Subestação

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Subestações: como protegê-las Por Milton Leal e Bruno D’Angelo Com vigência desde janeiro de 2004, a Norma Brasileira Regulamentar (NBR) n° 14.039 trouxe algumas mudanças signifi cativas referentes à proteção de subestações de entrada de média tensão ou cabines primárias, como são também conhecidas. Com a nova norma, fi ca proibida a utilização do relé primário “pica-pau” (relé eletromagnético com retardo a fl uido dinâmico instalado em cima do disjuntor) para potências acima de 300kVA. Nesse caso, a norma exige a proteção indireta da subestação, ou seja, o relé deve ser instalado fora do disjuntor. Esse tipo de proteção é usado há muito tempo como padrão de algumas concessionárias, como a Cemig e a Light Rio. O relé exigido pela norma é um dispositivo microprocessado, tecnologia que conta com determinadas programações de acordo com a pecualiaridade de cada cabine. Além disso, ele consegue atender a diversas faixas de escala. Outro ponto abordado na nova NBR diz respeito aos transformadores de corrente (TC) a óleo. Estes não podem mais ser instalados quando a cabine estiver no mesmo invólucro da indústria ou do ambiente em questão. É obrigatória, nessa situação, a instalação de um TC a seco. No entanto, caso a cabine esteja separada do prédio, o transformador a óleo pode ser instalado. Quanto aos consumidores comerciais a norma é mais exigente: somente os TCs a seco podem ser instalados. Os mínimos três transformadores de corrente presentes em qualquer cabine atuam como sensores e têm como tarefa informar a corrente que está passando na linha naquele momento ao relé microprocessado. De excelente confiabilidade, os relés então fazem a leitura da situação. Caso haja necessidade de desligar o sistema, o relé transmite a informação para a bobina de abertura que aciona o disjuntor e age como uma espécie de chave de desligamento. Na instalação de uma cabine de entrada, todas as subestações têm primeiro um cubículo de entrada e medição, no qual ficam os TCs que podem ser colocados em quantidade determinada pelo consumidor, de acordo com as suas necessidades. O mínimo de três transformadores, evidentemente, deve ser respeitado. O segundo cubículo é o de proteção, no qual está localizado o disjuntor. Atualmente, há diversas opções de proteções técnicas e físicas para cabines convencionais, que podem ser de alvenaria, compacta, blindada ou a gás. Nesse segundo cubículo, a escolha do tipo de proteção deve ser cuidadosa. A proteção indireta pode ser feita por meio de disjuntores off-board e

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Como fazer para proteger uma subestação primaria

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Subestações: como protegê-las

Por Milton Leal e Bruno D’Angelo

Com vigência desde janeiro de 2004, a Norma Brasileira Regulamentar (NBR) n° 14.039 trouxe algumas mudanças signifi cativas referentes à proteção de subestações de entrada de média tensão ou cabines primárias, como são também conhecidas. Com a nova norma, fi ca proibida a utilização do relé primário “pica-pau” (relé eletromagnético com retardo a fl uido dinâmico instalado em cima do disjuntor) para potências acima de 300kVA.

Nesse caso, a norma exige a proteção indireta da subestação, ou seja, o relé deve ser instalado fora do disjuntor. Esse tipo de proteção é usado há muito tempo como padrão de algumas concessionárias, como a Cemig e a Light Rio. O relé exigido pela norma é um dispositivo microprocessado, tecnologia que conta com determinadas programações de acordo com a pecualiaridade de cada cabine. Além disso, ele consegue atender a diversas faixas de escala.

Outro ponto abordado na nova NBR diz respeito aos transformadores de corrente (TC) a óleo. Estes não podem mais ser instalados quando a cabine estiver no mesmo invólucro da indústria ou do ambiente em questão. É obrigatória, nessa situação, a instalação de um TC a seco. No entanto, caso a cabine esteja separada do prédio, o transformador a óleo pode ser instalado. Quanto aos consumidores comerciais a norma é mais exigente: somente os TCs a seco podem ser instalados.

Os mínimos três transformadores de corrente presentes em qualquer cabine atuam como sensores e têm como tarefa informar a corrente que está passando na linha naquele momento ao relé microprocessado. De excelente confiabilidade, os relés então fazem a leitura da situação. Caso haja necessidade de desligar o sistema, o relé transmite a informação para a bobina de abertura que aciona o disjuntor e age como uma espécie de chave de desligamento.

Na instalação de uma cabine de entrada, todas as subestações têm primeiro um cubículo de entrada e medição, no qual ficam os TCs que podem ser colocados em quantidade determinada pelo consumidor, de acordo com as suas necessidades. O mínimo de três transformadores, evidentemente, deve ser respeitado. O segundo cubículo é o de proteção, no qual está localizado o disjuntor. Atualmente, há diversas opções de proteções técnicas e físicas para cabines convencionais, que podem ser de alvenaria, compacta, blindada ou a gás.

Nesse segundo cubículo, a escolha do tipo de proteção deve ser cuidadosa. A proteção indireta pode ser feita por meio de disjuntores off-board e on-board. A NBR n° 14.039 não faz exigências nem comentários quanto a eles. As empresas paulistas A. Cabine, indústria de materiais elétricos, e ABB, especializada em automação industrial, desenvolveram um produto para a área de proteção de subestações: o disjuntor on-board Vmax, com isolação de 17,5kV/1.250A/25kA da marca Sace ABB.

A proteção off-board, segundo o diretor-técnico da A. Cabine, Abimael Nogueira, “não é a melhor opção”, em razão de sua instalação e de seu funcionamento. Isso porque a proteção é colocada após o disjuntor da subestação e o “processo de instalação pode levar um dia todo”, afirma. Já a proteção on-board, segundo ele, “é muito mais fácil de ser instalada”, sendo colocada antes do disjuntor, na entrada da cabine, o que confere mais segurança para o equipamento e, conseqüentemente, para os usuários. “O disjuntor on-board para instalação em cubículos em alvenaria ou mesmo blindados tem muitas vantagens, pois não há necessidade de existir fiação por dentro do cubículo. Sua instalação é muito rápida e exige pouco do instalador. Ela é mais prática e segura”, garantiu Nogueira.

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Guia de Compras

Pextron

O Relé de Proteção Numérico e Microprocessado URP 1439T da Pextron é, segundo a empresa, ideal para a proteção “on-board” de disjuntores. Para uma alimentação auxiliar de 72Vca/Vcc a 250Vca/Vcc, o equipamento apresenta corrente nominal de 5A e freqüência de 60Hz. Para uma alimentação de 20Vca/Vcc a 80Vca/Vcc, o relé possui corrente nominal de 1A e freqüência de 50Hz. Com programação simples, o aparelho atende na integra às exigências da norma NBR 14039 (itens 5.3, 5.4, 5.5 e 5.6).

Pextron Controles Eletrônicos Ltda., São Paulo (SP)Tel: (11) 5044-0396E-mail: [email protected]