8 DE FEVEREIRO DE 2015 EM BUSCA DA FAMÍLIA NA CAMINHADA BÍBLICA

Dê olho na Bíblia Se existe um Deus e cremos que existe, devemos perguntar se este Deus quer se comunicar ou quer ser encontrado. Logo, Ele escolher um registro histórico para se revelar e assim se comunicar com seu povo. Este registro é a Bíblia. É nela que Deus nos informa quem Ele é e como nos relacionamos com Ele. Como diz o pastor Ariovaldo Ramos, a Bíblia aponta apenas para uma pessoa: Jesus Cristo.

A palavra Bíblia origina-se do grego (Biblion) e significa livro ou rolo, coleção. É um coleção de 66 livros diferentes. Estes livros foram escrito por homens (40 autores), mas inspirados por Deus (1 Pe 1. 10-12).

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SOMENTE A

GRAÇASOMENTE A

FÉSOMENTE

CRISTOSOMENTE A

DEUS A GLÓRIA

“A Bíblia aponta apenas para uma

pessoa: Jesus Cristo."

SOMENTE A ESCRITURA

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É dividida em Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT). O AT oriundo da Bíblia Hebraica ou também chamada de judaica, fala da história deste povo, pertencente a 2000-3000 anos atrás. Já o NT fala a respeito da vida de Jesus Cristo e seus seguidores (os cristãos) e o início da igreja primitiva. O NT foi escrito nos 100 anos posteriores à vida de Jesus. Grande parte do AT foi escrita em hebraico, língua do povo judeu. No entanto, devido a influência da mesopotamia sobre a língua, surgiu o aramaico, língua falada pelo Império Persa. Essa era provavelmente o idioma de Jesus. No entanto, com o crescimento do Império Romano, a língua grega foi se espalhando. Deste modo, o NT foi escrito em grego.

Os números dos capítulos começaram a ser inseridos no texto bíblico no século 13 d.C. Os números dos versículos foram acrescentados posteriormente, no século 16. Logo, recomenda-se ler trechos mais longos e completos quando for ler uma passagem delimitada por capítulos ou versículos, afinal essa divisão não faz parte do original.

A história do povo de Deus no AT começa com Abraão em Gn 12. Esta e outras histórias são contadas através dos olhos de Moisés como se Israel estivesse relembrando sua pré-história. Diante disso, fica evidente que Moisés sabia sobre os eventos que aconteceram pelo menos 600 anos antes da sua época devido a fontes orais que circulavam entre o povo, ou seja, histórias sobre os patriarcas foram transmitidas verbalmente de uma geração a outra, por meio de contos populares (chamada tradição oral - vide Salmo 78. 3-4), até o ponto em que esta tradição viva também se desenvolveu em uma tradição escrita. A partir daí, a perpetuação dos textos já escritos e a sua divulgação somente foi possível devido a uma geração de escribas, isto é, judeus que copiaram e recopiaram partes das Escrituras durante mais de 1500 anos. Um exemplo ilustre de escriba é Esdras. Ele quem organizou os livros da bíblia em Torah (lei) e livros proféticos. Por isso que livros posteriores ao tempo do profeta não estão incluídos na Bíblia Hebraica.

Dê olho na História A palavra “cânon"significa vara, régua, medida ou padrão. Dentre tantas variáveis analisadas no cânon, as principais são: avaliar se o livro é apostólico; se o livro é ortodoxo; se o livro é universal; e se o livro alentou a vida das igrejas ao longo do tempo.

Sabemos que a Bíblia Cristã é oriunda da Bíblia Hebraica ou também chamada de Judaica (Tanak), logo é

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A palavra hebraica para

Cristo é Messias.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e

proveitosa para ministrar a verdade, para repreender

o mal, para corrigir os erros e para ensinar a

maneira certa de viver”

(2 Tm 3.16)

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preciso conhecê-la. Ela possui 3 divisões:

- 1) Torá (= instrução, lei) - composta pelos 5 livros, chamados de Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

- 2) Profetas chamados "Neviim"- que é subdividido em 2 partes:

a) Profetas Anteriores - contendo os livros de Josué, Juízes, 1 e 2Samuel e 1 e 2Reis.

b) Profetas Posteriores - compostos pelos profetas maiores (Isaías, Jeremias e Ezequiel) e dos 12 profetas menores - conhecido pelos judeus como “o Livro dos Doze”, agrupados num único rolo (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias).

- 3) Escritos (Ketuvim) - livros divinamente inspirados: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2Crônicas.

No período intertestamentário, entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria, surge a Septuaginta, tradução da Bíblia Hebraica para o grego conhecida como Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta judeus trabalharam nela, na qual se estabelece o cânon alexandrino (Cânon longo) com 46 livros. Aqui são incluídos alguns livros (históricos, literatura de sabedoria, material litúrgico, uma carta e um apocalipse) deste período intertestamentário de 400 anos (300 a. C. até 70 d. C.). Estes livros são chamados de Deutero-canônicos ou apócrifos (ocultos, escondidos). Dentre eles temos 7 livros: Tobias, Judith, Baruc, Eclesiástico, I e II Macabeus e Sabedoria. Para mais detalhes sobre estes livros, estudaremos mais adiante no tema: Período Intertestamentário.

Após a destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. , os judeus, sob a liderança dos fariseus, estabeleceram no ano 100 d.C. o cânon palestinense judaico mais rigoroso (Cânon breve) através do Concílio de Jâmnia. Os cristãos aceitaram este cânon estabelecido pelos judeus definindo assim os 39 livros do AT aceitos na Bíblia Cristã.

Em seguida, em 367 d. C o teólogo Atanásio de Alexandria também conhecido entre os protestantes como o “pai do cânon" apresentou pela primeira vez uma lista de 27 livros autorizados idêntica ao NT. Finalmente, em 397 d. C ocorre o Concílio de Cartago III estabelecendo o cânon número 47 dos 27 livros do NT. Por fim, ao fim do século IV início do século V, a pedido do bispo Dâmaso I, Jerônimo traduziu a Septuaginta para o latim popular, chamada Vulgata Latina, mantendo nela os 46 livros do AT. Ainda nesta época, o acesso ao manuscrito é para poucos, apenas aqueles ligados a cúpula da igreja. A cópia dos livros que era realizada pelos levitas agora era por monges. Surgem os monastérios (scriptorium = chamados quartos para escrever). A partir daí, alguns monges como Agostinho, Atanasio, Tertuliano fazem cópias da bíblia com comentários entre as linhas do texto. Em 1382, o vigário John Wycliffe começa traduzir a Vulgata para o inglês para os ingleses poderem ler o texto.

Finalmente, no ano de 1455, surge a prensa de Guttemberg na Alemanha. É impressa a primeira Bíblia - uma Vulgata Latina. A partir daí o acesso ao manuscrito se torna de mais fácil acesso. Surgem novas traduções para outras línguas. Em 1534, Lutero traduz a bíblia para o alemão e publica suas 95 teses, dentre elas questionando a veracidade do cânon dos livros apócrifos e de alguns livros do NT: Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse.

Inica-se a Reforma Protestante, e em 1540 é a vez de João Calvino questionar o cânon dos livros apócrifos. Em resposta, em 1546 a Igreja Católica realiza o Concílio de Trento, no qual confirma a Vulgata Latina, e em 1979, o Papa João Paulo II, após revisão da Vulgata, promulga a

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Nova Vulgata, sobretudo para uso litúrgico, sendo a nova Bíblia oficial da Igreja Católica. Já no meio protestante, dá-se início ao luteranismo, calvinismo e o anglicanismo.

Panorama Geral Alguns descrevem a Bíblia como uma carta de amor, outros como um livro de regra e normas morais, ou apenas mais um livro de história da Antiguidade. Mas uma descrição bem interessante é que se trata da história de amor de Deus e um povo, que se inicia em Gênesis, percorre todo o AT como um rastro de pólvora permeando a história de um povo, pregações, sentimentos e termina numa explosão com a chegada do Messias, sua crucificação e sua ressurreição. E a explosão causada pelo Messias ilumina todo o rastro deixado no AT. Ou seja, tudo que não fazia sentido ganha coerência e significado. A palavra Testamento do hebraico (berith) significa aliança, pacto. Logo temos AT ou antiga aliança e NT ou nova aliança.

O AT pode ser dividido de forma didática com um arco, lembrando o Arco do Triunfo em Paris na França:

FATOS / HISTÓRIA EXPERIÊNCIA / SENTIMENTO EXPECTATIVA / PREGAÇÃO

PASSADO PRESENTE FUTURO

FEITOS DE DEUS CAMINHOS DE DEUS VONTADE DE DEUS

NARRATIVA POESIA PROFECIA

POVO DA ALIANÇA PRÁTICA DA ALIANÇA —

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Em relação ao NT, sua divisão didática consiste numa cruz:

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Fatos e Pessoas

Os acontecimentos históricos podem ser resumidamente expostos nas seguinte tabela (siga a linha e o sentido da seta):

Existem alguns personagens da Bíblia que você deveria conhecer. Durante este ano, vamos conhecê-los.

O que tudo isso tem a ver com minha família?

Diante do nosso primeiro estudo, vamos aprender a responder a algumas perguntas todas as aulas:

1. O que aprendo sobre o PLANO DE DEUS?

2. O que aprendo sobre o MEU RELACIONAMENTO COM DEUS?

3. O que aprendo sobre o MEU RELACIONAMENTO COM A IGREJA?

4. O que aprendo sobre o MEU RELACIONAMENTO COM O MUNDO?

Momento Hagah - Meditação

Aqui iniciamos nosso plano de leitura da Bíblia em 1 ano. Siga as recomendações.

Leia nesta semana Gênesis capítulo 1 até o capítulo 23 incluindo ele.

CRIAÇÃO QUEDA DISSEMINAÇÃO DO PECADO DILÚVIO

DISSEMINAÇÃO DAS NAÇÕES

ESCRAVIDÃO NO EGITO ÊXODO CONQUISTA DE CANAÃ

PERÍODO DE JUÍZES REINO UNIDO REINO DIVIDIDO EXÍLIO

RETORNOPERÍODO

INTERTESTAMENTÁRIO (400 ANOS)

VIDA DE CRISTO HISTÓRIA DA IGREJA PRIMITIVA

PEDRO PAULO JOÃO APOCALIPSE

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Curiosidades

Você já se perguntou por que o peixe é o símbolo do cristianismo?

Trata-se de um acrônimo, utilizado pelos cristãos primitivos, da expressão "Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador" (em grego antigo, Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υ͑ιός, Σωτήρ). Foi um dos primeiros símbolos cristãos, juntamente com o crucifixo e continua a ser usado principalmente pelas denominações evangélicas . O Ichthys também era utilizado para marcar catacumbas cristãs na época da perseguição aos cristãos, pois era um símbolo que não era tão explicitamente cristão (como a cruz, por exemplo). Outra utilidade era o uso para comunicação: um cristão marcava um lugar com uma meia-lua para baixo, se o outro também fosse cristão, marcava a meia lua para cima, formando o símbolo também era desenhado por crianças nas portas de casa para que mostrasse aos outros cristãos que aquela era uma casa de família crista.

Versículo da semana - “Encucar…"

Referências Bibliográficas

1. Bruce Wilkinson - Talk Thru the Bible - 2002

2. Bíblia de Estudo facilitado - Philip Yancey e Tim Stafford

3. Mike Beaumont - Guia Prático da Bíblia

4. Sociedade Bíblica do Brasil - Manual Bíblico SBB - 2a Edição Revisada

5. Sue Graves; Sociedade Bíblica do Brasil - O que é a Bíblia? Uma introdução ao Livro da

Fé Cristã.

6. Pregação Pastor Ed René Kivitz (Igreja Batista de Agua Branca IBAB) — Conheça sua

Bíblia

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“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.”

(Salmos 119.105)