SOLOS CUL TIV ADOS COM CAJUEIRO NO RIO GRANDE DO … · de latitude sul e os meridianos 34°57'08"...

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Boletim de Pesquisa N2 18 ISSN 0103-6424 Maio, 1996 SOLOS CUL TIV ADOS COM CAJUEIRO NO RIO GRANDE DO NORTE Antônio Agostinho C. Lima Augmar Drumond Ramos (i) Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária - MAARA ~ Emp" •• Bm"o;rn do Pfi,U;" AO"p«u'ri. - EMBRAPA V Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical- CNPAT Fortaleza, Ceará

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Boletim de Pesquisa N2 18

ISSN 0103-6424

Maio, 1996

SOLOS CUL TIV ADOS COM CAJUEIRONO RIO GRANDE DO NORTE

Antônio Agostinho C. LimaAugmar Drumond Ramos

(i)Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária - MAARA~ Emp" •• Bm"o;rn doPfi,U;" AO"p«u'ri. - EMBRAPAV Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical- CNPAT

Fortaleza, Ceará

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Copyright © EMBRAPA-CNPAT - 1996

EMBRAPA-CNPAT. Boletim de Pesquisa, 18.

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Comitê de PublicaçõesPresidente: Clódion Torres Bandeira

Secretária: Germana Tabosa Braga PontesMembros: Valderi Vieira da Silva

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Coordenação Editorial: Valderi Vieira da SilvaRevisão: Marj Coeli Grangeiro FerrerNormalização Bibliográfica: Rita de Cássia Costa CidEditoração Eletrônica: Nicodemos Moreira dos Santos JúniorArte-finalização: Arilo Nobre de Oliveira

LIMA, AAC.; RAMOS, AD. Solos cultivados com cajueiro noRio Grande do Norte. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1996.

39p. (EMBRAPA-CNPAT. Boletim de Pesquisa, 18).

1. Caju-Cultivo-Rio Grande do Norte. 2. Solo-Análise. 3. Solo­Uni<hlde pedogenética. I. Ramos, A D. 11. EMBRAPA CentroNacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE).III. Título. IV. Série.

CDD 634.513

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SUMÁRIO

Pág.

RESUMO 5

ABSTRACT 6

INTRODUÇÃO 7

DESCRIÇÃO GERAL DO ESTADO DO RIOGRANDE DO NORTE , 8

Situação, limites e extensão 8

MATERIAL E MÉTODOS 9

CRITÉRIOS PARA EST ABELECIMENTO DAS CLASSESDE SOLOS E FASES EMPREGADAS 12

RESULTADOS E DISCUSSÃO " ". 13

Unidades pedogenéticas 13Descrição das classes de solos e respectivas fases 14Características dos solos representativos 19Fertilidade 20

Identificação de áreas potenciais para cajueiro 23

CONCLUSÕES 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25

ANEXOS 27

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SOLOS CULTIVADOS COM CAJUEIRO NORIO GRANDE DO NORTE

Antônio Agostinho C. LimalAugmar Drumond Ramosl

RESUMO - Os solos cultivados com cajueiro foram identificados peloestudo pedológico das áreas produtoras de caju no Rio Grande do Norte.Dados de produção de castanha, complementados com visitas aos poma­res de cajueiro, indicaram a existência de doze microrregiões produtoras.As áreas potenciais para a cultura foram definidas com base em paràmetrosde clima, solo, altitude e topografia. As descrições morfológicas e as análi­ses fisico-químicas caracterizam quatro unidades de solo representativas aonível de grande grupo: Latossolo Amarelo, Latossolo Vermelho-Amarelo,Podzólico Vermelho-Amarelo e Areia Quartzosa. A unidade de solo queocorre com maior freqüência e extensão geográfica nas áreas produtorasde caju é o Latossolo Vermelho-Amarelo, textura média, em relevo plano.

Termos para indexação: cultura do cajueiro, solos, unidades pedoge­néticas, análises de solos, regiões produtoras.

I Eng.-Agi'., M.Sc., EMBRAPAlCentro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical (CNPAT),Rua dos Tabajaras, 11, Praia de Iracema, Caixa Postal 3761, CEP 60060-510 Fortaleza, Ceará.

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SOILS OF THE CASHEW CROP INRIO GRANDE DO NORTE STATE

ABSTRACT - Tbe soil" Cllltivilteci with cilshew identitled through pedo­logical studies ofland in Rio Grande do Norte State. Cashew nut produc­tion data and direct observation on the orehads indieate there are twelve

production mieroregions. Parameters of soil, c1imate,altitude and topogra­phy were definide to determine the potencialland for eashew erop. Profiledescription and soil analysis were done in arder to identi±ythe representa­tive soils chich were c1assifiedin four Great Groups: Yellow Latosol, Red­Yellow Latosol, Red- Yellow Podzolic and Quartz Sand. The soil wruchoeem with higher frequency and having bigger area is the Red-YellowLatosol, medium texture, on leveI relief

lndex terms: eashew erop, soils, pedogenetie unities, soils analysis,produeers regions., v

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SOLOS CUL TIVADOS COM CAJUEIRO NO RIOGRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO

o cajueiro, planta disseminada em quase todo o mundo tropical,é originário do Brasil, onde pode ser encontrado em todo o território,com predominância no Nordeste, principalmente nos Estados do Cea­rá, Piauí e Rio Grande do Norte.

A área ocupada com a cajucultura no Nordeste está estimada em650.000ha, o que permite obter, em anos de normalidade climática,cerca de 160.OOOtde castanha "in natural', correspondente, portanto, auma produtividade de 240 kg/ha, considerada muito baixa em relaçãoao potencial produtivo da espécie.

o decréscimo no rendimento da cultura tem sido causado pelaatuação conjunta de vários fatores, destacando-se como mais impor­tantes: baixo potencial genético das plantas, baixa fertilidade dos solos,irregularidade ou escassez de chuvas, ocorrência de pragas e doenças,associadas ao manejo inadequado da cultura.

As características de uma área a ser utilizada devem ser conheci­

das para que se possa estabelecer um sistema de manejo, mantendo aprodutividade dos solos e eliminando a sua baixa fertilidade natural,como um fator limitante à produção das culturas.

Visando à identificação e caracterização dos solos foi realizadaesta pesquisa envolvendo métodos de campo e laboratório, já conheci­dos e padronizados para os estudos de pedologia: seleção de áreasrepresentativas, identificação e descrição dos solos, coleta de amostrase análises fisico-químicas e de fertilidade.

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DESCRIÇÃO GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DONORTE

Situação, limites e extensão

o Estado do Rio Grande do Norte possui uma extensão de53.015 km2. Está localizado no Nordeste Oriental do Brasil (Fig. 1),situando-se, aproximadamente, entre os paralelos 4°51'54" e 6°58'18"de latitude sul e os meridianos 34°57'08" e 38°35' 12" de longitude aoeste de Greenwich. A superficie total do Rio Grande do Norte repre­senta 0,62% do território brasileiro. O Estado limita-se ao norte e lestepelo Oceano Atlântico, ao sul pelo Estado da Paraíba e a oeste temcomo limite o Estado do Ceará.

70" 66° 62° 58° 54° 50° 46° 42" 38° 34° 30"

FIG. 1 - Mapa do Brasil mostrando a localização do Estado do RioGrande do Norte.

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MA TERIAL E MÉTODOS

A metodologia consistiu de procedimentos de escritório, traba­lhos de campo e laboratório. As microrregiões produtoras foram defi­nidas segundo o Levantamento Exploratório de Solos do Rio Grandedo Norte (Brasil, 1971) e informações obtidas com o trabalho de cam­po, que completaram esses dados.

Foram selecionadas áreas representativas da cultura do caju em120 pomares dos municípios produtores de doze microrregiões homo­gêneas do Rio Grande do Norte (Tabela 1).

A primeira fase dos trabalhos consistiu na elaboração de umalegenda preliminar para identificação dos solos nas áreas da cultura docaju, correlacionando clima, relevo, geologia e vegetação primária(Brasil, 1971).

Procurou-se verificar que os solos se encontravam mais expres­sivamente associados às diversas combinações de elementos do meiofísico e distinguir correlações entre variações de solos e condiçõesambientais. Foram feitas também observações com referência à declivi­dade, erosão, drenagem e uso agrícola.

Os solos foram identificados preliminarmente segundo as carac­terísticas morfológicas constantes dos Estados Unidos (1951) e doManual de Descrição e Coleta de Solo no Campo (Lemos & Santos,1984).

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TABELA 1 - Áreas produtoras de caju no Rio Grande do Nortepor microrregião homogênea e municípios.

ApodiCaraúbas

Dix-Sept Rosado

Mossoró

Mossoró

Baraúna

Serra do Mel

Areia Branca

Microrregiões homogêneas

Chapada do Apodi Médio Oeste

Municípios produtores

Campo Grande

Augusto Severo

Upanema

Vale do Açu

AçuCamaubais

IpanguassuJucurutu

te

Coronel Ezequiel

Jaçanã

Natal

Pamamirim

Borborema Potl­

guar

Microrregiões homogêneasMacau Macaíba

Municípios produtoresIvlacau Ceará Mirim

São Bento do Nor- Macaíba

São José do Mi­

pibu

Microrregiões homogêneasLitoral Nordeste e Serra de Sanlana

Agreste Potiguar

Municípios produtoresCerro Corá

Florânia

Lagoa Nova

Touros

Maxararanguape'lera Cruz

Umarlzal

Umarizal

Martins

Antônio rvíartins

Pau dos Ferros

Itaú

Severiano lI/Ido

Fonte: IBGE (l980).

Com base no estudo comparativo das características dos per­fis, complementado por estudos de correlação com os fatores de for­mação dos solos, estabeleceu-se o conceito das várias unidades de so­los, segundo esquema de classificação adotado pelo antigo SNLCS,hoje CNPS. Às unidades constatadas, acrescentou-se o critério de fase(Reunião ... , 1979), considerando os fatores vegetação, relevo e ero­são.

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No decorrer dos trabalhos de campo, com o aparecimento denovas unidades, foram introduzi das modificações na legenda prelimi­nar, visando a sua atualização.

Os exames, as descrições e as coletas de perfis de solos foramefetuados por meio de sondagem com trado, trincheiras ou cortes deestradas previamente limpos.

As análises foram feitas no laboratório de solos do Centro

Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical (CNPAT), pelos mé­todos descritos no Manual de Métodos de Análises Se ia

(EMBRAP A, 1979). As análises de fertilidade consistiram em deter­minações de rotina para fósforo disponível, cálcio + magnésio, potás­sio e alumínio trocáveis; o pH foi determinado em potenciômetro nasuspensão solo-água, proporção 1:2,5. As determinações feitas nasamostras de perfis foram as seguintes: análise granulométrica na terrafina seca ao ar, fração areia por tamização e argila pelo método depipeta; umidade a 113atm e a 15 atm, utilizando-se extratores de placaporosa, pH em água, potenciometricamente, método indicado;condutividade elétrica determinada no extrato de saturação de solo;carbono orgânico determinado volumetricamente pelo bicromato depotássio e titulado pelo sulfato ferroso amoniacal; matéria orgânicacalculada multiplicando-se o resultado do carbono orgânico pelaconstante 1,724; nitrogênio total analisado pelo método deKJEDAHL, usando-se para digestão os sulfatos de sódio e cobre, de­terminando-se por volumetria, após retenção de NH3 em ácido bóricoe destilação a vapor; fósforo determinado em extrato de HeI O,05N eH2S04 O,025N, pelo método colorimétrico, utilizando-se ácido ascór­bico; cátions trocáveis extraídos com acetato de amônia normal pH7,0. Descontando-se cátions solúveis no extrato de saturação e deter­minando-se cálcio + magnésio pelo método complexométrico, tituladocom EDT A, encontra-se o magnésio por diferença. O potássio e osódia trocáveis foram determinados por fotometria de chama. O valorT (capacidade de troca de cátions) foi obtido pela sorna de cátionstrocáveis.

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CRITÉRIOS PARA ESTABELECIMENTO DAS CLASSES DESOLOS E FASES EMPREGADAS

Os critérios adotados para o estabelecimento das classessolos estão de acordo com as normas usadas pela E1vIBRAPA (I988).

e

§O!(JiS ~om holrizonte Bmódicos que correspondem ao1975j, classificação anH31Tcana

Solo!; arE'Iw-qu.artzosos(menos 15%)até uma m·ofl.lfJ.dida.de

ou muito

horizon"

arenosos

Carátercificações

50%.

e

~ vegetação

Nos i,e\T2.rltamtmto3 solos executados,

gadas fílses na separa,çãiÜ uma ITh;;Slil.R classeemprego de fase o de fornecer subsidiossolos para uso agricola. As fases empregadas na pe:sqmsapeito à vegetação e relevo.

As fases quanto à vegetação natural Vlsam

principalmente relacionados com o maior ou o menor graude de determinada área. Sabe-se que a vegetação natural reflete ascondições climáticas de uma área. No Rio Grande do Norte, pode-seconstatar variação de vegetação natural, refletindo condições dimáti-

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cas diversas. Na zona úmida costeira verifica-se o domínio da floresta

subperenifólia. Para o interior, direção oeste, o clima vem se tornandomenos úmido e passa a ocorrer vegetação que se enquadra em florestasubcaducifólia, quase toda devastada atualmente. Na área de climasemi-árido, domina a vegetação constituída por caatinga hiperxerófila.Na fase de transição entre clima semi-árido e subúmido, situada naparte leste do Estado, verifica-se o domínio completo da caatinga hi­poxerófila, que reflete condições de clima e transição entre estas duasregiões climáticas.

Fases quanto ao relevo

Foram empregadas com o intuito, principalmente, de forne­cer subsídios de grande valia no estabelecimento dos graus de limita­ções com relação ao emprego de implementos agrícolas e susceptibili­dade à erosão.

As diversas fases de relevo empregadas no trabalho do RioGrande do Norte estão compreendidas nas classes de relevo: plano esuave ondulado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Unidades pedogenéticas

Foram encontradas seis unidades pedogenéticas (Tabela2), com larga expressão geográfica, nas áreas produtoras do RioGrande do Norte, distribui das nos tabuleiros litorâneos e nos pla­naltos sedimentares do interior, compreendendo 54 municípios emdoze microrregiões diferentes. De acordo com a classificaçãobrasileira, os solos pertencem aos seguintes grandes grupos

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Latossolo Vermelho-Amarelo: principal unidade em extensão geo­gráfica e solo dominante, nas áreas de caatinga hiperxerófila e hipoxe­rófila,

Areia Quartzosa: ocorre no litoral e demais áreas,

Podzólico Vermelho-Amarelo: ocorre nas áreas de caatinga hiperxe­rófila e hipoxerófila,

Latossolo Amarelo: ocorre nas áreas de caatinga hiperxerófila e flo­resta subcaducifólia,

TABELA 2 - Principais unidades pedogenéticas da cultura docaju no Estado do Rio Grande do Norte.

Latossolo Amarelo Distrófico. textura média (LAd)Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, textura média (LVd)Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico. textura média (LVe)Podzólico Vermelho-Amarelo Distrófico, textura arenosa/média (PV)Podzólico Vermelho-Amarelo Eutrófico, textura arenosa/média (PE)Areias Quartzosas Distróficas (AQd)

Descrição das classes de solos e respectivas fases

A seguir são descritas as classes de solos encontradas nospomares de cajueiro no Estado do Rio Grande do Norte, com suasrespectivas fases, Após a caracterização das fases, são inseridas as des­crições morfológicas, análises fisicas e químicas dos perfis de soloscorrespondentes,

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Latossolo Amarelo Distrófico A moderado, textura média, fasefloresta subcaducifólia, relevo plano

Compreende solos minerais, não hidromórficos com hori­zonte B latossólico, distinguido pela coloração amarela no matiz10YR. São solos com avançado estágio de intemperização e muitoevoluídos. São normalmente muito profundos, sendo a espessurado solo raramente inferior a 1m. Tem seqÜência de horizontes A, Be C, pouca diferenciação de horizontes. O incremento de argila doA para o B é pouco expressivo; a relação textural Bí não satisfázendo os requisitos para B textural. São solos fortemente acidos,com baixa saturação de bases e distróficos. Encontram-se sobcondições de clima quente e úmido. Ocorrem sob vegetação det10resta subcaducifólia e caatinga hiperxerófila.

Dentre as frações menores que a areia, merece destaque aargila, encontrada em torno de 20% no horizonte A e normalmenteentre 25% e 27% no horizonte B. Os teores de carbono orgânico sãomuito baixos, variando de 0,06% a 0,10% no perfil.

Apresentam, de maneira geral, soma de bases (S) baixa aolongo de todos os horizontes. São baixos os valores para cálcio, mag­nésio, potássio e sódio. A capacidade de cátions (valor T) é baixa,variando de 8 mEíl OOga 9 mEíl OOgde terra fina no perfil. Os teoresde fósforo assimilável são muito baixos em todo o perfil e são inferio­res a 0,20 mgíl00g.

Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, textura média, fase flo­resta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado

Compreende solos com horizonte B latossólico, não hidro­mórficos, com saturação de bases (V = 100 SíT) inferior a 50% emtodo o perfil. São muito profundos, muito porosos, acentuadamentedrenados, friáveis ou muito friáveis, muito intemperizados, com pre-

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domínio de sesquióxidos e argila 1:1 (normalmente caulinita) na fra­ção coloidal. Desenvolvem-se a partir de sedimentos do Grupo Barrei­ras ou de materiais de capeamento sedimentares residuais na zona doSeridó e Serrana, relacionados com a série Serra do Martins. Encon­tram-se sob condições de clima quente e úmido. Ocorrem sob vegeta­ção de floresta subcaducifólia e caatinga hiperxerófila. Apresentamseqüência de horizontes A, B e C. Comum ente o horizonte A compre­ende Ai e A3 e o B compreende Bh B2, B21e B22

o suborizonte A] apresenta entre 22cm e 60cm, coloraçãobruno amarelada, bruno, bruno-escuro, com matizes 7,5YR e 10YR,valores entre 3 e 5, cromas variando de 2 a 4. A textura é das classes

areia franca, franco-arenosa e franco-argilo-arenosa; a estrutura é fra­ca, pequena a média granular.

o horizonte B compreende normalmente Bj, Bb B21 e Bn. Osuborizonte B1 varia de 53cm a 105cm e apresenta coloração bruno,bruno-escuro e bruno forte, matizes 7,5YR e lOYR valores de 4 a 6 ecromas de 4 a 6. A textura é normalmente franco-argilo-arenosa efranco arenosa. Quanto às propriedades físicas, estes solos possuem afração areia grossa com 13%-15% no horizonte A e valores de 10%­19% no horizonte B. Dentre as frações menores que a areia, merecemaior destaque a argila que varia de 11% a 15% no horizonte A enormalmente entre 17% e 27% no horizonte B. A fração silte compequenas variações dentro do perfil apresenta valores em torno de10%.

Os teores de carbono orgânico são muito baixos, e têm redu­ção gradativa com a profundidade. A relação C/N varia pouco noperfil, com valores extremos no horizonte A, entre 7 e 13. Geralmen­te, os valores são baixos, indicando estágio avançado de decomposi­ção de matéria orgânica.

Apresentam, de maneira geral, soma de bases trocáveis (S)baixa ao longo de todos os perfis, com valores entre 3,06 mE/I00g a

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3,79 mE/lOOg de solo no horizonte A e de 2,67 mE/lOOg a 2,99mE/1 OOgde solo para o horizonte B. Os teores de fósforo assimilávelsão muito baixos em todos os perfis. Os teores de fósforo assimilávelsão muito baixos em todos os perfis. A vegetação primitiva, florestasubcaducifólia, encontra-se praticamente devastada. Na área de climasemi-árido, domina a vegetação constituída por caatinga hiperxerófila.

Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico, textura média, fase caa­tinga hiperxerófila, relevo plano

Compreende solos com horizonte B latossóhco, não hidro­mórficos, com baixa capacidade de troca de cátions (valor T) e satura­ção de bases (V%) alta. São muito profundos, muito porosos, friáveis,

com perfis apresentando seqüência de horizontes Ap, Bl e B2. Sãoderivados de sedimentos areno-argilosos do Terciário em áreas derelevo plano. Morfologicamente apresentam seqüência de horizontes

Ap, Bl e B2. O horizonte Ap apresenta espessura de 45cm, cor bruno­escuro no matiz 7,5YR, com valor 4 e 5 e croma 4, textura da classefranco-arenosa, estrutura fraca pequena e granular. O horizonte Bcompreende Bl e B2' cores bruno e bruno-forte no matiz 7,5YR, comvalores 5 a 6 e cromas 4 a 6, textura franco-arenosa, estrutura maciçaporosa pouco coerente. Dentre as frações de 2mm a 5mm de diâmetro

destaca-se a areia fina com 18% no horizonte Ap e 55% a 58% nohorizonte B. A fração silte é baixa (6%-7%) no horizonte B. Para afração areia grossa, os valores estão compreendidos entre 14% e 18%.

Os teores de carbono orgânico são predominantemente muitobaixos em todo o perfil. A soma de bases trocáveis (valor S) é, emgeral, média, em torno de 3 mE/l OOgem terra fina. A capacidade detroca de cátions (valor T) é média no horizonte B, com valores emtorno de 7,00 mE/lOOg de terra fina no B. A saturação de bases (V%)é alta sendo suas percentagens de 53% a 62%. O alumínio trocávelapresenta valores medianos entre 0,43 mE/lOOg a 0,70 mE/lOOg deterra fina.

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Podzólico Vermelho-Amarelo Eutrófico, textura arenosa/média,fase caatinga hiperxel"ófila, relevo plano

Esta classe compreende solos com horizonte B textural, argi­la de atividade baixa, não hidromórficos, saturação de bases (V%)alta, soma de bases permutáveis (valor S) com valores médios e bai­xos. Apresentam perfis bem diferenciados, bem drenados, de fertili­dade natural média a alta, acidez moderada, erosão variando de lami­

nar ligeira a moderada (nas partes mais acidentadas a erosão chega aser laminar severa). A área de ocorrência destes solos situa-se na partesudoeste do Estado, denominada zona serrana.

A vegetação dominante na área é a caatinga hiperxerófilaaberta ou pouco densa, com árvores esparsas. Os solos sào mediana­mente profundos, apresentando uma seqüência de horizontes A, Bt eC. A fração grosseira (cascalho) evidencia-se em alguns casos no ho-rizonte C. fração areia há um nítido predomínio da fração areiagrossa areia fina, ocorrendo os seus percentuais em ordem de-crescente acordo com a profhndidade. A fração silte está em tomode 20%. A argila apresenta percentuaIs de 12% no A com valor médiode 30% no

A capacidade de permuta de cátions (valor T), em virtude damaior propon;:ão de matéria orgânica, é mais alta na superfície, decres­cendo com a profundidade. A soma de bases permutáveis (valor S) apre­senta maiores valores no horizonte superficial. A saturação de bases éalta, com valores superiores a 50%, os quais decrescem ou aumentamcom a profundidade. O alumínio trocável normalmente está ausente.

Areias quartzosas distróficas

Esta classe compreende solos areno-quartzosos profundos,com muito baixos teores de argila (menores de 15% dentro de umaprofundidade de 2m aproximadamente). São solos ácidos com baixa

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saturação de bases (V%) e alta a média saturação com alumínio trocá­vel. Têm fertilidade natural muito baixa, são excessivamente drenadose apresentam horizonte A fracamente desenvolvido.

Ocorrem isoladamente em área considerável nas imediaçõesdo município de Touros e associados com os Latossolos Vermelho­Amarelo e Podzólico Vermelho-Amarelo, ambos com textura média,no restante da faixa litorânea.

São derivados de sedimentos areno-quartzosos do Grupo Bar­reiras da Formação Arenito Açu, em relevo plano me; com ondulaçõpsmuito suaves. As formações vegetais mais freqüentes ashiperxerófilas e hipoxerófila.

Características dos solos representativos

As características dos solos foram descritas e analisadas em perfisrepresentativos nas diferentes regiões. PiS principais características físicas equímicas dos solos são mostradas nos perfis (Anexos). Os estudadossão profilndos, muito intempe:rizados, e, de modo geral, não apresentamminerais primários e de fácil composição. A maioria dos pomares de caju­eiro apresenta os horizontes superficiais do solo fracamente estruturadosou sem agregação, podendo estar compactados, condição que diminui ainfiltração de água e seu annazenamento no perfil, além de restriJlgir ocrescimento do sistema radicular das plantas (Camargo, 1983).

Na composição da textura dos diferentes solos, as partículas deareia têm maior proporção, vindo em segundo lugar a argila, com percen­tuais baixos, aumentando na parte inferior dos solos com horizonte B. Aspartículas de silte ocorrem em quantidades menores que a argila. Apresen­tam predominância de caulinita e óxidos de ferro e aluminio na fração argi­la (SUDENE, 1973), materiais com baixa capacidade de troca de cátions.

Os dados de retenção de umidade mostram que a capacidade dearmazenamento de água dos perfis é pequena, havendo acréscimo com aprofundidade nos horizontes de textura média.

19

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As características dos solos estudados, exceto Areias Quart­zosas, resultam de processos de intemperismo encontrados em váriaspartes do mundo, sob influência de climas tropicais (Buol et aI. 1973).Estes processos, atuando sobre os materiais de origem dos solos, produziram as condições atuais, isto é, texturas com predmr..inância deareia, pequena capacidade de retenção de água, pequena capacidade detroca de cátions e pouca disponibilidade de nutrientes, mesmo em soloscom elevada saturação de bases.

A descrição mOríológica dos solos (perfis anexos) demonstraque os horizontes superficiais são fracamente estruturados. As caracte­rísticas químicas indicam média disponibilidade de nutrientes, uma vez quea capacidade de troca de cátions vfu-iade 7,0 mE/lOOg a 9,0 mEllOOg desolo. A reação do solo nas amostras analisadas varia de fortemente ácidaa moderadamente ácida (pH 4,4, a 5,7). Os níveis de alumínio trocávelgeralmente estão entre 0,0 mEllOOg e 0,7 mE/I00g, o que pode serconsiderado baixo em valores absolutos. A saturação de alumínio dossolos é entre 0% e 20%.

Fertilidade

Os resultados das análises de fertilidade encontram-se nasTabelas 3 e 4.

Os dados da Tabela 3 mostram deficiência de fósforo em 94%

das amostras analisadas; o potássio, em quase 100% das amostras,enquanto menm, de 1% tem teor médio; o cálcio + magnésio estão emnível baixo em 23%, sendo que 72,8% têm teor médio. Em todos oscasos de deficiência precisam ser adicionados os elementos químicosrespectivos fazendo-se adubação e ou calagem. Os níveis de alumíniotrocável em geral são baixos, não requerendo tratamento do solo paraneutralização. Apenas 17,4% das amostras analisadas têm alumínioentre 0,4 mE e 1,0 mE, tornando-se necessário o uso de calagem ououtro tratamento para baixar esses níveis. Em 70% das análises, osvalores de pH estão entre 4,3 e 5,3, isto é, reação fortemente ácida.

20

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TABELA 3 - Fósforo, potássio, cálcio + magnésio. Fortaleza, 1993.

Microrregiões

NívelFósforoPotássioCálcio + magnésiono solo

Nº%N2%N2%

Baixo

51005100 240

NatalMédio- - 360

AltoBaixo

91009100 111

MacaibaMédio-- -7 78

Alto

-- - 11

Litoral Nordeste

Baixo7868100 1.i ' .•~,

Médio114--7 86T

Agreste PotiguarAlto

Baixo

34913697821Mossoró

Médio261327 73

Alto13- -2 6

Chapa da

Baixo81008100 225

do Apodi

Médio --6 75

AltoBaixo

117914100536

Pau dos FerrosMédio321--9 64

AltoBaixo

51005100

Médio OesteMédio-- -5100

AltoBaixo

1091li100Serra de Santana

Médio19- -10 91

Alto

- --1 9

Borborema

Baixo5836100 583

Potiguar

Médio117--1 17

Alto

21

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TABELA 4 - Alumínio e reação do solo. Fortaleza, 1993.

Alumínio

Reação do solo (pH)Microrregiões

Nível

(mE%)

Nº0/0NívelNº%

~ 0,3

51004.5 - 5,3Natal

0,4 - 1,0-5,4 - 6,5-100

6,6 - 7,3

5

Macaíba

~ 0,36604,3 - 5,3660

0,4 - LU

3405,4 - 6,5340

Litoral Nordeste +

~ (1,381004,3 - 5.3113

Agreste Potiguar

OA - 1.0--5,4 - 6.5787

Mossoró

~ 0,33697,·5323 62

0,4 - 1,0

135,4 - 6.51438

Chapada do Apodi

~ 0,38100 - 5 ..3,-, 88

0.4 - 1,0

5,4 - 6.512

Pau dos Fe::m"

~ 0.314100c.LJ - 5.3;~/9

~ lJ)

-- 321

Médio Oeste

~ 0,33604,3 - 5,3480

0.4 - 1.0

2405,4 - 6,5120

Serra de Samana

~ eu2184,3 - 5,31100

OA - 1,0

l'825,4 - 6,5'7

Borborema

~ eu,.,5043 - 5,3467.,

Potiguar0,4 - LO3505,4 - 6,5233

22

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Identificação de áreas potenciais para cajueiro

A identificação de áreas potenciais leva em conta cntenosecológicos que proporcionam condições favoráveis consideradas im­portantes para a cultura:

a) altitude até 600 metros;

b) solo profundo, com boa porosidac:e e sem impedimentotlsico no perfil;

c) topogratla uniforme e relevo plano a suave ondulado;

d) pluviosidade média anual maior que 700mm e temperaturamédia anual acima de 2Ioe (Ramos & Frota, 1990).

A adoção destes critérios permite identificar as áreas potenciaispor município e microrregião, sem entretanto delimitar e quantificaressas áreas; para isso seria necessário um estudo detalhado de campo.

CONCLUSÕES

A baixa fertilidade natural dos solos constitui um dos principaisfatores limitantes à produção agrícola no sistema de manejo pouco desen­volvido. Nesse sistema, o melhoramento da fertilidade poderá ser efetua­do CDmo uso de fertilizantes e corretivos. Ressalte-se que para o melho­ramento da fertilidade devem ser levadas em consideração ce11ascaractelisticas dos solos tais como: capacidade de troca de cátions (valorT), soma de bases trocáveis (valor S), pH, teor de matéria orgânica e fós­foro, textur~ drenagem, penneabilidade e profundidade efetiva do solo.

o problema da fertilidade baixa ou muito baixa no Rio Gran­de do Norte ocorre, notadamente, na zona úmida costeira, onde umclima úmido atuando sobre sedimentos arenosos e arena-argilosos do

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Grupo Barreiras na quase totalidade da área, com relevo plano, deuorigem a solos muito pobres com deficiência de macro e micronutri­entes. Assim sendo, muitos solos dessa zona poderão ter sua fertilida­de melhorada através da aplicação de corretivos e fertilizantes.

Nessa faixa úmida costeira existe classe de solo Latossolo

Vermelho-Amarelo Distrófico, textura média de "tabuleiro", com re­levo plano e suave ondulado, que poderá ser utilizado intensamente,sobretudo com fruticultura.

No sistema de manejo desenvolvido (sem irrigação), algumaspráticas contribuem para atenuar os problemas decorrentes da falta deágua, corno, por exemplo, cobertura morta do solo com qualquer ma­terial que restrinja a perda de umidade e a incidência direta dos raiossolares sobre a superfície do solo. Os problemas causados pela erosãosão grandes na maior parte do Estado do Rio Grande do Norte, sobre­tudo na zona semi-árida, onde a vegetação é pouco efetiva na cobertu­ra do terreno e as chuvas de regÜne concentrado desgastam severa­mente os solos, mesmo nas á.reas de relevo suave ondulado, onde adeclividade é pequena.

Os métodos de combate à erosão em solos cultivados com

cajueiro são: cobertura morta, cultivo alternado, coveamento, incorpo­ração de restos vegetais e matéria orgânica.

Devem-se alertar os usuários que os solos na zona semi-áridado Estado são muito susceptíveis à erosão (solos rasos, solos areno­sos) e quaisquer medidas que impliquem revolvimento do solo agra­vam o problema, com a aceleração do desgaste. Por isso, o manejodos solos das zonas semi-áridas requer cuidados especiais, sobretudoquando houver revolvimento da parte superficial. Todos os solos, ex­ceto o Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico e o Podzólico Verme­

lho-Amarelo Eutrófico, têm baixa fertilidade, requerendo a adição defertilizantes e corretivos, que suprirão os nutrientes deficientes e pro­moverão a redução da acidez e neutralização do alumínio trocável dosolo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo. Levantamentoexploratório - reconhecimento de solos do Estado do RioGrande do Norte. Recife: Dl'WEA, 1971. 531p.

BUOL, S.W.; HOLE, F.E.; McCRAKEN, R.l SoU genesis andclassification. Ames: Iowa State Universi~y Press, 1973. 359p.

CAMARGO, O.A. de. Compactação do solo e desenvolvimento deplantas. Campinas: Fundação Cargill, 1983. 44p.

EMBRAP A. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação deSolos. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro,

1979. n.p.

EMBRAP A. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação deSolos. Critérios para distinção de classes de solos e de fases deunidades de mapeamento: normas em uso pelo SNLCS. Rio deJaneiro, 1988. 68p. (EMBRAPA-SNLCS. Documentos, 11).

EST ADOS UNIDOS. Soil Conservation Service. Soi! Survey Staff.Soil taxinomic: a basic system of soUclassification for makingand interfreting soil surveys. Washington: USDA, 1975. 754p.(USDA. Agriculture Handbook, 436).

ESTADOS UNIDOS. Soil Conservation Service. Soil Survey Staif. Soilsurvey manual. Washington: USDA, 1951. 503p. (Handbook, 18).

IBGE. Censo agropecuário: Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro,1983. 519p. (IBGE. IX Recenseamento Geral do Brasil - 1980.v.2, 1.3, n.10).

LEMOS, R.c. de; SANTOS, R.D. de. Manual de descrição e coletade solo no campo. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciências doSolo, 1984. 46p.

MADEIRA NETO, lS.; MACEDO, l Contribuição para interpre­tação dos levantamentos de solos. Planaltina: EMBRAP A­CPAC, 1981. 32p. (EMBRAP A-CPAC. Boletim de Pesquisa, 6).

25

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RAMOS, AD.; FROTA, P.C.E. Aptidão agrícola da terra para acultura do cajueiro. Fortaleza: EMBRAP A-CNPCa, 1990. 32p.(EMBRAP A-CNPCa. Boletim de Pesquisa, 1).

REUNIÃO TÉCNICA DE LEVANTAMENTO DE SOLOS, 10. Riode Janeiro, 1979. Súmula ... Rio de Janeiro: EMBRAPA-SNLCS,1979. 83p. (EMBRAPA-SNLCS. Série Miscelânea, 1).

SUDENE. Divisão de Agrologia. Levantamento exploratório - reco­nhecimento dos solos do Estado do Ceará. Recife: MA/DNPEA/DRN, 1973. 2v.

26

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ANEXOS

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PERFIL 1DATA: 08.06.93

DESCRIÇÃO GERALCLASSIFICAÇÃO - LA TOSSOLO AMARELO DISTRÓFICO A moderado

textura média fase fioresta subcaducifólia relevo plano,LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO - A 4,5 km do Hotel Serrano, loca-

lidade Lagoa Nova, Munidpio de Ihrtins ~R.1'\!.

SITUAÇÃO, DEClLIVIDADE - Topo da /'0cÜvidade de 0-3%.UTOLOGIA E 'FORMAÇÃO GEOLÓGKA o Série io Martins - Ter:;:iário,MA TERlAL ORIGINÁRIO - Arenlto e cODlglc,merado.

PEDREGOSmADE - Não pedregosa.ROCHOSIDADE - Não rochosa,RELEVO LOCAL - Plano.RELEVO REGiONAL - Suave ondulado.

EROSÃO - Laminar ligeira.DR'ENAGEJ'~[ " Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRJA - Floresta subcadudJÓlia.USO ATUAL - Cultura do caju.DESCRITO TECm,-,ETAFJlO POR - Antônio AgoslinblOCav&kauti Uma

bruno-amarciado 5/4, úmido) :;;D!1.li1iJ

seco); franco~argHo-arenoso; fraca a moderada médiasubanguiar; ligeiramente ligeiramenteramente pegajoso; transição plana e gradual.26-5ikm, bruno-amarelado \7R e bnmo~arrl,uelado

YR 5/8, seco); franco argilo arenosc; fraca a moderada pequenae média granular e subangu.iar; ligeiramente

plástico e ligE~iraJneI1tep(;gajoso: tmr,siç:k e grac[uatamarelo-brunado "Yll6/8, YR

seco); franco-argilo-arerioso; moderada pequena e xnédia, blocossubanguiares; duro. plástico e tnli1s1í;ãiJ phtna eclara.

A3

99-160cm +, amarelo-brunado YR 6/8, úmido) e amarelo­brunado (10 YR 6/6, seco); franco-argilo-arenoso; moderada peque­na e média, blocos subangulares; duro, firme; plástico e pegajoso.

~_ Finas muitas no A. ~ e médias ~ouças no Bl e E2 ..~_,~ _OBSERVAÇÕES: Poros pequenos e médios muitos no AI e A3, e pequenos e

médios raros no B 1 e B2.

29

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AN

ÁL

ISES

JF·ft~;ncA§íE

QiJÍM

H::A

S

PE

RF

ILW

Ol

Classificação

textural

Franco-argilo-arenoso

Matéria

P

orgânica

Assim

i]ávelO

r'l0,17

0,15

0,12

0,]2

0,]2

0,12

0,10

0,12PSl

100,Al+

++

%

S+

Al+

++

10,70

12,8

8,1514,7

9,0017,1

9,6716,9

100srr

(V%

)5047

4271

()

n°A

mostra

93-

48

4950

5]

Densidade

Particula

Horizonte

~Com

p.2~çàogr1.!lE

.!9métrica

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Símbolo

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AJ:~iafina

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21,5345,53

12,3I

20,636.48

A3

26-

5425,77

43,9010,10

20,237,02

BI

54-

9913,62

45,9114,89

25,589,44

B2

99-

160+10,87

47,7314,00

27,309,56

Um

idadeÁ

gua-pH----C

~a~_~_=C

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itrogêni;'---C

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l/3Atm

,15

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,útil

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Equivalente

%%

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----------------------------_.~-----_._------------------------------2,53

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8,934,60

0,23O

,!O0,001

102,63

17,588,60

8,984,50

0,190,07

O,O

Ol

7

2,6621,12

10,1410,98

4,500,17

0,070,001

7

2,6024,35

11,6212,73

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2,001,6

0,171.05

4,844,92

9,760,71

2,001,4

0,130,75

4,284,92

9,200,74

1,401,2

0,120,75

3,474,86

8,330,72

1,401,1

0,120,80

3,42__ 4,85

~,J:2..

0,70

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PERFIL 2DATA: 08.06.93

DESCRIÇÃO GERALCLASSIFICAÇÃO - LA TOSSOLO VERI\tfELHO-AMARELo EÜTROFICO A

moderado textua média fase caatinga hiperxerófila relevoplano.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO - A 3,5knl do cruzamento da rodoviaBR 405 MossorólPau dos Ferros com a Rodovia RN 177/

ltaúJRodolfo Fernandes. Município de Rodolfo Femandes - RN.SITUAÇÃO, DECLIVIDADE - Perfil de trincheira com 0-2% de declive.LITOLOGIA E I<'ORMAÇÃO GEOLÓGICA - Terciário - Grupo Baneiras.MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos areno-argilosos.PEDREGOSIDADE - Não pedregosa.ROCHOSIDADE - Não rochosa.RELEVO LOCAL - Plano.RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Não aparente.DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Floresta hiperxerófila.USO ATUAL - Cultura do caju.DESCRITO E COLETADO POR - Antônio Agostinho Cavalcanti Lima

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICAAp 0-45cm, bruno escuro (7,5 YR 4/4, úmido) e bruno (7,5 YR 5/4,

seco); franco-arenoso; fraca pequena granular; macio, muito friá­vel,não plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.

DI 45-90cm, bruno (7,5 YR 5/4, úmido) e bruno-claro (7,5 YR 6/4,seco); franco-arenoso; macia porosa pouco coerente; macio; friável,não plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.

B2 90-160cm, bruno-forte (7,5 YR 6/8, úmido) e amarelo-avennelhado(7,5 YR 6/6, seco); franco-argilo-arenoso; maciça porosa poucocoerente; macio friável, não plástico e ligeiramente pegajoso.

RAiZES Finas muitas no Ap.

OBSERVAÇÕES: Poros pequenos e médios muitos no Ap.

31

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FÍSICA

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18,6260,087,12

14,185,78Franco-arenoso

5]B

I45

-90

19,8655.946,56

17,647,12Franco-arenoso

54B

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-160+

14,8658.847,58

18,727,22

Franco-argilo-arenosoD

ensidade

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idadeÁ

guapH

CE

a25°CC

arbonoN

itrogênioC

/NM

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Partícula

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tm.

15A

tm.

útilH

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quivalente %%

orgânicaA

ssimilável

N%

mm

nhoslcmC

')

2,64

13,066,51

6,555,700,320,18

0,018

0,140,092,61

14,277,08

7,194,700,270,05

0,015

0,090,09

2,6315,80

8,117,694,500,300,06

0,016

0,100,09

Com

plexosortivo

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MgHK

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%)

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l'H

1,60

1,200,150,823,774,327,09

0,4353

10,21,20

0,900,120,752,974,887,85

0,4562

15.8

1,20

0,900,110,732,944,937,87

0,7060

19.2

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PERFIL 3DATA: 08.06.93

DESCRIÇÃO GERAL ._~ ~CLASSIFICAÇÃO - LA TOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO A

moderado textura média fase caatinga hiperxerófila relevoplano.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO - A 1,5 km do cruzamento da BR405 MossorólPau dos Ferros com a Ri"J 031 em direção a Se­veriano MeIo, localidade de Jitirana - RN.

SITUAÇÃO, DECLIVIDADE - Perfil de trincheira com 0-2% de declive.

LlTOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Terciário - Grupo Barreiras.MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos areno-argilosos.PEDREGOSIDADE - Não pedregosa.ROCHOSIDADE - Não rochosa.RELEVO LOCAL - Plano.RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Laminar ligeira.DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Caatinga hiperxerófilaUSO ATUAL - Cultura do caju.DESCRITO E COLETADO POR - Antônio Agostinho Cavalcanti Lima

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICAAI O-ncm, bruno (7,5 YR 5/4, úmido) e bruno (10 YR 5/3, seco); areia

franca; fraca a pequena granular; solto, muito friável, não plástico enão pegajoso; transição plana e gradual.

A3 22-53cm, bruno-escuro (7,5 YR 4/2, úmido) e bruno (10 YR 5/3,seco); franco-arenoso; maciça porosa pouco coerente; solto, muitofriável, não plástico e não pegajoso; transição plana e clara.

BI 53-70cm, bruno-forte (7,5 YR 5/6, úmido) e bruno-amarelada-claro (10 YR6/4, seco); franco-arenoso; duro, fIrme, maciça porosa pouco coerente;ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara.

B2 107-160cm+, bruno-amarelado (10 YR 5/8, úmido) e amarelo-bmnado(10 YR 6/8, seco); franco-argilo-arenoso; firme, friável, maciça porosapouco coerente; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.

RAÍZES Finas muitas no AI. Finas poucas e médias raras no A3, Bl e B2.OBSERVAÇÕES: Poros pequenos e médios muitos no AI e A3, e pequenos

muitos no Bl, B2. O horizonte Bl apresenta início de com­pactação.

33

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203A

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160+15,45

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7,294,500,300,08

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1,401,200,16

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1,20

1,300,12

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1,20

1,300,08

0,412,994,957,94

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1,000,07

0,412,885,918,79

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4,6620,9

Page 33: SOLOS CUL TIV ADOS COM CAJUEIRO NO RIO GRANDE DO … · de latitude sul e os meridianos 34°57'08" e 38°35' 12" de longitude a oeste de Greenwich. A superficie total do Rio Grande

PERFIL 4DATA: 11.06.93

DESCRIÇÃO GERALCLASSIFICAÇÃO - LATOSSOLO VERMELHO-AJv1ARELO DISTRÓFICO A mode­

rado textura média fase caatinga hiperxerófila relevo plano.

LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO - A 50km de Apodi (BR 405) nalocalidade Sítio RUDAC. Município de Severiano MeIo - RN.

SITUAÇÃO, DECLIVIDADE - Perfil de trincheira, com 0-2% de declive.

LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Terciário - Grupo Barreiras.MATERIAL ORIGINÁRIO - Sedimentos areno-argilosos.PEDREGOSIDADE - Não pedregosa.ROCHOSIDADE - Não rochosa.RELEVO LOCAL - Plano.RELEVO REGIONAL - Plano.

EROSÃO - Laminar ligeira.DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - Caatinga hiperxerófila.USO ATUAL - Cultura do caju.DESCRITO E COLETADO POR - Antônio Agostinho Cavalcanti Lima

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICAAp 0-22cm, bruno-amarelada-escuro (10 YR 3/4, úmi.do) e bruno-escuro (7,5

YR 4/2, seco); franco-arenoso; fraca pequena granular e grãos simples;

macio, muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.

A3 22-61crn, bruno-amarelado (10 YR 3/4, úmido) e bruno-escuro (7,5 YR4/4, seco); franco-arenoso; maciça porosa pouco coerente; solto, muitofriável, não plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara.

Bl 61-105cm, bruno-escuro (7,5 YR 4/4, úmido) e bruno (7,5 YR 5/4,seco); franco-arenoso; maciça porosa coerente; solto, friável, nãoplástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara.

B21 105-150cm, bruno-escuro (7,5 YR 4/4, úmido) e bruno-forte (7,5YR 5/6, seco); franco-arenoso; maciça porosa pouco coerente; solto,friável, não plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara.

B22 150-175crn, vermelho-amarelado (5 YR 4/8, úmido) e vermelho-amarelado (5 YR 5/8, seco); franco-argila-arenoso; maciça porosa poucocoerente; firme, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.

RAÍZES Finas muitas no Ap. Finas comuns no A3 e B I e raras no B2I e B22.OBSERVAÇÕES: Poros pequenos e médios muitos no Ap e A3, comuns no Bl,

B2I e B22.

35

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Com

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Franco-argilo-arenosoD

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0,220,33

2,6013,26

6,486,79

4,70 0,500,090,01

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60,100,12

2,6115,98

7,668,32

4,40 0,330,060,01

60,100,09

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60,100,09

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0,7034

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0,7531

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Page 35: SOLOS CUL TIV ADOS COM CAJUEIRO NO RIO GRANDE DO … · de latitude sul e os meridianos 34°57'08" e 38°35' 12" de longitude a oeste de Greenwich. A superficie total do Rio Grande

PERFIL 13

Número de Campo - 44 RN - (Zona Serrana)DATA: 11.01.68

DESCRIÇÃO GERALCLASSIFICAÇÃO - PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO EU1RÓFICO textura

média fase caatinga hiperxerófila relevo suave ondulado.LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIO, ESTADO - Lado esquerdo da estrada Pau dos

Ferros - Encanto, distando 4,7km de Pau dos Ferros. Muni­cípio de Pau dos Ferros.

SITUAÇÃO, DECLIVIDADE - Corte de estrada em terço médio de encosta,com declividade até 5%.

LITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA - Pré-Cambriano (CD). Gnaisse.MA TERlAL ORIGINÁRIO - Saprolito de gnaisse com plagioclásio e biotita.RELEVO LOCAL - Suave ondulado.RELEVO REGIONAL - Predomínio de relevo suave ondulado e ocorrência de

ondulado.ALTITUDE - 220m.DRENAGEM - Acenduadamente drenado.

PEDREGOSIDADE - Raros matacões de quartzo na área.EROSÃO - Lamínar ligeira a moderada.DRENAGEM - Acentuadamente drenado.

VEGETAÇÃO LOCAL - Caatinga hiperxerófila arbustiva abelta, com domi­nância de mufumbo.

VEGETAÇÃO REGIONAL - Caatinga mperxerófila arbustiva aberta e arbóreaarbustiva pouco densa, predominando mufumbo,catingueira e marrneleiro.

USO ATUAL - Pequenas áreas são cultivadas com algodão arbóreo.

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICAAI 0-5cm, bruno-escuro (10 YR 3/3, úmido e úmido amassado), bruno

(10 YR 5/3, seco) e bruno (10 YR 4/3, seco pulverizado); franco­arenoso; fraca pequena a média, blocos subangulares; poros comunsmuito pequenos; ligeiramente duro, muito friável, não plástico e nãopegajoso; transição abrupta e plana.

Blt 5-45cm, bruno-amarelado-escuro (10 YR 3/4, úmido), franco-argilo-arenoso; fraca pequena a média, blocos subangulares, poros comunsmuito pequenos e pequenos e poucos médios; duro, muito friável,plástico e pegajoso, transição clara e plana.

37

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Continuação PERFIL 13

DESCRIÇÃO MORFOLÓGICAB21t 45-90cm, vermelho (2,5 YR 4/6, úmido e úmido amassado) e amare-

lo-avermelhado (5 YR 6/8, seco e seco pulverizado); argilo- arenoso;fraca a moderada média a grande, blocos subangulares; poros co­muns muito pequenos, e poucos médios e grandes; duro, firme,muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana.

B22t 90-115cm+, vermelho (2,5 YR 4/6, úmido), vermelho (2,5 YR 5/6,úmido amassado); vermelho (2,5 YR 5/8, seco) e amarelo­avermelhado (5 YR 6/8 seco pulverizado); franco-argiloso, fraca amoderada, média a grande, blocos subangulares; poros comunsmuito pequenos e pequenos; muito duro, firme, muito plástico emuito pegajoso.

RAÍZES Poucas no AI e Blt e raras no B21t e B22t.

OBSERVAÇÕES: Nódulos de tamanho médio, extremamente duros, revestidosde cerosidade pouca e fraca nos suborizontes B21 t e B221.Bolsões com material friável no B21 1.

Calhaus de quartzo semi-desarestados no B22t.

Fonte: BRASIL. DNPEA 1971.

38

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