Sobre o Critério de Falseabilidade em K. Popper.

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Sobre o Critrio de Falseabilidade em Karl Popper. Por Juliano Gustavo Ozga. Nesta presente dissertao pretendo apresentar respostas para trs quest es referentes falseabilidade e suas aplicaes, presentes na obra de Karl Pop per. A primeira questo determinar o que falseabilidade; a segunda questo a sua aplicao s teorias; e a terceira questo definir e defender esse crit rio como o mais proveitoso diante de outras propostas alternativas (principalme nte a teoria convencionalista). Ao abordarmos a questo do problema da demarcao cientfica, ou seja, o critrio que especifica o que cientfico e o que no , K. Popper apresenta o conceito de falseabilidade como critrio para superar e nortear essa questo, a presentando sua defesa a favor do critrio de falseabilidade diante de propostas convencionalistas. O critrio de falseabilidade seria uma espcie de graduao/nvel de med io do grau de confiabilidade que inferimos para sustentar teorias como sendo e las cientficas, ao contrrio de hipteses pseudo-cientficas, onde a probabilid ade de contestao a possibilidade de testagem, o que no possvel em muitos casos. O critrio de falseabilidade pressupe uma real validade para sustentar o "quanto" uma teoria merece ser creditada cientfica. Quando adentramos nesta q uesto, torna-se relevante a observao feita pelo prprio K. Popper sobre a dem arcao entre cincia e metafsica. A possibilidade de defendermos o fato de que a cincia (teorias cientfi cas) pressupe um mtodo metafsico como suporte e alicerce para suas posies d iante do mundo fsico, elaborando sobre esse, uma nova expresso/linguagem para exprimir suas leis e eventos. Sobre a aplicao do critrio de falseabilidade s teorias cientficas, como mtodo para determinar sua graduao de verdade (no absoluta), como a pos sibilidade de ser falseada diante de experimentos reais, podemos elaborar a ques to de como iremos aplicar esse critrio, em forma de mtodo, s teorias cientf icas. A primeira questo solucionar sobre que tipo e hipteses (anterior a d eterminao de teoria cientfica) estamos trabalhando para determinar a questo de demarcao cientfica. Quando abordamos hipteses sem base empricas, no pos sumos a possibilidade de aplicarmos o mtodo de falseabilidade sobre a teoria c ientfica, pelo fato de que no podemos avaliar empiricamente/realmente no mundo fsico a sua ocorrncia. Outro fator a aplicao do mtodo diante de teorias cientficas com base formada por hipteses empricas, sendo neste caso possvel a aplicao do mtodo de falseabilidade. Na aplicao do mtodo sobre teorias cientficas com base em hipteses e mpricas, quanto maior o nmero de possibilidade de testagem e averiguao da te oria cientfica, maior ser seu grau de falseabilidade (o que no pretende ser u ma verdade absoluta e eterna e sim ser possvel de testagem e verificabilidade e m um nmero ilimitado de ocorrncias). A questo que deve ser definida como podemos definir uma teoria cient fica como falsevel (possvel de ser testada e verificada) ou falseada (quando o corre erro ou no ocorrncia do evento requerido pela aplicao do teste de fals eabilidade sobre a teoria cientfica diante do mundo fsico). Quanto maior o grau de falseabilidade da teoria cientfica, maior ser s eu poder de aplicao no mundo fsico, e assim, maior ser a possibilidade de ve rificao de ocorrncia de eventos referidos na teoria cientfica testada. Essa aplicao do mtodo de critrio de falseabilidade permite inserirmos na cincia teorias no absolutas e no eternamente verdadeiras, e sim teorias cientficas a o menos possveis de falseabilidade e ocorrendo o mesmo, possveis de ser reform uladas e talvez at mesmo postas de lado para continuarmos na busca por critrio s que aumentaro o poder de confiabilidade e sustentao de teorias cientficas dentro do mbito que a cincia se prope defender. Nesse caso, a defesa do critrio de falseabilidade como mais proveitoso do que a proposta convencionalista (que toma certas possibilidades de verdades a

bsolutas e dogmticas como sendo base para seus programas cientficos) prefer vel pelo fato de no estagnar em pressupostos cientficos absolutos e estticos e deixar assim aberta possibilidade de nos propormos questes relativas ao cri trio de cientfico ou no cientfico atravs do grau de falseabilidade de uma t eoria cientfica, podendo em qualquer ocasio esta mesma teoria cientfica ser r efutada e melhorada.