centímetro cúbico (ug/cm3) — é uma relação massa / volume.

Exemplo: 5 ug/cm3 de P no solo, indica que em cada cm

3 de solo existem 5 microgramas de

fósforo. Conhecendo a densidade aparente do solo (d) pode transformar-se em ppm e vice-

versa pela expressão:

Miligrama por cem gramas (mg/100g) — É uma relação massa/massa.

Exemplo: 2mg/100g de P no solo significa que em 100g de massa de solo existem 2

miligramas de fósforo. Os resultados em mg /100g podem ser transformados em ppm

usando o fator 10 (2mg/100g = 20ppm de P).

miliequivalente por cem gramas (meq/100g) — É uma relação entre a

quantidade do elemento ou substancia em unidades químicas (Nº. de

miliequivalentes) e massa do solo (gramas). Conhecendo o peso equivalente do

elemento (Tabela 3.2), os resultados em meq/100g podem ser transformados em

percentagem ou vice-versa, pelas expressões:

Miligramas por cem centímetros cúbicos (mg / 100cm3): È uma relação

massa/volume. Exemplo: 5 mg / 100cm3 de P no solo significa que no volume de

100cm3 de solo existem 5 miligramas de fósforo, Conhecendo a densidade aparente (d)

do solo (TFSA) os resultados em mg/100cm3 podem ser expressos em mg / 100g,

usando a expressão:

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Miliequivalentes por centímetros cúbicos (mg/100cm3) - Indica o número de

miliequivalentes do elemento ou substancia presente no volume de 100 cm3 de solo.

De maneira similar ao caso anterior, conhecendo a densidade aparente (d) do solo é

possível sua transformação para meq / 100g usando a expressão:

3.2. Apresentação dos Resultados:

Os laboratórios do Estado do Ceará que executam análises de fertilidade do solo

estão capacitados para realizarem as seguintes determinações abaixo relacionadas, com

a simbologia e unidade comumente usadas:

Determinação Símbolo Unidade

pH em água (1:2,5) pH -

Fósforo disponível P ug/cm3

Potássio disponível K ug/cm3

Sódio trocável Na+ meq/100cm3

Cálcio trocável Ca2+ meq/100cm3

Magnésio trocável Mg2+ meq/100cm3

Alumino trocável Al3+ meq/100cm3

Hidrogênio + Alumínio trocável (H+ + Al3+) meq/100cm3

Capacidade efetiva de troca cátions T meq/100cm3

Saturação do Al na CTC efetiva M %

Capacidade de troca de cátions T meq/100cm3

Percentagem de saturação das bases V %

CEes C.E. dS/m

Matéria orgânica M.O %

Observações:

1.

2.

3.

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4.

O P e o K disponíveis são determinados em extrato HCI 0.05N + H2SO4 0.025N

na relação 1:10 (10g de solo /100ml de extrato)

O Ca2+

+, Mg2+

, Na+

e Al3+

são determinados no extrato KCl N a pH 7.

A matéria orgânica e a condutividade elétrica somente são determinadas quando

solicitadas pelo interessado, igualmente o NA+ e (H

+ + Al

3+) tocáveis que tem

seus valores usados nos cálculos de T e V.

3.3. Transformações de Unidades

Os dados fornecidos pelas análises freqüentemente precisam ser transformados,

de acordo com as necessidades do usuário para a solução de problemas práticos. Assim

por exemplo, é comum a necessidade de se transformar quantidades do elemento de

meq/100cm3, ug/100cm

3, ppm, etc., para kg/ha. Essas transformações podem ser

realizadas de maneira rápida com o auxilio das Tabelas 3.1, 3.2, e 3.3 que indicam

fatores de conversão de unidades, pesos equivalentes e compostos químicos,

respectivamente. A seguir são dados alguns exemplos da utilização das referidas

tabelas.

Exemplo 1: Uma análise de solo dá como resultado 25 ug/100cm3 de fósforo

disponível.

a) Quantos ppm de P dispõe o solo?

25ug/100cm3 x 0,714 (Tabela 3.1) = 17,85 ppm de P.

b) Quantos kg/ha de P disponível possui o solo?

25ug/480cm3 x 2 (Tabela 3.1) = 50 kg de P/ha.

ou, usando o resultado em ppm:

17,85 ppm x 2,8 (Tabela 3.1) = 49,98 = 50 kg de P / ha

Tabela 3.1

Fatores Multiplicativos para transformar Unidades de Resultados Analíticos (A-- B). Do Solo (*).

A\B g/100cm3 mg/100cm3 ug/cm3 Kg/ha t/ha g/100g mg/100g Ppm

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g/100cm3 1 1.000 10.000 20.000 20 0,714 7,14 1.143

mg/100cm3

0,001 1 10 20 0,02 0,0007

14

0,714 7,14

ug/cm3 0,0001 0,1 1 2 0,002 0,0000

714

0,0714 0,714

Kg/ha 0,00005 0,05 0,5 1 0,001 0,0000

35

0,0357 0,357

t/ha 0,05 50 500 1.000 1 0,0357 35,7 357

g/100g 1,4 1.400 14.000 28.000 28 1 1.000 10.000

mg/100g 0,0014 1,4 14 28 0,028 0,001 1 10

ppm 0,00014 0,14 1,4 2,8 0,0002

8

0,0001 0,1 1

(*) Considerando-se um hectare de 2.000m3

ou 2.800 t de solo (profundidade de 20 cm

e densidade aparente (TFSA) = 1,4.

c) Quantos kg/ha de P2O5 representam 50 kg de P/ha? 50 kg de P x 2,2914 (Tabela 3.3) = 114,5 kg de P2O5/ha?

d) A quantos kg de Superfosfato simples (18% de P2O5) equivalem 50 kg de P ?

50 kg de P x 2,2914 (Tabela 3.3) = 114,5 kg de P2O5

114,5 kg de P2O5 x 5,556 (Tabela 3.3) = 636,16 kg de Superfosfato simples.

Exemplo 2: Um solo possui 2 meq de Ca / 100g de solo. Quantos kg de Ca / ha e

de CaO / ha possui o solo?

a) Quantidade de cálcio:

20,04 (Tabela 3.2) 1meqdeCa = ...............................

1000

2 meq x 0,02004g/meq = 0,04008g / 100g de solo

Em um hectare de solo:

0,04008g/100g x 28.000 (Tabela 3.1) = 1.122,24kg de Ca / ha

b) Quantidade de oxido de cálcio (CaO):

1.122,24kg / ha de Ca x 1,3992 (Tabela 3.3) = 1.570,24 kg de CaO / ha

Tabela 3.2

Pesos Equivalentes de Alguns íons e Compostos Químicos

Símbolo ou

Formula

Nome Comum Equivalente

Grama

0,02004g

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Na+ íon Sódio 23,00

K+ Íon 39,10

Ca2+ Potássio 20,04

Mg2+ íon Magnésio 12,15

Al3+ íon Alumínio 9,00

Fe3+ íon Ferro (III) 18,62

Fe2+ ion Ferro (II) 27,92

NH4 ion Amônio 18,03

PO43- íon Fosfato (orto) 31,66

HPO42- Íon Hidrogenofosfato 47,99

H2PO4 Íon Dihidrogenofosfato 96,97

SO42- Íon Sulfato 48,03

CO32- Íon Carbonato 30,00

HCO3 íon Bicarbonato 61,01

NaCl Cloreto de Sódio 58,45

Na2SO4 Sulfato de Sódio 71,03

Na2CO3 Carbonato de Sódio 53,00

NaHCO3 Bicarbonato de Sódio 84,01

CaCl2 Cloreto de Cálcio 55,49

CaSO4 Sulfato de Cálcio 68,07

CaSO4.2H2O Gesso 86,09

CACO3 Carbonato de Cálcio 50,04

MgCl2 Cloreto de Magnésio 47,62

MgSO4 Sulfato de Magnésio 60,19

MgCO3 Carbonato de Magnésio 42,16

KCl Cloreto de Potássio 74,55

K2SO4 Sulfato de Potássio 87,13

K2CO3 Carbonato de potássio 69,10

KHCO3 Bicarbonato de Potássio 100,10

H2SO4 Acido Sulfúrico 44,54

Al2(SO4)3.18HO Sulfato de Alumínio 111,07

FeSO4.7H2O Sulfato de Ferro (II) 139,01

(NH4)2SO4 Sulfato de Amônio 63,03

NH4NO3 Nitrato de Amônio 80,01

NaNO3 Nitrato de Sódio 84,99

KNO3 Nitrato de Potássio 101,11

Ca(H2PO4)2 Fosfato Monocálcico 112,01

CaHPO4 Fosfato Dicálcico 68,03

Ca3PO4)2 Fosfato Tricálcico 51,60

H3PO4 Ácido Fosfórico 32,56

Tabela 3.3 Fatores de Conversão para Elementos, óxidos e Compostos Químicos

Elemento ou Oxido Composto (*) Fator

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(A) (B) (A)

para

(B)

(B)

para

(A)

N

(Nitrogênio)

Sulfato de Amônio - (NH4)2SO4 4,7612 0,2100

(21% N) N Nitrato de Amônio - NH4NO3 3,0300 0,3300

(33% N) N Uréia - CO(NH2)2 2,2220 0,4500

(45% N) N Nitrato de S6dio - NaNO3 6,2500 0,1600

(16% N) N Fosfato Monoamônico - NH4H2PO4 9,0910 0,1100

(11% N) N Fosfato Diamônico - (NH4)2HPO4 5,5560 0,1800

(18% N) P (F6sforo) Pentóxido de Fósforo - P2Og 2,2914 0,4364

P2O5 Fosfato Bicalcico - CaHP04.2H2O 2,5640 0,3900

(39% P205)

P2O5 Fosfato Monoamônico - NH4H2PO4 2,0830 0,4800

(48% P2O5)

P2O5 Fosfato Diamônico - (NH4)2HPO4 2,1740 0,4600

(46% P2O5)

P2O5 Superfosfato Simples - Ca(H2PO4)2.CaSO4 5,5560 0,1800

(18% P2O5)

P2O5 Superfosfato Triplo - Ca(H2PO4)2 2,2220 0,4500

(45% P2O5)

K (Potássio) Óxido de Potássio - K2O 1,2046 0,8302

K2O Cloreto de Potássio – KCI 1,6670 0,6000

Tabela 3.3

Fatores de Conversão para Elementos, Óxidos e Compostos Químicos (Continuação)

Elemento ou Óxido (A)

Composto (*) (B)

Fator

(A) para

(B)

(B)para

(A) (50% K2O)

K2O Nitrato de Potássio - KNO3 2,2730 0,4400

(44% K2O) Ca (Cálcio) Oxido de Cálcio – CaO 1,3992 0,7147

CaO Carbonato de Cálcio - CaCO3 1,7848 0,5604

CaO Sulfato de Calcio - CaSO4 2,4277 0,4119

CaO Gesso - CaSO4.2H2O 3,0702 0,3257

CaO Hidrodoxido de Calcio - Ca(OH)2 1,3212 0,7568

CaO Fosfato Tricalcio - Ca3(PO4)2 1,8437 0,5425

CaO Superfosfato triplp - Ca(H2PO4)2 7,6930 0,1300

(13,0% Ca)

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

CaO Superfosfato Simples

-Ca(H2PO4)2.CaSO4.2H2O 4,9600 0,2020

(20,16% Ca)

Mg (Magnésio) Oxido de Magnésio – MgO 1,6579 0,6032

MgO Sulfato de Magnésio - MgSO4.7H2O 10,5260 0,0950

(9,5% Mg)

S (Enxofre) Trioxido de Enxofre - SO3 2,4969 0,4005

S03 Sulfato de Amônio - (NH4)2SO4 1,6550 0,6040

(24,2% S)

S03 Sulfato de Potássio - K2SO4 2,3560 0,4240

(16,0% S)

S03 Gesso - CaSO4.2H2O 2,1505 0,4650

S03 Sulfato de Magnésio - MgSO4.7H2O 3,0790 0,3250

(13,0% S) S03 Superfosfato Simples - Ca(H2PO4)2.CaSO4 3,3380 0,2990

(12,0% S)

(*) Compostos com o teor de nutriente ou óxido expresso entre parênteses são produtos

comerciais e, os demais, são substancias puras.

4. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ANALISE DO SOLO

Os critérios para a interpretação dos resultados da análise do solo, em uso nos

laboratórios do Estado do Ceará são apresentados na Tabela 4.1. Embora esses critérios

sejam gerais para todos os tipos de solo e cultura, a sua utilização permite separar áreas

com alta probabilidade de resposta a determinado nutriente, daquelas de baixa ou media

probabilidades de resposta. A determinação desses critérios, traduzidos em classes de

teores de nutrientes no solo (baixo, médio, alto) e estabelecida a partir da correlação

entre a produção relativa (de uma ou varias culturas) e o teor de nutriente (P ou K) no

solo (Fig. 4.1).

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Teores de P e K no solo (ug/cm3)

Interpretação dos Resultados da Analise do Solo para Fósforo e Potássio.

O principio da recomendação da adubação fosfatada e potássica está baseado no fato

de que quanto menores forem os teores de fósforo e potássio no solo, maiores serão as

quantidades de fertilizantes recomendados. Para a determinação dessas quantidades são,

também, levadas em consideração as exigências nutricionais da cultura, a manutenção da

fertilidade do solo em níveis adequados, a eficiência da adubação e a sua viabilidade

econômica. Em solos com teores "muito alto" de fósforo e potássio é dispensável a

adubação com esses nutrientes. Entretanto, ela poderá ser efetuada, desde que, seja

considerado um investimento e não um custo direto de produção.

A adubação nitrogenada e recomendada em função da exigência nutricional da

cultura, da produção a ser alcançada e da sua eficiência e viabilidade econômica, dada a

dinâmica do nitrogênio no solo.

A determinação do cálcio e do magnésio tem por objetivo avaliar a necessidade de

calagem. Esta é recomendada quando os teores de cálcio e magnésio somam valores

inferiores a 3meq/100cm3, no caso de cultivos irrigados e, 2meq/100cm

3, no caso de

cultivos não irrigados. Para solos com teores de cálcio + magnésio inferior a

1meq/100cm3, a determinação é realizada em conjunto dada a imprecisão do método

analítico de rotina para separá-los.

O alumínio, embora sendo um elemento nocivo as plantas, e determinado com a

finalidade de verificar a necessidade ou não de neutralizá-lo através da pratica da calagem.

Teores de alumínio superiores a 0,5meq/100cm3 (médio ou alto, Tabela 4.1) são

considerados nocivos para a maioria das culturas, sendo então recomendada a calagem.

Nestas condições, é interessante amostrar a camada subsuperficial do solo (20 a 50 cm de

profundidade) para avaliar a presença do alumínio e a necessidade da sua correção nas

Page 16: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

17

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

camadas inferiores. A medida do pH do solo se faz necessária para a avaliação das

condições de acidez ou alcalinidade do meio. Solos muito ácidos ou alcalinos são

indesejáveis para a maioria das plantas. A faixa de pH ideal para o cultivo situa-se entre 5,5

a 6,5. Algumas culturas produzem adequadamente em valores de pH inferiores a 5,5

enquanto outras, em pH acima de 6,5. Quando o pH do solo encontra-se fora desta faixa e a

cultura não e tolerante, e recomendada a sua correção.

A determinação da matéria orgânica na análise da fertilidade do solo é opcional.

No entanto, o seu conhecimento é importante para estimar a necessidade da adubação

orgânica. Em geral, os solos do Estado do Ceará apresentam baixos teores de matéria

orgânica. Nos solos cultivados é importante que esse valor seja mantido pelo menos em

torno de 1,5% (Tabela 4.1)

Níveis de fertilidade para interpretação dos Resultados da Análise do Solo Utilizados

pelo laboratórios do estado do Ceara

Determinações

Unidade

Classificação

Baixo Médio Alto Muito Alto

Aluminio (Al3+

) meq/100cm3 0-0,5 0,6-1,0 >1,0 -

Cálcio (Ca++

) meq/100cm3

0-1,5 1,6-4,0 >4,0 -

Magnésio (Mg2+

) meq/100cm3

0-0,5 0,6-1,0 >1,0 -

Potássio (K+) Ug/cm

3 0-45 46-90 >91-180 >180

Fósforo (P) Ug/cm3

0-10 11-20 21-40 >40

Matéria Orgânica

(M.O)

% 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 -

Acidez Neutralidade Alcalinidade

Alta Médio Baixa Baixa Médio Alta

pH em

água

(1:2,5)

<5,0 5,1-5,9 6-6,9 7 7,1-7,4 7,5-7,9 >7,9

Alterações nos critérios de interpretação dos resultados da análise do solo e

recomendações de adubação e calagem podem ocorrer com base em trabalhos de campo e, quando cabíveis, são apresentadas no Capítulo 15 que se refere as sugestões de adubação e calagem para as principais culturas do estado do Ceara.

Nem sempre os resultados analíticos são aqueles esperados pelos técnicos. Nestes

casos, a primeira atitude a ser tomada é verificar até que ponto a interpretação dos resultados

foi afetada. Muitas vezes, diferenças entre resultados, que podem parecer importantes, não

o são do ponto de vista prático da utilização da análise do solo (por exemplo: 50 ou

70ug/100cm3

de solo têm a mesma recomendação de adubação). É recomendável também,

verificar se a amostragem foi correta porque a precisão da análise do solo pode ser limitada

pela qualidade da amostra. Caso persista a duvida, o usuário deve solicitar ao laborat6rio a

verificação dos resultados e, se necessário, a repetição da analise.

Page 17: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

18

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

5. FERTILIZANTES COM MACRONUTRIENTES

5.1. Considerações Gerais

Os elementos químicos necessários ao crescimento e desenvolvimento das plantas, e que são exigidos em grandes quantidades, são chamados de macronutrientes. São eles: nitrogênio (N), f6sforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Como os seus requerimentos pelas culturas são grandes, é comum ocorrerem deficiências desses nutrientes em solos intensamente cultivados. As suas exigências pelas culturas obedecem, em geral, a seguinte ordem: N > K > Ca = Mg > P = S. Como se pode verificar, as maiores exigências nutricionais são em nitrogênio e potássio, sendo o fósforo requerido em menores quantidades. No entanto, as adubações fosfatadas são tão elevadas quanto as de nitrogênio e potássio. Esse fato deve-se a uma serie de reações que o fósforo sofre nos solos (sorção do f6sforo) especialmente, em áreas tropicais, deixando-o indisponível as plantas.

5.2. Fertilizantes Nitrogenados

Em geral, o nitrogênio é o nutriente que as plantas necessitam em maior quantidade.

Ele faz parte de muitos compostos da planta, principalmente as proteínas. O seu efeito mais

visível é a vegetação verde e exuberante; estimula a formação e o desenvolvimento de gemas

floríferas e frutíferas, o maior perfilhamento e aumenta o teor de proteínas. Quando fornecido

em excesso (desequilibrado em relação aos outros nutrientes) pode atrasar o florescimento e

a maturação dos frutos e predispor as plantas ao ataque de doenças. A sua adição ao solo é

feita através dos fertilizantes nitrogenados. Estes, quando aplicados ao solo estão sujeitos a

perdas por lixiviação (arraste pelas águas de drenagem), erosão (arraste pelas águas de

escoamento superficial), volatilização e desnitrificação (perdas sob formas gasosas que

escapam para a atmosfera). Em face dessas perdas, os fertilizantes nitrogenados não têm

efeito residual. A sua distribuição deve ser conduzida no sentido de reduzir essas perdas

para que as plantas possam aproveitar ao Máximo o nitrogênio incorporado (vê

Capitulo 10). Quando as adubações não são bem planejadas, essas perdas chegam a 40-

50%, sendo a eficiência da adubação de 50 a 60%. Isso significa dizer que, do

nitrogênio incorporado ao solo, no Máximo 50 a 60% é utilizado pelas plantas. Os

fertilizantes nitrogenados mais comuns encontram-se na Tabela 5.1.

5.3. Fertilizantes Fosfatados

O fósforo é, entre os macros nutrientes, o que as plantas requerem em menor

quantidade. Ele participa da estrutura dos ácidos nucléicos, fosfolipídios e coenzimas e

têm as seguintes funções na planta: a) acelera a formação de raízes; b) aumenta a

frutificação; c) apressa a maturação dos frutos; d) aumenta o teor de carboidratos, óleos,

gorduras e proteínas; e e) ajuda a fixação simbiôntica do nitrogênio. As necessidades de

fósforo podem ser supridas através dos fertilizantes fosfatados. Esses, quando

incorporados aos solos, especialmente aqueles que têm reação ácida, textura argilosa e

CTC (capacidade de troca de cátions) elevada, estão sujeitos a uma serie de reações que

tendem a deixá-lo sob formas indisponíveis as plantas, pelo menos em curto prazo

(sorção do fósforo). Com o tempo, parte dessas formas de fósforo pouco solúveis, vão

se transformando lentamente, em formas solúveis, podendo ser absorvidas pelas plantas.

É por esta razão que os fertilizantes fosfatados têm efeito residual. Em face dessas

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19

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

reações experimentadas pelo fósforo no solo, a eficiência das adubações fosfatadas é

baixa, estando em torno de 20%. Por esta razão, em solos com elevada capacidade de

sorção, é recomendado, antes do plantio, uma fosfatagem. Essa prática consiste na adição

de fosfatos, em geral, rocha moída (custo mais baixo) com o objetivo de diminuir ou

neutralizar o potencial de sorção do fósforo do solo. Em seguida, por ocasião do cultivo,

é feita a adubação fosfatada recomendada para a cultura, tendo o cuidado de reduzir ao

mínimo o contato do adubo com o solo (vê Capitulo 10). Dessa forma, e possível

aumentar a eficiência da adubação, pois, as reações de sorção já ocorreram anteriormente

com a fosfatagem. Esta prática, têm ainda a função de, com o tempo, elevar os níveis

de fósforo do solo. Os fertilizantes fosfatados mais comuns encontram-se na Tabela

5.2.

Tabela 5.1

Principais características dos fertilizantes nitrogenados mais comuns.

Fertilizante Percentagem de Forma do

N P2O5(*)

K2O Ca S Nutriente (N) Composto

Fosfato

Diamônico

18 40 - - - Amoniacal

(NH4)

(NH4)2HPO4

Fosfato

Monoamônic

o (MAP)

11 18 - - - Amoniacal

(NH4)

NH4H2PO4

Nitrato de

Amônio

33 - - - - Nítrica (NO-3)

e amoniacal

(NH4+)

NH4NO3

Nitrato de

Potássio

15 - 44 - - Nítrica (NO3-) Ca (NO3)2

Nitrocálcio 22 - - 7 - Nítrica (NO3-) KNO3

Salitre do

Chile

16 - - - - Nítrica (NO3-) NH4NH3Ca

CO3

Sulfato de

Amônio

21 - - - 24 Amoniacal

(NH4+)

(NH4)2SO4

Sulfonitrato

de Amônio

26 - - - 15 Amídica

(NH2)

CO(NH2)2

*Solúvel em água

Tabela 5.2

Principais características dos fertilizantes fosfatados mais comuns

Fertilizantes Percentagem de Forma do

Composto P2O5(*) P2O5(**) N Ca S Nutrientes(p)

Fosfato

Diamônico

(DAP)

40 46 18 - - HPO42-

(NH4)2HPO4

Fosfato

Monoamônico

(MAP)

48 50 11 - - H2PO4- (NH4)2HPO4

Superfosfato

Simples

17 18 - 19 12 H2PO4-

Ca(O4O4)2.CaSO4. H2O

Superfosfato 39 45 - 13 1,2 H2PO4- Ca

(H2PO4)2

Page 19: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

20

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

triplo

Fosfato

Bicálcico

0 30 - 21 - H2PO4- CaHPO4.2H2O

Apatita do

Araxá

0 6 - 29 - PO43-

Ca5(PO4)3(F,Br,OH,Cl *

Apatita de

Patos

0 4 - 25 - PO43- Ca5(PO4)3(F,Br,OH,Cl

*

(*) Fórmula genérica

5.4 Fertilizantes Potássicos

As necessidades de potássio pelas culturas são muito maiores que as de fósforo,

equiparando-se às exigências de nitrogênio quando se considera as quantidades desses

três nutrientes contidos na planta. O potássio estimula a vegetação, o perfilhamento e o

enchimento dos grãos, aumenta o teor de carboidratos, óleos, lipídeos e proteínas:

promove o armazenamento de açúcar e amido: ajuda a fixação do nitrogênio, regula a

utilização da água e aumenta a resistência à seca, geada e moléstias. O suprimento de

potássio é feito com a adição ao solo dos fertilizantes potássicos. Estes quando

incorporados ao solo sofrem perdas por lixiviação e erosão. Essas perdas serão tanto

maiores quanto menores for a CTC do solo. Por esta razão, devem-se tomar cuidados

por ocasião da sua distribuição no solo evitando-se que ele entre em contato com uma

faixa muito estreita de solo o que poderá acarretar uma saturação da CTC, naquela

região, favorecendo as perdas por lixiviação. Em geral, a eficiência da adubação

potássica está em torno de 70%. Outro aspecto a ser considerado é o elevado índice de

salinidade apresentado pelo cloreto de potássio (adubo mais utilizado) e que pode causar

danos à semente ou a muda; por esta razão, é recomendável evitar o contato fertilizante-

semente ou fertilizante-raiz, quando por ocasião da sua distribuição. Os principais

fertilizantes potássicos encontram-se na tabela 5.3. dentre eles convém ressaltar a

importância das cinzas pelo fato de poder ser obtida na própria fazenda, a um baixa

custo e fornecer quantidades consideráveis de potássio, cálcio e magnésio, dependendo

do material que lhe deu origem.

5.5 Fertilizantes com Cálcio, magnésio e enxofre

O Cálcio, magnésio e enxofre são considerados Macronutrientes secundários o

que não significa dizer que sejam menos necessários ás plantas que N P K. Adubações

N P K na ausência de um desses três nutrientes resultam em produções irrisórias. A

presença do cálcio na planta estimula o desenvolvimento das raízes, auxilia a fixação

simbiótica do nitrogênio, evita o abortamento das flores e aumenta a resistência ás

pragas e moléstias. O magnésio é parte essencial da molécula da clorofila, promove a

formação de açúcares e lipídeos, atua como carregador do fósforo nas membranas

celulares e auxilia a absorção de outros nutrientes. O enxofre aumenta a vegetação e a

frutificação, o teor de óleo, gorduras e proteínas e favorece a fixação simbiótica do

nitrogênio.

Page 20: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

21

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

É comum, nos programas de adubação, a preocupação com o fornecimento no N

PK, esquecendo-se os outros três macronutrientes. Como as adubações são antecedidas

da calagem, em solos deficientes de cálcio e magnésio, as suas disponibilidades para as

plantas ficam asseguradas. A avaliação da relação Ca/mg nos solos poderá ser elevada

em consideração quando se tratar, em especial, de culturas mais exigentes em cálcio e ou

em magnésio. Um desequilíbrio nesta relação poderá acarretar distúrbios nutricionais.

Para a maioria das culturas a relação Ca/mg deverá oscilar entre 4 e 5:1. Caso apresente

valores superiores (maior que 5) é recomendável a aplicação de 50 Kg/ ha de sulfato de

magnésio na cova ou no sulco do plantio. Entretanto, se, nestes solos, for realizada a

calagem com calcário dolomítico, a adição do sulfato de magnésio torna-se

desnecessária. O cálcio é, em geral, muito mais abundante no solo que o magnésio. Em

solos onde ocorra o contrário, ou seja, a relação Ca/mg igual ou inferior a 1:1, é

recomendável a aplicação de 500 kg/ ha de gesso na cova ou no sulco do plantio. Com

relação ao enxofre, é necessário que, nas adubações NPK, ele seja incluído, de forma

indireta através de um fertilizante que o contenha. O uso das combinações uréia (fonte de

N) e superfosfato simples (fontes de P, Ca e S) ou, sulfato de amônio (fonte de N e S) e

superfosfato triplo (fonte de P), garantem o seu suprimento. É possível ainda, dispor do

sulfato de potássio (fonte de K e S), entretanto, o seu custo em relação em relação ao

cloreto de potássio (fonte de K) torna-o proibitivo, exceto em culturas onde o seu uso é

obrigatório (fumo, batatinha). Os fertilizantes mais comuns contendo cálcio, magnésio e

enxofre encontram-se na tabela 5.4.

5.6 Manejo dos fertilizantes

O manejo dos fertilizantes deve levar em consideração os seguintes aspectos: a)

indicações de quantidades adequada de acordo com as necessidades da cultura e as

disponibilidades de nutrientes no solo; b) modo de distribuição do fertilizante adequado

ao sistema radicular da planta, textura do solo e forma como se encontra o nutriente; c)

parcelamento de acordo com as fases de maior demanda da planta, textura do solo e

disponibilidade de água; d) preservação da qualidade do solo ( avaliando os efeitos do

fertilizante na poluição do solo e dos mananciais de água) ; e e) custo da adubação, o que

é imprescindível por se tratar de uma atividade econômica.

O sucesso da adubação depende da observação de todos esses pontos

mencionados. Só assim é possível manter a produtividade elevada, com custos

compatíveis e garantir a preservação do solo e da água, recursos naturais responsáveis

pela manutenção das condições de vida na terra.

Tabela 5.3

Principais Características dos fertilizantes potássicos mais comuns

Fertilizantes

Percentagem de

Forma do

K2O N Ca M

g

S Nutrientes Composto

Page 21: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

22

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cinzas 1-20 - 4-18 1-3 - K+ K2O,

K2CO3

Cloreto de potássio 60 - - - - K+ KCl

Nitrato de potássio 44 13 - - - K+ KNO3

Sulfato de potássio 50 - - - 17 K+ K2SO4

Sulfato de potássio e

Magnésio

22

- - 11 22 K+ K2SO4.MgSO4

Principais características dos fertilizantes mais comuns contendo Cálcio, Magnésio

e Enxofre:

Fertilizantes

Percentagem de Nutrientes (Ca, Mg,

S)

Forma do Composto

Ca Mg S N P205(**) K2O Sulfato de cálcio

16 - 13 - - - Ca²

+, S04

2- CaSO4

Gesso 23 - 13 - - - Ca2+

,SO42-

CaSO42H2O

Nitrato de Cálcio 20 - - 15 - - Ca2+

CaNO3

Nitrocálcio 7 - - 22 - - Ca2+

NH4NO3CaCO3

Superfosfato Simples 19 - 12 - 17 - Ca2+

,SO42-

Ca(H2PO4)2CaSO42H2O

Superfosfato Triplo 11 - 1 - 39 - Ca2+

,

SO42-

Ca(H2PO4)2

Sulfato de Magnésio - 9 13 - - - Mg2+,

SO42-

MgSO4

Magnesita - 55(*) - - - - Mg2+

MgO

Carbonato de Mg - 26 - - - - Mg2+

MgCO3

Sulfato de K e Mg - 11 22 - - 22 Mg2+,

SO42-

K2SO4MgSO4

Sulfato de potássio - - 16 - - 50 SO42-

K2SO4

Sulfato de Amônio - - 24 20 - - SO42-

(NH4)2SO4

Sulfonitrato de

amônio - - 15 26 - - SO4

2- (NH4)2SO4NH4NO3

(*) Magnésio total na forma de Óxido

(**) Solúvel em água

6. FERTILIZANTES COM MICRONUTRIENTES

Alguns dos elementos químicos necessários ao crescimento e desenvolvimento das

plantas são exigidos em pequenas quantidades e, por isso, chamados de micronutrientes.

Os seus requerimentos pelas culturas obedecem à seguinte ordem decrescente: Ferro

(Fe), manganês (Mn), Zinco (Zn), Boro (B), Cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

As suas deficiências em solos originalmente férteis são pouco frequentes, só ocorrendo,

quando estes são submetidos a cultivos intensivos e com produtividades elevadas. Os

solos de baixa fertilidade natural, originados de sedimentos arenosos, apresentam baixos

teores de micronutrientes. A disponibilidade dos micronutrientes no solo está

relacionada com as condições de solo (principalmente pH, umidade, textura, material de

origem, matéria orgânica), do clima, do tipo de planta e das interações da planta com o

ambiente. A aplicação de quantidades elevadas de calcário pode reduzir as

disponibilidades de ferro, cobre, zinco, manganês, que, embora presentes no solo em

quantidades satisfatórias, não poderão ser aproveitados pelo fato de se encontrarem sob

formas indisponíveis às plantas.

Page 22: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

23

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

A disponibilidade do boro é afetada pelo pH ( Fig.6.1), textura do solo, teor de cálcio

e umidade do solo. A elevação do pH e do teor de cálcio no solo reduzem a sua

disponibilidade para as plantas. Os solos mais argilosos adsorvem mais o boro

dificultando a sua absorção pelas plantas. Em condições de seca, as deficiências de boro

se acentuam.

O cobre, o ferro, o manganês e o zinco têm as suas solubilidades reduzidas com a

elevação do pH a valores acima de 6,0 (fig. 6.1); neste caso, deficiências podem ser

induzidas através da prática da calagem. Em solos orgânicos é comum ocorrerem

deficiências desses micronutrientes pelo fato de serem complexados ou quelatizados

pela matéria orgânica. Em solos argilosos eles podem ser fortemente retidos o que reduz

as suas disponibilidades. O molibdênio e o cloro são os micronutrientes cujas

disponibilidades no solo aumentam com o pH (Fig.6.1). A participação dos

Micronutrientes no crescimento e desenvolvimento das plantas encontra-se na tabela

6.1.

Figura 6.1 Disponibilidade dos nutrientes e pH do Solo ( Adaptada de MALAVOLTA Et Alii 1989b)

Tabela 6.1

Funções dos Micronutrientes na Formação e na Qualidade da Colheita

Elemento Funções

Boro Colabora com o cálcio; germinação do grão de

pólen e crescimento do tubo polínico, maior

pegamento da florada; aumenta a granação; menor

esterilidade masculina e chochamento de grãos

Cobalto

Fixação de nitrogênio; maior crescimento de raízes

Page 23: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

24

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cobre

Aumenta a resistência às doenças; menor

esterilidade masculina (cerais).

Ferro

Fixação do Nitrogênio

Manganês

Aumenta a resistência a algumas doenças (mal-do-

pé no trigo, por exemplo)

Molibdênio

Fixação simbiótica do nitrogênio

Zinco

Estimula o crescimento e a frutificação

FONTE: MALAVOLTA et alii (1989b).

As deficiências de micronutrientes podem ter efeitos drásticos sobre a

produtividade das culturas embora as suas ocorrências sejam mais raras que as

deficiências de macronutrientes. Em geral, essas deficiências não são muito

generalizadas e os sintomas diferem entre os micronutrientes; para um mesmo

micronutriente, poderá haver diferenças de sintomas entre espécies e, entre as

variedades da mesma espécie de planta. Essas deficiências são difíceis de serem

determinadas através de análises em laboratórios devido às pequenas quantidades em

que esses elementos estão presentes no solo e na planta. A contaminação da amostra de

terra pela própria ferramenta utilizada na sua coleta (micronutriente presente no próprio

material), e a dificuldade na escolha de métodos analíticos eficientes que sejam simples

e barato limita a determinação dos micronutrientes nas análises de rotina. Por estas

razões, poucos são os laboratórios de analises de fertilidade do solo que fazem

determinações de micronutrientes e, quando executadas, elas são caras.

Na prática, os conhecimentos sobre deficiências micronutrientes vêm se

acumulando por região e por cultura e, em função dessa experiência, as recomendações

para as correções de micronutrientes são incorporadas às tabelas de adubações

regionais e servem de orientação básica.

Um aspecto a ressaltar no comportamento dos micronutrientes são as interações

que ocorrem entre eles e os macronutrientes. Elas são importantes e muitas vezes

ajudam a identificar deficiências não esclarecidas pela avaliação dos teores individuais

dos nutrientes. Devido a estas interações, a presença de um nutriente em quantidade

elevada pode prejudicar a absorção de um outro nutriente . As interações mais

conhecidas entre os macro e micronutrientes são as seguintes: fósforo x zinco, zinco x

nitrogênio, ferro x fósforo, cobre x fósforo, molibdênio x fósforo, molibdênio x enxofre,

zinco x magnésio, e boro x cálcio. E entre os micronutrientes são: zinco x ferro, ferro x

manganês, ferro x molibdênio, cobre x ferro, cobre x molibdênio, e cobre x zinco.

Os fertilizantes mais comuns contendo micronutrientes encontram-se na Tabela

6.2. Entre as fritas disponíveis, são comercializadas no estado do Ceará

(PRODUQUÍMICA) contendo 10% de zinco, 1,5% de boro, 0,8% de cobre, 3% de

ferro, 2% de manganês e 0,1% de molibdênio e a FTE BR 12 ( NUTRIPLANT),

contendo 9% de zinco, 1,8% de boro, 0,8% de cobre, 3% de ferro, 2% de manganês e

0,1% de molibdênio. Alguns fertilizantes com macronutrientes contêm micronutrientes

como impurezas o que, dependendo da quantidade aplicada, poderá ser suficiente para

atender as necessidades da cultura. As quantidades de micronutrientes contidas nos

fertilizantes NPK encontram-se registradas na tabela 6.3.

Principais Características dos Fertilizantes mais Comuns Contendo Micronutrientes Fertilizante Percentagem de Forma do

B C Fe Mn Mo Zn Nutrien Composto -

Page 24: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

25

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

u te

BORO

Bórox 11 - - - - - B4O72-

Na2B4O7.10H2O

Ou NaB4O7.5H2O

-

Ácido

Bórico

17 - - - - - BO33-

H3BO3 -

Pentaborato

de Na

18 - - - - - B10O162-

Na2B10O16.10H2O

Na2B10O16

-

Fritas (FTE) (**

)

- - - - - BO33-

Silicato (*****)

COBRE

Sulfato de

cobre

- 13 - - - - Cu2+

CuSO4 16-18%S

Fosfato

Cúprico

Amonical

- 32 - - - - Cu2+

CuNH4PO4H2O 34-

36%P2O5(**

)

5-7% de N

Cloreto

Cúprico

- 16 - - - - Cu2+

CuCl2 50-52 de Cl

Óxido

Cúprico

- 75 - - - - Cu2+

CuO -

Óxido

Cuproso

- 89 - - - - Cu2+

Cu2O -

Fritas (FTE) - (*

*)

- - - - Cu2+

Silicato (*****)

Quelato - 5 - - - - Cu2+

(*****) -

FERRO

Fosfato

ferroso

amonical

- - 29 - - - Fe2+

Fe(NH4)PO4H2O 36-

38%P2O5**

*; 5-7% N*

Polifosfato

de Fe e

Amônio

- - 22 - - - Fe2+

Fe(NH4)HP2O7 55-59%

P2O5***;4-

5% N*

Sulfato

Férrico

- - 23 - - - Fe2+

Fe2(SO4)34H

2O 18-20% S

Fritas (FTE) - - (**) - - - Fe2+

Silicato (****)

Quelato - - 5 - - - Fe2+

(****) -

MANGANÊS

Sulfato

manganoso

- - - 26 - - Mn2+

MnSO4 -

Óxido

Manganoso

- - - 41(*) - - Mn2+

MnO -

Fritas (FTE) - - - (**) - - Mn2+

Silicato (*****)

Quelatos - - - 12 - - Mn2+

(****) -

MOLIBDNÊNIO

Molibdato de

Amônio

- - - - 54 - Mo7O246

-

NH4)6MO7O24.2H2

O

5-7% N

Total

Molibilato

de Sódio

- - - - 39 - MoO42-

NaMoO4.2H2O -

Fritas (FTE) - - - - (**) - MoO42-

Silicato (*****)

ZINCO

Sulfato de

zinco

- - - - - 20 Zn2+

ZnSO4.7H2O 16-18% S

Carbonato de

zinco

- - - - - 52(*) Zn2+

ZnCO3 -

Page 25: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

26

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Óxido de

Zinco

- - - - - 50(*) Zn2+

ZnO -

Fritas (FTE) - - - - - (**) Zn2+

Silicato (*****)

Quelato - - - - - 7 Zn2+

*** -

(*)Teor total, não solúvel em água; (**) Teor variável, não solúvel em água; (***) Solúvel em citrato de

amônio neutro + água; (****) ligados a EDTA, HEDTA, poliflavonóides, ligno-sulforados; (*****)

outros micronutrientes presentes.

Tabela 6.3

Quantidades de Micronutrientes Contidas em Alguns Fertilizantes com Macronutrientes

Fertilizantes Micronutriente

Boro Manganês Cobre Zinco Molibdênio

g/l

Nitrocálcio - - 22 15 1

Salitre do Chile - 8 3 1 -

Sulfato de Amônio 6 6 2 - -

Superfosfato 11 11 44 150 2

Cloreto de Cálcio 14 8 3 3 -

Sulfato de Potássio 4 6 4 2 -

Calcário 4 330 3 31 1

Esterco Bovino 20 310 62 120 2

7. FERTILIZANTES ORGÂNICOS

7.1. Matéria Orgânica do Solo

A matéria orgânica do solo é constituída pelos resíduos de origem vegetal ou

animal depositados no solo, não decompostos ou em diferentes estágios de

decomposição. O húmus se constitui numa massa escura, de composição e

relativamente estável, e é a parte da matéria orgânica que perdeu, por decomposição, as

suas propriedades originais. A matéria orgânica, bem como o húmus, exerce influências

benéficas sobre as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo:

A) Propriedades físicas - Melhora a agregação aumentando a estabilidade dos

agregados e favorecendo o desenvolvimento de estruturas dos tipos granular

e grumosa; estas, contribuem para aumentar a capacidade de armazenamento

da água dos solos, reduzem os riscos de compactação, erosão e lavagem,

melhoram as condições de aeração do solo favorecendo a germinação das

sementes, o crescimento e o funcionamento das raízes.

B) Propriedades Químicas – Aumenta a capacidade de troca de cátions dos

solos; fornece nutrientes às plantas (principalmente N,P,S); atua como agente quelante ( especialmente para Fe, Cu, Zn, Mn); aumenta o poder tampão do

solo (para pH, nutrientes, temperatura e umidade).

C) Propriedades biológicas - Aumenta a atividade biológica do solo,

especialmente dos organismos aeróbicos, responsáveis pelo oxidação do

N,P,S, fixação do nitrogênio e solubilização do fósforo mineral.

Em geral, os solos do estado do Ceará são pobres em matéria orgânica em face

das condições climáticas associadas à escassa cobertura vegetal e ao manejo inadequado

Page 26: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

27

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

dos solos. A preservação da matéria orgânica ou a sua incorporação, quando possível, se

constitui num excelente recurso capaz de manter a produtividade do solo. O uso de

práticas de conservação do solo, tais como rotação de culturas, consorciação de culturas

e o plantio direto podem ser apontados como responsáveis pela manutenção e aumento

da matéria orgânica no solo. Outras práticas podem ser recomendadas com o objetivo de

adicionar matéria orgânica ao solo, por exemplo, o uso de resíduos orgânicos

disponíveis na própria fazenda ou adquiridos, desde que sejam economicamente

viáveis. Esta prática, além de preservar a matéria orgânica do solo, mantendo o seu

potencial produtivo, contribui para reduzir os custos com a adubação mineral.

7.2 Fertilizantes orgânicos

De acordo com a legislação vigente (Art. 30 do

Dec. 86.955/82) entende-se por fertilizante orgânico todo

resíduo de origem vegetal ou animal contendo um ou mais

nutrientes das plantas e, por fertilizante composto, o

produto obtido por processo químico, natural ou

controlado, com mistura de resíduos de origem vegetal ou

animal. Na tabela 7.1 encontra-se a composição dos

fertilizantes orgânicos e compostos de maior interesse

agrícola. A escolha do fertilizantes orgânicos e compostos

de maior interesse agrícola. A escolha do fertilizante

orgânico está relacionada com a sua disponibilidade na fazenda. O emprego de alguns

produtos requer cuidados especiais, as tortas, os adubos verdes e as palhas fermentam

no terreno e, por isso, devem ser incorporadas ao solo (no sulco do plantio ou na cova)

15 a 20 dias antes da aplicação de fertilizantes minerais e do plantio. Os estercos,

quando aplicados frescos, requerem os mesmos cuidados. O uso de palhas sem a

complementação com um fertilizante mineral nitrogenado poderá acarretar deficiências

deste elemento nos estágios iniciais do crescimento da planta. A pratica de adubação

verde é recomendado em pomares e cultivos irrigados. No entanto, cuidados devem ser

tomados para que a cultura utilizada como adubo verde não venha a competir com a

cultura principal em luz, água e nutrientes. Os principais adubos verdes e suas

características encontram-se na tabela 7.2. É aconselhavel que o agricultor aproveite ao

máximo os resíduos orgânicos disponíveis na própria fazenda. Estes materiais podem

ser utilizados na produção de composto orgânico. As informações necessárias sobre as

técnicas de produção do composto poderão ser obtidas através do serviço estadual de

extensão rural (EMATERCE).

As recomendações de adubação orgânica são, em geral, fornecidas em função do

esterco de curral. Quando o agricultor dispõe de outro fertilizante orgânico é necessário

verificar a equivalência entre as quantidades indicadas. Na tabela 7.3 estão registrados

alguns fatores multiplicativos aproximados que poderão ser utilizados para realizar esta

substituição, quando não se dispõe da analise química dos matérias.

Tabela 7.1

Composição Mineral de Alguns Fertilizantes Orgânicos

Fonte: http://www.valoriza.net/apresentacao/

Page 27: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Fertilizante

Macronutrientes Micronutrientes

N P2O5 K2O Ca Mg S B Mn Zn

% Bagaço de cana 0,3 0,03 0,02 0,07 - - - - -

Esterco de cabra 3 2 3 - - - - - -

Esterco de cavalo 0,7 0,4 0,5 - - - - - -

Esterco de

coelho

2 1,3 1,2 - - - - - -

Esterco de

boi(seco)

1,3 2 1,1 0,5 0,6 0,04 0,1 0,4 0,5

Esterco de

galinha

2,4-3,5 3,4-5,8 1,7-2,7 3,3-4,1 0,3-0,9 0,3-0,5 - 0,4 0,3

Esterco de

ovelha

2 1 2,5 - - - - - -

Torta de algodão 6 3 1,4 0,2 0,6 0,3 - - 0,2

Torta de mamona 5 2 1 0,4 0,5 0,04 0,1 0,4 0,5

FONTE: MALAVOLTA (1989)

Tabela 7.2

Principais Espécies de planta Vegetais Utilizadas como Adubos Verdes e Algumas

Características

Nome comum Nome Cientifico N P2O5 K2O C/N

%

Feijão de

porco

Canavalia ensiforme 3,39 0,35 2,65 10

Crotalaria Crotalária juncea 1,80 0,24 1,26 15-17

Guandu Cajanas cajan 2,55 0,25 1,57 15

Lab-Lab Dolichos lab-lab 2,04 0,46-1,15 1,45-2,77 19-30

Mucuna preta Styzolobium aterrimum 2,67 0,33 1,95 12-15

Caupi Vigna sinensis 2,73 0,23 2,15 15

Stylosanthes Stylosanthes guinensis 2,30 0,27 1,23 -

FONTE: IAPAR, 1984 citado por MALAVOLTA et alii, 1989a.

Tabela 7.3

Fatores Multiplicativos Aproximados de Equivalência (A/B) entre

Alguns Fertilizantes Orgânicos

A\B Esterco de

gado

Esterco de

galinha

Torta de

mamona

Composto

Esterco de gado 1,00 0,50 0,22 2,00

Esterco de galinha 2,00 1,00 0,44 4,00

Page 28: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Torta de mamona 4,50 2,25 1,00 9,00

Composto 0,50 0,25 0,11 1,00

Exemplo: São recomendados 30 t de esterco de gado/ha para a adubação

orgânica da batatinha e o agricultor dispõe de esterco de galinha. Como fazer a

substituição? Consultando a tabela 7.3, o fator multiplicador é 0,50; multiplica-se a

quantidade de esterco de gado recomendada por 0,50 e tem-se a quantidade de esterco

de galinha equivalente, ou seja, 30 x 0,50 = 15 t de esterco de galinha/ha.

As recomendações de esterco de gado são fornecidas ora em peso, ora em

volume. Em geral, para o agricultor torna-se mais fácil trabalhar com o volume e isso

requer o conhecimento das transformações de peso em volume. Para transformar litro de

esterco de gado em quilos, multiplica-se a quantidade, em litro, pelo peso de esterco em

gramas, contido em um litro. Exemplo: para transformar 20 litros de esterco de gado em

quilogramas sabendo-se que 1 litro de esterco pesa 400g (este valor é variável e deverá

sempre ser determinado), faz-se o seguinte cálculo: 20 x 400= 8.000g ou 8kg. Para

transformar quilogramas de esterco de gado em litros, procede-se da seguinte forma:

divide-se o peso do esterco (expresso em kg) contido em um litro. Exemplo: Para

transformar 10t de esterco de gado em litros, sabendo-se que 1 litro de esterco de gado

pesa 500g, faz-se o seguinte cálculo; 10.000/0,5= 20.000 litros. Fig 7.3.1

Fonte: http://www.planetamecanico.com.br

8. MISTURAS DE FERTILIZANTES

8.1. Considerações Gerais

As misturas de fertilizantes são constituídas por mais de um fertilizante simples e

contêm dois ou três dos macronutrientes primários (nitrogênio, fósforo e potássio). A

maioria das misturas é obtida através da mistura mecânica de produtos simples,

podendo ser adicionadas fontes de micronutrientes. Elas são apresentadas sob a forma

de pó, grânulos, granulados (cada grânulo contém todos os nutrientes presentes na

mistura) ou fluidas. No Brasil, a maioria das misturas são comercializadas na forma de

grânulos.

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Fonte: http://manualdejardinagem.blogspot.com.br

8.2. Compatibilidade

A compatibilidade entre os fertilizantes simples a serem misturados deve ser levada

em consideração por ocasião da mistura. Desta forma, a eficiência do produto resultante

é garantida, evitando-se o comprometimento de suas propriedades, especialmente se a

mistura é preparada na própria fazenda. A Fig. 8.1 apresenta a compatibilidade entre os

principais fertilizantes utilizados no preparo de misturas.

8.3. Preparo das Misturas

As misturas, também chamadas de formulas, são preparadas, na maioria dos casos,

em indústrias misturados. Nestas, uma serie de cuidados devem ser observados para

garantir a sua qualidade: a) evitar a segregação decorrente do tamanho dos grãos; b)

verificar a compatibilidade entre os produtos a serem misturados; c) manter a

granulometria do produto dentro de um certo intervalo de variação; d) garantir a

homogeneização do produto. É possível o preparo de misturas na própria fazenda,

entretanto somente é recomendado quando em pequenas quantidades. Neste caso, o

agricultor necessita apenas de uma balança, pá e peneira. Caso os adubos estejam

empedrados, deve moê-los e peneirá-los antes de preparar a mistura. O local para

executar esta operação deve ser um piso liso, limpo e seco. O fertilizante presente em

maior proporção na mistura é o primeiro a ser distribuído, sendo os demais adicionados

em camadas alternadas, procedendo a homogeneização até adquirir aspecto uniforme. A

mistura deve ser armazenada em ambiente seco, e acondicionada em sacos dispostos em

pilhas de no máximo oito a dez unidades, sobre estrado de madeira, para evitar o

empedramento daquelas que ficarem em baixo. As pilhas devem ficar bem próximas

umas das outras para não haver circulação de ar úmido. Os sacos furados precisam ser

retirados para não prejudicar os outros, pois o material exposto pode absorver umidade.

É importante aproveitar os dias ensolarados e secos para arejar o deposito. Ao utilizar a

mistura, é recomendável revolver bem o saco para garantir a homogeneização dos seus

constituintes. Em caso de empedramento, triturá-la (com auxilio de pá, enxada ou

moinho) e peneirá-la antes de usá-la.

Page 30: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Figura 8.1 Compatibilidade entre os Principais Fertilizantes Utilizados nas Misturas. (Adaptada de LOPES 1989)

8.4. Principais Fórmulas Comercializadas no Estado do Ceará

As principais misturas ou fórmulas comercializadas encontram-se abaixo

relacionadas bem como o seu emprego mais comum.

Fórmula Relação (*) Aplicação

04-14-08 1:3,5:2 Hortaliças, Arroz (implantação)

04-30-10 1:7,5:2,5 Feijão (implantação)

04-30-16 1:7,5:4 Feijão (implantação)

06-24-12 1:4:2 Hortaliças, Mamão (implantação)

08-30-10 1:4:1 Milho, Algodão, Soja (implantação)

08-30-16 1:4:2 Maracujá, Melancia, Melão (implantação)

08-30-20 1:4:2,5 Maracujá, Melancia, Melão (implantação)

10-05-10 2:1:2 Melão, Hortaliças (cobertura)

10-10-10 1:1:1 Fruteiras em geral

10-25-10 1:2,5:1 Pastagens (implantação)

10-28-10 1:2,8:1 Cana-de-açúcar, Mandioca (implantação)

15:15:15 1:1:1 Fruteiras em geral (implantação)

20-10-20 2:1:2 Cana-de-açúcar (cobertura)

34-04-05 8,5:1:1 Gramados (manutenção)

(*) Aproximada, em alguns casos.

Page 31: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

8.5. Misturas Fluidas

Atualmente, as misturas de fertilizantes na forma liquida vêm sendo largamente

utilizadas, especialmente através da fertirrigação ou em pulverizações foliares. A

adubação foliar e uma excelente alternativa para complementar a adubação aplicada no

solo. No entanto, ela não e suficiente para, por si só, suprir todas as necessidades das

plantas. As principais vantagens das misturas fluidas são: a) absorção mais rápida dos

nutrientes; b) facilidade de serem transportadas e manuseadas; c) melhor uniformidade

na distribuição; d) redução das perdas e/ou imobilização de nutrientes; e e) aplicação

conjunta com defensivos e/ou água de irrigação. A utilização dessas misturas ainda é

restrita, uma vez que requer maiores conhecimentos técnicos ( precários nesta região) e,

em certos casos, uso de equipamentos especiais.

8.6. Vantagens e Desvantagens das Misturas de Fertilizantes

As misturas de fertilizantes oferecem as seguintes vantagens: a) uniformidade da

mistura, facilitando a sua distribuição no solo; b) evita a incompatibilidade de

fertilizantes, o eu pode ocasionar o empedramento da mistura e/ou a perda parcial ou

total do nutriente; e c) permite obter misturas com altas concentrações de nutrientes

assimiláveis, o que resulta em reduzo dos custos de transporte e aplicação. Como

desvantagens é possível citar: a) uso indiscriminado de micronutrientes, elevando os

custos da mistura; e b) nem sempre e possível encontrar uma mistura (formula)

adequada às necessidades da cultura e do solo.

9. RELAÇÕES BASICAS ENTRE NUTRIENTES

Em geral, os resultados da analise de fertilidade do solo vêm acompanhados da

sugestão de adubação para a cultura indicada pelo agricultor. Essa sugestão, que está em

função dos níveis de nutrientes do solo, poderá ou não ser modificada pelo engenheiro-

agrônomo de acordo com a situação do local.

Uma vez definidas as doses de NPK (leia-se N, P2O5, K2O) a serem utilizadas na

adubação, cabe ao técnico escolher os fertilizantes e calcular as quantidades a serem

aplicadas. Por exemplo, a adubação sugerida de acordo com a analise do solo foi

20:60:30 kg/ha de N:P:K, respectivamente, para o plantio de algodão, em um solo com

baixo teor de fósforo e médio teor de potássio. Em primeiro lugar, o engenheiro

agrônomo deve decidir se vai adquirir fertilizantes minerais simples e fazer a mistura

dos mesmos, desde que sejam compatíveis (Fig.8.1), ou optar por uma fórmula já

preparada e disponível no mercado. A escolha dependerá das vantagens de cada

alternativa em particular.

Na escolha da primeira alternativa o procedimento deverá ser o seguinte:

a) Escolher os fertilizantes minerais simples, por exemplo:

- fonte de nitrogênio

Uréia – 45% de N (tabela 5.1)

- fonte de fósforo:

Superfosfato simples – 17% P2O5 (tabela 5.2)

Page 32: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

- fonte de potássio:

Cloreto de potássio – 60% K2O (tabela 5.3)

b) Verificar se são compatíveis (consultar fig. 8.1) – caso haja problemas de

compatibilidade, substituir aquele fertilizante que apresenta problema quando

em mistura, por um outro;

c) Calcular a quantidades dos fertilizantes minerais simples:

- quantidade de uréia para fornecer 20 kg de N:

100 kg de uréia..................................45kg de N

X kg de uréia.....................................20kg de N

X kg de uréia = 100 kg de uréia x 20 kg de N

45 kg de N

X= 44,4 kg de uréia

Quantidade de Superfosfato simples (SS) suficiente para fornecer 60 kg de P2O5:

100 kg de SS......................................17kg de P2O5

X Kg de SS.........................................60 kg de P2O5

X kg de SS = 100 kg de Superfosfato simples x 60 kg de P2O5

17 kg de P2O5

X = 352 kg de Superfosfato simples

Quantidade de cloreto de potássio (KCl) suficiente para fornecer 30 kg de K2O:

100 kg de KCl .....................................60 kg de K2O

X kg de KCl .......................................30kg de K2O

X=kg de KCl = 100kg de cloreto de potássio x 30kg de K2O

50 kg de K2O

X= 60 kg de cloreto de potássio

d) Preparar a mistura a ser distribuída em um hectare:

Misturar: 44,4 kg de uréia + 352 kg de superfosfato simples + 60 kg de cloreto

de potássio.

Na escolha de fertilizantes minerais simples para o preparo das misturas

recomenda-se o uso de uma fonte de enxofre; desta forma, são fornecidos N, P, K e S na

adubação e o Ca e Mg, por ocasião da calagem, estando assim, presentes todos os

macronutrientes. No exemplo dado, a fonte de enxofre foi o Superfosfato simples

(tabela 5.2) .

Caso a escolha recai sobre uma fórmula, proceder da seguinte maneira:

a) Verificar a relação N: P: K na adubação sugerida.

Para encontrar a relação dividir cada dose sugerida por aquela de menor valor.

Por exemplo:

Page 33: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

- doses sugeridas: 20 kg N: 60 kg P: 30 kg K

- dose menor: 20 kg N

- 20:20=1; 60:20 = 3; 30:20 = 1,5

- a relação é 1:3: 1,5

b) escolher a formula que atenda essa relação

Fórmulas Comerciais

( %N; %P; %K)

Relação

(N:P:K)

5:10:10 1:2:2

10:30:15 1:3:1,5

5:30:15 1:6:3

10:28:20 1:2,8:2

Dentre as fórmulas comerciais citadas como exemplos, e possível escolher a

formula 10:30:15, pois mantém a mesma relação da adubação recomendada (1:31,5).

C ) calcular a quantidade da fórmula a ser aplicada em um hectare:

Para encontrar a quantidade aplicar, dividir a dose do elemento recomendado para o

hectare, pelo teor do mesmo elemento presente na fórmula comercial e multiplicar o

resultado por 100.

Exemplo: Doses recomendadas – 20 kg N; 60 kg P; 30 kg K

- fórmula indicada – 10:30:15

-Quantidade a aplicar:

-Usar, para o cálculo, a dose do nitrogênio:

20:10 = 2x100 = 200kg da fórmula

-Usar, para o cálculo, a dose de fósforo:

60:30 =2x100 200kg da fórmula

- Usar, para o cálculo, a dose de potássio:

30:15 = 2 x 100 200kg da fórmula

Para o cálculo, basta usar apenas a dose de um nutriente, pois o resultado será

sempre o mesmo qualquer que seja o nutriente considerado.

Outra forma utilizada para o cálculo da quantidade da formula e a seguinte: somar as

doses dos nutrientes recomendados para a adubação ( 20 + 60+ 30, no exemplo), dividir

pela soma dos teores dos nutrientes na fórmula (10 +30+ 15, no exemplo), e multiplicar

por 100.

Quantidade a aplicar = 20 + 60+ 30 x 100 = 200 kg da mistura

10 30 + 15

10. MODO DE APLICAÇÃO DOS FERTILIZANTES

a. Fertilizantes Nitrogenados

Page 34: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Os fertilizantes nitrogenados mais utilizados na agricultura brasileira são: sulfato de

amônio [(NH4)2 SO4] e uréia (NH2CONH2). Após serem aplicados no solo, as formas de

nitrogênio amoniacal do sulfato de amônio (N-NH4+) e de nitrogênio amidico da uréia

(N-NH2) rapidamente se transformam em nitrato (NO3-) mediante a ação das bactérias

dos gêneros Nitrossomonas e Nitrobacter existentes no solo. Os colóides do solo por

apresentarem predominantemente cargas negativas irão repelir o NO3- que, livre na

solução do solo, ficara sujeito a lixiviação (lavagem) para as camadas mais profundas

dos solo, longe do alcance das raízes. Para se evitar, ao máximo, as perdas de N por

lixiviação, a providencia imediata e o parcelamento da dose do fertilizante nitrogenado

recomendada. O parcelamento deve ser programado de modo que a dose principal

coincida com o período de maior exigência da cultura. Em culturas anuais, parte do N é

aplicada no plantio juntamente com P e o K, o restante, em cobertura (em faixa ou em

linha) ao lado das plantas. Para culturas perenes, considerando que o solo esteja úmido,

a dose total do fertilizante poderá ser distribuída em 2 a 4 aplicações. A pesquisa tem

claramente demonstrado que e necessidade total de nitrogênio e enxofre da planta pode

ser satisfeita por fluxo de massa (estes nutrientes são arrastados pela água até as raízes

onde são absorvidos). Portanto, a manutenção do solo úmido e o conhecimento da

distribuição do sistema radicular ( em profundidade e lateralmente) determinam a época

e o local onde o nutriente deve ser aplicado como fertilizante.

No caso mais especifico da aplicação de uréia, cuidados dêem ser observados

quanto as perdas de N por volatilização. Logo depois de aplicada, e sob ação da enzima

uréase existente abundantemente no solo, a uréia s e transforma em NH3 (gás amônio) e

CO2; a subida inicial e temporária do PH do solo, causada pela transformação de uréia,

estimula as perdas pro volatilização de NH3.

Em resumo, as seguintes condições causam a perda do NH3 do solo: a)

alcalinidade de (pH elevado); b) temperatura elevada; c) baixa CTC (principalmente

solos arenosos e pobres em matéria orgânica que possuem pouca capacidade para reter o

NH4+); d) altas doses de uréia. E e) aplicação de uréia em superfície úmida que depois

seca.

No que diz respeito à aplicação de sulfato de amônio, apesar de haver pouca

referência na literatura quanto às perdas por volatilização, cuidados devem ser

observados para evitar a lixiviação e/ou desnitrificação do N-NO3. A desnitrificação é

a redução biológica (realizada por bactérias facultativas) do N-NO3- a formas gasosas

de nitrogênio que na sua maioria são tóxicas às plantas:

Page 35: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

36

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

NO3- + e- + ....... N2, N2O + ......

(elétrons) (forma gasosas)

A reação anterior e favorecida; a) pela ausência de oxigênio. B) pelos altos

teores de matéria orgânica (doadora de elétrons); e c) pela presença de nitrato no solo.

Em condições de aeração deficiente e teores elevados de matéria orgânica poderá

ocorrer a redução de SO42-

a H2S que tem um efeito depressivo na nutrição (inibe a

absorção de íons) da planta, principalmente em solos inundados:

Matéria orgânica + SO42-

H2S

No caso de solos em que prevaleçam as condições acima mencionadas, a

aplicação de sulfato de amônio, Superfosfato simples e sulfato de potássio pode

ocasionar o aparecimento de quantidades abundantes de H2S (tóxico) na camada arável

dos solos. Em solos ricos em Fe o problema pode ser contornado pela precipitação do S

como pirita:

H2S + Fe FeS (pirita)

Por outro lado, em condições normais de cultivo aplicações de uréia e sulfato de

amônio levam a uma acidificação do solo, tanto pelo processo de nitrificarão (produção

de NO3- e H

+) como pela lixiviação do Ca

2+ acompanhado pelo NO3

- ou SO4

2-. A

lixiviação de bases trocáveis, com consequente diminuição do pH, aumenta os teores de

alumínio (Al3+

) e de manganês (Mn2+

), que por seu turno, determinam uma queda na

produção da cultura. Estima-se que cada kg de N adicionado como sulfato de amônio

necessita o equivalente de 6 kg de calcário para manter inalterado o pH do solo.

Deve-se salientar que a aplicação de fertilizantes nitrogenados (por exemplo,

uréia e sulfato de amônio) na água de irrigação pode ser feita sem risco ou

complicações. Apenas dependendo do tipo de irrigação ( sulco, aspersão, inundação,

etc.) deve-se observar a estratégia de aplicação que permita uma distribuição uniforme

do N na área plantada.

b. Fertilizantes Fosfatados

Os fertilizantes fosfatados solúveis mais aplicados na agricultura brasileira são:

superfosfatados solúveis [Ca (H2PO4)2. CaSO4.2H2O] e superfosfatado triplo [Ca

(H2PO4)2]. Logo depois de adicionado, todo ou parte do fósforo solúvel do fertilizante

reage rapidamente com as partículas do solo tornando o P insolúvel e, desta forma,

indisponível para as plantas. A quantidade de fósforo solúvel transformado em formas

insolúveis depende de fatores do solo tais como: a) tipo e quantidade de argila; b) pH e

c) teores de ferro e alumínio livres. Em solos fortemente intemperizados, como os

latossolos, o pH baixo, os elevados teores de ferro e alumínio livres e as presenças de

argila do tipo caulinita e de óxidos de ferro e alumínio são os fatores responsáveis pelo

elevado grau de insolubilização do fósforo aplicado como fertilizante solúvel. Deve-se

observar então que quanto maior o contato do fertilizante com o solo, maior a

quantidade de fósforo insolubilizado ou retido no solo. Portanto aplicação de fertilizante

a lanço implicam em maior retenção do P do que aplicações em sulco (5cm ao lado e

abaixo da linha de plantio). A adubação em sulco propicia um menor volume de solo

em contato com o fertilizante, consequentemente, menor probabilidade de reação do P

com as partículas do solo. A aplicação localizada (faixa, linha ou sulco) é

Page 36: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

37

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

principalmente recomendada para os solos pobres em P e doses baixas de fertilizantes.

Em solos muito pobres em fósforo, dependendo do aspecto econômico da cultura, pode

ser vantajoso a combinação de uma aplicação inicial, a lanço (adubação corretiva com

dose relativamente elevada), e as subsequentes em sulco (doses menores). Para fosfatos

insolúveis (também denominados de fosfatos naturais ou de rochas) a regra é inversa.

Quanto maior o contato do fosfato com o solo e quanto mais baixo o pH, maior será a

probabilidade de solubilização do P, consequentemente, maiores os benefícios de

aplicação destes fosfatos. Em resumo, pode-se chegar as seguintes regras básicas par ao

uso de fertilizantes fosfatados: a) os fertilizantes solúveis em água (superfosfato

simples, superfosfato triplo, etc.) devem ser aplicados em grânulos e de forma

localizada (sulco, faixa, etc.); e b) os fosfatos insolúveis de vem ser aplicados em pó, e

lanço, misturados com o solo.

A adubação em culturas perenes (fruteiras, essências florestais, etc.) devera ser

realizada na cova por ocasião do plantio, visando obter um desenvolvimento radicular

em profundidade. Adubações de manutenção, quando necessárias, são aplicadas a lanço,

abaixo da projeção da copa da árvore. Em pastagem, a aplicação do fertilizante deve ser

feita a lanço, com posterior incorporação; no caso de manutenção ou recuperação de

pastagem já estabelecida, a aplicação deve ser feita na superfície do solo.

Fonte: http://www.fertipar.com.br/tecnico/fosforo

Page 37: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

38

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Fonte: http://www.fertipar.com.br/tecnico/fosforo

c. Fertilizantes Potássicos

O fertilizante potássico mais comumente usado no Brasil é o cloreto de potássio

(KCl). Contudo algumas culturas, como a do fumo, exigem o uso, por exemplo, de

sulfato de potássio (K2SO4). Os fertilizantes potássicos, principalmente o KCl, são

capazes de causar grande mudança na pressão osmótica do solo (efeito salino).

Alterações bruscas na pressão osmótica do solo podem provocar danos as sementes

(prejudicando a germinação) ou as plantas (seca fisiológica ou crestamento das folhas)

por inverter o fluxo de água entre o solo e os tecidos da planta, alem do efeito tóxico

direto dos elementos contidos no sal. Os solos arenosos estão mais sujeitos a mudanças

na pressão osmótica do que a os solos argilosos. Vale salientar que as alterações e

efeitos da elevação da pressão osmótica do solo podem ser provocadas por qualquer tipo

de fertilizante, isto em função da sua quantidade e localização inadequada.

Levando-se em consideração que as quantidades de fertilizantes potássicos

recomendadas não são elevadas, e considerando-se que o K é um elemento facilmente

levado do perfil do solo, o modo de aplicação para culturas anuais adotado no Brasil é

em sulco (5cm ao lado e abaixo da semente). Por razões já explicadas, deve-se sempre

evitar o contato direto do fertilizante com a semente, principalmente quando a

quantidade a aplicar for elevada. A pesquisa tem demonstrado que em solos muito

pobres em K, como os do cerrado brasileiro, pode ser vantajosa uma adubação corretiva,

a lanço, em área total e incorporada com arado. Para solos com K-trocável de área total

e incorporada com arado. Para solos com K-Trocável de 0-25 ppm, recomenda-se

100kg de K2O/ha; para solos de 26-50 ppm, recomenda-se 50 kg de K2O/ha. A

adubação a lanço deve ser também adotada nos casos de culturas perenes e pastagens já

estabelecidas.

Do ponto de vista fisiológico, o K exerce papel fundamental no crescimento, na

conformação e na qualidade do fruto. É necessário, portanto, que no estagio critico do

crescimento do fruto o solo tenha quantidades adequadas de K disponível a fim de

propiciar um suprimento adequado para a planta. Tendo em vista estes aspectos, a

aplicação parcelada de K, juntamente com o N, tem resultado em maior produção de

frutos e qualidade superior.

d. Fertilizantes com Micronutrientes

Page 38: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

39

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Os laboratórios de analises a fertilidade do solo do estado do Ceará ainda não

executam analises de micronutrientes, portanto, as adubações para estes nutrientes,

recomendadas neste manual, tem caráter preventivo e destinam-se às culturas de alto

valor econômico, ou no caso, a corrigir deficiências já comprovadas através da

experiência. A adubação preventiva tem sido usada para adicionar pequenas

quantidades que serão removidas pelo cultivo, num programa de manutenção como não

se considera as necessidades especificas das culturas, nem os níveis de micronutrientes

disponíveis do solo, pode ocorrer que alguns nutrientes adicionados não sejam

necessário. Para culturas de alto valor econômico, como hortaliças e certas fruteiras, e

importante adotar este programa de manutenção desde que os decréscimos em lucros,

decorrentes da queda da produção ou da qualidade dos seus produtos, sejam grandes.

A eficiência de uma adubação com micronutrientes não depende apenas da

escolha do fertilizante a utilizar e da quantidade a aplicar, mas, também, do modo da sua

aplicação. Muitos são os métodos de aplicação recomendados para adubação com

micronutrientes e a escolha depende da sua eficiência agronômica para cada caso em

questão. Dentre os métodos de aplicação possíveis de serem empregados, destacam-se

os seguintes:

a) Aplicação no solo: os métodos mais comuns de aplicação de micronutrientes

no solo são a lanço, antes do preparo do solo, ou em sulco, por ocasião do

plantio. Nas aplicações a lanço permite-se que um volume maior do solo, na

zona das raízes, seja beneficiado pela aplicação. Entretanto, a sua eficiência

agronômica e reduzida em face da maior possibilidade de reações entre as

partículas do solo e os micronutrientes. Em se tratando dos micronutrientes

metálicos (ferro, cobre, zinco, manganês) a redução da eficiência e ainda

maior por eles não se movimentarem ou se movimentarem pouco no solo. A

sua aplicação na forma de quelato reduz os dois inconvenientes, ou seja as

reações com as partículas do solo e a lenta movimentação. As aplicações em

sulco apresentam maior eficiência agronômica quando comparadas com as

aplicações a lanço, especialmente para fertilizantes contendo ferro e

manganês;

b) Aplicação com Fertilizantes NPK: as aplicações de micronutrientes em

combinação com fertilizantes NPK têm sido recomendadas em face da

dificuldade de se aplicar fertilizantes contendo micronutrientes de maneira

uniforme nas doses em que são recomendadas ( em geral menores 10kg/ha).

Nestas condições, a distribuição dos micronutrientes misturados aos

fertilizantes NPK é mais uniforme, podendo ser realizada com equipamentos

convencionais. Aplicação conjunta representa, além da uniformidade, a

vantagem de eliminar o custo adicional resultante da sua aplicação em

separado. Entretanto, em alguns casos, essas misturas com N, P e K, por

problemas de compatibilidade, podem resultar na redução da eficiência

agronômica dos micronutrientes quando comparadas as aplicações isoladas.

Por essa razão recomenda-se que seja verificada a compatibilidade entre

esses fertilizantes antes de misturá-los;

c) Adubação foliar: o uso de soluções contendo um ou mais micronutrientes

vem se tornando cada vez mais comum para correção de suas deficiências. A

aplicação de micronutrientes via foliar apresenta algumas vantagens: a)

podem-se aplicar doses menores que nas aplicações via solo; b) é mais fácil a

uniformização da aplicação; c) a resposta à aplicação é quase imediata e,

consequentemente, as deficiências são corrigidas durante o crescimento da

Page 39: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

40

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

planta; e d) as suspeitas de deficiências podem ser facilmente diagnosticadas

através de ensaios de pulverizações. Embora seja um método eficiente,

apresenta também algumas desvantagens: a) quando as plantas estão muito

pequenas, a área foliar e insuficiente para atendera demanda do nutriente; b)

altas concentrações salinas podem causar queima das folhas; c) pode ser

muito tarde para corrigir as deficiências e ainda obter produções máximas; d)

pequeno efeito residual; e e) custos mais elevados devido à necessidade de

mais de uma aplicação durante o ciclo da planta.

Para melhorar a eficiência da adubação foliar com micronutrientes deve-se levar

em conta os seguintes pontos (LOPES E CARVALHO, 1988): a) adicionar uréia a

soluções usadas em adubação foliar; b) aumentar a concentração de zinco em misturas

contendo zinco, boro e cobre; c) usar surfactantes nas soluções a serem aplicadas; d)

não misturas sais de zinco com óleos minerais; e) não misturas sais de cobre com

sulfato de magnésio, acido bórico ou boratos; f) em soluções com alta concentração,

ajustar o pH 5,5 a 6,5; g) utilizar, se possível, pesticidas que contenham

micronutrientes; h) em misturas com pesticidas, adicionar os micronutrientes na forma

de quelatos: e i) pulverizar no final da tarde ou inicio da manhã.

11. CORREÇÃO DO SOLO

e. Considerações Gerais

A correção dos solos ácidos se faz necessária por cinco razões: a) elevar o pH do

solo a nível satisfatório de modo a propiciar um melhor desenvolvimento da cultura; b)

corrigir deficiências de cálcio e magnésio; c) eliminar toxidez do alumínio trocável; d)

melhorar o ambiente físico para as raízes; e e) melhorar o aproveitamento dos

fertilizantes. Deste modo, a calagem é importante tanto na correção da acidez do solo e

toxidez de alumínio como na nutrição das plantas. Vale lembrar que calcário em

demasia é tão prejudicial quanto a sua não utilização.

f. Métodos Utilizados para a determinação da necessidade de calcário

(NC)

Inúmeros métodos têm sido descritos na literatura, com objetivo de estimar a

quantidade de calcário a ser aplicada (NC). O método padrão consiste na incubação do

solo com quantidades crescentes de corretivo, recaindo a dose naquela quantidade que

eleva o pH do solo ao valor mais adequado. Embora preciso, não é utilizado nos

trabalhos de rotina, por ser muito demorado e consumidor de material e de mão-de-obra.

No entanto, é utilizado como padrão para calibração de outros métodos. Nos trabalhos

rotineiros, são utilizados os seguintes métodos: a) teores de alumínio trocável e/ou

cálcio + magnésio trocáveis; b) tampão SMP e c) saturação de bases. Nos laboratórios

do estado do Ceará, utiliza-se o primeiro método acima e descrito a seguir.

Método segundo o alumínio trocável (Al3+

)

Page 40: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Este método é comumente utilizado quando a soma do cálcio e do magnésio

trocáveis (Ca2+

e Mg2+

) é igual ou superior a 15 mmolc/dm3.

Método segundo o cálcio + magnésio trocáveis

Quando os teores de Ca2+

+ Mg2+

são menores que 15 mmolc/dm3 utiliza-se o

maior resultado conseguido entre os dois métodos. Em caso de cultivos irrigados e

olericolas, o valor 2 é substituído por 3, no método segundo o cálcio + magnésio

trocáveis.

g. Qualidade do Corretivo a ser usado

A qualidade do corretivo da acidez é governada por uma série de características

contudo, duas delas são de relevante importância: a granulometria e o teor de

neutralizantes, as quais determinam, respectivamente, a Reatividade (RE) e o poder de

Neutralização (PN). Com elas calcula-se o Poder Relativo de Neutralização

Total(PRNT).

Com relação à granulometria, a legislação brasileira em vigor (portaria SEFIS nº 03

de 12.06.86) estabelece que:

a) Todo material (100%) deverá passar na peneira ABNT nº 10 (2,00mm);

b) No mínimo 70% do material deverá passar na peneira ABNT nº 20 (0,84mm);

c) No mínimo 50% do material deverá passar na peneira ABNT n° 50 (0,3)mm;

11.1. Relatividade (RE) do Calcário

A reatividade do calcário refere-se ao seu grau de finura, sendo calculada da

seguinte forma:

RE= (a x 0) + (b x 0,2) + (c x 0,6) + ( d x1) onde,

100

a= % do material retido na peneira nº 10

b=% do material retido na peneira nº 20

c=% do material retido na peneira nº 50

d=% do material passante na pereira nº 50

Exemplo – Na análise de 100g de um determinado calcário encontrou-se: a=1,0g;

b=6,0g; c=28g e d=65g

RE= (1 x0) + (6 x 0,2) + (28 x 0,6) + (65 x 1,0) = 83

100

11.3.2 Poder de Neutralização (PN) do Calcário

Page 41: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

O poder de neutralização do calcário diz respeito ao teor de neutralizantes

(cálcio e magnésio) expressos na forma de óxidos e considerada a sua equivalência em

carbonato de cálcio. O seu cálculo obedece à seguinte fórmula:

PN = (%CaO x 1,79) + (% MgO x 2,46) ou

PN = (%CaCO3 x 1,00) + % (MgCO3 x 1,19)

Exemplo – Na análise de 100g de um determinado calcário encontrou-se: a=1,0g;

b=6,0g; c= 28g e d=65g

RE=(1 x 0) +(6 x 0,2) + (28 x 0,6) = 83

100

11.3.2 Poder de Neutralização (PN) do Calcário

O poder de neutralização do calcário diz respeito ao teor de neutralizantes

(cálcio e magnésio) expressos na forma de óxidos de considerada a sua equivalência em

carbonato de cálcio. O seu calculo obedece à seguinte fórmula.

PN = (% CaO x 1,79) + (%MgO x2,46) ou

PN = (% CaCO3 x 1,00) + % (MgCO3 x 1,19)

Exemplo – um dado calcário apresenta a seguinte composição CaO= 36% e MgO =12%

PN= (36 x 1,79) + (12 x 2,46) = 93,96=94%

11.3.3 Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT)

É calculado levando-se em consideração os valores de RE e PN e determinada a % do

calcário que deverá reagir com a camada superficial do solo (0-20 cm), em um período

de 3 anos, neutralizando a sua acidez.

PRNT = RE x PN/100

Exemplo: PRNT= 83 x 94/100 = 78,0%

Isto significa que 78% do calcário deverá reagir com a camada superficial do solo em

aproximadamente três anos, corrigindo, portanto a sua acidez. Conhecendo-se o PRNT

calcula-se o fator de correção f=100/PRNT para corrigir a quantidade de calcário

necessário a determinado solo.

h. Classificação dos Calcários

Os calcários são classificados de acordo com os seguintes critérios.

Page 42: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

- Quanto ao PRNT

GRUPO A – PRNT entre 45 e 60%

GRUPO B – PRNT entre 60,1 e 75%

GRUPO C – PRNT entre 75,1 e 90%

GRUPO D – PRNT superior 90%

- Quanto ao teor de MgO

Calcítico – com menos de 5% de MgO

Magnesiano – 5,0 a 12% de MgO

Dolomítico – acima de 12% de MgO

i. Escolha do Calcário

Recomenda-se escolher aquele que apresentar o menor preço por tonelada efetiva

(PTE)

PTE= Preço do material na fazenda

PRNT

j. Modo de aplicação

A calagem pode ser praticada em qualquer época. Contudo, recomenda-se que seja

realizada pelo menos 1 a 3 meses antes do plantio. Vale lembrar que o corretivo

aplicado em solo seco tem a sua eficiência comprometida, pois a solubilização do

material deixa de ocorrer. O calcário deve ser aplicado a lanço, sobre a superfície do

terreno, sendo, em seguida, incorporado a uma profundidade de 20 cm. Esta operação

pode ser manual ou mecânica, dependendo da situação de cada produtor agrícola. Na

aplicação manual é conveniente aferir-se uma medida para uma determinada área de

modo que a quantidade total recomendada seja uniformemente distribuída. Na aplicação

mecânica a máquina deverá ser conveniente regulada de modo que, numa só passagem

seja distribuído todo material. Para melhor rendimento, é recomendável que a metade do

calcário seja distribuído antes da aração e a segunda metade antes da gradagem. No caso

de culturas perenes, já implantadas, aplicação deverá ser feita também a lanço seguida

de uma ou duas gradagens. Neste caso, é aconselhável que a quantidade recomendada

seja fracionada em duas, evitando-se, com isto, um desequilíbrio nutricional na camada

superficial. Como a maioria dos solos deficientes em Ca também o são em Mg,

Page 43: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

recomenda-se o emprego do calcário dolomítico. Isso não impede, em certas regiões,

onde só ocorrem calcários calcíticos, encontrem-se opções técnicas para o seu uso

combinação com outra fonte de Mg.

k. Correção da Acidez Subsuperficial

A calagem corrige apenas a acidez superficial (0-20 cm) porque o calcário se move

lentamente para as camadas mais profundas do solo que poderão continuar ácidas,

prejudicando assim o desenvolvimento das raízes e o aproveitamento da água e dos

nutrientes. Por esta razão, em solos onde a acidez ocorre também na camada

subsuperficial (comuns na Serra da Ibiapaba, e Chapada do Araripe, CE) é interessante

fazer Avaliação do alumínio trocável, nesta camada, para proceder a sua neutralização.

Esta, poderá ser realizada com o emprego do gesso. (também chamado gesso agrícola

ou fosfogesso) que, ao contrario do calcário, se move para as camadas mais profundas

do solo, diminuindo a atividade do alumínio e enriquecendo-as com o cálcio.

SO42-

+ Al3+

AlSO4+ ( menos absorvido pelas plantas)

Cuidados devem ser tomados com relação à quantidade de gesso a aplicar para que não

haja lixiviação do K+ e Mg

2+ para as camadas mais profundas (fora do alcance das

raízes), especialmente em solos de textura leve. Para evitar esse inconveniente, é

recomendado associar a gessagem (aplicação de gesso ao solo), com a calagem,

podendo o calcário ser colocado antes ou associado ao gesso. Alguns pesquisadores

recomendam o seu emprego com base nos teores de cálcio e alumínio trocáveis

presentes na camada subsuperficial. No entanto, faltam informações que permitam

estabelecer a necessidade do gesso utilizando, como critério, os parâmetros fornecidos

pelos laboratórios de analise de solo. Com relação a pratica da gessagem, os seguintes

pontos devem ficar entendidos: a) o gesso não substitui o calcário, pois não muda o pH

(ou faz muito pouco); b) o emprego do gesso só é recomendado em solos com acidez

subsuperficial (Al3+

muito elevado e Ca2+

muito baixo); e c) calcário e gesso se

complementam sempre que ocorra acidez superficial (0-20 cm) e subsuperficial (20-

50cm).

Page 44: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

12. SOLOS AFETADOS PELOS SAIS

l. Salinização e Fonte de Sais

O processo de salinização do solo, fenômeno comum às régios semi-áridas, poderá

causar prejuízos à agricultura se a acumulação excessiva de sais ocorrer em camadas do

solo em contato com as raízes das plantas. A presença excessiva de sais impedirá a

absorção de água e nutrientes pelas plantas. A salinização do solo acarretará mais

problemas se os sais acumulados forem predominantemente carbonato e bicarbonato de

sódio. Além do fato de o sódio ser tóxico as plantas e provocar a impermeabilização do

solo (dificultando a circulação do ar e da água no interior do perfil), os sais

carbonatados provocam uma elevação do pH a níveis letais aos vegetais. Já com os sais

tipo cloreto e sulfato (considerados neutros) a elevação do pH não chega a tanto. São

diversas a origem a natureza dos sais que causam problemas nos solos. Apesar de no

nordeste do Brasil a maioria dos solos afetados por sais ser aluvial, e os sais

predominantes serem de sódio, as seguintes fontes de sais para o processo de

salinização podem ser assim resumidas: a) minerais não intemperizados completamente;

b) sais residuais de antigos ambientes marinhos (fósseis); e c) pequenas quantidades de

sais trazidos pelas chuvas. As águas superficiais e subterrâneas, sob a ação do homem,

redistribuem os sais acumulados sobre a paisagem ou região.

Os fatores centrais da salinização de um solo estão ligados a aridez do clima e ao

manejo da água. Os climas secos e quentes apresentam índices elevados de remoção de

água da superfície por evaporação. Com a evaporação, todo o conteúdo de sais da água

e deixado na superfície ou próximo a mesma. Ao contrario do árido, no clima úmido os

altos índices de precipitação pluviométrica são geralmente suficientes para transportar

os sais solúveis para fora da região na medida em que são liberados das rochas e dos

minerais. Nos climas árido e semiárido as chuvas não são suficientes para lavar e/ou

transportar os sais solubilizados das rochas e minerais, consequentemente, ocasionando

o armazenamento dos mesmos ao longo do perfil do solo. Vale salientar que os sais

provenientes das transformações das rochas e dos minerais (intemperismo) raramente

são capazes de, sozinhos, causarem problemas de salinidade no solo. Os sais, por serem

solúveis, são movidos pela água e se acumulam em alguma parte do perfil ou,

alternativamente, são transportados para outras áreas. A salinização é mais um problema

da água do que um problema do solo.

Page 45: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

A máxima acumulação de sal pode ocorrer em diferentes profundidades do perfil do

solo, contudo, muito freqüentemente, ela ocorre na superfície ou próximo da mesma.

Deve-se ressaltar que nem todos os solos das regiões áridas ou semi-áridas são afetados

por sais, contudo a maioria dos solos afetados por sais estão associados aos climas árido

e semiárido. Observa-se, nestes climas, o potencial de evapotranspiração marcadamente

excede à precipitação pluviométrica ao longo de quase todo o ano. Esta condição

climática determina que ocorra pouca ou nenhuma lixiviação (lavagem) de sais das

camadas do solo. O desencadeamento do processo, bem como a velocidade de

acumulação de sal no solo, irá depender diretamente de fatores tais como quantidade e

qualidade da água aplicada, quantidade de sais do perfil do solo e condições de

drenagem da área.

Uma área baixa na ilha de Lesvos com elevado risco de desertificação devido a

elevadas concentrações de sais solúveis (manchas brancas) no solo (Índice RD = 6.93)

(Foto de C. Kosmas)

m. A origem dos Solos Afetados por Sais

a) Depressões com drenagem restrita - Em meio a paisagem semiárida é comum

encontra-se depressões em cujos bordos pode ocorrer o fenômeno da

salinização. Estas depressões se caracterizam pelo lençol freático pouco

profundo e baixo permeabilidade do solo. As águas (conduzindo sais) do lençol

freático da depressão. A evaporação, que em grande parte da depressão

(principalmente nos bordos) supera a infiltração, deixara na superfície o sal.. e

importante notar que fenômeno, um tanto similar ao acima descrito, ocorre nos

sulcos de irrigação. Os bordos do sulco se salinizam dando aparecimento a

manchas esbranquiçadas. Já no centro do sulco a salinização não ocorre em

virtude do alto teor de umidade, mantido pela constante adição de água ao sulco,

Page 46: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

permitir que a infiltração seja sempre maior que a evaporação. Pelo fato de

infiltração no centro do sulco se maior que o movimento para cima

( capilaridade e evaporação), elimina-se a possibilidade de deposição de sal na

parte central do sulco;

b) Irrigação em solos pouco desenvolvidos - Nestes solos os sais oriundos do

intemperismo estão acumulados no perfil. Isto ocorre pelo fato de a escassez de

chuvas no semiárido condicionar a pouca lavagem do perfil do solo. Os altos

índices de evaporação, ditados pelo clima, rapidamente removerão a água da

chuva, ou a irrigação, deixando na superfície o resíduo de sal contido na água.

Por outro lado, a parte da água que se infiltrou nas primeiras camadas do solo

voltará voltara por capilaridade e se evaporará , trazendo o sal do perfil para a

superfície do solo. A velocidade da salinização do solo dependerá da quantidade

e qualidade da água aplicada e do teor de sais do perfil.

c) Irrigação mal conduzida- toda água de irrigação contém sais. Estes sais se

acumulam no solo irrigado através do fenômeno da evaporação que remove

água, em seu estado puro, deixando os sais na superfície do solo. Como já foi

discutido, o correto manejo da água estabelece que a sua aplicação se faça de tal

maneira que a infiltração sempre exceda à evaporação. O manejo incorreto da

água de irrigação, onde não se tem conhecimento do potencial de drenagem da

área irrigada, pode ocasionar, entre outras consequências, a elevação do lençol

freático, normalmente carregado de sais. Geralmente, se o lençol se encontra

dentro de uma profundidade de 2 metros em relação a superfície do solo, o

movimento capilar se encarrega de trazer a água ate a superfície. Um lençol

freático elevado, associado ao fato de a evaporação excede a infiltração, são

fatores desencadeadores do processo de salinização de um solo. Em outras

palavras, a salinização é um processo movido pela energia solar. Em um clima

semiárido, a temperatura elevada, a baixa umidade relativa do ar e o vento e

vaporam a água na superfície do solo e causam a acumulação dos sais.

n. Classificação dos Solos Afetados por Sais

De acordo com o laboratório de salinidade dos estados unidos (RICHARDS. 1954),

a classificação dos solos afetados por sais leva em consideração as propriedades

químicas do solo (medidas no extrato de saturação), tais como: pH, condutividade

elétrica (CE) e percentagem de sódio trocável (PST). Com base nestas propriedades os

solos são classificados como normal, salino, sódico e salino- Sódico (Tabela 12.1)

Solo CE*(dS/m) PST** pH

Normal <4 <15 <8,5

Salino >4 <15 <8,5

Page 47: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

* CE= Condutividade elétrica (extrato de saturação do solo a 25º)

** PST= Percentagem de Sódio Trocável (determinada em relação à capacidade

de troca de cátions do solo).

Solos Salinos - São solos que podem , circunstancialmente, apresentar crostas

brancas na superfície. Na literatura estes solos são referidos como Solonchak ( da

classificação russa) ou Álcali Branco ( da antiga classificação americana) numa alusão

à crosta branca de sal formada na superfície. Nos solos salinos predominam os cloretos

e sulfatos de cálcio e magnésio solúveis, e em menor extensão, ocorrem carbonatos e

nitratos de sódio e potássio. Em geral, possuem alta condutividade elétrica (CE >

4dS/m), contudo o pH não excede o valor de 8,5. Em virtude da presença predominante

de sais solúveis de cálcio e magnésio, estes solos apresentam boas condições de

permeabilidade.

Solos Sódicos- estes solos são caracterizados pela elevada presença de sódio

trocável (PST >15). Os sais carbonato e bicarbonato de sódio predominam, enquanto o

cloreto e o sulfato de sódio ocorrem em menores concentrações. Alguns sais de cálcio,

magnésio e potássio podem ser encontrados, contudo em concentrações não

significativas. A presença dos íons de sódio e carbonatos causam um marcante elevação

do pH que pode atingir até valor 10. Em geral, os solos sódicos não apresentam alta

condutividade elétrica (CE <4 dS/m). Contudo , as altas concentrações de sódio trocável

(PST >15) provocam a dispersão das argilas. A argila dispersa reduz a entrada e a

circulação do ar e da água nas camadas inferiores do solo. Na literatura, os solos sódicos

são referidos como Solonetz (classificação russa) ou Álcali Negro (antiga classificação

americana). O termo Álcali Negro é uma referência à dissolução da matéria orgânica

(húmus) pelos sais de sódio. A matéria orgânica dissolvida ascende por capilaridade e a

evaporação da água na superfície faz aparecer o resíduo escuro que gradativamente vai

se acumulando. A superfície escurecida (Álcali Negro) é uma característica marcante

dos solos dominados pela presença de sais de sódio, principalmente o carbonato.

Solos Salinos – Sódicos -- Estes solos apresentam as características dos solos

salino (CE > 4 dS/m) e sódico (PSR >15). A presença de sais neutros de cálcio,

magnésio e potássio mantém o solo com boa permeabilidade e pH abaixo de 8,5. A

lavagem do excesso de sais, principalmente de cálcio, magnésio e potássio, transforma o

solo salino-sódico em sódico, com os consequentes inconvenientes do alto teor de

sódio, da dispersão das argilas (causa a impermeabilidade do solo)e dos elevados

valores de pH. Portanto, a correção ou melhoramento do solo salino-sódico requer tanto

a remoção do excesso de sais quanto a diminuição da percentagem de sódio trocável.

o. O uso do Gesso em Solos Afetados por sais

A recuperação dos solos afetados por sódio (sódicos e salinos-sódicos) exige o uso de

corretivos químicos que tenham a capacidade de reagir com o sódio trocável e

possibilitar a sua remoção do perfil pela água (lixiviação). Entre os corretivos capazes

de reagirem com o sódio, pode-se citar: gesso, enxofre elementar, ácido sulfúrico, etc.

No Brasil o gesso (CaSO4.2H2O) pode ser retirado diretamente de jazidas (mineral

gipsita) ou obtido da indústria de fertilizantes fosfatados no qual é um subproduto na

obtenção do ácido fosfórico. O gesso hidratado (CaSO42H2O) tem 13% de enxofre (S) e

23% de cálcio (Ca). A reação do gesso no solo sódico pode ser assim esquematizada:

Sódico <4 >15 >8,5

Salino-Sódico >4 >15 <8,5

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49

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

(O Na2SO4 é passível de ser removido pela água).

A eficiência do gesso depende do tamanho de suas partículas; quanto mais fino,

maior a eficiência. Quando o gesso é aplicado superficialmente, recomenda-se lavar o

solo a fim de que o produto alcance as camadas mais profundas do perfil. A correção de

solos afetados por sais é uma operação que, em geral, requer técnica apurada, tempo e

altos investimentos com água e corretivos. Dados sobre a aplicação gesso para a

recuperação destes solos são ainda escassos e carecem de pesquisas mais convincentes.

O nordeste brasileiro necessita de pesquisas que, na base de mais amplos resultados

experimentais, permitam recomendar seguramente as quantidades necessárias de gesso

para a recuperação de solos com problemas de sais. Contudo, encontra-se na literatura

(RICHARDS, 1954) recomendações baseadas no teor de sódio trocável e na

profundidade do solo que se quer atingir com a aplicação do gesso. Para cada 1

meqNa+/100g de solo aplica-se 2,2t gesso/ha, para atingir 30 cm de profundidade. Em

seguida à aplicação do gesso, procede-se a lavagem do perfil para a remoção do sódio

(veja reação acima).

13. ASPECTOS ECONOMICOS DA ADUBAÇÃO

A prática de uma agricultura tecnificada leva o agricultor a avaliar com

seriedade a necessidade de obter lucro para que se possa manter no processo produtivo.

Especialmente porque esse tipo de agricultura requer o uso de insumos como sementes

selecionadas, produção e obrigando-o a perseguir níveis elevados de produção.

Entre os agricultores é comum a prática de reduzir as doses de fertilizantes

recomendados com a finalidade de reduzir os seus custos de produção e assim obter

melhores lucros. Entretanto, esta pratica reduz a produção, a resistência das culturas à

seca, às doenças, aos insetos e a qualidade do produto, contribuindo para reduzir o seu

potencial de renda. Por está razão, é oportuno discutir alguns dos princípios básicos de

economia que devem orientar o uso dos fertilizantes.

O aumento na quantidade do fertilizante aplicado acarreta um aumento de

produção, porém, para acréscimos iguais do fertilizante os acréscimos na produção são

sempre decrescente. É a chamada LEI DOS INCREMENTOS DECRESCENTES

representada na Fig. 13.1 construída em função dos resultados de um experimento com

adubação nitrogenada em milho (cultivar Centralmex), conduzido em solo aluvial

Page 49: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

50

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

eutrófico, no Município de Pentecoste - CE, nos anos de 1987/88, sob condições de

irrigação, cujos dados constam na Tabela 13.1.

O exame da Fig. 13.1 revela que a produção se elevou com o acréscimo da

adubação. a área que não recebeu fertilizante produziu 2.746,5 de milho/ha, enquanto

que a área que recebeu 200kg de sulfato de amônia/ha produziu 4.049,5kg de milho/ha,

o que corresponde a um incremento de produção igual a 1.303kg de milho/ha (4.049,5-

2.746,5). Já o segundo incremento, ou seja, guando a adubação passou de 200 para

400kg de sulfato de amônio/ha, foi de 620,5kg de milho/ha, bem inferior ao anterior.

Assim, sucessivamente, os incrementos de produção foram cada vez menores, a

acréscimo de 200kg de adubação/ha, conforme se pode verificar na tabela 13.1.

Tabela 13.1

Produção de Milho (Cultivar Centralmex) em Função de Doses Crescentes de

Fertilizantes Nitrogenado (Sulfato de Amônio)

Sulfato de

Amônio

Produção de Milho Incremento de

Produção

Incremento de

Adubo

Kg/ha

0 2.746,5 - -

200 4.049,5 1.303,0 200

400 4.670,0 620,5 200

600 5.178,8 508,8 200

800 5.669,5 490,7 200

1000 5.687,3 17,8 200

FONTE: Relatório Técnico (1988).

Figura 13.1

Page 50: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

51

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Curva de Produção de Milho (cv. Centralmex) em Função de Doses Crescentes de

Sulfato de Amônio

Ao agricultor interessa adubar até o ponto em que haja lucro, o que significa

dizer até o ponto em que o incremento de produção cubra as despesas referentes ao

acréscimo na adubação. Como os incrementos são sempre decrescentes haverá um

ponto a partir do qual a produção adicional de milho não mais pagará as despesas com

os acréscimos de fertilizantes. A quantidade de fertilizante correspondente a este

“ponto” equivale a chamada dose mais econômica, ou seja, aquela que permite maior

lucro. Para o Seu cálculo, admite-se que o fertilizante custa o equivalente a um ou mais

quilos de milho, dependendo das relações de preços. A partir dos resultados da

produção de milho registrados na tabela 13.1 pode-se calcular o lucro obtido com cada

dose de fertilizante empregado e assim determinar a dose mais econômica

( corresponde àquela quantidade de fertilizante responsável por maiores lucros).

Neste caso (Tabela 13.2), a dose mais econômica é 800kg de sulfato de

amônio/ha quando 1kg de fertilizante custa o equivalente a 1kg de milho. Pode-se

calcular que esta dose custará 800kg de milho/ha proporcionando um aumento de

produção de 2.923kg de milho/ha (5.669,5 – 2.746,5) e assim o lucro será de 2.213kg de

milho/ha (2.923-800). Verifica-se ainda, diferentes valores para a dose econômica em

função das variações nos preços do fertilizante e/ou do milho. Enquanto são necessárias

até 2kg de milho para comprar 1kg de fertilizante, a dose ótima do nitrogênio é de

800kg de sulfato de amônio/ha, embora os lucros obtidos sejam diferentes e

decrescentes nos dois casos. No entanto, com a elevação do preço do fertilizante ou com

a queda do preço do milho esta relação poderá subir para 3 ou 4 ou até mais kg de

milho/kg de fertilizante o que acarretara uma redução na dose econômica do fertilizante

que cairá para 400 e 200 kg/ha, respectivamente, no exemplo em questão. Nesse caso, o

agricultor trabalhará com produtividade mais baixa, mais ainda, com uma margem de

lucro, embora, inferior àquela obtida quando os preços no mercado eram mais

favoráveis ( milho mais caro e/ou fertilizante mais barato).

A analise desse exemplo deve levar técnicos e agricultores a refletirem sobre os

seguintes pontos: a) os preços dos fertilizantes sempre se constituem num motivo de

preocupação para o agricultor, especialmente, em cultivos de baixo valor comercial; b)

utilize sempre cultivares adaptados às condições de clima e solo para tirar o máximo

proveito do seu potencial de produção; c) esteja certo que a cultura explorada tem valore

comercial, especialmente, na época em que está sendo produzida ; e d) as doses ótimas

de fertilizantes variam a cada ano e ainda dentro do mesmo ano em função das

flutuações dos preços dos fertilizantes e dos produtos agrícolas.

Tabela 13.2

Demonstrativo do Lucro obtido Com a Produção de Milho (Cultivar Centralmex) com

Diferentes Doses de Adubação Nitrogenada e Diferentes Relações de Preços.

Sulfato de

Amônio

Produção de

milho

A B C D

0 2.746,5 - - - -

200 4.049,5 1.103,3 903,0 703,0 523,0

400 4.670,0 1.523,5 1.123,5 723,5 323,5

600 5.178,8 1.832,3 1.232,3 632,3 32,3

800 5.669,5 2.123,0 1.323,0 523,0 -277

1.000 5.687,3 1.931,8 940,8 -59,2 -1.059,2

Page 51: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

52

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

(*) Lucro bruto adicional devido ao emprego da adubação, calculado da seguinte forma:

(produção com adubação – produção sem adubação) – custo do adubo.

A- 1kg de fertilizante custa o equivalente a 1kg de milho;

B- 1kg de fertilizante custa o equivalente a 2kg de milho;

C- 1kg de fertilizante custa o equivalente a 3kg de milho;

D- 1kg de fertilizante custa o equivalente a 4kg de milho;

O agricultor nem sempre consegue calcular a dose ótima da adubação pois está

requer a realização de experimentos com doses crescentes de fertilizantes, conforme foi

mostrado no exemplo dado. Neste caso, a avaliação econômica da adubação pode ser

realizada por meio da relação beneficio/custo da adubação. Esta relação indica quanto

foi o seu retorno em cruzeiros, frente as despesas com a adubação. Valores acima de 5,

ou mais. A relação beneficio/custo (RBC) é calculada da seguinte maneira:

RBC = Receita Bruta c/Adubação – Receita Bruta s/Adubação

Custo dos Fertilizantes

Para efeito de exemplo será utilizada a cultura do milho cultivada no período

chuvoso (sem irrigação) e os preços considerados serão os de julho de 1991.

Produção esperada com adubação – 3.000 kg/ha

Produção esperada sem adubação – 1.000 kg/ha

Adubação recomendada: 70kg de N/ha

50kg de P2O5/ha

40kg de K2O/ha

Preço do milho (kg) = Cr$ 28,33

Preço dos fertilizantes (kg): uréia – Cr$ 89,62

Superfosfato simples – Cr$ 34,69

Cloreto de potássio – Cr$ 89,72

a) Cálculo da receita bruta:

- Com adubação: 3.000 kg x Cr$ 58,33 = Cr$ 174.990,00

- Sem adubação: 1.000 kg x Cr$ 58,33 = Cr$ 58.330,00

b) Custo dos fertilizantes:

156 kg de uréia – Cr$ 13.980,70

250 kg de Superfosfato simples – Cr$ 8.672,50

69 kg de cloreto de potássio – Cr$ 6.190,68

Custo total dos fertilizantes – Cr$ 28.843,90

b) Cálculo da relação benefício/custo (RBC):

RBC = 174.990,00 – 58.330,00 = 4

28.843,90

A relação benefício/custo para a cultura do milho, nas condições especificadas,

foi 4 o que significa dizer que para cada Cr$ 1,00 gasto na aquisição de fertilizante,

houve um retorno de Cr$ 4,00 o que ainda não é ótimo. Esses valores variam de ano

para ano, cultivo a cultivo, pois dependem das flutuações dos preços e dos produtos.

Como se vive numa econômica instável, com taxas de inflação elevadas e sempre

crescentes e juros bancários também elevados, nestas condições, trabalhar com relação

beneficio/custo menor que 5 é temeroso. Grande parte das despesas com adubação são

Page 52: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

53

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

realizadas no plantio e o seu retorno só vira com a produção, durante este tempo a

moeda está sendo corrigida por meio de indexador oficial e acrescida de juros bancários

elevados. A avaliação da relação beneficio/custo deve ser feita antes de instalada a

cultura no campo. Caso seus valores sejam baixos recomenda-se o ajustamento da

adubação à situação local e rever as práticas de manejo do solo e da cultura, visando

aumentar a produtividade esperada ou substituir a cultura por outra de maior valor

econômico.

Embora essas recomendações de adubação sejam sugeridas em função da analise

do solo e das necessidade nutricionais da planta, nada impede que elas sejam ajustadas

em função das relações de preço dos produtos agrícolas e dos fertilizantes, de modo que

elas representam apenas um indicativo que deve ser considerado, sem prazo. Estes

ajustes devem ser procedidos pelo técnico levando em consideração as condições locais

da propriedade e os recursos disponíveis visando a minimização dos custo e a

maximização dos lucros.

14. LEGISLAÇÃO SOBRE FERTILIZANTES E CORRETIVOS

A inspeção, fiscalização da produção e do comercio de fertilizantes, corretivos,

inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados à agricultura no Brasil, obedece

às leis nº. 6.894 de 12 de dezembro/ 1980 e nº 86.955 de 18 de fevereiro/1982 e

Portarias nº 85, de 29 de março/1982, nº01, de 4 de março/1983 e nº03, de 12 de

junho/1986. Essas medidas disciplinares tem os seguintes objetivos: a) estabelecer a

obrigatoriedade da inspeção jê da fiscalização atribuídas ao ministério da agricultura e,

por delegação deste, aos estados, distrito federal e territórios; b) definir fertilizantes,

corretivos, estimulantes e biofertilizantes; c) exigir o registro de fabricantes e dos

produtos; e d) estabelecer sanções no caso de descumprimentos daquilo que e exigido.

Alguns pontos de interesse maior para o técnico e agricultor constantes neste

dispositivos legais serão aqui ressaltados:

p. Decreto nº 86.955/82

Neste decreto são adotadas as seguintes definições:

a) Fertilizante: substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora

de um ou mais nutrientes das plantas;

b) Fertilizante Simples: fertilizante formado de um composto químico, contendo

um ou mais nutrientes das plantas;

c) Fertilizante Misto: fertilizante resultante da mistura de dois ou mais

fertilizantes simples:

d) Fertilizante Orgânico: fertilizante de origem vegetal ou animal contendo um ou

mais nutrientes das plantas;

e) Fertilizante Orgânico-Mineral: fertilizante procedente da mistura ou

combinação de fertilizantes minerais e orgânicos;

f) Fertilizante Composto: fertilizante obtido por processo Bioquímico, natural ou

controlado, com mistura de resíduos de origem vegetal ou animal;

Page 53: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

54

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

g) Fertilizante Complexo: fertilizante contendo um ou mais nutrientes resultante

de processo tecnológico em que se formem dois ou mais compostos químicos.

Outra abordagem interessante neste decreto, refere-se às fraudes de fertilizantes e

corretivos explicitadas em seu artigo 28 que diz o seguinte:

“Serão considerados como índices de fraude ou de alteração dos resultados

analíticos indicadores de deficiências iguais ou superiores aos seguintes limites:

- quanto aos fertilizantes e corretivos de 0 a 4,9% -60% por componente; de 5 a

9,9% - 50% por componente; de 10 a 19,9% -40% por componente; 20 a 39,9% - 30%

por componente, acima 40-25% por componente; pela soma das componentes – 30%.

q. Portaria nº 01/1983 da Secretaria de Fiscalização Agropecuária do

Ministério da Agricultura

Esta portaria estabelece normas sobre especificações, garantias e

tolerâncias de fertilizantes, corretivos e outros produtos.

i. Especificações

As especificações dos produtos quanto à natureza física, são as seguintes:

a) Granulado ou mistura granulada: produto constituído de grânulos que

deverão passar 100% em peneira de 4mm(ABNT Nº5) e até 5% em peneira de

0,5mm(ABNT Nº35), em que cada grânulo contenha os elementos garantidos no

produto;

b) Mistura de grânulos: produto granulado misto, em que os grânulos contenham,

separadamente, os elementos garantidos, e as mesmas dimensões especificadas

para granulado ou mistura granulada;

c) Pó: produto constituído de partículas que deverão passar 95% em peneira de

2mm(ABNT Nº10) e 50% em peneira de 0,3mm(ABNT Nº 50), exceto o

termofosfato magnesiano, a escória de Thomas e o fosfato natural; no caso dos

dois primeiros, 75% das suas partículas deverão passar por peneira de

0,15mm(ABNT Nº100) e no último, 85% das suas partículas deverão passar por

peneira de 0,075mm(ABNT Nº200);

d) Farelado: produto constituído de partículas que deverão passar 100% em

peneira de 4,8mm(ABTN Nº4) em peneira de 2,8mm(ABNT Nº17)

e) Farelado Grosso: produto constituído de partículas que deverão passar 100%

em peneira ABNT 38mm e 90% em peneira ABNT 25mm;

f) Fluido: produto que se apresente no estado de solução, suspensão, emulsão ou

líquido, em que se indique sua densidade e garantias em peso de nutrientes por

peso de produto.

14.2.2. Garantias

Macronutrientes

A garantia de cada macronutriente primário, constante do certificado de registro do

produto será expressa em porcentagem sobre o peso do produto tal como é vendido,

qual seja:

a) Nitrogênio (N)

- teor total;

Page 54: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

55

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

b) Pentóxido de Fósforo (P2O5)

i. Para fosfatos acidulados, parcialmente acidulados e misturas que os

contenha:

- teor solúvel em citrato neutro de amônio mais água;

- teor solúvel em água, somente para os fosfatos acidulados e parcial-

mente acidulados, quando comercializados isoladamente;

- teor total, somente para os parcialmente acidulados, quando comer-

cializados isoladamente;

ii. Para os fosfatos naturais, termofosfatos, escórias de desfosforação e

farinha de ossos;

- teor total

- teor solúvel em ácido cítrico a 2%, relação 1:100;

iii. Para as misturas que contenham fosfato natural, termofosfatos,

escórias de desfosforação e farinha de ossos;

- teor solúvel ácido cítrico a 2%, relação 1:100;

- teor solúvel em água;

c) Óxido de Potássio (K2O):

- teor solúvel em água.

Macronutrientes secundários, micronutrientes e cobalto

As garantias nos produtos com macronutrientes secundários ou micronutrientes e

cobalto serão indicadas na sua fórmula elementar, expressas em percentagem ou partes

por milho, como segue:

Nutriente % PPM

Cálcio (Ca) 0,01 100

Magnésio (Mg) 0,01 100

Enxofre (S) 0,10 1.000

Boro (B) 0,02 200

Cloro (Cl) 0,1 1.000

Cobalto (Co) 0,0005 5

Cobre (Cu) 0,05 500

Ferro (Fe) 0,1 1.000

Manganês (Mn) 0,02 200

Molibdênio (Mo) 0,0005 5

Zinco (Zn) 0,05 500

Fertilizantes minerais simples

As características e garantias mínimas dos principais fertilizantes minerais simples,

comercializados no estado do Ceará são apresentadas nas tabelas 14.1 e 14.2.

Fertilizantes Mistos e Complexos

Os fertilizantes mistos e complexos terão as seguintes especificações e garantias:

a) Produtos que contenham NPK, NP, NK, PK:

Page 55: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

56

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

- as garantias dos teores percentuais de N, P2O5 e K2O solúvel serão

expressos em números inteiros;

- a soma dos teores percentuais de N total, P2O5 solúvel em ácido cítrico ou

citrato neutro de amônio mais água e K2O solúvel em água, deverá ser igual

ou superior a 24%;

- a percentagem de N, P2O5 e K2O constituirão o índice NPK;

b) Produtos que contenham apenas macronutrientes secundários e

micronutrientes poderão ter:

- dois ou mais macronutrientes secundários;

- dois ou mais micronutrientes

- dois ou mais micronutrientes com macronutrientes secundários.

Tabela 14.1.

Principais Fertilizantes com Macronutrientes Comercializados no Estado do Ceará

Fertilizantes Garantia Mínima Forma do Nutriente Observações

Ureia Ureia

44% de N Amídica (NH2 Teor de biureto até 1,5% para

aplicação no solo e 0,3% para

adubação foliar

Sulfato de Amônio 20% de N Amonical (NH4

2+) 22 a 24% de enxofre (s). O teor

de tiocianato de amônio não

poderá exceder a 1%

Nitrato de Amônio 32% de N NH4

+ 50 % na forma amoniacal

(NH4+) e 50% na forma nítrica

(NO3-).

Superfosfato Simples 18% de P2O5

16% de P2O5 P2O5 Solúvel em CNA(*)

+ água

P2O5 Solúvel em água

18 a 20% de cálcio (Ca)

e 10 a 12% de enxofre

(S) Superfosfato Triplo 41% de P2O5

37% de P2O5

P2O5 Solúvel em CNA(*)

P2O5 Solúvel em água

+ água 12 a 14% de

cálcio (Ca) Fosfato Monoamônico (MAP) 9% de N

48% de P2O5

44% de P2O5

N na forma de NH4+

P2O5 Solúvel em CNA(*)

+ água

P2O5 Solúvel em água

-

Fosfato Diamônico

(DAP)

16% de N

45% de P2O5

38% de P2O5

N na forma de NH4+

P2O5 Solúvel em CNA(*)

+ água

P2O5 Solúvel em água

-

Fosfato Natural 24% de P2O5

4% de P2O5

P2O5

P2O5

23 a 27% de cálcio (Ca)

Solúvel em ácido cítrico

A 2% na relação 1:10

Cloreto de Potássio

Sulfato de Potássio

58% de K2O

48% de K2O

K2O Solúvel em água

(cloreto)

K2O Solúvel em água

(sulfato)

45 a 48% de cloro (Cl)

15 a 17% de enxofre (S)

0 a 1,2% de magnésio

(Mg)

Sulfato de Potássio e

Magnésio

18% de K2O

4,5% de Mg

K2O e Mg solúveis em

água (sulfato)

22 a 24% de enxofre(S)

1 a 2,5 de cloro (Cl)

Nitrato de potássio 44% de K2O

13% de N

K2O Solúvel em água:

N na forma Nítrica (NO-)

-

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Sulfato de Cálcio

(Gesso agrícola)

16% de Ca

13% de S

Ca e S determinados na

forma elementar

-

Sulfato de Magnésio

Óxido de Magnésio

9% de Mg

55% de Mg

Solúvel em água

Magnésio total na forma

de oxido (MgO)

12 a 14% de enxofre (S)

Carbonato de Magnésio 27% de Mg Magnésio total na forma

de carbonato (MgCO3)

-

* CNA= Citrato neutro de amônio.

Tabela 14.2

Principais Fertilizantes com Micronutrientes Comercializados no Estado do Ceará

Micronutriente Fertilizante Garantia

mínima

Forma do

Nutriente

Observações

Boro

Bórox 11% de B Borato de Sódio

(Na2B4O7.10H2O) ou

(Na2B4O7.5H2O)

Solúvel em

água

Ácido bórico 17% de B Ácido (H3BO3) Solúvel em

água

Pentaborato de

sódio

17% de B Ácido (H3BO3) Solúvel em

água

Pentaborato de

sódio

18% de B Borato de sódio Solúvel em

água

Fritas (FTE) 1% de B (total) Silicato Não solúvel em

água

Cobre

Sulfato de cobre 13% de Cu Sulfato Solúvel em

água e 16 a

18% de enxofre

Fritas (FTE) 1% de Cu (total) Silicato Não solúvel em

água

Quelato 5% de Cu Ligado a EDTA,

HEDTA,

Poliflavonóides, ligno-

Sulfanatos

Não solúvel em

água

Solúvel em

água

Ferro

Fosfato ferroso 29% de Fe Fe(NH4)PO4.H2O

Solúvel em água.

36 a 38% de P2O5 e

5 a 7% de N (totais)

Fritas (FTE) 2% de Fe (total) Silicato Não solúvel em

água

Quelato 5% de Fe Ligado a EDTA,

HEDTA,

Poliflavonóides, ligno-

Sulfonatos

Não solúvel em

água

Solúvel em

água

Manganês

Sulfato

manganoso

26% de Mn Mn

MnSO4.3H2O

Solúvel em

água e 14 a

15% de enxofre

não solúvel em

água.

Fritas (FTE) 2% de Mn (total) Silicato -

Quelato 5% de Mn ligado a EDTA,

HEDTA, polifanóides,

Ligno-sulfonatos

-

Page 57: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Molibdênio Molibdato de

amônio

54% de Mo (NH4)6Mo7O24.2H2O Solúvel em

água e 5 a 7% de N total

Molibdato de

sódio

39% de Mo Na2MoO4.2H2O Solúvel em

água

Fritas (FTE) 0,1 de Mo Silicato Não solúvel em

água

Zinco

Sulfato de zinco 20% de Zn ZnSO4.7H2O Solúvel em

água e 16 a

18% de enxofre

Fritas (FTE) 3% de Zn (total) Silicato Não solúvel em

água

Quelato 7% de Zn Ligado a EDTA,

HEDTA,

poliflavonóides,

Ligno-sulfonatos

Solúvel em

água

Cobalto

Cloreto de

Cobalto

37% de Co CoCl2.2H2O Solúvel em

água

Fritas (FTE) 0,1% de Co Silicato Não solúvel em

água

c) Produtos que contenham macronutrientes primários e micronutrientes:

- aos fertilizantes minerais simples, nitrogenados, fosfatados ou potássicos

poderão ser misturados produtos fornecedores de micronutrientes;

- as garantias dos fertilizantes minerais simples, de que trata o item anterior,

não poderão ser inferiores ás garantias mínimas constantes nas Tabelas 14.1 e

14.2.

Fertilizantes Foliares

Os fertilizantes, quando destinados à aplicação foliar, terão

as seguintes especificações e garantias no estado fluido:

a) Misturas de micronutrientes ou macronutrientes

secundários com um único macronutriente primário:

- o macronutriente primário não poderá ser inferior a 10%;

- a soma das garantias dos macronutrientes secundários e dos micronutrientes

não poderá ser inferior a 4%;

b) a garantia ou a soma das garantias dos micronutrientes comercializados

isoladamente ou em misturas de micronutrientes deverá ser igual ou superior

a 4%;

c) a garantia ou a soma das garantias dos macronutrientes secundários

comercializados isoladamente ou em misturas de macronutrientes secundários

deverá ser igual ou superior a 6%;

Page 58: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

59

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

d) a soma das garantias das misturas de micronutrientes com macronutrientes

não poderá ser inferior a 10%;

e) nas misturas que contenham NPK, NP, NK, PK, a soma dos teores

percentuais de N total, P2O5 solúvel em ácido cítrico ou citrato neutro de

amônio mais água e K2O solúvel em água, deverá ser igual ou superior a

20%;

f) nos casos fertilizantes organo-mineral foliar, deverão ser atendidas as

especificações na Tabela 14.3, exceto no que se refere à umidade e pH.

Tabela 14.3

Especificações dos Fertilizantes Organo-mineral e “Composto”

Garantia Organo-mineral “composto” Matéria Orgânica total Mínimo de 15% Mínimo de

40% Nitrogênio Total Conforme declarado no registro Mínimo de

1% Umidade Máximo de 20% Máximo de

40% Relação C/N _ Máximo de

18/1 pH Mínimo de 6,0 Mínimo de

6,0 P2O5 Conforme declarado no registro _ K2O Conforme declarado no registro _

Soma (NPK,NP,PK ou NK) Mínimo de 6% _

Fertilizantes Orgânicos

Os fertilizantes orgânicos terão as seguintes garantias:

a) Orgânicos simples – deverão apresentar garantias, no mínimo, de acordo com

as constantes da Tabela 14.4;

b) Organo-minerais e “composto” – deverão apresentar garantias, no mínimo,

de acordo com as constantes da Tabela 14.3;

c) Organo-mineral - deverá ser constituído, no mínimo, de 50% de matérias-

primas orgânicas;

d) na relação C/N o valor do carbono será obtido dividindo-se o teor de matéria

orgânica total pelo fator 1,8 e o valor de nitrogênio será o do nitrogênio total;

e) a matéria orgânica total será determinada pelo método da combustão e as

determinações analíticas serão referentes à matéria seca, no que couber;

f) além das garantias mínimas estabelecidas, poderão ser declarados quaisquer

outros componentes e propriedades, tais como ácidos húmicos, carbono

Page 59: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

60

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

orgânico (determinado pelo método do bromato), macro ou micronutrientes,

componentes biológicos, capacidade de retenção de água (CRA) e capacidade

de troca catiônica (CTC), desde que possam ser medidos quantitativamente,

seja indicado o método de determinação e garantida a quantidade declarada.

Tabela 14.4

Especificações dos Fertilizantes Orgânicos Simples

Orgânico Simples Unidade Matéria

Orgânica

pH C/N N P2O5

%

Esterco bovino 25 36 6 20/1 1 -

Esterco de galinha 26 50 6 20/1 1,5 -

Bagaço de cana 25 36 6 20/1 1 -

Palha de arroz 25 36 6 20/1 1 -

Torta de algodão 15 70 - - 5 -

Torta de mamona 15 70 - - 5 -

Farinha de ossos

20(total)

15

6

-

-

1,5

-

14.2.3. Tolerâncias

Aos resultados analíticos obtidos serão admitidas tolerâncias em relação às

garantias do produto, observados os seguintes limites:

Fertilizantes Simples, Mistos e Complexos:

a) em nitrogênio (N), pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de potássio (K2O) até

15%(quinze por cento) quando o teor do elemento for igual ou inferior a 5%

(cinco por cento) e até 10% (dez por cento) quando o teor for superior a 5%

(cinco por cento) e sem exceder a 2 (duas) unidades;

b) no caso dos fertilizantes misto ou complexo o somatório dos teores

encontrados na análise não poderá ser inferior a 95%(noventa e cinco por

cento) da garantia total do produto;

Macronutrientes secundários – Até 10% (dez por cento) sem exceder a 2 (duas)

unidades quando vendidos isoladamente e até 30% (trinta por cento) quando em

misturas para a aplicação foliar ou no solo;

Micronutrientes – até 10% (dez por cento) sem exceder 1 (uma) unidade quando

vendidos isoladamente e até 30% (trinta por cento) quando em misturas para

aplicação no solo ou foliar;

Corretivos de acidez – até 10% (dez por cento) da soma dos óxidos, até 20%

(vinte por cento) para óxido de magnésio e até 20% (vinte por cento) para poder de

neutralização;

Fertilizantes Orgânicos

Page 60: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

61

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

a) Nitrogênio (N) total, pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de potássio (K2O) até

10% (dez por cento) para menos, isoladamente;

b) Na soma NPK, NP, PK, ou NK a variação para menos não poderá exceder de 1,0

(uma) unidade de teor total garantido;

c) Macronutrientes secundários e micronutrientes – Aplicam-se as tolerâncias

estabelecidas no caso de fertilizantes simples mistos e complexos;

d) Matéria orgânica – Até 10% (dez por cento) para menos;

e) Umidade – Até 10% (dez por cento) para mais;

f) Relação C/N – Até 3,0(três) unidades para mais;

14.3. Portaria nº 03/1986 da Secretaria de Fiscalização Agropecuária do Ministério

da Agricultura

Esta portaria regulamenta a granulometria dos corretivos da acidez do solo que

deverá possuir as seguintes características mínimas:

a) Passar 100% em peneira de 2mm (ABNT nº10);

b) Passar 70% em peneira de 0,84mm (ABNT nº20);

c) Passar 50% em peneira de 0,3mm (ABNT nº50).

Para esses valores, é permitida uma tolerância de 5% na peneira de 2mm.

A legislação estabelece, ainda, os valores mínimos de 67% para o poder de

neutralização (PN) e 45% para o poder relativo de neutralização total (PRNT).

15. SUGESTÕES DE ADUBAÇÃO E CALAGEM PARA AS PRINCIPAIS

CULTURAS DO ESTADO DO CEARÁ

Para a elaboração das sugestões de adubação e calagem foram considerados os

resultados experimentais obtidos na UFC, EPACE e EMATERCE. Nos casos em que se

dispunha de poucas informações, levaram-se em consideração as informações endofo-

climáticas semelhantes.

As sugestões para cada cultura contém informações relativas à calagem e

adubação em função dos resultados da análise do solo.

Para uma melhor utilização dessas sugestões, foram acrescentadas algumas

informações técnicas que são de grande interesse para o sucesso dos programas de

adubação.

É importante que a prática seja da adubação seja parte integrante de um

planejamento do solo agrícola

ABACATE (Persea americana Mill.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 61: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

62

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

g/planta

Plantio 20 200 150 80 60 40 20

1°ano 60 - - - 30 20 10

2°ano 80 60 40 20 30 20 10

3°ano 120 80 50 30 80 60 40

4°ano 150 100 80 60 120 100 80

5°ano 180 120 100 80 150 120 100

6°ano 200 150 150 150 200 180 150

7°ano 250 180 180 180 250 250 250

8° Diante 300 180 180 180 250 250 250

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo-se o cuidado de mantê-la

sempre úmida.

2. Aplicar 20 litros de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio. Repetir a aplicação anualmente.

3. A adubação nitrogenada recomendada para o 1º ano deve ser dividida aos 60, 120 e

180 dias após o pegamento da muda.

4. As adubações potássicas recomendadas até o 3º ano devem ser distribuídas de uma só vez, juntamente com a primeira parcela da adubação nitrogenada.

5. As doses de nitrogênio recomendadas a partir do 2º ano e as doses de potássio

recomendadas a partir do 4º ano devem ser parceladas em três vezes e aplicadas durante

o período chuvoso. Em pomares irrigados dividir a adubação em quatro parcelas iguais

e aplicar em intervalos de três meses.

6. As doses de fósforo recomendadas a partir do 2º ano devem ser distribuídas de uma

só vez, no inicio das chuvas, juntamente com a primeira dose de nitrogênio e potássio. 7. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa, tendo-se o cuidado de fazer uma leve incorporação do adubo no solo. 8. Recomenda-se usar combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou ureia e superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre ás plantas. 9. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 8º ano em diante, enquanto houver retorno econômico.

Page 62: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

63

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

10. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes de proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: BOOTH 07, BOOTH 08, Colinsow Roxo, Ruelhe, Fortuna, Pollock,

Simmondel, Quintal.

Espaçamento: 10,0m x 10,0m

Densidade: 100 plantas/ha

Produtividade média: 12 a 18 t/ha

Produtividade esperada: 18 a 21 t/ha

ABACAXI ( Ananas comosus (L.) Merr.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

g/planta

1-2 meses 1 2,5 1,5 1 2 1,5 1

5-6 meses 25 - - - 3 2 1,5

8-9 meses 2 - - - 4 3 2

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 10 l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os adubos

recomendados para o plantio.

2. Os adubos devem ser distribuídos no solo ou nas axilas das folhas velhas, tendo

o cuidado de não deixar cair o adubo no “ olho da planta”.

Page 63: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

64

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

3. Recomenda-se usar sulfato de potássio ou sulfato duplo de potássio e magnésio,

como fonte de potássio.

4. Se for econômico, adubar a soca de acordo com a última adubação

recomendada, aplicando os fertilizantes sempre nas axilas das plantas mais

velhas.

5. Repetir a análise do solo após o 3º ano de cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: pérola, Smooth, Cayenne.

Espaçamento: 1,0m x 0,4m x 0,4m

Densidade: 35.500 plantas/ha

Produtividade média: 20.000 frutos/ha

Produtividade esperada: 30.000 frutos/ha

ABÓBORA (Cucurbita spp)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t / ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 80 60 40 30 20 10

Cobertura 30 - - - 30 20 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20l de esterco curtido de curral/cova, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

parceladas em duas vezes: 1/3 aos 30 dias após o plantio e o restante antes da

Page 64: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

floração, sendo os fertilizantes distribuídos na linha interrompida e levemente

incorporados ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou

uréia e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Repetir a análise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: menina gigante, amarela, baianinha

Espaçamentos: 3,0m x 3,0m ou 3,0m x 2,5m

Densidade: 1.111 plantas/ha ou 1.333 plantas/ha

ABÓBORA IRRIGADA (Cucúrbita spp).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t / ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 120 60 40 50 40 30

Cobertura 30 -- -- -- 50 40 30

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 30 litros de esterco de curral/cova, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser realizadas

de uma só vez, antes da floração, sendo os fertilizantes distribuídos em linha interrompida e levemente incorporados ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

Page 65: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

4. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Híbridos, Jacarezinho Espaçamentos: 3,0m x 3,0m ou 3,0m x 2,5m com 2 plantas/cova Densidade: 2.222 plantas/ha ou 2.666 plantas/ha

ACEROLA ( Malpighia punicifolia)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as formulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas formulas acima. E

recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio

inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11. CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

g/planta

Plantio 20 120 80 50 120 80 50

1º ano 80 - - - 100 60 40

2º adiante 240 120 80 50 200 160 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 15 a 20 l de esterco de curral/cova, juntamente com os adubos

recomendados no plantio; repetir a adubação orgânica anualmente.

3. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio recomendadas devem ser

parceladas em duas vezes durante a estação chuvosa.

4. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser aplicada de uma só vez,

juntamente com a primeira dose de nitrogênio e de potássio.

Page 66: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

5. Em pomares irrigados, a adubação anual deve ser dividida em quatro parcelas iguais

e distribuídas a cada três meses.

6. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

7. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa,

oração dos fertilizantes ao solo.

8. Repetir a adubação de produção, recomendada para 2º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

9. Em caso de pomares adultos nunca adubados, faz-se necessário consultar o técnico.

Indicadores técnicos:

Espaçamentos: 4,0m x 3,0m ou 5,0m x 5,0m

Densidade: 833 ou 400 plantas/ha

Produtividade media: 20kg/planta

Produtividade esperada: 30kg/planta

ALFACE (Lactuca sativa L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas formulas acima. E

recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio

inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

g/m2

Plantio 4 25 15 8 8 5 3

Cobertura 9 - - - 8 6 3

Page 67: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

68

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 kg de esterco curtido de curral/m2, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

dividas em duas parcelas iguais e distribuídas aos 15 e 30 dias após o transplante,

em linha e levemente incorporadas ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Aplicar 1000g de boro/ha, por ocasião do plantio

5. Se for necessário recomendar a adubação NPK em kg/ha, considerar para efeito de

calculo, apenas 70% do hectare, o que corresponde à área útil plantada.

6. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Brasil 202, babe de verão, americano, Monica

Espaçamento: 0,20 x 0,20m

Densidade: 175.000 plantas/ha

ALGODÃO HERBÁCEO (Gossypium hirsutum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima. É

recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio

inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 10 60 40 30 10 - -

Cobertura 40 - - - 30 30 20

Page 68: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

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Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 10t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. A adubação recomendada em cobertura deve ser dividida em duas parcelas iguais e

distribuídas, em linha por ocasião da emissão dos primeiros botões florais e no

inicio do florescimento; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou uréia

e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre ás plantas.

4. Repetir a análise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: IAC 20, CNP-Precoce 1, CNPA 6H

Espaçamento: 0,8 a 1,0m entre fileiras com 5 a 10 plantas/m

Densidade: 50.000 a 125.000 plantas/ha

Produtividade média: 500 kg/ha

Produtividade esperada: 1200 a 2000 kg/ha

ALGODÃO HERBÁCEO IRRIGADO (Gossypium hirsutum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinados pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporada a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11

que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 70 50 40 10 - -

Page 69: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

70

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cobertura 60 - - - 40 40 30

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo, especialmente se este for arenoso

2. A adubação recomendada em cobertura deve ser dividida em duas parcelas iguais,

e distribuídas, em linha por ocasião da emissão dos primeiros botões florais, e no

inicio do florescimento; faze uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: IAC 20, CNPA- Acala 1

Espaçamento: 1,0m entre fileiras com 5 a 7 plantas/m

Densidade: 50.000 a 70.000 plantas/ha

Produtividade esperada: acima de 2500 kg/ha

ALHO (Allium sativum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário dolomítico, principalmente em solos

com teor de magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporada a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver Capítulo 11 que

trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 45 30 15 15 10 10

Cobertura 25 - - - 20 15 10

Page 70: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

71

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 kg de esterco curtido de curral/m2, 10 dias antes plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

dividas em duas parcelas iguais e distribuídos em faixa lateral, aos 20 e 40 dias após

o plantio; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Em área deficientes de boro e/ou zinco, aplicar 700g de boro/ha e/ou 2kg de

zinco/ha, respectivamente por ocasião do plantio.

4. Em canteiros deficientes magnésio realizar pulverizações foliares com sulfato de

magnésio a 0,5% , iniciando aos 45 dias após o plantio e repetindo-as a intervalos

de 15 dias.

5. Em canteiros deficientes de zinco realizar 1 a 3 pulverizações foliares com bórax

0,25% a intervalos de 15 dias, alternando-as com aplicações de sulfato de magnésio.

6. E canteiros deficientes de zinco realizar 1 a 3 pulverizações foliares com sulfato de

zinco 0,6% ; adicionar, à calda de sulfato de zinco, cloreto de potássico 0,5% para

favorecer a absorção do zinco.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou

uréia e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

8. Se for necessário recomendar a adubação NPK em kg/ha, considerar para efeito de

cálculo, apenas 70% do hectare, o que corresponde à área útil plantada.

9. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Branco Aratubano, Cateto Roxo

Espaçamento: 0,2m x 1,0m

Densidade: 245.000 planta/ha

Produtividade média: 3,0 t/ha

Produtividade esperada: 4,5 a 5,0 t/ha

AMENDOIM (Arachis hypogaea L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas.

É recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporada a uma profundidade 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11 que

trata da correção dos solos ácidos.

Page 71: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

72

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 15 80 50 30 40 30 20

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo.

2. Em condições irrigadas, aumentar as doses recomendadas de fósforo em 25% e, de

potássio, em 50%.

3. Em caso de sementes inoculadas com Rhizobium dispensar a adubação nitrogenada.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

5. Recomenda-se a aplicação de até 500kg de gesso/ha, na época da floração.

6. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares:

Ciclo médio: PI73-33;

Ciclo curto: PI 165-317

Espaçamento: 0,6m x 0,1m

Densidade: 166.666 plantas/ha

Produtividade média: 800 kg/ha

Produtividade esperada: 3.000 kg/ha

ARROZ DE SEGUEIRO (Oriza sativa L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 72: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

73

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima. É

recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio

inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações. Ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 10 50 40 30 40 30 20

Cobertura 30 - - - - - -

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 10t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo.

2. A adubação recomendada em cobertura deve ser realizada de uma só vez, no inicio

da diferenciação do primórdio floral, sendo os fertilizantes distribuídos a lanço.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Em aras deficientes de zinco aplicar 800g de zinco/ha, por ocasião do plantio.

5. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: IAC 165, IAC 47, IAC 25 e guarani

Espaçamentos: 0,3 x 0,1 ou 0,3 entre fileiras com 50 sementes/m.

Densidade: 333.333 plantas/ha ou 1.655.000 plantas/ha

Produtividade média: 1200kg/ha

Produtividade esperada: 2.000 a 2.500 kg/ha

ARROZ IRRIGADO (Oriza sativa. L).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 73: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

74

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima. É

recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio

inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 60 40 30 45 35 25

Cobertura 40 - - - - - -

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 10t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo.

2. A adubação recomendada em cobertura deve ser dividida em duas parcelas iguais e

distribuídas a lanço, no inicio do perfilhamento e, na diferenciação do primórdio

floral (início da formação da panícula).

3. Em caso de arroz inundado, distribuir todo o fósforo e 2/3 do potássio por ocasião

da preparação do solo ou das marachas; o restante do K e ½ do N devem ser

distribuídos no inicio do perfilhamento e a outra metade do N, na diferenciação do

primórdio floral (inicio da formação da panícula).

4. A distribuição dos fertilizantes poderá ser a lanço ou localizada, dependendo do tipo

de plantio.

5. Recomenda-se o uso da uréia como fonte de nitrogênio e superfosfato simples como

fonte de fósforo.

6. Em áreas deficientes de zinco aplicar 800g de zinco/ha, por ocasião do plantio.

7. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: CICA 8, METICA 1

Espaçamento: 0,3m entre fileiras com 100 sementes/m

Densidade: 3.330.000 plantas/ha

Produtividade média: 4.000 kg/ha

Produtividade média esperada: 5.000 a 6.000 kg/ha

ASPARGO (Aspargus officinalis L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 74: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

75

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 100 300 200 100 200 150 100

1º ao 2º 100 - - - 150 100 50

3º diante 60 120 100 80 100 100 50

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 a 30t de esterco curtido de curral/ha juntamente com os fertilizantes

recomendados para o plantio; repetir a aplicação do esterco anualmente.

2. A adubação nitrogenada recomendada para o plantio deve ser dividida em duas

parcelas iguais e distribuídas no plantio, e aos 60 dias após o plantio.

3. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio devem ser divididas em duas

parcelas iguais e distribuídas no inicio e no decorrer da estação chuvosa. Em

pomares irrigados. Dividir a adubação em quatro parcelas iguais e distribuí-las em

intervalos de três meses.

4. A adubação anual de fósforo deve ser realizada de uma só vez, juntamente com a

primeira dose de nitrogênio e de potássio.

5. Adubações anuais devem ser realizadas em faixa lateral, na projeção da copa, tendo

o cuidado de fazer a incorporação do fertilizante ao solo.

6. A adubação de produção, recomendada para a 3º ano em diante, deve ser repetida

enquanto dor viável economicamente.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

8. Aplicar 1 a 2 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

9. Em cultivo adulto, nunca adubado, faz-se necessário consultar em técnico antes de

proceder qualquer adubação.

Indicadores técnicos:

Page 75: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

76

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cultivares: New Jesey, 220

Espaçamento: linhas continuas espaçadas de 2m

Produtividade média: acima de 2.000kg/ha

ATA (Annaona squamosa L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 80 60 40 - - -

1º ano 40 - - - 60 40 30

2º ano 80 80 60 40 80 60 40

3º ano 120 120 80 60 120 80 60

4º diante 180 120 80 40 180 120 60

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 15 a 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio; repetir a aplicação de esterco anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1° ano devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas aos 30 e 60 dias após o pegamento

da muda.

4. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio recomendadas a partir 2° ano

devem ser parcelas em três vezes e distribuídas durante o período chuvoso. Em

Page 76: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

77

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

pomares irrigados, dividir a adubação em quarto parcelas iguais e distribuí-las em

intervalos de três meses.

5. A adubações anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira dose do nitrogênio do potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa,

tendo o cuidado de fazer uma leve incorporação do fertilizante ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato amônia e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

8. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 4º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes

de proceder qualquer adubação.

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 5,0m x 5,0m

Densidade: 400 plantas/ha

Produtividade média: 100 frutos/planta/ano

Produtividade esperada: 150 frutos/planto/ano

BANANA (Musa spp.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Page 77: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

78

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Kg/ha

Plantio 20 120 80 60 60 40 30

Formação 240 - - - 300 220 150

Produção 180 70 50 30 300 220 150

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados; repetir a aplicação do esterco anualmente.

3. As doses de nitrogênio e de potássio para a formação e produção devem ser

parceladas em quantas vezes for necessário, distribuí-las, no inicio e no final das

chuvas e em outubro/novembro, caso ocorram chuvas rápidas.

4. A dose de fósforo recomendada para a produção deve ser distribuída de uma só

vez, juntamente com a primeira dose de nitrogênio e de potássio.

5. As adubações em cobertura devem ser realizadas em meia-lua, em frente à planta

neta, a uma distância aproximada de 40cm do seu rizoma; incorporar levemente o

fertilizante ao solo.

6. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou

uréia e superfosfato simples, para garantir o fornecimento de enxofre às plantas:

7. Uma fórmula sugestiva para adubação de produção é 10-05-20;

8. Recomenda-se aplicar 1t de calcário dolomítico/ha a cada 3 anos de cultivo,

mesmo que o pH esteja próximo a neutralidade.

9. Repetir analise do solo após o 3º ano de cultivo consecutivo.

Indicares técnicos:

Cultivares:

Sequereiro – prata, pacovan

Irrigado- pacovan, nanica

Espaçamento:

Prata e Pacovan – 1.111 plantas/ha

Nanica- 1.600 a 2.000 plantas/ha

Produtividade média:

Prata – 4 a 5 t/ha, pacovan -6 a 12t/ha

Nanica- 10 a 25t/ha

Produtividade esperada:

Prata- 8 a 10t/ha, pacovan – 15 a 18/ha

Nanica- 20 a 35 t/ha

BATATA DOCE (Ipomoea batatas (L.) Lam.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 78: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

79

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 10 120 80 40 40 30 20

Cobertura 30 - - - 50 40 20

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 20 a 30t de esterco curtido de curral/ha, por

ocasião do preparo do solo.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

distribuídas em linha, de uma só vez, 30 dias após o plantio; fazer uma leve

incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou

uréia e superfosfato simples para garantir o suprimento do enxofre às plantas.

4. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 1,0m x 3,0m

Densidade: 33.333 plantas/ha

Produtividade média: 15t/ha

BATATINHA (Solanum tuberosum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 79: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

80

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 200 130 80 60 40 20

Cobertura 60 - - - 100 60 40

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas em linha, aos 30 e 60 dias após a

brotação; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar o sulfato de potássico como fonte de potássio.

4. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Araci, delta e badaka

Espaçamento: 0,80m x 0,4m

Densidade:31.250 plantas/ha

BERINJELA (Solanum melongena L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

Page 80: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

81

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 180 120 80 40 20 10

Cobertura 80 - - - 80 60 30

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas em linha, aos 30 e 60 dias após a

brotação; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar o sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e superfosfato

simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 1,20 x 0,80m

Densidade: 10.416 plantas/ha

Produtividade media: 25 frutos/planta/ciclo

BETERRABA (Beta vulgaris L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 81: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

82

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 200 150 100 80 60 40

Cobertura 80 - - - 100 80 60

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídos, em linha, aos 20 e 40 dias após;

fazer uma leve incorporação dos fertilizantes às plantas.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Para efeito de cálculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare.

5. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Early Wonder, Gro’s egpthian

Espaçamento: 0,2m x 0,05m

Densidade: 700.000 plantas/ha

Produtividade media: 12t/ha

Produtividade esperada: 18t/ha

BRÓCOLOS (Brassica oleracea L. Var. itálica Plenck.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

Page 82: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

83

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 300 240 180 100 80 60

Cobertura 300 - - - 220 180 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 40t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas, em linha, aos 20 e 40 dias após o

plantio; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Em áreas deficientes de boro, aplicar 2kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

5. Para efeito de calculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare.

6. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 1,0m x 0,5m

Densidade: 14.000 plantas/ha

Produtividade média: 20 a 30t/ha

CAFÉ (Coffea arábica L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Page 83: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

84

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 40 30 20 30 20 -

1º ano 35 - - - 40 30 20

2º ano 70 40 30 20 60 45 30

3º ano 100 40 30 20 90 70 40

4º ano 130 40 30 20 120 100 60

5º diante 150 40 30 20 200 120 80

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 10 a 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendadas para o plantio. repetir a aplicação do esterco anualmente.

3. As doses de nitrogênio e potássico recomendadas para a 2º ano em diante devem ser

parceladas divididas em duas parcelas iguais sendo a primeira distribuída 60 dias

após o pegamento da muda e a segunda, no final da estação chuvosa.

4. As doses anuais de nitrogênio e de potássio recomendadas para o 2º ano em diante

devem ser parceladas em três vezes, durante o período chuvoso. Em cafezais

irrigados, dividir a adubação em quatro parcelas iguais e distribuí-las em intervalos

de três meses.

5. a dose anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira dose de nitrogênio e de potássio.

6. Em áreas deficientes de boro, recomenda-se a aplicação de 1,0 a 2,0 g de

boro/planta/ano, no inicio do folhamento.

7. Em áreas deficientes em zinco, recomenda-se aplicar 15 a 20g de sulfato de

zinco/planta/ano, no inicio do folhamento; adicionar à calda de sulfato de zinco,

cloreto de potássio 0,5%, para favorecer a absorção do zinco.

8. As adubações anuais devem ser realizadas em sulco circular na projeção da copa,

fazer a incorporação do fertilizante ao solo.

9. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

10. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 5º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

11. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico, antes

de proceder qualquer adubação

Page 84: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

85

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Indicadores técnicos:

Cultivares: Mundo novo, Catuaí

Espaçamento: 3,5m x 2,0m com 2 plantas/cova ou 2,0m x 1,0m com 1 planta/cova

Densidade: 2.856 ou 5.000 plantas/ha

Produtividade media: 300kg café beneficiado/ha

Produtividade esperada: 600 a 900kg café beneficiado/ha

CAJUEIRO COMUM (Anacardium occidentale L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 120 100 80 20 15 10

1º ano 40 - - - 40 20 10

2º ano 60 60 40 20 40 20 10

3º ano 80 70 50 30 70 50 30

4º ano 100 80 60 40 80 60 40

5º ano 120 90 70 50 90 70 50

6º ano 120 90 70 50 90 70 50

7º ano 120 90 70 50 90 70 50

8º diante 140 100 80 60 120 100 80

RECOMENDAÇÃO:

Page 85: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

86

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio.

3. Aplicar, na cova do plantio, 100g de calcário para cada tonelada de calcário

distribuído na área.

4. As adubações nitrogenada e potássica, recomendadas para o 1º ano, devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas durante a estação chuvosa.

5. As adubações nitrogenada e potássica, recomendadas para o 2º ano em diante,

devem ser divididas em três parcelas iguais e distribuídas durante a estação

chuvosa.

6. A adubação fosfatada, recomendada anualmente, deve ser aplicada de uma só vez,

juntamente com a primeira com a primeira dose de nitrogênio e do potássio.

7. A partir do 8° ano, recomenda-se aumentar em 20% as doses de NPK sugeridas

para o 8º ano dependendo do estado nutricional da planta e da produtividade

esperada.

8. Em pomares na fase de crescimento, distribuir os fertilizantes em faixa circular,

incorporando-os, levemente ao solo.

9. Em pomares adultos, os fertilizantes devem ser distribuídos os fertilizantes em faixa

continua, ao longo das linhas de plantas, com 1,0 a 1,5m de largura.

10. Em caso da ocorrência de deficiências de micronutrientes, consultar um técnico.

11. E aconselhável manter culturas intercaladas que devem receber adubação

especifica.

12. Recomenda-se aproveitar ao máximo os resíduos orgânicos gerados pela própria

cultura.

13. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes

de proceder qualquer adubação.

Indicadores técnicos:

Espaçamento:12,0m x 12,0m

Densidade: 69 plantas/ha

Produtividade média: 200kg/ha/ano

Produtividade esperada: 600kg/ha/ano

CAJUEIRO ANÃO (Anacardium occidente L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

Page 86: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

87

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 120 100 80 - - -

1º ano 60 - - - 60 40 20

2º ano 80 60 40 20 60 40 20

3º ano 120 90 70 50 90 70 50

4º ano 140 100 80 60 120 100 80

5º diante 160 120 100 80 140 120 100

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio.

3. Aplicar, na cova do plantio, 100g de calcário para cada tonelada de calcário

distribuído na área.

4. As adubações nitrogenada e potássica, recomendadas para o 1º ano, devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas durante a estação chuvosa.

5. As adubações nitrogenada e potássica, recomendadas para o 2º ano em diante,

devem ser divididas em três parcelas iguais e distribuídas durante a estação

chuvosa.

6. A adubação fosfatada, recomendada anualmente, deve ser aplicada de uma só vez,

juntamente com a primeira com a primeira dose de nitrogênio e do potássio.

7. A partir do 5° ano, recomenda-se aumentar em 20% as doses de NPK sugeridas

para o 5º ano dependendo do estado nutricional da planta e da produtividade

esperada.

8. Em pomares na fase de crescimento, distribuir os fertilizantes em faixa circular,

incorporando-os, levemente ao solo.

9. Em pomares adultos, os fertilizantes devem ser distribuídos os fertilizantes em faixa

continua, ao longo das linhas de plantas, com 1,0 a 1,5m de largura.

10. Em caso da ocorrência de deficiências de micronutrientes, consultar um técnico.

11. E aconselhável manter culturas intercaladas que devem receber adubação

especifica.

12. Recomenda-se aproveitar ao máximo os resíduos orgânicos gerados pela própria

cultura.

13. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes

de proceder qualquer adubação.

Page 87: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

88

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 7,0m x 7,0m

Densidade: 204 plantas/ha

Produtividade média: 400kg/ha/ano

Produtividade esperada: 1.200kg/ha/ano

CANA DE AÇÚCAR (Saccharum officinarum)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 25 90 60 50 40 25 15

Cobertura 55 - - - 40 25 15

Soca 60 70 50 30 60 40 30

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 10t de esterco curtido de curral/ha no sulco do plantio; repetir a aplicação

60 dias após o corte.

2. A adubação de plantio deve ser realizada no sulco ou na cova, dependendo do

sistema de plantio.

3. A adubação recomendada em cobertura deve ser realizada90 dias após o plantio,

sendo os fertilizantes distribuídos em faixa lateral.

Page 88: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

89

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

4. A adubação recomendada para soca deve ser dividida após o enleiramento ou

queima do palhiço e a segunda 90 dias após a primeira aplicação.

5. Recomenda-se usar as combinações uréia e Superfosfato simples ou sulfato de

amônio e Superfosfato triplo para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

6. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares:

Tradicionais – Co 419, Co 331, CB 45-3,POJ

Modernos – NA 56-79, CP60-1, Co 997

Espaçamento: 1,2 a 1,5m com a 3 a 4 rebolos/m com 3 a 4 gemas/rebolo

Produtividade média: 44/ha

Produtividade esperada: 60t/ha

CEBOLA (Allium copa L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 140 100 80 50 30 20

Cobertura 60 - - - 60 40 20

RECOMENDAÇÃO:

Page 89: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

90

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas, em linha, aos 30 e 60 dias após o

plantio; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou uréia

e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Para efeito de cálculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare.

5. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Composta IPA-6, Roxa IPA-3

Espaçamento: 0,2m x 0,1m

Densidade: 245.000 plantas/ha

Produtividade média: 8 a 10t/ha

Produtividade esperada: 20t/ha

CEBOLINHA (Allium shoenoprasum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 3 15 12 10 6 3 2

Cobertura 6 - - - 6 3 2

RECOMENDAÇÃO:

Page 90: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

91

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1. Aplicar 15l de esterco curtido de curral/m2, 10 dias antes do plantio, podendo os

canteiros ser reutilizados por um período de um ano.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais, diluídas em água e distribuídas aos 25 e 40 dias

após o plantio.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou uréia

e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre à área útil plantada.

4. Se for necessário recomendar a adubação NPK em kg/ha, considerar, para efeito de

calculo, apenas 70% do hectare, o que corresponde à área útil plantada.

5. Repetir a análise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Ano todo, Futonegui

Espaçamento: 0,2m x 0,1m

Densidade: 245.000 plantas/ha

CENOURA (Daucus carota L. var. sativus (Hoffm.) Thell.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 05mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 200 150 100 40 30 20

Cobertura 80 - - - 80 60 40

RECOMENDAÇÃO:

Page 91: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

92

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser

divididas em duas parcelas iguais e distribuídas em linhas, aos 20 e 40 dias após o

plantio, fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou uréia

e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

4. Repetir a análise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Brasília, Tropical, Kuronam

Espaçamento: 0,2m x 0,05m

Densidade: 700.000 plantas/ha

Produtividade média: 20 a 25 t/ha

Produtividade esperada: 18t/ha

CHUCHU (Scchium edule (Jaca.) Swartz)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 180 120 60 30 20 20

Cobertura 15 - - - 25 15 10

Page 92: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

93

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 10kg de esterco de curral/cova, 10 dias antes do plantio; repetir a aplicação

anualmente.

2. A adubação nitrogenada, recomendada para o plantio, deve ser repetida no 2º ano

de cultivo.

3. A adubação fosfatada, recomendada para o plantio, deve ser repetida no 2º ano de

cultivo.

4. Adubação potássica recomenda em cobertura de ser repetida em intervalos de dois

meses.

5. As adubações em cobertura devem ser realizadas em faixa circular iniciando-se a

50cm do caule e estendendo-se num raio de 80cm; incorporar, levemente, os

fertilizantes ao solo.

6. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato simples para

garantir o suprimento de enxofre às plantas.

7. Em áreas deficientes de boro, zinco, cobre ou molibdênio, aplicar, de cobre/ha/ano,

e 300g de molibdênio/ha/ano, podendo essas quantidades ser fracionadas em até

seis vezes.

8. Repetir a análíse do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Espaçamento: 4,0m x 4,0m

Densidade: 625 planta/ha

Produtividade esperada: 90t/ha

CITRUS (Citrus spp.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

Page 93: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

94

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 60 120 80 60 100 60 40

1º ano 100 - - - 80 50 30

2º ano 150 100 80 60 120 80 60

3º ano 220 150 100 80 200 120 80

4º ano 300 200 150 100 300 200 100

5º diante 400 250 180 120 360 240 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. A adubação nitrogenada recomendada para o plantio pode ser substituída por

esterco curtido de curral na proporção de 30l/cova; repetir a aplicação de esterco

anualmente.

3. A adubação recomendada para 1º ano deve ser dividida em três parcelas iguais e

distribuídas aos 60, 120 e 180 dias após o pegamento da muda.

4. No período de crescimento da planta, as adubações nitrogenada e potássica

recomendadas anualmente devem ser divididas em quatro parcelas iguais e

distribuídas em intervalos de três meses.

5. Na fase de produção, as adubações anuais nitrogenadas e potássicas recomendadas

devem ser divididas em duas parcelas iguais e distribuídas antes da floração e no

inicio da frutificação.

6. A dose anual de fósforo deve ser distribuída de uma só vez, juntamente com a

primeira dose de nitrogênio e de potássio.

7. Em pomares deficientes de zinco realizar pulverizações foliares com sulfato de

zinco a 0,25% até o desaparecimento dos sintomas; adicionar à calda de sulfato de

zinco, cloreto de potássio 0,5% para favorecer a absorção do zinco.

8. Em pomares deficientes de manganês fazer pulverizações foliares com sulfato de

manganês a 0,25% até o desaparecimento dos sintomas.

9. Em pomares deficientes de boro realizar pulverizações foliares com bórax a 0,05%

até o desaparecimento dos sintomas.

10. Em pomares deficientes de boro realizar pulverizações foliares foliares com sulfato

de magnésio na proporção de 4g do sal para um litro de água.

11. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa ou

na estrelinha; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

12. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo de uréia

e Superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre às plantas.

Page 94: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

95

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

13. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 5º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

14. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes

de proceder qualquer adubação.

Indicadores técnicos:

Cultivares: Laranja – Bahia- Pêra Valência, Seleta- limão – Tahiti, Galego, Pomelo Marsh

Seedlees Tangerina- Mexerica, Ponkan, Cravo, Dancy

Espaçamento: 7,0m x 7,0m; 7,0m x 6,0m; 6,0m x 6,0m; 6,0m x 4,0m

Densidade: 204 a 416 plantas/ha

Produtividade média: 12,0t/ha/ano

Produtividade esperado; 16,0t/ha/ano

COCO (Cocus nucifera L)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare(t/ha),

empregando as fórmulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

É recomendável o uso de calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 120 80 40 120 80 40

1º ano 1 80 60 40 180 120 60

2º ano 160 200 120 80 300 180 100

3º ano 200 200 120 80 300 180 100

4º ano 200 300 180 100 300 200 120

Page 95: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

96

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

5º ano 300 300 180 100 400 250 150

6º ano 400 300 180 100 500 350 200

7º diante 500 300 180 100 600 400 300

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 20l de te esterco curtido de curral/cova juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio; repetir aplicação do esterco anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1º ano devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas aos 60, 120 e 180 dias após o

pegamento das mudas.

4. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio, recomendadas a partir do 2º ano,

devem ser dividas em duas vezes e aplicadas no inicio da estação chuvosa e três

meses após a primeira aplicação. Em pomares irrigados dividir a adubação em

quatro parcelas iguais e distribuí-los em intervalos de três meses.

5. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira dose de nitrogênio e potássio.

6. As aduções anuais devem ser realizadas em faixa circular, iniciando-se a uma

distância de 20-30cm do tronco e estendendo-se num raio de 1,7m; incorporar os

fertilizantes levemente ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou

uréia e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. A adubação de produção recomendada para o 7º ano em diante deve ser

repetida enquanto houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico

antes de proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares:

Gigante - Híbrido Costa do Marfim

Anão - Híbrido Natural (Baé)

Espaçamento:

Gigante - 10,0m x 10,0m ou 9,0m x 9,0m

Anão - 9,0m x 9,0m ou 8,0m x 8,0m

Densidade:

Gigante - 100 ou 123 plantas/ha

Anão - 123 ou 156 plantas/ha

Produtividade media: 3.500 frutos/ha/ano

Produtividade esperada: 8.000 frutos/ha/ano

Page 96: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

97

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

COENTRO (Coriandrum sativum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 3 15 12 10 6 3 2

Cobertura 6 - - - 6 3 2

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 15 l de esterco curtido de curral/m2, 10 dias antes do plantio, podendo os canteiros

ser reutilizados por um período de um ano.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas

em duas parcelas iguais, diluídas em água e distribuídas aos 25 e 40 dias após o plantio.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Se for necessário recomendar a adubação NPK em kg/ha, considerar, para efeito de

calculo, apenas 70% do hectare, o que corresponde a área útil plantada.

5. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Português, Comum

Page 97: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

98

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Espaçamento: sulcos contínuos distanciados de 20 cm

COUVE-FLOR (Brassica oleracea L. var. botrytis L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 300 240 180 100 80 60

Cobertura 300 - - - 220 180 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 40 t de esterco curtido de curral/ha, 10dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas em

duas parcelas iguais e distribuídas em linhas, aos 20 e 40 dias após o transplantio; incorporar

levemente os fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Em cultivos deficientes de molibdênio realizar pulverizações foliares quinzenais com

solução de Molibdato de sódio ou de amônio, na proporção de 1 g do sal para cada litro de

água.

5. Para efeito de calculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare.

6. Em áreas deficientes de boro, aplicar 2 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

7. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Page 98: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

99

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Indicadores Técnicos:

Espaçamento: 1,0m x 0,5m

Densidade: 14.000 plantas/ha

Produtividade media: 15 a 30t/ha

COUVE (Brassica oleracea L. var. acephala D.C.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 300 240 180 100 80 60

Cobertura 300 - - - 220 180 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 40 t de esterco curtido de curral/ha, 10dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas em

duas parcelas iguais e distribuídas em linhas, apos a pegação das mudas e aos 20 dias após a

primeira aplicação; fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Em áreas deficientes de boro, aplicar 2 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

Page 99: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

100

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

5. Para efeito de calculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare

6. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Couve Manteiga (de folha lisas)

Espaçamento: 0,90m x 0,60m.

Produtividade média: 25t/ha

Produtividade esperada: 50t/ha.

ESPINAFRE (Spinacea oleracea L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7 Kg/ha

Plantio 20 100 80 60 40 30 20

Cobertura 20 - - - 40 30 20

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser realizadas

aos 25 dias após o plantio.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4.Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Page 100: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

101

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

EUCALIPTO (Eucaliptus spp.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 200 150 100 30 20 10

Anual 20 100 70 40 30 20 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 10 l de esterco curtido de curral/cova, por ocasião do plantio; repetir a

adubação orgânica anualmente, aplicando metade da dose.

3. A adubação anual deve ser fracionada em duas parcelas iguais, distribuídas no

inicio e no decorrer da estação chuvosa.

4. Em áreas deficientes de zinco, adicionar 1g de zinco/planta, por ocasião do plantio.

5. Aplicar, juntamente com a adubação anual, realizada no inicio das chuvas, 0,5g de

boro/planta.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa;

fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

Page 101: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

102

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. Em caso de florestas adultas nunca adubadas, faz-se necessário consultar um

técnico.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento: 3,0m x 3,0m

Densidade: 1.111 plantas/ha

FEIJÃO-DE-CORDA (Vigna unguiculata L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 0,5meq/100cm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio

20

80

50

30

30

20

10

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 a 20t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do prepare do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. Recomenda-se o uso das combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

Page 102: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

103

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

3. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: EPACE 10, BR1-POTY, Pitiúba, Setentão

Espaçamento:

Irrigado - 0,8m x 0,3m com 2 plantas/cova

Sequeiro - 0,8m x 0,5m com 2 plantas/cova

Densidade:

Irrigado - 83.200 plantas/ha

Sequeiro - 50.000 plantas/ha

Produtividade media:

Irrigado - 800kg/ha

Sequeiro - 300kg/ha

Produtividade esperada:

Irrigado - 1.000 a 1.200kg/ha

Sequeiro - 500 a 700kg/ha

FEIJÃO MULATINHO (Phaseolus vulgaris L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Page 103: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

104

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Kg/ha

Plantio 15 80 50 30 40 30 20

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 a 20 t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do preparo do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. Recomenda-se o uso das combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

3. Em áreas deficientes de zinco aplicar 2 kg de zinco/ha, por ocasião do plantio.

4. Em áreas deficientes de boro, aplicar 550g de boro/ha, por ocasião do plantio.

5. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Carioquinha, Engopa Ouro

Espaçamento: 0,6m x 0,3m com 2 plantas/cova

Densidade: 111.111 plantas/ha

Produtividade media: 350kg/ha

Produtividade esperada: 500 a 600kg/ha

FEIJÃO MULATINHO IRRIGADO (Phaseolus vulgaris L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

Page 104: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

105

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio

20

100

80

60

50

40

30

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 a 20t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do prepare do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. Recomenda-se o uso das combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

3. Em áreas deficientes de zinco aplicar 4kg de zinco/ha, por ocasião do plantio.

4. Em áreas deficientes de boro, aplicar 1 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

5. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Carioquinha, Engopa Ouro

Espaçamento - plantio manual: 1,0m x 0,3m com 2 plantas/cova

plantio mecanizado: 1,0m entre linhas com 10 plantas/m

0,8m entre linhas com 2 plantas/m

Densidade - plantio manual: 66.000 plantas/ha

plantio mecanizado: 100.000 plantas/ha

125.000 plantas/ha

Produtividade media: 780 kg/ha

Produtividade esperada: 1.500 a 2.000 kg/ha

FEIJÃO DE VAGEM (Phaseolus vulgaris L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

Page 105: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

106

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o 11. CORREÇÃO

DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 100 80 60 100 80 60

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 a 20t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião

do prepare do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. Recomenda-se o uso das combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

3. Repetir a analise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

GIRASSOL (Elianthus annuus)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Page 106: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

107

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Kg/ha

Plantio 20 70 50 30 70 50 30

Cobertura 40 - - - - - -

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 20 a 30 t de esterco curtido de curral/ha, por

ocasião do preparo do solo, especialmente se este for arenoso.

2. A adubação nitrogenada em cobertura deve ser distribuída em linha, de uma só

vez, 40 a 50 dias após a germinação; incorporar os fertilizantes levemente ao

solo.

3. Em áreas deficientes de boro aplicar 1 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

4. Em áreas com deficiência em zinco aplicar 5 kg de zinco/ha, por ocasião do

plantio.

5. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou

uréia e Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às folhas.

6. Repetir a análise do solo após o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Issanka, Contisol

Espaçamento: 0,8m x 0,25m

Densidade: 50.000 plantas/ha

Produtividade media: 600kg/ha

Produtividade esperada: 1.500 a 2.000 kg/ha

GOIABA ( Psidium Guajava)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

Page 107: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

108

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 80 60 40 - - -

1º ano 40 - - - 60 40 30

2º ano 80 80 60 50 80 60 40

3º ano 120 120 80 60 120 80 60

Diante

180 120 80 40 180 12 60

RECOMEDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo cuidado de mantê-la

sempre úmida.

2. Aplicar 20 l de esterco curtido de curral/cova juntamente com a adubação

fosfatada recomendada para o plantio; repetir a aplicação do esterco

anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1º ano devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas aos 30 e 60 dias após o

pegamento da muda.

4. As adubações nitrogenadas e potássica recomendadas para o 2º ano em

diante devem ser divididas em três parcelas iguais e distribuídas no decorrer

da estação chuvosa. Em pomares irrigados, dividir a adubação em quatro

parcelas iguais e distribuí-las em intervalos de três meses.

5. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só

vez, juntamente com a primeira aplicação de nitrogênio e de potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular na projeção da

copa, ou nas entrelinhas tendo o cuidado de fazer uma leve incorporação dos

fertilizantes ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo

ou uréia e Superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre ás

plantas.

8. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 4º ano em diante,

enquanto houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um

técnico antes de proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Red Selection, Pêra vermelha, IAC 4, Thai large, FAO 1, Ruby, Supreme

Espaçamento: 6,0a 7,0m x 6,0 a 7,0m

Densidade: 204 a 277 plantas/ha

Page 108: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

109

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Produtividade media: 7.000kg/ha

Produtividade esperada: 11.000 kg/ha/ano

GRAMADOS

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

Época N P2O5 K2O

g/m2

Formação 10 15 10

Manutenção 10 15 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 3 kg de bagana ou esterco de aves/m², por ocasião do preparo do

solo.

2. A adubação de manutenção deve ser realizada anualmente.

3. Aplicar, mensalmente, 5g de uréia/m², dissolvidos em 5l de água.

GRAVIOLA ( Annona muricata L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Page 109: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

110

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 80 60 40 60 40 20

1º ano 50 - - - 70 40 20

2º ano 100 80 60 40 60 40 20

3º ano 120 120 80 60 120 80 60

4° diante 180 160 120 80 200 140 80

Plantio - 80 60 40 60 40 20

1º ano 50 - - - 70 40 20

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la

sempre úmida.

2. Aplicar 15 a 20l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os

fertilizantes recomendados para o plantio. Repetir a aplicação do esterco

anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1º ano devem ser

dividida em duas parcelas iguais e distribuídas aos 30 e 60 dias após o pegamento

da muda.

4. As adubações anuais de nitrogênio e potássio, recomendadas a partir do 2º ano,

devem ser parceladas em três vezes e distribuídas no decorrer do período

chuvoso. Em pomares irrigados, dividir a adubação em quatro parcelas iguais e

distribuí-las em intervalos de três meses.

5. A adubação anual de fósforo recomendada, deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira parcela de nitrogênio e potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa,

tendo o cuidado de fazer a incorporação dos fertilizantes ao solo.

Page 110: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

111

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou e

Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 4º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico

antes de proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento: 5,0a 6,0m x 5,0 a 6,0m

Densidade: 277 a 400 plantas/ha

Produtividade media: 2.000 frutos/ha

Produtividade esperada: 4.000 frutos/ha

INHAME (Colocasia esculenta).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 80 60 40 30 20 15

Cobertura 40 - - - 30 20 15

Page 111: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

112

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 a 30t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser realizadas

de uma só vez, 30 dias apos a brotação, distribuir os fertilizantes em linha e incorporá-los

levemente ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Inhame da Costa, Cara da Costa

Espaçamento: 1,25m x 0,8m

Densidade: 10.000 plantas/ha

Produtividade media: 20t/ha

LEUCENA (Leucena leucocephala (Lan) de Wit).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 60 40 30 30 20 15

Page 112: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

113

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cobertura - 50 30 20 30 20 15

RECOMENDAÇÃO:

1. A adubação de manutenção deve ser realizada de uma só vez, no inicio do período

chuvoso.

2. Na adubação de manutenção, a distribuição dos fertilizantes deve ser feita em faixa

lateral iniciando no ultimo terço da projeção da copa e estendendo-se por mais um terço; a

incorporação dos fertilizantes deve ser realizada com a grade.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento:

Banco de proteína - 0,8m a 1,0m x 0,5m

Consorcio - 3,0m x 3,0m

Densidade:

Banco de proteína - 20.000 plantas/ha

Consorcio - 1.111 plantas/ha

Produtividade media: 12,5 t massa verde/ha

Produtividade esperada: 32 t massa verde/ha

MAMÃO (Carica papaya L.).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

Page 113: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

114

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 60 40 20 - - -

1º ano 30 - - - 60 40 20

2° Diante 120 40 20 10 150 100 50

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar 20 I de esterco curtido de curral/cova juntamente com a adubação

recomendada para o plantio. Repetir a aplicação do esterco anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica, recomendadas para o 1º ano, devem ser

divididas em quatro parcelas iguais e distribuídas em faixa circular aos 30, 60, 90 e

120 dias apos o pegamento da muda.

4. 4.-As adubações de nitrogênio e de potássio, recomendadas para o 2º ano em

diante, devem ser divididas em parcelas iguais, e distribuídas em intervales de quatro

meses.

5. A adubação fosfatada recomendada para o 2º ano em diante deve ser distribuída de

uma só vez, juntamente com a primeira parcela de nitrogênio e de potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa,

tendo o cuidado de incorporar os fertilizantes ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. A adubação anual devera ser repetida enquanto for viável economicamente.

9. Em pomares deficientes de boro realizar pulverizações foliares, de 2 em 2 meses,

com boro na dosagem de 27g para 1001 de água.

10. Em pomares nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes de

proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Havaí, Formosa, Caiena, Tailândia A, Tailândia B

Espaçamento: 2,5 a 3,0m x 2,0 a 3,0m

Densidade: 1.111 a 2.000 plantas/ha

Produtividade media: 20 a 30t/ha

Produtividade esperada: 30 a 50t/ha

MAMONA (Ricinus communis L.).

CALAGEM:

Page 114: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

115

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando as

formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 80 60 40 60 40 20

Cobertura 40 - - - - - -

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 20 a 30t de esterco curtido de curral/ha, por

ocasião do prepare do solo.

2. Recomenda-se o uso do sulfato de amônio como fonte de nitrogênio e superfosfato

triplo como fonte de fósforo.

3. A adubação nitrogenada recomendada em cobertura deve ser realizada de uma só

vez, 40 a 50 dias após a germinação; distribuir os fertilizantes em faixa circular

interrompida e incorporá-los levemente ao solo.

4. Em áreas deficientes de zinco, aplicar 5kg de zinco/ha, por ocasião do plantio.

5. Repetir a analise do solos apos o 3? ano de cultivo consecutivo.

Indicadores técnicos:

Cultivares:

Comuns: Preta, Amarela de Irecê, Paraibana, Vermelhinha

Novas: IAC-80, SIPEAL 28, Guarani

Espaçamento:

Page 115: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

116

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

porte alto - 3,0 a 2,5m x 2,0m

porte médio - 2,0 a 1,5m x 1,0m

porte baixo - 1,0 a 0,5m x 1,0m

Densidade:

porte alto - 3.333 a 4.000 plantas/ha

porte médio - 5.000 a 6.666 plantas/ha

porte baixo - 10.000 a 20.000 plantas/ha

Produtividade media: 400 a 700 kg/ha

Produtividade esperada: 1.200 a 1.800kg/ha

MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7 Kg/ha

Plantio 15 60 40 20 20 15 10

Cobertura 25 -- -- -- 20 15 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade aplicar 10 ton de esterco curtido de curral/hectare, por

ocasião do preparo do solo, especialmente se este for arenoso.

2. A adubação recomendada em cobertura deve ser realizada 45 dias após o plantio; Os

fertilizantes devem ser distribuídos em linhas distante 30 cm da planta.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

Page 116: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

117

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

4. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: - Ibiapaba – Cruvela Vermelha, Cruvela Branca, Aciolina- Cariri – Rosa,

Crateús, João Grande, Papo de Peru- Litoral – Bujá Branca, Bujá Prêta, Tapicinéa, Água

Morna, Olho Verde, Guarani, Filha de Guarani e Jaburu

Espaçamento: 1,0 m x 1,0 m

Densidade: 10.000 plantas por hectare

Produtividade média: 10 ton / hectare

Produtividade esperada: 20 ton / hectare

MANGA (Mangifera indica L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio --- 100 70 50 --- --- ---

1°ano 60 --- --- --- 50 40 30

2°ano 100 120 90 60 80 60 40

3°ano 150 140 110 80 120 100 80

4°ano 200 160 130 100 160 140 120

5°ano 250 160 130 130 200 180 180

6°ano em

Diante

300 160 160 160 250 250 250

Page 117: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

118

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio. tendo o cuidado de mantê-la sempre

úmida.

2. Aplicar de 15 a20 l de esterco curtido de curral/cova juntamente com os

fertilizantes recomendados no plantio; repetir a aplicação do esterco anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1ºano devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas aos60, 120 e 180 dias após o pagamento

das mudas.

4. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio, recomendadas a partir do 2º ano,

devem ser divididas em duas vezes e aplicadas no inicio da estação chuvosa e três meses

apos a primeira aplicação. Em pomares irrigados dividir a adubação em quatro parcelas

iguais e distribuí-las em intervales de três meses.

5. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira dose de nitrogênio e de potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, iniciando-se a uma

distancia de 20-30cm do tronco e estendendo-se num raio de 1,7m; incorporar os

fertilizantes levemente ao solo.

7. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. A adubação de produção recomendada para o 7º ano em diante deve ser repetida

enquanto houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes

de proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares:

Gigante - Híbrido Costa do Marfim

Anão - Híbrido Natural (Baé)

Espaçamento:

Gigante - 10,0m x 10,0m ou 9,0m x 9,0m

Anão - 9,0m x 9,0m ou 8,0m x 8,0m

Densidade:

Gigante - 100 ou 123 plantas/ha

Anão - 123 ou 156 plantas/ha

Produtividade media: 3.500 frutos/ha/ano

Produtividade esperada: 8.000 frutos/ha/ano

MARACUJÁ (Passifora edulis Sims.):

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 118: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

119

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 120 80 40 - - -

1ºano 130 - - - 240 160 100

2ºano 160 60 40 20 240 160 100

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la

sempre úmida.

2. Aplicar 15 a 20 l de esterco de curral/cova, juntamente com os adubos recomendados

no plantio; repetir adubação orgânica anualmente.

3. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio recomendadas devem ser

parceladas em duas vezes durante a estação chuvosa.

4. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser aplicada de uma só vez,

juntamente com a primeira dose de nitrogênio e de potássio.

5. Em pomares irrigados, a adubação anual deve ser dividida em quatro parcelas

iguais e distribuídas a cada três meses.

6. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

7. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa,

tendo-se o cuidado de fazer uma leve incorporação dos fertilizantes ao solo.

8. Repetir a adubação de produção, recomendada para o 2º ano em diante, enquanto

houver retorno econômico.

9. Em caso de pomares adultos nunca adubados, faz-se necessário consultar o técnico.

Indicadores Técnicos:

Page 119: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

120

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cultivar: Peroba

Espaçamentos: 3,0m x 2,0m.

Densidade: 1666 plantas/ha

Produtividade media: 8t/ha

Produtividade esperada: 12t/ha

MELANCIA (Citrullus vulgaris Scharad)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 120 80 50 40 20 10

Cobertura 70 -- -- - 80 50 30

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 l de esterco curtido de curral/cova,10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas

Page 120: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

121

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

em duas parcelas iguais e distribuídas em linha interrompida aos 25 e 40 dias após o

plantio; incorporar levemente os fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Repetir a analise do solo apos o 3º. cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Variedades: Fairfax (rajada), Charleston Gray

Espaçamento: 1,5 x 2,0m

Densidade: 6666 plantas/ha

Variedade: Crimson Sweet

Espaçamento: 2 a 3m X 1 a 3m com 2 plantas/cova

Densidade: 2222 a 10000 plantas/ha

MELÃO (Cucumis melo L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 40 160 120 80 60 40 30

Cobertura 50 - - - 120 80 60

RECOMENDAÇÃO:

Page 121: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

122

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1. Aplicar 30 toneladas de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. A adubação nitrogenada recomendada em cobertura deve ser dividida em duas

parcelas iguais e distribuídas, em linha interrompida aos 25 e 40 dias após o

plantio; incorporar levemente ao solo.

3. A adubação potássica recomendada em cobertura deve ser dividida em três

parcelas iguais sendo as duas primeiras distribuídas por ocasião das aplicações

de nitrogênio em cobertura e a ultima, antes da floração.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

5. Aplicar 2g de zinco/planta e 1g de boro/planta, por ocasião do plantio.

6. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Amarelo e Eldorado 300

Espaçamento: 2,0 m X 1,0m

Densidade: 5000 plantas/ha

Produtividade esperada: 1200 a 2000 kg/ha

MILHO (Zea may L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

P2O5 K2O

Page 122: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

123

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

ÉPOCA N P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7 Kg/ha

Plantio 20 50 40 30 20 15 10

Cobertura 50 - - - 20 15 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15l de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do

prepare do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. A adubação nitrogenada recomendada em cobertura deve ser dividida em duas parcelas

iguais e distribuídas, em linha, aos 25 e 40 dias após o plantio; incorporar levemente os

fertilizantes ao solo.

3. A adubação potássica recomendada em cobertura deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira cobertura nitrogenada.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

5. Em solos deficientes de zinco aplicar 3kg de zinco/ha, por ocasião do plantio.

6. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: BR 106, Centralmex, CMSO 4, EPAMIL 10.

Espaçamento: 1,8 a 0,8 m X 0,5 m

Densidade: 11100 a 25000 plantas/ha

Produtividade média: 600kg/ha

Produtividade esperada: 1000 a 1550 kg/ha

MILHO IRRIGADO (Zea mays L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

Page 123: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

124

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 30 90 60 40 30 20 15

Cobertura 60 - - - 30 20 15

RECOMENDAÇÃO:

1. Se houver disponibilidade aplicar 15 t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do preparo do

solo, especialmente, se este for arenoso.

2. A adubação nitrogenada recomendadas em cobertura deve ser divididas em duas

parcelas iguais e distribuídas em linha, aos 25 e 40 dias apos o plantio; fazer uma leve

incorporação dos fertilizantes ao solo.

3. A adubação potássica recomendada em cobertura deve ser distribuída de uma só vez, juntamente

com a primeira cobertura nitrogenada.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e superfosfato

simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

5. Em áreas deficientes de zinco aplicar 5kg de zinco/ha, por ocasião do plantio.

6. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: BR 106, CMSO 4, EPAMIL 10, Híbrido

Espaçamento: 0,8m x 0,4m

Densidade: 31.250 plantas/ha

Produtividade media: 3,0 t/ha

Produtividade esperada: 3.000 a 4.000 kg/ha

PASTAGENS

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 124: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

125

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 60 40 30 50 30 20

Manutenção 50 30 20 15 30 15 10

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 a 15t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do prepare do solo.

2. A adubação de manutenção das pastagens, deve ser repetida anualmente, sendo os

fertilizantes distribuídos a lanço, no inicio do período chuvoso.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. A adubação recomendada não dispensa a suplementação mineral do rebanho.

5. A adubação nitrogenada só é recomendada para pastagens constituídas

exclusivamente de gramíneas.

6. Em pastagens constituídas exclusivamente de leguminosas, ou consorciadas,

recomenda-se a aplicação de 15 a 25kg de sulfato de zinco/ha e 20kg de bórax/ha, por

ocasião da adubação de plantio.

7. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

PASTAGENS-CAPINEIRA

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

Page 125: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

126

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 05mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 60 40 30 50 30 20

Cobertura 50 60 40 30 50 30 20

RECOMENDAÇÃO

1. Aplicar de 20 e 30t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do plantio; após

cada corte, aplicar mais 5t de esterco curtido de curral/ha.

2. A adubação de manutenção deve ser dividida em quatro parcelas iguais e

distribuída, a lanço, após cada corte, juntamente com a adubação orgânica; repeti -la

anualmente.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e Superfosfato triplo ou uréia e

Superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Espécie: capim elefante

Variedade: Napier, Porto Rico, Cameron, Verde ou Roxo, Mineirão.

Espaçamento:

Em sucos – espaçados de 1,0m

Em covas – 0,8m X 0,8m

Manejo: Proceder o corte quando as plantas atingirem 1,3 a 1,5m de altura.

Produção média: 80 a 120 t/ha/ano.

PEPINO(Cucumis sativum L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 126: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

127

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 150 100 70 40 30 20 Cobertura 80 - - - 60 40 30

RECOMENDAÇÃO

1. Aplicar 20t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenadas e potássica devem ser divididas em duas parcelas

iguais e distribuídas, em linha, aos 30 e 60 dias após o plantio; incorporar

fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4.Repetir a analise do solo apos o 3º cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento:

Estaqueado – 1,0 m X 0,5m

Rasteiro – 1,0m X 1,0m

Densidade:

Estaqueado – 20 000 plantas/ha

Rasteiro – 10 000 plantas/ha

Produtividade media:

Estaqueado – 70t/ha

Rasteiro – 20t/ha

PIMENTÃO (Capsicum annums L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 127: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

128

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 40 300 220 150 120 80 40

Cobertura 150 - - - 180 120 60

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar de 20t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubação nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas

em três parcelas iguais e distribuídas, em linha, aos 30, 45 e 60 dias apos o

transplante; incorporar levemente os fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Em cultivo deficiente de cálcio, realizar pulverizações foliares quinzenais com

cloreto de cálcio na proporção de 20g do sal para cada litro de água.

5. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Gigante, Ikeda, Yolo Wonder, Ruby King, Agronômica 106.

Espaçamento: 0,8m X 0,4m

Densidade: 31 250 plantas/ha

Produtividade media : 10t/ha

Produtividade esperada: 20t/ha

Page 128: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

129

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

QUIABO (Hibiscum esculentus L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

.

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 150 100 70 50 40 20

Cobertura 100 - - - 100 60 40

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem

ser divididas em duas parcelas iguais e distribuídas em linha, aos 20 e 50 dias

após o plantio; incorporar levemente os fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou

uréia e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento: 1,0m x 1,0m Densidade: 25 000 plantas/ha Produtividade media: 15 a 22t/ha

Page 129: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

130

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

REPOLHO (Brassica oleracea L. var. capitata)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7 Kg/ha

Plantio --- 300 240 180 100 80 60

Cobertura 300 - - - 220 180 120

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 30 t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio.

2. As doses de nitrogênio e de potássio recomendadas em cobertura devem ser divididas em

três parcelas iguais, sendo a primeira distribuída após o pegamento da muda, a segunda,

20 dias após a primeira aplicação e, a última, no inicio da formação da cabeça.

e em outubro/novembro, Caso ocorram chuvas rápidas.

3. As adubações em cobertura devem ser realizadas em linha tendo-se o cuidado de fazer

incorporação leve dos fertilizantes ao solo.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o fornecimento do enxofre as plantas:

5. Em áreas deficientes de boro, aplicar 2 kg de boro/ha, por ocasião do plantio.

6. Para efeito de calculo, a área útil plantada corresponde apenas a 70% do hectare.

7. Em canteiros deficientes de boro, fazer pulverizações foliares com boro na proporção de

25g para cada 100 l de água até o desaparecimento dos sintomas.

8. Repetir a analise do solo apos o 3º ano de cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Page 130: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

131

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Cultivares: Matzukaze, Koguetsu, Fuyutoyu

Espaçamento: 0,5m x 0,5m

Densidade: 28 000 plantas/ha

Produtividade média: 35 t/ ha

SAPOTI (Manilkara achras, Mill (Fosberg) L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capitulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio --- 100 80 60 40 20 10

1°ano 50 --- --- --- 60 40 20

2°ano 60 90 70 50 60 40 20

3°ano 80 120 100 80 80 60 30

4°Diante 160 180 120 80 120 80 40

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mante-la sempre

úmida.

2. Aplicar de 15 a 20 l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados no plantio; repetir a aplicação anualmente.

3. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas para o 1° ano devem ser divididas em

três parcelas iguais e distribuídas aos 30, 60 e 150 dias após o pegamento da muda.

4. As adubações de nitrogênio e potássio recomendadas a partir do 2° ano, devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas no decorrer do período chuvoso. Em pomares

Page 131: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

132

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

irrigados, dividir a adubação em quatro parcelas iguais e distribuí-las a cada três meses.

5. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser aplicada de uma só vez, juntamente

com a primeira parcela de nitrogênio e de potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em sulco circular, na projeção da copa, tendo o

cuidado de incorporar levemente os fertilizantes ao solo.

7. Repetir a adubação de produção (4° ano em diante) enquanto houver retorno econômico.

8. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento do enxofre as plantas.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes de

proceder a qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Espaçamento: 8,0m x 8,0m

Densidade: 156 plantas/ha

Produtividade media: 1000 frutos/planta/ano

Produtividade esperada: 1 500 frutos/planta/ano

SERIGUELA (Spondea purpúrea)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio --- 60 50 40 40 20 10

Page 132: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

133

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

1°ano 50 --- --- --- 60 40 20

2°ano 60 90 60 40 60 40 20

3°em

diante

120 120 80 60 100 60 40

RECOMENDAÇÃO:

1. Preparar a cova 20 a 30 dias antes do plantio, tendo o cuidado de mantê-la sempre úmida.

2. Aplicar 15 a 20 litros de esterco de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados para o plantio; repetir a aplicação do esterco anualmente.

3. As adubações anuais de nitrogênio e potássio recomendadas para o 1° ano, devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas em linha, aos 30, 60 e 150 dias após

pegamento da muda.

4. As adubações anuais de nitrogênio e potássio recomendadas para o 2° ano, devem ser

divididas em três parcelas iguais e distribuídas no decorrer do período chuvoso.

5. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez,

juntamente com a primeira parcela de nitrogênio e potássio.

6. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, na projeção da copa, tendo

o cuidado de incorporar levemente os nutrientes ao solo.

7. Recomendam-se usar as combinações de sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia

e superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

8. Repetir a adubação de produção (3° ano em diante) enquanto houver retorno econômico.

9. Em pomares adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico antes de

proceder a adubação.

SOJA (Glycine max L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 0,5meq/100cm3.

Page 133: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

134

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 60 40 20 60 40 30

RECOMENDAÇÃO

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do

preparo do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. Recomendam-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

3. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Tropical, Cariri

Espaçamento:

Plantio manual – 0,3m X 0,4m com 3 a 4 plantas/cova

Plantio mecanizado – 0,5 m entre fileiras com 20 a 25 plantas/m

Densidade:

Plantio manual – 250 000 a 333 333 plantas/ha

Plantio mecanizado – 400 000 a 500 000 plantas/ha

Produtividade Media: 700 a 800 kg/ha

Produtividade esperada:

Irrigada – 2 500 kg/ha

Sequeiro – 1500 kg/ha

SORGO (Sorguhum bicolor (L.) Moench)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 134: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

135

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 20 70 50 40 50 40 30

Cobertura 40 - - - - - -

RECOMENDAÇÃO.

1. Se houver disponibilidade, aplicar 15 t de esterco curtido de curral/ha, por ocasião do preparo

do solo, especialmente, se este for arenoso.

2. A adubação nitrogenada recomendadas em cobertura deve ser dividida em duas parcelas

iguais e distribuídas, em linha, aos 20 e 45 dias após o plantio; fazer uma leve incorporação

dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Em solos deficientes de zinco aplicar 3 a 5 kg de zinco/ha por ocasião do plantio,

juntamente com adubação NPK.

5. Repetir a analise do solo apos o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares:

Granifero – EA 955, IPA 1011

Forrageiro – EA 116

Espaçamento:

Granifero – 0,75 m entre fileiras com 5 plantas/m

Forrageiro – 0,5 a 0,7 m entre fileiras com 10 plantas/m

Granifero – 66 666 plantas/ha

Forrageiro – 142 857 a 200 000 plantas/ha

Produtividade Media:

Granifero – 1 500 kg/ha

Page 135: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

136

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Forrageiro – 1000 kg de grão/ha ou 12 t biomassa/ha

Produtividade esperada:

Granifero – 2 500 kg/ha

Forrageiro – 1 500 kg de grão/ha ou 25 t biomassa/ha

TOMATE ESTAQUEADO IRRIGADO (Lycopersicum esculentum Mill itálica).

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio - 300 200 120 100 80 50

1° ano 200 - - 100 150 120 80

RECOMENDAÇÃO.

1. Aplicar 40t de esterco curtido de curral/ha, 10 dias antes do plantio

2. As adubações nitrogenada e potássica recomendadas em cobertura devem ser divididas

em quatros parcelas iguais e distribuídas, em linha, aos 15, 30, 45 e 60 dias após o plantio.

Só realizar a ultima aplicação se a produção ainda compensar; fazer uma leve incorporação

dos fertilizantes ao solo.

3. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

4. Recomenda-se a aplicação de 100 g de boro/cova, por ocasião do plantio, juntamente

com a adubação recomendada.

Page 136: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

137

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

5. Ao surgirem os primeiros sintomas de deficiência de cálcio fazer pulverizações foliares

com cloreto de cálcio na proporção de 20g do sal para cada litro de água; repetir a

operação 2 vezes por semana até o desaparecimento dos sintomas e, seguir, pulverizar uma

vez por semana ate o final do ciclo.

6. Ao surgirem os sintomas de deficiência de magnésio realizar pulverizações foliares

semanais com sulfato de magnésio na proporção de 15 g do sal para cada litro de água, até o

completo desaparecimento dos sintomas.

7. Ao surgirem os sintomas de deficiência de zinco fazer pulverizações foliares semanais

com sulfato de zinco na proporção de 15 g do sal para cada litro de água, ate o completo

desaparecimento dos sintomas; adicionar cloreto de potássio 0,5 % a calda de sulfato de

zinco para favorecer a sua absorção.

8. Repetir a analise do solo após o 3° cultivo consecutivo.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Santa Cruz, Kada, Santa Clara, Ângela

Espaçamento: 1,0m x 0,5m

Densidade: 20 000plantas/ha

Produtividade Media: 30 t/ha

Produtividade esperada: 40 t/ha

URUCU (Bixa orellana L.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima. E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo 11 que trata

da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÃO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

Page 137: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

138

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Kg/ha

Plantio 10 40 30 20 60 40 20

1° e 2° ano 3°

ano

10 30 20 15 40 30 20

Em Diante

80

15

30

20

15

- 60 40

Plantio 10 40 30 20 60 40 20

RECOMENDAÇÃO

1. Aplicar 12 a 15 l de esterco curtido de curral/cova, juntamente com os fertilizantes

recomendados para o plantio. Repetir a aplicação do esterco anualmente.

2. As adubações de nitrogênio e potássio recomendadas anualmente devem ser divididas

em duas parcelas iguais sendo a primeira distribuídas, em faixa circular, durante o período

chuvoso; incorporar levemente os fertilizantes ao solo.

3. A adubação anual fosfatada deve ser distribuída de uma só vez, juntamente com a

primeira parcela de nitrogênio e potássio.

4. Recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e

superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

5. Em cultivos adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico, antes de

proceder qualquer adubação.

Indicadores Técnicos:

Cultivares: Tipos – Verde, Vermelho, Roxo e Amarelo.

Espaçamento: 4,0 m X 4,0 m

Densidade: 625 plantas/ha

VIDEIRA (Vitis spp.)

CALAGEM:

Calcular a necessidade de calagem (NC), em toneladas por hectare (t/ha), empregando

as formulas:

Page 138: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

139

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Utilizar o somatório dos valores encontrados através das formulas a cima.

E recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de

magnésio inferior a 5mmolc / dm3.

O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida,

incorporado a uma profundidade de 20 cm. Para maiores informações, ver o capítulo11.

CORREÇÃO DO SOLO que trata da correção dos solos ácidos.

ADUBAÇÂO:

ÉPOCA

N

P2O5 K2O

P no solo mg/dm3 K no solo mmolc/dm

3

0-7,1 7,2 -14,2 >14,2 0 - 0,8 0,9-1,6 >1,7

Plantio 30 220 120 40 100 75 50

1° ano 50 50 40 20 60 40 20

2° ano 60 60 50 30 70 50 30

3°ano - - - - - - -

Em diante 70 80 60 40 100 80 60

RECOMENDAÇÃO:

1. Aplicar 20 l de esterco curtido de curral/cova, 10 dias antes do plantio; repetir a

aplicação anualmente, na fase de frutificação.

2. As adubações anuais de nitrogênio e de potássio recomendadas devem ser divididas

em duas parcelas iguais, sendo a primeira distribuída após a poda, juntamente com a

primeira parcela anual de nitrogênio e de potássio.

3. A adubação anual de fósforo recomendada deve ser distribuída de uma só vez após

a poda, juntamente com a primeira parcela anual de nitrogênio e de potássio.

4. As adubações anuais devem ser realizadas em faixa circular, sendo os fertilizantes

levemente incorporados ao solo.

5. Recomendam-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou

uréia e superfosfato simples, para garantir o suprimento de enxofre as plantas.

6. Em pomares deficientes de zinco aplicar sulfato de zinco a 0,25 %; adicionar

cloreto de potássio 0,5 % para favorecer a absorção de zinco.

7. Em pomares deficientes de manganês aplicar sulfato de manganês.

8. Em pomares deficientes de boro aplicar bórax a 0,05 %.

9. As adubações recomendadas para micronutrientes devem ser feitas em

pulverizações foliares, antes da floração e no inicio da frutificação.

10. Em cultivos adultos, nunca adubados, faz-se necessário consultar um técnico, antes

de proceder qualquer adubação.

Indicadores técnicos:

Variedades: Itália, Piratininga, Rubi, Red Globe

Tipo de condução: Latada

Espaçamento: 4,0 m X 2,0 m; 3,0 m X 2,0 m; 3,0 m X 3,0 m

Page 139: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

140

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

Densidade: 1.111 a 1.666 plantas/ha

Produtividade media: 30 t/ha/ano

Produtividade esperada: 40 t/ha/ano

FATORES MULTIPLICATIVOS PARA TRANSFORMAÇÕES DE UNIDADES

UNIDADE FATOR

CONVERSÃO

AÇÃO UNIDADE NOVA

% 10 Multiplicar g/kg;gm/L;g/dm3

Ppm 1 Multiplicar mg/kg; mg/dm3; mg/L

Ppm 1,4 Multiplicar Ug/cm3

Meq/100cm3 10 Multiplicar mmolc/dm

3

Meq/100g 10 Multiplicar mmolc/kg

Meq/L 1 Multiplicar mmol/L

Ca e Mg (meq/100

cm3)

1 Multiplicar cmolc/dm3

Ca e Mg (meq/100cm3) 10 Multiplicar mmolc/dm

3

Al (meq/100cm3) 10 Multiplicar mmolc/dm

3

P(ppm) 1 Multiplicar mg/dm3

K (ug/cm3) 54,6 Dividir mmolc/dm

3

K (ug/cm3) 1,4 Dividir ppm

K (ppm) 39 Dividir mmolc/dm3

N 0,05 Multiplicar Matéria orgânica

P2O5 0,437 Multiplicar P

K2O 0,830 Multiplicar K

CaO 0,715 Multiplicar Ca

MgO 0,602 Multiplicar Mg

mmho/cm 1 Multiplicar ds/m

Argila (g/kg) 10 Multiplicar %

Carbono orgânico 1,72 Multiplicar Matéria orgânica

Por: Leôncio Gonçalves R. fonte: MALAVOLTA,1996.

TABELAS NECESSÁRIAS PARA INTERPRETAÇÃO

DE ANÁLISE DE SOLO

POTÁSSIO TROCÁVEL

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE ACORDO COM O POTÁSSIO

TROCÁVEL (mmolc/dm3 de K):

CLASSIFICAÇÃO NÍVEIS

BAIXO 0-0,8

MÉDIO 0,9-1,6

ALTO 1,7-3,3

MUITO ALTO >3,3

Page 140: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

141

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

CÁLCIO + MAGNÉSIO TROCÁVEIS

CLASSSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE ACORCO COM O CÁLCIO E

MAGNÉSIO TROCÁVEIS: (mmolc/dm3)

CLASSIFICAÇÃO NÍVEIS

BAIXA 0-15

MÉDIO 16-40

ALTO >40

FÓSFORO SOLÚVEL

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE ACORDO COM O FÓSFORO SOLÚVEL (mg/dm3)

CLASSIFICAÇÃO NÍVEIS

BAIXO 0-7,1

MÉDIO 7,2-14,2

ALTO 14,2-28,6

MUITO ALTO >28,6

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE ADUBOS NITROGENADOS

FONTE: ABC DA ADUBAÇÃO - E. Malavolta

Adubo N P2O5 K2O Ca S

Amônia Anidra 82

Calciocianamida 21 27

Cloreto de Amônio 26

Fosfato diamônico (DAP) 16 44

Fosfato Monoamônico (MAP) 10 50

Nitrato de Amônio 33,5

Nitrato de cálcio 15 20

Nitrato de potássio 13 44

Nitrocálcio 22 7

Nitrofosfatos 14 a 22 10 a 22 6 a 7 0,2 a 3,6

Nitrossulfocálcico 27 6 4

Salitre do Chile 16

Salitre potássico 15 14

Sulfato de Amônio 20-21 24

Sulfonitrato de Amônio 26 15

Soluções Nitrogenadas 21-49

Uréia 45

Page 141: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

142

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

PRINCIPAIS FERTILIZANTES SIMPLES CONTENDO NITROGÊNIO, POTÁSSIO,

E ENXOFRE E SUAS GARANTIAS MÍNIMAS, DE ACORDO COM O MINISTÉRIO

DA AGRICULTURA

Fonte: Boletim Técnico 100 - Recomendação de Adubação e Calagem para o Estado de São

Paulo - Instituto Agronômico - Fundação IAC - Campinas (SP) 1996

A transcrição dessa manual de adubações para o estado do Ceará foi feita por

Leôncio Gonçalves Rodrigues e o Professor Hilton Luís Leite Cruz, com a finalidade de

auxiliar na adubação de culturas típicas do estado. Para mais informações sobre os dados

aqui citados enviar um email para: [email protected], ou entrar com o professor

Hilton Cruz Leite, da FATEC-CE.

Fertilizante N N K2O K S S OBSERVAÇÃO

% g/kg % g/kg % g/kg

Uréia 44 440 - - - - -

Sulfato de

amônio

20 20 - - - - -

Nitrato de

amônio

32 320 - - - - -

Nitrocálcio 20 200 - - - - 2-8% de Ca e 1-

5% de Mg

DAP 16 160 - - - - 45% de P2O5

MAP 9 90 - - - - 48% de P2O5

Amônia

anidra

82 820 - - - - Gás

Salitre

potássio

15 150 14 117 - - 18% de Na

Nitrato de

potássio

13 130 44 367 - -

Cloreto de

potássio

- - 58 483 - - 45-48 % de Cl

Sulfato de

potássio

- - 48 400 150-170 - -

Sulfato de

potássio e

magnésio

- - 18 150 220-240 - 4-5% de Mg; 1-

2,5% de Cl

Sulfato de

cálcio (inclui

fosfogesso)

- - - - 130 - 16% de Ca

Superfosfato

simples

- - - - 100-120 - 18% de P2O5;

18-20 % de Ca

Enxofre - - - - 950 - -

Page 142: Sugestões de Adubação e Calagem No Estado Do Eará Leoncio

143

Transcrito por: Leoncio Gonçalves Rodrigues 2013

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