Boletimmúsica

Edição n° 2 - Ago/16

StreamingA música se popularizou ainda mais com o surgimento da internet, especialmente após o advento da ferramenta streaming, que permite ouvir música ou assistir a um vídeo em tempo real, não havendo a necessidade de fazer download de um arquivo no computador para ouvi-lo ou vê-lo depois.

Ouvir música no modo digital se tornou uma prática constante e uma forma cotidiana de consumi-la a qualquer instante. O digital é o responsável pelo crescimento do setor e consequentemente apontado como uma grande alternativa para minimizar os feitos da crise no mercado da música. Atualmente, os vários modelos de negócio da música digital possuem uma importância crucial nos desdobramentos do mercado, especialmente no que se refere à venda direta de música, bem como ao acesso em diversos tipos de sites de streaming, que possibilitam a utilização da biblioteca com as obras musicais, bastando apenas a conexão on-line para reproduzir as músicas.

As ferramentas digitais de distribuição legal de música contêm diversas facilidades que objetivam cativar aos usuários, que facilitam a promoção, popularização e logística de distribuição da música gravada. Essas novas opções possibilitam o incremento da receita e contribuem para o surgimento de novos padrões de relacionamento entre o mercado fonográfico e o público consumidor, bem como entre os atores do mercado musical.

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• Difusão dos serviços de streaming.

• Disponibilidade de músicas em grande quantidade.

• Incremento no volume de acesso à música.

• Proliferação de novas estratégias de financiamento por publicidade.

• Diversificação da celagem comercial da música.

• Desenvolvimento de novas estratégias de publicida-de para escolha dos locais de divulgação.

• Novas formas de fruição da música pelos consumidores.

• Novos canais e novas maneiras de distribuir a música

• Novas formas de armazenamento da música.

Os novos modelos de negócio da música digital são responsáveis por significativas mudanças, especialmente:

O Streaming e os primeiros passos rumo à popularização

Em razão do desenvolvimento de novas tecnologias - que ganharam espaço nos estúdios, no show business e nas empresas - a relação entre os diversos atores do mercado da música foi definitivamente alterada.

As ferramentas digitais de distribuição se constituem na mais recente tecnologia que tem influenciado à atuação dos atores desse mercado. Não faz muito tempo, enquanto o grande mercado fonográfico

tentava se valorizar por meio da venda de mídia física (CDs e DVDs) , os internautas – investidos de grande poder em razão da diminuição dos custos de

produção e distribuição de cópias digitais dos produtos culturais se empenharam em construir ambientes eficientes, porém não autorizados, para a distribuição gratuita de música digital,

causando um enorme impacto para as estratégias dos canais de distribuição e de promoção das grandes indústrias. Talvez esse tenha

sido o grande passo para a popularização e acesso a música.

Apesar de incialmente reagirem de forma negativa, os grandes players do mercado fonográfico observaram que a demanda por abundância de títulos, aliada à crescente popularização de aparelhos reprodutores de música digital, consumida via computadores, tablets, celulares e smartphones, facilitou os serviços de streaming, os quais são atualmente oferecidos pelos grandes players a um custo bem acessível .

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Esse serviço é realizado por meio de empresas especializadas, a partir de acordos com as gravadoras que disponibilizam as músicas para a venda, pagando-lhes parte do lucro direto sob a forma de royalties e direitos autorais.

A venda direta de música digital, apesar de apresentar vantagens ao desvincular a música de seu suporte de distribuição, ainda mantém o paradigma relacionado à venda de produtos no mercado da música gravada e a transferência de posse, mas não da propriedade, uma vez que o usuário não tem autorização para negociar o produto adquirido.

Os serviços de streaming por demanda aderiram à tendência voltada à abundância e à gratuidade dos serviços de transmissão de dados pela internet, redefinindo o papel da música, do mercado e do usuário. A oferta demasiada e gratuita de musica foi a última lição assimilada pelo mercado fonográfico com o compartilhamento de arquivos.

Distintamente dos serviços de download de músicas, a música não fica necessariamente guardada no computador do usuário nos serviços de streaming.

Um dos serviços de streaming mais popular do mundo é o youtube, com mais de um bilhão de usuários ativos, que popularizou o mercado musical. De cada dez vídeos mais assistidos do canal youtube, nove são de conteúdo musical. Diariamente, as pessoas assistem a milhões de horas de vídeos no YouTube e geram bilhões de visualizações.

Há dois modelos predominantes de serviços de

streaming:

Os que trabalham como se fossem uma rádio online, permitindo aos usuários o

acesso a uma seleção de música.

Os serviços interativos por demanda que possibilitam aos usuários a escolha

das músicas de sua preferência.

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Por Sebrae

Os serviços de Streaming de músicas mais utilizados no Brasil

Tal qual ocorreu em outras categorias de produtos de entretenimento, o mercado da música do Brasil foi alvo da pirataria generalizada, representada na figura de vendedores ambulantes nas ruas ou por meio de downloads ilegais efetuados pelos consumidores. Os efeitos dessa realidade têm sido drasticamente reduzidos com novos modelos de negócio, entre eles os downloads pagos e o streaming de músicas. Dentre os serviços de streaming disponíveis no mercado, os mais populares entre os usuários brasileiros são os seguintes:

A versão livre do serviço não é muito limitada, contudo, não vai muito além dos itens que são disponibilizados por outros serviços, tais como: faixas aleatórias obrigatórias, anúncios entre as músicas e modo off-line inativo. Nessa opção mais simples, apenas playlists e os chamados mixes estão disponíveis, não permitindo ao usuário ouvir um álbum completo e passar as faixas manualmente. O Deezer possui um equalizador em-butido, além de uma função excelente para ouvir podcast. No contraponto, o aplicativo apresenta uma das menores velocidades de sincronização de músicas offline.

Tem se destacado por ter a melhor interface com usuário e maior variedade de mú-sicas no acervo. O Spotify apresenta forte apelo em relação as playlists, integração com redes sociais, qualidade de música no nível extremo, equalizador próprio e mul-tiplataforma. As playlists são o grande destaque do Spotify, especialmente por serem muito úteis para situações cotidianas e momentos festivos. Permite ao usuário num período de 7 dias a experimentação do produto e contem pacotes acessíveis para plano família.

A Apple permite aos usuários um período de experimentação gratuita de 90 dias, contudo, há a necessidade do prévio cadastramento de um cartão de crédito in-ternacional. Somente após a confirmação da forma de pagamento e da criação de um perfil de acesso – denominado Apple ID – é que o serviço fica disponível. A ferramenta apresenta um catálogo vasto, playlists pré-determinadas de acordo com as preferências do usuário, além da possibilidade de ouvir a rádio do serviço, deno-minada de Beats 1, ininterruptamente.

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O serviço tem o mais completo acervo em alta definição. A assinatura pode ser reali-zada por meio de um cartão de crédito ou conta do PayPal. É possível a utilização do serviço de forma gratuita, no entanto, o acesso é bem restrito. A interface do aplicativo é intuitiva e conta com várias opções interessantes, como o TIDAL Rising e o TIDAL Discovery. O aplicativo apresenta qualidade superior no modo Hi-Fi é superior, em-bora a maioria dos usuários não consiga ter essa percepção. Adicionalmente, o TIDAL oferece a regulagem da qualidade padrão do streaming e integração com o Facebook e a Last.fm. O serviço tem um bom catálogo, porém, as opções na qualidade Hi-Fi são restritas e reservadas para lançamentos recentes ou álbuns mais clássicos. Um ponto a ser melhorado é a velocidade de sincronização que ainda é muito lenta.

O Play Músic é o serviço para streaming de músicas do Google e que está integrado com a biblioteca de canções do Android e com a Play Store. Os pontos fortes são as playlists, a variedade do catálogo e as opções de configuração do serviço. O Play Music permite que sejam transferidas até 500 mil músicas do iTunes, além de sincro-nizá-las offline em qualquer dispositivo que tenha o Google Play Músic instalado. O serviço do Google é uma das melhores opções do mercado, principalmente para os usuários do Android, sendo o de maior praticidade no quesito usabilidade.

O Palco MP3 é um serviço nacional e possibilita o acesso aos artistas brasileiros já consagrados ou recém-lançados no mercado. Distintamente dos demais, o aplicativo possibilita que as músicas sejam baixadas, de forma gratuita, sem a imposição de uma assinatura. A ferramenta permite que se ouça álbuns completos, além de oferecer alguns extras: letras das canções na tela, rádios, biografias de cantores e bandas e ranking das músicas mais acessadas.

SoundCloud é um aplicativo muito útil pra quem gosta não só de ouvir música, mas também compartilhá-las com os amigos e gravá-las. Possibilita a captura do som e compartilhá-lo no Facebook e Twitter, de forma privada ou publica, ou ainda usá-lo para check-in no Foursquare. O utilitário permite acessar facilmente, navegar e ouvir os sons compartilhados entre usuários, onde quer que estejam.

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Edição n° 2 - Ago/16

Unidade de Acesso a Mercados e Serviços FinanceirosGerente: Alexandre Comin e Patrícia Mayana (Adjunta)Conteudistas: Weverton Leite e Denise MarquesDiagramação: Gabriel de Jesus

Unidade de Atendimento Setorial – Serviços Gerente: André SpínolaCoordenadora Nacional: Denise Marques Lucena Barros

Dados do setor

O streaming ganha força no mercado musical e está revolucionando novas formas de experimentar música, além de gerar receitas para a indústria fonográfica. Segundo relatório do IFPI 2016, em todo o mundo, são 68 milhões de pessoas que pagam por um serviço de assinatura de música.

Gráfico 1: Streaming - Crescimento Percentual em relação à utilização no ano anterior

Gráfico 2: Receitas por segmento (%) - Mercado do Brasil. Gráfico 3: Mercado digital no Brasil 2015 x 2014

Fonte: Relatório anual eletrônico ABPD – abril 2016 Fonte: Relatório anual eletrônico ABPD – abril 2016

Fonte: IFPI 2016

46,7%

56,0%

40,9%

37,5%

45,2%