SOM - Fevereiro 2013 (versão corrigida)

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Edição de Fevereiro do Jornal SOM - Share of Marketing (versão corrigida)

Transcript of SOM - Fevereiro 2013 (versão corrigida)

Creative direCtor & editor: Catarina Santos

editorial assistants: Inês Amaral, Gonçalo Canita,

Marta Lousada, Nicole Vasconcelos, Paulo Raimundo,

Rebeca Assunção, Tomás Rugeroni

senior advisers: Ana Juma & Tiago Sampaio

by napoleon Hill

Os últimos tempos não têm sido animadores para Portugal e o virar do ano também

não trouxe muitas novidade capazes de nos pôr com um sorriso nos lábios. Por

isso mesmo, a nossa primeira edição de 2013 pretende ser uma resposta a todo o

negativismo que se tem vindo a instalar. Pusemos a crise e o desemprego de lado e

fomos à procura daquilo que de melhor existe no nosso pequeno grande país.

Entrevistas com dois jovens empreendedores, dos projectos Science4you e Entre

Nós - Petiscar e Conversar, o testemunho de quem viveu a experiência Erasmus na

1ª pessoa, uma crónica que mostra como o estrangeiro nos reconhece.... Tudo isto e

muito mais para ler nas próximas páginas.

editorial

2 SOM | Feverero 2013

“What the mind can

conceive and believe, it can

achieve”

4 Marketing no Mundo

Por Rebeca Assunção

6 tendênCias MARkETING dE REdE

Por Gonçalo Canita

8 novidades ThE COLOR RuN

Por Nicole Vasconcelos

10 teMa Central EMPRESAS dO FuTuRO

Por Ana Juma & Tiago Sampaio

Marketing

16 novidades

Por Catarina Santos

17 testeMunHos ERASMuS

Por Catarina Santos & Inês Amaral

isCte

22 CineMa

Por Marta Lousada

23 eventos & Feiras

Por Marta Lousada

sugestões

24 My out

Por Paulo Raimundo

agenda

opinião

25 CróniCa portugal, uM país CoM valor

Por Tomás Rugeroni

índiCe

Feveiro 2013 | SOM 3

Marketing

4 SOM | Feverero 2013

Marketing no Mundo

Juntamente com o astronauta Buzz Aldrin - piloto da nave espacial Apollo 11 que aterrou na lua em 1969 - a Axe vai levar os seus fãs ao espaço. O resultado é a Axe Apollo Space Academy, à qual podem concorrer os consumidores dos 60 países onde a marca está presente. “Vais um homem e voltas um herói” é a assinatura da campanha associada a esta competição, que levará 22 vencedores ao espaço e que pretende promover a nova gama da Axe, Apollo. A segunda fase da

campanha vai ser passada no intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, que se realizará dia 3 de Fevereiro e que é um dos acontecimentos mais importantes para as marcas. No anúncio, um nadador-salvador salva uma mulher de se afogar, mas esta corre para os braços do astronauta quando o vê chegar. O conceito desta campanha - “Nada bate um astronauta” - tem como objectivo afirmar que o astronauta é o herói dos heróis.

anúnCio axe vai passar no super Bowl

A Samsung começou o ano a gerar polémica com a sua campanha “desejos para 2013”. A mesma conta com a participação de 5 bloguers de moda, que falam das suas experiências e do que desejam para o novo ano. Filipa Xavier, mais conhecida por Pépa (do blog “Fashion-a-Porter”) revelou que um dos seus desejos para este ano era comprar uma mala preta clássica da Chanel. O vídeo de Pépa tornou-se viral

nas redes sociais, passando depois pela televisão e pela imprensa e indignou muitos cibernautas, que acusaram os bloguers de proferirem declarações que contrastam com a conjuntura actual do país e criticaram a marca por ter decidido divulgar os vídeos. O objectivo da Samsung era chegar ao público-alvo destes bloguers mas acabou por retirar a campanha e apresentar o seu pedido de desculpas.

saMsung, pépa e a Mala CHannel

Marketing

Feveiro 2013 | SOM 5

Marketing no Mundo

playBoy no ClássiCo BenFiCa-porto

A Playboy Portugal e a Play-boy TV, juntamente com a Meo, resolveram proporcio-nar uma experiência única aos clientes Meo durante o último clássico Benfica-Por-to. Assim, foram selecciona-do 10 homens que tiveram a oportunidade de chegar ao Estádio da Luz de limusine e de assistir ao jogo num camarote privado, com di-reito a jantar e champagne e rodeados das coelhinhas da Playboy e da protagonis-ta da última capa da revista, Raquel Jacob.

arráBida Candidata-se a patriMónio Mundial

A candidatura da Arrábi-da a Património Mundial já está online, no site arrabida.amrs.pt. A criatividade é da Spot Creative Media, que está encarregue da imagem, programação e aplicação e gestão de conteúdos. O site tem como objectivo mostrar a beleza e potencial da zona

da Arrábida, assim como promover a informação in-stitucional do processo de candidatura. A candidatura vai ser entregue à uNESCO ainda este ano.

galp e Continente juntas na poupança dos portugueses

Por cada compra num valor superior a 30 euros com o cartão Continente, os con-sumidores recebem 10 cên-timos por litro para gastar nos postos da Galp Energia. Posteriormente, por cada litro que abastecerem na Galp, receberão 10 cênti-mos em cartão Continente, que podem usar nas lojas Continente, Well´s, Bom Bo-cado, Book.it, Pets&Plants e Modalfa, com a validade de um ano, renovável sempre que efetuar compras.

Mt v portugal CoMeMora os 500 Mil Fãs no FaCeBook

Para comemorar os 500 mil fãs da sua página no Face-book, a MTV Portugal levou um cartaz a simular a sua pá-gina na rede social para as ruas de Lisboa. O objectivo foi reforçar os laços entre a marca e os portugueses e a sua aposta nas redes sociais, convidando o público a “en-trar” na sua página e a deixar mensagens de apoio.

“produto do ano” teM novas Categorias

Na 26ª edição do concurso “Produto do Ano”, a grande novidade foi a criação de novas categorias a serem premiadas, com o objecti-vo de reconhecer a inovação em novas áreas, nomeada-mente: telecomunicações, papel higiénico, marketing solidário, calçado e preser-vativos.

Marketing

6 SOM | Feverero 2013

tendênCias

Marketing de redepor Gonçalo Canita

uM novo FenóMeno na europa

O marketing de rede, tam-bém conhecido por market-ing multinível, surgiu em 1903, nos Estados unidos da América, mas tem-se tor-nando num dos mais prom-issores modelos de negócio implementados na Europa.

Este novo conceito de negócio, que tem também uma grande expressivi-dade no Brasil, baseia-se, fundamentalmente, em es-tabelecer relacionamen-tos (rede), através de dis-tribuidores independentes, para vender um produto ou serviço. Isto significa que os distribuidores indepen-dentes (qualquer pessoa que consome o produto/serviço ou alguém que apenas com-pra para comercializar) têm a missão de apresentar os seus

produtos/serviços aos seus clientes, criando relações. desta forma, maximizam as suas vendas.

Assim, para os distribui-dores aumentarem as suas comissões, isto é, os seus rendimentos, patrocinam outras pessoas que este-jam interessadas em entrar no negócio. Consequente-mente, as pessoas que foram patrocinadas irão patrocinar outras pessoas e assim su-cessivamente. Isto significa que se vão estabelecer vári-os relacionamentos (rede), dando origem a uma equi-pa de vendas que praticará o marketing de rede e em que cada distribuidor influ-encia e é influenciado pela performance dos restantes distribuidores. deste modo, quanto maior a rede de uma empresa (distribuidores in-dependentes), maior o seu lucro.

Este conceito de negócio leva a que exista uma grande competição entre os vários distribuidores, com o ob-jectivo de conseguirem o máximo de comissões e ren-dimentos e tornarem-se dis-tribuidores top. de forma a

maximizar as vendas, é cada vez mais utilizado, em con-junto com o marketing de rede, o marketing de inter-net. Não só pela potenciali-dade da internet, como pela sua abrangência. Através de sites ou blogs, os distribui-dores conseguem chegar mais rapidamente aos seus reais e potenciais clientes, estando em permanente contacto com eles através, por exemplo, das redes soci-ais.

uM Modelo de negóCio Milionário

O marketing de rede é cada vez mais popular entre as pessoas, apesar de existir também uma grande quanti-dade que ainda não conhece totalmente e critica.

No entanto, este modelo é uma grande oportunidade de negócio, sobretudo nos dias de hoje, com o actual contexto socioeconómico, permitindo que qualquer pessoa (mesmo qualquer!) possa ganhar rendimentos bastante elevados num cur-to espaço de tempo, de for-ma sustentável. Aliás, este conceito é uma excelente

5 Maiores empresas de Marketing de Rede (2011) – por receita:1º - Avon2º - Amway3º - herbalife4º - Natura Cosméticos5º - Vormek & Co

Marketing

Feveiro 2013 | SOM 7

tendênCias

Marketing de rede oportunidade para o primeiro emprego de um jovem ou para pessoas que se encontram com problemas financeiros. É notável e ex-traordinário o número de pessoas que, neste momento, em todo o mundo, vivem apenas do seu negócio de marketing de rede.

Em suma, este não é apenas um modelo de negócio que pode ajudar a mudar o rumo de vida, mas é também um estilo de vida. Representa um modo de trabalhar e gostar do que se está a fazer, tendo tempo para faz-er todas as outras coisas que não se pode-riam fazer, caso se estivesse num emprego tradicional. Isto significa que as pessoas que estão neste negócio comandam a sua vida, são mais felizes e têm mais probabilidade de concretizar todos os seus sonhos devido à sua flexibilidade e autonomia.

Caso de suCesso

Em Portugal, este conceito ainda não está bem enraizado. No entanto, já começa a ter alguns apoiantes e prevê-se que, nos próximos anos, o marketing de rede ganhe bastante expressividade e notoriedade. Isto porque já existem muitas das melhores em-presas mundiais de marketing de rede que estão a operar no nosso país através de dis-tribuidores independentes, como é o caso, por exemplo, da herbalife, da Avon ou da Xango.

Posto isto, trago-vos o exemplo português de um caso de sucesso, conseguido através do marketing de rede. Este português cha-ma-se Rui Ludovino e foi um dos grandes im-pulsionadores deste conceito em Portugal.

Rui, engenheiro informático e, curiosa-mente, filho de um trabalhador da IBM, sem-pre sonhou com a sua liberdade financeira. No entanto, numa má fase da sua vida, es-

tava a dever algum dinheiro e, para ultrapas-sar este momento e alcançar o seu grande sonho, iniciou-se neste negócio, patrocina-do por um amigo. O expert, assim que de-scobriu as potencialidades internet, nunca mais a largou, investindo muito do seu tem-po em compreender novas tendências. Para além disso, contabilizam-se as muitas for-mações que Rui fez nos EuA, de forma a es-pecializar-se nesta área e a adquirir conheci-mentos que, em Portugal, eram inacessíveis. deste modo, Rui Ludovino tornou-se um especialista em marketing de rede e, espe-cialmente, em internet marketing. Para além disso, conseguiu tornar-se o distribuidor nº 1 da sua empresa (Xango) na Europa.

Rui Ludovino, após os seus anos de ex-periência, começou a criar os seus próprios sistemas (XTeam e Millionaire Minds Pro) e, em 2011, deu início a uma nova etapa da sua vida – ajudar pessoas a tornarem-se mil-ionárias – através do “Circuito dos Milionári-os”. Para além disso, criou a sua própria uni-versidade online no seu blog, oferecendo cursos de marketing de rede a preços com-petitivos, úteis para todos os principiantes neste modelo de negócio.

o português rui ludovino

Marketing

8 SOM | Feverero 2013

novidades

tHe Color runpor niCole vasConCelos

o que é?

Criado por Travis Snyder, The Color Run, realizou-se pela primeira vez em 2011, com o objectivo de unir a comunidade, pelo prazer de correr, numa experiência única e divertida.

"I wanted to create an event that would encourage people to get out and run just for the fun of it. I wanted people to enjoy the community experience of running together (…)”

Travis Snyder

Assim, num percurso de 5 km, as pessoas são convidados a correr e “sujarem-se” ao máximo, com as tintas, que são disponibilizadas ao longo do evento.Para os amantes de desporto e diversão, esta corrida louca é o evento a não perder.

a turné

O seu sucesso da Color Run, foi tal, que originou uma turné mundial. E, como forma de retribuir a recepção do festival em cada cidade, a The Color Run financia uma associação de caridade local.

os 5kM

Em cada quilómetro percorrido, os participantes são atingidos com cores diferentes, pelos voluntários da Color Run e, no final da corrida, todos acabam às cores.

os partiCipantes

Atleta ou não, todos podem participar. desde os oito aos oitenta, a correr ou a andar, sozinho ou acompanhado, toda a gente é convidada a experienciar a loucura da Color Run. Para participar, basta preencher a ficha de inscrição, disponível no site oficial do evento, mas rápido, porque os bilhetes costumam esgotar facilmente.

Marketing

Feveiro 2013 | SOM 9

novidades

as regras

Nesta corrida colorida existem apenas duas regras: o uso de uma t-shirt branca no início do percurso e a “sujeira” total no final.

os preços

Os preços variam entre os 15 e os 25 euros, dependendo do número de participantes e da data da inscrição.Informação mais detalhada encontra-se no site oficial.

a Color run eM portugal

Portugal vai ser o primeiro país da Europa a receber a Color Run. A corrida vai-se realizar em cidades desde o norte ao sul do continente, sendo Lisboa uma das cidades confirmadas, mas com data ainda por revelar.

a agenda

• Braga (data a anunciar)• Matosinhos 10/3• Coimbra 4/5• Lisboa (data a anunciar)• Algarve (data a anunciar)

• Madrid (data a anunciar)

links úteis

site oficial the Color run http://thecolorrun.pt/index.phppágina oficial do facebookhttps://www.facebook.com/thecolorrun

Marketing

10 SOM | Feverero 2013

teMa Central

EMPRESAS DO

FUTUROpor ana Juma & tiaGo sampaio

Aqui temos os melhores exemplos para inspirar os jovens empreendedores que nos mostram o sangue azul do português: inquieto, inovador, lutador e ... vencedor!Estivemos à conversa com Miguel Pina Martins, CEO da Science4You, e com Jaqueline Silva, fundadora do espaço Entre Nós – Conversar e Petiscar e autora do livro “Estou desempregada, e Agora?”, sendo que, claro, não podia faltar a sobremesa: uma lista das 5 startups portuguesas que adivinham um futuro mais risonho para o nosso país!

E QUEM DIZ QUE PORTUGAL NÃO TEM IDEIAS E QUE O PAÍS NÃO É CAPAZ ANDA

CLARAMENTE DESATENTO!

Marketing

Feveiro 2013 | SOM 11

teMa Central

Miguel pina Martins

Em 2008, com apenas 21 anos, criou a Science4you, uma empresa de brinquedos didáticos de cariz científico que nos mostra como é fácil aprender a brincar, fruto de uma parceria entre o ISCTE-IuL e a Faculdade de Ciências da universidade de Lisboa (FCuL). Foi distinguido com o «Prémio Empreendedor do ano 2009» e, pela Comissão Europeia, como «Empreendedor do ano 2010». Já comercializa para Espanha, Brasil, Angola e Reino unido. uma promessa de sucesso 100% nacional!

Como foi identificada esta oportunidade de negócio?Após a realização do plano de negócios da Science4you, enquanto aluno do ISCTE-IuL e sendo o resultado do projecto viável, fiquei sempre com a ideia na cabeça. Após finalizar a Licenciatura ainda estive a trabalhar na bolsa, mas depressa percebi que não era aquilo que queria para a minha vida. Percebi que teria de tentar abrir a minha própria empresa e retornei ao plano de negócios da Science4you para experimentar e implementar. O investimento inicial que fiz foi de apenas 1125 euros e 45 mil euros foram financiados através de capital de risco pela Inovcapital.

Qual foi o factor de motivação para que a ideia se transformasse em ação?O fator de motivação foi acreditar que a Science4you triunfaria como brinquedos

inovadores e com fatores de diferenciação, através de mais-valias inseridas nos próprios brinquedos tais como entradas em Museus de Ciência por todo o país, manuais didáticos a substituir os manuais de instruções, o preço e a parceria com a FCuL.

De que forma é que o ISCTE-IUL contribuiu para este projeto?O ISCTE-IuL contribuiu através da rede de networking, conhecimento prático de planos de negócios e a certificação de um dos brinquedos da Science4you "Os primeiros Passos na Economia". Foi naturalmente essencial, pois foi graças à cadeira de projeto final de curso que hoje existe Science4you, sendo que foi aí que tudo começou a nascer.

E, hoje, a Science4you tem apresentado resultados positivos?A Science4You tem superado desde 2008 todos

Marketing

12 SOM | Feverero 2013

teMa Central

Como foi identificada esta oportunidade de negócio?Surgiu devido a vários fatores que aconteceram em simultâneo. um deles foi a tese de mestrado onde o objetivo era elaborar um plano de

negócios para criação de uma empresa. Foi nessa altura que comecei a desenvolver o plano de negócios para o espaço Entre Nós – Petiscar e Conversar (EN).Neste caso, a localização foi um fator crítico

os objetivos definidos no início de cada ano, duplicando a faturação todos os anos desde o ano em que iniciou as vendas de produtos e serviços.

Que conselho darias aos jovens empreendedores do nosso país?Primeiro que tudo os jovens devem acreditar no projeto que agarram e não precisam, de todo, ter pais ricos para abrir a sua própria empresa. Eu tinha apenas 21 anos e 1125€ quando abri

a Science4you e neste momento faturámos mais de um milhão de euros em 2012. Não é preciso ter nenhuma ideia de génio, é preciso sim acreditar e passar das ideias à prática.

jaqueline silva

Licenciada pela universidade Católica Portuguesa e mestre em Gestão pelo ISCTE-IuL, Jaqueline é um espírito livre. Amante de viagens, estudou e trabalhou no estrangeiro. Com um percurso invejável que passou por associações, startups e multinacionais. Recentemente lançou o seu próprio negócio, o Entre Nós – Petiscar e Conversar, nas imediações do ISCTE-IuL, em Entrecampos. dá ainda aulas de Gestão e Empreendedorismo no ISCAL e lançou o livro “Estou desempregada, e Agora?” há cerca de 2 meses. uma verdadeira inspiração!

«Não é preciso ter nenhuma ideia de génio, é preciso sim acreditar e passar das ideias à prática»

Miguel Pina Martins

«Dado que o ISCTE agrega pessoas muito diferentes, mas com vontade de aprender e evoluir faz com que a aprendizagem que aí se tem seja importante para o sucesso tanto pessoal, como profissional»

Jaqueline Silva

Marketing

Feveiro 2013 | SOM 13

teMa Central

pois o potencial de crescimento da zona ainda é muito grande. Os projetos de criação de uma incubadora dinamizada pelo Audax e os vários serviços que estão agora em implementação irão converter esta zona - Praça de Entre Campos – num bairro empreendedor.

Consideras que este negócio tem potencial inovador? Em que aspetos?A inovação, no EN, acontece ao nível do produto e serviço. O objetivo passou por criar uma carta experimental onde os petiscos de inspiração portuguesa se tornam refeições. Tentamos recriar os vários pratos diariamente e estamos sempre em busca de algo diferente e que se possa replicar. Por outro lado, no que diz respeito ao serviço, mantemos um CRM altamente eficiente, a relembrar o Sr. Manuel da mercearia de esquina, pois consideramos que é fundamental conhecermos os nossos clientes pelo nome. Queremos saber sempre quem é que eles são, e tentamos fornecer-lhes um serviço de excelência todos os dias mantendo sempre a porta aberta a mantendo sempre a porta aberta a novas oportunidades e a formas diferentes de executar tarefas.

Qual a importância da tua passagem pelo ISCTE para o teu crescimento pessoal e para o sucesso do negócio? Assim que conclui a licenciatura, inscrevi-me na pós-graduação em Marketing e Negócios Internacionais, a partir daí quis continuar a estudar no ISCTE, onde posteriormente terminei o mestrado em Gestão. Considero que, ter tido um corpo docente muito acessível e disponível ajudou-me a concluir alguns dos projetos que tinha em mente, nomeadamente o plano de negócios para o EN.Para além do corpo docente, os colegas que encontrei foram fundamentais pois estiveram sempre disponíveis para partilhar

conhecimentos, e ainda hoje o fazemos.dado que o ISCTE agrega pessoas muito diferentes, mas com vontade de aprender e evoluir faz com que a aprendizagem que aí se tem seja importante para o sucesso tanto pessoal, como profissional.

O que achas do crescimento do movimento empreendedor em Portugal e, mais concretamente, em Lisboa?hoje em dia parece-me que o empreendedorismo é quase uma moda. É uma boa moda para Lisboa e espero que tenha vindo para ficar. A verdade é que, cada vez mais, surgem incubadoras pela cidade, e o sentimento generalizado onde se acredita que é possível fazer algo diferente é fundamental para que se possa ultrapassar a crise.Lisboa tem todo o potencial, só tem de conseguir livrar-se de alguns problemas estruturais que fazem parte do sistema, como é o caso da burocracia existente, dos prazos de execução dos serviços adquiridos e dos impostos de forma generalizada.São estes movimentos que vão gerar valor num futuro muito próximo tanto para os jovens que estão na busca incessante de novas oportunidades tanto como para as pessoas que procuram alternativas à vida quotidiana que sempre levaram.

Marketing

14 SOM | Feverero 2013

teMa Central

top 5 – as startups portuguesas Mais proMissoras

Aplicação móvel que recompensa as pessoas por comprarem nos seus locais favoritos, informando-as dos melhores descontos e oportunidades e permitindo-lhes interagir e envolver-se com as suas marcas de eleição. Fundada em 2011 por diogo Teles e José Simões (ex-aluno do ISCTE-IuL), a Mobitto conta com o financiamento do empreendedor Ruben dias e do melhor jogador português da atualidade, Cristiano Ronaldo.

Já podemos estar em casa e interagir com todos os aparelhos digitais a partir do nosso smartphone, quer este use iOS, Android ou Windows Phone. A Muzzley é uma aplicação literalmente sem limites: podemos, por exemplo, comprar um pacote de férias enquanto vemos um anúncio na televisão ou um mupi. Ainda em fase de lançamento, a ideia partiu de domingos Bruges e Eduardo Pinheiro, ambos ex-alunos do ISCTE-IuL, e promete revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia no dia-a-dia.

Plataforma web e móvel que auxilia qualquer pessoa a encontrar e oferecer os presentes mais adequados aos seus amigos e família. Para além de se basear no perfil de cada utilizador, também se adapta às tendências do mercado. uma ferramenta bastante útil para quem costuma ter alguma dificuldade em escolher presentes. Fundada em 2012 por João Romão (ex-aluno do ISCTE-IuL), Pedro Moura e João Gomes a Wishareit promete revolucionar a forma como procuramos presentes.

a criação de startups em portugal é um movimento que surgiu num contexto económico difícil, o que de certa forma acabou por estimular a criatividade das grandes mentes do

panorama universitário português. de uma forma ou de outra, estas são 5 das empresas que mais têm dado que falar, a nível nacional e internacional, e por isso não podíamos deixar de reconhecer nesta edição a sua contribuição para a inovação no nosso país.

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Marketing

Feveiro 2013 | SOM 15

teMa Central

Comunidade online, onde através de uma só plataforma e sem custos, qualquer pessoa pode solicitar os serviços de outras com talentos específicos em diversas áreas. O processo é bastante simples: entrar em zaask.com, publicar a tarefa de que se tem necessidade, receber propostas, escolher a que mais se adequa e pagar depois da tarefa realizada. Também fundada em 2012 por Saurabh khanna e Luís Pedro Martins, ex-alunos do The Lisbon MBA, a Zaask já conquistou Portugal e prepara-se para conquistar a Europa.

Empresa portuguesa que se dedica ao desenvolvimento de videojogos e aplicações digitais para o mercado global. Não se pense que é uma empresa qualquer: a Biodroid lançou alguns videojogos de grande visibilidade nos últimos anos como o “Cristiano Ronaldo Freestyle”, o “Billabong Surf Trip” e o “Miffy’s World”. Bruno Patatas, diogo horta e Costa e Tiago Ribeiro, ex-alunos da universidade

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Os fundadores do Top 5 das Startups portuguesas

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O ranking Best Masters, da Eduniversal, colocou entre os melhores do mundo os programas de Mestrado e MBA da ISCTE Business School e do INdEG/ISCTE.

destaque para os mestrados em Gestão de Serviços e Tecnologias (29º), Recursos humanos (44º), Contabilidade (46º), Marketing (48º) e Economia (49º), todos no Top 50.

O ranking, que avalia os mestrados de mais 1000 escolas de gestão, em 154 países, é um dos mais prestigiados do mundo.

Mestrados do isCte eM destaque

É já nos dias 6 e 7 de Fevereiro que se realiza mais uma edição do Career Forum, a feira anual de emprego organizada pela IBS.

Esta iniciativa conta com a presença de mais de 60 empresas que, além de stands de atendimento e informação, realizam também sessões de apresentação e workshops.

Esta é uma oportunidade única para os alunos contactarem com os seus futuros recrutadores e conhecerem mais detalhadamente o processo de recrutamento, actividades, áreas de negócio, organização e cultura das empresas presentes.

Mais uMa edição do Career ForuM aieseC está a reCrutar

de 4 de Fevereiro a 4 de Março a AIESEC in ISCTE vai voltar a abir o seu período de recrutamento para os programas de membro e estágios de voluntariado.

As inscrições podem ser feitas presencialmente, no escritório da AIESEC (no edifício I, junto à sala da tuna) ou online, em www.aiesec.pt. Nestes mesmos locais é possível encontrar toda a informação relativa a ambos os programas e ao processo de recrutamento.

isCte

16 SOM | Feverero 2013

novidades

por Catarina santos

participar num programa internacional de intercâmbio é uma experiência única e enriquecedora e que deve ser partilhada, para que possa inspirar outros a vivê-la

também. por isso mesmo, trazemos-te os testemunhos de dois alunos do 3º ano de gestão de Marketing, que nos contam, na 1ª pessoa, como foi viver e estudar em paris e Macau ao longo do último semestre.

Quando decidiste partici-par no programa Erasmus, porquê em Paris e na ESCE?decidi que Paris seria a minha primeira opção para fazer Erasmus porque sempre foi uma cidade que me suscitou bastante interesse e que já conhecia. Outra razão que me motivou a escolher esta cidade foi o facto de poder aprender Francês, algo que irá enriquecer-me pessoal e profissionalmente. A escolha da faculdade foi em grande parte pelo facto de as aulas serem lecionadas em Inglês e também por ser uma fac-uldade bastante orientada para o mercado internacional com bastantes alunos de dif-erentes nacionalidades.

Quais foram as fontes mais relevantes no processo de recolha de informação?As fontes que mais me ajuda-ram no meu processo foram, sem dúvida, o GRI (Gabinete de Relações Internacionais) e o contacto com uma antiga aluna que tinha frequentado

a mesma faculdade em Paris. Claro que a internet também foi um recurso essencial, no-meadamente na procura de casa, no conhecimento mais específico da cidade Pari-siense e para comunicar com a faculdade de acolhimento.

rita gaspar - éCole supérieure du CoMMerCe extérieur, paris

isCte

Feveiro 2013 | SOM 17

testeMunHos

por Catarina santos & inês amaral

Depois de saberes que tinhas entrado na faculdade escolhida, houve muita coisa a tratar para preparar a estadia. Quais foram as principais dificuldades nessa fase e como as superaste? A minha maior dificuldade foi a procura da casa. Pouco tempo depois de saber que tinha entrado em Paris, inscrevi-me (pela internet) na residência portuguesa localizada na ci-dade universitária de lá. Aguardei, até que enviei um mail ao qual me responderam que davam prioridade aos alunos de Mestrado e que a colocação de alunos de Licenciaturas ainda não estava feita. Como não tinha mui-to tempo, tive de procurar novamente aloja-mento. Felizmente um colega do ISCTE que inicialmente também ia fazer ERASMuS para Paris deu-me o contacto de uma conhecida dele que tinha um apartamento em Paris.

A adaptação ao país e à faculdade foram fáceis? Achas que a ESCE está bem prepa-rada para receber alunos estrangeiros?No geral sim, foram fáceis. Quanto ao país, muitas das vezes não falavam Inglês, o que me obrigava a falar em Francês. No início era bastante complicado, mas à medida que fui aprendendo e ouvindo Francês, tornou-se

relativamente fácil e, no final, já quase que não recorria ao Inglês. Relativamente à fac-uldade, a adaptação com os alunos foi fácil pois éramos imensos e cada um vinha de cada canto do mundo. As aulas em Inglês e todo o trabalho necessário fora das au-las, no início, eram um problema para mim mas com o passar do tempo habituei-me. Na minha opinião, a faculdade está muito bem preparada para receber alunos estrangeiros. A ESCE faz questão de “misturar” alunos de diferentes nacionalidades ( juntamente com os franceses) numa mesma turma o que aca-ba por ser bastante interessante pois torna-va as aulas bastante dinâmicas.

Quais os principais desafios que esta ex-periência te trouxe e qual o balanço final?Os principais desafios foram o comunicar em Francês e, por ter ido sozinha, ter de me adaptar e fazer amizades rapidamente. O bal-anço final é bastante positivo. Fiz amizades de diferentes partes do mundo, muitas delas grandes amizades. O comunicar em Francês foi melhorando gradualmente, apesar de me ter deparado algumas vezes com situações em que não falavam de todo em Inglês e eu não me conseguia expressar em Francês.

isCte

18 SOM | Feverero 2013

testeMunHos

FrederiCo novais da FonseCa - university oF MaCau, MaCau

Para aqueles que ainda estão indecisos em embarcar numa experiência como o Programa Erasmus, qual é, para ti, o prin-cipal motivo porque o devem fazer?O facto de eu neste momento conhecer pes-soas de diferentes partes do mundo, de ter criado fortes amizades, de conhecer melhor

e algumas especificidades destes países, é para mim o melhor que esta experiência tem. Parti sozinha para um país diferente e regressei mais enriquecida não só a nível profissional mas, essencialmente, a nível pessoal.

isCte

Feveiro 2013 | SOM 19

testeMunHos

Quando decidiste partici-par no programa Erasmus, porquê em Macau e na Uni-versity of Macau?A decisão de participar no programa de Intercâmbio não surgiu de mim mas sim de uma oportunidade que a minha mãe me propôs, pois o meu grande objectivo era fazer o mestrado fora. A pri-meira vez que surgiu a ideia de ir para a China foi a través dum almoço com a profes-sora Clementina Barroso, em que me dizia que nos úl-timos tempos os alunos do ISCTE têm ficado bastante

satisfeitos com a experiencia asiática. No princípio a ideia pareceu-me louca, e difícil de se tornar realidade mas com o passar do tempo, pesqui-sas mais precisamente sobre a universidade de Macau e conselhos de amigos, a Ásia foi se tornando uma forte hipótese. Macau pareceu-me o sítio ideal na China pois juntava todo o ambiente “chinês” e uma aventura em terras desconhecidas, mas ao mesmo tempo havia sem-pre um lado português que me dava alguma segurança. A university of Macau era

uma das duas escolhas que tinha em Macau e depois de ter pesquisado bastante no site e me ter informado jun-to de algumas pessoas que estavam dentro do assunto cheguei a conclusão que a university de Macau, apesar de estar longe do top mundi-al era uma universidade bas-tante boa e com muito boas perspectivas de crescimento para o futuro (novo campus que estará acabado dentro de poucos meses..).

Quais foram as fontes mais relevantes no processo de recolha de informação?As fontes mais importantes para a minha decisão foram muitas conversas com pes-soas bastante mais velhas que me mostraram o quão importante era hoje em dia uma pessoa ter uma ex-periência na China, não só a nível de enriquecimento cultural mas também a nível

isCte

20 SOM | Feverero 2013

testeMunHos

profissional (CV). Consegui também comu-nicar com algumas pessoas da minha idade que já tinham estado em Macau ou que ain-da estão lá, o que me deu uma visão mais próxima daquela que seria a minha vida lá. Obviamente não posso esquecer a internet que me ajudou a descobrir bastante infor-mação mais precisa a cerca da universidade, e Macau em si, que não era tão fácil de ar-ranjar.

Depois de saberes que tinhas entrado na faculdade escolhida, houve muita coisa a tratar para preparar a estadia. Quais foram as principais dificuldades nessa fase e como as superaste? A parte mais difícil foi a questão das equiva-lências pois ia para Macau com a pressão de ter equivalência as cadeiras todas ou teria de ficar mais um semestre para acabar o curso, mas consegui rapidamente perceber como funcionava e a professora Susana Marques também me ajudou nesse aspecto, mesmo depois de já ter chegado a Macau e ter tro-cado algumas cadeiras que não tinham che-gado a abrir. Preparar a estadia em Macau não foi nada de muito difícil, acho que deix-ar tudo tratado cá (todas as papeladas e bu-rocracias )é que é sempre a parte mais chata.

A adaptação ao país e à faculdade foram fáceis? Achas que a University of Macau está bem preparada para receber alunos estrangeiros?Contrariamente ao que eu pensava, a adap-tação a Macau e á universidade de Macau foi bastante fácil. Na minha opinião o grupo de intercâmbio era bastante unido e isso fez com que tudo o que era novo e diferente para nós, o fosse no bom sentido, ou seja nunca

cheguei a olhar para alguma coisa diferente como má mas sim como uma descoberta, e acho que isso foi bastante importante naque-les momentos iniciais em que a pessoa ain-da cai na tentação de se ir a baixo por estar tão longe de casa. Acho que a university de Macau está muito bem preparada a todos os níveis para receber alunos estrangeiros, em todos os aspectos, e o contacto que tem com esses alunos é muito positivo.

Quais os principais desafios que esta ex-periência te trouxe e qual o balanço final?Antes de embarcar o meu principal receio era o facto de partir quase seis meses para o desconhecido sem nunca ter estado em contacto com a Ásia. Os grandes desafios que me trouxe esta experiencia foram o fac-to de conhecer e descobrir uma cultura que realmente nada tem que ver com a nossa e

1 - definir objectivos pessoais e académicos (países em que gostaríamos de viver, melhores faculdades, línguas a aprender...)2 - Pesquisar sobre as universidades e cidades que correspondam aos objectivos estabelecidos e obter o máximo de informação possível, nomeadamente junto de colegas que já as frequentaram e do Gabinete de Relações Internacionais do ISCTE.3 - Preencher a ficha de candidatura e entregar todos os documentos dentro do prazo.4 - Elaborar o plano de reconhecimento de créditos, a ser aprovado pelo coordenador da licenciatura.5 - Procurar casa no país de acolhimento, tratar de toda a burocracia necessária para a estadia e aprender os básicos da língua do país de acolhimento.6 - Viver a experiência da tua vida!

ERASMuS EM 6 PASSOS

isCte

Feveiro 2013 | SOM 21

testeMunHos

perceber se pessoalmente era possível ou não um dia mais tarde voltar a viver na Ásia. As aulas todas, e tudo em inglês, foi outro dos de-safios que tive de superar na altura em que estive em Ma-cau, bem como o facto de ter de partilhar durante quatro meses o quarto com outro aluno que não conhecia de lado nenhum, mas também os trabalhos em grupo com chineses, o que nem sem-pre foi fácil. O balanço final desta minha viagem é clara-mente positivo visto que o semestre correu muito bem, fiz amigos de todo o lado do mundo que ficam para a vida, tive também hipótese de faz-er viagens pela Ásia inteira que provavelmente não teria se não fosse para Macau, e

portanto para todos aqueles que põem em hipótese ir viv-er para a China ou para a Ásia deixo aqui escrito que Macau é sem dúvida uma escolha a ter em consideração.

Para aqueles que ainda es-tão indecisos em embarcar numa experiência como o Programa Erasmus, qual é, para ti, o principal motivo porque o devem fazer?O programa Erasmus é só a nível europeu, portanto preferia falar de intercâmbio, acho que se têm condições (financeiras e psicológicas) para embarcar numa ex-periência destas, não du-videm pois é uma das mel-hores alturas da nossa vida académica, se não a melhor. Na escolha do sítio aconsel-

ho, antes de mais nada, esta-belecer prioridades pessoais (evoluir o inglês, conhecer uma determinada cultura, estar num universidade de topo...), para facilitar a de-cisão em relação ao país para o qual pretendem ir. Os motivos hão de ser dif-erentes de pessoa para pes-soa mas para mim o prin-cipal motivo é conhecer e estar em contacto com uma cultura diferente da nossa, ter a possibilidade de ver várias coisas por diferentes perspectivas, aprender uma língua ou fortalecê-la, mas também o facto de viver ro-deado de pessoas que não têm os mesmo hábitos que nós e portanto aprendermos a perceber várias culturas diferentes.

sugestões

22 SOM | Feverero 2013

CineMa

por marta lousada

À partida, não dava nada por ele. Aparente-mente, só mais uma história de um caloiro do secundário que não tem amigos e que se apaixona por uma miúda mais velha. Muito mais que isso. Este filme é envolvente e ensi-na-nos muito.Quantos de nós já não sentimos necessidade de passar um tempinho connosco mesmos? E quantos de nós já não nos apaixonámos

por alguém muito próximo e a quem quer-emos muito bem que até “engolimos” todos/as os/as totós com quem se envolve, igno-rando a nossa própria felicidade? Às vezes é preciso arriscar. Pensar que amanhã pode ser o último dia das nossas vidas, grande parte das vezes, ajuda. Com uma banda sonora fantástica, o IMdb dá-lhe 8.2. Que tal? vale a pena, não?

Se há hits cinematográficos que valem a pena, este é um deles. de ficar colado do íni-cio ao fim, nem só de sangue se faz django de 2012. Cheio de uma crítica sarcástica e bem humorada, na verdade, são assuntos reais e “chatos” retratados de um modo leviano e di-vertido que muito poucos além do Tarantino conseguem. Além do mestre, o elenco é de se lhe tirar o chapéu: Jamie Foxx, Christoph Waltz e Leonardo diCaprio. O filme é longo, mas passa num ápice e ao olhar para o lado,

já com as luzes levantadas, reparei que não era a única ali a querer mais. Pus-me a pensar como me ri com algo que não tolero, o racis-mo. Refleti. Bom, se muitos ignoram o que se passa no dia a dia – incluindo, boa parte das vezes, eu própria – talvez assim, com um mo-mento cinematográfico muito bem passado, todos tenhamos alguma vergonha e nos lib-ertemos também. hum, parece-me que nem a Academia lhe vai resistir.

tHe perks oF Being a wallFlower (2012)

django unCHained (2012)

1. Lx Market na Lx Factory2. Mercado do CCB3. Mercado das Almas

sugestões

Feveiro 2013 | SOM 23

eventos & Feiras

O mês de fevereiro não podia começar mais agitado. O LX Market, que ocorre todos os domingos em que a chuva permite, já faz parte do fim-de-semana de muitos. No primeiro fim-de-semana de fevereiro disputa a atenção com o Mercado do CCB que, mais “raro”, acontece no primeiro domingo de cada mês. No sábado podes também ir à Feira das Almas, no Intendente. dos três, o meu preferido. Aproveita o inicio do mês e investe uns trocos da tua mesada nestes mercados. Garanto que sais bem servido e por menos do que em qualquer h&M ou Zara desta vida.

por marta lousada

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agenda

24 SOM | Feverero 2013

Myout

por paulo raimundo

“Este é o país que temos”, “contra fatos não há argumentos” ou “isto vai de mal a pior” são algumas das opiniões que eu e, provavelmente todos nós, ouvimos diariamente nos últimos tempos. Parece que tudo o que se faz no nosso país é péssimo e tem como destino certo o fracasso ou a bancarrota...

Mas como é que de um país tão “perdido” vieram empresas que são dos maiores operadores de azeite do mundo ou líderes mundiais em todos os seus segmentos de produto? Certamente me responderiam que apenas fomos um grande país “antigamente”. Mas vamos lá pensar um pouco... O que significa antigamente? Teremos que ir tão longe como os descobrimentos para dizer que f(s)omos um grande país?

Vejamos como temos sido reconhecidos pelo estrangeiro:- O TripAdvisor escolheu um hotel de Cascais como sendo TOP 3 no mundo e Lisboa como TOP 15 das melhores cidades a visitar na Europa;- No hostelWorld, os hostels portugueses ganharam 19 prémios distintos, incluindo “Best Small hostel”, “Best Medium hostel”, “Best Large hostel” e o primeiro lugar em cada um dos critérios;

- O Financial Times listou um mestrado luso no TOP 100 mundial e descreveu a calçada Portuguesa como sendo um dos padrões mais bonitos numa cidade;- Nando’s, uma cadeia de restaurantes originária da comunidade portuguesa-moçambicana, foi nomeada como TOP 30 das “World’s hottest Brands”;- A Today’s Golfer deu o prémio de Best Value destination ao Algarve;- A Impala nomeou Norberto Lobo para melhor álbum europeu independente;- O maior clube de vinhos do mundo, o Munskänkarna, distinguiu as regiões vinícolas do Porto e douro como “Wine Village of The Year 2012”;- O Globe Spots escolheu Portugal como sendo o destino nº1 para viajantes.

Estas são apenas algumas das notícias que têm dado destaque a Portugal neste último ano e eu intrigo-me: se os estrangeiros nos dão tanto valor, porque não damos a nós mesmos? Realmente, depois de esta pequena pesquisa, concordo com os comentários que tenho ouvido. “Contra fatos não há argumentos” e é mesmo “este o país que temos”... Cabe é a cada um valorizar o que acha mais importante.

opinião

Feveiro 2013 | SOM 25

CróniCa

portugal, uM país CoM valorpor tomás ruGeroni

soM - sHare oF Marketing

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