Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas...

Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas

(Brazilian Weed Science Society)

VOLUME 28, Nº 1, ANO 2019 ISSN 1679-0901

BOLETIM INFORMATIVO - SBCPD

1

Alfredo Jr. Paiola Albrecht

André Felipe Moreira Silva

Arthur Arrobas Martins Barroso

Leandro Paiola Albrecht

EDITORES

BOLETIM INFORMATIVO

Mensagem da diretoria ................................................................................. 2 Opinião! .............................................................................................................. 5

Responsabilidade do engenheiro agrônomo na mistura de agrotóxicos .................................................................................................................... 5

Espaço Pesquisa ............................................................................................... 7 Pro-Hort (USP-ESALQ) ............................................................................................. 7

Notícias ............................................................................................................. 10 V CONBRAF - Congresso Brasileiro de Fitossanidade ............................. 10 XXV Jornada de Herbologia do RS .................................................................... 17 Weed Science Society of America announces 2019 Award Winners 20 Nova diretoria SBCPD (BIÊNIO 2018/2020) ............................................... 21 Canal no YouTube: Professores Alfredo & Leandro Albrecht .............. 22

Comunicações Técnicas .............................................................................. 23 Buva resistente a paraquat, chlorimuron e glyphosate no Paraguai . 23 População de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao glyphosate são encontradas no Rio Grande do Sul ........................................................... 24 Artigos .......................................................................................................................... 26

Periódicos científicos SBCPD..................................................................... 28 Periódicos internacionais .......................................................................... 31 Publicações ...................................................................................................... 45

Livro: Controle de plantas daninhas: Métodos físico, mecânico, cultural, biológico e alelopatia ........................................................................... 45

Calendário de eventos ................................................................................. 46 Seja sócio! ........................................................................................................ 47 Mensagem dos editores ............................................................................... 48


2

A atual diretoria da SBCPD neste início de gestão cumprimenta aos

associados e agradece o apoio recebido. Ainda, manifestamos

agradecimento aos participantes da diretoria e dos comitês em relação

aos esforços para a realização das atividades propostas. Este é um

grande desafio que se traduz em colaboração para a SBCPD e para o

desenvolvimento da agricultura no país. Também, enfatizamos a

importância da participação de todos os componentes na diretoria, dos

comitês e dos associados para o fortalecimento da SBCPD e da área da

Ciência das Plantas Daninhas no Brasil.

As principais atividades da atual diretoria a serem desenvolvidas,

conforme apresentado anteriormente, estão relacionadas com a

modernização e aprimoramento das revistas científicas da Sociedade, o

estímulo ao oferecimento da disciplina de Plantas Daninhas em todas os

cursos de Agronomia do Brasil, consolidação de uma estrutura base

para os congressos, e a participação da SBCPD nos temas relacionados a

Plantas Daninhas em debates nas diferentes esferas da sociedade.

Salientamos a disponibilidade de diretoria em relação ao

acolhimento de sugestões dos associados sobre atividades ou

necessidades específicas associadas a área de Plantas Daninhas

advindas das diferentes regiões do Brasil. Da mesma forma, reforçamos

a importância da colaboração dos associados com as revistas científicas

Planta Daninha e Revista Brasileira de Herbicidas, seja na forma de

submissão de artigos como também, e principalmente, na atuação como

revisores de artigos.

Desejamos a todos um excelente início de ano (este é o primeiro

número do Boletim do ano de 2019!), que os problemas causados por

plantas daninhas continuem sendo resolvidos, e que tenhamos um ano

com paz, alegria e bom trabalho.


3

Atividades da Diretoria

1 – Consulta sobre alteração de nomes das revistas Planta Daninha

(PD) e Revista Brasileira de Herbicidas (RBH). Foi estabelecido que

será realizada a mudança de nome da RBH e que continuaremos com o

diagnóstico das necessidades em relação a alteração de nome da PD.

Para isto, está disponível no site da SBCPD (área dos associados) uma

consulta com os novos nomes propostos para ambas as revistas. A

disponibilização da consulta para ambas as revistas foi realizada para

proporcionar possível paralelismos na escolha dos nomes. Os nomes

propostos foram obtidos com base em consulta aos editores das

revistas, aos associados e a vários pesquisadores nacionais e

internacionais da área de Plantas Daninhas. Contamos com a

colaboração de todos em relação a participação na consulta sobre os

novos nomes das revistas.

Informamos que o período para avaliação de todos os associados

da SBCPD foi prorrogado até dia 31/03/2019.

2 – Revista Planta Daninha. Foi implantado a separação da realização

da tradução para o inglês em relação a tramitação dos artigos aceitos

para publicação. Desta forma, o custo de tradução não ficará associado

ao custo de publicação. Ainda, estão sendo desenvolvidos estudos

relacionados as normas de formatação e do layout final dos artigos de

forma unificar e modernizar os artigos das revistas PD e RBH. Também,

estão sendo realizados estudos para alteração da sistemática de atuação

dos editores associados na revista PD.

3 – Atividades diversas. i. Notícias na imprensa sobre problemas

relacionados a deriva de 2,4-D. Nos últimos meses, principalmente no

estado do RS, tem sido veiculadas notícias sobre efeitos de deriva de 2,4-

D em parreiras, outras culturas e plantas em locais públicos. A diretoria

da SBCPD enviou ofício ao Ministério Público do RS apresentando a

SBCPD como a Sociedade científica oficial do Brasil relacionada a plantas

daninhas e uso de herbicidas e se disponibilizando a contribuir

tecnicamente sobre o assunto. ii. Restrição a realização de pesquisa com

agrotóxicos na UFFS. A Sociedade recebeu a informação relacionada a


4

Resolução da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) que trata,

dentre outros assuntos, da restrição da realização de pesquisa a campo

com agrotóxicos. A diretoria encaminhou ofício apresentando a SBCPD

e propondo a abertura de um canal de comunicação para apresentação

da importância da realização de pesquisas a campo como forma de

diagnóstico dos problemas causados por agrotóxicos e da necessidade

de liberdade para realização da atividade científica.


5

Responsabilidade do engenheiro agrônomo na mistura de

agrotóxicos

Dionisio Luiz Pisa Gazziero Embrapa Soja

[email protected]

Rone Batista de Oliveira UENP

[email protected]

Na agricultura é comum a ocorrência de plantas daninhas,

doenças e insetos, ao mesmo tempo, em uma mesma área, e qualquer

agrotóxico (herbicidas fungicidas, inseticidas) registrado não têm

espectro de ação capaz de controlar a todos os problemas fitossanitários

ao mesmo tempo. Por isso, é comum a mistura em tanque de

pulverização de mais de um produto. Trata-se de uma prática muito

utilizada mundo, mas polêmica em nosso país, pois em uma receita

agronômica o profissional só poderia prescrever a mistura se ela

estivesse na bula do produto. No Brasil, 97% das aplicações realizadas

no campo são com misturas em tanque. A prescrição das receitas com

misturas foi proibida a partir de abril de 1985, permitida entre 1995 e

2002, e novamente proibida até ser regulamentada em outubro de 2018.

Proibida? Sim para os emitentes da receita, que devem obedecer ao

contido na bula e não para o uso em campo, pelo agricultor, tendo em

vista não haver nenhuma restrição a respeito. Agora, após anos e anos

de reivindicações, um acordo de cooperação técnica firmado entre

Ministério da Agricultura-MAPA e o Conselho Federal de Engenharia e

Agronomia–CONFEA estabeleceu, através da Instrução Normativa 40

(IN 40) do MAPA, regras complementares a emissão da receita

agronômica previsto no Decreto nº 4.074 de 04 de janeiro de 2002. Esse

acordo da competência e responsabilidade ao Engenheiro Agrônomo,

profissional de nível superior, para recomendar misturas, cuja adoção

pode propiciar eficiência, economia de tempo, mão de obra, água, óleo

mailto:[email protected]



6

diesel, além de proporcionar agilidade nas operações, facilidade de

manejo da cultura e diminuição da compactação do solo. Por outro lado,

se não houver boas práticas agrícolas e informações científicas

disponíveis, a mistura pode causar problemas, como a dificuldade de

dissolução dos produtos, aumento da fitotoxicidade, excesso de

formação de espuma, entupimento de bicos, decantação,

incompatibilidades física e química, floculação, formação de grânulos ou

pastas, aderência de produtos nas paredes de filtros e mangueiras de

todo o circuito hidráulico do pulverizador. Acredita-se que a IN 40

permitirá que as informações técnicas cheguem aos usuários resultando

em benefícios agronômicos com redução de riscos nas áreas da saúde e

ambiente. Com as novas regras, atribui-se muito mais responsabilidade

e consequentemente aumenta-se necessidade de capacitação dos

profissionais.


7

Pro-Hort (USP-ESALQ) O grupo de pesquisa em

extensão em Produção Vegetal e

Manejo de Plantas Daninhas

(Pro-Hort), desenvolve atividades

na área da Ciência das Plantas

Daninhas. O grupo foi criado em

1997 e está sediado no

Departamento de Produção Vegetal

(LPV) da Universidade de São Paulo (USP) – Escola Superior de

Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), sob supervisão do Prof. Dr.

Ricardo Victoria Filho.


8

Principais linhas de

pesquisa

Manejo de plantas daninhas e

seletividade de herbicidas em

cana-de-açúcar (sistema de

plantio convencional e mudas

pré-brotadas)

Manejo de plantas daninhas e

seletividade de herbicidas em

soja e milho

Biologia e manejo de plantas

daninhas

Resistência de plantas

daninhas a herbicidas


9

@prohort97

@prohort1997

[email protected]

Seu grupo também desempenha atividades de pesquisa na área da

Ciência das Plantas Daninhas?

Quer mostrar um pouco dele no Boletim?

Entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected].


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V CONBRAF - Congresso Brasileiro de Fitossanidade


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XXV Jornada de Herbologia do RS

Foi realizada a XXV JORNADA DE

HERBOLOGIA do RS no período de 07 a 10 de

janeiro de 2019. As instituições que apresentaram

experimentos e respectivos responsáveis foram: UFPel (Dirceu

Agostineto, Edinalvo Camargo e Luis Avila), Embrapa Clima Temperado

(André Andres); UFSM (André Ulguin), CCGL Tec (Mario Bianchi),

UNICRUZ (Theodoro Schneider); Embrapa Trigo (Leandro Vargas),

IFRS-Sertão (Anderson Nunes), UFFS (Leandro Galon e Gismael Perin),

UFRGS (Aldo Merotto e Catarine Markus) e IRGA (Paulo Massoni e

Carlos Mariot). Nesta edição tivemos a participação de número recorde

(15) de instituições que contribuíram como como sede de visita,

participação nas visitas e/ou envio de alunos (UFPel, Embrapa Clima

Temperado, Embrapa Pecuária Sul, IF Sul – Bagé, UFSM-SM, CCGL,

UNICRUZ, UFSM-FW, UPF, Embrapa Trigo, IFRS-Sertão, UFFS, UCS, IRGA

e UFRGS). A Jornada contou com um total de 186 participantes

distribuídos entre professores, pesquisadores, alunos de graduação e

pós-graduação e profissionais da indústria. As empresas que

contribuíram como patrocinadoras e contaram com profissionais

participantes nas visitas foram ADAMA, BASF, BAYER, CORTEVA, FMC,

NORTOX, NUFARM, OUROFINO, SYNGENTA E UPL. A organização desta

edição da Jornada foi realizada pelos professores Aldo Merotto e

Catarine Markus (UFRGS).


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Foram visitados 30 experimentos relacionados as culturas de

arroz irrigado, soja, milho e pastagens. Os principais assuntos discutidos

foram períodos de interferência, altura de corte da colheita e controle

de buva, degradação acelerada de imidazolinonas, seletividade de

herbicidas em forrageiras, associação de herbicidas em pós-emergentes

e épocas de entrada de água em arroz, uso de herbicidas pré-emergentes

em soja cultivada em terras baixas, atividade residual de herbicidas

auxínicos, coberturas de solo de outono-invernos, seletividade de

herbicidas pré-emergentes, misturas de latifolicidas e glifosato em pós

emergência, épocas de aplicação de 2,4-D e dicamba antecedendo a

semeadura da soja, épocas e doses de aplicação de metsulfuron em soja,

milho RR associado a saflufenacil, milho LL associado a herbicidas pré e

pós, correlação entre a eficácia de herbicidas auxínicos e o tamanho da

planta de buva, uso de herbicidas residuais no momento da dessecação

antecipada com aplicação sequencial de paraquat na pré-semeadura,

eficiência de herbicida dicamba com aplicação sequencial de saflufenacil

+ herbicida sistêmico no controle de buva, misturas de herbicidas em

pós emergência em arroz, efeito da antecipação do início da irrigação

sobre o efeito de herbicidas em arroz, manejo de herbicidas pré-

emergentes em soja de várzea, efeito ambiental de herbicidas aplicados

em misturas, alternativas aos herbicidas glifosato, paraquat e 2,4-D para

dessecação, e avaliação da fitotoxicidade dos herbicidas 2,4-D, dicamba

e glufosinato de amônio através de imagens obtidas com DRONE.

A próxima edição da Jornada ocorrerá no período de 13 a 16 de

janeiro de 2020 com a organização dos pesquisadores Paulo Massoni e

Carlos Mariot (IRGA).

Durante a XXV Jornada de Herbologia foi realizado o III

Campeonato de Herbologia do RS, que contou com provas de

sintomatologia, identificação de plantas daninhas e conhecimentos

gerais. O campeonato teve participação de 14 alunos de graduação e

pós-graduação. Os alunos vencedores foram: categoria graduação:

Rubens A. Polito (1°), Glauco P. Leães (2°) e Milena B. Franceschetti (3°);

Pós-graduação: Vinicios R. Gehrkr (1°), Gustavo V. Junkes (2°) e Roberto

C. Avila Neto (3°).


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Profs. Aldo Merotto, Nilson Fleck (idealizador da Jornada) e Catarine Markus

(UFRGS)

Durante a XXV Jornada de Herbologia 2019 foi realizada um

almoço de confraternização pelas bodas de prata da Jornada de

Herbologia do RS (25 edições !!!). Neste almoço estiveram presentes

vários professores, pesquisadores e profissionais que atualmente estão

aposentados ou que se encontram em outras funções e que fizeram

parte da Jornada no seu início ou em edições anteriores. Vários

depoimentos foram apresentados com relatos sobre a importância,

características, e oportunidades relacionadas a este evento. Também

foram descritos fatos relacionados ao histórico de início da Jornada,

dificuldades e superações, alterações tecnológicas e fatos curiosos e

anedóticos da Jornada. Enfatizou-se algumas características da Jornada,

principalmente a possibilidade de discussão a campo de assuntos

científicos, e a grande interação entre os seus participantes durante os

longos dias de visitas e viagens que caracterizam uma real “Jornada”. Na

próxima edição deste Boletim serão apresentas informações sobre o

histórico e histórias das 25 Jornadas de Herbologia.


20

Weed Science Society of America announces 2019 Award

Winners

Prof. Pedro Jacob Christoffoleti (USP-ESALQ) - Membro Honorário

da WSSA

No dia 12 de fevereiro de 2019, a Weed Science Society of America

(WSSA), em Westminster, Colorado, EUA, homenageou pesquisadores

por suas excelentes contribuições para o campo da Ciência das Plantas

Daninhas. Os prêmios foram entregues durante a reunião anual da

organização em New Orleans, Louisiana.

Entre os premiados está o Prof. Pedro Jacob Christoffoleti (USP-

ESALQ), que recebeu o título de Membro Honorário da WSSA. Parabéns

ao Prof. Pedro pela honraria recebida por toda uma carreira dedicada a

Ciência das Plantas Daninhas.


21

Nova diretoria SBCPD (BIÊNIO 2018/2020)

Administração

Presidente: Aldo Merotto Júnior

1º Vice-Presidente: Caio Antonio Carbonari

2º Vice-Presidente: Luis Antonio de Avila

1º Secretário: Miriam Hiroko Inoue

2º Secretário: Anderson Luis Nunes

1º Tesoureiro: Fernando Storniolo Adegas

2ª Tesoureira: Nubia Maria Correia

Conselho consultivo

Patricia Andrea Monquero

Pedro Jacob Christoffoleti

Benedito Noedi Rodrigues

Décio Karam

João Baptista da Silva

Robinson Antonio Pitelli

Dionísio Luiz Pisa Gazziero

Conselho fiscal

Marcelo Nicolai

Fabiane Pinto Lamego

Antonio Alberto da Silva

Suplentes

Tiago Pereira Salgado

Ana Carolina Dias Guimarães


22

Canal no YouTube: Professores Alfredo & Leandro Albrecht

Acesse e se inscreva:

https://www.youtube.com/channel/UC09Wnp0DT8WCkWl-kUx7gVw

Canal dedicado a trazer informações básicas sobre Fitotecnia, que

venham auxiliar em caráter introdutória nas disciplinas de Agricultura

e Ciência das Plantas Daninhas, na UFPR - Palotina. No entanto, está

aberta a todos os demais interessados em seu conteúdo.

Coordenadores:

Prof. Dr. Alfredo Jr. Paiola Albrecht

http://lattes.cnpq.br/2567582971674205

[email protected]

Prof. Dr. Leandro Paiola Albrecht


[email protected]

Parceria: Supra Pesquisa - http://www.supra.ufpr.br/. Projeto

Supra Extensão, institucional: "Sistemas Sustentáveis de Produção

Agrícola".

https://www.youtube.com/channel/UC09Wnp0DT8WCkWl-kUx7gVw





http://www.supra.ufpr.br/


23

Buva resistente a paraquat, chlorimuron e glyphosate no

Paraguai

Alfredo J. P. Albrecht¹, Leandro P. Albrecht¹, Afonso Pires²,

Guilherme Thomazini¹, Juliano B. Lorenzetti¹, Maikon T. Y.

Danilussi¹ ¹ UFPR, Supra Pesquisa; ² Semillas Pires.

É com muita preocupação que, no segundo semestre de 2018, foi

comprovada a existência de biótipos de Conyza sumatrensis (buva)

apresentando resistência aos herbicidas paraquat, glyphosate e

chlorimuron, no Paraguai, caracterizando uma resistência múltipla a

herbicidas de três mecanismos de ação. As pesquisas seguiram os

critérios internacionais para relatos de biótipos de plantas daninhas

resistentes a herbicidas (www.weedscience.org) e já foram oficialmente

reportadas (Heap, 2019).

O monitoramento da resistência no Paraguai, considerando

escapes em áreas de produção e participação de agricultores, continua

com maior intensidade. Nesse sentido convida-se a todos os

interessados a contribuir, entrando em contato e auxiliando na coleta de

sementes. Informa-se também que, a partir dos primeiros indicativos a

campo de resistência de Buva ou de outras plantas daninhas, foram

iniciadas pesquisas no sentido de alcançar soluções viáveis e

sustentáveis no manejo destas plantas daninhas. Desde já agradecemos

todos os agricultores e colaboradores envolvidos e, atribui-se a Semillas

Pires papel decisivo na execução destas pesquisas.

Mais informações sobre o caso podem ser acessadas em:

Informativo Supra Pesquisa

The International Survey of Herbicide Resistant Weeds (Heap, 2019)

HRAC-BR – documento na íntegra

YouTube

http://www.weedscience.org/

https://drive.google.com/drive/folders/1c5_D4HcTMf59iK8043M3B06Fuv-M4bEr?fbclid=IwAR1AQPmigLl3FIK2cJbE5uJV3OFVEbxMDTj5j4PtpHxrl6cCnBkRKap_OkA

http://www.weedscience.org/Details/Case.aspx?ResistID=18153

https://www.hrac-br.org/

https://docs.wixstatic.com/ugd/48f515_b8318683c12d43358f2928c20c974f7c.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=R3-Xa_IXJtQ


24

População de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao

glyphosate são encontradas no Rio Grande do Sul

Claudia Oliveira1; Sandra M. Mathioni1; Lúcio Lemes1; Eduardo

Ozório1; Adilson Jauer2; Thomas Altmann2; Milto Facco2; Esidoro

Bartz3; Daniel D. Rosa1 1 Gerenciamento de Resistência, Syngenta Proteção de Cultivos Ltda; 2 Desenvolvimento

Técnico de Mercado, Syngenta Proteção de Cultivos Ltda; 3 Consultor Técnico, Unisoy.

A equipe de Monitoramento de Resistência da Syngenta Proteção

de Cultivos identificou uma população de caruru (Amaranthus hybridus)

resistente ao glyphosate, proveniente da região de Pelotas, no Rio

Grande Sul. No final de 2018 identificou-se uma propriedade onde foi

observado baixo controle de plantas de caruru após repetidas

aplicações de glyphosate, sendo relatado pelo agricultor que as plantas

sobreviviam a doses acima de 1500 g e.a ha-1.

Para taxonomia do biótipo, algumas plantas foram enviadas para

o Herbário Anchieta (PACA) do Instituto Anchietano de

Pesquisa/UNISINOS onde foi identificado como Amaranthus hybridus L.

(PACA 118720). Além da identificação taxonômica clássica, utilizou-se a

identificação molecular. Parte dessas plantas foram submetidas a testes

em casa de vegetação, onde verificou-se a sobrevivência de 100% das

plantas tratadas com 1000 g e.a ha-1 de glyphosate.


25

As plantas sobreviventes foram submetidas a sequenciamento do

DNA relativo ao gene EPSPs, e identificou-se em 100% das plantas

sobreviventes a presença da tripla mutação (TAP-IVS: T102I, A103V e

P106S), que está correlacionada a alta resistência ao glyphosate.

Para determinação do fator de resistência a glyphosate, estudos

estão em andamento, além de estudos complementares, para avaliar a

existência de resistência múltipla a outros mecanismos de ação. Vale

ressaltar a necessidade de um comunicado de alerta aos agricultores do

Rio Grande do Sul, além do reforço da adoção de boas práticas agrícolas,

visando conter a dispersão dessa população para novas áreas, dentro e

fora do estado.

Este é o primeiro relato de Amaranthus hybridus resistente a

herbicida no Brasil, sendo pela primeira vez identificado a tripla

mutação no gene EPSPs conferindo resistência a uma população de

planta daninha no país.

Para maiores informações entrar em contato com Daniel D. Rosa

([email protected])



26

Artigos Silva, G.S., Silva, A.F.M., Mendes, K.F., Pimpinato, R.F. & Tornisielo, V.L.

(2018). Influence of sugarcane straw on aminocyclopyrachlor leaching

in a green-cane harvesting system. Water, Air, & Soil Pollution, 229(5),

156. https://doi.org/10.1007/s11270-018-3818-x

The straw on the soil in the green cane harvesting system acts as a

physical barrier to the action of the pre-emergence herbicides.

However, some herbicides have physico-chemical characteristics to

pass through the straw in water solution. The aim was to evaluate the

influence of different densities of sugarcane straw on the leaching of

aminocyclopyrachlor in a tropical soil (Oxisol—Typic Hapludox) in a

system of green cane harvesting. The experiment was carried out using

glass columns filled with soil, with and without sugarcane straw (0, 5,

10, and 20 t ha−1) on the top of the soil. 14C-aminocyclopyrachlor was

applied followed by 200 mm of simulated rain for 48 h. The herbicide

was detected in all soil layers (0–30 cm), and in the leachate (> 30 cm),

in small trace amounts (≤ 0.21%) in all treatments, showing that

aminocyclopyrachlor undergoes a high degree of leaching in the clayey

soil. In the absence of straw, 39% of the herbicide remained in the upper

layer (0–5 cm). In the presence of straw, the herbicide was distributed

through the soil profile, mainly from 0 to 25 cm. Forty percent more

herbicide was retained in the straw with 20 t ha−1 of sugarcane straw.

Thus, it is concluded that the straw in high amounts retains

aminocyclopyrachlor, but does not prevent it from reaching the soil; the

high solubility of the herbicide and intense rainfall in a short period of

time are factors that contribute to the herbicide passing through this

barrier.

Keywords: pyrimidine carboxylic acid; vegetal cover; pre-emergence

herbicide; soil behavior

https://doi.org/10.1007/s11270-018-3818-x


27

Silva, A.F.M., Silva, G.S., Mendes, K.F., Giraldeli, A.L., Tornisielo, V.L. &

Victoria Filho, R. (2019). Absorption, translocation and metabolism of

aminocyclopyrachlor in young plants of Ipomoea purpurea and Ipomoea

triloba. Weed Research, 59(1), 59-66.

https://doi.org/10.1111/wre.12345

Members of the Convolvulaceae family are known to be sensitive to

aminocyclopyrachlor, although little is known about the absorption,

translocation and metabolism of the herbicide in these species of weed.

The aim of this study was to evaluate the absorption, translocation and

metabolism of 14C‐aminocyclopyrachlor in young plants of Ipomoea

purpurea and Ipomoea triloba. Assessments were performed at 3, 6, 12,

24, 48 and 72 h after treatment (HAT) for the study of absorption and

translocation. Metabolism was assessed at three time points (3, 24 and

72 HAT). In terms of absorption, was observed a difference between

species at the 3 and 48 HAT time points, where I. purpurea had a higher

absorption of 14C‐aminocyclopyrachlor. No differences were observed

between species at any other time points. Of the total absorbed

herbicide, 90.9% for I. purpurea and 91.8% for I. triloba were detected

on the treated leaf. I. purpurea presented higher translocation to the leaf

above the treated leaf, while I. triloba showed higher translocation to

the lower leaves and roots. No increase in absorption of 14C‐

aminocyclopyrachlor was observed above 24 HAT for I. purpurea and

above 6 HAT for I. triloba, and translocation was low (<1%) for both

species in all plant parts. This suggests that post‐emergence application

of aminocyclopyrachlor cannot be effective for the control

of I. purpurea and I. triloba and alternative approaches are required.

Nevertheless, no 14C‐aminocyclopyrachlor metabolites were observed

in the studied plants, which indicated sensitivity

in I. purpurea and I. triloba to the herbicide.

Keywords: morning glory; convolvulaceae; auxinic herbicide;

radiolabelled herbicide; chemical management



28

Fator de impacto JCR (2017): 0,544

CiteScore (2017): 0,700

SJR (2017): 0,365

SNIP (2017): 0,749

Volume 37

Mariani, F., Sensemam, S.A., Vargas, L., Agostineto, D., Ávila, L.A. &

Santos, F.M. (2019). Enzymatic properties and ryegrass resistance

mechanism to iodosulfuron-methyl-sodium herbicide. Planta

Daninha, 37, e019169383. https://dx.doi.org/10.1590/s0100-

83582019370100001

Obrador-Olán, J.J., García-López, E., Almeyda-Santos, L.E., Castelán-

Estrada, M. & Carrillo-Ávila, E. (2019). Weeds in a sugar cane soil

cultivated with Crotalaria juncea. Planta Daninha, 37, e019171505.

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100002

Bacha, A.L., Martins, P.F.R.B., Alves, P.L.C.A. & Paula, R.C. (2019). Effect

of trinexapac-ethyl, at two application timings, on the initial

development of eucalyptus under water deficit. Planta Daninha, 37,

e019176281. https://dx.doi.org/10.1590/s0100-

83582019370100003

Tavares, L.C., Lemes, E.S., Ruchel, Q., Westendorff, N.R. & Agostinetto, D.

(2019). Criteria for decision making and economic threshold level for

wild radish in wheat crop. Planta Daninha, 37, e019178898.

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100004

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0100-835820190001&lng=en&nrm=iso

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100001

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100001

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100002

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100003

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100003

https://dx.doi.org/10.1590/s0100-83582019370100004


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Helgueira, D.B., Rosa, T.D, Moura, D.S., Galon, L. & Pinto, J.J.O. (2019).

Leaching of imidazolinones in irrigation systems in rice cultivation:

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Schwabe, S., Weber, E.A., Gesell, S., Gruber, S. & Claupein,

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with exogenous compounds. Weed Research 59(2), 119–129.


Yasin, M., Rosenqvist, E., Jensen, S.M. & Andreasen, C. (2019). The

importance of reduced light intensity on the growth and development

of six weed species. Weed Research 59(2), 130–144.











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and viability of teosinte seeds (Zea mays ssp. mexicana ad int.) subjected

to sheep digestion. Weed Research 59(2), 145– 154.



CiteScore (2017): 2,170

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Volume 67, Nº 1, janeiro 2019

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Frost, M., Haramoto, E., Renner, K. & Brainard, D. (2019). Tillage and

cover crop effects on weed seed persistence: Do Light exposure and

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impacts weed suppression potential. Weed Science 67(1), 91-102.


Iqbal, N., Manalil, S., Chauhan, B. & Adkins, S. (2019). Germination

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Korres, N., Norsworthy, J. & Mauromoustakos, A. (2019). Effects of

palmer amaranth (Amaranthus palmeri) establishment time and

distance from the crop row on biological and phenological

characteristics of the weed: Implications on soybean yield. Weed

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Kumar, V., Jha, P., Jugulam, M., Yadav, R. & Stahlman, P. (2019).

Herbicide-resistant kochia (Bassia scoparia) in North America: A

review. Weed Science 67(1), 4-15.


Lowry, C. & Brainard, D. (2019). Strip intercropping of rye–vetch

mixtures: Effects on weed growth and competition in strip-tilled sweet

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number on growth and fecundity of glyphosate-resistant kochia (Bassia

scoparia). Weed Science 67(1), 22-28.


Osipitan, O., Dille, J., Bagavathiannan, M. & Knezevic, S. (2019). Modeling

population dynamics of kochia (Bassia scoparia) in response to diverse

weed control options. Weed Science 67(1), 57-67.


Ou, J., Fritz, A., Stahlman, P., Currie, R. & Jugulam, M. (2019). Glyphosate-

and dicamba-resistant genes are not linked in kochia (Bassia

scoparia). Weed Science 67(1), 16-21.


Pereira, F., Tayengwa, R., Alves, P., & Peer, W. (2019). Phosphate status

affects phosphate transporter expression and glyphosate uptake and

transport in grand eucalyptus (Eucalyptus grandis). Weed Science 67(1),

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Takano, H., Mendes, R., Scoz, L., Lopez Ovejero, R., Constantin, J., Gaines,

T., . . . Oliveira, R. (2019). Proline-106 EPSPS mutation imparting

glyphosate resistance in goosegrass (Eleusine indica) emerges in South

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germination biology of prairie groundcherry (Physalis hederifolia) in

Australia. Weed Science 67(1), 77-82.





45

Livro: Controle de plantas

daninhas: Métodos físico,

mecânico, cultural, biológico e

alelopatia

Oliveira, M.F.; Brighenti, A.M. (2018).

Controle de plantas daninhas:

Métodos físico, mecânico, cultural,

biológico e alelopatia. Embrapa Milho

e Sorgo, 196 p. Link para acesso on-

line.

O controle de plantas daninhas é

prática importante na produção de

alimentos. O período compreendido entre os anos de 1940 e 1970,

chamado de Revolução Verde, é caracterizado por avanços no uso de

mecanização rural, de irrigação, de fertilizantes e de defensivos, bem

como a seleção de culturas mais produtivas. O crescimento da oferta de

herbicidas no País foi rápido porque o governo brasileiro adotou

programa nacional de defensivos agrícolas com incentivos para

importação e, seguidamente, para a abertura de fábricas. Para este

período, na literatura não há descrições de políticas públicas ou

programas de governo de incentivo para tecnologias não químicas que

controlem plantas daninhas. Mais recentemente, em 2009, houve a

regulamentação do registro diferenciado de substâncias para uso nos

sistemas orgânicos de produção. Esta obra descreve o controle de

plantas daninhas por técnicas testadas e disponíveis para uso (roçadeira

para entrelinha, flamejamento, eletrocussão, solarização) e por técnicas

em desenvolvimento (produtos com ação herbicida, microrganismos

para controle biológico de plantas, substâncias com efeito alelopático,

consorciação) fundamentadas em princípios biológicos, de mecânica, de

cobertura morta e de alelopatia.

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/193269/1/Controle-plantas-daninhas.pdf

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/193269/1/Controle-plantas-daninhas.pdf


46

First International Molecular Plant Protection Congress, Adana, Turquia

(10-13 abril)

www.imppc2019.org

V Congresso Brasileiro de Fitossanidade – CONBRAF, Curitiba, PR

(7-9 agosto)

www.conbraf2019.com.br

XXIV Congreso Latinoamericano de Malezas, San José, Costa Rica

(5-7 junho)

malezascr.com/congreso/

http://www.imppc2019.org/

http://www.conbraf2019.com.br/

http://malezascr.com/congreso/


47

Acesse: sbcpd.org

http://sbcpd.org/


48

Gostaríamos também de agradecer a todos os associados e

leitores que tem contribuído com o envio de material para divulgação

no Boletim da SBCPD. Pedimos encarecidamente que continuem

colaborando com envio de sugestões e material para o e-mail:

[email protected]. Para o próximo número serão aceitos

comunicações técnicas, relatos, notícias e informações sobre grupos de

pesquisa e eventos. Relembramos que os conteúdos das

comunicações técnicas publicadas no Boletim são de inteira

responsabilidade de seus autores.

Calendário de envio de sugestões e material para publicação

Boletim Nº2 (até 20/06)



Alfredo Jr. Paiola Albrecht

André Felipe Moreira Silva

Arthur Arrobas Martins Barroso

Leandro Paiola Albrecht

EDITORES

Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas – SBCPD

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www.sbcpd.org

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