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E-book
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Pr Miguel Maciel
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© Copyright 2016
Sabatismo: Erros Nas Interpretações Proféticas.
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Autor Pr. Miguel Ângelo Luiz Maciel
Rev. 02, Junho de 2016.
Todas as citações Bíblicas feitas são da Versão Almeida Corrigida e Fiel ao Texto Original,
publicada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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Índice
Prefácio.................................................................................................5
Parte 1: Erros Sobre as “2300 tardes e manhãs”.................................6
Parte 2: Erros Sobre as 70 Semanas.................................................21
Conclusão...........................................................................................39
Apêndice.............................................................................................40
Bibliografia..........................................................................................49
4
E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o
santuário será purificado.
- Daniel 8.14
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua
santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos
pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar
a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
- Daniel 9.24
5
Prefácio
Sobre uma pequena e breve seleção de perguntas é que se
construiu o estudo que você tem em mãos. Trata-se, portanto, de um
estudo simplificado em forma de 10 perguntas e respostas, divididas
em duas partes, sobre as interpretações errôneas que os seguidores
de Miller e fundadores da seita sabatista deram com validação da
suposta “inspiração profética” da Sra. White às profecias das 2300
“tardes e manhãs” de Daniel capítulo 8 e à profecia das 70 Semanas
de Daniel capítulo 9.
Eu busquei desenvolver o texto na forma, linguagem e
explicação mais simplificada possível, em favor do entendimento e do
discernimento espiritual. Caso alguém deseje maiores e mais
detalhados tratados sobre o assunto, forneço uma lista de livros
recomendados ao final do livro.
E assim, oro para que DEUS utilize estas singelas linhas
como ferramenta de discernimento que alcance aos irmãos já salvos
pela Graça, mas também que possam atingir àquelas almas que tem
sede pela verdade da palavra de DEUS, libertando-as do jugo da
sabadolatria.
O Autor
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1. Os adventistas afirmam que a profecia das 2300 tardes e
manhãs de Daniel 8.14 foi dada por DEUS para sua fundação. É
verdade?
Não, isto não é verdade!
E, se o fosse, quebraria toda ordem, estrutura, sequência e
contexto apresentado em Daniel capítulo 8.
Resumidamente, seguindo o contexto histórico, gramatical e
textual, podemos dizer que:
a. Até o capítulo 6 Daniel não havia recebido da parte de DEUS
nenhuma visão. Perceba que no capítulo 2 DEUS dá a Daniel
apenas a interpretação do sonho de Nabucodonosor.
b. Somente a partir do capítulo 7 até o fim do livro, no capítulo 12,
temos as visões dadas por DEUS a Daniel de forma direta.
Estando assim estruturada uma sequência histórica de
esclarecimentos proféticos entre os capítulos 7 e 8, podemos resumir
da seguinte maneira:
8
Cap. 7: DEUS mostra a Daniel, com maiores detalhes que deu
a Nabucodonosor no capítulo 2, as características dos quatro
reinos mundiais em forma de animais, a saber:
o Babilônia (Leão com asas de Águia – 7.4),
o Medo-Pérsia (Urso – 7.5),
o Grécia (Leopardo com 4 asas – 7.6) e
o Roma (animal terrível e espantoso, com dentes
de ferro – 7.7), respectivamente. Este capítulo
termina com Daniel perturbado com a visão.
DEUS dará maiores detalhes a Daniel em
seguida, na próxima visão, que é relatada no
capítulo 8.
Cap. 8. Detalhes sobre a Medo-Pérsia e a Grécia. DEUS
concede a Daniel uma segunda visão, dando maiores detalhes
sobre os dois reinos que sucederão à Babilônia:
o O Carneiro (Media e Pérsia), v. 20;
o e o Bode (Grécia), v. 21-22.
9
É tão evidente a sequência, que não há como negá-la. O
texto trata das características e de períodos de tempo relacionadas
aos quatro reinos mundiais e o impacto deles sobre Israel e o povo
judeu, preparando o terreno para a visão sobre o quarto reino mundial
e de seu príncipe vindouro, identificado como o Anticristo, visões que
DEUS dará a Daniel as quais ele descreverá nos capítulos 9 e 10 até
12, as duas últimas visões de Daniel, somando ao todo quatro visões.
Quebrar esta sequência constitui um absurdo interpretativo
sem tamanho e, portanto, um erro de interpretação grotesco e brutal.
Dessa forma, as visões de Daniel não falam em nenhum
momento sobre o surgimento dos milleritas, muito menos dos
posteriores sabatistas, surgidos em meados do século XIX, pois elas
tratam dos reinos mundiais e de seus impactos na história de Israel,
do povo judeu, no cenário mundial que antecede o advento do reino
Davídico que será restabelecido por DEUS na Terra, no Reino
Milenar literal de CRISTO.
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2. Os adventistas afirmam que a profecia das 2300 “tardes e
manhãs” se cumpriu no céu, no santuário celestial. Não é isso
mesmo?
Novamente a resposta é um retumbante não!
Primeiramente todas as sequências proféticas dadas por
DEUS a Daniel tratam de acontecimentos que ocorrem na Terra
e não no Céu. DEUS somente irá revelar alguns detalhes de fatos
que ocorrem no céu ao apóstolo João, escritas no último livro da
Bíblia, o Apocalipse. E mesmo assim não falará em lugar algum que
o céu necessita ser purificado!
Gosto de pensar que o livro de Daniel relata o fim do mundo
do ponto de vista judaico, enquanto o livro de Apocalipse revela o fim
do mundo do ponto de vista dos tempos das igrejas locais. Embora
este pensamento seja muitíssimo simplificado, por envolver uma série
de eventos históricos e detalhes proféticos que se completam e se
complementam. Alguém certa vez me disse que o livro de Daniel “é a
chave que abre o livro de Apocalipse”.
Todos os textos apresentados por Daniel trazem revelação
sobre fatos que se relacionam com a História Mundial terrestre,
ocorrem na Terra, do ponto de vista de Israel e, portanto, interpretar
11
que algo que ali é apresentado deve ser entendido como ocorrido no
Céu constitui uma ruptura estranha à própria revelação dada por
DEUS a Daniel. Constituindo assim outro erro fatal das bases da seita
sabatista.
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3. A profecia das 2300 tardes e manhãs não simboliza 2300
anos?
Não, isto é outro erro na interpretação dos sabatistas!
Note que os versículos 8 a 14 mostram que, dos quatro
chifres um se engrandeceria sobremaneira.
Como o Bode é a Grécia e o grande chifre o primeiro rei
(v. 20), a sequência fala da divisão de seu reino com seus quatro
generais.
Todos sabem que este primeiro rei foi Alexandre Magno, que
foi quem unificou o reino com suas conquistas (326-323 a.C.). O
historiador Flávio Josefo descreve que o sumo sacerdote Jádua
mostrou o livro do profeta Daniel ao próprio Alexandre, lendo-lhe o
registro de que um príncipe grego destruiria o Império Persa,
deixando Alexandre muito contente e satisfeito1.
Os seus generais, que dividiram o reino, foram: Cassando
(Macedônia e Grécia), Lisímaco (Ásia Menor, Trácia, Plafagônia e o
Ponto), Selêuco Nicanor (Síria e Babilônia) e Ptolomeu Lago (Egito,
Cirenaica e Arábia).
1 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus, Ant. Jud., 1, XI, c. 8.
13
As guerras entre eles foram ferrenhas e extensas, estando
descritas alguns importantes detalhes nos capítulos 10 e 11 de
Daniel, tratando de algumas delas, entre os Selêucidas (Norte) e os
Ptolomeus (Sul).
Entre os versículos 8 e 14, DEUS mostra a Daniel que destes
quatro generais um se levantaria entre eles, invadindo a terra gloriosa
(i.e. Jerusalém), conquistando-a sob intensa violência.
Ao fazer isso, este “chifre pequeno” (v. 9) tiraria o “sacrifício
contínuo” (vv. 11, 12 e 13), a ofertas de holocausto. Com isto o
santuário seria por ele profanado.
Isto de fato ocorreu quando Antíoco “Epifânio”2, que os judeus
chamavam “Epimânio”3, com ódio atroz por Jerusalém e pelos judeus,
invadiu a “terra gloriosa”4, matou 40.000 judeus num só dia, entrou no
santuário, invadiu o santo dos santos e sacrificou uma porca sobre o
altar de ofertas queimadas.
2 Que significa “majestoso” ou “magnânimo”. 3 Que significa “louco”. 4 DEUS dá maiores detalhes a Daniel, registrados posteriormente - ver 11.16 e 41.
14
É necessário lembrar que Daniel vive num tempo em que o
santuário estava destruído e DEUS está lhe mostrando que ele seria
reedificado, mas também outra vez profanado.
Não é de se estranhar que Daniel tenha de imediato desejado
saber quanto tempo o santuário permaneceria profanado, pois ele vê
a mensagem de esperança do Templo reedificado ao mesmo tempo
em que também sente a dor por outro futuro sofrimento de seu povo
amado.
O texto então faz referência ao “sacrifício contínuo” (vv. 11,
12 e 13), a mais perfeita das ofertas e que este seria interrompido.
Esta era a oferta de holocausto, realizada duas vezes durante o dia5.
Logo, 2300 tardes e manhãs são dias, cerca de sete anos
conforme o calendário judaico lunar6. A profecia, portanto, se cumpriu
ao pé da letra!
Com o cerco e a invasão de Ântico e a profanação do templo
(171 a.C. ~ 165 a.C.), a oferta de holocausto ficou interrompida,
5 Ver Êxodo 29.38-42; Levítico 6.8-13; Números 28.1-8; Esdras 3.3-4. 6 Leia o apêndice C.
15
quando o sacrifício foi restabelecido sobre um novo altar consagrado,
tendo sido o santuário purificado desta forma.
Vejamos como foi traduzida na Bíblia King James, 1611:
And he said unto me, Unto two thousand and three
hundred days ; then shall the sanctuary be cleansed
." KJB
Abaixo seguem TODOS os 44 versos onde JUNTAS, as
palavras tarde e manhã ou tardes e manhãs (ereb : Strong # 6153 ou
boquer Strong # 1242) aparecem no VT:
Gênesis 1:5,8,13,19,23,31; 49:27;
Êxodo 16:8,12-13; 18:13-14; 27:21; 29:39,41;
Levítico 6:20; 24:3;
Números 9:15,21; 28:4,8;
Deuteronômio 16:4; 28:67;
1 Reis 17:6;
2 Reis 16:15;
1 Crônicas 16:40; 23:30;
16
2 Crônicas 2:4; 13:11; 31:3;
Esdras 3:3; 2:14;
Jó 4:20;
Salmos 30:5; 55:17; 65:8; 90:6;
Eclesiastes 11:6;
Isaías 17:14;
Ezequiel 24:18; 33:22;
Daniel 8:14,26;
Sofonias 3:3.
TODAS as vezes se referem a dias normais. Algumas notas
importantes:
a. Como dissemos antes, a profecia se refere a fatos
ocorrido na Terra, no santuário judaico em Jerusalém;
b. Como o segundo Templo foi destruído em 70 d.C. pelo
imperador Tito e seu exército, o “chifre pequeno” não pode
ser o papado do tempos de Miller, como erroneamente
interpretam os sabatistas, pois não havia santuário físico a
ser profanado.
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c. A profanação do santuário não se relaciona com o sabath
hebdomadário judaico sendo restaurado aos cristãos gentios.
Não existe o menor traço entre a profecia e a absurda
interpretação sabatista.
d. Se Jesus tivesse de purificar o céu, isto indicaria que
alguém o tinha profanado. Como alguém, mesmo o diabo,
poderia profanar o céu, local da morada do DEUS Altíssimo?
e. E, por fim, se a profecia falasse de 2300 anos, sendo que a
profecia começa no tempo do “chifre pequeno” que é
historicamente Antíoco “Epifânio”, ela começaria seu
cumprimento em 168 a.C. com a profanação do santuário,
que subtraído do total de anos o cálculo apontaria para o ano
de 2132 d.C. (?!?!?!) e não para 1844! E somente isto
constituiria um tamanho absurdo que nem a maior de todas
as más vontades de entender o relacionamento histórico da
profecia poderia conceber.
Portanto, relacionar 2300 “tardes e manhas”, que se referem
a dias literais de 24 horas, com 2300 anos proféticos é grosseira
interpretação que não encontra nenhum fundamento Bíblico,
histórico, matemático e lógico. É tudo fantasia horrenda e deturpada
da seita e de seus fundadores.
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4. A profecia das 2300 tardes e manhãs não pode ter dois
cumprimentos, um histórico pra Israel e outro que aponta para o
surgimento do movimento adventista do sétimo dia?
Toda e qualquer interpretação profética segue a lei Bíblica do
duplo cumprimento.
Um relacionado ao contexto histórico do período
relacionado ao profeta e outro relacionado a eventos futuros.
Por exemplo, tomem-se as profecias relacionadas às 7 cartas
das 7 Igrejas em Apocalipse 2 e 3. As mesmas apontam tanto para
igrejas locais literais como para períodos e eventos relacionados ao
cristianismo ao longo dos séculos.
Não é diferente no que concerne à interpretação de Daniel 8
que relaciona Antíoco “Epifânio” com o Anticristo. Então, para que
haja cumprimento de sua relação com os tempos futuros, faz-se
necessário:
a. Que o Templo esteja construído: isso somente se
cumprirá na primeira metade da Tribulação, quando o
Anticristo reconstruirá o Templo judaico.
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b. O “sacrifício contínuo” seja interrompido: Como já
dissemos antes, esta era a oferta do holocausto que ocorria
duas vezes durante o dia. Logo, para o seu cumprimento
ocorrer é necessário que este holocausto tenha sido
restabelecido e que seja de fato interrompido pelo “chifre
pequeno”. Trata de um evento ainda futuro. (ver II Tess. 2.4)
Correspondentemente, Antíoco “Epifânio” é figura
do Anticristo, não do papado!
Nenhum Papa interrompeu serviços no Templo, que
permanece destruído. Portanto a interpretação sabatista de que o
cumprimento se deu em 1844 não somente é grotesco, mas também
é desastroso, falso e desonesto.
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5. Não foi o Papa quem fez cessar o sacrifício contínuo, ou seja,
a guarda do sábado? Não aponta para o Juízo Investigativo, com
o restabelecimento da guarda do sábado pelos adventistas?
Como já dissemos antes, nenhum papa interrompeu serviços
no Templo, que permanece destruído em Jerusalém desde o ano 70
d.C.
E não há nenhuma estrutura histórica, gramatical e textual
que permita relacionar “sacrifício contínuo” com sabath judaico.
Portanto, outra vez, a interpretação sabatista de que o
“sacrifício contínuo” é o sabath judaico semanal, ou de um suposto
“Juízo Investigativo” para purificar o Céu, não passa de fraude
desonesta.
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1. As 70 Semanas subtraídas das 2300 tardes e manhãs para nós
adventistas apontam para 1844, conforme Miller e as visões
dadas a Sra. White. O que prova que o cálculo adventista das 70
semanas está errado e que não se cumpriu em 1844?
Tendo visto que o profeta Daniel não está falando do
surgimento dos adventistas em 18447, outra manipulação é realizada
pela seita ao relacionar 2300 “tardes e manhãs” com as 70 semanas
em seu tempo total.
Como já vimos as 2300 “tardes e manhãs” referem-se a dias
literais de 24 h e, de forma alguma, podem representar “anos
proféticos”. Iludindo assim o povo incauto, os adventistas engendram
um cômputo estapafúrdio.
Vejamos os erros:
Eles afirmam que as 70 Semanas devem ser subtraídas de
2300 anos. E para que tudo se encerre neles, afirmam que o as 70
Semanas começam no ano de 457 a.C.
7 Acredite, eles realmente ensinam que Daniel esta falando deles!
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Logo, na conclusão deles, o cálculo seria mirabolantemente feito da
seguinte maneira:
2300 – 490 = 1810 anos.
Então...
Como as 70 semanas começam segundo eles em 457, logo
se tem que 490 – 456 (desconsiderando o ano 0), chegamos
a 34 d.C., ano do batismo de Jesus (???), quando se
encerrariam as 70 semanas.
Assim...
1810 + 34 = 1844 (!), quando se encerram os 2300 anos
proféticos.
Que mirabolante matemática reversa, não é mesmo? Vejamos os
absurdos:
a. 2300 “tardes e manhãs” não representam anos, como
visto anteriormente, mas dias literais de 24h.
b. As 70 semanas não obtiveram pleno cumprimento, uma
semana ainda aguarda cumprimento profético (os 7 anos
da Tribulação, após o arrebatamento dos salvos).
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c. A forçada matemática aponta falta de critério pois foi
realizada às reversas, com o objetivo de combinar com a data
em que os fundadores viviam. Por isso, por duas vezes, se
subtrai 490 de valores diferentes em um cálculo pérfido e sem
base bíblica.
d. A intenção é forçar o ano de 1844 para prover “revelação”
divina.
Tudo é a mais pura deturpação interpretativa, sem dúvida
alguma. Alguns fatos interessantes, que muitos sabatistas
desconhecem em relação à interpretação de Miller, são seus erros
contínuos neste empreendimento “profético” e que devem ser levados
em consideração:
Miller empenhou-se em pregar a volta de Cristo, não a
obrigatoriedade guarda do shabath judaico aos gentios ou o
suposto “Juízo Investigativo”, datando primeiramente sua
volta em 1843. Somente após passar-se daquela data é que
ele deu uma segunda data, 22 de Outubro de 1844.
No entendimento errôneo de Miller havia relação da data do
dia expiação judaica, dia em que o Sumo Sacerdote entrava
25
no Santo dos Santos, com a data proposta para a volta de
Cristo. Por isso, ele concluiu que Cristo voltaria em 22 de
Outubro de 1844, o qual considerou que seria a data em
questão. Naquele ano, porém, a data judaica para expiação
foi 23 de Setembro e não 22 de Outubro.
Miller já estava errado quatro vezes! Ele estava errado: Por
tentar datar a volta de Cristo, por interpretar que Ele voltaria
em 1843, depois mudando para 1844 e também por
relacionar sua predição com a data errada para o dia da
expiação.
Quando, finalmente, percebeu seu erro grosseiro, Miller pediu
perdão e retornou à comunhão da sua igreja local, onde
permaneceu servindo até o fim da vida. Miller jamais
concordou com a nova versão do grupo de seus seguidores
sobre o “acerto da data”, mas com “erro de lugar”8.
O que os fundadores do movimento da releitura da
interpretação de Miller (Iran Edson, Joseph Bates, James
White e Ellen Harmon – depois se casou com James), não
explicaram foi o fato de haverem quatro datas para a suposta
8 Veja apêndice C. Miller e A Revisão do Movimento Millerita.
26
passagem de Cristo ao Santuário Celestial. Eles
fundamentam-se num erro, de um erro, de um erro, de um
erro... Laborando sobre uma pilha enorme de erros9!
A Bíblia, porém, categoricamente afirma que Jesus Cristo, ao
subir aos céus, entrou perante a face de Deus:
A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até
ao interior do véu, Onde Jesus, nosso precursor, entrou
por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de
Melquisedeque. – Hebreus 6:19-20
Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer
por nós perante a face de Deus – Hebreus 9:24 (ênfases
acrescentadas)
O Senhor Jesus Cristo está a destra de DEUS, perante a Sua
face, desde que ascendeu aos céus!10
9 Um abismo chama outro abismo... – ref. Salmos 42:7. Veja também Mateus 15:14;
Lucas 6:39; Romanos 10:2. 10 Veja Colossenses 3:1, Hebreus 10:12, 12:12, I Pedro 3:22.
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Vejamos as correções com base numa correta exegese
bíblica:
As 70 semanas se iniciam com o decreto da reedificação de
Jerusalém. A esse respeito ocorreram três decretos expedidos
pelos reis persas: 539/538 a.C., 459/458.C. e 445/444a.C.
A ordem, conforme a História, proferida por Artaxerxes I
Longânimo (Neemias 2.1, 7-8), aconteceu por último, o cômputo deve
ser como indicado pelo texto Bíblico, isto é, da “saída da ordem para
restaurar e edificar a Jerusalém até o Messias, o Príncipe, haverá 7
semanas, e sessenta e duas semanas;”.
Isto quer dizer que até o Messias não temos 70 semanas,
mas 7 + 62 que somam 69 Semanas!
Fazem-se necessárias duas outras explicações:
a. Há diferença entre calendário judaico e gentílico. O
calendário judaico é lunar com anos de 354 dias, com meses
de 30 dias e de 29 dias. Faz-se necessário a determinado
28
períodos o acréscimo do mês de Adar, um 13º mês, para que
se cubram as diferenças para menos11
.
b. O calendário Gregoriano possui um atraso de 4 anos!
Logo, o ano 33 da idade terrena de Jesus aconteceu no ano
29 d.C., quando ele foi crucificado ou, conforme o texto
“cortado” (v 26).
Estas duas verdades são ignoradas pelos mirabolantes fundadores
do adventismo.
Logo, muito mais simples é a matemática de DEUS que a dos
sabatistas:
445 a.C. + 29d.C. = 474 anos, retiradas as diferencias entre
cômputos de calendários, temos impressionantemente 469
anos ou 7 semanas + 62 semanas = 69 semanas, dando o
período exato em que o Messias seria morto!
11 Ver apêndice C. Calendário Judaico.
29
Aos seus erros grosseiros os sabatistas somam a afirmação
de que as 70 semanas terminam no batismo de Jesus, errando com o
texto três vezes:
Primeiro falta uma semana no cômputo das 70 semanas.
Segundo que o texto aponta para o sacrifício (morte) do
Messias, não para seu batismo!
Terceiro que em 34 d.C. Jesus já havia subido ao céu!
Que engodo sem tamanho! Mais adiante veremos que a
última semana que aguarda cumprimento, tem relação com o
Anticristo e os Sete Anos da Tribulação.
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2. As 70 Semanas não falam do surgimento dos adventistas do
sétimo dia, não apontam para o surgimento do movimento em
1844?
Não, o texto é muitíssimo claro! E ele não fala a respeito do
movimento millerita.
Fala a respeito dos judeus e da historicidade de Israel.
Observemos o que diz a Bíblia:
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a
tua santa cidade...”
Sobre o teu povo indica o povo de Daniel, os judeus. E sobre
a tua santa cidade, indica a cidade de Jerusalém.
Além disso, da lista de 06 eventos fornecida por Gabriel no
versículo, apenas os quatro primeiros já se cumpriram, enquanto que
as duas últimas realizações da lista ainda permanecem aguardando
cumprimento.
31
E estas somente se realizarão com a Vinda de Cristo para
estabelecer seu reino milenar na Terra, o restabelecimento do reino
Davídico prometido pode DEUS.
Portanto, o texto trata dos judeus, de Jerusalém, de Israel.
Não fala nem dos gentios e muito menos dos sabatistas.
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3. As 70 semanas começaram com a saída do povo para
restaurar Jerusalém?
Não, com já vimos antes e, de acordo com as Sagradas
Escrituras, elas se iniciaram com a “saída do decreto” e não com
“saída do povo”.
Vale aqui ressaltar que é outro ponto ignorado pelo sabatismo
o fato que ocorreram três retornos:
O primeiro após o decreto de Ciro12
, 42.370 hebreus
seguiram Zorobabel a Jerusalém13
. Muitos permaneceram no desterro
durante longos anos.
Esdras é o chefe da segunda caravana de retorno,
acompanhado de 1750 judeus, seguiu para Jerusalém apenas no
sétimo ano de Artaxerxes da Pérsia14
. Portanto, oitenta anos após a
libertação primeira, com Zorobabel.
12 Em 538 a.C. 13 Esdras 2.64. 14 Esdras 7.8-9.
33
Neemias só obteve alforria no ano vigésimo de Artaxerxes15
,
treze anos depois de Esdras, após os primeiros repatriados e 142
anos depois da desolação de Jerusalém.
Ora, a história nos mostra que o incêndio de Jerusalém
ocorreu em 587 a.C., mas a ordem de sua reconstrução de fato
apenas em 445 a.C.
Logo, é falso o cômputo sabatistas por mais estas razões,
tornando nula sua interpretação fantasiosa.
15 Neemias 2.1.
34
4. As 70 Semanas terminam no Batismo de Jesus e já todas as
semanas se cumpriram. Ou seja, o Senhor Jesus Cristo já fez a
aliança de uma semana e ele já fez cessar o sacrifício e a
oblação. Negar isso não é blasfêmia dos Batistas?
Outra vez a lavagem cerebral ocasionada pela seita confere
uma inversão da realidade. Senão, vejamos:
Os sabatistas afirmam que “o povo do príncipe que há de vir”
são os judeus.
Assim sendo relacionam “o príncipe do povo” como sendo
Jesus Cristo.
Dessa forma, se o “príncipe” é Jesus Cristo, os sabatistas
interpretam que é o Senhor Jesus Cristo que firmou a aliança
do versículo 27, sendo Ele mesmo quem na metade da
semana fez cessar o sacrifício e a oblação.
Que desastre! Aqui temos um verdadeiro abismo entre o
cristianismo Bíblico e a seita sabatista:
35
Primeiro: Segundo a interpretação Teológica e Histórica, o
“povo que há de vir” aponta para o povo ROMANO e não para os
judeus.
Em segundo lugar: O “príncipe” não é o Senhor Jesus
Cristo, mas o Anticristo, pois o versículo usa claramente o termo
MESSIAS para identificar o Senhor Jesus Cristo, diferenciando assim
entre os dois.
Em terceiro lugar: o versículo fala da destruição da “cidade e
do santuário”, Jerusalém e o Templo, fato ocorrido no ano 70 d.C.
com a invasão do Imperador Tito comandando soldados romanos.
Logo, seguindo a regra da interpretação profética, o príncipe será um
futuro líder do povo romano, que buscará restabelecer o Império
Romano nos últimos dias.
Em quarto lugar, se a morte do Senhor Jesus Cristo encerra
a 69ª semana e uma está ausente, ela só aparecerá quando o
“príncipe” firmar aliança “com muitos”16
, rompendo a aliança com os
judeus no meio da semana, iniciando as abominações do assolador
(v. 27)17
.
16 Ou seja, gentios e judeus. Ver Apoc. 13.8. 17 Ver também Mateus 24.15 a 21.
36
Logo, para a interpretação Histórica, Teológica e Literal, o
“príncipe” será um regente antagônico ao Messias, conforme o
texto deixa claro, não podendo ser a mesma pessoa.
Como bem sabemos, o antagônico do Senhor Jesus Cristo é
de fato o Anticristo!
O Messias “foi cortado”, ou seja, o Senhor Jesus Cristo foi
morto, ressuscitou e permanece ausente deste mundo, apenas
retornando para dar cabo do reinado do Anticristo, seu antagônico,
num tempo ainda futuro.
O Anticristo, para o total cumprimento da profecia, deverá
reconstruir o templo num pacto de sete anos, imitando os períodos
velhos testamentários que DEUS estabelecia para o povo judeu, e o
romperá para alegar sua divindade, conforme descrito pelos
apóstolos18
.
No fim de todas as suas horrendas e fatídicas interpretações,
os sabatistas confundem Cristo com o Anticristo. Lamentável engodo
da seita a cegar multidões de perdidos.
18 Ver II Tess. 2.1 – 11; Apoc. 13.1-8.
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5. As 70 semanas profetizam o Grande Desapontamento Millerita
ocorrido em 1844?
Outra vez gostaria de dizer que há dois erros na própria
pergunta:
Primeiro, como já vimos, as 70 semanas não se encerraram
em 34 d.C. e nem apontam para o ano de 1844, como alegam os
sabatistas.
Em segundo lugar há um erro no entendimento final do fato
ocorrido no início da seita, que eles gostam de alegar ter constituído o
que gostam de chamar o “Grande Desapontamento”.
Ora, “Grande Desapontamento” é um termo desonesto para
encobrir uma falsa profecia, a de que Cristo voltaria para a Terra
em 1843...depois 1844...depois 1845...depois 1846 ... E assim a Sra.
White sempre profetizou que Cristo voltaria no ano seguinte, e no ano
seguinte, e no ano seguinte, e no ano seguinte... até sua morte,
mantendo as rédeas no povo engodado pelo erro.
38
Todos nós sabemos que profetizar a volta de Cristo é uma
impossibilidade e que esta tentativa constitui um gravíssimo
pecado19
.
Suponhamos que um servo fiel, um salvo, profetize
falsamente e, depois de comprovada sua falsa profecia, caia em si e
de joelhos peça perdão? Não chegaria ele à conclusão que
careceria de um dia de Grande Arrependimento?
Os fundadores do sabatismo tomaram um rumo não somente
desonesto mas também desastroso por não se arrependerem de suas
falsas profecias. Antes, em seu orgulho pecaminoso se apartaram da
simplicidade do Evangelho e, ao invés de um Grande dia de
Arrependimento, os sabatistas mascaram suas falsas profecias com
um termo muito amado por eles, “Grande Desapontamento”.
Não se deixe enganar. Um erro não encobre outro erro. Não
nos resta alternativa senão considerar o movimento tão rebelde e
falso quanto os mais terríveis enganos do diabo. Demônios não se
arrependem. As seitas que eles estabelecem também não.
19 Ver Mateus 13.32.
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Conclusão
Prezado amigo, se você é um salvo, saiba que você não pode
considerar os adventistas como sendo evangélicos. Em suas
interpretações terríveis, eles pregam um falso evangelho, um outro
tempo, um outro Cristo, um outro DEUS20
. Não podes ter comunhão
com eles e continuar obedecendo a DEUS.
A você que permanece na seita, meu apelo é para o seu
arrependimento franco e sincero diante de DEUS, entregando a ele
sua vida e recebendo a CRISTO como seu único e suficiente
Salvador.
Como disse certo ex-adventista que me escreveu e que levou
pouco mais de três anos para se libertar dos falsos ensinos e do julgo
de seus métodos de lavagem cerebral: “Há vida fora das seitas!
Glória a DEUS!”
Sim amigo, há vida em CRISTO! Achegue-se, pois, a ELE.
20 Ver II Coríntios 11:3-4 e Gálatas 1:6-9.
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Apêndice A
Frases de alguns homens de DEUS:
As setenta semanas são para Israel e os judeus!
“É como se o anjo dissesse: O cativeiro tem durado 70 anos; o
período entre o cativeiro e a vinda do Messias [para estabelecer seu
Reino Milenar na Terra] será setenta vezes tanto... A data a partir da
qual se contariam as 70 semanas foi a do decreto da reedificação de
Jerusalém, v 25.”
– Dr H. H. Halley, em seu
comentário bíblico.
“Depois de suplicar por seu povo, com um intercessor verdadeiro,
Daniel pede que DEUS tenha compaixão da cidade desolada, com os
muros arrebentados, o templo destruído... DEUS então enviou o seu
servo Gabriel, o homem, para instruir o profeta a respeito do curso da
História... O templo foi depois purificado elo Macabeus, que
ressuscitaram todo o cerimonial antigo com grande pompa... Se
Daniel pudesse ter visto todo este quadro lúgubre, que vai de 171
a.C., a 165 a.C., teria morrido do coração, pois era um patriota sem
41
igual. Ele ficou sem entender a visão‟, mesmo depois de explicada
pelo homem que veio do rio Ulai. Ficou doente por uns dias e depois
se levantou para cuidar dos negócios do rei que estavam a seus
cuidados.”
– Prof. Antônio Mesquita, em
seu estudo sobre o livro de
Daniel.
“Tudo o que é descrito nesse capítulo não tem relação com a história
mundial ou com a história da Igreja, mas trata exclusivamente de
Israel e de Jerusalém... “O „cronômetro‟ divino que marca as setenta
semanas para Israel começou a contar a partir do momento em que
foi publicado o decreto que permitia aos judeus reconstruírem a
cidade de Jerusalém... A segunda parte do versículo 25 é importante
como complemento: „haverá sete semanas, e sessenta e duas
semanas;‟ - provendo assim o primeiro intervalo no cômputo final das
70 semanas.”
– Norberth Lieth, em seu
tratado sobre Daniel e as
perspectivas do futuro.
42
“Segundo o contexto, o propósito das 70 semanas é exclusivamente
o povo de Israel e não a Igreja, nem os gentios.”
- explicou o Pr Jonas Xavier,
grande erudito e estudioso das
profecias bíblicas, o qual tive a
honra de conhecer e ser aluno.
“A visão das 70 semanas é a resposta de Deus (vv. 21-23). Nesta
visão, Deus revela a Daniel a programação temporal e os eventos
que levarão ao estabelecimento do reino messiânico de Israel. A
profecia tem a ver com "teu povo" (referindo-se ao povo de Daniel, os
Judeus [literalmente]) e com "tua santa cidade" (referindo-se a
Jerusalém [literalmente])”
– David Cloud em seu texto: As
70 Semanas de Daniel.
“Foi dito a Daniel que Jerusalém e o templo seriam reconstruídos,
mas numa época específica e com um propósito específico: para o
Messias.”
– Arno Froese, em seus
estudos que buscam
descomplicar as profecias de
Daniel.
43
“Esta ordem (mandamento) é o princípio das setenta semanas ou 490
anos.”
- John Gill, Teólogo Batista
inglês, brilhante estudioso e
expositor bíblico do século
XVIII.
“Frisem-se os seguintes itens da frase: „desde a saída da ordem‟ e
não do final da obra de restauração [ou da saída do povo]; „para
restaurar, e para edificar a Jerusalém‟, a cidade e o Templo. Por
conseguinte, o ponto inicial do cálculo desse período é o da saída
desse decreto para a reedificação da cidade de Jerusalém.”
- Dr. Aníbal Pereira dos Reis,
grande herói, estudioso e
expositor Batista brasileiro.
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Apêndice B
Breve explicação sobre o Calendário Judaico.
É basicamente lunar. Cada mês começa em uma lua nova. Mês
(CHÓDESH), que significa lua nova, e vem da palavra CHADASH,
que significa novo. É também solar (Êxodo 12:2 e em Êxodo 13:4). O
primeiro mês do ano é o mês de Aviv (Primavera). As estações do
ano são fixadas pelo movimento da Terra em redor do Sol. Portanto,
é misto, lunar e solar. Meses são marcados pelos movimentos da
lua, anos são marcados pelos movimentos do sol. O ciclo da lua: 29
dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, aproximadamente 29 dias e
meio. Assim, os meses têm 30 dias e 29 dias, alternadamente. Um
ano de 12 meses, sendo 6 de 30 dias e 6 de 29 dias, num total de
354 dias. O ciclo do sol é de 365 dias e seis horas, havendo uma
diferença de cerca de 11 dias, entre o ano lunar e o ano solar. Como
compatibilizar a diferença? Acrescentando-se em determinados anos
um 13o mês de 30 dias. Este 13
o mês é intercalado antes do mês de
Adar (Adar Rishon - Adar Primeiro). Quando ocorre o mês de Adar
passa a ser chamado Adar Sheni (Adar Segundo). Assim, temos no
calendário judaico anos de 12 e de 13 meses.
45
Apêndice C
Miller e A Revisão do Movimento Millerita
Os Adventistas do Sétimos Dia não são inteiramente
honestos quando afirmam que Guilherme Miller é um dos seus
“Patriarcas” Adventistas.
Miller, um pregador leigo, esteve engajado com o movimento
Millerita, porém rejeitou as explicações fanáticas que se
sucederam à sua mal fadada tentativa de datar a volta de Cristo em
1843 e, posteriormente, mudado por um de seus associados em
1844.
O apologeta Jan Karel Van Baalen, em seu livro The Caos Of
Cults, esclarece a respeito dos erros de Miller:
“A força de Miller estava no fato de que ele pregava a volta
visível de Cristom para julgar o mundo e galardoar os fiéis,
em uma época na qual essa verdade cristã cardeal estava
ameaçada de tornar-se um assunto esquecido. Sua fraqueza
era que lhe faltava orientação teológica, e os ministros que no
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início se uniram a ele eram homens do mesmo calibre... O
desfecho do Millerismo, contudo, veio demonstrar que esses
teólogos, bem como Miller, laboravam em erro... O erro de
Miller foi que ele tomou a profecia de Daniel 8:14 com
referência ao fim do tempo, e interpretou os dias ali
mencionados como significando anos – quando nós devemos
achar bastante clara as palavras: „duas mil e trezentas tardes
e manhãs‟! E quando Miller descobriu que sua cronologia não
estava lá muito certa, foi Samuel S. Snow, um dos seus
seguidores, que alterou a data e primeiro sugeriu o Outono de
1844... Foi pena que os seguidores de Miller não lograram
bem interpretar a natureza de seu erro. Quando passou tanto
1843, como 22 de Outubro de 1844, sem que verificassem a
volta do Senhor, eles deveriam ter tirado a conclusão de que
é erro querer calcular pela profecia a ocasião da vinda de
Cristo. Ao invés de fazer isso, porém, Hiram Edson, um
Millerita do Estado de Nova Iorque, teve uma visão na manhã
seguinte à “grande decepção”. Nessa visão ele “viu” Cristo
em pé ao lado do altar no céu, concluindo daí que Miller
estava certo quanto ao tempo, mas errado quanto ao local...
Esse ensino foi adotado pelos Adventistas do Sétimo Dia
posteriores (a “igreja” do A. S. D. foi organizada em 1860),
cujo início data dessa nova interpretação, segundo Francis D.
Nichol (em seu livro The Midnight Cry – O Brado da Meia-
Noite). Assim, “tiveram por bem salientar que o „erro principal‟
do Milleritas foi na sua interpretação, e não no fato de ter
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marcado uma data. O público poderá com muita razão
continuar a achar que isso vem a ser sofisma”.
O fanatismo, no entanto, continuou a se espalhar livre e
rapidamente, tomando um rumo para o pior. Durante o inverno de
1844 os associados de Miller lhe suplicaram para que fizesse algo na
tentativa de virar a maré de fanatismo.
Na primavera de 1845, na chamada “Conferência de Albany”,
houve uma tentativa de se desfazer o dano. Após discussão
prolongada chegou-se a um consenso. A maioria aprovou as
seguintes posições:
1. O movimento tinha sido enganado em todas as tentativas
para definir a data para a vinda de Cristo.
2. O uso de parábolas como alegorias proféticas foi um erro.
3. A condenação da fabricação de suas noções como um
teste de salvação.
4. A rejeição da doutrina sabatistas que começava a surgir.
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5. Emissão de um severo alerta contra os mensageiros
carismáticos do flanco mais fanático que surgiu do
movimento. Este alerta foi dirigido principalmente a uma
jovem, estrela em ascensão carismática entre os adventistas
sabatistas: Ellen Gold- Harmon, Maine.
6. Rejeição da “teoria da porta fechada” e da sombria teoria
do “juízo investigativo” 21
,
21 Para os adventistas a porta da graça se fechou em 1844 para todos os que não
recebem a mensagem da seita e se fechará durante a grande tribulação para os que não
são guardadores fiéis do shabath judaico. A estes é impossível a salvação, a qual se
completará com Satanás levando sobre si os pecados dos penitentes.
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Bibliografia
BAALEEN, J. K. Van. O Caos das Seitas. Imprensa Batista Regular. Sp. 1970.
FROESE, Arno. Descomplicando as Profecias de Daniel. Actual Edições. RS, 2005.
HALLEY, Dr. H. H. Manual Bíblico. Edições Nova. SP, 1979.
LIETH, Norbert. Daniel – Perspectivas de Futuro. Actual Edições. RS, 2004.
MACGREGOR, Lorri. Documentação do Vídeo “Adventismo do Sétimo Dia, O Espírito
por Trás da Igreja”. Página de Documentação. Ponto 7: Guilherme Miller
Admite Que Errou em Suas Datações. Ferramenta de pesquisa compilada.
MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Daniel. JUERP. RJ, 1978.
REIS, Dr Aníbal Pereira dos. As visões de Daniel. Edições Caminhos de Damasco.
SP, 1981.
WOOD, Dr. Leon J. A Profecia de Daniel. Imprensa Batista Regular. SP, 1969.
XAVIER, Jonas Pessoa. O Fim Vem! Imprensa Maranata. BA, 2008.
50
Procurando Uma Igreja Verdadeira?
Uma igreja verdadeira não vive para levantar ofertas e metas financeiras!
Uma igreja verdadeira não realiza “curas”, nem “milagres”!
Uma igreja verdadeira não possui profeta(s) e nem adiciona seus escritos à Palavra de
DEUS!
Uma igreja verdadeira não fala em “línguas estranhas”!
Uma igreja verdadeira não apresenta nem apoia “shows” evangélicos (música, danças,
teatro, etc.)!
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mundanos e sensuais!
Uma igreja verdadeira não faz uso de guitarras, baterias, play backs...!
Uma igreja verdadeira é local e congregacional e não faz parte de associações,
concílios, convenções, sejam regionais, nacionais ou mundiais!
Uma igreja verdadeira só possui ofícios de pastor e diácono, ofícios masculinos!
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Uma igreja verdadeira preserva as ordenanças do Senhor (Batismo e Ceia)!
Uma igreja verdadeira prega o Evangelho Bíblico e as Doutrinas da Salvação pela
Graça!
Uma igreja verdadeira busca apenas diligentemente estudar a Palavra de DEUS!
Uma igreja verdadeira centraliza sua prática e fé no Senhor Jesus Cristo e na Bíblia!
...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela; - Mateus 16:18b