Streptococuus
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15/10/2009
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Streptococcus
Bacteriologia Bacteriologia –– Odontologia e Odontologia e FarmFarmááciacia
Prof. Renata F. RabelloProf. Renata F. Rabello
Universidade Federal FluminenseUniversidade Federal Fluminense Os CGP compõem um grupo de grande importância
clínica, sendo responsáveis por inúmeras e variadas
doenças.
Os CGP de maior importância clínica pertencem aos
gêneros: Staphylococcus
Streptococcus
Enterococcus
StreptococcusStreptococcus
CGP, catalase negativos, anaeróbios facultativos, com
requerimentos nutricionais complexos e arranjados em
cadeias em meio líquido.
TAXONOMIA
� Família Streptococcaceae.
� Grupo heterogêneo, sofrendo mudanças nos últimos 20
anos.
CLASSIFICAÇÃO
� Padrão hemolítico.
� Características antigênicas.
� Características fisiológicas.
� Padrão hemolítico (meio de ágar sangue):
αααα-hemolítico ββββ-hemolítico γγγγ-hemolítico
� Características antigênicas:
� grupos de Lancefield:
• carboidrato C (parede celular);
• 20 grupos (A-H, K-V);
• estreptococos β-hemolíticos� identificação;
� tipos sorológicos:
• proteína M entre estreptococos do grupo A.
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Espécie Hemólise Grupo de Lancefield Hospedeiro
S. pyogenes β A Humanos
S. agalactiae β B Humanos, bovinos
S. dysgalactiae subsp. dysgalactiae
α C Animais
S. dysgalactiae subsp. equisimilis
β A, C, G, L Humanos
S. equi subsp. Equi β C Animais
S. equi subsp. zooepidemicus
β C Animais, humanosa
S. canis β G Cães, humanosa
Grupo S. anginosus α, β e γ A, C, G, F, nenhum Humanos
S. porcinus β E, P, U, V, nenhum Suínos, humanosa
a raramente em humanos
Padrão hemolítico, grupo de Lancefield e hospedeiro de
algumas espécies de estreptococos.� Características fisiológicas:
� sistema de diferenciação (espécies de > importância
clínica):
� estreptococos β-hemolíticos;
� S. pneumoniae;
� complexo S. bovis/S. equinus (grupo D);
� grupo “viridans”.
EPIDEMIOLOGIA
� Doenças em humanos e animais.
� Microbiota anfibiôntica:
� mucosas e, ocasionalmente, na pele;
� Colonização por espécies virulentas.
� Principais agentes de doenças em humanos:
� S. pyogenes, S. agalactiae e S. pneumoniae.
Streptococcus pyogenes (grupo A)
� Importante patógeno humano.
� 11.300 casos de doenças invasivas e 1.800 mortes, com >
dos casos em > 65 anos.
� Colonização: nasofaringe e pele.
� Reservatório natural: homem.
� Transmissão: aerossóis ou contato direto.
� Infecções:
� faringite, impetigo, escarlatina, febre puerperal,
erisipela, celulite, fascite necrotizante, síndrome do
choque tóxico estreptocócico, outros.
� Sequelas:
� supurativas (ex. abscessos, otite média, sinusite);
� não supurativas (febre reumática e glomerulonefrite).
FARINGITE
� Infecção mais comum.
� Entre 5-15 anos e meses + frios (> casos).
� Febre, dor e pus na garganta, cefaléia, mal-estar.
� Escarlatina:
� cepas produtoras de
toxinas eritrogênicas.
� Possíveis sequelas: FR, glomerulonefrite e supurativas.
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IMPETIGO
� Infecção cutânea aguda superficial � lesões vesiculares
→ crostas.
� Principalmente, em crianças.
� Porta de entrada: injúria na pele.
� Possível sequela:
� glomerulonefrite.
ERISIPELA
� Infecção aguda com envolvimento de tecidos moles e
linfáticos da pele.
� Área edemaciada e eritematosa, com margens
demarcadas, e febre.
� Possível sequela:
� glomerulonefrite.
SEQUELAS NÃO SUPURATIVAS
� Febre reumática:
� doença auto-imune � Acs contra Ags bacterianos
(proteína M e MC) reagem contra tecidos do
hospedeiro;
� após casos repetidos de faringite;
� tecido cardíaco, articulações, tecido subcutâneo e SNC.
� Glomerulonefrite:
� doença imunológica;
� lesão renal:
• depósito de complexos Ag-Ac;
• fixação de complemento;
� após faringite ou infecções cutâneas.
ESTRUTURA
Cápsula (ác. hialurônico)
Parede celularCarboidrato C
Membrana celular
Proteína M
Ácido lipoteicóico
Proteína T
Proteína F
Outras
Estreptolisinas
SIC
DNAses
Hialuronidases
Estreptoquinase
Toxinas pirogênicas (SPE)
Streptococcus agalactiae Streptococcus agalactiae (grupo B)(grupo B)
� Importância médica veterinária: mastite bovina.
� Eickoff et al. (1964): quadros clínicos graves em recém-
nascidos.
� Infecções em recém-nascidos:
� forma precoce;
� forma tardia.
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� Forma precoce:
� crianças até 7 dias de vida;
� sepse e pneumonia;
� � taxa de mortalidade.
Contaminação
intrauterina
Canal do parto
� Forma tardia:
� 7dia-3 meses de idade;
� meningite e sepse;
� taxa de mortalidade de 14-18% e seqüelas neurológicas
(22%);
� transmissão extra-materna.
� Epidemiologia:
� 10-30% de mulheres grávidas
colonizadas (TGU ou TGI);
� crianças nascidas de mães colonizadas:
• 50% colonizadas e 1 a 2% desenvolvem doença.
� Prevenção:
� detecção de colonização* materna e quimioprofilaxia antes
e durante o parto (forma precoce).
* cultura
� Infecções em adultos:
� pós-parto e imunocomprometidos (ex. diabete,
alcoólatras, câncer, HIV);
� pneumonia, bacteremia, endocardite, ITUs, infecções
de pele e tecidos moles, osteomielite.
� Fatores de virulência:
� cápsula (9 sorotipos: Ia, Ib, II-VIII);
� C5a peptidase;
� β-hemolisina;
� ácido lipoteicóico;
� proteínas de superfície;
� hialuronidase.
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Streptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniae
� Importante patógeno humano.
� Características:
� CGP assimétricos (forma lanceolada);
� tensões > de CO2 (algumas cepas);
� α-hemolítico;
� colônia com depressão central → autolisinas;
� colônias mucóides (cápsula).
� Principais infecções:
� meningite � 2o agente mais importante (�
mortalidade);
� pneumonia� adquiridas na comunidade + F;
� bacteremia;
� otite média� infecção mais F.
� Portadores assintomáticos:
� crianças de 30-70% e adultos de < 5%.
� Patogênese:
Colonização
Meningite
Sepse
Pneumonia
Bacteremia
Otite média, sinusite,
pneumonia não
bacterêmica
Transpasse das barreiras mucosas
Invasão da corrente sanguínea Contiguidade
� Tipos sorológicos:
� ~ 90 tipos (polissacarídeo capsular);
� 23 tipos� > 88% de bacteremias e meningites;
� distribuição difere entre adultos e crianças e entre
áreas geográficas;
� importância� vacina
� Estrutura:
CápsulaParede celular
Pneumolisina
PspA
Membrana celular
Autolisina
IgA1 proteases
Neuraminidase
Hialuronidase
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� Prevenção:
� Vacinas:
• polissacarídeo capsular 23-valente (adultos e
crianças > 2 anos);
• vacina conjugada 7-valente (crianças < 6 anos);
• outras em desenvolvimento.
NOS ÚLTIMOS ANOS, ↓
DE DOENÇAS INVASIVAS!
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL – ESTREPTOCOCOS
� Isolamento:
� meio de ágar sangue;
� atmosfera de incubação:
� estreptococos β-hemolíticos� aerobiose:
� stabs – inocular em profundidade (SLO);
� pneumococos� 5% de CO2.
� Identificação:
Ágar sangue
Morfologia colonial e Padrão hemolítico
Catalase (-)Coloração de Gram
Sensibilidade à bacitracinaTeste CAMP
Estreptococos
β-hemolíticos
Testes fenotípicos
presuntivos:
S. agalactiae S. pyogenes
Sensibilidade à optoquinaTeste de bile solubilidade
Estreptococos
α-hemolíticos
S. pneumoniae
Sorologia:
� estreptococos β-hemolíticos� confirmação;
� anti-soros específicos (grupos A, B, C, D, G e F);
Teste de aglutinação do látex
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API 20 STREP
PCR
Teste miniaturizado:
Testes moleculares:
Sondas
Sistemas automatizados:
Teste rápidos:
� Detecção de Ags em espécimes clínicos:
� S. pyogenes� swab de orofaringe;
� S. pneumoniae � polissacarídeo capsular na urina
� S. agalactiae � amostras do TGU
� S. agalactiae e S. pneumoniae � líquor
Desvantagem: não apresentam boa sensibilidade!
TRATAMENTO
� Estreptococos β-hemolíticos:
� penicilina (droga de escolha);
� macrolídeos (opção para alérgicos à penicilina - 10%):
• resistência entre S. pyogenes e S. agalactiae em
algumas áreas geográficas� TSA.
� outros.
� S. pneumoniae:
� penicilina (droga de escolha quando cepas sensíveis);
� cefalosporinas, macrolídeos, fluoroquinolonas e
vancomicina.