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ANNO 17 CAPITAL FEDERAL, 1892. N°636

SUBLICAM PQK#Ri€Cl0.2$QCTMH. ICAPITAL-Anno íejOOOSemestre 81000Trimestre BflOOO

A correspondência » reetamsieòe* «tevom *er dirigidas.JUiü^

ESTADOSAnno 20SOOOSemestre iKOOOAvulso HOOO

V

í£/« iÍnvô* rotnpen-tos estet- petaina. tTtceteirtdo ntotis w«* Ptrino dt pJticepcào. <£extsete aiJosd* J^v^/de fmüdi», dt nostoscts fHrtftlUdns « c»sU'd*

politica. e dos políticos'.., <Í£ip, hip, hon.rrpt.h.

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REVISTA ILLUSTRADA

Capital FederalJaneiro de 1803.

KSCRIPTORIO E BEDACÇÀÜRua de Gonçalves Dias n. 50, sobrado

WVH tiCom o numero de hoje entra n Rcri.tln

Illustrada no seu 17? anno de publicação.Procurando sempre bem servir ao publico

e amenisar as agruras da politica eom umanota alegre e desopilante, ha dezeseis annos

que, sem pretenções, ella tem dado o seuconcurso a todas as boas causas da pátria,esforçando-se sempre por depor.... a tristeza.

E, não poucas vezes, sem lançar mão demeios tumultuados, tem conseguido o seudesideratum y vendo o sobrecenho dos seusleitores desaiinuvinr-see o riso pairar-lhes noslábios.

Esse bello programma cila o continuará amanter, contando sempre que o numero dosseus adeptos augmente, forçando-nos a aug-mentar indefinidamente o volume dos nossoslivros de assignantes.

Aos que nos têm acompanhado nesta jor-nada, demonstrando sempre serem apologistas.da pontualidade ingleza, um vivo aperto dejsiião e a segurança de que se não hão deArrepender !

Aos ..litros, aos que, por falta de tempo ou...•ontrariedades da vida, uão vieram ainda-reformar as suas assignaturas, a esperança derecebermos, em breve, as suas amáveis visitase fazermos pazes perduraveis !

Leitores! entrando no 17? anno de pu-blicação, a Revista, conta ter muitos bonsassumptos, e, de braço dado comvoseo, nãohaverá mal que lhe chegue !

E, mãos á obra.A Redacção.

ÍCHOS t NOTAS_A chronica soporifera dos jornaesdiários rejubila-se gostosamente poresses dias tradicionaes de festa nacio-

nal. Muito magra, a berrar terriveisdores rheumaticas, lá vem ella chu-pando a sua tijela de caldo de galli-nha pelo canudo da alma popuIar.Mas-a coitada esquece se de que os bons

tempos já se foiam ha muito e que asgerações de hoje não vivem mais defandangos, requebros gordurosos de

\ mulatas lyricas ao dolente repiniqueda viola. D'ahi decepções sobre dc-cepções, risos canalhas de bom hu-mor, cada sopapo de sol que lhe põeas bitaculas á banda. E imprestávelentão lá se volta a pobrezita toda cho-cha, toda laiiganhenta, toda cheia dearvores do natal, com a lagrima dasaudade a escorrer-lhe pelo cantooblíquo do olho até que novamentepossa nos vir soprar as mesmas his-torias de Christo nascendo numamangedoura, a adoração • dos reismagnos, as bolachas do anno bom cos ovos do dia de reis.

Vamos convir n'uma cousa quetoda essa futrica de novellas popula-res não passa de chulice muito parva,muito acaciana, Nós nada temos aver com os hábitos e costumes dosnossos antepassados. Comprehende-se, é acceitavel mesmo que nas épo-cas remotas a fogueira.a batata assada,as adivinhações, os jogos de prendas,tiveram a sua razão de ser, marca-ram o seu período histórico. E' umfacto que se dá na vida de um povoque começa, mas é um facto que osPereira da Silva já registraram e quenós nada mais temos a ver com elles.Que diabo nos interessa a nós, aonosso progresso.á nossa vida moderna,o revivamento dessas tediosas canto-rias? Que prazer.que interesse esthe-tico pôde trazer ao espirito de hojeuma arvorezita cheia de caixinhasmulticoresde confeitos, um pão de Lotcrivado de vellinhas desebo.em tornoaos quaes a criançada barulha, briga,se esfola.salta,malcriadamente? Poucose nos dá que a senhora moça Do-rothéa venha sala em fora, enfeitadade fitas, a rebolar as cadeiras n'urnsirigaiteamento de baratas em ves-pera de chuva, ou que lá no terreirorufe rouco o tambor. O typo modernotem a sua direcçãofixa, perfeitamentediscriminada. Para elle o passado écomo as camisas velhas que se atiramao lixo; como papel vencido.tem ape-nas o valor medíocre de cousa im-prestarei.

Ha sol ? O dia está fresco e claro ?Vamos ao campo con tabular sobreuma obra de arte qualquer que ellaseja, comtanto que seja de arte. Ouentão ao club fazer uma partida debilhar, saborear gole a gole, trago atrago, um boníssimo grog. Ou então,se é domingo, dia de natal, de annobom ou feriado, passar em casa de

um amigo, ouvir alguns trechos ale-gres de musica, conversar sobre di-versos assumptos, tagarelar livre-mente sobre tudo.

Chove? O dia está enfarruscado ?Ha perigo dc constipações? Fiquemoscm nossas casas almoçando umas co-midas leves, jantando uns peixes deescabeche, ou náo fazendo cousa ai-guina. Mas não estejamos agofa areviver velharias inúteis que só ápro-veitatn ao mais indecoroso, ao maisgordura de porco, ao mais imbecil detodos os typos sociaes—ao namoradoburguez! Ah safardanas ! E não haverum chimico que descubra um venenoatroz, pavoroso e imponderável, quépor meio de um sopro estrangulasseas tripas, osbofes, os intestinos desserato roedor de nossa paciência, denossa calma, de nossa vitalidade.Francamente, o namorado é o peiorde todos os coleras da Ásia, e astaesmelengas de festas costumeiras ede rejubilamento dos antigos hábitospopulares só aproveitam á semelhantepeste.

Eaufarello

DE MAEOMBAA discurseira da adhesão é o que

ha de mais moderno em matéria ora-toria e rhetoriea de barriga.

Isso não é para admirar.certamente,nestes tempos e nesta época de ca-réstia de viveres, em que os bonschefes de familia fazem calculo dogasto mensal por pessoa e espantam-se com a proporção crescente da des-peza.

Mas nas mesas do lunch fino, ondeas croquettes se arrumam em pyra-mides, as sandwichs se agradomeram,

VI °&as empadinhas ostentam o seu en-canto e as baterias de champagne exerez promettem fazer fogo ao espi-rito, desembuchando a verve, a dis-curseira tem tons extraordinários queespantam.

Os leitores se lembram das antigaspalestras imperiaes ? Talvez.

; Ah ! Bem conhecemos que vamosficando velhos!

Esses tempos tão remotos já pas-saram, e hoje encontraremos repu-blicanos ardentíssimos no numero de

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REVISTA ILI.U8TRADA

muitos que contribuíram para diminuiros cochilos do imperador em S. Chns-tovão.

Como se muda de opinião, como setransforma a crença!

Mas deixemo-nos desse philoso-phismo barato, que não adianta idéae que foi despertado por um discursoultra-republicano, feito diante de umamesa de lunch pelo Mucio Teixeira.

Até nos parece que o Teixeira es-tava caçoando com a republica, e sea cousa foi séria, era o caso para a prin-ceza Isabel ter um desmaio, se esti-vesse presente, e o conde d'Eu re-cuperar o sentido da audição.

E o brinde passou de molho emchampagne, com musica tilintante detaças, muita alegria, e o Teixeira es-corregou mais uma vez como defensor

perpetuo do barrete phrygio com todaa convicção que pôde dar um discursode momento a propósito de um conviteonde predomina excessivamente a ce-rimonia a ponto de não se dizer o quese sente em matéria de politica e arte.

Mas, ó têmpora, ó mores, como diriao Sr. Leitão à'0 Tempo, o homemmais amigo do latim e do barbadinho

que existe.A actualidade é de machinas, diver-

timentos, pretenções socialistas, de-

posições, invenção de partidos e maisaccidentes. Já se foi o tempo em queas mulheres espetavam com agulha a

lingua dos oradores.Bemdita restauração seria esta !

Blondin.

SCENA ANDAUUZA(A Carlos Coelho)

Bella tarde estivai! Para o occidenteenvolto iVaurea poeira o sol tombava.Pelo espaço o crepúsculo entornavaum vago tora de opala, brandamente.

Em meio de uma praça, requebrandoo corpo em cadenciado bambaleio,cantava uma gitana, o olhar de enleio .rápido em todos e em ninguém pousando.

E à sua voz suavíssima se uniao languido bater da pandeiretae de um sorriso a leve borboletanos lábios lhe roçava, fugidia!

E a malaguena quente, voluptuosa,pouco a pouco infiltrava-se nas almase — olé ! olé! gritava a bater palmasem roda a turba alegre, estrepitosa.

E na amplidão o accorde derradeirotristemente perdia-se magoadoUl se evola o perfume delicadoda melindrosa flor do jasmineiro.

Alfredo de Magalhães

FOLHASNos amplos terraes solitários, judas bandas

longes dos sortOes, germina tumidfl, a ásperacasca estalando, a semente fibrosa dus mangasnroniatisadas.

Brota A superfície da terra, o como os eur-vos tentáculos de polvo marinho, lança «srnizes sugadoras da seiva alimentícia nuscamadas inferiores do solo.

Nesse desenvolvimento continuo dos voge-taes, preguiçosamente ponteado follicula íi foi-licula, o arbusto começa a amar a luz quevem do cí-o, o fresco que vem das niattas.

Passam então as primeiras estações viviti-cantes, os primeiros rigores dos climas, asprimeiras calmas dormentes dos límpidosluares.

Cresce, e na niansnctude carinhosa da suainfantilidade, ás sombras verdes das ramasfrágeis, adormece as borboletas leves, os ruti-los pássaros bravos da floresta, que cantamgloriosamente.

Copa, abre a ramaria virente e abriga emcuidados maternos os primeiros ninhos reso-antes. E, quando a primavcSi volta e o pollenda fecundação ama todas as cousas, estreia emflores, flores que se transformão cm fruetos,fruetos que trazem novas sementes germina-doras.

Depois, por um tempo rigoroso, o inver-no devasta. Com as friissimas neves as folhasamarcllecem. As nortadas humidas, rispidas epenetrantes, podam, navalham uma por uma,impiedosas. A arvore desnuda-se, e pela so-ledade algida dos campos, agita a ossada bran-ca, somnambula, de pachydermes fossilisados.

Passa o inverno, o verão canta a volataclara dos soes terríveis.

Queima, e as folhas amarellas escurece,retorce, encasquilha e torra, eom a tonalidadecaracterística dos últimos apodrecimentos. Porellas, cabidas agora ao chão, n'um dolorimen-to nostálgico de mares desconhecidos, os vian-dantes caminham, reduzindo-as paulatina-mente a pó que o vento sopra, que o vento levapara as longínquas paragens estranhas, assimcomo o tempo as illusões sonhaveis, abrindoem nossa vida um vazio immenso, profundo etriste, para nunca mais, para nunca mais

Arthur be Miranda

"feW-f/%

BRAZIL CENTRALMuito pontualmente recebe-

mos o n. 4, anno i°, desta re-vista a cargo do Henrique Silva,goyano até os calcanhares.

Consagrada aos interesses deGoyaz, que honra lhe seja feita,não tem desmerecido em nada aresponsabilidade de tão altruisticofim, a revista Brazil Centralrepresenta sempre um accumulode talento, de energia e patriotis-mo, que muito a eleva no con-ceito publico.

Gradas.

Viu-se obrigado a deixar a redacçâodo Diário de Noticias o Sr. GastãoBousquet, jornalista bem conhecidona imprensa brazileira.

Nãc garantimos; diz-se, porém, quea retirada do nosso collega daquelie

jornal foi motivada por um artigo es-cripto sobre a Guarda Nacional, artigoesse que causou sérias apprehensõesde espirito a alguns redactores doDiário.

§A greve promovida pelos guarda-

freios da Estrada de Ferro Centralteve felizmente solução enérgica eprompta.

O transito está restabelecido e o-serviço das repartições regularisado.

§De dia para dia mais se complica a

situação da Companhia Geral de Es-tradas de Ferro.

O Dr. promotor publico, Viveiros-de Castro, attento ás justas recla-clamações dos credores da mesma,acaba de requerer ao poder compe-tente permissão para que a justiçapublica tome conhecimento dos factos.

¦§

O Sr. ministro do interior confe-renciou com o digno presidente daintendencia sobre assumptos de hy-

giene, e com o general Vasques arespeito da reorganisação do corpo depolicia.

§Foi sanecionada a lei que regularisa

os crimes de responsabilidade do pre-sidente da Republica.

§Chegou da Europa com sua Exma.

familia o Sr. Silveira Martins, cujobanimento havia sido suspenso hamuito pela Republica.

hEstá publicado o 'Qaincas Borba,

livro escripto pelo Sr. Machado deAssis, o cacique da velha litteraturabrazileira.

.Acaba de fallecer, em Portugal, o

eminente homem politico, conselheiroCarlos Bento da Silva.

Thomé.

No regimento:Sabe ler?

Não senhor, freqüentei apenas uma es-cuia nocturna.

Pois bem! e então? ¦Mas é que na escola nãi se acendia o

gaz por economia.

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fÊ ^rifít^- *_££¦ -J__ '=»¦ „¦ • 7 ^^--Sfe.— Mmhtus fèsltis .' -.iiiríftpfs ( CSiPtS ¦Misto st resumia o principal! ptconteti-

mento dgs Htfimos ditts.ô ctcçilptvptitt-sc pís festas-pt ctharín,

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£slo*-L-ptffni,eítpH sem vintém..M.nlttifni listas'.xhl dialo hei dt dptv et t%iO cobri i tão curto'...

ÂuíG qupt-Yido "'fííptí OfCffsipfiS

oí credores vthbcireceiii.. .^Orror! três veríS ft erro vi

-/4 iwí ettfido rne.redutiretm i*sfestas!

jn victintpt destes pedidos dl festas, chtcfoLPff-inat pio dlHSptro no dtM em aue. depoisde esvaziar os Calços, Cheqpt-se-tke ptp hí etSoara...pediufilo festas. Satporém se tor-na pl suct <iidietHptcpttrf^a r/wí... temU-nrn ielici sublime.

'AkfjT^

&mf

ti viriqptTtcM. i o ftrptxer dos dtt-tses!M>ttte et -ntão tio volto _ offereee, U soara.wwi dtptnturt dt & %0 !

mi... ., i

Vâ por. casa as fssttts correram.inptravilFiosPLweniei e. con-rmávidosneji-ndecemos a tão di sti netos cmaltttt-ros ws Q>e?itif.R*piS com i^wt nos mim d-

t eln jjeliticd.. js-oneo Sm.oí respiqav.

'elos Ôstptdes ditivn e/m etpéx eiriii-im et peii entre etmicios.

voltei dei li ei aí Sei At.

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_W o dpio irt^Sre, dei fütendcl OSr. frustro d*

cerrei -«

trultilti*™ ejHutdo fisstx-Hceivet. um mli-nte Mr«ço ne, _* 0«/>«-

4f*"^-jp"-^5SJ_WES^''"' ': .. - • ¦<¦"*--. ^_ 1

Õcjhc tem hasfo et dlfrutetcêio de O Sr. mhsistro Av iSfrior con- áw Mintas, o Sr. iísnrie filvim, pipl- O cambie,, sempre fsl.rjido, Cesiser-

ftio-Çvt*i-tde.f assim w-m pOH-CP de çpítpl ttn.ua. w. tratar serifltntente do— xptr dos teitaretri-nnpis e de- outras c<? sitas va-se rto slatu-e[HO-

pi bPtrtUft-- j__l_L vnsts, nao aatr ouvir fatiar em deposições.

CPij-dt' ds. rachar, dptndo-rips nana yen etc* acfaií-í*_ev panto.

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REVISTA ILLUSTRADA

FESTASDesejando boas festas a todos os

nossos assignantes, pedimos. licença aalguns delles para aqui deixarmosconsignadas algumas gentilezas quemuito nos penhorarani.

Da Companhia de Luvas e Leques,á rua do Ouvidor n. 107 e largo deS. Francisco de Paula n. 4, incontes-tavelmente a melhor no gênero, querem preços, quer 110 material empre-gado, que se tem fundado nesta ca-pitai, recebemos uma folhinha muitochique, muito a capricho.

*Do Banco Fiscal, uma folhinha e

um coupon, que tomamos a liberdadede offerecer, visto estar premiadu, aoAsylo de D. Bernardina Azeredo.

*Da Companhia Distillação Central,

com um estabelecimento rigorosa-mente montado, uma folhinha-chromo.

*Da Companhia Industrial de Tinta

Sardinha, já bastante conhecida dopublico, duas lindíssimas folhinhas dedesfolhar e um cartão-chromo.

*Dos nossos amáveis amigos Gui-

marães & Ferdinando recebemos di-versos cartões de comprimentos, duasfolhinhas elegantíssimas, que bemcomprovam o bom gosto artístico detão gentis cavalheiros, e três lindoscalendários.

A Educadora, companhia de se-guros de vida e educação, brindou-noscom uma folhinha em fôrma de pa-lheta e um original quadro-annuncioemmoldurado, representando uma ga-lante menina orando.

*Oito lindas caixinhas nikeladas de

phosphoros nacionaes, annuncios dacelebre e gostosa cerveja Einbeck,nos foram offerecidas pelos únicos im-portadores da mesma Cerveja, nestacapital, os Srs. Backheuser & C.

Quanto ás garrafas...*

Do sympathico e correcto AntônioWinter, proprietário do estabeleci-mento de typographia e lithographia,o único nas condições de fazer comsumma perícia qualquer trabalho nogênero, uma folhinha e block paraescriptorio.

*Dos Srs. Soares & Niemeyer, uma

folhinha muito galante e cartões-chromos de comprimentos.

O Manoel de Almeida Marques éque esteve mesmo na altura da si-tuação, enviando-nos uma caixa dovelho, do verdadeiro, do bom que ellegasta, Porto wine.

Quando quizer renovar a dose...*O Antônio Jos. Corrêa quiz-nos

passar mel pelo beiço, masenganou-se.Aquelias quatro garrafas do fino VilardAllem, que teve a delicadeza de nosremetter, estão rendendo juros a104 %*.

Já vê', pois, que o feitiço virou contrao feiticeiro.

Do Gouvêa, ex-subdelegado da fre-guezia do Angu, recebemos um casalgorduchão de adoráveis perus e umaleitoazinha bem appetitosa.

Olhe, seu Gouvêa, ainda resta umpedacitoda saborosa perna; se quizer,é só apparecer com o paraty, comaquelle paraty que você conhece tâobem como nós. *

Também tiveram a delicadeza denos mimosear a companhia Chape-laria Brazileira, a União Industrial eMercantil, o Sr. P. A. F. Peres e di-versos outros amigos, a quem muitoagradecemos do fundinho da alma.

Res.

iaNjfe

BELLA FESTAA festa realisada pelos rio-gran-

denses, no Hippodromo Nacional, emhomenagem ao glorioso estado doRio Grande do Sul, calou muito gos-tosamente no animo de todos aquellesque tiveram a felicidade de assistil-a.

Sem atavios apparatosos, primandopela simplicidade, conseguiu captartodas as sympathias do publico flumi-nense, que a applaudiu. Ao meio diaem ponto, grande numero de convi-dados reunidos n'aquelle local esco-lhido, deu começo á festa a sessãosolemne necessária a leitura domani-festo escripto ao povo rio-grandensesobre a attitude patriótica por elleassumida em face do golpe de estado,de que resultou a queda do marechalDeodoro. Em seguida houve logarrecordações de diversos hábitos da-quella extraordinária e brava gentedo sul, danças, divertimentos agra-dayeis e o sumptuoso lunch, verda-deiramente surprehendente.

A festa prolongou-se até ás 5 horasda tarde, reinando sempre a maisampla alegria e os mais Íntimos laçosde amizade entre filhos de todos osestados alli dignamente representa-dos.

1-1IENIX DRAMÁTICAA magnífica mágica A cabeça <*•¦.

cantada vai de vento em popa.Todas as noites a enchente é ta-manha na Phenix, que não admira,muito em breve, annunciarmos ocentenário d' A cabeça que só temencantos.

SANTANNASurcouf, o corsário, ainda hoje

mais uma vez para gáudio dos fre-quentadores do SantAnna.

POLYTHEAMAGrande funeção.Como novidade deverá estreiar

hojeumbellissimo casal de mosquitospuladores em trabalhos acrobaticos,assim como um par de pygmeuslevados da carepa.

VARIEDADESO rei que dantnou, a interessante

zarzuela traduzida pelo espirituosoSr. Soares de Souza Júnior completahoje trinta e oito representações.

S. PEDRO DALCANTARAKermesse. Entrada franca.

RECREIOO drama Olho de Gato.

LUCINDAO drama em cinco actos O crime

do padre Amaro.LYRICO—fechado.APOLLO-fechado.

§A talentosa e sympathica artista

Luiza Dalbert deve estreiar por essesdias na Phenix Dramática com a de-Iiciosa mágica Ramo de Ouro

§Beneficiam- se no dia 15 do corrente

com um magnífico e variado especta-culo no Recreio Dramático, os artistasAbreu e Bragança, conhecidissimosdo nosso publico.

§Partiu para Buenos-Aires onde foi

contractar diversos artistas para agrande companhia de zarzuelas quetrabalhará no Poiytheama o Sr. Mi-lone, conhecido e estimado empre-zario.

Do elenco da companhia fazemparte os tenores Romeu e Tapias, e obarytono Cabra, artistas estes quemuito agradaram quando aqui esti-veram em companhia da saudosaSaragosi.

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REVISTA ILLUSTRADA

Consta que está trabalhando numaopera cômica o grande maestroCarlos Gomes.

Arcadiano

FrechandoGosto muito do meu collega Jornal doBrazil e mais ainda da collaborttção que elletem, .que c esplendida.Mas ás vezes apresenta-se um guizado deestylo tão extravagante que não ha remédio

senito dar algumas colherinhas a provar.Haja vista um artigo sobre AssistênciaPublica do qual tiro esses trecho» tão mi-mosos:

"Era no largo do Paço, perto de um dosembarcadouros do eáes Pliaronx. Cerca dcmeio-dia. O sol tem a ardentia que queimacomo fogo. Um sopro momo levanta revoadasde poeira.

Chega ao eáes um carro da assistência pu-blica. Abre-se a portinhola e desce umamulher preta eom uma criança, naturalmenteseu filho, ao collo. E' sem duvida, como diza fria linguagem pathologica, um coso dcvariola.

Desapoiada, sem um resguardo, semnenhum agasalho desce daquelle forno quedeve ser o carro — que as mais das vezes nãoé senão o preliminar de outro que se nãotoma duas vezes — e recebe aquella ventaniae aquelle..."

Depois disso não ha remédio senão oííe-recer a tão extraordinário estylista um copode cerveja marca Barbante.

§O padre .Senna Freitas garante e jura até

pelo papa, que é o general em chefe de todasas batinas que entenebrecem este mundo,que o morcego é o unico animal sagrado quea igreja admitte, deixando ficar muito nabagagem o celebre carneirinho de S. João.

Não duvidamos do caso mesmo porquenão nos intromettemos nessas questões delithurgia, mas o que podemos garantir é que-eáta opinião é uma religiosa reclame, poisque não existe, pelo menos nesta vasta cidade,padre tão parecido com um morcego como omesmo reverendo Senna Freitas.

Você conhece o padre s3enna Freitas ?Não e nem quero conhecer. Só pelonome se vê que o mesmo íoi feito para seenasfeilas.Tartarin de Tarrascox.

Na kermesse do S. Pedro :Um guapo conquistador offerece a ama en-cantadora senhora uma dúzia de bilhetes.

Corre a sorte, o exactamente o décimo se-gimdo dá como prêmio um cabido em fôrmade chifre de veado.

Magnífico, exclama a gentil felizarda dafortuna; está de muito gosto e finamente tra-balhado.E' verdade, addita o galanteador: e omando de V. Ex. oue o diga.

O Club Familiar da Gávea realisou em31 de Dezembro mais uma recita qae sim-plOBinente, como todas as outras, esteveesplendida.

As lioras alli nos passaram rápidas e«lehciosas e foi com immensa saudade quedeixamos tao alegre convívio de delicadezae diversão fina para procurar o bond quenos devia trazer á cidade.

A' distincta directoria apresentamos osnossos agradecimentos e saudações.-Foi uma excellente véspera ile AnnoBom.

* *Au Grupo de Santa Cecília agradecemos

o convite especial que nos fez para assistirao concerto de 29 de Dezembro passado.Ninguém mais do que nós adora a boamusica e o Grupo de Santa Cecília é nmexcellente centro da arte de Rossini eBeethowen.Accresce mais a delicadeza e o elevado

respeito dosExms. membros que o compõemaos quaes apresentamos as nossas respei-tosas saudações na pessoa da distinctamrtuose e presidente a Exma. Sra. DAntonietta de Saldanha.

POLÍTICOSDescrever o que foi o baile de 31 deDezembro do anno que findou n'essa dis-

tineta sociedade é impossível.Só pedimos aos Políticos que nunca se

esqueçam de nós em festas tão adoráveisassim.

FENIANOSO magnífico salão da rua do Theatro

regorgitava na noite de 31 de Dezembrode pilhérias, amabilidade e mulheres sedu-ctoras.

Lá estivemos na vanguarda dos brindes aoextraordinário club dos Fenianos.TENENTES

A caverna esteve na véspera do AnnoBom de uma verdadeira delicia fin dtsiècle.

O salão artisticamente decorado, muitasfantasias de gosto e mulheres de uma sedu-cção extraordinária faziam turbilhonarno nosso espirito visões de uma fantasiaadmirável.

A' 1 hora rompeu pelo salão um Zé-Pe-reira colossal e capaz de matar o mais afer-rado sebastianista.

O Pereira fardado a feminino deixoua perder de vista o mais perfilado soldadoda guarda nacional.

Jalapa, Vatapá e Zé-Baptista estiveramimpagáveis. O ultimo andou distribuindopelo salão, só para machucar, uma poesiaapperitiva dedicada ao vatapá.

Viva a canja!Repórter

CoIIoquio amoroso.Como te amo, como te adoro,

ó minha encantadora Dulce !Sei disso. Vocês todos cantam

assim.Ah ! é que a alma de quem ama

transforma-se em violino mágico:canta sempre as melhores volatas doamor.

CorreioNicomedes. - A sua descripção deuma viagem que fez pelo inte-

nor de Minas é o que se pôdechamar um breviario de asneiras.E o senhor ainda tem coragemde nos pedir a publicação de se-melhante pascaciada !

Olhe, entenda-se com o padreSenna Freitas que é autoridadecompetente nessas questões.Z. P.—Sim, senhor. O senhor apa-nhou perfeitamente a nota deambos mostrando assim conhe-cer-Ihes a vaidade perfeitamente.

Com effeito, é um habito dosSrs.Valentim Magalhães e SennaFreitas que forjam elogios aosmentos literários próprios eabusando da bondade de algunscollegas os impingem pelos edi-tonaes e apedidos aos gajos queignoram esses processos de cri-tica.

Lagartixa.—Oh ! que soneto medo-nho o Sr. teve a fatal lembrançade compor ! Nem o Pedro Ra-bello os faz tão ruins.

Outro officio meu velho.Lambda. — Na Livraria do Povo

talvez encontre. Mas, se quizesseacceitar o nosso conselho, diria-mos : nâo vale a pena ler seme-lhante alfarrábio. Prefira os Con-tos impossíveis do Sr. ArthurAzevedo que lucrará mais comcerteza.

Careca.

LiTtto da PortaRecebemos e agradecemos:

O n. 4 da Revista da Com-missão Technica Militar Consultiva.

O.Século, ns. i°e 2°, folha litte-raria e collegial; propriedade de umaassociação anonyma.

Está muito chique o nosso gentilcollega ; feito com muito cuidado eesmero. Que daqui a um século aindatenhamos o summo prazer de notici-al-o são os ardentes votos cá decasa.

Os Mascarados, fasciculo 20.Da editora Isidoro Bevilacqua,a Casamenteira, valsa original déJúlio Reis, e o Anjo da Caridade,valsa em homenagem, ao conde deLeopoldina.

Comp. Im3|essora, r. Nova do Ouvidor, 7 e 9.

Page 7: SUBLICAM PQK#Ri€Cl0.2$QCTMH.I ESTADOS …memoria.bn.br/pdf/332747/per332747_1892_00636.pdfcomo as camisas velhas que se atiram ao lixo; como papel vencido.tem ape-nas o valor medíocre

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O Sr Silve n-pi, JVbiHrtins estU nu. pontiísi-mM.! Ahotm. Mfireseiitoi-se. querendofvemsfor-metr n refohIiíC-ol federativa, e-m repuMicH vinítaria. folrts ôitmdos'!

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^Sr Aristides AsObo, n*Hm -mon-iento de- n-tdn- ?ini-itor, ntirpt Colras e IvtetHr-fhos Contra, et imfrrejts* fhtniknenst. hfsio tem, vaxão o ilLstrt republicano¦O se-H- ¦Converseytos d'esta, ve* t-tãp ppisitt dt Hino,-.. Conversei- lindei.