Tiragem: 28000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Outros Assuntos

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 26,00 x 33,13 cm²

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Vinhos Borges presentes em sessenta países e cinco continentesSOCIEDADE DE VINHOS BORGES

A Sociedade dos Vinhos Borges está integrada num grupo económico que está em várias áreas de negócio. Desde a produção de bebidas, cafés e vi-nhos, mas também a área de distribuição e no âmbito desse grupo estamos presentes diretamente no mercado português, no mercado espanhol, no mer-cado dos Estados Unidos e no mercado do Canadá com empresas próprias. Estão presentes em 60 mercados dos cinco Continentes.

Pedro Guerreiro, Diretor de Marketing do Grupo JMV.

Fundada em 1884, a Socie-dade dos Vinhos Borges cedo se transformou numa das principais empresas vitivinícolas nacionais. Reconhecendo que só pela exce-lência podem os vinhos portugue-ses afirmar-se no mundo, a Borges desde sempre apostou na qualida-de da sua produção. Fique a conhe-cer melhor esta empresa referência do setor nesta entrevista com Pedro Guerreiro, o diretor de Marketing do Grupo JMV.

Qual a história da Sociedade dos Vinhos Borges?

A Borges foi fundada em 1884, comemora este ano 130 anos de existência. Foi uma empresa que apostou sempre na produção e comprou Quintas na região dos Vi-nhos Verdes, na região do Dão e na região do Douro, é também mui-to forte nos espumantes. Foi sem-pre uma empresa que para além de acreditar e investir muito na pro-dução teve sempre uma vocação exportadora. Começou a exportar logo desde o ano da fundação em 1884.

Os irmãos Borges tinham uma visão internacional dos negócios, acreditaram no potencial dos vi-nhos portugueses e juntaram o ne-gócio vitivinícola a outros negócios que já tinham que levaram depois à formação do Banco Borges e Irmão, mais tarde do BPI. Tinham também negócios na área dos tabacos, na área dos fósforos, na área dos câm-bios. Tinham, portanto, um conjun-to de negócios diversificados que a eles lhes pareceu na altura ter um potencial de afirmação económica muito forte como veio a acontecer. E é muito interessante que os vi-nhos portugueses tenham sido in-cluídos nesse lote de negócios com potencial económico. Isto demons-tra que desde a fundação os irmãos Borges acreditavam que os vinhos portugueses se podiam afirmar no Mundo.

A Sociedade dos Vinhos Bor-ges tem várias marcas, algumas bastante conhecidas, fale-nos um pouco acerca de cada uma delas?

A Sociedade dos Vinhos Bor-ges tem múltiplas marcas. A marca

Borges que é muito associada ao vi-nho do Porto e também aos vinhos premium que a firma produz nas várias regiões e depois tem uma sé-rie de marcas de volume que estão presentes em 60 países dos cinco continentes. Tem as marcas Gatão, Meia Encosta, Lello, Fita Azul que são verdadeiros embaixadores da-quilo que se faz em cada região vi-tivinícola portuguesa no Mundo.

A Investigação & Desenvolvi-mento desempenha um papel de-terminante na procura de fatores de diferenciação para os vossos produtos. Fale-nos um pouco acer-ca deste assunto...

Do ponto de vista da Investiga-ção & Desenvolvimento a Socieda-de dos Vinhos Borges tem vindo a investir muito na área da produção. Temos um campo de seleção colo-nal que está integrado numa rede europeia para escolher os melhores clones de determinadas castas. Te-mos feito vários estudos em labora-tório para conseguirmos apresentar produtos diferenciadores e temos sobretudo feito estudos de merca-

Vindima mecânicaVindima manual

Tiragem: 28000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Outros Assuntos

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Área: 26,00 x 32,53 cm²

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Vinhos Borges presentes em sessenta países e cinco continentesdo que nos permitem escolher ou adequar o potencial das nossas vi-nhas àquilo que em cada mercado os consumidores pretendem.

Um bom exemplo disso é aquilo que recentemente fizemos com os nossos espumantes. Criámos uma política de submarcas que permi-te às pessoas, de uma forma mais imediata, perceber quais são as características intrínsecas de cada espumante. Detetámos em vários mercados que o consumidor não sabia a que é que correspondiam determinadas descrições legais do espumante e criámos uma política de submarca que permite às pes-soas identificarem-se naturalmen-te com aquele perfil de espumante e escolhê-lo sem margem de erro. Eu creio que isso foi um caminho de construção de marca que ajudou muito os espumantes portugueses a afirmarem-se no Mundo.

Quais as vantagens da automa-tização das vindimas?

Nós estamos em plenas vindi-mas nas várias regiões vitivinícolas onde a Borges tem Quintas, nal-guns sítios fazemos a vindima ma-nual, noutros locais conseguimos fazer a vindima automática. A vin-dima automática permite-nos fa-zer a recolha das uvas só quando elas estão no ponto de maturação, de uma forma muito mais rápida e com condições meteorológicas que sejam favoráveis, baixa temperatu-ra e ausência de chuva. Portanto, permite-nos recolher as uvas com a qualidade certa para produzir-

mos exatamente aquilo que quere-mos para as nossas marcas.

Em termos de exportação em que mercados está já a empresa implantada? Qual a faturação anu-al do Grupo JMV e o número de trabalhadores?

A Sociedade dos Vinhos Borges está integrada num grupo económi-co que está em várias áreas de ne-gócio. Desde a produção de bebi-das, cafés e vinhos, mas também a área de distribuição e no âmbito desse grupo estamos presentes di-retamente no mercado português, no mercado espanhol, no mercado dos Estados Unidos e no mercado do Canadá com empresas próprias. Estamos presentes em 60 merca-dos dos cinco Continentes.

O grupo tem sensivelmente 400 colaboradores, fatura qualquer coi-sa como 50 milhões de euros, tem uma frota de 130 veículos e uma série de filiais espalhadas pelo país e pelo Mundo para podermos ga-rantir a proximidade com o cliente. Para nós é fundamental ter a se-gurança de contatar com o cliente de forma muito próxima, muito di-reta, não só para comunicar aqui-lo que sabemos fazer, mas também para aferir aquilo que os merca-dos pretendem de forma a poder-mos adequar e modernizar as nos-sas políticas.

Qual a importância que dá ao SISAB PORTUGAL como evento para promover a exportação dos produtos da empresa?

A Borges está habituada a estar presente no Mundo quer através de agentes, quer através das empresas próprias que tem espalhadas pelo Mundo. Nós fazemos questão de mostrar o produto, mostrar as nos-sas marcas e para isso temos que ir ao encontro dos consumidores onde quer que eles estejam. Fazemos um trabalho de acompanhamento mui-to próximo com os vários agen-tes que temos e estamos também nas feiras internacionais mais rele-vantes. O SISAB PORTUGAL é um evento que tem uma vocação expor-tadora desde o início e que conse-gue fazer aquilo que não é costume, atrair o Mundo para dentro de Por-tugal. A Borges está muito habitua-da a ir para fora mostrar-se mas não podíamos perder uma montra como é o SISAB PORTUGAL que permite atrair pessoas de vários cantos do Mundo para mostrar aquilo que de bem se faz em Portugal.

Qual a importância da inovação para a empresa e quais os projetos para o futuro?

Na Borges vamos continuar a política de Inovação, de moderni-zação e adaptação da viticultura ao consumidor. Como nós fomos sem-pre muito focados naquilo que é a qualidade do produto, esse investi-mento é fundamental. Vamos con-tinuar a estudar os mercados e va-mos continuar a “criar” Ciência e a inovar de forma a podermos adap-tar as uvas, as castas àquilo que as nossas marcas pretendem para se afirmar em cada mercado.

“O SISAB PORTUGAL é UM EVEnTO QUE TEM UMA VOcAçãO ExPORTADORA DESDE O InícIO E QUE cOnSEGUE fAzER AQUILO QUE nãO é cOSTUME, ATRAIR O MUnDO PARA DEnTRO DE PORTUGAL. A BORGES ESTá MUITO hABITUADA A IR PARA fORA MOSTRAR-SE MAS nãO PODíAMOS PERDER UMA MOnTRA cOMO é O SISAB PORTUGAL QUE PERMITE ATRAIR PESSOAS DE VáRIOS cAnTOS DO MUnDO PARA MOSTRAR AQUILO QUE DE BEM SE fAz EM PORTUGAL”.