SUBSÍDIOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL NA FLORESTA … · Aos amigos das comunidades de estudo,...

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Universidade Federal do Amapá - UNIFAP Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical - PPGBIO Mestrado e Doutorado UNIFAP / EMBRAPA-AP / IEPA / CI-BRASIL PERSEU DA SILVA APARÍCIO SUBSÍDIOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL NA FLORESTA ESTADUAL DO AMAPÁ: ESTRUTURA E DINÂMICA MACAPÁ AP 2013

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Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical - PPGBIO

Mestrado e Doutorado

UNIFAP / EMBRAPA-AP / IEPA / CI-BRASIL

PERSEU DA SILVA APARÍCIO

SUBSÍDIOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL NA FLORESTA

ESTADUAL DO AMAPÁ: ESTRUTURA E DINÂMICA

MACAPÁ – AP

2013

PERSEU DA SILVA APARÍCIO

SUBSÍDIOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL NA FLORESTA

ESTADUAL DO AMAPÁ: ESTRUTURA E DINÂMICA

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Biodiversidade Tropical,

como parte dos requisitos para obtenção do

título de Doutor em Biodiversidade

Tropical.

Orientadora: Dra. Eleneide Doff Sotta

Co-orientador: Dr. Marcelino C. Guedes

MACAPÁ - AP

2013

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá

Aparício, Perseu da Silva.

Subsídios para o manejo sustentável na floresta estadual do Amapá:

estrutura e dinâmica / Perseu da Silva Aparício; orientadora Eleneide

Doff Sotta; co-orientador Marcelino C. Guedes. Macapá, 2013.

138 f.

Tese (Doutorado) – Fundação Universidade Federal do Amapá,

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical.

1. Floresta – Conservação. 2. Desenvolvimento sustentável –

Amapá. 3. Recursos naturais – Conservação. 4. Fitossociologia.

I. Sotta, Eleneide Doff. (orient.). II. Guedes, Marcelino C. (co-orient.).

III. Fundação Universidade Federal do Amapá. IV. Título.

CDD. (22.ed). 634.92098116

PERSEU DA SILVA APARÍCIO

SUBSÍDIOS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL NA FLORESTA

ESTADUAL DO AMAPÁ: ESTRUTURA E DINÂMICA

Banca Examinadora:

_________________________________________________________________

Dr. João da Luz Freitas (IEPA)

_________________________________________________________________

Dr. Luciano Araújo Pereira (UEAP)

__________________________________________________________________

Dr. Silas Mochiutti (EMBRAPA/AP)

__________________________________________________________________

Dr. Niro Higuchi (INPA)

Orientador:

__________________________________________________________________

Dra. Eleneide Doff Sotta (EMBRAPA)

Co-orientador:

__________________________________________________________________

Dr. Marcelino C. Guedes (EMBRAPA)

MACAPÁ-AP

Dezembro/ 2012

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus filhos e

bênçãos Taiguã e Tauã, fontes de inspiração e

motivação para continuar a trilhar os

desafios.

“O Senhor é a minha luz e a minha salvação. De quem terei medo?

O Senhor é a fortaleza da minha vida. A quem temerei? Ainda que

um exército se acampe contra mim não se atemorizará o meu

coração, e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei

confiança.”

Salmo 27, v. 1,2 e 3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me ofertado saúde, força e capacidade para enfrentar todos os

obstáculos durante todo o curso de pós-graduação, principalmente na fase final da tese.

Ao Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Tropical pela oportunidade de

aperfeiçoamento profissional.

A Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e seus dirigentes pela compreensão e

incentivo concedido por meio de licença para coleta de campo e viagem para cumprimento

dos deveres do Doutorado.

A EMBRAPA-AP, pela confiança a mim depositada, pelo apoio financeiro e por todos

os momentos de aprendizado adquiridos no campo cujos ensinamentos são indeletáveis.

A Eleneide Doff Sotta, por todo exemplo demonstrado como pessoa e como

profissional, pela confiança, pelos momentos de descontração, pela simplicidade, paciência,

dedicação, respeito e amizade.

A Marcelino Carneiro Guedes, por aceitar co-orientar-me, por me ingressar no cenário

científico do Amapá, por estar sempre ao meu lado, pelos ensinamentos, apoio total, pela

orientação, amizade, respeito, dedicação e paciência em todos os trabalhos realizados.

A todos os motoristas e funcionários que fazem parte da Instituição EMBRAPA - AP,

que viajaram para o município de Porto Grande por diversas vezes, em especial a Carlão, por

todo companheirismo, paciência, auxílio no levantamento dos dados de campo durante o

trabalho.

A Wegliane Campelo da Silva Aparício, pela coragem, atitude, pelas discussões, pela

revisão de texto, pela luta, por se fazer sempre presente nas dificuldades e conquistas e pela

dedicação incomensurável, a qual jamais desapareceu de minhas lembranças, e, sou

eternamente grato e abençoado por ter participado de sua vida.

Aos amigos das comunidades de estudo, Filismino e família, Inês e família, Paulão

(Finado), Adonias, pela moradia, televisão, peixe, camarão e açaí cedidos, por conceder

autorização para a pesquisa e por toda colaboração, confiança, respeito e apoio.

Aos meus orientandos Diego Armando, Anderson Pedro, João Matos, Robson Borges,

Robson Carmo, Vanessa Santos, Camila Severiano, Rayanny, Harliany, Luandson, Elizabete,

Renam, Samara, Marcos Vinicios, Nicacio, Aislan, Francisco, Aloncio, Erick Santos, por

serem amigos desbravadores, por toda ajuda em campo, pelo companheirismo, união,

consideração, respeito, humildade, pelos memoráveis momentos de descontração e por todo

apoio durante este trabalho.

A minha família, pai, mãe, irmãos e cunhados, por serem meus verdadeiros amigos,

minha referência e alicerce, por estarem ao meu lado nas horas de alegria e de tristeza, pelo

incentivo à conclusão do doutorado.

Ao meu tio Emano Saita Aparicio por ter me ajudado no ingresso da pós-graduação, e

acreditado que poderia concluir meus objetivos.

Ao meu sogro e sogra, por toda confiança, dedicação, paciência, companheirismo,

consideração, incentivo e principalmente pela amizade, parceria e respeito.

Aos meus filhos Taiguã e Tauã por promover os melhores momentos da minha vida,

dedico.

RESUMO

Estudos florísticos e estruturais com espécies arbóreas adultas e em regeneração são

imprescindíveis para garantir a sustentabilidade do manejo de uma comunidade florestal.

Nesses termos, o objetivo deste trabalho foi inferir sobre a potencialidade do manejo florestal

em floresta ombrófila densa, a partir de atributos da estrutura e dinâmica das espécies

arbóreas adultas e em regeneração natural. A área de estudo está localizada na Floresta

Estadual do Amapá (FLOTA/AP), região central do estado, Amazônia, Brasil. As principais

fitofisionomias presentes são Floresta Ombrófila Densa de terras baixas, Floresta Ombrófila

Densa Submontana e Transição Cerrado – Floresta. Inicialmente, foram inventariadas as

árvores caídas presentes em 30 unidades amostrais em cada fitofisionomia da FLOTA, de

maneira aleatória. Todas as árvores caídas com diâmetro à altura do peito a 1,30 m do solo

(DAP) > 10 cm foram submetidas à cubagem rigorosa por meio dos procedimentos descritos

por Smalian para determinação do volume comercial. Para gerar uma equação de predição do

volume, cinco modelos de simples entrada (DAP); e oito de dupla entrada (DAP e altura

comercial do fuste (H), combinadas ou não) foram testados. O volume real das árvores, obtido

pela cubagem rigorosa, foi comparado com os volumes estimados pelas equações são de

simples entrada e de dupla entrada com melhor ajuste dos dados e com o volume cilíndrico

com fator de forma 0,7. O volume gerado por cada método foi comparado com o volume real

da testemunha por meio do teste t pareado. Posteriormente, foram implantadas parcelas

permanentes no segundo módulo da FLOTA/AP, por meio de amostragem em

conglomerados. O universo amostral abrangeu uma população de 500 ha, distribuídos em três

distintas áreas (unidades primárias - UP), equidistantes em, aproximadamente, 2.500 m. Cada

unidade primária foi disposta em forma quadrada com cinco parcelas permanentes de 100

x100 m para inventário de árvores adultas (DAP > 10cm), abrangendo uma área de 5 ha/UP e

15 ha no total. Cada parcela foi subdividida em 100 subparcelas de 10x10 m. Destas foram

sorteadas 20 subparcelas para o estudo da regeneração natural e inventário de arvoretas (5 <

DAP < 10 cm). Em cada subparcela sorteada também foi implantada, aleatoriamente nos

vértices, subunidade de 5x5m para inventário da regeneração natural em vara (2,5 < DAP < 5

cm). Também foram mensuradas as alturas comerciais, presença ou ausência de cipós

competidores, oco e cupim, posição sociológica, qualidade e classe do fuste. O

monitoramento da vegetação ocorreu entre os anos de 2010 e 2012, com remedições anuais.

Foram calculados os parâmetros fitossociológicos e regeneração natural por classe de altura.

Também foram gerados histogramas da estrutura diamétrica e estimado o volume total. A

similaridade florística entre cada um dos dois níveis de regeneração natural e das unidades

primárias, foi realizada por meio de análise de agrupamento. Todas as espécies identificadas

foram separadas em grupos de valor madeireiro. O crescimento das espécies foi avaliado a

partir dos incrementos periódicos anuais percentuais em diâmetro, taxas de recrutamento e

mortalidade. Quando geradas as equações volumétricas por fitofisionomia e geral (n = 216

árvores caídas), foi verificado que os modelos de simples entrada de Husch e dupla entrada de

Schumacher-Hall (Ln) geraram os melhores ajustes para a Floresta Ombrófila Densa, tanto

para as de terras baixas, quanto para as submontanas e de transição cerrado-floresta. Não

foram observadas diferenças significativas entre as estimativas de volume geradas pelas

equações de simples (Husch) e dupla entrada (Schumacher-Hall (Ln)) com o volume real (t =

0,81 e p = 0,42; t = 0,62 e p = 0,53, respectivamente) das árvores da Floresta Ombrófila

Densa do Amapá. Sempre que for possível medir com confiança a altura comercial das

árvores, recomenda-se o uso da equação de dupla entrada (LnV = -8,75 + 1,88*LnDAP +

0,82*LnHc) para estimativa dos volumes. Se apenas medidas do DAP estiverem disponíveis é

possível utilizar a equação (LnV = -7,92 + 2,21*LnDAP) de simples entrada. Foram

inventariados 7557 indivíduos arbóreos vivos com DAP > 10 cm, distribuídos em 38 famílias

botânicas, 115 gêneros, 183 espécies, com 12 indeterminadas. O índice de diversidade de

Shannon encontrado foi de 4,38 nats/ind. Dentre as espécies mais importantes com valor

comercial podem ser citadas: Tabebuia serratifolia, Apeiba tibourbou e Bowdichia nitida. O

número de árvores foi estimado em 504 indivíduos.ha-1

, com volume total de 383,22 m3,

distribuídos em 112,13 m3 nas árvores com DAP’s entre 10 e 40cm, 40,98 m

3 para arvores

com DAP’s entre 40 e 50cm e 201,56 m3 apenas para árvores com DAP’s maior 50cm. A

regeneração natural foi composta por 2.700 indivíduos, pertencentes a 38 famílias botânicas,

93 gêneros e 141 espécies arbóreas. O agrupamento formou três grupos florísticos. Quanto à

dinâmica florestal, ocorreu a perda de aproximadamente 3 % dos dados obtidos em campo,

gerando um total de 10.209 plantas vivas em 2010, com aumento de 0,46 % em 2011 e baixa

de 0,90 % em 2012, em relação ao inicio do monitoramento. A estimativa total por hectare de

varas, arvoretas e árvores foi de 2.303 indivíduos. O número de indivíduos e o crescimento

diamétrico das espécies foram influenciados pelo fator tempo. O inventário demonstrou que

nove espécies contêm taxas de recrutamento contínua nas seis classes diamétricas iniciais,

com variação de 0,02 a 0,87 %: Eschweilera coriacea, Osteophloeum platyspermum,

Pourouma ovata, Eugenia sp., Iryanthera paraensis, Micropholis acutangula, Micropholis

longipedicellata, Pouteria sp.1 e Sclerolobium melanocarpum. Os maiores índices de

mortalidade foram observados nas classes iniciais, com exceção da classe com diâmetros

acima de 110 cm (Mezilaurus itauba - 3,7 %). De maneira geral, as taxas de ingresso

apresentaram valores superiores em relação à mortalidade. Quanto aos incrementos periódicos

médios em DAP, durante os três anos de monitoramento foram encontrados valores para a

floresta variando de 0,6 a 0,8 cm ano-1

. O local de estudo apresentou um satisfatório número

de espécies adultas comercializáveis com relevante número de indivíduos, boas condições

fitossanitárias e volume apto à exploração, além de oferecer indivíduos jovens das espécies

alvo de corte para manter a capacidade produtiva da floresta após a exploração.

Palavras-chave: Fitossociologia; Crescimento; Amazônia.

ABSTRACT

Floristic and structural studies with tree and regeneration species are essential to sustainability

management of forest. So the aim was to know potential of forest management in tropical rain

forest, from attributes of structure and dynamics of tree and regeneration species. The study is

located in Amapá State Forest (FLOTA / AP), Amazon, Brazil. There are three types

vegetation: dense rain forest lowland, lower montane rain forest and savanna-forest transition.

Initially, fallen trees were inventoried present in 30 sampling in types vegetation. All fallen

trees with diameter at breast height to 1.30m (DBH) > 10 cm was mensured by Smalian

procedures to determine volume. To prediction equation of volume, five models with single

entry (DAP), and eight double entry (DBH and commercial height (H), combined or not) were

tested. The actual volume of trees was compared with volumes estimated by simple and

double equations, and with cylindrical volume (form factor 0.7). The volume generated by

each method was compared with the actual volume of the witness by the paired t test. Later,

plots were established three primary units (UP) in the second module FLOTA / AP to

estimated 500 ha. Each primary units was arranged with five plots (100 x100m) for inventory

trees (DBH > 10cm). Each plot was divided into 100 subplots of 10x10 m. These 20 plots

were selected for study regeneration (5 < DBH < 10 cm). In each subplot was also

implemented randomly subunit 5x5m (regeneration in 2.5 < DBH < 5 cm). Also the

commercial heights, presence or absence of competitors vines, hollow termite, sociological

position, quality and class of stem were measured. Vegetation monitoring occurred between

2010 and 2012. Parameters phytosociological were calculated and regeneration by height

class. Histograms diameter structure were generated and estimated total volume. The floristic

similarity between regeneration and primary units was performed by cluster analysis. All

species were separated into groups of timber value. The growth of species was evaluated from

annual percentage increases in diameter, recruitment and mortality rates. With volumetric

equations by vegetation type (n = 216 fallen trees), it was found that of single entry Husch

and double entry Schumacher-Hall (Ln) generated the best for Rain Forest, both for lowland,

submontane and transitional savanna-forest. No significant differences were observed

between volume estimates by Husch and Schumacher-Hall (Ln) with actual volume (t = 0.81

and p = 0.42, t = 0.62 p = 0.53, respectively). Where it is possible to measure with confidence

the commercial height of trees, it is recommended to use of double-entry equation (LNV = -

8.75 + 1.88 * + 0.82 * LnDAP LnHc) to estimate volumes. If only DBH are available it is

possible to use equation (LNV = -7.92 + 2.21 * LnDAP) with single entry. We recorded 7557

individual trees (DBH > 10 cm), distributed in 38 botanical families, 115 genera, 183 species,

with 12 indeterminate. The Shannon diversity index was 4.38 nats / ind. Among the most

important species value can be cited: Tabebuia serratifolia, Apeiba tibourbou and Bowdichia

nitida. The number of trees was estimated at 504 individuals.ha-1

, with a total volume of

383.22 m3, distributed in trees with DBH 10 and 40cm (112.13 m

3), 40.98 m

3 for trees with

DBH 40 and 50cm and 201.56 m3 for trees with DBH larger 50cm. Regeneration was

composed of 2,700 individuals, belonging to 38 botanical families, 93 genera and 141 species.

The cluster formed three floristic groups. As for forest dynamics, the loss occurred in

approximately 3% of data obtained, generating a total of 10,209 plants in 2010, an increase of

0.46% in 2011 and low of 0.90% in 2012, compared to beginning of monitoring. The total

estimate per hectare was 2.303 individuals (tree and regenaration). The number of individuals

and diameter growth of species were influenced by time factor. The survey showed that nine

species contain continuous recruitment rates in six initial diameter classes (0.02 to 0.87%):

Eschweilera coriacea, Osteophloeum platyspermum, Pourouma ovata, Eugenia sp.,

Iryanthera paraensis, Micropholis acutangula, Micropholis longipedicellata, Pouteria sp.1

and Sclerolobium melanocarpum. The highest mortality rates were observed in initial classes

except class with diameters above 110 cm (Mezilaurus itauba - 3.7%). In general, recruitment

rates showed higher values in relation to mortality. As for periodic increments, during the

three years of monitoring values were found ranging from 0.6 to 0.8 cm year-1

. The study site

presented a satisfactory number of marketable species with relevant number of individuals,

good phytosanitary conditions and volume fit to exploitation, as well as offering young

individuals species of target cutting to maintain productive capacity of forest after logging.

Key words: Phytosociology; Growth; Amazon

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localização da Floresta Estadual do Amapá com seus limites e tipologias

florestais características, com destaque para o segundo módulo ao sul do

estado (Imagem do Satélite LANDSAT7 ETM+

26

Figura 2 Distribuição diamétrica e altura comercial média (Hc) das árvores caídas

na Floresta Estadual do Amapá, Amazônia, Brasil.

37

Figura 3 Distribuição diamétrica de árvores vivas e caídas a cada hectare na

Floresta Estadual do Amapá, Amazônia, Brasil.

38

Figura 4 Análise de distribuição gráfica de resíduos dos modelos de simples

entrada para equação de árvores caídas na Floresta Estadual do Amapá.

Onde: 1 - Koperzky-Gehrhardt; 2 - Hohenald-Krenn; 3 – Husch; 4 –

Brenac; 5 – Husch-Não linear.

45

Figura 5 Análise de distribuição gráfica de resíduos dos modelos de dupla entrada

para equação de árvores caídas na Floresta Estadual do Amapá. Onde: 1 –

Spurr; 2 – Stoate; 3 - Naslund; 4 – Meyer; 5 - Meyer modificada; 6 -

Spurr (Ln); 7 - Schumacher-Hall (Ln); 8 - Schumacher-Hall-não linear.

46

Figura 6 Curva do número de espécie por número de parcelas amostradas (área)

representando a composição florística da floresta ombrófila densa

inventariada no município de Porto Grande, Amapá, Amazônia.

58

Figura 7 Unidade Amostral Secundária (US) permanente, utilizada para o estudo

das espécies arbóreas adultas e em regeneração natural no segundo

módulo da FLOTA/AP

83

Figura 8

Figura 9

Dendrograma representando as sequências de agrupamento em três áreas

de estudo (A1; A2; A3) e dois níveis de regeneração natural (arvoreta -

5.0 < DAP < 10.0 cm; vara - 2.5 <DAP <5.0 cm) em floresta ombrófila

densa, Porto Grande/AP.

Distribuição do numero de indivíduos em distintas classes diamétricas

numa floresta ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde: 1

(2.5 < DAP < 5cm); 2 (5 < DAP < 10cm); 3 (10 < DAP < 20cm);4 (20 <

DAP < 30cm); 5 (30 < DAP < 40cm); 6 (40 < DAP < 50cm); 7 (50 <

DAP < 60cm); 8 (60 < DAP < 70cm); 9 (70 < DAP < 80cm); 10 (80 <

DAP < 90cm); 11 (90 < DAP < 100cm); 12 (100 < DAP < 110cm);13

(DAP > 110cm).

92

101

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Modelos volumétricos utilizados para representar a volumetria da Floresta

Estadual do Amapá, Amazônia.

35

Tabela 2 Suficiencia amostral para numero de indivíduos e volume por hectare na

Floresta Estadual do Amapá. FODTB – Floresta ombrofila densa de terras

baixas; FODSm – Floresta ombrofila densa submontana; TCF – Transição

cerrado-floresta. N.U.L – número unidades locadas; N.O.U – numero

ótimo de unidades; IC – intervalo de confiança; E.A. – erro de

amostragem.

36

Tabela 3 Ajuste das equações de volume para as árvores caídas testadas nos

modelos de simples entrada para Floresta Estadual do Amapá

(FLOTA/AP). Onde: β0, β1 – parâmetros estatísticos dos modelos; p –

nível de significância dos parâmetros dos modelos; F – valor calculado da

análise de variância; R²aj – coeficiente de determinação ajustado; Syx –

erro padrão residual absoluto; Syx% - erro padrão residual relativo; IF –

ídice de furnival absoluto; IF% – ídice de furnival relativo.

40

Tabela 4 Ajuste das equações de volume para as árvores caídas testadas nos

modelos de dupla entrada para Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP).

Onde: β0, β1 – parâmetros estatísticos dos modelos; p – nível de

significância dos parâmetros dos modelos; F – valor calculado da análise

de variância; R²aj – coeficiente de determinação ajustado; Syx – erro

padrão residual absoluto; Syx% - erro padrão residual relativo; IF – ídice

de furnival absoluto; IF% – ídice de furnival relativo.

41

Tabela 5 Relação das espécies arbóreas inventariadas, distribuição espacial pelo

método Payandeh (Pi) e gupo de valor madeireiro (GVM) numa floresta

ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia.

59

Tabela 6

Tabela 7

Parâmetros Fitossociológicos de espécies arbóreas inventariadas numa

floresta ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde: N –

numero total de indivíduos; DR – densidade relativa; FR – freqüência

relativa; DoR – dominância relativa; VI – valor de importância; H – altura

comercial (metros); DAP – diâmetro a altura do peito a 1.30m do solo

(metros).

Estoque volumétrico e potencial das árvores nas unidades primárias (UP)

numa floresta ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde:

Qf – qualidade do fuste; N – número total de indivíduos; V – volume em

m³.ha-1

; PC – presença de cupim; C – presença de cipós competidores; O

– presença de oco.

67

72

Tabela 8 Estimativa do percentual da Regeneração Natural Total (RNT) para as

arvoretas* (5.0 < DAP < 10.0 cm) e varas** (2.5 < DAP <5.0 cm) por

classe de altura em Porto Grande/AP, listados em ordem decrescente de

acordo com o maior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR =

Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural na Classe 1 de altura;

RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3 =

Regeneração Natural na Classe 3 de altura.

85

Tabela 9

Tabela 10

Taxa de recrutamento (R) e mortalidade (M) por classe diamétrica das

espécies arbóreas inventariadas numa floresta ombrófila densa, Porto

Grande, Amapá, Amazônia. Em que: classe 1(2,5 < DAP < 5cm), classe 2

(5 < DAP < 10cm), classe 3 (10 < DAP < 20cm), classe 4 (20 < DAP <

30cm), classe 5 (30 < DAP < 40cm), classe 6 (40 < DAP < 50cm) classe 7

(50 < DAP < 60cm), classe 8 (60 < DAP < 70cm), classe 9 (70 < DAP <

80cm), classe 10(80 < DAP < 90cm), classe 11(90 < DAP < 100cm),

classe 12 (100 < DAP < 110cm) e classe 13 (≥110cm).

Taxa de recrutamento (t), mortalidade (M), incremento periódico anual

percentual (IPA) e incremento periódico anual médio (IPAm) nas classes

diamétricas numa floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

103

117

Tabela 11 Teste de hipósete multivariado de Wilks para o efeito tempo (T) e

interações sobre o número de indivíduos (N) e crescimento em diâmetro

(C) entre as Unidades Primárias (UP), Nível de inclusão e Grupo de valor

madeireiro (GVM) em uma floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

118

Tabela 12 Crescimento em diâmetro (cm), representado pelo desvio padrão, nas

Unidades Primárias (UP) quanto ao Grupo de valor madeireiro (GVM)

em uma floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

119

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL ........................................................................... 17

1.1 OBJETIVOS DE ESTUDO..........................................................................

1.2 ESTRUTURA DA TESE.............................................................................

1.3 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................

19

19

20

1.3.1 Fitossociologia............................................................................... 20

1.3.2 Regeneração Natural no Contexto do Manejo

Sustentável......................................................................................

21

1.3.3 Dinâmica Florestal......................................................................... 22

1.4 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO................................................... 25

2 ESQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS DE ÁRVORES CAIDAS EM

DIFERENTES FITOFISIONOMIAS DA FLORESTA

AMAZÔNICA, BRASIL............................................................................

27

RESUMO...................................................................................................... 28

ABSTRACT ................................................................................................. 29

2.1 INTRODUÇÃO..................................,......................................................... 30

2.2 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 32

2.2.1

2.2.2

Caracterização da Área ..................................................................

Estrutura Florestal...........................................................................

32

33

2.2.3 Equação Volumétrica...................................................................... 34

2.2.4 Validação da Equação Volumétrica................................................ 35

2.3 RESULTADOS............................................................................................. 36

2.3.1 Estrutura Florestal........................................................................... 36

2.3.2 Equação Volumétrica...................................................................... 38

2.3.3 Validação da Equação Volumétrica................................................ 46

2.4 DISCUSSÃO................................................................................................ 47

2.4.1 Estrutura Florestal........................................................................... 47

2.4.2 Equação Volumétrica...................................................................... 48

2.4.3 Validação da Equação Volumétrica................................................ 50

2.5

3

3.1

3.2

3.3

CONCLUSÕES............................................................................................

APTIDÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS O MANEJO EM

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA, AMAPÁ, AMAZÔNIA...............

RESUMO......................................................................................................

ABSTRACT..................................................................................................

INTRODUÇÃO............................................................................................

MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................

3.2.1 Caracterização da Área..................................................................

3.2.2 Inventário Florestal........................................................................

3.2.3 Análise Estrutural...........................................................................

RESULTADOS.............................................................................................

3.3.1 Florística e Fitossociologia............................................................

51

52

53

54

55

56

56

56

57

57

57

3.4

3.5

3.3.2 Estrutura Arbórea...........................................................................

3.3.3 Potencial Madeireiro......................................................................

DISCUSSÃO................................................................................................

3.4.1 Florística e Fitossociologia............................................................

3.4.2 Estrutura Arbórea...........................................................................

3.4.3 Potencial Madeireiro......................................................................

CONCLUSÕES............................................................................................

71

72

73

73

75

76

77

4 NÍVEIS DE REGENERAÇÃO NATURAL PARA SUBSÍDIO AO

MANEJO EM FLORESTA DE TERRA FIRME NO

AMAPÁ........................................................................................................

78

RESUMO ..................................................................................................... 79

ABSTRACT ................................................................................................. 80

4.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 81

4.2 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 82

4.3 RESULTADOS............................................................................................. 83

4.4 DISCUSSÃO................................................................................................ 92

4.5 CONCLUSÕES............................................................................................ 94

5 DINÂMICA DO CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA NO AMAPÁ.................................

95

RESUMO...................................................................................................... 96

ABSTRACT.................................................................................................. 97

5.1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 98

5.2 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 99

5.3 RESULTADOS............................................................................................. 101

5.4 DISCUSSÃO................................................................................................ 120

5.5 CONCLUSÕES............................................................................................ 123

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 124

REFERÊNCIAS.......................................................................................... -

17

1 INTRODUÇÃO GERAL

Os processos evolutivos têm modificado espontaneamente as florestas há milhares de

anos, resultando no equilíbrio dos sistemas estruturais e funcionais da natureza. No entanto,

nas últimas décadas têm sido intensas as mudanças provocadas pelo homem, ocasionando

impactos positivos e negativos à biodiversidade.

O principal responsável pelas expressivas transformações nas florestas é o

desmatamento irracional para expansão urbana e/ou desenvolvimento rural. A atividade

ocorre sem critérios de seleção, comprometendo a estrutura e diversidade florística das áreas

atingidas e adjacentes.

Historicamente, a região amazônica é alvo de interferências, com explorações desde o

descobrimento à atualidade. Segundo Lima Filho et al. (2004), a região amazônica vem

sofrendo interferência humana inadequada, exigindo da sociedade uma perspectiva de

aproveitamento socioeconômico mais elaborado e consistente, incluindo aspecto sobre o

conhecimento da sua biodiversidade. No entanto, é uma região bastante heterogênea no que

diz respeito à sua composição florística, evidenciando a complexidade dos grupos vegetais

que a compõem.

Os impactos decorridos do desmatamento mobilizaram o Governo Brasileiro a

estimular discussões sobre proteção da biodiversidade. Normas e legislações específicas

foram criadas a partir dos conhecimentos empíricos e científico para mitigar as ações de

desenvolvimento.

No ano de 1965, foi criado o código florestal brasileiro (lei 4.771/65) o qual definiu

que as florestas da Amazônia só poderiam ser utilizadas através de plano de manejo. Décadas

mais tarde o ministério do meio ambiente publicou a Instrução Normativa nº4/2006

(Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal Sustentável – APAT), e

posteriormente a Instrução Normativa nº 05/2006, que dispõe sobre procedimentos técnicos

para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal

Sustentável - PMFS nas florestas primitivas e suas formas de sucessão na Amazônia Legal.

O manejo florestal também foi normatizado em áreas de assentamentos (IN

nº65/2010), exigindo o licenciamento ambiental para exploração das florestas com

mecanismos de controle dos cortes, regeneração e do estoque existente. No entanto, são

isentos do PMFS o corte raso através do uso alternativo do solo pela agropecuária (limitado a

3 ha/ano até atingir 20% da área total) e a exploração não comercial realizada pelas pequenas

propriedades e agricultores familiares.

18

Ainda existem inúmeros questionamentos que precisam ser esclarecidos, que variam

desde princípios ecológicos (definição de diâmetro e ciclos de cortes distintos por espécie) aos

econômicos (aumento das áreas destinadas à agropecuária). No ano de 2012, A lei nº 12.651,

que diz respeito ao Novo Código Florestal, estabeleceu o novo regime jurídico de proteção da

vegetação nativa.

No entanto, longe do que se esperava pelos ambientalistas, houve um retrocesso

ambiental em sua reformulação. Uma questão relevante para a conservação é o tamanho da

área, considerando que a diminuição desta resulta em alterações no fluxo de nutrientes,

número de indivíduos e espécies (Mantovani e Santos, 2007). Thomaziello (2007)

complementa que uma floresta aparentemente homogênea apresenta indivíduos de diferentes

características, que podem compor vários conjuntos vegetacionais fisionomicamente distinta.

Nesses termos, o presente trabalho utiliza a forma mais usual de caracterização da

estrutura da floresta, o levantamento fitossociológico. De acordo com Oliveira e Amaral

(2004) a obtenção e padronização dos atributos de diferentes ambientes florísticos e

fisionômicos possibilita a proposição de modelos mais adequados de manejar as florestas.

Estes estudos são essenciais para continuar a embasar a aplicação dos mecanismos

legais de monitoramento e conservação da floresta. Além disso, propicia a atualização de

normas da política ambiental para acompanhar a dinâmica das transformações das paisagens

do meio. Marangon et al. (2003), destacaram que a identidade das espécies e o seu

comportamento em comunidades vegetais é o começo de todo processo para compreensão de

um ecossistema.

Os levantamentos florísticos catalogam as espécies que ocorrem em uma área num

período de tempo, possibilitando acompanhar as mudanças sofridas e tendências ao longo dos

anos (SAWCZUK, 2009).

No Amapá, Aparício (2011) discorre que há poucas informações sobre as florestas,

apesar de apresentar um aspecto notável na sua flora nativa, com alto grau de diversidade,

distribuída em áreas relativamente próximas entre si. Assim, a obtenção dos parâmetros

estruturais (florística, Fitossociologia, regeneração e dinâmica) que permitam a utilização dos

recursos florestais é prerrogativa na execução e aprovação dos projetos ambientais que

orientam as atividades econômicas no estado.

19

1.1 OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo geral deste trabalho foi inferir sobre a potencialidade do manejo florestal

em floresta ombrófila densa, a partir de atributos da estrutura e dinâmica das espécies

arbóreas adultas e em regeneração natural.

Os objetivos específicos deste trabalho foram:

a) Gerar uma equação volumétrica capaz de estimar o potencial madeireiro da Floresta

Estadual do Amapá (FLOTA/AP);

b) Avaliar os parâmetros fitossociológicos e regeneração natural de espécies arbóreas de

uma floresta ombrofila densa na FLOTA/AP;

c) Conhecer a capacidade produtiva madeireira das espécies arbóreas adultas alvo de

comercialização;

d) Quantificar o crescimento da floresta através da dinâmica de espécies arbóreas adultas

e em regeneração natural.

1.2 ESTRUTURA DA TESE

A fim de se estabelecer critérios técnicos para garantir a sustentabilidade num trecho

da Floresta Estadual do Amapá, foram descritos neste trabalho os principais parâmetros da

vegetação que embasam a legislação florestal vigente para construção do Plano de Manejo

Florestal Sustentável (PMFS).

Para atingir o objetivo, o trabalho foi dividido em quatro linhas de pesquisa, na área de

concentração de uso sustentável, compondo os seguintes capítulos:

a. Equações volumétricas de árvores caídas em diferentes fitofisionomias da floresta

Amazônica, Brasil;

b. Aptidão de espécies arbóreas ao Manejo em Floresta Ombrófila Densa, Amapá, Amazônia;

c. Níveis de regeneração natural para subsidio ao Manejo em Floresta de Terra Firme no

Amapá;

d. Dinâmica do crescimento de espécies arbóreas em Floresta Ombrófila Densa no Amapá.

20

1.3 REVISÃO DE LITERATURA

1.3.1 Fitossociologia

Os distintos ambientes da Amazônia apresentam um contingente florístico rico e

variado, muitas vezes exclusivo de determinado ambiente, o que a torna o maior reservatório

natural da diversidade vegetal do planeta. As múltiplas inter-relações entre seus componentes

bióticos e abióticos formam um conjunto de ecossistemas altamente complexos e de equilíbrio

ecológico extremamente frágil (OLIVEIRA e AMARAL, 2004).

A fragilidade da Amazônia está associada, principalmente, as ações antrópicas de

exploração dos recursos naturais, tendo como conseqüência o desaparecimento das espécies

utilizadas. Durante décadas permaneceu a idéia de que os recursos florestais eram infindáveis,

no entanto a retirada de matéria-prima, em certos momentos, é superior a capacidade da

floresta se recompor (LIMA, 2009), indicando a necessidade prioritária de se conhecer a

composição e distribuição das espécies vegetais como subsidio ao manejo (OLIVEIRA et al.,

2008).

Para gerar indicadores de sustentabilidade sobre os ambientes antrópicamente

descaracterizados, qualificar a estrutura é o primeiro passo para conhecer o ciclo evolutivo da

floresta, apresentando fortes correlações com riqueza florística e a distribuição do número de

indivíduos das diferentes espécies (SILVA et al., 2011), como forma de estudar as inter-

relações dentro de determinada comunidade (SILVA et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2009).

Compreender como as espécies florestais vivem em comunidade e se distribuem

espacialmente são essenciais para a elaboração de planos de manejo de uso múltiplo. Esta

prerrogativa permite inferências de maior acurácia sobre o estoque produtivo da floresta,

identificando alguns fatores responsáveis pelas mudanças no padrão da diversidade local,

estimar o grau de distúrbio da área, além de propor medidas conservacionistas (BENTES-

GAMA, 2008; GUIMARÃES e CARIM, 2008; SCHNEIDER, 2008).

Trabalhos realizados em vários estados da Amazônia Legal classificam algumas

espécies potenciais para comercialização a partir do Valor de Importância (VI)

fitossociológico, com destaque para as espécies Eschweilera coriacea, Pouteria sp.,

Sclerolobium sp., Bellucia grossularioides, Eschweilera longipes. (SILVA e BENTES-

GAMA, 2008; GONÇALVES e SANTOS, 2008; SALOMÃO et al., 2012; POSSIMOSER et

al., 2012; PEREIRA et al., 2011).

Destaca-se que a riqueza florística da Amazônia está associada a um elevado número

de indivíduos a cada hectare, variando ente as distintas fitofisionomias. Em alguns estudos

21

fitossociológicos os valores do índice de diversidade de Shannon variam de 2,38 a 4,39

nats.individuo-1

(OLIVEIRA e AMARAL, 2005; FERREIRA JÚNIOR et al., 2008; KUNZ et

al., 2008; ALMEIDA et al., 2012).

Nesse contexto, para a aplicação de projetos com o aproveitamento permanente da

floresta, deve-se compreender o arranjo espacial dos elementos da comunidade, e ainda

conhecer a função das diferentes espécies, como também os habitats preferenciais (QUEIROZ

e MACHADO, 2008). Tais informações caracterizam a região quanto ao potencial econômico

(SANTOS et al., 2012; OLIVEIRA et al., 2008).

Desta forma, para a aplicação do manejo em regime sustentado em florestas na

Amazônia, devem-se analisar as características qualitativas e quantitativas, de modo a

possibilitar que a floresta atinja seu máximo potencial produtivo (FRANCEZ et al., 2009).

1.3.2 Regeneração Natural no contexto do Manejo Sustentável

No que tange o manejo florestal, a regeneração é a base para a sustentabilidade e

garantia de renovação de recursos extraídos da floresta. Isso fica estabelecido na legislação

florestal brasileira através da Lei 11.284 de 2/3/2006, Instrução Normativa 05 MMA de

11/12/2006 e o Decreto 5975 de 30/11/2006 por meio de fundamentos técnicos e científicos

em que trata o artigo 3° do referente Decreto.

Devido à crescente pressão do mercado consumidor de madeira e da opinião pública

quanto à sustentabilidade dos recursos florestais, há um número cada vez maior de iniciativas

de manejo florestal de baixo impacto que visa reduzir os danos causados à natureza pela

interferência humana (FRANCEZ et. al., 2007).

Estudos sobre a dinâmica de regeneração natural são essenciais para a elaboração e

aplicação correta dos planos de manejo e tratamentos silviculturais, permitindo a exploração

racional e permanente dos remanescentes (SILVA et al, 2012).

O termo regeneração natural tem um conceito de avaliação muito amplo, de maneira

que existem diversas metodologias utilizadas pela comunidade científica para sua

caracterização (KERKHOFF, 2011). Para Chami (2008), a regeneração natural é classificada

por meio de classes de tamanho, sendo a padronização dos limites determinada pelo objetivo

do estudo e das características da floresta estudada. Deste modo, ao estudar a vegetação por

meio de classes de tamanho, cada classe é considerada a regeneração natural da classe

subsequente e os tamanhos de mínimo e máximo das plantas consideradas são variáveis

(GARCIA, 2009).

22

Segundo Schorn e Galvão (2006), a regeneração natural é representada pelo estrato

arbóreo inferior da floresta, que geralmente apresentam-se com um comportamento

diferenciado em muitos aspectos da estrutura e dinâmica, tais como a densidade, as taxas de

ingresso e mortalidade, além do crescimento. Também há o uso do termo estrato regenerativo,

referindo-se ao conjunto de indivíduos que sobrevivem ao período crítico da ação seletiva do

ambiente e que representam o verdadeiro potencial regenerativo da estrutura arbórea

(GARCIA, 2009).

A regeneração natural decorre da interação de processos naturais de restabelecimento

do ecossistema e, é, portanto, parte do ciclo de crescimento da floresta. Também se refere às

fases iniciais do estabelecimento e desenvolvimento das plantas. Esse tipo de processo é parte

do complexo biológico ativo das florestas tropicais que formam, desenvolvem e mantém as

fitofisionomias (MARANGON, 1999).

De acordo com Zanetti e Siqueira (2011) a capacidade de regeneração florestal

depende dos elos do processo regenerativo (herbívoros vertebrados, chuva de sementes,

fatores físicos) e/ou vários atributos diretos da regeneração (densidade, riqueza, crescimento,

recrutamento, mortalidade de plantas). Além disso, a regeneração vai ainda depender das

condições alelopáticas encontradas em cada local diferente.

O estudo da regeneração natural permite a realização de previsões sobre o

comportamento e desenvolvimento futuro da floresta, na medida em que fornece a relação e a

quantidade de espécies que constitui o seu estoque, bem como suas dimensões e distribuição

na área (MARAGON et al., 2008). Além de permitir a identificação das espécies que deverão

ter maior importância no futuro, bem como aquelas que tendem a diminuir a participação na

estrutura (SCHORN e GALVÃO, 2006).

O conhecimento da composição da regeneração contribui para definir o estágio, bem

como as direções sucessionais de uma vegetação em desenvolvimento. Sendo a quantificação

da regeneração natural, quando associada à classificação sucessional das espécies, um

indicador extremamente útil das condições de recuperação e de sustentabilidade da floresta

(MARTINS, 2010).

A abordagem do tema de regeneração natural permite avaliar o funcionamento e ações

de manejo, devendo ter cautela no planejamento das operações de exploração para minimizar

a influência direta dos danos causados às plantas emergentes (RIBEIRO e FELFILI, 2009;

FRANCEZ, 2009).

1.3.3 Dinâmica Florestal

23

Na Amazônia, o estudo da dinâmica florestal demonstra um desafio para os

pesquisadores, devido à grande extensão com variabilidade nos ambientes e diversidade

florística. Entender a dinâmica de ocorrência de perturbações periódicas, naturais ou não,

também auxilia na definição dos diferentes estágios de desenvolvimento e o crescimento da

floresta (PANTALEÃO, 2008).

De acordo com Botezelli et al. (2005), estudos de dinâmica têm por objetivo

compreender o processo evolutivo das espécies, na escala ecológica e temporal. Além de

também determinar os fatores abióticos e bióticos que influenciam as alterações nas taxas de

natalidade, mortalidade e recrutamento das espécies, fundamentais em atividades de

sustentabilidade.

Além disso, a dinâmica florestal compreende o balanço entre a mortalidade e o

recrutamento de indivíduos. A taxa de crescimento assume um valor médio dinâmico, em que

a floresta oscila em produção, tanto em número de árvores, espécies e biomassa (HIGUCHI et

al., 2008). O crescimento da floresta é avaliado através do estudo das comunidades e/ou

populações arbóreas no tempo. Assim, a vegetação é mensurada periodicamente, tanto para

fins de caracterização biológica e ecológica, para prever o processo de substituição e propor

estratégias e métodos para manejo da floresta em regime sustentável (HOSOKAWA et al.,

1998; CARVALHO et al.,2010).

Quando se utiliza os termos “crescimento, incremento e mortalidade florestal” estão se

relacionando aos processos temporais da estrutura da floresta. Segundo Moscovich (2006), o

conhecimento das interações desses processos, facilita a interpretação sobre como se

desenvolveu a vegetação através do tempo, transformando-se numa ferramenta de

fundamental importância na tomada de decisões concernentes ao manejo silvicultural.

A determinação dos parâmetros que caracterizam a floresta no tempo deve ser

considerada nos planos de manejo florestal, pois se trata de uma informação básica na

estimativa da produção e ordenamento sustentável. Segundo Berger e Padilha (2007), a

dinâmica determina a viabilidade técnica e econômica de empreendimentos, pois influência

na escolha do regime de manejo, o período de rotação florestal ou o ciclo de corte em

florestas multiâneas.

De acordo com Schneider (2009) o termo crescimento se refere ao aumento das

dimensões de um ou mais indivíduos em um povoamento florestal ao longo de um

determinado período de tempo. Tal fato é verificado pelo avanço de suas dimensões físicas,

ocasionando uma reação à ação das leis naturais, condicionadas ao clima, solo, espécie,

composição florística e idade.

24

O incremento diamétrico, a mortalidade e o recrutamento estão entre os poucos

parâmetros para se fazer predições sobre a produção futura de uma floresta. A estimativa do

crescimento é essencial no ordenamento e credibilidade de um plano de manejo sustentável.

No planejamento florestal, as decisões de manejo são tomadas com base na predição do

crescimento e na produção que os povoamentos podem alcançar de acordo com suas

respectivas taxas (FERREIRA et al., 1998; CARVALHO, 1999).

Quanto à mortalidade, Campos e Leite (2009) definem como o número de indivíduos

que morrem em um dado período no tempo, podendo ser expressa como uma taxa explicita

dada pela razão entre o número de indivíduos que morreram e o total existente anteriormente

ao evento causador da morte.

A mortalidade pode ser um evento aleatório e dinâmico em florestas naturais, e só

pode ser mensurada por meio de parcelas permanentes representativas da floresta (ROSSI et

al., 2007).

Segundo Marra (2010) vários fatores podem causar a mortalidade em povoamentos

florestais, tais como a idade ou senilidade, competição e supressão, doenças e pragas,

alterações climáticas, fogos silvestres, tempestades convectivas, anelamento e

envenenamento, injúrias, corte ou abate de árvore, etc.

Outro fator importante a ser considerado na dinâmica da floresta é o recrutamento ou

ingresso, obtido pelo uso das parcelas permanentes convencionais (LIMA, 2010). Sua

dinâmica esta relacionada à densidade do povoamento, histórico da exploração, tipo de

floresta, presença de árvores porta-semente, dinâmica de clareiras, e outros fatores

empiricamente determináveis na parcela (PINTO, 2008).

O mesmo autor define que o recrutamento, ou ingresso, é o número de árvores que

atinge o diâmetro mínimo considerado no monitoramento da floresta. Conforme Barros

(2009), o recrutamento permite acompanhar e inferir o tempo de crescimento das espécies

florestais em um determinado período.

No sistema de manejo de corte seletivo, a avaliação da regeneração de espécies de

valor comercial, bem como o seu ingresso em classes diamétricas comerciais, são parâmetros

para indício da viabilidade técnica e econômica do regime de manejo empregado

(HOSOKAWA et al., 2008).

Neste sentido, no amplo horizonte do manejo florestal, o estudo da dinâmica

vislumbra-se com um conjunto de interações muito complexas pela multiplicidade dos fatores

nela incluídos. Sendo que estes fatores influem diretamente sobre o crescimento e

desenvolvimento de todas as árvores que formam o povoamento (MOSCOVICH, 2006).

25

1.4 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO

O trabalho está localizado na unidade de conservação de uso sustentável denominada

Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP), região central do estado do Amapá, Amazônia,

Brasil. A unidade compreende uma área de 2.369.400 ha dividida em 4 módulos produtivos,

definidos em função de infraestrutura e vias de acessos para dinamizar os pólos de

desenvolvimento do Estado.

No entanto, o alvo deste estudo são as florestas localizadas no segundo módulo da

FLOTA/AP (Figura 1) no município de Porto Grande/AP, a qual apresenta vegetação

ombrófila densa de terras baixas e submontana (VELOSO et al., 1991; IBGE, 2012).

A vegetação apresenta dossel de alto porte, até 50 m, perenifólia. Estima-se que o

número de espécies arbóreas que compõem esta fitofisionomia gira em torno de 245, com

destaque para Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori, Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.,

Protium tenuifolium (Engl.) e Minquartia guianensis Aubl. Do total de espécies, 190 possuem

valor comercial, gerando uma densidade de 27 ind.ha-1

, 133 m3.ha

-1 e 48 % do total de volume

de madeira (DAP > 10cm) da fitofisionomia (IEF, 2009).

Os afloramentos rochosos são encontrados com baixa intensidade. A declividade varia

de ondulada a fortemente ondulada. Possui formação geológica pré-cambriana, com

superfícies pedi planado por canais geralmente curtos, numerosos e pouco aprofundado. O

solo predominante é tipo Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (RADAM, 1974). A

altitude varia de 60 a 100 m.

O clima da região é do tipo Am (equatorial super-úmido), segundo a classificação de

Köppen. A temperatura média é 25 ºC, ocorrendo pouca variação de temperatura durante o

ano. A precipitação anual na região é de 2.300 mm, com índice pluviométrico trimestral mais

seco abaixo de 200 mm. O período mais chuvoso ocorre no trimestre de março a maio (acima

de 1.000 mm). A umidade relativa é alta, com valores entre 80 e 86% (TARDIN et al., 2009).

26

Figura 1. Localização da Floresta Estadual do Amapá com seus limites e tipologias florestais características, com

destaque para o segundo módulo ao sul do Estado (Imagem do Satélite LANDSAT7 ETM).

27

2 EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS DE ÁRVORES CAÍDAS EM DIFERENTES

FITOFISIONOMIAS DA FLORESTA AMAZÔNICA, BRASIL

28

RESUMO

O presente trabalho visa gerar uma equação volumétrica por meio de dados biométricos de

árvores caídas, capazes de estimar o estoque real de madeira em distintas fitofisionomias da

Floresta Estadual do Amapá, Amazônia, Brasil. As principais fitofisionomias presentes são

Floresta Ombrófila Densa de terras baixas, Floresta Ombrófila Densa Submontana e

Transição Cerrado – Floresta. O inventário contemplou as árvores caídas presentes em 30

unidades amostrais locadas aleatoriamente em três distintas fitofisionomias. O número de

unidades amostrais foi proporcional às áreas das fitofisionomias. As unidades amostrais foram

estabelecidas seguindo o sentido Norte-Sul / Leste-Oeste, a partir de faixas contínuas de 20 x

2500 m em forma de cruz. Todas as árvores caídas com diâmetro à altura do peito a 1,30 m do

solo (DAP) > 10 cm foram submetidas à cubagem rigorosa, por meio dos procedimentos

descritos por Smalian para determinação do volume comercial. Para construção das equações,

os volumes outliers máximos e mínimos foram excluídos, bem como árvores com

discrepância nas medidas longitudinais do fuste. Dos modelos volumétricos utilizados, cinco

foram de simples entrada, tendo o DAP como variável independente; e oito de dupla entrada,

tendo o DAP e altura comercial do fuste (H), combinadas ou não, como variáveis

independentes. A melhor equação foi determinada por meio de comparações dos coeficientes

de determinação ajustado (R2

aj), erro padrão da estimativa (SYX) e análise da variância

(ANOVA). Também foi considerada a análise dos resíduos a partir do Desvio Médio

Percentual (DMP), com intuito de verificar a magnitude de subestimativa ou superestimativa

dos volumes estimados pelos modelos. O volume real das árvores, obtido pela cubagem

rigorosa, foi comparado com o volume estimado pela equação de simples e de dupla entrada

com melhor ajuste dos dados e com o volume cilíndrico com fator de forma 0,7, por meio do

teste t pareado. Foram inventariadas 1449 árvores caídas, sendo 71% na Floresta Ombrófila

Densa de terras baixas (FODBP), 15% na Floresta Ombrófila Densa Submontana (FODSm) e

14% na Transição Cerrado-Floresta (TCF) . Baseado na distribuição dos diâmetros das

árvores caídas foram utilizados os volumes reais de 300 indivíduos para a determinação das

equações. Os indivíduos que compõem a amostra apresentaram diâmetros à altura do peito a

1,30 m do solo variando de 10,1 a 112,4 cm. As alturas comerciais mínimas contempladas

foram 4 m, com valores máximos de 30 m. Quando geradas as equações por fitofisionomia,

foi verificado que os modelos de simples entrada de Husch e dupla entrada de Schumacher-

Hall (Ln) geraram os melhores ajustes nas três fitofisionomias, demonstrando independência

desse fator. Para validação das equações volumétricas das árvores caídas foram utilizados os

volumes reais de outras 216 árvores caídas que não foram utilizadas na construção das

equações. Os indivíduos que compõem a amostra apresentaram diâmetros à altura do peito a

1,30 m do solo variando de 10,3 a 123,4 cm. As alturas comerciais mínimas contempladas

foram de 3 m, com valores máximos de 28,9 m. O volume real dos indivíduos contempla de

0,05 a 15,62 m³, com média de 1,7533 m³ e erro padrão de 0,1757 m³. A expressão do volume

cilíndrico com fator de forma, tradicional em inventários e planos de manejos florestais

brasileiros, apresentou 1,4953 m³ (média) e 0,1537 m³ (erro padrão). Os modelos de Husch e

Schumacher-Hall (Ln) foram selecionados para validação de uso e aplicação das equações

volumétricas nas fitofisionomias estudadas.Quando comparado os volumes, não foram

observadas diferenças significativas entre as estimativas geradas pelas equações de simples

(Husch) e dupla entrada (Schumacher-Hall (Ln)) com o volume real (t = 0,81 e p = 0,42; t =

0,62 e p = 0,53, respectivamente). Resultado também encontrado para o volume cilíndrico

com fator de forma (t = 10,52 e p = 0,30). As estruturas diamétrica e hipsométrica das árvores

caídas da Floresta Estadual do Amapá representam a estrutura das árvores vivas em “pé”, nas

distintas fitofisionomias que a compõem. Assim, as equações volumétricas desenvolvidas

neste trabalho estão habilitadas para emprego da estimativa do volume comercial das áreas

destinadas ao manejo florestal sustentável.

Palavras-chave: Estimativa de volume; Cubagem rigorosa; Estrutura.

29

ABSTRACT

The present work aims to generate a volumetric equation by biometric data of fallen trees,

able to estimate real stock of wood in different vegetation types of Amapa State Forest,

Amazon, Brazil. The main vegetation types present are dense rain forest lowland, lower

montane rain forest and savanna-forest transition. The inventory included fallen trees present

in 30 sampling. The number of sample units was proportional to the area of each vegetation

types. The sampling units were established following the north-south / east-west (20 x 2500

m) in cross shape. All fallen trees with diameter at breast height to 1.30m (DBH) > 10 cm

were mensure by procedures Smalian to determine volume. For construction of equations,

maximum and minimum volumes outliers were excluded, as trees discrepancy in

measurements of longitudinal shaft. By volumetric models used, five were simple input and

eight double entry, with DBH and commercial height (H), combined or not. The best

equation was determined by comparing adjusted coefficients of determination (R2aj), standard

error of estimate (SYX) and analysis of variance (ANOVA). It was also considered analysis of

residues from Middle Deviation Percentage (DMP), in order to verify the magnitude of

underestimation or overestimation of volumes estimated by models. The actual volume of

trees was compared with volumes estimated by simple and double equations, and with

cylindrical volume (form factor 0.7). Were surveyed 1449 fallen trees, distributed in Rain

Forest of lowland (71%), Rain Forest submontane (15%) and savanna-forest transition (14%).

Based on distribution of diameters of fallen trees were used real volumes 300 individuals for

determining equations. Individuals in sample had diameters at breast height to 1.30m ranging

from 10.1 to 112.4 cm. Commercial heights were contemplated minimum 4 m, with

maximum values 30 m. With volumetric equations by vegetation type (n = 216 fallen trees), it

was found that of single entry Husch and double entry Schumacher-Hall (Ln) generated the

best for all types vegetation, demonstrating independence of factor. For validation of

volumetric equations of fallen trees were used the actual volume of 216 other fallen trees that

were not used in construction of equations. Individuals in sample had diameters at breast

height to 1.30m ranging from 10.3 to 123.4 cm. Commercial heights were contemplated

minimum of 3 m, with maximum values 28.9 m. The actual volume of individuals comprises

0.05 to 15.62 m³, with average of 1.7533 m³ and standard error of 0.1757 m³. The volume

cylindrical showed 1.4953 m³ (average) and 0.1537 m³ (standard error). Models Husch and

Schumacher-Hall (Ln) were selected for validation of use and application of volumetric

equations in types vegetation. When compared volumes, it was not significant differences

between estimates generated by simple equations (Husch) and double entry (Schumacher-Hall

(Ln)) of real volume (t = 0.81, p = 0.42, t = 0.62, p = 0.53, respectively). Result also found for

volume cylindrical (t = 10.52, p = .30). The diametric structures and hypsometric fallen trees

from the Amapa State Forest represent the structure of living trees alive into different

vegetation types. Thus, volumetric equations developed in this work are enabled to use to

estimate of volume of areas for sustainable forest management.

Key words: Volume estimate; Cubing rigorous; Structure

30

2.1 INTRODUÇÃO

As florestas inequiâneas na Amazônia geram grandes quantidades de matéria orgânica

em diversas classes de tamanho das árvores. Hoje, o bom senso indica o aproveitamento,

comercial ou não, destas árvores, evitando a utilização exagerada do método destrutivo de

seleção. No entanto, é necessário se obter dados sobre a quantidade de resíduos disponíveis e

quão estes podem gerar subsídios para a análise do balanço diamétrico e possíveis

implicações no manejo.

O uso de modelos matemáticos capazes de determinar com precisão a produção

florestal, a partir da estimativa do volume de madeira, é fundamental para implantação do

manejo sustentável (BARROS e SILVA JÚNIOR, 2009). No entanto, ainda existem algumas

dificuldades no gerenciamento da floresta, principalmente quanto à obtenção confiável do

volume de madeira em “pé”, o qual depende de atributos de árvores inventariadas.

As técnicas mais utilizadas possuem um caráter destrutivo de derrubada da árvore para

obtenção do volume de árvores individuais por meio da cubagem rigorosa. O método

geométrico, que utiliza o volume cilíndrico multiplicado por um fator de forma, na tentativa

de corrigir a forma da árvore, é uma alternativa à amostragem destrutiva, mas, normalmente, é

pouco preciso e genérico.

Segundo Thaines et al (2010), a necessidade de quantificação de estoque de matéria-

prima nos leva a buscar métodos de estimativa do volume comercial de madeira das árvores,

que possibilite quantificar o estoque de maneira eficiente e precisa, norteando decisões que

culminem na máxima produção e rentabilidade da floresta.

A atividade de cubagem rigorosa do volume geralmente é feita de maneira separada

das medições das unidades amostrais, o que gera aumento no custo do inventário. Este é o

método direto mais utilizado na rotina de inventários e consiste na medição sucessiva de

diâmetros ao longo do tronco, dividindo-o em seções que variam de comprimento de acordo

com o medidor (LEITE e ANDRADE, 2002).

No entanto, a utilização de dados da cubagem rigorosa pode fornecer informações

individuais das árvores que representam o volume da floresta. A aplicação dessas informações

em modelos de regressão, de acordo com Schneider et al. (2009), tem sido a solução de

grande parte de problemas florestais, especialmente quando se pretende obter estimativas de

parâmetros da floresta, utilizando-se de relações biométricas.

Segundo Silva (2008), os modelos de regressão linear são aplicados para estimar

volumes de árvores individuais. Nesses modelos, simples ou múltiplos, os requisitos de

31

normalidade de erros, de independência nas observações e de variância constante são

usualmente assumidos.

Entretanto, os resultados gerados devem ser interpretados a partir da relação dos

índices e variáveis estatísticas aliadas a fatores ecológicos. No caso da utilização de árvores

caídas da floresta como base do cálculo, ainda possuem a vantagem de redução dos custos

operacionais.

No tocante ao estudo de volumetria, o desenvolvimento de equações torna-se

imprescindível na aplicação de planos de manejo para definir a capacidade produtiva florestal

e garantir o fluxo contínuo dos produtos. No art. 10 da Resolução CONAMA 406/2009, é

descrito que a partir do segundo Plano Operacional Anual-POA, o cálculo do volume de

árvores em “pé” será aceito apenas mediante equação de volume desenvolvida

especificamente para o Plano de Manejo Florestal Sustentável.

Outro ponto importante que deve ser considerado para o desenvolvimento de equações

esta relacionado às variações das unidades florísticas e fisionômicas da região amazônica.

Tendo em vista que a classificação da vegetação pode ser explicada, por meio de alterações

dos parâmetros estruturais como riqueza, densidade, frequência e dominância. Contudo, as

informações sobre a distribuição diamétrica e hipsométrica tendem a ser uniformes em

florestas inequiâneas, independentemente das fitofisionomias.

Diante do exposto, este trabalho questiona se uma equação volumétrica de árvores

caídas pode ser utilizada para estimar com confiança o volume das árvores vivas e se pode ser

empregada em distintas fitofisionomias florestais. Partindo do pressuposto que a partir da

estrutura das árvores caídas é possível entender a estrutura da comunidade florestal matriz,

gerou-se a hipótese que as equações geradas com árvores caídas podem ser usadas para

predição de volumes de árvores em pé em distintas fitofisionomias.

No caso das florestas amapaenses, há necessidade de ampliar o número de

informações, bem como simular a parametrização dos dados de inventários locais para

aumentar a confiança na predição. Assim, o presente trabalho visa gerar uma equação

volumétrica por meio de dados biométricos de árvores caídas, capazes de estimar o estoque

real de madeira em distintas fitofisionomias do Amapá, Amazônia, Brasil.

32

2.2 MATERIAL E MÉTODOS

2.2.1 Caracterização da Área

O trabalho foi realizado na unidade de conservação de uso sustentável denominada

Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP), localizada na região central do estado do Amapá,

Amazônia, Brasil. A unidade compreende uma área descontínua de 2.369.400 ha dividida em

4 módulos produtivos, definidos em função de infra-estrutura e vias de acessos para dinamizar

os pólos de desenvolvimento do estado.

O clima da região é do tipo Am (equatorial super-úmido), segundo a classificação de

Köppen. A temperatura média é 25 ºC, ocorrendo pouca variação de temperatura durante o

ano. A precipitação anual na região varia de 2.700 a 2.900 mm, com índice pluviométrico

trimestral mais seco abaixo de 200 mm. O período mais chuvoso ocorre no trimestre de março

a maio (acima de 1.000 mm). A umidade relativa é alta, com valores entre 80 e 86% (Souza e

Cunha, 2010).

A vegetação predominantemente é floresta ombrófila densa de baixos platôs e

submontana, bem como transição cerrado-floresta (IBGE, 2012). Considerando toda a área da

FLOTA/AP também podem ser encontrados ambientes de mangue, campos e várzea em

pequenas áreas.

As principais fitofisionomias da Floresta Estadual do Amapá são descritas abaixo

quanto às espécies arbóreas mais importantes, presença de afloramento rochoso, declividade

(IEF, 2009), geologia, solos (RADAM, 1974) e altitudes.

Floresta Ombrófila Densa de terras baixas

Apresenta dossel de alto porte, até 50 m, perenifólia, em planícies costeiras. Estima-se

que o número de espécies arbóreas que compõem esta fitofisionomia gira em torno de 245,

com destaque para Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori, Pouteria caimito (Ruiz & Pav.)

Radlk., Protium tenuifolium (Engl.) e Minquartia guianensis Aubl. Do total de espécies, 190

possuem valor comercial, gerando uma densidade de 27 ind.ha-1

, 133 m3.ha

-1 e 48 % do total

de volume de madeira (DAP > 10cm) da fitofisionomia.

Os afloramentos rochosos são encontrados com baixa intensidade. A declividade varia

de ondulada a fortemente ondulada. Possui formação geológica pré-cambriana, com

superfícies pedi planado por canais geralmente curtos, numerosos e pouco aprofundado. O

solo predominante é tipo Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. A altitude varia de 60 a

100 m.

33

Floresta Ombrófila Densa Submontana

Situada em encostas, com dossel uniforme e de alto porte (até 50 m), perenifólia. O

número de espécies arbóreas é de aproximadamente 176, com destaque para Eschweilera

coriacea (DC.) S.A. Mori, Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk., Inga auristellae Harms,

Guarea pubescens subsp. pubiflora (A. Juss.) T.D. Penn e Vouacapoua americana Aubl.

Cento e dezessete (117) espécies arbóreas identificadas possuem valor comercial, o que

representa 26 ind.ha-1

, 142 m3.ha

-1 e 49 % do total de volume (DAP > 10cm) por hectare da

fitofisionomia.

Os afloramentos rochosos são encontrados de baixa a moderada intensidade. A

declividade varia de ondulada a fortemente ondulada. Possui formação geológica pré-

cambriana, com relevo montanhoso e medianamente profundo. O solo predominante é tipo

Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. A altitude máxima registrada é 320 m, com média de

195 m.

Transição Cerrado – Floresta

Situada em área mais próxima do litoral, com dossel uniforme e de médio porte (até 30

m), perenifólia. Foram registrados nesta fitofisionomia cerca de 203 espécies arbóreas, com

maior representatividade da Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk., Protium decandrum

(Aubl.) March. e Guarea pubescens subsp. pubiflora (A. Juss.) T.D. Penn, bem como espécies

típicas do cerrado: Ormosia coccínea Jacks., Perebea sp., Cheiloclinium cognatum (Miers)

A.C.Sm. Cento e vinte quatro (124) espécies arbóreas identificadas possuem valor comercial,

o que representa 27 ind.ha-1

, 129 m3.ha

-1 e 48 % do total de volume por hectare da

fitofisionomia.

Os afloramentos rochosos são encontrados de moderada a alta intensidade. A

declividade é inexistente (plana). Possui formação geológica pré-cambriana, com superfícies

pedi planado por drenagem pouco profunda. O solo predominante é tipo Latossolo Amarelo

distrófico e concrecionários lateríticos. A altitude média encontrada gira em torno de 60 m.

2.2.2 Estrutura Florestal

O inventário contemplou as árvores caídas presentes em 30 unidades amostrais locadas

aleatoriamente em três distintas fitofisionomias. O número de unidades amostrais foi

proporcional às áreas das fitofisionomias, distribuídas em vinte e três (23) na Floresta

34

Ombrófila Densa de Baixos Platôs, quatro (4) na Floresta Ombrófila Densa Submontana e três

(3) na Transição Cerrado-Floresta.

As unidades amostrais foram estabelecidas seguindo o sentido Norte-Sul / Leste-

Oeste, a partir de faixas contínuas de 20 x 2500 m em forma de cruz. Todas as árvores caídas

com diâmetro à altura do peito a 1,30 m do solo (DAP) > 10 cm foram submetidas à cubagem

rigorosa por meio dos procedimentos descritos por Smalian para determinação do volume

comercial.

As árvores caídas amostradas foram divididas em dez classes diamétricas com

amplitude de 10 cm. A primeira contemplou indivíduos com 10 < DAP < 20 cm e a última

todos os indivíduos > 100 cm.

A representatividade do número de indivíduos da amostra foi realizada com limite de

20 % de erro, a um nível de significância de α > 0,05.

2.2.3 Equação Volumétrica

Para construção das equações, os volumes outliers máximos e mínimos foram

excluídos, bem como árvores com discrepância nas medidas longitudinais do fuste. Logo,

vinte por cento (20 %) das árvores caídas inventariadas foram selecionadas

proporcionalmente as classes diamétricas para representar as fitofisionomias.

Os dados coletados foram submetidos aos testes de normalidade de Kolmogorov-

Smirnov e homocedasticidade de F-Snedecor. Quando verificado a não normalidade e/ou

variâncias heterogêneas foi realizado a transformação logarítmica.

Estabelecida à preparação dos dados, foram testados modelos volumétricos comuns e

usuais na região amazônica (COUTO e BASTOS, 1987; GOMES e GARCIA, 1993;

MACHADO et al., 2000; ENCINAS e KLEINN, 2001; GIRARDI, 2005; ROLIM et al., 2006;

LEITE, 2008; BARROS e SILVA JUNIOR, 2009; ENCINAS et al., 2009; LEITE e

REZENDE, 2010).

Dos modelos volumétricos utilizados, cinco foram de simples entrada (dois aritméticos

e três não lineares), tendo o DAP como variável independente; e oito de dupla entrada (cinco

aritméticos e três não lineares), tendo o DAP e altura comercial do fuste (H), combinadas ou

não, como variáveis independentes (Tabela 1).

35

Tabela 1. Modelos volumétricos utilizados para representar a volumetria da Floresta Estadual do Amapá,

Amazônia.

Modelo Autor

Simples Entrada

V= β0 + β1 DAP² + ε Koperzky e Gehrhardt

V= β0 + β1 DAP + β2 DAP² + ε Hohenald e kreen

Ln (V)= β0 + ln(DAP) β1+ ε Husch

Ln (V) = β0 + β1 ln DAP + β2 DAP-1

+ ε Brenac

V = β0 * DAP β1

+ ε Husch- Não linear

Dupla Entrada

V= β0 + β1 (DAP² .H) + ε Spurr

V= β0 + β1 .DAP ²+ β2 DAP² H + β3 H + ε Stoate

V= β0 + β1. DAP ²+ β2 DAP² .H + β3 DAP.H² + β4 H² + ε Naslund

V= β0 + β1 .DAP + β2 DAP² + β3 DAP.H + β4 DAP².H + β5 H + ε Meyer

V = β0 + β1.DAP + β2.DAP² + β3 DAP.H + β4 DAP².H + ε Meyer modificada

Ln (V) = β0 + β1 ln (DAP² .H) + ε Spurr (Ln)

Ln (V) = β0 + β1 ln DAP + β2 ln H + ε Schumacher e Hall

V = β0 * DAP β1

* H β2

+ ε Schumacher-Hall-Não linear

Os coeficientes dos modelos foram estimados pelo método dos mínimos quadrados. A

seleção dos coeficientes foi realizada retirando-se aquelas que não apresentaram nível de

significância p < 0,05.

A determinação da melhor equação foi obtida através de comparações dos coeficientes

de determinação ajustado (R2

aj), erro padrão da estimativa (SYX) e análise da variância

(ANOVA). Também foi considerada a análise dos resíduos a partir do Desvio Médio

Percentual (DMP), gerada a partir dos valores observados e estimados do volume, com intuito

de verificar a magnitude de subestimativa ou superestimativa dos volumes estimados pelos

modelos.

Para os modelos logarítmicos, o erro padrão da estimativa foi corrigido na escala

original da variável dependente, para possibilitar a comparação com os modelos aritméticos.

Essa correção foi realizada com o índice de Furnival (FURNIVAL, 1961)

2.2.4 Validação da Equação Volumétrica

36

Para validação das equações volumétricas, cerca de 15 % dos indivíduos (não

utilizados na construção das equações) foram selecionados proporcionalmente ao número de

indivíduos das classes diamétricas e estimado o volume.

As estimativas volumétricas da testemunha (volume real das árvores, obtido pela

cubagem rigorosa) foi comparada com o volume estimado pela equação de simples entrada

com melhor ajuste dos dados, com o volume estimado pela equação de dupla entrada com

melhor ajuste dos dados e com o volume cilíndrico com fator de forma 0,7.

O volume gerado por cada método foi comparado com o volume real da testemunha

por meio do teste t pareado. As análises foram executadas no software STATISTICA TRIAL.

2.3 RESULTADOS

2.3.1 Estrutura Florestal

Foram inventariadas em toda área cerca de 1449 indivíduos (árvores caídas),

distribuídos 1026 na fitofisionomia de Floresta Ombrófila Densa de Baixo Platô (FODBP),

70,81 % do total, seguida da Floresta Ombrófila Densa Submontana (FODSm) com 15,60 % e

a Transição Cerrado-Floresta (TCF) com 13,60%.

O número de árvores caídas para a Floresta Estadual do Amapá foi estimado em 4,95

± 1,00 indivíduos.ha-1

, com um volume médio de 10,45 ± 1,39 m3.ha

-1 e altura comercial

variando de 3,5 a 36,7 m. O erro de amostragem foi de 20,4 % para o número de indivíduos e

13,2 % para o volume (Tabela 2).

Tabela 2. Suficiencia amostral para numero de indivíduos e volume por hectare na Floresta Estadual do Amapá.

FODTB – Floresta ombrofila densa de terras baixas; FODSm – Floresta ombrofila densa submontana; TCF –

Transição cerrado-floresta. N.U.L – número unidades locadas; N.O.U – numero ótimo de unidades; IC –

intervalo de confiança; E.A. – erro de amostragem.

Indivíduos / ha Volume (m³/ ha)

FODTB FODSm TCF Total FODTB FODSm TCF Total

N. U. L. 23 4 3 30 23 4 3 30

N. O. U. 22 4 5 31 10 2 2 14

I. C. 4,53 ± 0,95 5,6 ± 5 6,7 ± 2,24 4,95 ± 1 10,32 ± 1,79 8,52 ± 2,85 13,74 ± 3,07 10,45 ± 1,39

E. A. (%) 20,4 13,2

37

Quanto a FODTB estimam-se que ocorrem 4,53 ± 0,95 árvores caídas a cada hectare.

No que diz respeito aos limites superiores e inferiores do intervalo de confiança gerado, estes

valores não são significativos em relação à FODSm (5,6 ± 5 indivíduos.ha-1

) e TCF (6,7 ±

2,24 indivíduos.ha-1

), com sobreposição das estimativas.

A tendência de interseção dos limites superiores e inferiores dos intervalos de

confiança se repetem quando observados para os volumes das árvores caídas por

fitofisionomias, com valores de 13,74 ± 3,07 para TCF, 10,32 ± 1,79 para FODTB e 8,52 ±

2,85 m3.ha

-1 para FODSm.

As três fitofisionomias não variaram em relação à distribuição diamétrica dos

indivíduos, com predominância de árvores caídas nas classes iniciais. Quando realizada a

distribuição diamétrica total, as categorias com centro de classes de 25 (20,5 %) e 35 (20,3 %)

cm possuem maior proporção na queda das árvores (Figura 2).

Figura 2. Distribuição diamétrica e altura comercial média (Hc) das árvores caídas na Floresta Estadual do

Amapá, Amazônia, Brasil.

A queda das árvores nas maiores classes diamétricas, onde ocorrem às árvores aptas ao

aproveitamento madeireiro (conforme Legislação Florestal Brasileira o diâmetro mínimo de

corte estabelecido é 50 cm para todas as espécies), decresceram progressivamente, variando

de 21 (centro de classe 95 cm) a 158 (centro de classe 55 cm) indivíduos, representando

variação percentual de 1,5 % a 11 %, respectivamente.

A curva diamétrica das árvores caídas inventariadas na FLOTA/AP apresentou maior

sensibilidade à queda e/ou mortalidade na classe com centro 35, com significativa redução do

38

número de indivíduos, quando comparada a distribuição diamétrica dos indivíduos vivos

inventariados na Floresta Estadual do Amapá. Os resultados foram semelhantes quando

consideradas as distintas fitofisionomias (Figura 3).

Figura 3. Distribuição diamétrica de árvores vivas e caídas a cada hectare na Floresta Estadual do Amapá,

Amazônia, Brasil.

As alturas comerciais predominantes (85 %) das árvores caídas na área amostral foram

de 5 a 18 m. No entanto, podem ser encontradas variações entre 3 a 38 m para a

fitofisionomia FODBP, seguida da TCF (3 a 34 m) e FODSm (3 a 24 m).

A altura dos indivíduos aumentou proporcionalmente aos diâmetros, com pequenas

variações a partir da classe diamétrica de centro 65 cm. As classes diamétricas que

apresentaram indivíduos de fustes com maiores comprimentos médios foram as de centro 85

cm com 17,4 m de comprimento, seguida da classe de centro 95 cm com 16,8 m e de centro

65 cm com 16,1 m. A primeira classe (15 cm) foi à única que os fustes médios não

ultrapassaram 10 m (7,8 m).

2.3.2 Equação Volumétrica

Baseado na distribuição dos diâmetros das árvores caídas foi utilizado os volumes

reais de 300 indivíduos para a determinação das equações. Os indivíduos que compõem a

amostra apresentaram DAP de 10,1 a 112,4 cm e alturas comerciais mínimas de 4,0 a 30,0 m.

O volume dos indivíduos da amostra variou de 0,04 a 13, 93 m³ árvore caída-1

, o que

representa um volume real total de 664,12 m³. A média volumétrica considerada foi de 2,21 ±

0,16 m³ (média ± 1DP).

39

Todos os modelos testados apresentaram distribuições normais dos resíduos. No

entanto, em modelos de simples entrada (Koperzky-Gehrhardt, Hohenald-kreen e Husch -

Não linear) e de dupla entrada (Meyer modificada) foram constatados a heterocedasticidade

dos resíduos.

A multicolinearidade entre variáveis independentes foi verificada nos modelos de

simples entrada de Hohenald-kreen e Brenac com correlações de 0,9673 e 0,9549,

respectivamente. Fato também constatado em alguns modelos de dupla entrada (Stoate,

Naslund, Meyer e Meyer modificada), com correlação na ordem de 88 a 96 %.

Quando geradas as equações por fitofisionomia, foi verificado que os modelos de

simples entrada de Husch e dupla entrada de Schumacher-Hall (Ln) geraram os melhores

ajustes estatísticos na Floresta ombrófila densa de terras baixas, submontana e transição

cerrado-floresta.

As equações volumétricas totais, geradas para as três fitofisionomias, também foram

significativas nos ajustes das árvores caídas, com valores de Fcal.variando de 345,1782

(p<0,0001; Meyer) a 2550,4323 (p<0,0001; Schumacher-Hall (Ln)).

A estimativa dos coeficientes de determinação ajustados (R²aj) proporcionou distintos

ajustes das variáveis dendrométricas (Tabela 3). As equações de simples entrada de

Koperzky-Gehrhardt, Hohenald-Krenn e Husch - Não linear apresentaram valores em torno

de 70 %.

Para as equações de dupla entrada, foram obtidos coeficientes de determinação

ajustados (R²aj) de 56 ( purr ( n)), 83 ( purr e toate), 84 ( slund, Meyer

modificada e Schumacher-Hall-Não linear) e 85 % (Meyer). Entretanto, quando utilizados

modelos logaritmizados houve ajustes mais representativos (Husch e Brenac - 89 %;

Schumacher-Hall (Ln) - 94 %), e maior eficiência no ajuste dos dados (Tabela 4).

40

Tabela 3. Ajuste das equações de volume para as árvores caídas testadas nos modelos de simples entrada para Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP). Onde: β0, β1 – parâmetros

estatísticos dos modelos; p – nível de significância dos parâmetros dos modelos; F – valor calculado da análise de variância; R²aj – coeficiente de determinação ajustado; Syx – erro

padrão residual absoluto; Syx% - erro padrão residual relativo; IF – ídice de furnival absoluto; IF% – ídice de furnival relativo.

Modelo Descrição Parâmetros P F R²aj Syx Syx% IF IF%

1. Koperzky-Gehrhardt

β0 0,1202 0,298338 731,9881 0,7097 0,0855 3,8662 - -

β1 0,0009 < 0,001

2. Hohenald-Krenn

β0 -0,9617 < 0,001

393,0562 0,7239 0,0834 3,7702 - - β1 0,0533 < 0,001

β2 0,0003 < 0,001

3. Husch

β0 -7,9182 < 0,001 2626,4452 0,8977 0,0256 - 0,0578 2,611

β1 2,2077 < 0,001

4. Brenac

β0 -6,7617 < 0,001

1324,9251 0,8985 0,0255 - 0,0575 2,6017 β1 1,9575 < 0,001

β2 -7,8722 0,071008

5. Husch-Não linear

β0 0,0032 < 0,001 731,3941 0,7208 0,0840 3,8037 - -

β1 1,7065 < 0,001

41

Tabela 4. Ajuste das equações de volume para as árvores caídas testadas nos modelos de dupla entrada para Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP). Onde: β0, β1 – parâmetros

estatísticos dos modelos; p – nível de significância dos parâmetros dos modelos; F – valor calculado da análise de variância; R²aj – coeficiente de determinação ajustado; Syx – erro

padrão residual absoluto; Syx% - erro padrão residual relativo; IF – ídice de furnival absoluto; IF% – ídice de furnival relativo.

Modelo Descrição Parâmetros p F R²aj Syx Syx% IF IF%

1. Spurr

β0 0,3013 < 0,001 1484,5857 0,8322 0,0650 2,9388 - -

β1 0,00005 < 0,001

2. Stoate

β0 -0,3753 0,0803

517,7226 0,8383 0,0638 2,8854 - - β1 0,0002 < 0,001

β2 0,00003 < 0,001

β3 0,0555 < 0,001

3. slund

β0 0,1456 0,2334

415,9417 0,8473 0,0620 2,8035 - -

β1 0,0005 < 0,001

β2 -0,00007 0,4857

β3 0,0001 < 0,001

β4 -0,0033 < 0,001

4. Meyer

β0 0,5570 0,1713

345,1781 0,8519 0,0611 2,7608 - -

β1 -0,0240 0,1698

β2 0,0003 < 0,001

β3 0,0065 < 0,001

β4 -0,00001 0,2520

β5 -0,1305 < 0,001

5. Meyer modificada

β0 -0,5059 0,0217

416,9982 0,8476 0,0619 2,8005 - -

β1 0,0090 0,5207

β2 0,0001 0,3792

β3 0,0022 0,0010

β4 0,00001 < 0,001

6.Spurr (Ln)

β0 -1,5421 < 0,001 381,4417 0,5599 0,0531 - 0,1199 5,4183

42

β1 0,01760 < 0,001

7. Schumacher-Hall

(Ln)

β0 -8,7529 < 0,001

2550,4323 0,9446 0,0188 - - 1,9223 β1 1,8769 < 0,001

β2 0,8216 < 0,001

8. Schumacher-Hall-

não linear

β0 0,0005 0,0021 972,4107 0,8475 0,0622 2,8156 - -

β1 1,5806 < 0,001

β2 0,8546 < 0,001

43

Nas equações de simples entrada, os modelos aritméticos e Husch-Não linear

obtiveram um erro padrão residual (Sxy) de aproximadamente 3,8 %. Enquanto, os modelos

logarítmicos apresentaram estimativas mais precisas (2,6 %), determinadas pelo índice de

furnival.

erro padrão residual para os modelos de dupla entrada ( purr, toate, slund,

Meyer, Meyer modificada e Schumacher-Hall-Não linear) variaram entre 2,7 e 2,9 %.

Entretanto, dois modelos extrapolaram este intervalo, com amplitude máxima para o modelo

de Spurr (Ln) (5,4 %), e mínima Schumacher-Hall (Ln) (1,9 %).

O desvio médio percentual (DMP), nos modelos de simples entrada (-68,24 a 14,19 %)

teve uma variação quanto à distribuição dos resíduos semelhantemente aos modelos de dupla

entrada (-60,25 a 42,13 %).

Das equações geradas, seis subestimaram o volume das árvores caídas (dois de simples

e quatro de dupla entrada). A superestimação do volume ocorreu nos modelos de Meyer

(5,48 %), Hohenald-Krenn (9,82 %), Brenac (14,19 %), Meyer modificada (17,03 %) e Spurr

(Ln) (42,13 %), em valores positivos.

Nos modelos de simples entrada (Husch-Não linear, Koperzky-Gehrhardt e Hohenald-

Krenn), pode-se observar que a grande limitação é o ajuste dos maiores volumes das árvores

caídas. À medida que há o aumento do volume individual das árvores caídas, a variação dos

resíduos aumenta positiva e negativamente (Figura 4).

Essa limitação também é observada nos modelo de Spurr, Stoate, Naslund, Meyer,

Meyer modificada e Schumacher-Hall-Não linear. Esse comportamento é típico de resíduos

heterocedásticos, com formação gráfica de um cone (Figura 5).

44

Figura 4. Análise de distribuição gráfica de resíduos dos modelos de simples entrada para equação de árvores

caídas na Floresta Estadual do Amapá. Onde: 1 - Koperzky-Gehrhardt; 2 - Hohenald-Krenn; 3 – Husch; 4 –

Brenac; 5 – Husch-Não linear.

45

Figura 5. Análise de distribuição gráfica de resíduos dos modelos de dupla entrada para equação de árvores

caídas na Floresta Estadual do Amapá. Onde: 1 – Spurr; 2 – Stoate; 3 - Naslund; 4 – Meyer; 5 - Meyer

modificada; 6 - Spurr (Ln); 7 - Schumacher-Hall (Ln); 8 - Schumacher-Hall-não linear.

46

As equações mais significativas foram as formadas pelos modelos de Schumacher-

Hall (Ln) e Husch, com DMP de 2,51 e 2,52 %. Esses valores exprimem o quanto os resíduos

estão distribuídos de forma homogênea na amostra de árvores caídas.

Os modelos de Meyer (5,48 %), Hohenald-Krenn (9,82 %) e Brenac (14,19 %),

também apresentaram bons resultados. Na distribuição dos resíduos verifica-se que os

modelos de Meyer e Hohenald-Krenn estimam com eficiência o volume de pequenas árvores

caídas. No entanto, o modelo de Brenac apesar de possuir maior DMP produz confiabilidade

nas estimativas com maior amplitude de volume de árvores caídas.

2.3.3 Validação da Equação Volumétrica

Para validação das equações volumétricas das árvores caídas foram utilizados os

volumes reais de 216 indivíduos que não fizeram parte da amostragem para ajuste das

equações. Os indivíduos que compõem a amostra apresentaram diâmetros à altura do peito a

1,30 m do solo variando de 10,3 a 123,4 cm. As alturas comerciais mínimas contempladas

foram de 3 m, com valores máximos de 28,9 m.

O volume real médio dos indivíduos foi de 1,7533 ± 0,1757 m³ (média ± erro padrão)

com valores variando de 0,05 a 15,62 m³. A expressão do volume cilíndrico médio com fator

de forma, tradicional em inventários e planos de manejos florestais brasileiros, apresentou

1,4953 ± 0,1537 m³.

Os modelos de Husch e Schumacher-Hall (Ln) foram selecionados para validação de

uso e aplicação das equações volumétricas nas fitofisionomias estudadas. A equação a partir

do modelo de Husch gerou um volume médio de 1,6230 ± 0,1528 m³, enquanto a de

Schumacher-Hall (Ln) de 1,5935 ± 0,1493 m³.

Quando comparado os volumes, não foram observadas diferenças significativas entre

as estimativas geradas pelas equações de simples (Husch; t = 0,81 e p = 0,42) e dupla entrada

(Schumacher-Hall (Ln); t = 0,62 e p = 0,53) com o volume real. Resultado também

encontrado para o volume cilíndrico com fator de forma (t = 10,52 e p = 0,30).

As comparações entre volumes estimados pelas equações (t = 0,04 e p = 0,96) e

expressão do cilindro com fator de forma (Husch; t = 0,26 e p = 0,80 e Schumacher-Hall (Ln);

t = 0,31 e p = 0,76) também não foram diferentes.

47

2.4 DISCUSSÃO

2.4.1 Estrutura florestal

A confiabilidade das estimativas do número de árvores caídas por fitofisionomia

variou em função do número de unidades amostrais estabelecidas. Entretanto, não foram

observadas variações para afetar a representatividade dos volumes.

Quando comparada com a estrutura diamétrica das árvores vivas em “pé”, as

distribuições de indivíduos proporcionaram curvas exponenciais similares às árvores caídas

por fitofisionomia. Estes comportamentos são típicos de florestas inequiâneas, o que também

leva a pensar que as árvores que caem apresentam proporcionalidade com a vegetação

remanescente, portanto capaz de possibilitar quaisquer análises que represente a floresta em

“pé”.

Há evidencias que, em termos médios as florestas inequiâneas na Amazônia têm

percentual de 2 % de árvores mortas a cada ano (SILVA, 2012). Em termos absolutos há

maior mortalidade de árvores nas menores classes de diâmetros, entretanto, em termos

relativos é nas maiores classes de diâmetro que ocorre a maior mortalidade, já que a

distribuição decrescente típica das florestas nativas deixa claro um menor número de árvores

nestas classes (SCOLFORO et al., 1996).

Na Floresta Estadual do Amapá, foram estimados 399 (FODTB), 426 (FODSm) e 465

(TCF) indivíduos vivos.ha-1

, os quais proporcionaram volumes de 276.090, 291.024 e 267.005

m³ ha-1

, respectivamente (INAM, 2009). O pequeno aumento do número de árvores caídas na

TCF está relacionado à mudança de estrutura da floresta, que apresenta indivíduos com

menores dimensões, mais susceptível a intempéries climáticas. Entretanto, o número de

árvores caídas nas fitofisionomias, provavelmente, está relacionado à presença de

afloramentos rochosos e condições edafoclimáticas.

O decréscimo do número de árvores caídas das sucessivas classes diamétricas

configura uma suave curva tendendo a reta com declividade negativa, descendendo para

direita. Este comportamento é típico de comunidades florestais em estágio primário de

sucessão, com aptidão ao manejo florestal. Segundo Sterba (2004), freqüentemente a

estabilidade de distribuições diamétricas de florestas inequiâneas são pensadas com inúmeras

espécies, em distintas idades.

A distribuição diamétrica exponencial das árvores em florestas nativas, com

proporcionalidade constante em classes sucessivas, é o indicio de estabilidade na comunidade

(DE LIOCOURT, 1898). Outra forma de verificar o equilíbrio de uma floresta é assumir que

48

o número de árvores que ingressam numa classe diamétrica é igual à quantidade de árvore que

ingressam na classe imediatamente posterior (SCHUTZ, 1975), ou quando há grande

produção de sementes, germinação satisfatória e com taxa de mortalidade decrescente nas

idades mais avançadas (DAUBERNMIRe, 1968).

A exceção é a primeira classe diamétrica, onde geralmente nos inventários florestais

agrupam o maior número de indivíduos. No entanto, era esperada uma redução do número de

indivíduos na classe inicial, proporcionado pela velocidade de decomposição e mineralização

das árvores menores ao caírem, mesmo compostas por distintas espécies de variadas

densidades.

O efeito de componentes do solo e da vegetação sobre a percentagem de

decomposição de madeira de espécies arbóreas não está associada ao tipo de solo, topografia,

quantidade de liteira fina, biomassa e densidade arbórea (TOLEDO et al., 2012), e sim pelo

material de origem (dimensão da árvore, por exemplo), tempo, microorganismos e condições

microclimáticas do sítio (LEPSCH, 2002).

A estrutura hipsométrica das árvores caídas também foi similar ao das árvores vivas

em “pé” inventariadas em 2009 na F TA. s resultados das alturas comerciais não variaram

sigificativamente entre as fitofisionomias. As árvores vivas em “pé” da F DTB apresentaram

altura média, máxima e mínima de 21,3, 42 e 6 m, respectivamente. Seguida das árvores da

FODSm (média de 21,3 m, máxima de 39 m, mínima de 7m) e TCF (18,8 m, máxima de 42

m, mínima de 6 m).

2.4.2 Equação volumétrica

Os ajustes similares das equações por fitofisionomia é consequência da similaridade da

estrutura diamétrica e hipsométrica das áreas estudadas. As diferenças são observadas apenas

nas composições florísticas, não interferindo na estimativa volumétrica.

Os volumes das árvores caídas nas fitofisionomias apresentaram ajustes similares entre

os modelos de simples e dupla entrada. Esse comportamento dos modelos fornece a vantagem

de uso de equações com menor número de variáveis, tornando a atividade de romaneiro no

campo mais prática e com menor custo.

Estatísticamente, tal fato é explicado pela ausência de efeitos aditivos das variáveis

independentes em alguns modelos. A ocorrência de multicolinearidade proporciona

similaridade entre o poder explicativo adicional e correlação parcial dos diâmetros e/ou

alturas com o volume das árvores caídas, não deixando clara as diferenças de estimativas

quanto ao uso de uma única variável ou combinações.

49

Na medida que as variáveis independentes são correlacionadas, elas compartilham

uma parte do seu poder preditivo, ou seja, as duas variáveis independentes explicam uma

mesma parcela da variável dependente (CORRAR et al., 2007).

Resultados semelhantes foram encontrados por Tonini et al. (2005), trabalhando com

quatro espécies florestais nativas da Amazônia, com equações de volume de simples e dupla

entrada apresentando ajustes semelhantes.

Na Floresta Nacional do Tapajós, no trecho de Santarém a Cuiabá, Brasil, Silva e

Araujo (1984) desenvolveram uma equação de volume para qualquer espécie e para diâmetro

variando de 15 cm a 45 cm, com equações aritméticas apresentando resultados levemente

superiores às equações logarítmicas testadas.

Resultados similares foram encontrados por Ferreira et al (2011) os quais verificaram

que para estimativa de volume de árvores em florestas equianeas, a equação mais

aconselhável e eficiente é de simples entrada com DAP, quando comparada à equação de

Schumacher e Hall, pois a mesma não necessita de obtenção da variável altura, diminuindo

assim o tempo de obtenção de dados, ocasionando a redução de custos totais no trabalho.

Tonini e Melo (2009) verificaram que os modelos de Baden-Wurt, Schumacher-Hall e

Spurr (Ln) apresentaram melhor desempenho nos índices de R²aj, variando de 0,932 a 0,935.

O modelo Baden-Wurt apresentou os valores mais altos para R²aj, porém não foi o

selecionado por apresentar o erro padrão de estimativa elevado.

O menor ajuste de modelos de simples entrada é esperado quando são realizados

trabalhos com variáveis da vegetação, pois assume-se que árvores de mesmo diâmetro têm a

mesma altura, o que não é verdadeiro para florestas heterogêneas (ROLIM et al., 2006). A

pesquisa de Barros e Silva Jr. (2009) acrescenta ainda que se levando em consideração a

praticidade de uso da equação, a diminuição do trabalho de campo, deixando-se de medir a

variável altura, bem como os possíveis erros cometidos durante sua medição, o modelo de

Brenac (simples entrada) é preferido em relação ao modelo de Spurr (dupla entrada).

A precisão de modelos com diâmetro à altura do peito e volume em nível de população

demonstra que os modelos de afilamento são capazes de produzir previsões exatas do

diâmetro do caule e volumes, tanto da população quanto em nível de árvore individual

(YANG et al., 2009).

A hipótese de que o uso da variável independente DAP é suficiente para boas

estimativas em equações volumétricas locais foi rejeitada por Leite e Andrade (2003), os

quais concluíram que o uso da altura no modelo deve ser considerado para obter estimativas

precisas.

50

Santos et al. (2006) com objetivo de testar modelos matemáticos encontradas na

literatura florestal para estimar o volume individual de arvores no estado do Paraná, verificou

que todos os modelos, exceto o de Husch, que utiliza apenas diâmetro, sem considerar altura

do fuste, apresentam boa performance.

Tonini e Melo (2009) trabalhando com espécies nativas, selecionaram as seguintes

equações: Spurr logaritimizada para a castanha-do-brasil; Schumachar-Hall para o angelim-

ferro; Stoate para o Visgueiro.

Segundo Santos (2006), um modelo matemático só pode realmente ser indicado depois

de verificado à existência ou não de um comportamento tendencioso sobre toda a linha de

regressão, com os resíduos o mais uniformemente distribuído sobre a linha.

Os valores do erro padrão residual (Sxy), por expressar a medida de variação dos

volumes estimados das árvores caídas pelas equações, quando comparado ao volume real, são

considerados aceitáveis ao uso.

2.4.3 Validação da Equação Volumétrica

Há praticidade no uso das equações de simples entrada e/ou fator de forma para

obtenção do volume de espécies arbórea, pois fornecem estimativas precisas com menor custo

e praticidade. No entanto, de acordo com a Resolução CONAMA 406/09 é obrigatório, a

partir do segundo ano de exploração florestal, o cálculo do volume de árvores em pé mediante

equação de volume desenvolvida.

Em equações de simples entrada, mesma quando os critérios estatísticos são

obedecidos, podem ocorrer a sub ou superestimação dos volumes de árvores individuais ou

povoamentos. Estes resultados variam em função do tamanho das árvores. Em florestas

nativas, árvores de mesmo diâmetro não possuem necessariamente a mesma altura.

No entento, é cada vez mais comum na Amazônia brasileira a utilização de equações

de simples entrada, com a variável independente DAP, para estimativa do volume de florestas

a serem submetidas ao manejo florestal (FERREIRA et al., 2011; BARROS e SILVA Jr.,

2009; YANG et al., 2009).

As características do conjunto de dados volumétricos faz com que em diferentes sitios,

com características distintas de clima, solo e vegetação, proporcionem ajustes diferenciados

quanto aos modelos de regressão. Brandeis et al. (2006) trabalhado em florestas subtropicais

secas de Porto Rico e outras ilhas do Caribe verificaram que os modelos de Hohenald-Krenn e

Spurr obtiveram melhores ajustes para o volume do tronco das árvores.

51

2.5 CONCLUSÕES

As estruturas diamétrica e hipsométrica das árvores caídas da Floresta Estadual do

Amapá representam a estrutura das árvores vivas em “pé”, nas distintas fitofisionomias que a

compõem.

Assim, as equações volumétricas desenvolvidas neste trabalho estão habilitadas para

emprego da estimativa do volume comercial das áreas destinadas ao manejo florestal

sustentável.

As equações de simples e dupla entrada, bem como o fator de forma apresentaram

resultados confiáveis para estimativa volumétrica. No entanto, deve-se priorizar a utilização

das equações para predição do volume, por atender as indicações legais previstas na

legislação florestal brasileira.

Apesar das vantagens opeacionais observadas para equação volumétrica de Husch,

recomenda-se a utilização da equação volumétrica de Schumacher e Hall (Ln) levando em

consideração que as árvores de mesmo diâmetro da Floresta Estadual do Amapá não possuem

a mesma altura.

52

3 APTIDÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS AO MANEJO EM FLORESTA

OMBRÓFILA DENSA, AMAPÁ, AMAZÔNIA

53

RESUMO

O trabalho pretende verificar a viabilidade de execução de manejo florestal na Floresta

Estadual do Amapá, Amazônia, Brasil. O inventário foi realizado em três unidades primárias.

Cada unidade primária foi disposta em forma quadrada com cinco parcelas de 100 x 100 m. O

nível de inclusão foi de árvores com DAP (Diâmetro a altura do peito a 1,30 m do solo) > 10

cm. Em todos os indivíduos foram coletados nome popular, altura comercial, qualidade do

fuste e presença ou ausência de cipós, oco e cupim. As espécies foram separadas em grupos

de valor madeireiro (GVM). Foram calculados os parâmetros fitossociológicos, agregação,

estrutura vertical e diamétrica. Para cada classe diamétrica foi estimado o volume total. Foram

inventariados 7557 indivíduos, distribuídos em 38 famílias, 115 gêneros, 182 espécies, com

12 indeterminadas. O índice de Shannon foi de 4,38 nats/ind. Dentre as espécies com valor

comercial podem ser citadas: Tabebuia serratifolia (GVM 1), Carapa guianensis (GVM 2),

Dipteryx magnífica (GVM 3) e Aspidosperma excelsum (GVM 4). O número de árvores foi

estimado em 503,80 ± 25,51 ind.ha-1

, com volume médio de 383,22m3.ha

-1. O volume entre as

classes diamétricas evidenciou 67,33 m3.ha

-1 nas árvores com DAP’s entre 10 e 40 cm, 22,37

m3.ha

-1 (DAP’s entre 40 e 50 cm) e 293,53 m

3.ha

-1 (DAP’s maior 50 cm). A distribuição

diamétrica dos indivíduos evidenciou uma curva decrescente. Dessa forma, há indícios de

potencial volumétrico para fins de manejo, com estimativas por hectare superior a permitida

nas bases legais da política florestal brasileira.

Palavras-chave: Diversidade; Volume; Distribuição diamétrica.

54

ABSTRACT

The work aims to verify the feasibility of implementing forest management in Amapa State

Forest, Amazon, Brazil. The inventory was conducted in three primary units. Each primary

units was arranged in a square with five plots of 100 x 100 m. The inclusion level was trees

with DBH (diameter at breast height to 1.30m) > 10 cm. In all individuals were collected

popular name, commercial height, trunk quality and presence or absence of vines, hollow

termite. The species were separated into groups of timber value (GVM). Parameters

phytosociological, aggregation, vertical structure and diameter were calculated. For each

diameter class was estimated total volume. We recorded 7557 individuals belonging to 38

families, 115 genera, 182 species, with 12 indeterminate. The Shannon index was 4.38 nats /

ind. Among the species with commercial value can be cited: Tabebuia serratifolia (GVM 1)

Carapa guianensis (GVM 2), Dipteryx magnificent (GVM 3) and Aspidosperma excelsum

(GVM 4). The number of trees was estimated at 503.80 ± 25.51 ind.ha-1

, with an average

volume of 383.22 m3.ha

-1. The volume between the diameter classes showed 67.33 m

3.ha

-1 in

trees with DBH between 10 and 40 cm, 22.37 m3.ha

-1 (DBH between 40 and 50 cm) and

293.53 m3.ha

-1 (DAP's largest 50 cm). The diameter distribution showed a decreasing curve.

Thus, there is evidence of potential volume for management purposes, with estimates per

hectare higher than permitted in legal bases Brazilian forest policy.

Key words: Diversity, Volume, Distribution diameter.

55

3.1 INTRODUÇÃO

O registro de inúmeras espécies da flora com capacidade de fornecer matéria-prima

para a construção civil, cosméticos, farmacêuticos, etc. tem contribuído para destacar a

Amazônia no cenário internacional. O código florestal brasileiro (Lei 12.651/2012) prevê a

utilização destes recursos a partir da elaboração de “Plano de Manejo Florestal ustentável de

uso múltiplo - PMF ”, com discriminação dos procedimentos técnicos em normas específicas.

Atualmente, os procedimentos e especificações técnicas para o acesso aos recursos

provenientes de florestas primitivas da Amazônia são orientados pelas Instruções Normativas

04 e 05/2006 MMA e Resolução CONAMA 406/2009. Tradicionalmente são consideradas

com aptidão ao manejo florestal, espécies com número de indivíduos superior a três a cada

100 hectares, diâmetro mínimo de corte (50 cm para todas as espécies), fuste cilíndrico e com

ausência de oco.

No entanto, há generalidade da legislação quanto às espécies e intensidade de

exploração, permitindo a máxima retirada de madeira por unidade de área, com danos

irreversíveis à floresta remanescente (ROCHA et al., 2000; PINTO et al., 2002).As diretrizes

estabelecidas nas normativas brasileiras atende apenas as florestas como comunidade, não

atendendo especificidades de populações de espécies arbóreas com distintos comportamentos

ecológicos.

Para dar inicio as discussões sobre procedimentos técnicos considerando a

peculiaridade de cada espécie, é necessário identificar as relações fitossociológicas,

distribuição diamétrica, vertical e espacial para fundamentar a adoção de planejamentos mais

adequados de exploração.

Nos últimos dez anos, diversos autores (JARDIM e SOARES, 2010; SAMPAIO et al.,

2005; PROCÓPIO e SECCO, 2008; HIRAI et al., 2008)têm estudado o comportamento

individual de espécies arbóreas comerciais da Amazônia, como Sterculia pruriens (Aublet)

Schumann, Manilkara huberi Standley, Aniba rosaeodora Ducke e Couratari guianensis

Aublet descrevendo o número de árvores susceptíveis ao manejo com distintas estruturas na

floresta.

Diante do exposto, o trabalho pretende verificar a viabilidade de execução de manejo

florestal em floresta ombrófila densa na Amazônia, avaliando o comportamento individual e

da comunidade. Este trabalho pretende responder se existem espécies com estruturas distintas

capazes de serem submetidas ao manejo florestal madeireiro.

56

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

3.2.1 Caracterização da Área

A área de estudo está localizada no módulo II da Floresta Estadual do Amapá

(FLOTA/AP), região central do estado do Amapá, Amazônia, Brasil. O universo amostral

abrangeu uma população de 500 ha, com vegetação descontínua de floresta ombrófila densa

de terras baixas (IBGE, 2012).

O solo predominante é tipo Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (RADAM, 1974).

A altitude varia de 60 a 100 m. O clima da região é do tipo Am (equatorial super-úmido),

segundo a classificação de Köppen.

3.2.2 Inventário Florestal

O inventário foi realizado em unidades amostrais conglomeradas, distribuídas em três

distintas áreas (unidades primárias - UP), equidistantes em aproximadamente 2.500 m. Cada

unidade primária foi disposta em forma quadrada com cinco parcelas permanentes (unidades

secundárias) de 100 x 100 m, abrangendo uma área de 5 ha por UP.

As parcelas foram estabelecidas de acordo com os critérios da “Rede de

Monitoramento da Dinâmica das Florestas da Amazônia”, com nível de inclusão das árvores

abrangendo DAP > 10 cm (SILVA et al., 2005).

Todos os indivíduos foram etiquetados com numeração progressiva e coletados nome

popular, DAP, altura comercial (h) (até a inserção do primeiro galho com auxílio de

hipsômetro TRIPULSE 360º) e presença ou ausência de cipós competidores (C), oco (O) e

cupim (PC).

Os fustes das árvores foram classificados quanto a qualidade do fuste (Qf)

(VACCARO et al., 2003), onde: (1) reto, (2) levemente tortuoso e (3) tortuoso. A classe

"reto" abrangeu os fustes que apresentam qualidade entre 80 e 100 % de seu comprimento; a

classe "levemente tortuoso" entre 50 e 80 % e a classe "tortuoso" menos que 50 %.

A identificação taxonômica das espécies foi realizada com levantamento prévio em

campo e os nomes botânicos seguiram o sistema APG III (2010).Todas as espécies

identificadas foram separadas em grupos de valor madeireiro (GVM), onde: 0 – menor valor

comercial; 1 – alto valor comercial; 2 – reconhecido valor comercial; 3 – comumente

comercializadas; 4 – comercialização local; 5 – não classificadas.

57

3.2.3 Análise Estrutural

A suficiência amostral florística foi determinada a partir da confecção da curva do

coletor. A representatividade do número de indivíduos e volume foi efetuada com limite de

erro em torno da média de até 10 %, para um nível de probabilidade de 95 % (P = 0,95),

precisão recomendada na IN 05/2006 IBAMA.

Com base nas informações coletadas foram calculados os parâmetros fitossociológicos

utilizando o software MATA NATIVA 2.O padrão de agregação das espécies foi definido

com auxílio do índice de Payandeh (Pi).

A estrutura vertical foi estimada a partir de três estratos: estrato inferior -árvores com

altura comercial inferior a média aritmética menos um desvio padrão; estrato médio - árvores

cujas alturas se inserem nos limites inferior e superior da média aritmética e desvio padrão; e

estrato superior - árvores com altura superior a média das alturas mais um desvio

padrão(SCOLFORO, 1998).

Também foram gerados histogramas da estrutura diamétrica por qualidade do fuste. O

número de classes diamétricas foi calculado segundo Higuchi et al. (2008).Para cada classe

diamétrica foi estimado o volume total, utilizando a equação de Schumacher e Hall (Ln):

Onde:

V = volume (m³)

DAP = diâmetro a altura do peito a 1,30m do solo (cm)

Hc = altura comercial (m)

3.3 RESULTADOS

3.3.1 Florística e Fitossociologia

A composição florística foi representada com sucesso a partir da décima quarta parcela,

quando se iniciou a estabilidade linear da curva de suficiência amostral (Figura 6). A

vegetação representada foi composta por 7.557 indivíduos arbóreos vivos, agrupados em 38

famílias botânicas, 115 gêneros, 182 espécies, com 12 indeterminadas.

58

Figura 6. Curva do número de espécie por número de parcelas amostradas (área) representando a composição

florística da floresta ombrófila densa inventariada no município de Porto Grande, Amapá, Amazônia.

O índice de diversidade de Shannon encontrado foi de 4,38 nats/ind. Quando

consideradas as unidades secundárias que compõe cada conglomerado o índice de diversidade

variou de 3,87 a 4,24 nats/ind.

As famílias botânicas com maior contribuição na riqueza florística foram: Fabaceae

(41 espécies), Sapotaceae (13), Burseraceae e Lauraceae (11) e Lecythidaceae (10). Quanto ao

número de indivíduos estas famílias continuam predominando entre as mais representativas

(Fabaceae (24,49 %), Lecythidaceae (10,27 %), Sapotaceae (10,19 %) e Burseraceae (8,32

%)).

Quando considerados os grupos de valor madeireiro, as espécies comerciais foram

distribuídas da seguinte forma: 9com alto valor comercial; 18 com reconhecido valor

tecnológico; 21 comumente comercializadas e 107 com baixo valor comercial (classificadas

como madeiras brancas). Entretanto, 27 espécies não foram consideradas comerciais, com

baixa representatividade em número de indivíduos (5,1%).

Dentre as espécies com valor comercial podem ser citadas em ordem decrescente de

número de indivíduos inventariados: no GVM 1 - Bowdichia nítida (117),Tabebuia

serratifolia (95) e Apeiba tibourbou (79); no GVM 2 - Carapa guianensis (441),Manilkara

huberi (228), Dinizia excelsa (54) e Dipteryx magnífica (5); no GVM 3 - Vouacapoua

americana (1649) e Qualea albiflora (150); e no GVM 4 - Aspidosperma excelsum (579),

Vochysia guianensis (362) e Virola michelii (275).

Os distintos números de indivíduos nas unidades primárias contribuíram para

formação de três categorias de distribuição espacial. Das espécies identificadas, 113 estão

dispostas de forma agrupada, 21 com tendência ao agrupamento e 49 se apresentaram de

forma aleatória. 49 não formam (Tabela 5).

59

Tabela 5. Relação das espécies arbóreas inventariadas, distribuição espacial pelo método Payandeh (Pi) e gupo de valor madeireiro (GVM) numa floresta ombrófila

densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR Pi CLASSIFICAÇÃO

Pi GVM

Anacardiaceae Anacardium spruceanum Benth. ex Engl. Cajuí 1,14 Tend. Agrup. 4

Tapirira guianensis Aubl. Tatapiririca 2,59 Agrupamento 4

Annonaceae Duguetia stelechantha (Diels) R.E. Fr. Envira pindauba 4,00 Agrupamento 4

Guatteria procera R.E. Fr. Envira surucucu 1,00 Não Agrup. 4

Guatteria sp. Ruiz & Pav. Envira-preta 3,78 Agrupamento 4

Oxandra acuminata Diels Envira-vermelha, Lamuci 0,93 Não Agrup. 4

Apocynaceae Aspidosperma exalatum Monach. Araracanga 1,86 Agrupamento 4

Aspidosperma excelsum Benth. Carapanaúba 1,06 Tend. Agrup. 4

Couma guianensis Aubl. Sorveira 4,47 Agrupamento 4

Geissospermum sericeum Benth. & Hook. F. ex Miers Quina 1,40 Tend. Agrup. 4

Geissospermum vellosii Allemão Quinarana 1,00 Não Agrup. 4

Lacmellea aculeata Ducke Catuaba 0,79 Não Agrup. 0

Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. &

Frodin Morototó 2,00 Agrupamento 0

Bignoniaceae Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don Parapará 1,00 Não Agrup. 4

Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson Ipê amarelo 0,67 Não Agrup. 2

Tabebuia sp. Gomes ex DC. Ipê 2,10 Agrupamento 1

Burseraceae Dacryodes nitens Cuatrec. Breu 4,73 Agrupamento 4

Dialium guianense (Aubl.) Sandwith Jutaí pororoca 2,00 Agrupamento 2

Protium altsonii Sandwith Breu mescla 0,93 Não Agrup. 4

Protium decandrum (Aubl.) Marchand Breu vermelho 7,10 Agrupamento 4

Protium paniculatum Engl. Breu amarelo 3,00 Agrupamento 4

Protium pernervatum Cuatrec. Breu folha grande 1,76 Agrupamento 4

Protium pilosum (Cuatrec.) D.C. Daly Breu folha miúda 0,86 Não Agrup. 4

Protium sagotianum Marchand. Breu manga 1,13 Tend. Agrup. 4

Protium sp. Burm. f. Breu folha média 1,32 Tend. Agrup. 4

60

Protium tenuifolium (Engl.) Engl. Breu branco 4,85 Agrupamento 4

Trattinnickia rhoifolia Willd. Breu sucuruba 2,71 Agrupamento 2

Caryocaraceae Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. Piquiarana 2,43 Agrupamento 4

Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Piquiá 1,00 Não Agrup. 2

Chrysobalanaceae Couepia excelsa Ducke Achuá 5,46 Agrupamento 4

Couepia guianensis Aubl. Cumatê 2,53 Agrupamento 0

Hirtella sp. L. Macucú 3,80 Agrupamento 1

Licania canescens Benoist Cariperana,Casca seca 3,02 Agrupamento 4

Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.)

Kuntze Pintadinho 2,64 Agrupamento 4

Parinarium sp. Juss. Pranari 2,47 Agrupamento 4

Clusiaceae Rheedia benthamiana Planch. & Triana Bacuri 4,57 Agrupamento 4

Symphonia globulifera L. f. Anani 2,86 Agrupamento 4

Tovomita sp.Aubl. Manguirana 2,20 Agrupamento 4

Combretaceae Buchenavia grandis Ducke Piriquiteira 1,00 Não Agrup. 4

Terminalia amazonia (J.F.Gmel.) Exell Mirindiba 2,79 Agrupamento 2

Terminalia sp. L. Cuiarana 1,00 Não Agrup. 1

Ebenaceae Diospyros sp. L. Envira 1,80 Agrupamento 4

Elaeocarpaceae Sloanea sp. L. Urucurana 1,49 Tend. Agrup. 4

Euphorbiaceae Conceveiba guianensis Aubl. Pitaíca 2,05 Agrupamento 2

Croton sp. L. Pau de índio 0,79 Não Agrup. 4

Hevea brasiliensis Müll. Arg. Seringueira 1,00 Não Agrup. 3

Sapium prunifolium Klotzsch Murupita 1,57 Agrupamento 0

Fabaceae Abarema auriculata (Benth.) Barneby & J. W. Grimes Ingarana 2,79 Agrupamento 4

Abarema jupunba (Willd.) Britton & Killip Saboeira 1,33 Tend. Agrup. 4

Alexa grandiflora Ducke Melancieira 1,03 Tend. Agrup. 2

Ambelania acida Aubl. Pau de leite, Pepino do mato 2,93 Agrupamento 3

Bowdichia sp. Kunth Sucupira 1,55 Agrupamento 1

Bowdichia nitida Spruce Sucupira amarela 0,49 Não Agrup. 1

Campsiandra comosa var. laurifolia Acapurana 2,71 Agrupamento 4

61

Candolleodendron sp. R.S. Cowan Fava 2,49 Agrupamento 4

Copaifera multijuga Hayne Copaíba 0,93 Não Agrup. 4

Dimorphandra multiflora Ducke Fava amarela 1,00 Não Agrup. 3

Dinizia excelsa Ducke Angelim vermelho 1,57 Agrupamento 2

Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff. Sucupira preta 3,77 Agrupamento 1

Dipteryx magnifica Ducke Cumaru rosa 1,00 Não Agrup. 3

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumaru 2,16 Agrupamento 3

Dussia discolor (Benth.) Amshoff Mututirana 2,88 Agrupamento 0

Elizabetha bicolor Ducke Boa macaca 11,49 Agrupamento 4

Eperua schomburgkiana Benth. Apá 5,71 Agrupamento 4

Eperua sp. Aubl. Iperana 1,36 Tend. Agrup. 1

Hymenaea courbaril L. Jatobá 1,14 Tend. Agrup. 3

Hymenaea parvifolia Huber Jutaí 1,49 Tend. Agrup. 4

Hymenolobium petraeum Ducke Angelim pedra 0,86 Não Agrup. 2

Inga auristellae Harms Ingá vermelho 6,64 Agrupamento 4

Inga gracilifolia Ducke Ingá folha miúda 1,57 Agrupamento 4

Inga paraensis Ducke Ingá xixica 0,86 Não Agrup. 4

Inga sp. 1 Mill. Ingá 4,71 Agrupamento 4

Inga sp. 2 Mill. Ingá branco 1,67 Agrupamento 4

Parkia gigantocarpa Ducke Fava esponja, Atanã 1,57 Agrupamento 4

Peltogyne paniculata Benth. Roxinho 0,93 Não Agrup. 3

Peltogyne paradoxa Ducke Coataquiçaua 1,57 Agrupamento 4

Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze Pracaxi 18,24 Agrupamento 4

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Timborana 1,46 Tend. Agrup. 4

Pterocarpus rohrii Vahl Mututi 1,00 Não Agrup. 4

Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke Paricá da mata 1,00 Não Agrup. 0

Sclerolobium melanocarpum Ducke Taxi vermelho 4,86 Agrupamento 4

Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. Fava folha fina 2,88 Agrupamento 4

Swartzia racemosa Benth. Pacapeuá 0,93 Não Agrup. 0

Swartzia sp. Schreb. Tento 4,00 Agrupamento 3

62

Tachigali myrmecophila Ducke Taxi preto 3,11 Agrupamento 1

Tachigali sp. Aubl. Taxi 1,60 Agrupamento 4

Taralea oppositifolia Aubl. Cumarurana 1,57 Agrupamento 2

Vouacapoua americana Aubl. Acapú 5,46 Agrupamento 3

Zygia racemosa (Ducke) Barneby & J.W.Grimes Angelim rajado 0,64 Não Agrup. 3

Goupiaceae Goupia glabra Aubl. Cupiúba 1,60 Agrupamento 2

Humiriaceae Humiria balsamifera Aubl. Umiri 1,00 Não Agrup. 0

Sacoglottis guianensis Benth. Uxirana 1,81 Agrupamento 4

Hypericaceae Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. Lacre 4,00 Agrupamento 2

Indeterminada 1 Indeterminada 1 Indeterminada 1 1,32 Tend. Agrup. 0

Indeterminada 2 Indeterminada 2 Indeterminada 2 2,64 Agrupamento 0

Indeterminada 3 Indeterminada 3 Indeterminada 3 2,00 Agrupamento 0

Indeterminada 4 Indeterminada 4 Indeterminada 4 1,14 Tend. Agrup. 0

Indeterminada 5 Indeterminada 5 Indeterminada 5 2,00 Agrupamento 0

Indeterminada 6 Indeterminada 6 Indeterminada 6 2,00 Agrupamento 0

Indeterminada 7 Indeterminada 7 Indeterminada 7 2,00 Agrupamento 0

Indeterminada 8 Indeterminada 8 Indeterminada 8 1,00 Não Agrup. 0

Indeterminada 9 Indeterminada 9 Indeterminada 9 2,00 Agrupamento 0

Indeterminada 10 Indeterminada 10 Indeterminada 10 3,24 Agrupamento 0

Indeterminada 11 Indeterminada 11 Indeterminada 11 1,00 Não Agrup. 0

Indeterminada 12 Indeterminada 12 Indeterminada 12 3,00 Agrupamento 0

Lauraceae Aniba burchellii Kosterm. Louro canela 3,79 Agrupamento 4

Aniba puchury-minor (Mart.) Mez Preciosa 1,32 Tend. Agrup. 4

Licaria cannella (Meisn.) Kosterm. Louro preto 1,85 Agrupamento 4

Licaria mahuba (A. Samp.) Kosterm. Maúba 0,93 Não Agrup. 0

Mezilaurus duckei van der Werff Itaúba amarela 2,98 Agrupamento 3

Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez Itaúba, Itaúba preta, Louro itaúba 6,31 Agrupamento 2

Nectandra rubra (Mez) C. K. Allen Louro vermelho 2,41 Agrupamento 0

Ocotea aciphylla (Nees) Mez Louro amarelo 1,62 Agrupamento 4

Ocotea amazonica (Meisn.) Mez Louro branco 1,81 Agrupamento 4

63

Ocotea sp. Aubl. Louro 5,29 Agrupamento 4

Persea jariensis Vattimo Louro cravo 0,93 Não Agrup. 4

Lecythidaceae Couratari guianensis Aubl. Tauarí 1,35 Tend. Agrup. 4

Eschweilera coriacea (DC.) S.A.Mori Matamatá branco 4,71 Agrupamento 4

Eschweilera grandiflora (Aubl.) Sandwith Matamatá preto 0,93 Não Agrup. 4

Eschweilera juruensis R. Knuth Matamatá amarelo 1,00 Não Agrup. 4

Eschweilera sp. Mart. ex DC. Matamatá vermelho 8,35 Agrupamento 3

Gustavia augusta L. Jeniparana 3,35 Agrupamento 0

Lecythis lurida (Miers) S.A. Mori Jarana 1,82 Agrupamento 4

Lecythis pisonis Cambess. Sapucaia 0,71 Não Agrup. 4

Lecythis poiteaui O. Berg Jarana amarela 1,62 Agrupamento 4

Lecythis sp. Loefl. Sapucainha 1,71 Agrupamento 3

Malpighiaceae Byrsonima aerugo Sagot Murici 0,93 Não Agrup. 0

Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. Pente de macaco 1,43 Tend. Agrup. 1

Pachira sp. Aubl. Mamorana 2,43 Agrupamento 4

Quararibea sp. Aubl. Envira branca 3,00 Agrupamento 3

Sterculia pilosa Ducke Capoteiro 3,28 Agrupamento 4

Theobroma speciosum Willd. ex Spreng. Cacauí 1,00 Não Agrup. 0

Theobroma subincanum Mart. Cupuí 4,26 Agrupamento 0

Melastomataceae Miconia pubipetala Miq. Canela de velho 1,00 Não Agrup. 4

Mouriri apiranga Spruce ex Triana Meraúba 5,60 Agrupamento 4

Mouriri nervosa Pilg. Louro folha fina 4,20 Agrupamento 3

Meliaceae Carapa guianensis Aubl. Andiroba 3,03 Agrupamento 2

Guarea carinata Ducke Andirobarana 1,65 Agrupamento 4

Theobroma sect. Cacao (Mill.) Bernoulli Cacau 1,00 Não Agrup. 3

Moraceae Bagassa guianensis Aubl. Tatajuba 0,93 Não Agrup. 3

Brosimum lactescens (S. Moore) C. C. Berg Muirapiranga 0,93 Não Agrup. 1

Brosimum parinarioides Ducke Amapá doce 3,00 Agrupamento 3

Brosimum sp. Sw. Amapá 1,80 Agrupamento 3

Ficus nymphaeifolia Mill. Apuí 1,00 Não Agrup. 0

64

Helicostylis sp. Trécul Inharé 2,17 Agrupamento 4

Maquira sclerophylla (Ducke) C. C.Berg Muiratinga 1,51 Agrupamento 3

Myristicaceae Iryanthera grandis Ducke Ucuuba casca de vidro 10,43 Agrupamento 4

Iryanthera paraensis Huber Ucuuba de sangue 2,78 Agrupamento 2

Osteophloeum platyspermum (Spruce ex A. DC.)

Warb. Ucuubarana 1,53 Agrupamento 4

Virola calophylla (Spruce) Warb. Ucuuba 0,57 Não Agrup. 3

Virola michelii Heckel Ucuuba branca 2,42 Agrupamento 4

Myrtaceae Eugenia diplocampta Diels Araçá 1,00 Não Agrup. 4

Eugenia sp. L. Goiabinha 14,08 Agrupamento 4

Myrcia fallax (Rich.) DC. Murta 1,00 Não Agrup. 4

Olacaceae Minquartia guianensis Aubl. Acariquara 3,59 Agrupamento 4

Pentaphylacaceae Ternstroemia sp. Mutis ex L. f. Figo-bravo 1,00 Não Agrup. 4

Rubiaceae Chimarris turbinata DC. Araruta 1,14 Tend. Agrup. 3

Genipa americana L. Jenipapo 7,25 Agrupamento 2

Salicaceae Laetia procera (Poepp.) Eichler Pau jacaré 3,00 Agrupamento 4

Sapotaceae Ecclinusa lanceolata (Mart. & Eichler) Pierre Abiu da folha grande, Casca grossa 4,60 Agrupamento 4

Manilkara huberi (Ducke) Chevalier Maçaranduba 0,68 Não Agrup. 2

Manilkara sp. Adans. Maparajuba 0,86 Não Agrup. 4

Micropholis acutangula (Ducke) Eyma Abiu guajará, guajará, Guajará branco 1,11 Tend. Agrup. 4

Micropholis longipedicellata Aubrév. Abiu folha pequena, Folha miúda 2,83 Agrupamento 4

Micropholis venulosa (Mart. & Eichler) Pierre Abiu acariquara, Guajará bolacha 11,49 Agrupamento 4

Neoxythece elegans (A DC.) Aubrev.

Abiu, Abiu branco, Guajará pedra, Guajará

preto, Guajará vermelho 1,69 Agrupamento 4

Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Abiu folha média 3,24 Agrupamento 4

Pouteria engleri Eyma Abiu casca fina 2,18 Agrupamento 4

Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma Abiu cutiti 0,86 Não Agrup. 4

Pouteria sp.1 Aubl. Abiurana 2,92 Agrupamento 4

Pouteria sp.2 Aubl. Abiu folha fina 0,86 Não Agrup. 4

Pouteria sp.3 Aubl. Abiu folha marrom 1,36 Tend. Agrup. 4

Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Marupá 0,80 Não Agrup. 4

65

Siparunaceae Siparuna sp. Aubl. Louro folha grande 1,62 Agrupamento 4

Urticaceae Cecropia sciadophylla Mart. Embaúba torem 0,93 Não Agrup. 4

Pourouma heterophylla Mart. ex Miq. Embaúba pata de anta 8,80 Agrupamento 4

Pourouma minor Benoist Embaúba branca 2,55 Agrupamento 4

Pourouma ovata Trécul Embaúba 12,30 Agrupamento 4

Pourouma villosa Trécul Embaúba vick 1,57 Agrupamento 4

Vochysiaceae Qualea albiflora Varm. Mandioqueira 2,67 Agrupamento 3

Vochysia guianensis Aubl. Quaruba branca 21,40 Agrupamento 4

Vochysia maxima Ducke Quaruba vermelha 1,45 Tend. Agrup. 4

Vochysia sp. Aubl. Quaruba 5,29 Agrupamento 4

66

O maior valor de frequência relativa (FR) foi partilhado por 28 espécies

(1,09 %), as quais podemos citar Ocotea amazonica, Bowdichia sp. E Vouacapoua

americana, com número de indivíduos variando de 51 (Bowdichia sp.) a 361

(Eschweilera coriacea). A frequência nas unidades secundárias variou de 107 a 80

espécies, com 29 espécies comuns as unidades primárias, 30 presente apenas na UP1,

seguida de 5 e 14 espécies exclusivas das demais UP’s. Dentre as espécies com menor

frequência relativa (0,07 %), foi observado que estão inseridas oito das doze

indeterminadas.

As espécies com maior densidade relativa (DR) foram: Eschweilera coriacea

(4,78 %), Inga auristellae (4,61 %) e Iryanthera paraensis (4,02 %). Também foi

observado que apenas 32 espécies apresentam percentuais de DR acima de 1 %.

Entretanto, 72 espécies apresentaram percentuais abaixo de 0,1 %, entre elas estão dez

das indeterminadas, bem como Hevea brasiliensis, Hymenaea parvifolia e Terminalia

amazonia.

Maiores percentuais de dominância relativa (DoR) foram obtidas para

Vouacapoua americana com 6,45 %, seguida da Eschweilera coriacea (3,81 %) e Inga

auristellae (3,38 ). Quando consideradas as UP’s, a variação de dominância ocorreu

de 0,0005 a 2,1452 m²ha-1

, com representantes florísticos predominantes as espécies

Inga auristellae Harms eEschweilera coriacea (DC.) S.A.Mori (UP1); Inga auristellae

Harms e Protium tenuifolium (Engl.) Engl. (UP2); Eschweilera coriacea (DC.)

S.A.Mori e Eugeniasp. L. (UP3).

Quando consideradas em conjunto as contribuições dos parâmetros

fitossociológicos, verificou-se que a amplitude do Valor de Importância (VI) apresentou

baixa variabilidade na floresta. Tal fato gerou uma variação de 3,34 a 0,03 % (Tabela

5).

67

Tabela 6. Parâmetros Fitossociológicos de espécies arbóreas inventariadas numa floresta ombrófila densa,

Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde: N – numero total de indivíduos; DR – densidade relativa; FR –

freqüência relativa; DoR – dominância relativa; VI – valor de importância; H – altura comercial (metros);

DAP – diâmetro a altura do peito a 1.30m do solo (metros).

NOME CIENTÍFICO N DR FR DoR VI Hcmax Hcmin DAPmax DAPmin

Vouacapoua americana 193 2,55 1,02 6,45 3,34 30,5 4,3 1,02 0,1

Eschweilera coriacea 361 4,78 1,09 3,81 3,22 26,4 2,2 1,08 0,1

Inga auristellae 348 4,61 1,09 3,38 3,02 23 1,9 0,77 0,1

Eschweilera sp. 275 3,64 1,09 2,75 2,49 26,8 1,5 0,9 0,1

Pouteria sp.1 225 2,98 1,09 3,38 2,48 25,7 2,7 0,95 0,1

Iryanthera paraensis 304 4,02 1,09 1,91 2,34 25 3,2 0,68 0,1

Protium tenuifolium 269 3,56 1,09 2,3 2,31 25,3 2,2 0,95 0,1

Protium decandrum 195 2,58 1,09 1,54 1,74 39,7 2 0,76 0,1

Pourouma ovata 191 2,53 0,94 1,43 1,63 24,1 4 0,62 0,1

Sclerolobium

melanocarpum 148 1,96 1,09 1,71 1,59 32,6 3,8 1,28 0,1

Theobroma subincanum 182 2,41 1,09 0,93 1,48 21,1 1,6 0,42 0,1

Nectandra rubra 57 0,75 0,87 2,8 1,47 26,4 5,1 1,68 0,1

Micropholis venulosa 82 1,09 0,94 2,35 1,46 25,3 5,8 1,02 0,1

Sterculia pilosa 116 1,54 1,09 1,71 1,45 28,2 3,1 0,89 0,1

Micropholis acutangula 120 1,59 1,09 1,64 1,44 23,6 3,3 0,95 0,1

Osteophloeum

platyspermum 89 1,18 1,09 1,69 1,32 24,7 3,2 0,87 0,1

Tachigali myrmecophila 82 1,09 1,09 1,61 1,26 28 4,5 1,09 0,1

Eugenia sp. 160 2,12 0,94 0,7 1,25 19,3 2 0,46 0,1

Maquira sclerophylla 135 1,79 1,09 0,85 1,24 20 2,6 0,48 0,1

Dacryodes nitens 111 1,47 1,02 1,22 1,23 21,8 3 0,83 0,1

Dipteryx odorata 33 0,44 0,87 2,38 1,23 25 7,5 1,27 0,12

Inga sp. 2 141 1,87 1,09 0,72 1,23 22,4 1,4 0,39 0,1

Eperua schomburgkiana 69 0,91 0,94 1,79 1,22 26,5 3,6 0,97 0,11

Mouriri apiranga 121 1,6 1,09 0,93 1,21 26,1 2,6 0,65 0,1

Ocotea sp.1 96 1,27 1,09 1,26 1,21 29,9 4,3 1,27 0,1

Aspidosperma excelsum 80 1,06 1,09 1,43 1,19 26,4 3 0,94 0,1

Iryanthera grandis 115 1,52 1,09 0,81 1,14 25 2,6 0,67 0,1

Mezilaurus itauba 107 1,42 1,02 0,92 1,12 23,8 4,6 1,24 0,1

Couratari guianensis 34 0,45 0,8 2,09 1,11 33,2 6,6 1,59 0,11

Inga sp. 1 104 1,38 1,02 0,95 1,11 22,3 4,3 1,15 0,1

Couepia excelsa 100 1,32 1,02 0,89 1,07 20,2 5,2 0,55 0,1

Goupia glabra 26 0,34 0,87 2,01 1,07 25,1 5,9 1,34 0,11

Conceveiba guianensis 61 0,81 1,02 1,38 1,07 20,6 3 0,95 0,11

Ecclinusa lanceolata 81 1,07 1,09 0,96 1,04 23,8 3,6 0,92 0,1

Vochysia guianensis 75 0,99 0,8 1,19 0,99 32,6 2,9 1,26 0,1

Hirtella sp. 104 1,38 1,09 0,51 0,99 25,4 2,5 0,48 0,1

Licania canescens 73 0,97 0,94 1,05 0,99 21,7 5 0,58 0,1

Alexa grandiflora 86 1,14 1,09 0,7 0,98 25,3 1,5 0,68 0,1

Guatteria sp. 91 1,2 1,09 0,56 0,95 25,9 3,7 0,54 0,1

68

Micropholis

longipedicellata 90 1,19 1,09 0,53 0,94 24,1 2,2 0,4 0,1

Manilkara huberi 28 0,37 0,87 1,52 0,92 25,6 6,1 1,05 0,11

Qualea albiflora 28 0,37 0,73 1,61 0,9 27,8 3,2 1,1 0,11

Candolleodendron sp. 43 0,57 0,94 1,04 0,85 29,8 4,2 0,95 0,1

Symphonia globulifera 65 0,86 1,02 0,66 0,84 35,1 2,4 0,57 0,1

Diplotropis purpurea 67 0,89 0,8 0,82 0,84 23,5 2,3 0,95 0,1

Carapa guianensis 43 0,57 0,87 1,06 0,83 32,5 5,9 0,78 0,11

Lecythis lurida 56 0,74 0,94 0,72 0,8 28,3 5,6 0,74 0,1

Abarema auriculata 71 0,94 1,09 0,33 0,78 17,5 2 0,4 0,1

Pouteria caimito 71 0,94 0,94 0,45 0,78 22,5 4,5 0,57 0,1

Ocotea amazonica 61 0,81 1,09 0,34 0,75 24,4 3,2 0,6 0,1

Couma guianensis 64 0,85 0,87 0,51 0,74 21,5 2 0,58 0,1

Inga paraensis 62 0,82 1,09 0,29 0,73 18,2 3,7 0,63 0,1

Bowdichia sp. 51 0,67 1,09 0,43 0,73 22,7 2,4 0,56 0,1

Apeiba tibourbou 10 0,13 0,44 1,55 0,71 19 6,8 2,92 0,14

Taralea oppositifolia 38 0,5 1,02 0,6 0,7 25,6 2,9 1,27 0,1

Guarea carinata 53 0,7 0,94 0,38 0,68 25,6 3 0,67 0,1

Pourouma minor 48 0,64 0,94 0,38 0,65 20,7 4,5 0,4 0,1

Licaria cannella 38 0,5 0,94 0,51 0,65 21,9 3 0,82 0,1

Dinizia excelsa 8 0,11 0,36 1,46 0,64 33 7,8 1,4 0,14

Sloanea sp. 41 0,54 0,94 0,41 0,63 27,4 5,1 0,64 0,1

Quararibea sp. 52 0,69 0,94 0,22 0,62 24,7 5 0,35 0,1

Pourouma heterophylla 37 0,49 1,02 0,34 0,62 21 4,5 0,58 0,1

Neoxythece elegans 42 0,56 0,94 0,33 0,61 20 4,2 0,5 0,1

Pentaclethra macroloba 57 0,75 0,22 0,84 0,6 19,6 3,6 0,53 0,1

Virola michelii 53 0,7 0,73 0,38 0,6 25 4,1 0,51 0,1

Bowdichia nítida 17 0,22 0,94 0,43 0,53 23,4 4,2 1,27 0,1

Tapirira guianensis 41 0,54 0,87 0,16 0,52 19,7 3,5 0,31 0,1

Licania octandra 41 0,54 0,73 0,3 0,52 21,2 5,4 0,5 0,1

Vochysia sp. 31 0,41 0,65 0,45 0,5 20,9 3,7 0,98 0,1

Sacoglottis guianensis 29 0,38 0,87 0,2 0,49 19,2 4 0,51 0,1

Tachigali sp. 27 0,36 0,8 0,27 0,47 24,7 4 0,65 0,1

Piptadenia gonoacantha 12 0,16 0,58 0,61 0,45 26,7 5,1 1,02 0,14

Ocotea aciphylla 17 0,22 0,73 0,35 0,43 23,5 4,6 1,07 0,11

Vochysia máxima 18 0,24 0,58 0,48 0,43 23,3 6,8 0,73 0,11

Tabebuia serratifolia 9 0,12 0,58 0,57 0,42 38,4 6,2 1,02 0,12

Abarema jupunba 18 0,24 0,65 0,32 0,4 21,3 4,1 0,84 0,14

Pachira sp. 20 0,26 0,51 0,42 0,4 19,3 6 1,11 0,1

Minquartia guianensis 22 0,29 0,58 0,3 0,39 20,6 5,5 0,58 0,12

Geissospermum sericeum 16 0,21 0,65 0,27 0,38 20,1 5,4 0,71 0,1

Parinarium sp. 16 0,21 0,51 0,41 0,38 22,6 1,4 0,87 0,11

Eperua sp. 20 0,26 0,8 0,06 0,37 14,3 3,6 0,21 0,1

Ambelania acida 34 0,45 0,58 0,09 0,37 12,9 2 0,2 0,1

Gustavia augusta 27 0,36 0,65 0,1 0,37 17,8 3,1 0,32 0,1

Protium sagotianum 13 0,17 0,58 0,32 0,36 21,3 4,9 1,23 0,12

69

Couepia guianensis 19 0,25 0,58 0,21 0,35 28,8 4,6 0,63 0,11

Myrcia fallax 16 0,21 0,73 0,09 0,34 28 4 0,38 0,1

Caryocar villosum 6 0,08 0,36 0,57 0,34 25 6,1 1,18 0,29

Brosimum sp. 16 0,21 0,51 0,29 0,34 24 5 0,74 0,1

Simarouba amara 13 0,17 0,65 0,16 0,33 22,1 8,1 0,43 0,1

Indeterminada 12 18 0,24 0,51 0,2 0,32 19,1 4,8 0,62 0,1

Virola calophylla 12 0,16 0,73 0,06 0,31 12,7 3 0,28 0,1

Stryphnodendron

pulcherrimum 18 0,24 0,58 0,11 0,31 24,1 2,4 0,39 0,1

Helicostylis sp. 18 0,24 0,58 0,1 0,31 22,9 2,3 0,55 0,1

Indeterminada 9 18 0,24 0,51 0,17 0,31 18,6 2,5 0,89 0,1

Tovomita sp. 19 0,25 0,58 0,08 0,3 15,5 4 0,29 0,1

Hymenaea courbaril 5 0,07 0,29 0,55 0,3 25,6 14,5 1,17 0,6

Caryocar glabrum 11 0,15 0,44 0,32 0,3 22,3 6 0,79 0,1

Dussia discolor 16 0,21 0,36 0,32 0,3 22,7 7,7 0,67 0,11

Trattinnickia rhoifolia 15 0,2 0,44 0,26 0,3 17,5 8,6 0,7 0,11

Protium pernervatum 14 0,19 0,51 0,17 0,29 16,4 6,7 0,56 0,1

Elizabetha bicolor 29 0,38 0,29 0,17 0,28 13,2 3,9 0,43 0,1

Croton sp. 10 0,13 0,58 0,11 0,27 15,6 4,2 0,48 0,12

Genipa americana 23 0,3 0,44 0,06 0,27 21,2 2,5 0,2 0,11

Aspidosperma exalatum 15 0,2 0,44 0,14 0,26 21,5 5 0,42 0,11

Hymenaea parvifolia 7 0,09 0,36 0,32 0,26 21 7 0,88 0,22

Tabebuia sp. 9 0,12 0,36 0,27 0,25 21,5 6,9 0,83 0,18

Lecythis poiteaui 9 0,12 0,36 0,25 0,24 25,3 6,7 0,61 0,13

Mezilaurus duckei 14 0,19 0,44 0,08 0,23 12,5 6,4 0,33 0,1

Parkia gigantocarpa 8 0,11 0,36 0,23 0,23 26,7 6,7 0,9 0,11

Anacardium spruceanum 5 0,07 0,29 0,32 0,22 24,1 15,2 0,93 0,39

Pouteria engleri 12 0,16 0,36 0,14 0,22 20 6 0,52 0,1

Mouriri nervosa 14 0,19 0,36 0,11 0,22 24,9 1,7 0,52 0,1

Zygia racemosa 6 0,08 0,44 0,12 0,21 23 9,2 0,53 0,1

Lecythis pisonis 5 0,07 0,36 0,2 0,21 17,4 10,4 0,9 0,16

Hymenolobium petraeum 3 0,04 0,22 0,37 0,21 20,6 18,9 0,92 0,84

Campsiandra comosa var.

laurifólia 10 0,13 0,36 0,06 0,18 13,8 4,5 0,39 0,1

Aniba burchellii 10 0,13 0,29 0,12 0,18 19,1 7,5 0,77 0,1

Terminalia amazonia 6 0,08 0,22 0,24 0,18 19,1 2,9 0,92 0,25

Siparuna sp. 9 0,12 0,36 0,04 0,17 24,2 7 0,35 0,11

Pouteria sp.3 6 0,08 0,29 0,1 0,16 20,2 7,5 0,6 0,11

Rheedia benthamiana 11 0,15 0,29 0,03 0,16 11,2 7,6 0,18 0,11

Jacaranda copaia 6 0,08 0,36 0,02 0,16 27,06 2,5 0,27 0,11

Lecythis sp. 6 0,08 0,29 0,08 0,15 21,1 11,1 0,45 0,15

Schefflera morototoni 5 0,07 0,22 0,12 0,14 16,3 8,9 0,55 0,19

Diospyros sp. 7 0,09 0,29 0,02 0,14 14,8 6,9 0,19 0,11

Chimarris turbinata 5 0,07 0,29 0,02 0,13 20,6 5,8 0,23 0,14

Dialium guianense 2 0,03 0,07 0,27 0,12 24,6 16,6 0,95 0,91

Indeterminada 3 5 0,07 0,29 0,01 0,12 10,4 4,5 0,16 0,11

70

Lacmellea aculeata 4 0,05 0,29 0,01 0,12 10,3 6,8 0,13 0,1

Manilkara sp. 4 0,05 0,22 0,08 0,12 16 7,7 0,56 0,12

Peltogyne paniculata 2 0,03 0,15 0,18 0,12 21 17,2 0,95 0,48

Indeterminada 1 4 0,05 0,22 0,04 0,1 16,8 8,4 0,38 0,12

Bagassa guianensis 2 0,03 0,15 0,14 0,1 29 14,1 0,85 0,41

Protium sp. 4 0,05 0,22 0,02 0,1 12 5,9 0,24 0,13

Protium pilosum 3 0,04 0,22 0,03 0,1 22,7 9,9 0,35 0,13

Aniba puchury-minor 4 0,05 0,22 0,02 0,1 14,5 10 0,22 0,12

Manilkara sp. 3 0,04 0,22 0,02 0,09 29,3 8,9 0,35 0,11

Ternstroemia sp. 1 0,01 0,07 0,2 0,09 17,1 17,1 1,11 1,11

Pouteria macrophylla 3 0,04 0,22 0,02 0,09 12,3 8 0,23 0,13

Pouteria sp.2 3 0,04 0,22 0,02 0,09 18,4 11,9 0,22 0,15

Peltogyne paradoxa 3 0,04 0,15 0,06 0,08 15,7 4,9 0,48 0,17

Humiria balsamifera 1 0,01 0,07 0,14 0,08 19,1 19,1 0,95 0,95

Brosimum lactescens 2 0,03 0,15 0,05 0,07 21,3 14,5 0,52 0,18

Sapium prunifolium 3 0,04 0,15 0,02 0,07 11,2 8,5 0,24 0,18

Byrsonima aerugo 2 0,03 0,15 0,03 0,07 24,3 8,4 0,33 0,32

Pourouma villosa 3 0,04 0,15 0,02 0,07 15,8 5,2 0,27 0,1

Inga gracilifolia 3 0,04 0,15 0,01 0,07 17,7 10,6 0,19 0,13

Terminalia sp. 1 0,01 0,07 0,11 0,06 17,8 17,8 0,83 0,83

Protium altsonii 2 0,03 0,15 0,02 0,06 18,7 11,7 0,32 0,16

Eschweilera grandiflora 2 0,03 0,15 0,02 0,06 9,9 7,3 0,32 0,11

Swartzia racemosa 2 0,03 0,15 0,02 0,06 9,8 6,8 0,29 0,11

Copaifera multijuga 2 0,03 0,15 0,01 0,06 12,1 5,4 0,23 0,1

Oxandra acuminata 2 0,03 0,15 0,01 0,06 13,4 7,2 0,24 0,11

Persea jariensis 2 0,03 0,15 0,01 0,06 9 5,9 0,19 0,17

Cecropia sciadophylla 2 0,03 0,15 0,01 0,06 13,2 12,4 0,16 0,14

Ficus nymphaeifolia 1 0,01 0,07 0,09 0,06 7,5 7,5 0,76 0,76

Licaria mahuba 2 0,03 0,15 0,01 0,06 10,1 9,7 0,16 0,11

Brosimum parinarioides 3 0,04 0,07 0,06 0,06 20,6 13,1 0,51 0,17

Laetia procera 3 0,04 0,07 0,05 0,05 16,2 5,5 0,51 0,17

Swartzia sp. 4 0,05 0,07 0,03 0,05 16,4 10,5 0,32 0,14

Indeterminada 8 2 0,03 0,07 0,06 0,05 13,6 12 0,46 0,39

Vismia cayennensis 4 0,05 0,07 0,01 0,05 12,5 7,9 0,2 0,12

Duguetia stelechantha 4 0,05 0,07 0,01 0,05 11,1 8,5 0,14 0,11

Dipteryx magnifica 1 0,01 0,07 0,04 0,04 17,4 17,4 0,53 0,53

Indeterminada 11 3 0,04 0,07 0,01 0,04 11,8 10 0,16 0,11

Indeterminada 4 2 0,03 0,07 0,02 0,04 22,6 9,4 0,27 0,24

Protium paniculatum 3 0,04 0,07 0,01 0,04 13,4 9,6 0,13 0,1

Indeterminada 2 2 0,03 0,07 0,02 0,04 8,8 8 0,24 0,22

Schizolobium amazonicum 1 0,01 0,07 0,02 0,04 8,4 8,4 0,37 0,37

Indeterminada 5 2 0,03 0,07 0,01 0,04 8 6,7 0,17 0,15

Indeterminada 6 2 0,03 0,07 0 0,03 8,9 4,7 0,11 0,11

Eugenia diplocampta 1 0,01 0,07 0 0,03 7,3 7,3 0,18 0,18

Geissospermum vellosii 1 0,01 0,07 0,01 0,03 8,6 8,6 0,18 0,18

71

Hevea brasiliensis 1 0,01 0,07 0 0,03 9,9 9,9 0,17 0,17

Eschweilera juruensis 1 0,01 0,07 0 0,03 6,7 6,7 0,14 0,14

Buchenavia grandis 1 0,01 0,07 0 0,03 18 18 0,13 0,13

Indeterminada 7 1 0,01 0,07 0 0,03 16,9 16,9 0,13 0,13

Theobroma sect. 1 0,01 0,07 0 0,03 4,8 4,8 0,13 0,13

Theobroma speciosum 1 0,01 0,07 0 0,03 7,1 7,1 0,13 0,13

Miconia pubipetala 1 0,01 0,07 0 0,03 2 2 0,11 0,11

Guatteria procera 1 0,01 0,07 0 0,03 8,2 8,2 0,11 0,11

Dimorphandra multiflora 1 0,01 0,07 0 0,03 10 10 0,12 0,12

Pterocarpus rohrii 1 0,01 0,07 0 0,03 7,7 7,7 0,12 0,12

Indeterminada 10 1 0,01 0,07 0 0,03 5,9 5,9 0,1 0,1

Total 7557 100 100 100 100 - - - -

3.3.2 Estrutura Arbórea

A estimativa do número de indivíduos na área foi de 503,80 ± 25,51 árvores por

hectare.Tal resultado se apresenta no limite de erro aceitável, com percentual abaixo de

5,07 %. Os maiores diâmetros das árvores variaram de 103 a 292 cm e altura comercial

média de 9,4 a 12,2 m.

Quando considerados apenas os indivíduos com DAP aptos a exploração (igual

ou superior 50 cm), foram registradas 561 árvores distribuídas em 108 espécies. Porém,

81,48 % destas árvores não possuem estrutura horizontal capaz de cumprir as exigências

de conservação da legislação brasileira. Dentre essas, podem ser citadas a: Dinizia

excelsa, Guarea carinata, Hymenaea courbaril e Tabebuia serratifolia.

Vinte espécies foram consideradas suscetíveis ao manejo, abrangendo 47,24 %

do total das árvores (265), com destaque para a Vouacapoua americana (54

indivíduos/amostra), Eschweilera coriacea (20 indivíduos/amostra) e Micropholis

venulosa (18 indivíduos/amostra).

A distribuição do número de indivíduos nas três classes de altura demonstrou

que 937 árvores estão presentes no estrato inferior da floresta (Hc < 6,48 m), 5442 no

estrato médio (6,48 < Hc < 15,64 m) e 1178 no estrato superior (Hc > 15,64 m). A

espécie que melhor representa o estrato inferior foi Eugenia sp. (62 indivíduos),

classificada no grupo de GVM4, no estrato médio Inga auristellae Harms (277

individuos), classificada no grupo de GVM4 e no estrato superior Vouacapoua

americana Aubl. (54 indivíduos), classificada no grupo de GVM3.

72

O total de indivíduos inventariados subsidiaram a formação de quatorze classes

diamétricas, com amplitude de 5 cm, formando uma curva exponencial negativa, padrão

característico de florestas inequiâneas mistas. A primeira classe contemplou árvores

com DAP entre 10 e 15 cm, enquanto que na última classe foram agrupadas as árvores

com DAP superior a 75 cm.

As espécies que apresentaram maior número de indivíduos na qualidade do

fuste 1 (Qf1) foram: Eschweilera coriacea, Eschweilera sp. eInga auristellae,

Iryanthera paraensis e Protium tenuifolium, Pourouma ovata, Mezilaurus itauba e

Vouacapoua americana. Entretanto, as espécies com atributos do fuste menos aceitáveis

comercialmente foram: Inga auristellae Harms, e Eugeniasp. L. (Qf2); Tachigali

myrmecophila Ducke, Inga auristellae Harms e Theobroma subincanum Mart. (Qf3).

3.3.3 Potencial Madeireiro

O erro de amostragem para o volume das árvores foi de 8,96 %, com volume

total de 5748,2964 m3 em 15 ha, acarretando em valor médio de 383,22 m

3 ha

-1.O

volume por hectare distribuído entre as classes diamétricas evidenciou 67,33 m3 ha

-1 nas

árvores com DAP’s entre 10 e 40 cm, 22,37 m3 ha

-1 para arvores com DAP’s entre 40 e

50 cm e 293,53 m3 ha

-1 apenas para árvores com DAP’s maior 50 cm.

Quando consideradas as unidades primárias, verificou-se volumes superiores a

365 m³ por hectare, com predominância de indivíduos na qualidade do fuste 1. Foram

registradas poucas árvores tortuosas (Qf3) distribuídas em variações de 17 (UP1), 45

(UP2) e 164 (UP3) (Tabela 6).

Tabela 7. Estoque volumétrico e potencial das árvores nas unidades primárias (UP) numa floresta

ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde: Qf – qualidade do fuste; N – número total de

indivíduos; V – volume em m³.ha-1

; PC – presença de cupim; C – presença de cipós competidores; O –

presença de oco.

UP N V PC C O

1

1 2183 380,58 0 362 1

Qf 2 404 30,99 0 71 0

3 17 1,56 0 2 0

Subtotal 2604 413,12 0 435 1

2

1 1967 315,51 1633 466 0

73

Qf 2 538 46,85 460 128 1

3 45 3,28 36 8 0

Subtotal 2550 365,63 2129 602 1

3

1 1464 284,94 450 0 7

Qf 2 775 72,73 229 0 7

3 164 13,45 59 0 2

Subtotal 2403 370,91 738 0 16

Total 7557

2867 1037 18

Os grupos de valor madeireiro apresentaram potenciais similares de volume por

hectare, onde o GVM4 apresentou 382,71 m3 ha

-1, seguido do GVM3 (378,44 m

3 ha

-1),

GVM2 (352,15 m3 ha

-1) e GVM1 (335,59 m

3 ha

-1). As espécies que apresentaram

maiores volumes a cada hectare foram: Tachigali myrmecophila (7,18 m³ ha-1

) (GVM1),

Goupia glabra(8,51 m³ ha-1

) (GVM2) Dipteryx odorata (9,45 m3 ha

-1) (GVM3)e

Vochysia sp. (24,39 m3 ha

-1) (GVM4).

Apenas dezoito árvores apresentaram presença de oco, com predominância na

UP 3 (16 árvores) e das espécies Eugenia sp. (3 árvores) e Inga auristellae (2 árvores).

Também se evidenciou a presença de cupins em 2867 árvores (37,94 %), pertencentes a

143 espécies e cipós em 1037 árvores (13,7 %), com destaque para Inga auristellae,

Eschweilera coriacea e Eschweilera sp.

3.4 DISCUSSÃO

3.4.1 Florística e Fitossociologia

A diversidade florística da área apresenta um padrão elevado para o índice de

Shannon em floresta de terra firme na Amazônia. Normalmente, o índice de diversidade

de Shannon apresenta valores entre 1,5 a 3,5 nats/ind., raramente ultrapassando 4,5 para

logaritmo neperiano (MARGALEF, 1972).Segundo Pereira et al. (2007) em florestas

tropicais, para quaisquer fitofisionomias, o índice de diversidade varia de 3,83 a 5,85.

Na região sul da Floresta Estadual do Amapá foi verificado índices de

diversidade de aproximadamente 4,3 nats/ind., tanto para fitofisionomia Densa de Baixo

Platô quanto para Submontana (SANTOS, 2011). No Pará, numa região de platô na

Floresta Nacional Saracá-Taquera, através do ranqueamento das espécies em categorias

74

ecológicas de prioridade alta, intermediária e baixa, encontrou-se um índice de Shannon

de 5,43 nats/ind. (SALOMÃO et al., 2012).

Quanto à riqueza de espécies, o número encontrado (182) está abaixo dos

resultados de Oliveira et al. (2008) e Alves e Miranda (2008), os quais trabalharam com

o mesmo nível de inclusão, mas com áreas amostrais distintas. Entretanto, Espírito-

Santo et al. (2005) e Pereira et al. (2011), em áreas amostrais similares, apresentaram

riqueza variando de 100 a 200 espécies. Comumente, a riqueza explorada em florestas

submetidas ao manejo sustentável no Amapá varia de 10 a 20 espécies, com volumes

inferiores a 25 m³ ha-1

.

Atualmente, são mais de 1500 espécies comercializadas no Brasil, registradas no

sistema de controle de origem florestal (DOF), sendo 50 % do volume total concentrado

em 33 espécies (NETO et al., 2010).

O elevado número de espécies comuns entre as unidades primárias demonstra

uniformidade no estabelecimento. Além disso, nenhuma das espécies identificadas

consta na lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (IN 06/2008

MMA).

A ausência de espécies ameaçadas e o registro de inúmeras espécies comerciais

proporcionam o planejamento dos processos operacionais da cadeia de produção

florestal. Além da riqueza florística, os padrões espaciais de distribuição das espécies na

área auxiliam na exploração das toras manejadas, com alternativas para construção de

ramais de escoamento distintos para minimizar custos.

A presença do agrupamento da maioria das espécies permite concentrar as

atividades de exploração num número menor de ramais e, consequentemente, na

utilização reduzida de pátios na floresta.

Yared e Souza (1993) afirmam que a distribuição espacial contribui na seleção

das árvores alvo de exploração, bem como daquelas que deverão ser mantidas como

matrizes (porta-sementes), a fim de garantir a regeneração natural. Cabe ressaltar que os

padrões espaciais são próprios de cada espécie, determinados a partir da dispersão de

frutos e sementes e adaptações edáficas do sítio.

Evidenciou-se uma baixa variação da densidade e frequência relativa entre as

espécies ao longo da área, determinando o estabelecimento de distintas espécies nas

variadas condições do sítio, mesmo com número reduzido de indivíduos. Resultados

diferentes foram encontrados por Alves e Miranda (2008), os quais na busca para

75

descrever a estrutura de uma floresta de terra firme sob regime de manejo na Amazônia

Oriental, Pará, constataram que algumas espécies de valor comercial apresentaram

variações importantes na densidade, sugerindo risco de extinção em comunidades onde

as espécies apresentam densidade muito baixa.

Comportamento diferente foi observado quanto à dominância relativa. As

espécies com maior crescimento diamétrico e número de indivíduos se apresentaram

mais adaptadas à região. Estas espécies geralmente estão presentes entre as de maior

valor de importância, com poucos indivíduos, mas com grandes diâmetros, acarretando

numa falsa interpretação de adaptação e estabelecimento na área.

3.4.2 Estrutura Arbórea

O número de indivíduos registrados no inventário está dentro dos padrões

encontrados na Amazônia. Souza et al. (2006) trabalhando com objetivo de analisar a

estrutura horizontal (árvores com DAP≥ 15 cm) numa Unidade de Manejo Florestal em

Paragominas, Pará, estimou uma densidade variando de 309 a 322,4 indivíduos por

hectare.

A quantidade de árvores com DAP aptos a exploração variou em razão dos

critérios selecionados. Atualmente, os critérios de seleção são orientados pela IN

05/2006 MMA, a qual dispõe sobre procedimentos técnicos para elaboração,

apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável

(PMFS) nas florestas da Amazônia legal.

Um ponto relevante trata da obrigação do detentor em manter pelo menos 10 %

do numero de árvores por espécie na área de efetiva exploração, respeitando o limite

mínimo de manutenção de 3 árvores por espécie por 100 ha.

O dossel da floresta foi considerado de alto porte. Esta característica viabiliza a

estimativa de maiores volumes por árvore. Entretanto, as variações das alturas

comerciais por espécies estão mais relacionadas às avaliações da inserção do primeiro

galho. A altura comercial considerada pela indústria madeireira na Amazônia varia de 6

a 33 m (RIVEIRA, 2007; GONÇALVES et al., 2008), em diferentes critérios de

avaliação, com predominância da estimativa através do principio geométrico, sem uso

de aparelhos ópticos.

76

O decréscimo do número de indivíduos nas sucessivas classes diamétricas

configura uma suave curva tendendo a reta com declividade negativa, descendendo para

direita. Segundo Sterba (2004), frequentemente a estabilidade de distribuições

diamétricas de florestas inequiâneas são pensadas em comunidades, compostas por

populações de espécies com distintas idades.

A distribuição diamétrica exponencial das árvores em florestas nativas, com

proporcionalidade constante em classes sucessivas, é o indicio de estabilidade na

comunidade (DE LIOCOURT, 1898).

3.4.3 Potencial Madeireiro

Verificou-se que há potencial volum étrico na área amostral para fins de manejo

florestal, com estimativas por hectare similar a florestas já exploradas. É importante

salientar que as árvores de estoque, situadas entre os DAP’s 40 e 50 cm, possuem um

volume capaz de repor a quantidade permitida para exploração nos ciclos de corte (até

30 m³ ha-1

).

A conicidade das árvores também contribui para agregar valor madeireiro à área.

Em todas as UP’s o número de indivíduos com características de fuste mais cilíndricas

foi superior aos indivíduos mais tortuosos. Tal fato evidencia maior rendimento das

toras que serão submetidas à exploração, com garantia de manutenção das árvores que

possuem menor valor econômico, porém com fundamental função ecológica.

A aptidão ao manejo florestal também foi evidenciada por baixos percentuais de

árvores com oco e cupim. Além disso, foi constatado que a presença de cipós não será

limitante nas operações pré-exploratórias, devido sua baixa incidência. Segundo Vidal e

Gerwing (2003), a abundância de cipós reduz o valor silvicultural da floresta, sendo

necessário o desenvolvimento de uma estratégia eficiente de manejo nas florestas

designadas para a produção madeireira.

Estudos apontam que altas densidades de cipós na floresta amazônica

representam evidencias de distúrbios severo no passado (BALÉE E CAMPBELL,

1990), fato não constatado na área em estudo.

77

3.5 CONCLUSÕES

A diversidade florística da área apresentou um padrão elevado para o ambiente

de terra firme na Amazônia, representada por elevado número de indivíduos distribuídos

em poucas espécies.

A estrutura fitossociológica da área amostral apresenta inúmeras espécies com

capacidade de perpetuação de remanescentes, bem como distribuição espacial e relações

interespecíficas que garantem a exploração de árvores com aptidão ao manejo.

Na área em estudo há potencial volumétrico para fins de manejo, com

estimativas por hectare superior a permitida nas bases legais da política florestal

brasileira. No entanto, em razão dos critérios técnicos previstos na legislação, a

quantidade de árvores com DAP aptos a exploração variou entre as espécies e áreas.

O planejamento de operações de manejo é promissor na região, devido ao grande

número de espécies aptas ao manejo. No entanto, a área de efetivo manejo deve ser

definida numa única Unidade de Produção Anual para viabilizar a utilização dos

recursos.

78

4 NÍVEIS DE REGENERAÇÃO NATURAL PARA SUBSIDIO AO

MANEJO EM FLORESTA DE TERRA FIRME NO AMAPÁ

79

RESUMO

Este trabalho objetivou identificar a regeneração natural na fitofisionomia ombrófila

densa da Floresta Estadual do Amapá, descrevendo as relações entre estratos verticais.

A área de estudo está localizada no município de Porto Grande/AP, Amazônia Oriental.

Foram implantados três conglomerados, equidistantes em 2.500 m, para a estimativa da

regeneração natural. Foram utilizadas cem subparcelas de 10 x 10 m para o estudo das

arvoretas (5,0 < DAP’s (Diâmetro a altura do peito a 1.30 m do solo) < 10,0 cm) e varas

(5 x 5 m) (2,5 < DAP’s < 5,0 cm) por conglomerado. Foram coletadas as alturas e

nomes populares. As alturas foram divididas em três classes de regeneração para

estimativa dos parâmetros fitossociológicos de freqüência e densidade, bem como a

regeneração por classe de tamanho e total. A diversidade foi estimada pelo Índice de

Shannon. Também se analisou a similaridade florística entre as varas e arvoretas por

conglomerado. O inventário contemplou 2.700 indivíduos, pertencentes a 38 famílias

botânicas, 93 gêneros e 141 espécies arbóreas, com 6 indeterminadas. O índice de

Shannon foi de 4,21 (arvoretas) e 4,11 nats.ind.-1

(varas). Foi constatada a ocorrência de

33 espécies comuns nas três classes de regeneração. A regeneração natural total

apresentou variações de 10,3 a 0,1 % (varas) e 5,6 a 0,1 % (arvoretas). As espécies com

menores percentuais foram as Indeterminadas, Vouacapoua americana, Carapa

guianensis, Virola calophylla e Manilkara huberi. Logo, fica evidente que as espécies

estão desenvolvendo seu processo sucessional de forma eficiente, garantindo a

conservação da fitofisionomia da região.

Palavras-chave: Classes de altura; Similaridade florística; Métodos de amostragem.

80

ABSTRACT

This study aimed to identify the natural regeneration in dense rain forest vegetation,

Amapa, describing relations between vertical stract. The study area is located in Porto

Grande / AP, eastern Amazon. Were implanted three conglomerates, equidistant at

2.500 m, for regeneration estimation. We used a hundred plots of 10 x 10 m for the

study of saplings (5.0 < DBH (diameter at breast height to 1.30 m soil) < 10.0 cm) and

sticks (5 x 5 m) (2.5 <DBH <5.0 cm) by conglomerate. We collected the heights and

popular names. The heights were divided into three classes of regeneration to estimate

parameters phytosociological frequency and density, as well as regeneration by size

class and overall. Diversity was estimated by Shannon Index. Also analyzed the floristic

similarity between cluster analisys. The inventory included 2,700 individuals belonging

to 38 botanical families, 93 genera and 141 species of trees, with 6 undetermined. The

Shannon index was 4.21 (saplings) and 4.11 nats.ind.-1

(sticks). It has been found the

occurrence of 33 common species in three classes of regeneration. The total natural

regeneration varied from 10.3 to 0.1% (sticks) and 5.6 to 0.1% (saplings). The species

with the lowest percentages were Indeterminate, Vouacapoua americana, Carapa

guianensis, Virola calophylla and Manilkara huberi. Thus, it is evident that species are

developing their successional process efficiently, ensuring conservation of vegetation

type.

Key words: Height classes; floristic similarity; Sampling

81

4.1 INTRODUÇÃO

A exuberância e fragilidade dos ambientes na Amazônia são alvos de inúmeras

discussões na sociedade, sejam para utilização dos recursos ou preservação dos

ecossistemas. No caso das florestas, a composição e distribuição das árvores,

principalmente dos indivíduos em fase de regeneração natural, orientam o

desenvolvimento dos temas sobre sustentabilidade.

Atualmente, a sustentabilidade das atividades de exploração nas florestas

tropicais é questionada, devido à quantidade retirada de madeira ocorrer sem considerar

a peculiaridade de cada sítio. A legislação brasileira permite nas florestas primitivas da

Amazônia a retirada de até 30m³ a cada hectare, prevista na IN 05/2006 MMA.

Entretanto, o estabelecimento da regeneração natural varia de acordo com as condições

de cada sítio e das operações de manejo.

Diante desta problemática, caracterizar o estado da regeneração natural em

floresta tropicais da Amazônia é fundamental para inferir sobre o estado de conservação

e estoque disponível de espécies para garantir a resiliência do meio. Tal prerrogativa é

fundamentada na teoria de que a regeneração natural representa o conjunto de

indivíduos capazes de serem recrutados para os estádios posteriores (SILVA et al.,

2007; GAMA et al., 2003).

De acordo com Martins e Rodrigues (2002), é preciso caracterizar o momento de

estabelecimento das espécies na floresta para definir estratégias de conservação. A

maneira mais tradicional de caracterizar as espécies regenerantes é por meio de

amostras quali-quantitativas na floresta. Dessa maneira, as informações permitem

reconhecer a função das espécies na comunidade, bem como suas preferências em

habitat e relações ecológicas inter e intraespecíficas.

Nesses termos, uma avaliação momentânea da regeneração natural subsidia a

predição da estrutura da floresta adulta. Assim, a garantia da permanência de

determinada espécie em uma floresta é função direta do número de indivíduos e da

distribuição nas classes de tamanho, baseados no diâmetro ou altura.

Em florestas ombrófila densas da Amazônia, estudos apontam alta diversidade

de espécies arbóreas em fase de regeneração, porém com grande percentual de espécies

representadas apenas por um indivíduo (PRANCE et al., 1976; LIMA FILHO, 2001;

APARÍCIO, 2011). No Amapá, o desenvolvimento de uma economia sustentável

82

baseada nas pretensões de destinar a Floresta Estadual a concessões é limitado pela

carência de informações técnicas sobre o estado das espécies arbóreas nas distintas fases

de crescimento.

Este cenário tem despertado o interesse da sociedade científica para desenvolver

pesquisas que possam garantir a conservação das espécies após inicio das atividades

exploratórias na Floresta Estadual. Logo, para se obter respostas que fortaleçam a

eficiência da implantação do manejo florestal sustentável, este trabalho tentou responder

a seguinte questão: A estrutura das espécies arbóreas regenerantes garante uma

significativa representatividade para compor o futuro dossel da florestal?

Diante do exposto, pretende-se verificar como ocorre a regeneração natural na

fitofisionomia ombrófila densa de terras baixas da Floresta Estadual do Amapá,

descrevendo as relações entre estratos verticais.

4.2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado na Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP), no

município de Porto Grande, região central do estado do Amapá, Amazônia Oriental,

Brasil. A vegetação é perenifólia, característica da fitofisionomia ombrófila densa de

terras baixas (IBGE, 2012). O solo predominante é do tipo Latossolo Vermelho-

Amarelo distrófico. A declividade característica é ondulada, com altitude variando de

60 a 100 m (RADAM, 1974). O clima da região é Am (equatorial super-úmido),

segundo a classificação de Köppen.

O inventário florestal foi realizado em três conglomerados, equidistantes em

aproximadamente 2.500 m. Cada conglomerado foi constituído por cinco parcelas

permanentes de 100 x 100 m, equidistantes em 250 m. A área total estimada abrangeu

15 ha amostrados.

Para a estimativa da regeneração natural cada parcela foi dividida em cem

subparcelas de 10 x 10 m. Destas, foram selecionadas aleatoriamente vinte

subparcelas/parcela para avaliação das arvoretas. Nos vértices das subparcelas sorteadas

foram locadas, aleatoriamente, subunidades de 5 x 5 m para estimativas das varas.

O critério de inclusão foi adotado foi baseado nos diâmetros dos indivíduos para

distinguir arvoretas (5,0 < DAP’s (Diâmetro a altura do peito a 1.30 m do solo) < 10,0

83

cm) e varas (2,5 < DAP’s < 5,0 cm) seguindo a metodologia de Silva et al. (2005)

(Figura 7).

Figura 7. Unidade Amostral Secundária (US) permanente, utilizada para o estudo das espécies arbóreas

adultas e em regeneração natural no segundo módulo da FLOTA/AP.

Dos indivíduos amostrados foram registrados o nome popular e altura comercial

(Hc). Os nomes científicos foram conferidos no MOBOT segundo o sistema APG III

(2010). Para representar a regeneração natural como estrutura vertical, as alturas foram

divididas em classes de tamanho, onde a classe I contemplou indivíduos de 1,0 < H <

5,0 m; classe II com indivíduos de 5,0 < H < 10,0 m e a classe III com indivíduos > 10,0

m.

Os parâmetros fitossociológicos foram estimados nas classes de tamanho

(FINOL, 1971) das arvoretas e varas com auxílio do Microsoft EXCEL 2010. A

diversidade de espécies foi estimada a partir do Índice de hannon (H’) ( DUM, 1988).

A similaridade florística entre as classes de tamanho de arvoretas e varas nos

conglomerados foi realizada por meio de análise de agrupamento (método de ligação

simples), utilizando como medida a distância euclidiana.

4.3 RESULTADOS

O número total de indivíduos amostrados foi de 2.700 plantas vivas,

pertencentes a 38 famílias botânicas, 93 gêneros e 141 espécies arbóreas, com 6

indeterminadas. Quando consideradas apenas as arvoretas, foram inventariados 1.770

indivíduos, pertencentes a 30 famílias, 126 espécies e 4 indeterminadas. No caso dos

84

indivíduos em nível de vara foram inventariados 919 indivíduos, onde foram

quantificadas 29 famílias, 111 espécies e 5 indeterminadas.

índice de diversidade de hannon (H’) encontrado foi de 4,21 nats/ind. para a

regeneração natural em arvoreta e 4,11 nats/ind. em nível de vara. A diversidade de

espécies foi melhor representada entre as famílias com maior riqueza: Fabaceae (33

espécies), Sapotaceae (11), Lauraceae (10), Burseraceae (8) e Chrysobalanaceae (6).

Estas famílias representaram 50,37 % do total amostrado.

As espécies que se destacaram com maior número de indivíduos foram

respectivamente: Hirtella sp. (139 plantas), Eschweilera coriaceae (117 plantas),

Mouriri apiranga (116), Protium tenuifolium (112) e Guatteria sp. (99).

Os parâmetros fitossociológicos relativos demonstraram que a composição

florística e distribuição das espécies modifica à medida que as plantas vão atingindo o

dossel imediatamente superior. Quanto à freqüência relativa, observou-se que o número

de espécies reduziu com o aumento das alturas das plantas, tanto para arvoretas como

varas. As arvoretas apresentaram 48 (classe I), 44 (classe II) e 35 (classe III) espécies.

Nas varas foi observado uma menor riqueza, com 38 espécies na classe I, 37 na classe II

e apenas 4 na classe III.

As espécies que se destacaram com densidades relativas elevadas nas classes de

regeneração natural foram: Eugenia sp. e Hirtella sp. (5,3 %) e Mouriri apiranga (4,2

%) (arvoretas) e Mouriri apiranga e Hirtella sp. (varas) para classe I; Eschweilera

coriacea e Protium tenuifolium (arvoretas) e Guatteria sp. e Pourouma ovata (varas)

para classe II; e destaque apenas para a Protium tenuifolium tanto arvoreta quanto para

vara na classe III.

A distribuição das arvoretas em regeneração no estrato vertical evidenciou que

665 indivíduos, em 100 espécies, estão presentes na classe de altura I, seguida da classe

de altura II com 1.056 indivíduos pertencentes a 115 espécies e da classe de altura III

com apenas 49 indivíduos em 33 espécies.

As espécies inventariadas em nível de arvoreta (126) apresentaram apenas 33

táxons presentes em todas as classes de altura. Os percentuais de arvoretas presentes nas

classes de regeneração foram principalmente da Hirtella sp. e Eschweilera coriacea

(classe I e II) e Protium tenuifolium (classe III). A distribuição percentual das arvoretas

nas classes de regeneração natural demonstrou que 41,12 % estão concentradas na

classe I, seguida da classe II (40,77 %) e classe III (18,09 %) (Tabela 8).

85

Tabela 8. Estimativa do percentual da Regeneração Natural Total (RNT) para as arvoretas* (5.0 < DAP < 10.0 cm) e varas** (2.5 < DAP <5.0 cm) por classe de altura em

Porto Grande/AP, listados em ordem decrescente de acordo com o maior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR = Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração

Natural na Classe 1 de altura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3 = Regeneração Natural na Classe 3 de altura.

NOME CIENTÍFICO FR* FR** DR* DR** RN* RN** FR* FR** DR* DR** RN* RN** FR* FR** DR* DR** RN* RN** RNT* RNT**

C1 C1 C1 C1 C1 C1 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C3 C3 C3 C3 C3 C3

Abarema auriculata (Benth.) Barneby e J. W. Grimes 2,4 2,3 2,7 1,7 2,6 2,0 2,0 2,3 2,2 2,5 2,1 2,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,2 1,5

Alexa grandiflora Ducke 0,7 0,9 0,5 0,5 0,6 0,7 1,1 1,5 0,9 1,3 1,0 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,2 0,7

Ambelania acida Aubl. 2,9 1,2 3,2 0,7 3,0 0,9 1,3 0,8 0,9 0,6 1,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,5

Aniba burchellii Kosterm. 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,6 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

Aniba puchury-minor (Mart.) Mez 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Apeiba tibourbou Aubl. 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Aspidosperma exalatum Monach. 0,5 0,7 0,3 0,4 0,4 0,5 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2

Aspidosperma excelsum Benth. 0,2 0,7 0,2 0,4 0,2 0,5 0,6 0,0 0,4 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2

Bowdichia sp. Kunth 1,5 1,8 1,4 1,8 1,4 1,8 0,6 0,8 0,5 0,6 0,5 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,8

Bowdichia nitida Spruce 0,7 0,5 0,6 0,4 0,7 0,4 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1

Brosimum sp. Sw. 0,2 0,7 0,2 0,4 0,2 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2

Campsiandra comosa var. laurifólia L. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Candolleodendron sp. R.S. Cowan 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,4 0,0 0,3 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0

Carapa guianensis Aubl. 0,5 0,2 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,3

Caryocar villosum (Aubl.) Pers. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3

Caryocar villosum (Aubl.) Pers. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2

Cecropia sciadophylla Mart. 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,2 1,5 0,1 1,3 0,1 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,5

Conceveiba guianensis Aubl. 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0

Couepia excelsa Ducke 1,2 0,9 0,8 0,5 1,0 0,7 1,3 1,5 1,2 1,3 1,3 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,4 0,7

Couepia guianensis Aubl. 0,5 0,5 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 0,9 0,4

Couma guianensis Aubl. 1,2 0,7 1,2 0,4 1,2 0,5 1,3 0,0 0,7 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,2

Couratari guianensis Aubl. 1,0 0,7 0,6 0,5 0,8 0,6 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,2

86

Croton sp. L. 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Dacryodes nitens Cuatrec. 0,7 1,6 0,6 1,8 0,7 1,7 1,5 0,0 1,3 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,6

Dimorphandra multiflora Ducke 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Diospyros sp. L. 0,7 0,5 0,6 0,3 0,7 0,4 0,7 0,0 0,4 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,1

Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff. 1,2 0,9 0,8 0,8 1,0 0,9 0,6 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,3

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Duguetia stelechantha (Diels) R.E. Fr. 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3

Ecclinusa lanceolata (Mart. e Eichler) Pierre 1,5 0,9 1,1 0,5 1,3 0,7 1,3 0,8 0,9 0,6 1,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,5

Elizabetha bicolor Ducke 0,7 0,7 0,5 0,5 0,6 0,6 0,4 0,0 0,6 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,2

Eperua schomburgkiana Benth. 0,5 0,2 0,3 0,1 0,4 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

Eperua sp. Aubl. 1,0 0,5 0,8 0,3 0,9 0,4 0,4 0,8 0,3 0,6 0,3 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,4

Eschweilera coriacea (DC.) S.A.Mori 2,4 3,0 3,9 4,7 3,2 3,8 2,6 1,5 4,8 1,3 3,7 1,4 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 3,7 1,7

Eschweilera sp. Mart. ex DC. 2,7 2,3 4,1 2,2 3,4 2,3 2,2 3,1 2,2 2,5 2,2 2,8 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,5 1,7

Eugenia diplocampta Diels 0,5 0,5 0,5 0,7 0,5 0,6 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,4

Eugenia sp. L. 2,4 2,1 5,3 2,7 3,8 2,4 1,8 1,5 3,2 1,9 2,5 1,7 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 3,5 1,4

Geissospermum vellosii Allemão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Genipa americana L. 1,0 0,9 1,2 0,9 1,1 0,9 1,1 0,8 0,9 0,6 1,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,5

Goupia glabra Aubl. 0,5 0,2 0,3 0,1 0,4 0,2 0,2 3,1 0,3 3,8 0,2 3,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 1,2

Guarea carinata Ducke 1,5 2,1 1,1 1,7 1,3 1,9 2,2 0,0 2,6 0,0 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,6

Guatteria procera R.E. Fr. 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Guatteria sp. Ruiz e Pav. 2,2 2,8 3,2 3,8 2,7 3,3 2,8 5,3 3,7 5,7 3,2 5,5 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,6 2,9

Gustavia augusta L. 1,2 0,9 0,9 0,8 1,1 0,9 0,7 0,8 0,5 0,6 0,6 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,5

Helicostylis sp. Trécul 1,7 1,6 1,5 2,2 1,6 1,9 0,9 2,3 0,9 1,9 0,9 2,1 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 2,2 1,3

Hevea brasiliensis Müll. Arg. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Hirtella sp. L. 3,4 3,2 5,3 6,8 4,3 5,0 2,8 3,1 4,2 5,1 3,5 4,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,6 3,0

Hymenaea parvifolia Huber 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 0,7 0,0

Indeterminada 1 0,5 1,4 0,3 0,8 0,4 1,1 0,6 1,5 0,3 1,3 0,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,8

Indeterminada 10 0,5 0,2 0,3 0,3 0,4 0,2 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

87

Indeterminada 11 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Indeterminada 13 0,5 0,2 0,3 0,1 0,4 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

Indeterminada 3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Indeterminada 5 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Inga auristellae Harms 1,5 1,4 1,8 1,6 1,6 1,5 2,0 1,5 2,8 1,3 2,4 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 1,0

Inga paraensis Ducke 1,0 1,8 0,6 1,2 0,8 1,5 1,7 0,8 1,4 0,6 1,5 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,5 0,7

Inga sp. 1 Mill. 1,0 1,2 1,1 1,4 1,0 1,3 1,5 3,1 1,4 2,5 1,4 2,8 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,5 1,4

Inga sp. 2 Mill. 2,4 1,2 2,4 1,4 2,4 1,3 1,8 3,1 2,0 5,1 1,9 4,1 0,0 25,0 0,0 25,0 0,0 25,0 1,4 10,1

Inga velutina Willd. 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2

Iryanthera grandis Ducke 0,2 0,0 0,3 0,0 0,3 0,0 1,1 0,8 1,0 0,6 1,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,2

Iryanthera paraensis Huber 2,4 1,2 2,3 0,9 2,3 1,0 2,6 1,5 2,7 1,3 2,6 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,3 0,8

Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,4 0,0 0,4 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Lacmellea aculeata Ducke 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Lecythis lurida (Miers) S.A. Mori 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,7 0,0 0,5 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0

Licania canescens Benoist 0,5 0,5 0,3 0,3 0,4 0,4 1,1 1,5 1,2 1,9 1,2 1,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,2 0,7

Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. e Schult.) Kuntze 0,7 0,9 0,5 0,7 0,6 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,3

Licaria cannella (Meisn.) Kosterm. 0,7 1,2 0,8 1,2 0,7 1,2 1,1 0,0 0,7 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,4

Licaria mahuba (A. Samp.) Kosterm. 0,5 0,5 0,3 0,3 0,4 0,4 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,4

Manilkara huberi (Ducke) Chevalier 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Manilkara sp. Adans. 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Maquira sclerophylla (Ducke) C. C.Berg 1,0 1,8 0,8 1,4 0,9 1,6 2,0 0,0 1,8 0,0 1,9 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,6 0,5

Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez 1,0 0,9 0,8 0,7 0,9 0,8 1,5 0,8 1,8 0,6 1,6 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,5 0,5

Miconia pubipetala Miq. 1,0 0,0 0,6 0,0 0,8 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0

Miconia surinamensis Gleason 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Micropholis acutangula (Ducke) Eyma 2,2 2,5 2,1 3,0 2,1 2,8 2,0 3,1 2,6 3,2 2,3 3,1 4,1 25,0 4,1 25,0 4,1 25,0 2,8 10,3

Micropholis longipedicellata Aubrév. 1,0 0,5 0,8 0,3 0,9 0,4 1,3 0,8 1,3 0,6 1,3 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,4 0,4

Micropholis venulosa (Mart. e Eichler) Pierre 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,4 0,8 0,2 0,6 0,3 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2

Minquartia guianensis Aubl. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

88

Mouriri apiranga Spruce ex Triana 2,9 3,0 4,2 6,5 3,6 4,8 2,4 2,3 2,8 3,8 2,6 3,0 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 3,4 2,6

Mouriri nervosa Pilg. 0,5 0,2 0,6 0,1 0,5 0,2 0,6 0,0 0,4 0,0 0,5 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,0 0,1

Myrcia fallax (Rich.) DC. 1,9 3,2 1,8 4,7 1,9 4,0 1,7 2,3 1,1 3,2 1,4 2,7 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 2,5 2,2

Nectandra rubra (Mez) C. K. Allen 0,7 0,9 0,8 0,5 0,7 0,7 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,2

Neoxythece elegans (A DC.) Aubrev. 0,5 0,7 0,3 0,5 0,4 0,6 0,9 1,5 0,7 1,3 0,8 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,7

Ocotea aciphylla (Nees) Mez 0,2 0,5 0,2 0,3 0,2 0,4 0,4 0,0 0,5 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

Ocotea amazonica (Meisn.) Mez 1,0 1,6 1,2 1,2 1,1 1,4 1,7 2,3 2,0 1,9 1,8 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,2

Ocotea sp.1 Aubl. 1,9 2,5 2,0 3,6 2,0 3,1 1,5 1,5 1,5 1,3 1,5 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,8 1,5

Ocotea sp.2 Aubl. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Osteophloeum platyspermum (Spruce ex A. DC.) Warb. 1,0 1,4 0,9 0,8 0,9 1,1 1,3 1,5 1,2 1,9 1,3 1,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,9

Oxandra acuminata Diels 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,8 0,2 0,6 0,3 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2

Pachira sp. Aubl. 0,0 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 0,8 0,1

Parinarium Juss. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Parkia gigantocarpa Ducke 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2

Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,6 0,8 0,6 0,6 0,6 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,2

Poecilanthe effusa (Huber) Ducke 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Pourouma minor Benoist 1,0 0,5 0,6 0,3 0,8 0,4 0,6 1,5 0,3 1,9 0,4 1,7 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 1,8 0,7

Pourouma ovata Trécul 1,5 1,6 2,0 2,2 1,7 1,9 1,5 6,1 2,7 6,3 2,1 6,2 4,1 0,0 4,1 0,0 4,1 0,0 2,6 2,7

Pourouma villosa Trécul 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Pouteria caimito (Ruiz e Pav.) Radlk. 2,2 1,2 1,8 1,2 2,0 1,2 1,3 0,8 0,9 0,6 1,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,6

Pouteria sp.1Aubl. 1,7 1,6 1,4 1,6 1,5 1,6 1,8 1,5 1,4 1,3 1,6 1,4 6,1 0,0 6,1 0,0 6,1 0,0 3,1 1,0

Pouteria sp.2 Aubl. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Protium decandrum (Aubl.) Marchand 0,7 1,2 0,6 0,7 0,7 0,9 2,0 0,8 2,0 0,6 2,0 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,6 0,5

Protium pernervatum Cuatrec. 0,2 0,5 0,2 0,3 0,2 0,4 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,4

Protium pilosum (Cuatrec.)D.C. Daly 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2

Protium sagotianum Marchand. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 25,0 0,0 25,0 0,0 25,0 0,0 8,4

Protium sp. Burm. f. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Protium tenuifolium (Engl.) Engl. 2,2 2,8 3,0 3,6 2,6 3,2 2,8 1,5 5,2 1,9 4,0 1,7 10,2 25,0 10,2 25,0 10,2 25,0 5,6 10,0

89

Pterocarpus rohrii Vahl 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Qualea albiflora Varm. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,6 0,8 0,4 0,6 0,5 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,3

Quararibea sp. Aubl. 1,5 0,9 1,1 0,8 1,3 0,9 0,7 1,5 0,9 1,3 0,8 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,7

Rheedia benthamiana Planch. e Triana 0,7 0,0 0,5 0,0 0,6 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0

Rinorea lindeniana (Tul.) Kuntze 0,5 0,5 0,3 0,5 0,4 0,5 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2

Rinorea racemosa (Mart.) Kuntze 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Rinorea sp. Aubl. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2

Sacoglottis guianensis Benth. 1,7 1,6 2,6 1,2 2,1 1,4 1,1 2,3 2,0 1,9 1,5 2,1 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,9 1,2

Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Sclerolobium melanocarpum Ducke 1,2 1,2 0,8 0,9 1,0 1,0 1,5 0,8 1,3 0,6 1,4 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,6

Sclerolobium melinonii Harms 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Simarouba amara Aubl. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Siparuna sp. Aubl. 0,0 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Sloanea sp. L. 0,5 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,6 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0

Sterculia pilosa Ducke 0,2 0,9 0,3 0,9 0,3 0,9 0,9 1,5 0,8 1,3 0,8 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,8

Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Swartzia racemosa Benth. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,4 0,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Swartzia sp. Schreb. 0,2 0,0 0,3 0,0 0,3 0,0 0,2 0,8 0,1 0,6 0,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2

Symphonia globulifera L. f. 0,5 0,5 0,3 0,4 0,4 0,4 0,6 1,5 0,3 1,3 0,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,6

Tachigali myrmecophila Ducke 1,2 1,4 0,8 1,0 1,0 1,2 1,5 1,5 0,9 1,3 1,2 1,4 6,1 0,0 6,1 0,0 6,1 0,0 2,8 0,9

Tachigali sp. Aubl. 0,0 2,1 0,0 1,4 0,0 1,8 0,9 0,0 0,8 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,6

Tapirira guianensis Aubl. 1,5 0,9 0,9 0,9 1,2 0,9 1,5 1,5 2,9 1,9 2,2 1,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,9

Taralea oppositifolia Aubl. 1,2 2,5 1,5 2,1 1,4 2,3 0,9 0,0 0,9 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,8

Terminalia sp. L. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Theobroma subincanum Mart. 1,9 1,8 2,7 1,7 2,3 1,8 1,7 0,8 1,0 0,6 1,4 0,7 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,9 0,8

Tovomita sp.Aubl. 0,7 0,5 0,5 0,4 0,6 0,4 0,6 0,0 0,3 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1

Trattinnickia rhoifolia Willd. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Virola calophylla (Spruce) Warb. 0,5 0,2 0,3 0,1 0,4 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

90

Virola michelii Heckel 1,0 0,9 0,9 0,8 0,9 0,9 1,5 1,5 1,1 1,3 1,3 1,4 2,0 0,0 2,0 0,0 2,0 0,0 1,4 0,7

Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Vochysia guianensis Aubl. 0,7 0,2 1,1 0,3 0,9 0,2 0,7 0,8 0,5 0,6 0,6 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,3

Vochysia maxima Ducke 0,2 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,4 0,0 0,3 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0

Vochysia sp. Aubl. 0,7 0,7 0,6 0,5 0,7 0,6 0,6 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,2

Vouacapoua americana Aubl. 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

91

Dentre as espécies inventariadas em nível de vara, apenas 31 estavam presentes

em todas as classes de regeneração natural. Quanto ao número de indivíduos nas

mesmas classes foi observada a seguinte distribuição: 55,97% na classe I, 41,84% na

classe II e 2,17 % na classe III.

As espécies em nível de vara predominantes nas três classes de regeneração

natural foram: Mouriri apiranga e Hirtella sp. (classe I); Guatteria sp. e Pourouma

ovata (classe II); e Protium tenuifolium, Micropholis acutangula e Inga sp. 2 (classe

III).

Quanto à regeneração natural total (RNT) na comunidade, as maiores variações

foram encontradas para as espécies em nível de vara (10,3 a 0,1 %), enquanto que as

arvoretas pouco variaram (5,6 a 0,1 %). O número de espécies com percentuais

inferiores a 1 % é elevado, com 121 e 103 espécies para varas e arvoretas,

respectivamente, podendo-se citar as Indeterminadas, Vouacapoua americana, Carapa

guianensis, Virola calophylla e Manilkara huberi.

Para a similaridade florística entre as arvoretas e varas nos distintos

conglomerados adotou-se como limite de significância a linha de fenon a

aproximadamente 50 % da distância de ligação (6,75). Neste limite houve a

interceptação em três ramos do agrupamento, resultando em três grupos florísticos

distintos (Figura 8).

92

Figura 8. Dendrograma representando as sequências de agrupamento em três áreas de estudo (A1; A2;

A3) e dois níveis de regeneração natural (arvoreta - 5.0 < DAP < 10.0 cm; vara - 2.5 <DAP <5.0 cm) em

floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

Na formação dos grupos florísticos, foi observado que dois conglomerados

apresentaram similaridade entre si. Entretanto, o primeiro grupo florístico contemplou

as espécies em nível de arvoreta nos dois conglomerados, enquanto que o segundo

agrupou os indivíduos mais jovens (varas).

O conglomerado mais isolado formou o terceiro grupo da análise, onde se

verificou similaridade da composição florística desde as plantas em nível de vara até os

indivíduos melhor estabelecidos (arvoreta).

No entanto, os grupos gerados apresentam distintas significâncias de formação,

mensuradas através da proximidade do grupo com a linha de fenon. Tal característica

(grupo x linha de fenon) sugere maior fragilidade de constituição dos grupos. O segundo

grupo florístico apresentou a distância de ligação mais próxima da linha de fenon (6,60),

seguida do terceiro (5,5) e do primeiro (5,30).

4.4 DISCUSSÃO

Os valores dos índices de diversidade de Shannon encontrados (4,21 e 4,11 nats

ind.-1

) para os níveis de regeneração natural são considerados altos. No entanto, se deve

levar em consideração às diferenças nos estágios de sucessão, discrepâncias

Linha de fenon

93

metodológicas e identificações taxonômicas, as quais variam nos levantamentos

florísticos da região. Esta afirmação é baseada na variabilidade das diversidades

usualmente encontradas em florestas tropicais (entre 1,5 e 3,5 nats.ind.-1

), onde

raramente ultrapassam 4,5 (DIAS et al.,2000; SILVA et al., 2007; MARANGON et al.,

2003). Os fatores que normalmente contribuem para o aumento da diversidade são a

existência de elevado número de plântulas, brotação de cepas e banco de sementes de

variadas espécies sob distintas condições edafoclimáticas.

Em florestas ombrófila densa, Aparício et al. (2011) analisando a regeneração

natural de espécies arbóreas tropicais obtiveram diversidade de Shannon de 3,32 nats

ind.-1

. Resultados semelhantes foram expostos em florestas secundárias no Pará, na

avaliação momentânea da composição florística em regeneração (3,5 nats ind.-1

)

(RAYOL et al., 2008).

As espécies inventariadas com maior número de indivíduos são consideradas

mais aptas a se estabelecer às condições impostas pelo meio. Estas mantêm uma

proporção de plantas entre os níveis de vara para arvoreta. No entanto foi observado que

os parâmetros de freqüência e densidade das espécies variaram em função do nível de

regeneração. Acredita-se que a variação pode estar relacionada ao tamanho das classes

de altura que foram pré-estabelecidas para o estudo e ao estágio sucessional em que se

encontra a área.

As espécies que ocorrem nas três classes de altura de regeneração natural são

aquelas que teoricamente possuem um maior potencial de estabelecimento na floresta e

que deverão estar presentes no futuro dossel (SILVA et al., 2007; CITADINI-

ZANETTE, 1995).

Entretanto, algumas espécies que apresentaram maiores índices de regeneração

natural em nível de vara, não foram observadas nas arvoretas, como o Protium

sagotianum, que quando jovem foi classificado entre as espécies mais adaptadas, mas

poucos indivíduos foram registrados na classe de tamanho imediatamente superior.

Além disso, houveram espécies encontradas apenas em uma classe de tamanho,

apresentando uma regeneração natural baixa. Tal fato indica dificuldades no processo de

estabelecimento, possivelmente ocasionado pela seletividade a que estão expostas ou

pela dinâmica de germinação do banco de sementes. Como destaque, pode-se citar a

Vouacapoua americana, que ocorreu apenas na classe I (tanto para varas como

arvoretas) com densidade relativa elevada.

94

A presença de uma espécie apenas na classe de menor altura (RNC1), com

densidade elevada, pode apresentar valores de regeneração natural total (RNT) maior do

que a de outras espécies presentes em todas as classes de altura (SILVA JUNIOR et al.,

2008). Porém, de acordo com Volpato (1994), esse resultado deve ser analisado com

cautela, já que a espécie pode desaparecer ainda nessa fase inicial de desenvolvimento.

Os baixos valores estimados de regeneração para algumas espécies na área de

estudo também podem ser atribuídos a grande diversidade da área, a exposição da

vegetação à declividade do terreno, solo, grupo ecológico e principalmente ao fato da

área ter poucos indícios antrópicos.

Em relação à similaridade florística, foi observada que as condições do estado de

conservação das áreas são semelhantes, fortalecendo a permanência de específicos

exemplares florísticos em cada fase da vegetação. No entanto, merece destaque o

terceiro grupo florístico, formado pelo agrupamento de varas e arvoretas numa mesma

área, demonstrando que o processo de sucessão está ocorrendo com perpetuação das

espécies com maior índice de regeneração.

4.5 CONCLUSÕES

As espécies arbóreas em regeneração demonstraram potencial para a auto-

recuperação, com diversidade elevada nos níveis estudados e número de indivíduos

capazes de compor o futuro dossel da floresta.

Estima-se que a estrutura e as relações entre os estratos verticais das espécies

arbóreas em regeneração natural são capazes de desenvolver o processo sucessional de

forma eficiente, garantindo a conservação da fitofisionomia da região.

95

5 DINÂMICA DO CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS

EM FLORESTA OMBRÓFILA DENSA NO AMAPÁ

96

RESUMO

Este capítulo teve como objetivo realizar uma avaliação inicial da dinâmica das espécies

arbóreas numa floresta ombrófila densa destinada ao manejo florestal no estado do

Amapá.As parcelas foram implantadas no segundo módulo da Floresta Estadual do

Amapá, através da amostragem em conglomerados. Cada unidade primária foi disposta

em forma quadrada com cinco parcelas permanentes de 100x100 m (árvores adultas

com DAP’s (Diâmetro a altura do peito a 1,30 m do solo) > 10cm), abrangendo uma

área de 5 ha/UP. Cada parcela foi subdividida em 100 subparcelas de 10x10 m. Destas

foram sorteadas apenas 20 subparcelas para o estudo da regeneração natural em arvoreta

(5 < DAP < 10cm). Nas subparcelas sorteadas também foram implantadas,

aleatoriamente nos vértices, subunidades de 5x5m para inventário da regeneração

natural em vara (2,5 < DAP < 5cm). A identificação taxonômica foi realizada com um

levantamento prévio em campo por especialistas e os nomes botânicos foram conferidos

no Missouri Botanical Garden. O monitoramento da vegetação ocorreu entre os anos de

2010 e 2012. Foi realizado o teste de esfericidade de Mauchly para justificar a análise

multivariada de medidas repetidas. O crescimento das espécies foi avaliado a partir dos

incrementos periódicos anuais percentuais em diâmetro, taxas de recrutamento e

mortalidade. Para interpretação das mudanças estruturais ocorridas no tempo de

monitoramento na floresta utilizou-secomo medida de dispersão em torno da média o

desvio padrão.Quanto à dinâmica florestal, ocorreu a perda de aproximadamente 3 %

dos dados obtidos em campo, gerando um total de 10.209 plantas vivas em 2010, com

aumento de 0.46 % em 2011 e baixa de 0.90 % em 2012, em relação ao inicio do

monitoramento. A estimativa total por hectare de varas, arvoretas e árvores foi de 2.303

indivíduos. O número de indivíduos e o crescimento diamétrico das espécies foi

influenciado pelo fator tempo. O inventário demonstrou que nove espécies contêm taxas

de recrutamento contínua nas seis classes diamétricas iniciais, com variação de 0,02 a

0,87 %: Eschweilera coriacea, Osteophloeum platyspermum, Pourouma ovata, Eugenia

sp., Iryanthera paraensis, Micropholis acutangula, Micropholis longipedicellata,

Pouteria sp.1 e Sclerolobium melanocarpum. Os maiores índices de mortalidade foram

observados nas classes iniciais, com exceção da classe com diâmetros acima de 110 cm

(Mezilaurus itauba - 3.7 %). Quanto aos incrementos periódicos médios durante os três

anos de monitoramento, os valores foram decrescendo à medida que o tamanho das

árvores aumentava. A superioridade das taxas de ingresso em relação à mortalidade

indica que a floresta se apresenta num estágio sucessional de constante renovação.

Baseado nesta renovação acredita-se que a floresta é capaz de ser submetida ao manejo,

sem comprometer a estrutura da comunidade.

Palavras-chave: Amazônia, Mortalidade, Recrutamento

97

ABSTRACT

This chapter aims to perform an initial assessment of dynamics of tree species in

tropical rain forest allocated to forest management in Amapa. Plots were established in

second module of Amapa State Forest, through cluster sampling. Each primary unit was

arranged with five plots of 100x100 m (trees with DBH (diameter at breast height to

1.30m) > 10cm). Each plot was divided into 100 plots of 10x10 m. These only 20 were

selected for study of regeneration (5 < DBH < 10cm). Subunits were also implanted

(5x5m) for inventory other (2.5 < DBH < 5cm). Taxonomic identification was realized

by Missouri Botanical Garden. Vegetation monitoring occurred between 2010 and 2012.

Mauchly sphericity test was performed to justify the multivariate repeated measures.

The growth of species was evaluated from annual percentage increases in diameter,

recruitment and mortalidade rates. To interpretation of structural changes in the

monitoring time forest used measure of dispersion around the mean. As for forest

dynamics, the loss occurred in approximately 3% of data obtained, generating a total of

10,209 plants in 2010, an increase of 0.46% in 2011 and low of 0.90% in 2012,

compared to beginning of monitoring. Estimate per hectare of sticks, saplings and trees

was 2303 individuals. The number of individuals of species and diameter growth was

influenced by time factor. The survey showed that nine species contain continuous

recruitment rates in six initial diameter classes (0.02 to 0.87%): Eschweilera coriacea,

Osteophloeum platyspermum, Pourouma ovata, Eugenia sp., Iryanthera paraensis

Micropholis acutangula, Micropholis longipedicellata , Pouteria sp.1 and Sclerolobium

melanocarpum. The highest mortality rates were observed in initial classes, except class

with diameters above 110 cm (Mezilaurus itauba - 3.7%). As for periodic increments

average during three years of monitoring, the values were decreasing as the size of the

trees grew. The superiority of recruitment rates in relation to mortality indicates that

forest has a successional stage of constant renewal. Based on this renovation it is

believed that forest can be subjected to handling, without compromising the community

structure.

Key words: Amazon, Mortality, Recruitment

98

5.1 INTRODUÇÃO

O planejamento do manejo sustentável nas florestas tropicais deve ser subsidiado

a partir da utilização da projeção das espécies nos sítios de produção. A projeção do

crescimento da floresta se constitui no estudo da dinâmica, seja de árvores adultas ou

em regeneração. Segundo Mendonça (2003) a partir do crescimento também é possível

mensurar a capacidade da floresta de gerar bens e serviços.

Esforços têm sido realizados em pesquisas que abrangem a dinâmica de espécies

arbóreas de valor comercial madeireiro, visando fundamentar a adoção de práticas

silviculturais de manejo. Tais práticas contribuem para acelerar as taxas de crescimento

e diminuir a competição no povoamento (AZEVEDO et al., 2008), pois o número de

árvores exploradas influência no aumento do crescimento da floresta (FONSECA et al.,

2008).

Atualmente a taxa de crescimento é definida na Resolução CONAMA 406/2009

para espécies comerciais, quando não houver estudos para a área, estimativa da

produtividade anual de 0,86 m³/ha/ano. No entanto, estudos têm apontado taxas de

crescimento diferentes por espécies (OLIVEIRA et al., 2005; TEIXEIRA et al., 2007;

COLPINI et al., 2010), sugerindo a utilização de ciclos específicos por grupos de

espécies, de acordo com suas características ecológicas ou de interesse comercial.

Segundo Teixeira et al. (2007), a partir das taxas de crescimento, recrutamento e

mortalidade são definidos os ciclos de corte.

Do ponto de vista ambiental, nenhuma floresta deveria ser destinada a produção,

antes de sofrer estudos ecológicos, especialmente dinâmicos, para conhecer o

crescimento das espécies e a taxa de rendimento sustentado, a fim de estabelecer o ciclo

de corte e o volume a ser cortado periodicamente. (SCHNEIDER e FINGER, 2000;

VACCARO et al., 2003).

Desta forma, entender como ocorre à dinâmica florestal em sítios da Amazônia é

fundamental para gerar informações que subsidiem manejos distintos por espécie e área.

Nesses termos, para gerar prognósticos temporais da estrutura da floresta devem ser

implantadas parcelas permanentes, as quais, de acordo com Phillips e Baker (2006), são

essenciais para predição e rendimentos no manejo florestal.

No caso do estado do Amapá, pretende-se averiguar se a utilização dos

principais indicadores dinâmicos das florestas pode auxiliar nas práticas de

99

sustentabilidade do manejo. Para responder este questionamento parte-se do pressuposto

que os indivíduos apresentam crescimento similar aos catalogados em outras áreas

tropicais submetidas ou não a intervenções antrópicas.

Logo, o objetivo deste trabalho é realizar uma avaliação inicial da dinâmica das

espécies arbóreas numa floresta ombrófila densa destinada ao manejo florestal no estado

do Amapá.

5.2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho está localizado num perímetro de floresta ombrófila densa de terras

baixas (IBGE, 2012) numa área de 500 ha ao sul da Floresta Estadual do Amapá

(FLOTA/AP), região central do estado, Amazônia, Brasil.

Os solos são do tipo Latossolo vermelho-amarelo, ligado a variações amplas de

relevo, com destaque para classe ondulada (ZEE/AP, 2008). O clima da região é do tipo

Am (equatorial super-úmido), segundo a classificação de Köppen. A temperatura média

é 25 ºC, ocorrendo pouca variação de temperatura durante o ano. A precipitação anual

na região é de 2.300 mm, com índice pluviométrico trimestral mais seco abaixo de 200

mm. O período mais chuvoso ocorre no trimestre de março a maio (acima de 1.000

mm). A umidade relativa é alta, com valores entre 80 e 86% (TARDIN et al., 2009).

O inventário foi realizado em unidades amostrais conglomeradas, distribuídas

em três distintas áreas (unidades primárias - UP), equidistantes em aproximadamente

2.500 m. Cada unidade primária foi disposta em forma quadrada com cinco parcelas

permanentes de 100 x 100 m, abrangendo uma área de 5 ha / UP com total de 15 ha

amostrados.

As parcelas foram estabelecidas de acordo com os critérios da “Rede de

Monitoramento da Dinâmica das Florestas da Amazônia”, com três níveis de inclusão:

varas (2,5 < DAP (Diâmetro a altura do peito a 1,30 m do solo) < 5,0 cm); arvoretas

(5,0 < DAP < 10,0 cm); e árvores (DAP > 10,0 cm) (SILVA et al., 2005).

Para inventário das árvores foram utilizadas como unidades amostrais as

parcelas de 100 x 100 m. Quanto às arvoretas, cada parcela foi dividida em 100

subparcelas de 10 x 10 m, com posterior seleção aleatória de 20 subparcelas / parcela

para avaliação. Nos vértices das subparcelas sorteadas foram locadas, aleatoriamente, as

subunidades de 5 x 5 m para inventário das varas.

100

Todos os indivíduos foram etiquetados com numeração progressiva,

identificados pelo nome popular e medidos os DAP´s. A identificação taxonômica foi

de acordo com o sistema APG III (2010) Todas as espécies identificadas foram

separadas em grupos de valor madeireiro (GVM), onde: 0 – menor valor comercial; 1 –

alto valor comercial; 2 – reconhecido valor comercial; 3 – comumente comercializadas;

4 – comercialização local; 5 – não classificadas.

Para interpretação das mudanças estruturais ocorridas na floresta utilizou-se

como referência as variações diamétricas das espécies em três ocasiões de coleta (2010

2011 e 2012). Foram consideradas dez classes diamétricas com amplitude de 10 cm,

com exceção das classes 1 e 2 as quais foram mantidas as amplitudes dos níveis de

inclusão de vara e arvoreta.

As espécies presentes em todos os níveis de inclusão e UP’s formaram um

conjunto de dados submetidos ao teste de esfericidade de Mauchly, com intuito de

justificar a análise multivariada de medidas repetidas (NEMEC, 1996). A análise de

medidas repetidas subsequentemente foi empregada para avaliar o quanto o fator tempo

influenciou o número de indivíduos e o crescimento em diâmetro das espécies.

Para facilitar a interpretação do crescimento em diâmetro das espécies nas

classes diamétricas foi utilizada como medida de dispersão em torno da média o desvio

padrão, captando a variabilidade no desenvolvimento dos indivíduos.

O crescimento das espécies foi avaliado a partir dos incrementos periódicos

anuais percentuais em diâmetro, taxas de recrutamento e mortalidade, para todas as

espécies e nas classes de diâmetro.

Para as estimativas de taxas de recrutamento das árvores, arvoreta e varas, foi

considerado como ingresso o indivíduo vivo que inicialmente se localizava na i-ésima

classe diamétrica e ao final do monitoramento migrou para classe imediatamente

posterior ou não.

Quanto à mortalidade, foi considerado como morto o indivíduo vivo no primeiro

ano de monitoramento e que estava morto no ano final de monitoramento. A partir das

estimativas do número de indivíduos mortos estimou-se a taxa de mortalidade. Todas as

análises foram realizadas com auxílio do Microsoft Excel 2007 e STATISTICA TRIAL.

101

5.3 RESULTADOS

Os indivíduos inventariados atingiram um total de 10.209 plantas vivas em 2010,

com aumento de 0,46 % em 2011 e baixa de 0,90 % em 2012, em relação ao inicio do

monitoramento. As perdas de informações de indivíduos por não localização no campo,

mensuração incorreta, entre outras causas foram de aproximadamente 3 %. A estimativa

total por hectare de varas, arvoretas e árvores foi de 2.303 indivíduos.

O padrão exponencial negativo presente tradicionalmente nas florestas tropicais

para a distribuição diamétrica foi mantido com a inserção de níveis de inclusão menores

(Figura 9), com maior concentração nas classes iniciais. A primeira classe diamétrica

apresentou aproximadamente 1212 indivíduos por hectare (ind.ha-1

), seguida da segunda

classe com 588 ind.ha-1

e a terceira classe com 301 ind.ha-1

.

Figura 9. Distribuição do numero de indivíduos em distintas classes diamétricas numa floresta ombrófila

densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Onde: 1 (2.5 < DAP < 5cm); 2 (5 < DAP < 10cm); 3 (10 < DAP

< 20cm);4 (20 < DAP < 30cm); 5 (30 < DAP < 40cm); 6 (40 < DAP < 50cm); 7 (50 < DAP < 60cm); 8

(60 < DAP < 70cm); 9 (70 < DAP < 80cm); 10 (80 < DAP < 90cm); 11 (90 < DAP < 100cm); 12 (100 <

DAP < 110cm);13 (DAP > 110cm).

A taxa de recrutamento dos indivíduos obteve sua maior proporção entre 90 <

DAP < 100 cm de diâmetro (12,25 %). Também se destacaram percentuais de

recrutamento em torno de 10 % (classes diamétricas 6 e 10).

Nove espécies contêm taxas de recrutamento contínua nas seis classes

diamétricas iniciais, com variação de 0,02 a 0,87 %: Eschweilera coriacea,

102

Osteophloeum platyspermum, Pourouma ovata, Eugenia sp., Iryanthera paraensis,

Micropholis acutangula, Micropholis longipedicellata, Pouteria sp,1 e Sclerolobium

melanocarpum.

Os maiores percentuais de recrutamento foram observados para as espécies

presentes na classe 10 (Conceveiba guianensis, Dipteryx odorata e Tachigali

myrmecophila - 2,5 %), 12 (Pouteria sp,1 - 4,76 %) e 13 (Qualea albiflora - 3,57 %)

(Tabela 9).

103

Tabela 9. Taxa de recrutamento (R) e mortalidade (M) por classe diamétrica das espécies arbóreas inventariadas numa floresta ombrófila densa, Porto Grande, Amapá, Amazônia. Em

que: classe 1(2,5 < DAP < 5cm), classe 2 (5 < DAP < 10cm), classe 3 (10 < DAP < 20cm), classe 4 (20 < DAP < 30cm), classe 5 (30 < DAP < 40cm), classe 6 (40 < DAP <

50cm) classe 7 (50 < DAP < 60cm), classe 8 (60 < DAP < 70cm), classe 9 (70 < DAP < 80cm), classe 10(80 < DAP < 90cm), classe 11(90 < DAP < 100cm), classe 12 (100 <

DAP < 110cm) e classe 13 (≥110cm).

NOME CIENTÍFICO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Abarema auriculata (Benth.)

Barneby & J. W. Grimes

M 0 0,057 0,022 0,1413 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Abarema jupunba (Willd.) Britton &

Killip

M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Alexa grandiflora Ducke M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,11 0,02 0,13 0,14 0 0,43 0 0 0 0 0 0

Ambelania acida Aubl. M 0 0 0,044 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Anacardium spruceanum Benth. ex

Engl.

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Aniba burchellii Kosterm. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Aniba puchury-minor (Mart.) Mez M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Apeiba tibourbou Aubl. M 0 0 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Aspidosperma exalatum Monach. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Aspidosperma excelsum Benth. M 0 0 0 0 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,02 0,13 0 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Bagassa guianensis Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bowdichia sp. Kunth M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

104

R 0,11 0,05 0 0,13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bowdichia nitida Spruce M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,02 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brosimum lactescens (S. Moore) C.

C. Berg

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brosimum parinarioides Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brosimum sp. Sw. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Buchenavia grandis Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Byrsonima aerugo Sagot M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Campsiandra comosa Var. Laurifolia M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Candolle odendron sp. R.S. Cowan M 0 0 0,022 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Carapa guianensis Aubl. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0 0 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caryocar villosum (Aubl.) Pers. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cecropia sciadophylla Mart. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Chimarris turbinata DC. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Conceveiba guianensis Aubl. M 0 0 0,022 0,1415 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

105

R 0 0 0,08 0,2 0 0,26 0 0 0 2,5 0 0 0

Copaifera multijuga Hayne M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Couepia excelsa Ducke M 0 0,1132 0,044 0,071 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Couepia guianensis Aubl. M 0 0 0 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,02 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Couma guianensis Aubl. M 0 0,057 0 0 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,04 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Couratari guianensis Aubl. M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,02 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Croton sp. L. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Dacryodes nitens Cuatrec. M 0 0 0,044 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0,02 0,13 0,29 0 0 0 0 0 0 0 0

Dialium guianense (Aubl.) Sandwith M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Dimorphandra multiflora Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Dinizia excelsa Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Diospyros sp. L. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Diplotropis purpurea (Rich.)

Amshoff.

M 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0,27 0 0 0,43 0 0 0 0 0 0

Dipteryx magnifica Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

106

R 0 0 0 0 0 0 0 0,83 0 2,5 2,04 0 0

Duguetia stelechantha (Diels) R.E.

Fr.

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Dussia discolor (Benth.) Amshoff M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ecclinusa lanceolata (Mart. &

Eichler) Pierre

M 0 0 0,022 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0,04 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Elizabetha bicolor Ducke M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eperua schomburgkiana Benth. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0,26 0,86 0 0 0 0 0 0

Eperua sp. Aubl. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eschweilera coriacea (DC.)

S.A.Mori

M 0,3297 0,1132 0,044 0,1414 0,43 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0,29 0,15 0,54 0,43 0,26 0 0,83 1,49 0 0 0 0

Eschweilera grandiflora (Aubl.)

Sandwith

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eschweilera juruensis R. Knuth M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eschweilera sp. Mart. ex DC. M 0 0 0,088 0,071 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,17 0,29 0,4 0 0,26 0,43 0,83 0 0 0 0 0

Eugenia diplocampta Diels M 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eugenia sp. L. M 0 0,057 0,066 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,17 0,06 0,34 0,29 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Ficus nymphaeifolia Mill. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Geissospermum sericeum Benth. & M 0 0 0 0 0 0 0 0,8475 0 0 0 0 0

107

Hook. F. ex Miers R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Geissospermum vellosii Allemão M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Genipa americana L. M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Goupia glabra Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0,06 0 0,26 0 0 1,49 0 0 0 0

Guarea carinata Ducke M 0,11 0 0 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,11 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Guatteria procera R.E. Fr. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Guatteria sp. Ruiz & Pav. M 0,2199 0,1132 0,044 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,41 0,11 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gustavia augusta L. M 0 0,1132 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Helicostylis sp. Trécul M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,11 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hevea brasiliensis Müll. Arg. M 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hirtella sp. L. M 0,3297 0 0,1546 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0,23 0,17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Humiria balsamifera Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hymenaea courbaril L. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hymenaea parvifolia Huber M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0,43 0 0 0 0 0 0

Hymenolobium petraeum Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

108

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,04 0 0

INDETERMINADA 1 M 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 10 M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 11 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 12 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 13 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 2 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 3 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 4 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 5 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 6 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 7 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 8 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

INDETERMINADA 9 M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Inga auristellae Harms M 0,011 0,057 0,066 0,212 0,1435 0,5465 0 0 0 0 0 0 0

109

R 0 0,11 0,15 0,2 1,45 0 0,43 0 0 0 0 0 0

Inga gracilifolia Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Inga paraensis Ducke M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Inga sp. 1 Mill. M 0,2198 0,1132 0,066 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,02 0,2 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Inga sp. 2 Mill. M 0 0,057 0,066 0 0,29 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0,08 0,34 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Inga velutina Willd. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Iryanthera grandis Ducke M 0 0,1132 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0,27 0,29 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Iryanthera paraensis Huber M 0,011 0,1132 0,088 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0,08 0,47 0,29 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lacmellea aculeata Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Laetia procera (Poepp.) Eichler M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lecythis lurida (Miers) S.A. Mori M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lecythis pisonis Cambess. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lecythis poiteaui O. Berg M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lecythis sp. Loefl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

110

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Licania canescens Benoist M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0,29 0,53 0,43 0 0 0 0 0 0

Licania octandra (Hoffmanns. ex

Roem. & Schult.) Kuntze

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Licaria cannella (Meisn.) Kosterm. M 0 0,1132 0,45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Licaria mahuba (A. Samp.) Kosterm. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Manilkara huberi (Ducke) Chevalier M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Manilkara sp. Adans. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Maquira sclerophylla (Ducke) C.

C.Berg

M 0,22 0,057 0,1325 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0,13 0 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Mezilaurus duckei Van Der Werff M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex

Mez

M 0 0 0,044 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,57

R 0 0,05 0,13 0 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Miconia pubipetala Miq. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Miconia surinamensis Gleason M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Micropholis acutangula (Ducke)

Eyma

M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,05 0,06 0,27 0,29 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Micropholis longipedicellata Aubrév. M 0 0,057 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0,02 0,34 0,14 0,53 0 0 0 0 0 0 0

Micropholis venulosa (Mart. & M 0 0 0 0 0 0 0 0 1,47 0 0 0 0

111

Eichler) Pierre R 0,11 0 0 0,06 0,43 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Minquartia guianensis Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Mouriri apiranga Spruce ex Triana M 0,11 0,1132 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0,29 0,06 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Mouriri nervosa Pilg. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Myrcia fallax (Rich.) DC. M 0,22 0,1132 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0,11 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nectandra rubra (Mez) C. K. Allen M 0 0 0,022 0,071 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0,06 0 0,26 0 0 1,49 0 2,04 0 0

Neoxythece elegans (A DC.) Aubrev. M 0 0,1132 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Ocotea aciphylla (Nees) Mez M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ocotea amazonica (Meisn.) Mez M 0 0,1132 0,022 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ocotea sp.1 Aubl. M 0 0 0,022 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,69 0,05 0 0,13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ocotea sp.2 Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Osteophloeum platyspermum (Spruce

ex A. DC.) Warb.

M 0 0 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,11 0,11 0,13 0,29 0,53 0 0 1,49 0 0 0 0

Oxandra acuminata Diels M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pachira sp. Aubl. M 0 0 0 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Parinarium Juss. M 0 0 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

112

R 0 0 0 0 0 0,53 0 0 0 0 0 0 0

Parkia gigantocarpa Ducke M 0 0 0.022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Peltogyne paniculata Benth. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Peltogyne paradoxa Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pentaclethra macroloba (Willd.)

Kuntze

M 0 0 0.022 0 0 0 0,45 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Persea jariensis Vattimo M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Piptadenia gonoacantha (Mart.)

J.F.Macbr.

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0,83 0 0 0 0 0

Poecilanthe effusa (Huber) Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pourouma heterophylla Mart. ex

Miq.

M 0 0 0,022 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pourouma minor Benoist M 0.11 0 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,02 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pourouma ovata Trécul M 0,22 0,1698 0,088 0,1415 0 0,8197 0,45 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,11 0,24 0,34 0,14 0,53 0 0 0 0 0 0 0

Pourouma villosa Trécul M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pouteria caimito (Ruiz & Pav.)

Radlk.

M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,05 0,06 0,13 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pouteria engleri Eyma M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

113

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pouteria sp.1 Aubl. M 0 0 0,066 0,071 0 0,2732 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0,11 0,04 0,2 0,87 0,53 0,86 0 0 0 0 4,76 0

Pouteria sp.2 Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pouteria sp.3 Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium altsonii Sandwith M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium decandrum (Aubl.)

Marchand

M 0,11 0,1132 0,088 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,17 0,2 0,43 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium paniculatum Engl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium pernervatum Cuatrec. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium pilosum (Cuatrec.) D.C.

Daly

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium sagotianum Marchand. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium sp. Burm. f. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium tenuifolium (Engl.) Engl. M 0,11 0,1698 0,044 0,1414 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,05 0,13 0,4 0 0,53 0,43 0 0 0 0 0 0

Pterocarpus rohrii Vahl M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Qualea albiflora Varm. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,04 0,13 0,14 0 0 0 0 0 0 0 3,57

Quararibea sp. Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

114

R 0,11 0,05 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rheedia benthamiana Planch. &

Triana

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rinorea lindeniana (Tul.) Kuntze M 0,11 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rinorea racemosa (Mart.) Kuntze M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rinorea sp. Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sacoglottis guianensis Benth. M 0,22 0,1698 0,044 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,04 0,06 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Sapium prunifolium Klotzsch M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schefflera morototoni (Aubl.)

Maguire, Steyerm. & Frodin

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schizolobium amazonicum Huber ex

Ducke

M 0,11 0 0 0 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sclerolobium melanocarpum Ducke M 0 0,1132 0,044 0,1414 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,23 0,05 0,13 0,4 0,43 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Sclerolobium melinonii Harms M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Simarouba amara Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Siparuna sp. Aubl. M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sloanea sp. L. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,04 0 0 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Sterculia pilosa Ducke M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

115

R 0,23 0,05 0,02 0 0 0 1,29 0 0 0 0 0 0

Stryphnodendron pulcherrimum

(Willd.) Hochr.

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0,13 0 0,26 0 0 0 0 0 0 0

Swartzia racemosa Benth. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Swartzia sp. Schreb. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Symphonia globulifera L. f. M 0 0 0,022 0 0 0 0,45 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0 0,2 0 0 0,43 0 0 0 0 0 0

Tabebuia serratifolia (Vahl) G.

Nicholson

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tabebuia sp. Gomes ex DC. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tachigali myrmecophila Ducke M 0 0 0,044 0 0 0 0,45 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,06 0,06 0,14 0 0,43 0 0 2,5 0 0 0

Tachigali sp. Aubl. M 0 0 0,044 0,071 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0,34 0 0,04 0 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Tapirira guianensis Aubl. M 0,11 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,04 0,13 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Taralea oppositifolia Aubl. M 0,11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Terminalia amazonia (J.F.Gmel.)

Exell

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Terminalia sp. L. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ternstroemia sp. Mutis ex L. f. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Theobroma sect. Cacao (Mill.) M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

116

Bernoulli R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Theobroma speciosum Willd. ex

Spreng.

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Theobroma subincanum Mart. M 0 0 0,1546 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,11 0,13 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Tovomita sp.Aubl. M 0,11 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Trattinnickia rhoifolia Willd. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Virola calophylla (Spruce) Warb. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Virola michelii Heckel M 0 0,057 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0,13 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0

Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Vochysia guianensis Aubl. M 0 0 0,022 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0,05 0,04 0,06 0,43 0,8 0,86 0 0 0 0 0 0

Vochysia maxima Ducke M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,06 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Vochysia sp. Aubl. M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0,02 0,06 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Vouacapoua americana Aubl. M 0 0 0 0,071 0,1435 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0,14 0,26 0,43 0,83 0 0 0 0 0

Zygia racemosa (Ducke) Barneby &

J.W.Grimes

M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

R 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

117

Quanto à taxa de mortalidade, observou-se percentuais variando de 3,88 a 3,70

%. As duas classes diamétricas iniciais, varas e arvoretas, apresentam elevados

percentuais de mortalidade. No entanto, proporcionalmente também ocorre elevado

número de árvores mortas (Mezilaurus itauba - 3,70 %) entre os indivíduos com DAP´s

superiores a 110 cm (Tabela 10).

Tabela 10. Taxa de recrutamento (t), mortalidade (M), incremento periódico anual percentual (IPA) e

incremento periódico anual médio (IPAm) nas classes diamétricas numa floresta ombrófila densa, Porto

Grande/AP.

C.D. (%) IPAm

(cm) T M IPA

1 2,5 < DAP < 5 6,64 3,88 9.13 0.30

2 5 < DAP < 10 4,52 3,27 6.13 0.50

3 10 < DAP < 20 4,43 2,47 4.41 0.60

4 20 < DAP < 30 9,88 1,87 3.16 0.80

5 30 < DAP < 40 9,75 3,19 2.36 0.80

6 40 < DAP < 50 10,24 3,10 1.76 0.80

7 50 < DAP < 60 9,48 2,30 1.25 0.70

8 60 < DAP < 70 5,83 0,85 0.98 0.60

9 70 < DAP < 80 5,97 1,49 0.85 0.60

10 80 < DAP < 90 10,00 0,00 0.85 0.70

11 90 < DAP < 100 12,24 0,00 0.82 0.80

12 100 < DAP < 110 4,76 0,00 0.57 0.60

13 DAP > 110 3,57 3,70 0.46 0.60

Na classe 1 os maiores percentuais de mortalidade foram divididos entre duas

espécies, a Eschweilera coriacea e Hirtella sp, (0,33 %). Sequencialmente, para a classe

2 foram: Pourouma ovata, Protium tenuifolium e Sacoglottis guianensis (0,17 %). No

entanto, na terceira classe apenas a Licaria cannella (0,45 %) mereceu destaque.

Quanto aos IPA’s percentuais médios durante os três anos de monitoramento, os

valores de volume foram decrescendo à medida que o tamanho das árvores aumentava,

Foram estimados variações de 0,47 a 9,14 % nas classes diamétricas. O maior

percentual foi verificado na menor classe diamétrica, enquanto que a última classe

obteve estimativas mais discretas.

Os diâmetros médios por classe diamétricas também decresceram

progressivamente, com variação 3,4 a 130,4 cm. Quando estimados os crescimentos

diamétricos em centímetros das classes diamétricas a partir dos percentuais de

incrementos periódicos, constatou-se que os indivíduos mais jovens crescem 0,30 e 0,50

118

cm,ano-1

, para a primeira e segunda classe diamétrica, respectivamente. Além disso, o

crescimento pouco variou nas demais classes, com valores de 0,6 a 0,8 cm,ano-1

.

Apenas três espécie obtiveram incrementos médio acima de 10 %, Duguetia

stelechantha (11,97 %), Indeterminada 11 (12,90 %) e Rinorea sp. (16,81 %).

Entretanto, oito espécies apresentaram percentuais abaixo de 1 %, como a Anacardium

spruceanum, Dialium guianense e Hymenolobium petraeum. Também foi observado

que 57 espécies obtiveram incrementos acima de 5 %.

Espécies comerciais como Carapa guianensis, Dinizia excelsa, Dipteryx odorata

e Tabebuia serratifolia apresentaram incrementos percentuais de 4,64, 2,51, 2,0 e 3,67

%. Entretanto, Dinizia excelsa apresentou uma baixa frequência nas classes diamétrica

(30,76 % total das classes). Se considerada a variação de incremento nas espécies com

alto valor tecnológico e comumentes comercializadas na região amazônica, foram

encontrados valores de 0,86 % (Peltogyne paniculata) a 5,54 % (Quararibea sp,).

Quando analisado o incremento das espécies classificadas como madeira branca,

também comercializadas na Amazônia, mas com preços mais acessíveis aos

empresários locais, se verificou maiores percentuais. Contudo, a variação de

crescimento também aumentou (Ternstroemiasp,) de 0,59 % a (Duguetia

stelechantha)11,97 %.

Quanto ao número de indivíduos e ao crescimento diamétrico das espécies, foi

constatado que o fator tempo influenciou de maneira significativa em ambas variáveis

(número de indivíduos (Gl=2; W=0,4496); crescimento diamétrico (Gl=2; W=0,6386) -

p< 0,0001).

O número de indivíduos apresentou mudanças significativas entre as interações

do tempo com os níveis de inclusão e GVM (Tabela 11), Entretanto, o crescimento em

diâmetro entre os níveis não evidenciou diferenças entre as varas, arvoretas e árvores.

Além disso, verificou-se que o crescimento dos diâmetros entre as UP’s e GVM variou

ao longo do tempo.

Tabela 11. Teste de hipósete multivariado de Wilks para o efeito tempo (T) e interações sobre o número

de indivíduos (N) e crescimento em diâmetro (C) entre as Unidades Primárias (UP), Nível de inclusão e

Grupo de valor madeireiro (GVM) em uma floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

Efeito GL Wilks F p

N C N C N C N C

T 2 2 0,920 0,977 12,518 3,377 0,000* 0,036*

T*UP 4 4 0,982 0,965 1,279 2,582 0,277 0,036*

119

T*Nível 6 6 0,951 0,990 2,445 0,458 0,024* 0,839

T*GVM 10 10 0,785 0,891 7,366 3,402 0,000* 0,000*

T*UP*Nível 12 12 0,985 0,985 0,362 0,359 0,976 0,977

T*UP*GVM 20 20 0,902 0,868 1,519 2,105 0,069 0,003*

T*Nível*GVM 30 30 0,854 0,892 1,568 1,129 0,029* 0,293

T*UP*Nível*GVM 60 60 0,909 0,861 0,470 0,741 1,000 0,926

*signifiativo a p < 0.05. n = 360

As alterações no número de indivíduos foram significativas apenas para as

árvores. As proporções de arvoretas e varas não variaram no período de monitoramento.

No que diz respeito aos indivíduos por GVM, verificou-se que apenas 27,2 % das

interações dos grupos comerciais foram significativas. No entanto, 91,67 % das

interações dos grupos 4 e 5 foram significativas.

Na Tabela 12 pode ser observada a variabilidade de crescimento em diâmetro

nos grupos de valor madeireiro. Nota-se que há diferença no crescimento em cada

grupo, porém com comportamento similar entre grupos.

As interações da variabilidade do crescimento em diâmetro foram menos

significativas, Entre as Unidades Primárias, apenas a UP1 apresentou crescimento

distinto do primeiro ao terceiro ano. Quanto aos grupos de valor madeireiro, o grupo 5

foi distinto dos demais.

Tabela 12. Crescimento em diâmetro (cm), representado pelo desvio padrão, nas Unidades Primárias (UP)

quanto ao Grupo de valor madeireiro (GVM) em uma floresta ombrófila densa, Porto Grande/AP.

UP GVM

Ano 0 1 2 3 4 5

1

2010 29,01 19,39 28,97 24,69 17,89 7,93

2011 30,61 20,75 25,40 26,50 19,96 8,01

2012 28,98 19,07 27,59 35,82 17,84 7,92

2

2010 30,41 19,55 27,22 25,54 17,93 9,50

2011 30,54 20,04 24,88 25,06 18,00 9,90

2012 30,55 20,00 27,17 25,61 17,50 9,98

3

2010 19,41 25,14 33,93 27,27 17,17 19,64

2011 19,45 25,16 34,13 27,38 17,16 19,60

2012 19,76 25,39 33,54 27,45 17,64 19,52

120

5.4 DISCUSSÃO

O número de indivíduos por hectare encontrado foi considerado elevado em

relação aos demais inventários florísticos realizados na região Amazônica. O fato é

consequência do nível de inclusão adotado, onde se abrangeu plantas jovens que

geralmente não são inventariados em trabalhos de estoque madeireiro com fins ao

manejo florestal. Pesquisadores da região norte (OLIVEIRA et al., 2008; SALOMÃO et

al., 2012) trabalhando com indivíduos com diâmetros superiores a 10 cm estimaram

entre 450 a 670 árvores/ha em florestas ombrófila densas.

A renovação de indivíduos arbóreos na composição da floresta é garantida pelo

excesso de plantas por unidade de área nas classes iniciais, principalmente por que o

número de árvores aptas à exploração (DAP > 50 cm) apresentou suscetibilidade ao

corte. No entanto, este comportamento é comum em florestas tropicais inequiâneas

mistas, com decréscimo proporcional do número de indivíduos à medida que os

diâmetros aumentam (DE LIOCOURT, 1898), devendo também ser considerado as

relações estruturais e fitossociológicas das populações para definir as espécies, as

classes de tamanho e as taxas de corte que serão alvo do manejo.

A significância da interação verificada entre o tempo e o GVM para o número de

indivíduos e para o crescimento em diâmetro eram esperados, em virtude da ecologia

das espécies inventariadas. Estas características induzem a distintas adaptações no

ambiente, bem como distribuições de densidade e espacial na floresta, formando grupos

ecológicos com maior (madeiras brancas/mole) e menor (madeiras vermelhas/dura)

taxas de crescimento. As mudanças verificadas ao longo do monitoramento também são

consequência das distintas características dos sítios, os quais possuem diferentes

estruturas na composição do solo e histórico de uso.

A não ocorrência de taxas diferenciadas de crescimento em diâmetro para os

níveis deve-se ao curto tempo de monitoramento das parcelas, com tendência a maiores

variações entre as árvores com menores diâmetros, seja pela própria regeneração ou

competição intra e interespecífica.

No que diz respeito às altas taxas de recrutamento em classes diamétricas

superiores a 50 cm de DAP, pode-se inferir duas possibilidades: a) em virtude da

amplitude das classes, as quais o tamanho das árvores encontrava-se sob os limites

superiores das classes, e no intervalo de medição o crescimento proporcionou o

121

recrutamento para a classe posterior; b) devido a erros sistemáticos de medição, com

ponto de medição do diâmetro distinto durante o monitoramento.

Para as espécies que apresentaram taxas de recrutamento em várias classes

diamétricas, existem indícios que estas estão mais adaptadas aos sítios, com

recrutamento dos estratos inferiores aos superiores da floresta. Outro ponto é o

comportamento sucessional das espécies, onde há um rápido crescimento de espécies

pioneiras para posteriormente as secundárias apresentarem aceleração no crescimento.

A exposição das copas das árvores à luz solar influência diretamente no

incremento em diâmetro, com variação de 0,57 cm.ano-1

(árvores expostas à luz solar), a

0,28 cm.ano-1

(árvores sombreadas) (D’ IVEIRA e BRAZ, 2006).

No ano de 1999, Ferreira e colaboradores consideraram que a aplicação correta

da exploração de impacto reduzido em florestas tropicais pode fornecer incrementos

diamétricos médios entre 0,7 e 1,0 cm/ano. Numa floresta primária da Amazônia

Central, Higuchi et al, (2008) estimaram o recrutamento em 0,7% entre 1986 a 2000.

Em estudos sobre incrementos das árvores, Braz et al. (2012) afirmaram que o

potencial de crescimento das florestas naturais são um forte suporte a projeção do

crescimento e estrutura futura das mesmas quando manejadas.

Os percentuais médios encontrados para a mortalidade nas classes diamétricas

encontram-se dentro dos padrões estabelecidos para florestas inequiâneas mistas.

Geralmente, se espera valores entre 1 e 3 % para florestas não perturbadas por

exploração (MANOKARAN e KOCHUMMEN, 1987). No entanto, as duas classes

iniciais, bem como a última (contempla os maiores indivíduos) obtiveram altos

percentuais.

Tais resultados são justificados pela amplitude das classes e nível de inclusão

adotado. Quando jovens, há uma competição mais agressiva, e, consequentemente

aumentam a mortalidade dos indivíduos. Além disso, as maiores árvores inventariadas,

provavelmente, se encontravam em condições fitossanitárias desfavoráveis e/ou estado

senescente no inicio do monitoramento, tendo como consequência o ressecamento e

morte.

Também foi relatado que os valores-padrão das taxas médias de mortalidade de

árvores em florestas tropicais primárias são de 1 a 2 % ao ano, com uma taxa bem mais

elevada para espécies pioneiras (KÖHLER et al., 2002). Em cinco anos de

monitoramento em Floresta de Terra Firme, Rocha (2001) encontrou taxa de

122

mortalidade de 0,86 % ao ano. Similar ao encontrado por Higuchi et al. (2004), os quais

obtiveram 0,7 % anuais de mortalidade em 14 anos de monitoramento numa floresta

primária da Amazônia Central.

Segundo Braz (2010), em povoamentos que apresentam comportamento

diamétrico com decréscimo do número de árvores à medida que os diâmetros

aumentam, as taxas de mortalidade serão mais altas do que povoamentos com pequena

razão numérica entre o número de árvores nas sucessivas classes de diâmetro.

A relação entre as taxas de recrutamento e mortalidade evidenciam que a floresta

apresenta uma estrutura balanceada, mantendo proporcionalidade entre os indivíduos

das espécies nas classes diamétricas. Campos et al. (1983) afirmaram que quando ocorre

um decréscimo da frequência das árvores com menor diâmetro, consequentemente há

condições favoráveis para o aumento do número de indivíduos de maior diâmetro,

tornando a floresta de maior valor comercial.

Os incrementos periódicos anuais demonstraram que as árvores das espécies

inventariadas crescem de forma similar a outras florestas de mesma tipologia. Vidal et

al. (2002), trabalhando na Amazônia Oriental, afirmaram que árvores submetidas ao

manejo apresentaram incremento periódico anual em DAP de 0,63 cm.ano-1

, duas vezes

maior do que florestas sem manejo, sem qualquer tipo de intervenção.

Menores crescimentos foram verificados por Vieira (2003) na região de Rio

Branco (0,39 cm.ano-1

) e Santarém (0,31 cm.ano-1

). Entretanto, foram verificados no

Projeto Jarí, Amapá, incrementos periódicos baixos (0,14 cm.ano-1

) para uma floresta

primária (CV=8 %), e altos (0,60 cm.ano-1

) para uma floresta secundária (CV=132 %),

em indivíduos com diâmetro mínimo acima de 5 cm (GOMIDE, 1997),

Os parâmetros de ingresso, mortalidade e incremento estão em acordo com

outras florestas da Amazônia já submetidas ao processo de exploração, com resultados

de sucesso. Este fato induza uma projeção de restauração da capacidade produtiva da

floresta para o primeiro ciclo de corte, o qual ocorre entre 25 e 35 anos.

A respeito da projeção da distribuição diamétrica da floresta, percebeu-se que as

altas estimativas de mortalidade esperada, provavelmente, serão proporcionadas pela

renovação da floresta, a partir da competição, bem como do rápido crescimento das

espécies. Cunha et al. (2002) constataram que espécies clímax geralmente possuem

crescimento lento, podendo ser aferida com base nos autovalores da matriz de transição.

123

Quando ocorre uma intensidade de exploração mais severa, um grande número

de plantas pioneiras é recrutado, o que pode acarretar um atraso no desenvolvimento da

floresta para o próximo ciclo de corte. Souza et al. (2004) analisando a dinâmica numa

Floresta Ombrófila Densa secundária, após o corte de cipós, indicaram que atividade

está favorecendo a sucessão secundária, aumentando o número de indivíduos na

população, com taxas de recrutamento e crescimento superiores as de mortalidade.

5.5 CONCLUSÕES

Ocorreram poucas variações de incrementos em DAP entre os grupos comerciais

e nas classes diamétricas.

A superioridade das taxas de ingresso em relação à mortalidade indica que a

floresta se apresenta num estágio sucessional de constante renovação.

Baseado na renovação de indivíduos na área acredita-se que a floresta é capaz de

ser submetida ao manejo, sem comprometer a estrutura da comunidade.

124

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização das toras comerciais das árvores caídas presentes na Floresta

Estadual do Amapá é uma alternativa real para formação de equações volumétricas

locais. O fato baseia-se na semelhança das estruturas diamétrica e hipsométrica das

árvores caídas com as das árvores vivas em “pé” em distintas fitofisionomias.

O manejo madeireiro da Floresta Estadual do Amapá está subsidiado pelo

elevado volume e número de árvores aptas ao corte. Além disso, a estrutura da floresta

atende todos os critérios legais da política brasileira de acesso aos recursos florestais.

Destaca-se a regeneração natural que garante de renovação das espécies arbóreas

comerciais para ciclos de corte subseqüente.

Logo, os parâmetros fitossociológicos e a regeneração natural resultaram em

respostas positivas quando relacionados ao manejo florestal da área em estudo, para o

primeiro ciclo de colheita. O local de estudo apresentou um satisfatório número de

espécies adultas comercializáveis com relevante número de indivíduos, boas condições

fitossanitárias e volume apto à exploração, além de oferecer indivíduos jovens das

espécies alvo de corte que devem ser recrutadas para um estágio superior no futuro.

Teoricamente a floresta em estudo apresenta crescimento suficiente para

restaurar a floresta para um próximo ciclo de corte conforme a legislação brasileira.

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