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Ano 33 Nº 158 Abril de 2015 SUCESSÃO NA DIRETORIA Páginas 10 e 11 Saiba como a boa governança ajuda a manter uma gestão séria e transparente Fernando Pimenta deixa a Fundação após quase treze anos à sua frente Páginas 5 a 8 Indicados pela patrocinadora Cemig e eleitos, por unanimidade, pelo Conselho Deliberativo, novo presidente e diretor assumem com respaldo e experiência para conduzir os destinos da Fundação. Página 9

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Ano 33Nº 158 • Abril de 2015

SUCESSÃO NA DIRETORIA

Páginas 10 e 11

Saiba como a boa governança ajuda amanter uma gestão séria e transparente

Fernando Pimenta deixa a Fundaçãoapós quase treze anos à sua frente

Páginas 5 a 8

Indicados pela patrocinadora Cemig e eleitos, por unanimidade, pelo Conselho Deliberativo, novo presidente e diretor assumem com respaldo e experiência para conduzir os destinos da Fundação.

Página 9

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Con se lho De li be ra ti vo: Titulares: Denys Cláudio Cruz de Souza (Presidente), Alexandre Francisco Maia Bueno, Leonardo George de Magalhães, Luciano Lopes Amaral,Guilherme de Andrade Ferreira e José Renato de Carvalho Barbosa. Suplentes: Wagner Delgado Costa Reis, Nelson Benício Marques Araújo, Helton Diniz Ferreira,João Wayne Oliveira Abreu, Angela Maria de Oliveira Souza e Marcos Túlio Silva. Con se lho Fis cal: Titulares: Júlio César Silva (Presidente), Willian Brandão Gomes,Stefano Dutra Vivenza e Mário Lúcio Braga. Suplentes: Ari Valter Boscatte, Carlos José Camilo Generoso, Robson Laranjo e Ubirajara Nery Ferreira. Di re to ria: Jo sé Ri -bei ro Pe na Ne to (Pre si den te), Rodrigo Eustáquio Barbosa Barata, Pedro Carlos Hosken Vieira e Vanderlei Toledo. JOR NAL FOR LUZ: Pu bli ca ção Bi mes tral. Edi ta -do pe la As ses so ria de Co mu ni ca ção. Ti ra gem: 23.000. Edi to r e Jor na lis ta Res pon sá vel: Victor Correia (MG 03519JP). Re da ção: Victor Correia, Cinara Rabello, Vi-viane Primo e Maiza Fernandes (estagiária). Pro je to grá fi co e dia gra ma ção: Cláu dia Tar ta glia. Im pres são: EGL Editores. Cor res pon dên cias: Ave ni da do Con tor no,6500 - 4º an dar - Fo ne: (31) 3215-6701 - CEP: 30110-044 - Be lo Ho ri zon te - MG. E- mail: for luz@for luz.org.br. Por tal Cor po ra ti vo: www.for luz.org.br. Obs: as ma té rias pu bli ca das nes te jor nal são ex clu si va men te de ca rá ter in for ma ti vo, não ge ran do qual quer es pé cie de di rei to ou obri ga ção por par te da For luz.

Sustentabilidade: desde 2007, a Forluz é signatária dos Principles for Responsible Investment – PRI (Princípios paraInvestimento Sustentável).

E X P E D I E N T E

DRP PRESTA CONTAS

Diversos questionamentos surgiram,recentemente, sobre a real necessidadede atualização do valor recebido em be-nefício do INSS pelo participante assisti-do ou pensionista junto à Forluz e à Ce-mig Saúde. No momento de requerer seubenefício, o participante apresenta umasérie de documentos, dentre eles, a cartade concessão de benefício do INSS. Nes-se caso, especificamente para aquelesque já se encontram aposentados, sejapor tempo de serviço, invalidez ou poraposentadoria especial junto à Previdên-cia do Regime Geral - INSS.

Na Forluz, uma vez lançado o valor dobenefício do INSS no sistema, esse seráatualizado anualmente pelo índice de cor-reção do INSS e adicionado ao valor dobenefício Forluz para compor a chamadarenda global do participante, ou seja, asomatória desses benefícios. A soma dosbenefícios é usada para cálculo do limitemáximo do valor do empréstimo Forluz,atualmente de 20 salários.

Já a Cemig Saúde utiliza a chamadarenda global para calcular o valor das con-tribuições do participante beneficiário eseus dependentes para o plano de saúde,nos termos do regulamento do PSI, espe-cialmente os atos normativos números 3e 9, este último com suas respectivas ta-belas.

Também existem aqueles participantesque buscam o benefício da Forluz sem es-tar recebendo o do INSS, ocasião em quea Cemig Saúde calcula para esse partici-

pante um denominado “valor hipotético”de benefício do INSS. O valor hipotético,adicionado ao benefício Forluz, irá com-por a mencionada renda global para efei-to de cálculo do valor limite de emprésti-mo da Fundação e do valor de contribui-ção para o plano de saúde.

Dessa forma, é de extrema importânciaque o participante assistido ou pensionis-ta verifique no contracheque Forluz o va-lor do benefício de INSS no campo pró-prio e que, também, se certifique se cor-responde ou não ao valor bruto efetiva-mente recebido. Caso o valor não corres-ponda ao que deve ser recebido, uma có-pia atualizada do contracheque do INSSdeverá ser encaminhada à Fundação pormalote ou correio para regularização docadastro.

Essa desatualização é bastante co-mum, principalmente entre os participan-tes que, após aposentados, obtiveram najustiça o direito de majoração do valor dobenefício do INSS. Ocorre igualmente

com aqueles participantes cujo valor debenefício do INSS foi calculado hipoteti-camente pela Cemig Saúde, quando dorequerimento do benefício Forluz, já quenão tinham obtido a aposentadoria doINSS. Nesse caso, pode constar no bancode dados um valor maior ou menor que obenefício real recebido do INSS.

É premente a atualização desses da-dos. Assim, buscamos evitar a concessãode empréstimos da Forluz com valores ir-reais, bem como impedir que o partici-pante usuário do plano de saúde contri-bua com valores incorretos, seja paramais ou para menos.

Manter o cadastro atualizado com o va-lor correto do benefício do INSS para as-sistidos e pensionistas é dever da Forluz ede cada participante. Só assim podere-mos assegurar que os valores dos emprés-timos concedidos sejam de fato aquelesprevistos nos termos regulamentados. E,na Cemig Saúde, garantir que as contri-buições para o plano sejam feitas com va-lores corretos, eliminando futuros e possí-veis riscos e, certamente, garantindo aperpetuidade dessas instituições.

Vanderlei Toledo

Di re tor de Re la ções com Par ti ci pan tes da For luz

Tel: (31) 3215-6920 | Cel: (31) 8222-2053

[email protected]

Os con cei tos e opi niões emi ti dos nes ta co lu na re pre sen tam a po si ção do di re tor

de Re la ções com Par ti ci pan tes.

Só assim poderemos assegurar que os valores dos empréstimos

concedidos sejam de fato aqueles previstos nos termos

regulamentados

Atualize o valor do benefício do INSS junto à Forluz

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Em vários formatos parafacilitar sua compreensão

RELATÓRIO ANUAL

EDITORIAL

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Estou me despedindo da Forluzcom muita alegria, porque estoudeixando-a em boas mãos. JoséRibeiro e Pedro Hosken são doisvelhos companheiros da Cemig epossuem total competência paracontinuar a conduzir a Entidadecom a seriedade que ela precisa.

A Fundação tem um papel deliderança em Minas e no Brasil.Tanto que as duas entidades maisimportantes do país são represen-tadas, hoje, por ex-diretores daForluz: a Abrapp, sob o comandode José Ribeiro, e a Anapar, dirigi-da por Cláudia Ricaldoni. Isso émotivo de muito orgulho. É o res-peito conquistado no mercado fi-nanceiro e previdenciário.

Nesses quase treze anos à fren-te da Forluz, tivemos conquistasimportantes. Hoje, por exemplo,todas as decisões de investimentopassam pelo crivo do Comitê deInvestimentos. Nem o presidentenem o diretor têm o poder da ca-neta na hora de decidir onde colo-car nossos recursos. Também fize-mos o prédio Aureliano Chaves,outro exemplo de governança ab-surda. Chegamos no final dessaobra com uma diferença de ape-nas 9% do valor previsto.

Quando entrei na Forluz, a En-tidade tinha pouco mais de 2,5bilhões em patrimônio; e entregohoje com 13,6 bilhões. Nessesanos, subimos, atuarialmente fa-lando, o dobro, sempre perseguin-do as metas de rentabilidade. Fo-ram resultados excepcionais, semabrir mão de avaliar os riscos.

Cada conquista deve ser dividi-da entre os protagonistas dessahistória. Juntos, alcançamos umagovernança poderosa. Estamosnuma situação favorável, na qualtodos os nossos planos estão sol-ventes a longo prazo. Essa gover-nança, duramente conquistada,se deve a cada participante e aoapoio das nossas patrocinadoras.

A todos, deixo o meu muitoobrigado.

Fernando Pimenta

Conhecer os núme-ros e a realidade daFundação agora está li-teralmente na sua mão.Desde o ano passado, o

chamado Relatório de Atividades ou Re-latório Anual de Informações (RAI) podeser conferido em diversos formatos, in-clusive na versão web. Optando pela ver-são web, o participante pode visualizar enavegar o relatório via smartphones etablets, em aplicativos Android e IOS.Assim, fica mais fácil conhecer e acom-panhar o desempenho da Entidade.

Para acessar o formato completo doRAI, o resumo ou a versão web, basta cli-car no menu esquerdo do portal, no itemGestão Financeira, depois no subitemRelatório de Atividades.

Ao seu alcance

Por meio do Relatório Anual, vocêconfere, dentre outras informações, osprincipais destaques corporativos, os ba-lanços patrimoniais, os pareceres atua-riais e dos auditores externos e os núme-ros que melhor retratam os resultados e a

situação patrimonial da Fundação. Porse tratar de informações mais técnicas,nos últimos anos a Assessoria de Comu-nicação tem buscado produzir um relató-rio cada vez mais acessível, dinâmico,com linguagem clara e diagramação mo-derna.

O Relatório é divulgado anualmente,no mês de abril, e representa uma dasprincipais ferramentas de transparênciada Entidade. Seus públicos primordiaissão os participantes, as empresas patro-cinadoras dos planos, os órgãos de con-trole e o próprio mercado. Conheça, con-sulte e analise sempre o relatório. Parasua maior comodidade, nesta edição doJornal Forluz, está disponível o encartedo Resumo do RAI 2014.

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PARA VIVER MELHOR

A Forluz disponibilizauma nova seção no portal,totalmente direcionada parao Programa de EducaçãoPrevidenciária e Financeirada Forluz – Para Viver Me-lhor (PVM). Agora, o progra-ma está organizado em umsó lugar. As atividades, notí-cias, cronograma de ações,eventos, fotos e vídeos po-dem ser conferidos emhttp://goo.gl/b7nWKf ou, sepreferir, acesse em seusmartphone via QR code.

PVM é reorganizado no site

QUIZ

Que tal aprender um pouco mais e ainda concorrer a brindes? Veja como éfácil: faça o jogo abaixo, preencha seus dados, recorte e envie para a Assesso-ria de Comunicação da Forluz. O participante ativo encaminha por malote aosetor FPR/AC - 4º andar – Ed. Bontempo. Os assistidos devem enviar corres-pondência para av. do Contorno, 6500/4º andar – Lourdes, Belo Horizonte/MG– CEP: 30.110-044, aos cuidados da FPR/AC. Ou, se preferir, o participantepode digitalizar o jogo e enviá-lo por e-mail para [email protected]. Ossorteios referentes ao primeiro semestre serão realizados em meados de julhode 2015.

1 Criado em 2008, o Programa de Educação Previdenciária e Financeira daForluz - ................................. tem o objetivo de levar mais informações aosparticipantes sobre os planos previdenciários e o uso consciente de suas finan-ças pessoais (três palavras).

2 A ................................, bem como o autopatrocínio, é uma opção que oparticipante tem ao se desligar da patrocinadora e, ao mesmo tempo, não podeou não quer requerer benefício.

3 ...................................... é o tipo de aplicação que tem prazo de venci-mento pré-estabelecido e seu rendimento é conhecido no momento inicial daoperação, podendo ser pré ou pós-fixado.

4 Fundo .............................. é um fundo com aplicação em diversos mercadosao mesmo tempo, além do uso de derivativos para alavancar seus rendimentos.

5 O Conselho ....................... é o órgão responsável pelo controle e fiscaliza-ção interna das atividades financeiras e contábeis da Fundação, pela apuraçãode eventuais irregularidades e por sugerir medidas saneadoras.

6 Todas as alterações regulamentares e estatutárias de um fundo de pensão de-vem ser aprovadas pela ....................., órgão federal regulador e fiscalizadordas entidades.

Matrícula: Telefone:

Nome:

CANCELADO O USO DAPALAVRA CHAVE

PARA LOGIN NO PORTAL

A Forluz eliminou a obrigato-riedade de uso da palavra chaveno portal para acessar os con-teúdos direcionados aos partici-pantes. A decisão foi tomadaapós se identificar que os parti-cipantes ativos e assistidos vi-nham enfrentando dificuldadespara acessar as áreas restritasdo site. A palavra chave faziaparte do login de acesso, junta-mente com a matrícula e a se-nha dos usuários.

Dentre as áreas de acesso res-trito que necessitam de logindos usuários estão os menus dePrevidência, Formulários, Em-préstimos e Decisões dos Conse-lhos. Agora, para acessar o con-teúdo exclusivo dos participan-tes, basta digitar o número damatrícula e a senha de acesso.

Contudo, não se esqueça deanotar a palavra chave. Seu usoainda será necessário caso pre-cise trocar a senha. Por isso, énecessário anotá-la e mantê-lasempre em lugar seguro.

JOGOS VIA E-MAIL

Os participantes que quiseremconcorrer aos sorteios de brindespoderão enviar os jogos da Forluzdigitalizados para [email protected]. As formas deenvio, via correios e malote, con-tinuam válidas. A medida visa fa-cilitar a participação de todos,principalmente os assistidos eempregados da Taesa, que nãotêm o serviço de malote. O novosorteio acontecerá em meados dejulho e o participante poderá en-viar os jogos referentes às ediçõespublicadas no primeiro semestre.Aproveite e participe!

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área de gestão de pessoal. Hoje, somospessoas privilegiadas, com renda garan-tida na fase que mais precisamos.

Equacionamento do déficit

Em 1997, a Forluz fez mudanças nasua estrutura previdenciária, o que per-mitiu seu reequilíbrio. Quando eu erapresidente da Associação Intergerencialda Cemig – AIC, me procuraram parame informar que a Forluz estava comum déficit muito grande. Havia umaenorme insegurança. Então, fui convi-dado para me tornar conselheiro da For-luz e nem imaginava o tamanho do pro-blema que vinha pela frente. Na época,Afonso Vianna assumiu a presidência e

Trajetória e envolvimento

Ingressei na Cemig em 1971; e olhaque lutei muito para não entrar, porquequeria ser jornalista. Mas minha mãe in-sistia muito que eu trabalhasse na Ce-mig. Na época, ela dava aulas particula-res para o filho do doutor Walter Santos,do RH. O doutor Walter me convidou pa-ra trabalhar na Cemig e acabei indo. Fizos treinamentos e, com muito custo,passei na prova de datilografia. Fui tra-balhar na Cidade Industrial como auxi-liar de escritório, no antigo Departamen-to de Sistemas Regionais, que mexiacom operação de centrais hidrelétricas esubestações.

Mesmo antes de me tornar presidenteda Forluz, presenciei mudanças impor-tantes na Entidade. O registro mais re-moto da minha participação foi em1974, quando aconteceu uma assem-bleia para definir a extensão da Forluzpara a Cemig. Naquela época, fui envia-do para trabalhar na Companhia Força eLuz, onde tive uma experiência de ges-tão de pessoal imensa e fiz grandes ami-gos. Quando foi tomada a decisão de le-var a Forluz para a Cemig, eu era contrá-rio à ela. Era muito jovem e o valor dodesconto iria aumentar muito e isso nãoestava claro para mim. Muita gente des-conhecia a importância da previdênciacomplementar. Fui na assembleia, emmaio de 1974, na rua Itambé, para votarcontra. Mas, felizmente, acabei mudan-do de ideia e tomei a decisão correta.

A Forluz na Cemig

A Forluz começou com dificuldade naCemig. Um grupo de engenheiros se po-sicionou contra e não aderiu. Mais tar-de, quando resolveram aderir ao plano,as condições eram diferentes das dosfundadores, e com perdas no benefício.Hoje, as pessoas não ficam mais tantotempo numa empresa, há uma rotativi-dade muito grande. Por isso, os planostêm que se adaptar a essa nova realida-de e os fundos precisam convencer osmais jovens da importância da previdên-cia complementar. Não tenho a menordúvida de que a criação da Forluz na Ce-mig foi a mais importante decisão estra-tégica tomada na história da Cemig, na

“Valeu a pena!”. É com esse sentimento que Fernando Alves Pimenta se despediu da presi-dência da Fundação. Sua trajetória profissional foi marcada pela participação sempre ativa nosdestinos da Entidade, desde quando a Cemig incorporou a Companhia Força e Luz de Minas Ge-rais, vindo com ela também a Forluz, fundo de pensão criado dois anos antes naquela compa-nhia. Fernando esteve à frente da Entidade por mais de doze anos e encerra agora sua passa-gem, deixando marcas na história da Fundação. Em um rápido balanço, ele elencou alguns mo-mentos significativos vividos na Forluz, durante esses anos. Confira o depoimento.

MISSÃO CUMPRIDAUma vida que se confunde com a da própria Forluz

Fernando Alves Pimenta, nascido em Divinópolis, jornalista e presidente da Forluz por mais de doze anos

Solenidade de posse da diretoria, conselho fiscal e câmara de representantes da AIC, em 1977

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também convidou José Ribeiro paradiretor de Seguridade. A solução foiradical. Não havia mais jeito de con-sertar o antigo Plano BD. Sendo as-sim, foi proposto o fechamento doBD e a criação de um plano misto, oPlano B. Foram cinco dias de reu-niões e negociações intensas, mas,ao final, a modificação foi aprovada.Nunca mais a Cemig pôs um centa-vo na Forluz para cobrir déficit. Ho-je, os dois planos estão equilibradose, o mais importante, solventes alongo prazo. O trabalho de investirbem e cuidar do passivo continua.Mas há ainda enormes desafios pelafrente, como a adequação de tábuasde mortalidade, pois as pessoas vi-vem mais e com mais qualidade devida, e isso custa muito dinheiro pa-ra os fundos de pensão e para asprevidências públicas.

Saúde e previdência

Me lembro de ter sido convidadopara participar da comissão quecriou o Prosaúde Integrado, no qualtive a oportunidade de coordenar ogrupo representando a Cemig. Tenhomuita satisfação de ter me envolvidonesse fato histórico. Depois, veio aseparação das áreas de previdênciae saúde. A pressão da Previc e osproblemas regulamentares tornarama separação inevitável. E tanto a par-te de previdência quanto a de saúdetinham crescido muito, com negó-cios diferentes, administração diver-sa e, muitas vezes, conflituosa.

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Pimenta recebe o

prêmio Dirigente

do Ano, da Abrapp,

em 2009

Em 2012, Fernando integrou a

comitiva da Cemig à bolsa de Nova York. Há

treze anos, a Cemig permanece no Índice

Down Jones de Sustentabilidade

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Quando houve a separação, em 2010,senti muita falta da equipe que se foi edos serviços que prestávamos juntos. Asaúde é um serviço mais imediato e tan-gível, diferente de previdência, que é umnegócio de longo prazo. Mas a separaçãofoi importante para as duas entidades.Prova disso é o excelente trabalho realiza-do pela Cemig Saúde. Além dos serviçosassistenciais, muito se avançou na ques-tão de prevenção e promoção à saúde.

Importante legado

No dia da posse dos novos conselhei-ros, um deles ressaltou que, quando eusaísse da Forluz, deixaria um indiscutí-vel legado: a governança corporativa.Sem dúvida, a governança é fundamen-tal para uma gestão eficiente e se tornouum alvo pra mim. Criamos instrumentospara resguardar o patrimônio da Forluz.Temos documentos importantes como oManual de Governança, de Ética e comi-tês criados por profissionais altamentequalificados, dentre eles, o Comitê deÉtica e o de Investimentos. Em 2010,contratamos a consultoria da Mckinsey,que fez um trabalho excelente em ter-mos de melhores práticas de negócio.Como resultado, deixamos de atuar dire-

tamente na gestão da renda variável. Ho-je, trabalhamos com os mais importan-tes gestores nacionais e internacionais,todos escolhidos por meio de rigorososprocessos de seleção.

Além disso, aplicamos dinheiro forado Brasil, por meio de fundos de ações,e com o objetivo de diversificar a cartei-ra de investimentos da Entidade. Tam-bém mudamos radicalmente o foco paragestão estratégica de ativos. Todos os es-tudos internacionais mostram que se ga-nha dinheiro é na gestão estratégica delongo prazo, e não no entra e sai diárioda bolsa. Os ativos e os passivos tam-bém perpassam ferramentas sofisticadasde análise. Enfim, a Forluz mudou e tem

que mudar sempre. Para isso, é precisoaprimorar e preparar os profissionais ca-da vez mais.

Investimento sustentável

A construção do edifício AurelianoChaves foi uma decisão de ampliação dacarteira imobiliária da Forluz em funçãode duas desapropriações enormes que so-fremos dos poderes públicos. Foi uma de-cisão muita pensada e amadurecida, res-gatando o sonho de 40 anos da Cemig deter duas torres como sedes administrati-vas. Uma equipe composta por profissio-nais da própria Cemig e Forluz conduziutoda a obra com rigor e esmero técnico.

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Solenidade de aniversário de 35 anos da Forluz

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Também foi criado um “Comitê para oAcompanhamento e Execução da Obra –CEOF”. Esse comitê foi composto por re-presentantes da diretoria da Forluz, in-clusive pelo diretor eleito e representan-tes dos conselhos Deliberativo e Fiscal.Nenhuma decisão foi tomada sem quepassasse pelo comitê e todas as decisõesforam aprovadas por unanimidade. Esseinvestimento chegou ao término com opreço do metro quadrado abaixo do mer-cado imobiliário da capital e uma varia-ção de custo de 9% do projeto original,mesmo considerando algumas modifica-ções de projeto que foram feitas e queimpactaram a obra. O imóvel já está in-tegralmente alugado para o grupo Cemig,com ótima taxa interna de retorno.

O que vem por aí

A Forluz ainda tem uma longa cami-nhada. É preciso rever sempre os pla-nos, pois o mundo, os negócios e a ex-pectativa de vida mudaram. Serão ne-cessárias novas adequações e novas pro-postas de planos. Baixar a taxa de jurosde 6 para 5%, por exemplo, foi neces-sário, bem como a mudança na tábua demortalidade. Tudo isso afeta o bolso doparticipante, mas é importante fazer osajustes necessários para garantir a so-brevivência do plano. Perenidade do pla-no não significa não mudar.

Como deixa a Forluz

O que realmente fez diferença na mi-nha carreira aqui foram os bons relacio-namentos e amigos de longa data. Issocertamente facilitou o processo, as to-madas de decisão e as longas discus-sões. Ao longo da minha vida profissio-

nal, por várias vezes, por coincidênciasda vida, acabei esbarrando com a For-luz. A Fundação conquistou um grandeprestígio e é referência no mercado daprevidência complementar no Brasil.Chegou o meu tempo. Foi um grandeprazer trabalhar aqui, nesses quase tre-ze anos na presidência. Meu mais sin-cero agradecimento a cada um de vo-cês, que tanto me apoiaram durante a

minha gestão na Forluz. Deixo esta casade cabeça erguida, com a certeza de de-ver cumprido e com muita fé no futuro.É apenas o começo de uma nova traje-tória, dessa instituição tão cara aos seusparticipantes. Vou embora, mas deixoduas pessoas competentes e com gran-de conhecimento técnico em previdên-cia. A Forluz está segura.

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MOMENTOS DECISIVOS

1973 – Participação na assembleia que decidiu tornar a Forluz também o fundo de pensãodos empregados da Cemig.

1992 – Participação na criação do Prosaúde.

1997 – Participação da criação e mudança de planos, fim do déficit do extinto BD.

2003 – Contratação de consultoria e criação de mecanismos de governança corporativa.

2010 – Criação da Cemig Saúde, com a desvinculação das áreas de previdência e saúde.

2014 – Inauguração do prédio sustentável da Forluz.

Solenidade de lançamento da obra do Edifício Aureliano Chaves, em 2009

Encontro com ex-dirigentes da Forluz, em 2010, na sede da Entidade

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Dois novos integrantes da diretoriaexecutiva da Forluz foram empossadosno dia 5 de maio, na sede da Cemig. Pa-ra o cargo de presidente da Fundação,assumiu José Ribeiro Pena Neto, e paradiretor, Pedro Carlos Hosken Vieira. Apósindicados pela patrocinadora, ambos ha-viam sido eleitos, por unanimidade, peloConselho Deliberativo, durante a sua324ª reunião, em 30 de abril. Os manda-tos se encerrarão em junho de 2017.

Para o presidente da Cemig, MauroBorges, a Forluz é uma das peças funda-mentais do alicerce da Concessionária.“Eu não conseguiria enxergar o grandecrescimento que hoje vem tendo o grupoCemig sem um forte fundo de pensão. Agente sabe que a base de qualquer insti-tuição empresarial são os seres humanosque estão dentro delas, e esses seres hu-manos precisam ter um abrigo sólido nofuturo”. Borges também elogiou o lega-do de Fernando Pimenta que, segundoele, como bom mineiro, foi humilde emsimplificar as tantas realizações ocorri-das durante seus mandatos.

Justa homenagem

O novo presidente da Forluz, José Ri-beiro, afirmou que os participantes e aspatrocinadoras têm muito que agradecerao seu antecessor Fernando Pimenta pe-las grandes conquistas da Fundação,mas destacou a governança como o prin-cipal marco. “Temos aparato tecnológi-co, uma equipe dedicada e, acima de tu-do, a confiança do nosso participante”.

Quanto ao futuro, Ribeiro lembrou quegestão de previdência é difícil em qual-quer lugar do mundo. “O aumento da lon-gevidade é muito bom, mas, ao mesmotempo, é difícil de gerir. As tábuas demortalidade mudam, o ambiente de in-vestimentos é complicado, as remunera-ções caem e a volatilidade é muito gran-de. Nossa missão é muito desafiadora.Portanto, peço a todos, patrocinadora,participantes, nossa equipe valorosa da

Forluz, prestadores de serviço das áreasfinanceira, jurídica e atuarial e demaisparceiros que nos ajudem nesse grandedesafio que temos. De nossa parte, pro-metemos muito trabalho, aprimoramentotécnico, diálogo sempre e transparência”.

Com a posse dos novos membros, a

diretoria executiva se completa com amanutenção em seus cargos dos demaisdiretores, Rodrigo Eustáquio BarbosaBarata, à frente da Diretoria de Investi-mentos e Controle, e Vanderlei Toledo,diretor eleito para a Diretoria de Rela-ções com os Participantes - DRP.

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Dois novos membros completam a Diretoria Executiva da Forluz, na sede da Cemig, em 5 de maio

CERIMÔNIA

Presidente e diretor assumem e recompõem a diretoria

Foto: Elderth Theza - Thz

José Ribeiro Pena Neto é graduadoem Engenharia Elétrica, opção Eletrô-nica, pelo Instituto Nacional de Tele-comunicações - Inatel. Em sua carrei-ra profissional, atuou na GTE do Bra-sil, no Indi e na Cemig, entre 1974 e1996. Possui MBA Executivo em Fi-nanças pelo Instituto Brasileiro doMercado de Capitais - IBMEC, dentreoutras especializações na área finan-ceira e de previdência. É membro ti-tular do Conselho Nacional de Previ-dência Complementar - CNPC, repre-sentando as entidades fechadas deprevidência complementar junto aoMinistério da Previdência Social, alémde ocupar o cargo de diretor presiden-te da Abrapp, desde o ano passado.

Pedro Carlos Hosken Vieira é forma-do em Administração pela Universida-de Fumec. Estudou na GraduateSchool of The United States Depart-ment of Agriculture – USDA, entre ou-tras graduações e especializações emconceituadas instituições de ensino.Na Cemig, ocupou cargos gerenciais ede nível superior, de 1977 a 2008.Foi assistente do presidente das Cen-trais Elétricas Brasileiras S/A – Eletro-bras. Exerceu, ainda, os cargos de di-retor de Distribuição da estatal fede-ral, além de diretor presidente e dire-tor Financeiro das empresas de distri-buição controladas pela companhia.Na Forluz, foi presidente do ConselhoFiscal, de 1995 a 1999.

QUEM SÃO OS NOVOS DIRIGENTES

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filme inteiro, e não apenas a foto isola-da”, esclarece.

A Forluz, por exemplo, tem os investi-mentos muito bem casados com seuscompromissos. Então, deve continuarpensando no longo prazo, evitando deci-sões motivadas pela conjuntura que po-

dem produzir resultados nominalmentemais favoráveis no curto prazo, mas queprejudiquem o desempenho futuro. “Es-tamos num momento de cautela e deve-mos ser um pouco mais conservadores,aproveitando algumas oportunidades queprovavelmente não voltaremos a ter”.

OS PARTICIPANTES DA FORLUZ TÊM COM OQUE SE PREOCUPAR?

O participante da Fundação não precisa sepreocupar quanto à sua gestão, que se baseianum modelo exemplar de governança. Para oassessor de Risco da Forluz, Antônio CarlosBastos d'Almeida, apesar disso, existe um ris-co natural do negócio. “Combater fraudes, cor-rupção e má gestão de recursos é possível pormeio de uma boa governança”, ressalta.

“É natural que os resultados de alguns fun-dos não sejam tão bons neste momento. O paísestá passando por um período de grandes de-safios. São poucas as ofertas de títulos priva-dos e, muitas vezes, eles apresentam um nívelde risco incompatível com o grau de tolerânciada Fundação; e quando atende ao apetite aorisco, as taxas ficam tão baixas que já não háuma boa compensação”, explica d’Almeida.

Segundo ele, outro fator que impacta nosresultados é a questão da longevidade. “Aspessoas vivem mais, e isso é ótimo, mas serãonecessários mais recursos para suprir essetempo a mais de vida”.

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O futuro dos planos de benefícios temsido motivo de preocupação para osmais de 3 milhões de participantes queinvestem em previdência complementarno país. O motivo está ligado às recen-tes denúncias de suspeita de corrupção,problemas na administração e déficitsde alguns fundos de pensão.

Entretanto, nos últimos dez anos arentabilidade alcançada pelas institui-ções foi de 265,66%, acima da taxamédia atuarial acumulada de 165,09%,segundo a Superintendência Nacionalde Previdência Complementar - Previc.Para a Previc e a Associação BrasileiraEntidades Fechadas de PrevidênciaComplementar - Abrapp, esse desempe-nho afasta problemas de solvência nosistema. Porém, caso ocorram, os pla-nos com déficit acima de 10% das re-servas ou com resultados negativos portrês anos consecutivos são obrigados atomarem medidas de equacionamento.

Momento adverso

A situação da economia leva os fun-dos a assumirem uma posição mais con-servadora, com maior preferência poraplicações de renda fixa, em sintoniacom os demais investidores institucio-nais. As entidades brasileiras estão lon-ge, porém, do peso que o setor atingiuem economias mais avançadas. A parti-cipação dos ativos dos fundos de pensãono PIB do país, em queda desde 2012,está em 14%, enquanto nos EstadosUnidos representa 113%, no Reino Uni-do, 131%, e na Holanda, 170%.

Apesar disso, para opresidente da Forluz eda Abrapp, José Ribei-ro Pena Neto, “o mode-lo de gestão usado nopaís é reconhecido in-ternacionalmente comoum sucesso, tanto em

relação à governança e regulação, quan-to ao cumprimento das metas atuariais,entre outros pontos de destaque”.

Os fundos de pensão são investidoresvocacionados para o longo prazo. “Nes-se caso, é muito mais importante ver o

Combate à má gestão começa aquiFonte: www.cartacapital.com.br

GOVERNANÇA

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GOVERNANÇA

Medidas preventivas

A assessora de Compliance da Fun-dação, Raquel Gouveia, esclarece que alegislação é suficiente para garantir umaboa governança. “É preciso zelar paraque ela seja cumprida”, reforça.

Desde 2004, a Entidade vem aprimo-rando seu sistema de controles. O núme-ro de fiscalizações internas e externastem sido ampliado desde 2008. A audi-toria da KPMG, por exemplo, foi contra-tada para acompanhar a obra do edifícioAureliano Chaves. Aconteceram audito-rias contratadas e fiscalizações pela Pre-vic. “No ano passado, a auditoria da Ce-mig também esteve por seis meses naFundação, e nenhuma irregularidade foidetectada.”, conta Raquel.

O presidente do Con-selho Fiscal da Forluz,eleito pelos participan-tes, Júlio César Silva,acredita que cada órgãoestatutário deve cum-prir com suas obriga-ções, conforme deter-

minado pela legislação. Só assim serápossível uma Forluz perene, saudável esolvente.

No que se refere ao Conselho Fiscal,Júlio esclarece que estão trabalhandocom afinco para conquistar o melhor ní-vel de excelência. “Não basta ao conse-lheiro, seja ele deliberativo ou fiscal, terintegridade e honestidade, se ele não ti-ver a capacitação necessária e o tempodisponível para cumprir com seu papel”.

Anticorrupção em pauta

Mesmo antes de entrar em vigor a leinº 12.846/13, conhecida como Lei Anti-corrupção, a Abrapp já havia se anteci-pado e lançado um guia com o intuito deblindar as fundações contra esse mal. Odocumento indica mecanismos de prote-ção, dentre eles, a criação de canais dedenúncia, elaboração de códigos de con-duta e ética, treinamento e conscientiza-ção de empregados e dirigentes. Todosesses mecanismos já são aplicados pelaForluz. Alguns integralmente, outros emfase de implementação.

Acesse http://goo.gl/fHaECS para co-nhecer a Lei Anticorrupção. E para se in-teirar dos mecanismos de proteção, aces-se o guia em http://goo.gl/WwL7iq.

FIQUE ATENTO

De acordo com Devanir Silva, superintendente da Abrapp,as dificuldades enfrentadas nos últimos dois anos pelas fun-dações decorrem de um mercado adverso que, em parte, na-da mais fez do que refletir as próprias travas da economia. Emostram uma história puramente circunstancial, fruto deuma conjuntura e não de um quadro permanente.

Para ele, os fundos de pensão brasileiros formam um sistema saudável e osnúmeros confirmam isso. “A rentabilidade conseguida nos últimos 20 anos,mais especificamente entre 1995 e 2014, foi de 2.187%, um resultado mui-tas vezes acima do que os compromissos expressos no passivo estão a exigir,uma vez que a meta atuarial no mesmo período foi de 1.189%. Como são emciclos longos de tempo que os fundos devem ter os seus resultados avaliados,nada melhor do que uma performance dessas para contrapor notas veiculadaspela mídia”.

Devanir defende, ainda, que os culpados por eventuais casos pontuais deirregularidade precisam ser punidos. “O sistema tem um regime repressivoforte e as autoridades contam com mecanismos de fiscalização para coibir oseventuais atos irregulares de gestão. A enorme maioria dos dirigentes de en-tidades, a Abrapp e tampouco a Previc não está disposta a tolerar desvios deconduta”.

Devanir também esclarece que o participante tem o papel crucial nesseprocesso. Ele deve estar atento às informações e cobrar esclarecimentos, senecessário, inclusive de seus representantes nos colegiados. “É preciso saberse os eleitos e os indicados estão exercendo as suas funções com o máximocompromisso e dever fiduciário. Sem esquecer que os fundos são regidos porleis e normas em sintonia com as melhores práticas internacionais. Temos asupervisão baseada em riscos caminhando e exigindo a contrapartida da ges-tão baseada também em riscos, tudo isso fazendo com que os próprios diri-gentes e profissionais de fundos invistam cada vez mais em sua qualificação.A Forluz, aliás, é um bom exemplo disso, sendo padrão de referência, pos-suindo equipe qualificada, metodologia e processos avançados de gestão”.

8 Manual de Governança Corporativa –Orienta a forma pela qual a Forluz é diri-gida e monitorada, visando contribuir pa-ra a sua perenidade. Oferece parâmetrospara alcançar padrões de excelência emsuas atividades.

8 Regulamento de Conduta e Ética – Esta-belece padrões de conduta e ética a se-rem observados no ambiente de trabalho.Orienta os profissionais no sentido deevitar situações que possam suscitar con-flitos de interesse e trata da transparên-cia na condução dos negócios.

8 Comitê de Conduta e Ética – Compostopor participantes. Compete aos membrosorientar e fiscalizar a execução, aplica-

ção e atualização do regulamento.

8 Política Anual de Investimentos - Defineos parâmetros, limites e os principais cri-térios de diversificação e de elegibilidadedos investimentos. O material é aprovadopelo Conselho Deliberativo e fornece asdiretrizes de atuação do Comitê de Inves-timentos.

8 Comitê de Investimentos - Tem por fi-nalidade avaliar e aprovar qualquer ativoelegível que possa fazer parte do portfó-lio da Forluz. Formado por técnicos e di-retores da Fundação. Os investimentossão realizados considerando não só suaexpectativa de retorno, mas, também, orisco que oferecem.

MECANISMOS DE PROTEÇÃO DA FORLUZ

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