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Edição e distribuição

Editora EMECaixa Postal 1820 – CEP 13360 ‑000 – Capivari – SP

Telefones: (19) 3491 ‑7000/3491 ‑[email protected] – www.editoraeme.com.br

Capivari-SP– 2014 –

Ficha catalográfica elaborada na editora

Sousa, Ana Maria Couto de Tardes com Alice/Ana Maria Couto de Sousa – 1ª ed. fev. 2014 – Capivari, SP : Editora EME. 112 p.

ISBN 978‑85‑66805‑25‑3

1. Espiritismo para jovens. 2. Evangelização juvenil. 3. Ensinos básicos de espiritismo.I. Título.

CDD 133.9

© 2014 Ana Maria Couto de Souza

Os direitos autorais desta obra foram cedidos pela autora para a Editora EME, o que propicia a venda dos livros com preços mais acessíveis e a manutenção de campanhas com preços especiais a Clubes do Livro de todo o Brasil.

A Editora EME mantém, ainda, o Centro Espírita “Mensagem de Esperança”, colabora na manutenção da Comunidade Psicossomática Nova Consciência (clínica masculina para tratamento da dependência química), e patrocina, junto com outras empresas, a Central de Educação e Atendimento da Criança (Casa da Criança), em Capivari-SP.

CAPA, DIAGRAMAÇÃO E REvISÃO | Editora EMEIluSTRAÇõES: INTERNAS | Carla Nardi // CAPA | Carla Nardi e Subarashii21 (shutterstock.com)EDIÇÃO E PREPARAÇÃO DOS TExTOS | Rubens Toledo e Matheus Rodrigues de Camargo

1ª edição – fevereiro/2014 – 3.000 exemplares

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Sumário

Prefácio – Evangelizar é missão ...................................7

1. As leis divinas ...............................................................11

2. Leis morais ....................................................................19

3. Que costumes são esses? ...............................................27

4. A revelação cristã ..........................................................33

5. A terceira revelação ......................................................41

6. Os fenômenos em Paris .................................................45

7. O mundo espiritual .......................................................51

8. Corpo, espírito e perispírito ..........................................57

9. O mundo espiritual ......................................................63

10. Jesus, modelo e guia da humanidade ........................71

11. Mundos habitados? .....................................................77

12. A justiça divina e a reencarnação .............................87

13. É preciso nascer de novo .............................................91

14. Elias voltou como João Batista ...................................97

15. Sublime morada da esperança .................................107

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Prefácio

Evangelizar é missão

Talvez o mais importante na trajetória do Mestre Jesus, para nós, sejam as lições que nos deixou com seus exem‑plos, com seu comportamento.

O ensino moral do Evangelho, na visão espírita, deve constituir o alfa e o ômega na busca do aperfeiçoamento individual, pois ele representa a chave de nossa reeducação para uma vida social mais plena.

Trazer o Evangelho do Cristo aos jovens e aos que não o conhecem a fundo é tarefa de magna importância na consoli‑dação do progresso moral humano e na preparação das novas gerações para a construção de uma civilização verdadeira.

Para alcançarmos essa sociedade que vigora nos mundos mais adiantados, o amor é a pedra de toque, o caminho para tratar os problemas da sociedade e os desafios existenciais.

É o amor o mais excelente na pauta dos valores legíti‑mos que embasarão nossa trajetória de espíritos imortais,

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temporariamente na vida física.

Asseveram os benfeitores espirituais, com fundamento na máxima evangélica que nos manda “amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos”, que fora da cari‑dade não há salvação.

Parafraseando o mestre Kardec, diremos que fora da vi‑vência do amor fraterno não há futuro para a humanidade; nesse caminho, o amor sentido, vivido e transmitido por Je‑sus, através de seus exemplos, nos dá a dimensão do cami‑nho que devemos seguir.

Faz ‑se urgente trazer às crianças e adolescentes, às sa‑las de aula, subsídios morais e conhecimentos doutrinários que estimulem o início da transformação das almas neste período de transição que a Terra atravessa, tendo em men‑te que os ensinamentos do Cristo são as colunas de susten‑tação para uma sociedade regenerada, uma nova era para o espírito.

Desejamos que estas linhas que oferecemos, mercê da inspiração dos bons espíritos, possam, com simplicidade e clareza, fazer transitar as lições de Jesus aos jovens que buscam compreendê ‑lo e vivenciar seus ensinos.

Como asseverou Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, a educação é a arte de moldar os caracteres e criar novos hábitos. Mais do que nunca, é preciso ensinar a práti‑ca das virtudes já nas escolas, e mesmo desde a base, entre

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os pequeninos, lançar sementes de luz que farão o canteiro florido de amanhã.

Nesse processo, é preciso mudança nas relações de aprendizagem, começando pelos pais e educadores, para que sejamos referenciais legítimos, verdadeiros, da boa conduta. Bons não apenas nas aparências, nas convenções sociais ou em falso moralismo, mas que sejamos educadores de fato, no lar e na escola, ensinando e ao mesmo tempo evangelizando!

É preciso que nos organizemos nesta grande luta pela construção do homem novo, remodelado pelas luzes do co‑nhecimento de si. Só assim poderemos afirmar que esta‑mos erguendo uma civilização verdadeira, uma sociedade intelectual e moralmente desenvolvida, e desenvolvida pela vivência da fraternidade legítima. E a Terra é agora, para nós, a melhor oportunidade, a mais propícia terra para plantarmos isso – ela que é, no dizer de Emmanuel, “a su‑blime morada da esperança”.

Que Deus nos abençoe e ampare o propósito, a fim de fa‑zermos de nossa existência um espaço de busca e realização do bem verdadeiro.

A autora

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1. As leis divinas

Carlinhos esTava senTado na varanda de sua casa contem‑plando a chuva miúda que caía. Tão pensativo estava ele ante o espetáculo da natureza, que nem percebeu a sua mãe chegar devagarzinho.

– Filho, como você está distraído! Parece que você e a natureza agora se transformaram em um só!

– Sabe de uma coisa, mãe... – disse Carlinhos, voltando‑‑se para ela, – tem tanta perfeição nas coisas da natureza que fico emocionado. Tudo parece tão ajustado, tão certi‑nho. É como se uma inteligência comandasse tudo isso...

– Mas é assim mesmo que acontece, filho. Essa inteli‑gência, como você sabe, nós chamamos de Deus. E tudo nas‑ce de Sua vontade criadora.

– Mas como Deus pode manter tudo isso funcionando tão direito? O que Ele usa pra conseguir isso?

– Ele usa Suas leis, as divinas leis que governam a vida.

– E que leis são essas?

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– Veja... Uma lei representa um equilíbrio, uma organi‑zação, uma justiça geral. As leis divinas dão sentido à vida e aos fenômenos da natureza.

Nesse momento, com a bola sob o braço, apareceu o ga‑roto Lucas, meio frustrado com a chuva. Sua partida de fu‑tebol estava cancelada...

– Venha comer um pedaço de bolo! – convidou a gentil senhora, e Lucas aceitou sem constrangimento.

As tardes na casa de dona Alice, professora querida na Escola Municipal, eram sempre assim. Os meninos davam trégua a computadores, videogames e televisão. A casa pa‑recia uma escolinha, um laboratório para o futuro grupo de educação que Alice sonhava montar no Grupo Espírita Amor e Caridade.

A conversa ia muito bem, e Simone, irmã de Carlinhos, e sua amiga Mayara também se aproximaram para ouvir.

Respeitada pela comunidade e amada pelos adolescen‑tes, Alice atraía a presença deles de forma natural.

– Alzira – disse Alice, e sussurrou algo no ouvido de sua colaboradora nos afazeres domésticos –, por favor, prepare um suco para nós.

Nesse momento, Gustavo estacionou a sua magrela no terraço da casa. Era outro interessado nas prosas evangéli‑cas na casa de Alice.

O hábito das leituras e conversas em família, que aca‑

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bavam envolvendo colegas dos filhos, era o embrião de uma pequena escola do Evangelho. E a cada semana a turma ia aumentando.

– As leis divinas estão à nossa frente. Basta prestar atenção nas coisas – dizia a professora.

Com o Evangelho sobre a pequena mesa, a professora transmitia conhecimentos e simpatia.

– As leis divinas podem ser classificadas em materiais e morais. As leis materiais sustentam a organização física do planeta. Você planta uma semente no solo, e depois de algum tempo, o que acontece?

– A semente germina. Depois vai florescer e dar frutos. Desde que cuidemos dela com carinho, é claro! – falou Car‑linhos, o filho.

– Pois bem! Então me diga: qual é a força que faz a se‑mentinha romper os obstáculos e tornar ‑se planta?

– Não sei... Acho que é a força da natureza.

– Essa força vem de uma lei que orienta os seres vivos. É a lei de reprodução. Ela está presente entre os vegetais, os animais e os homens.

– Puxa! Como isso é bonito!

– Mas há outras leis materiais. O que o mantém equili‑brado ao caminhar? Que força sustenta o seu corpo no espa‑ço apoiado pelos seus pés?

– Nunca pensei nisso – Gustavo respondeu, pensativo.

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– Há uma lei que nos sustenta, vinda do chão, dos la‑dos, envolvendo ‑nos. É a lei da gravidade, uma lei física que mantém os planetas unidos em sua órbita em torno de uma estrela, em nosso caso, o Sol.

– Esse é o sistema solar! – concluíram as meninas.

– Sim... O astro ‑rei carrega sua família de mundos pelo espaço sideral. Essa lei, a da gravidade, é a atração entre os astros. Corpos de massa maior atraem corpos de massa menor. Por exemplo: o Sol atrai a Terra, que gira em torno dele; a Terra, por sua vez, atrai nossos corpos; é essa lei que faz com que um objeto, ao cair de nossas mãos, não fique flutuando no ar e vá direto para o chão.

Os meninos riram, olhando para Gustavo. Não fazia muito tempo ele havia sofrido uma queda da bicicleta!

– Continuando... – retomou Alice, enquanto Alzira tra‑zia os copos e a jarra – vocês estão vendo essas gotinhas de chuva, não? De que é constituída a gota d’água?

– Ainda não estudei essa matéria na escola! – falou Car‑linhos, já se desculpando.

– A água é formada de átomos, que são os elementos com os quais foram construídas todas as coisas. Vou dar um exemplo: esta casa foi construída de tijolos, não é? Podemos dizer que os átomos são como os tijolos na construção das coisas. Os átomos se unem e formam moléculas. A menor gotinha possível de água, a molécula água, é formada de

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As moléculas se atraem, e com isso se fazem os líquidos, os sólidos – a água...

A massa dos corpos maiores atrai os corpos menores. O planeta Terra atrai tudo que está nele; por isso temos os rios,

os oceanos – por isso a água não fica boiando no céu...

A lei de atração é ampla. Não só massas ou corpos se atraem, mas pensamentos, sentimentos, individualidades...

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três átomos: dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxi‑gênio. Essa molécula é representada assim: H2O.

– H2O é a molécula da água! – exclamaram Mayara e Simone.

– E para que esses elementos se reúnam e formem água, há outras leis atuando: a lei de afinidade e a lei de propor‑ção. Se houver um átomo a mais de qualquer um desses ele‑mentos, não se terá água e sim outra substância, que pode até ser prejudicial à saúde!

– H2O2, por exemplo, seria água oxigenada... Acertei?

– Sim. Muito bem, Gustavo! – elogiou a professora, pros‑seguindo: – Como o tijolo, que é constituído de materiais menores, também os átomos são formados de partículas menores, subatômicas.

– Elas são visíveis a olho nu? – perguntou o jovem.

– Não. Essas partículas são muito pequenas, elas se atraem ou se repelem, formando assim um campo de ener‑gia. É assim que promovem a aproximação certa na cons‑trução da matéria. Há leis regulando esse pequeno univer‑so no interior do átomo. Essas leis são objeto de uma ciência específica, a química.

– Dona Alice, a senhora já ensinou isso para meu ir‑mão na quinta série – observou Lucas, o amigo e vizinho. – Eu vi os desenhos que representam o átomo, que ele tem no caderno.

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A chuva estancara. A jarra de suco esvaziara rapidinho. Tobe, o cachorrinho da casa, olhava para o pedaço de torta que Lucas levava à boca.

– Tobe! – chamou o menino, estendendo a mão.

A aula estava encerrada. Mas o convite estava feito. Na tarde de quinta ‑feira, a professora explicaria o funciona‑mento das leis morais.