Sophia Mello Breyner
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Transcript of Sophia Mello Breyner
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de
novembro de 1919 no Porto, mas passou grande
parte da sua vida em Lisboa onde frequentou o
curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras
não tendo todavia chegado a concluí-lo.Casou-se com Francisco Sousa Tavares,
que era advogado e jornalista.
Desta união descenderam cinco filhos, entre eles,
Miguel de Sousa Tavares o nosso conhecido
escritor, jornalista e comentador.
É de origem, dinamarquesa por parte do
avô paterno Jan Henrik Andersen. Os seus livros infantis foram
primeiramente histórias que escreveu para contar aos
seus filhos quando ficaram com sarampo e
mais tarde começou a publicá-los.
Politicamente, a poetisa teve uma forte ação aquando do regime salazarista,
onde marcou a sua oposição e após a
revolução de 25 de abril foi deputada.
Alguns dizem mesmo que esta apoiava o regime
monárquico. Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a
linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua
paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação
da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde
intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia,
quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que,
inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em
clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas
gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada
Oriana" ou "A Menina do Mar".
Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução
de "O Purgatório".Morreu em Lisboa no dia 4 de julho de 2004
Um Pequeno PoemaQuando à noite desfolho e trinco as
rosasÉ como se prendesse entre os
meus dentesTodo o luar das noites
transparentes,Todo o fulgor das tardes luminosas,O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,E a exaltação de todas as esperas.
Prémios 1964 - Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro
Sexto.1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes
1979 – Medalha de Verneil da Societé de Encouragement au Progrés, de França1980 – Ordem Militar de Sant’Iago de Espada
1983 - Prémio da Crítica, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pelo conjunto da sua obra
1989 - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus1990 - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa
1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças1994 - Prémio cinquenta anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores
1995 - Prémio Petrarca1995 – Homenagem de Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lisboa, pelo
cinquentenário da publicação do primeiro livro "Poesia"1995 - Outubro – Placa de Honra do Prémio Fransesco Petrarca, Pádua, Itália
1996 - Homenageada do "Carrefour des Littératures", na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia
1998 - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebê-lo)
2000 - Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego2001 - Prémio Max Jacob Étranger
2003 - Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana.
Alguns dos seus livrosPoesia, 1944;
Dia do Mar, 1947;Oral, 1950;
No Tempo Dividido, 1954;A Fada Oriana, 1958;
Mar Novo, 1958;A Menina do Mar, 1958;
Livro Sexto, 1962;O Rapaz de Bronze, 1965;
O Cavaleiro da Dinamarca, 1964;Geografia, 1967;A Floresta, 1968;
Dual,1972;Nome das Coisas, 1977;
Musa, 1994; …