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UNILEÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA IASMIM LUNA LAVOR SÍNDROME DE BURNOUT EM CIRURGIÕES- DENTISTAS JUAZEIRO DO NORTE-CE 2018

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UNILEÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

IASMIM LUNA LAVOR

SÍNDROME DE BURNOUT EM CIRURGIÕES- DENTISTAS

JUAZEIRO DO NORTE-CE

2018

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IASMIM LUNA LAVOR

SÍNDROME DE BURNOUT EM CIRURGIÕES- DENTISTAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Coordenação do Curso de Graduação em

Odontologia do Centro Universitário Doutor Leão

Sampaio, como pré-requisito para obtenção do grau

de Bacharel.

Orientador: Prof. Me Augusto Henrique Alves de

Oliveira

JUAZEIRO DO NORTE-CE

2018

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RESUMO

Burnout é um fenômeno psicossocial que se caracteriza por uma grande exaustão emocional,

grande despersonalização e pouca realização profissional. Esses em conjunto levam a um

colapso físico e emocional. Por ser um fenômeno pouco conhecido dos cirurgiões dentistas e

pesquisas indicarem um grande índice de suicídio nessa classe, é de grande interesse uma

análise dos fatores do estresse do ambiente de trabalho e da relação com a plenitude mental

desses indivíduos. O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a prevalência da Síndrome de

Burnout em cirurgiões dentistas, apresentando causas, sintomas e consequências bem como

propor sugestões de prevenção ou amenização desta síndrome. Os dados dessa pesquisa foram

coletados através de um questionário preliminar de identificação do Burnout, inspirado no

Maslach Burnout Inventory – MBI que foi aplicado para 150 cirurgiões sentista. Atravez

desse estudo conclui-se que os entrevistados apresentaram algum indício da síndrome, onde

103 (95,37%) tem possibilidade de desenvolver a síndrome de Burnout ou apresentam SB na

fase inicial. Nenhum dos entrevistados apresentou SB em uma fase considerável ou grave.

Não houve diferença estatística na prevalência da síndrome de Burnout relacionada ao sexo,

idade ou tempo de formação dos profissionais pesquisados. Esse trabalho foi de uso

informativo e não substitui o diagnóstico de um Médico ou Psiquiatra.

Palavras-chave: Burnout. Cirurgiões-dentistas. Odontologia.

.

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ABSTRACT

Burnout is a psychosocial phenomenon characterized by great emotional exhaustion, great

depersonalization, and poor professional achievement. These together lead to a physical and

emotional collapse. Because it is a phenomenon little known to dental surgeons and research

indicates a high rate of suicide in this class, it is of great interest an analysis of the stress

factors of the work environment and the relation with the mental fullness of these individuals.

The general objective of this research is to evaluate the prevalence of Burnout Syndrome in

dental surgeons, presenting causes, symptoms and consequences as well as to propose

suggestions for prevention or amelioration of this syndrome. Data from this research were

collected through a preliminary burnout identification questionnaire, inspired by the Maslach

Burnout Inventory - MBI that was applied to 150 senate surgeons. Through this study it is

concluded that the interviewees had some indication of the syndrome, where 103 (95.37%)

have the possibility of developing Burnout syndrome or have SB in the initial phase. None of

the interviewees presented SB at a considerable or severe stage. There was no statistical

difference in the prevalence of Burnout syndrome related to gender, age or training time of

the professionals studied. This work is for informational use and does not replace the

diagnosis of a Physician or Psychiatrist.

Keywords: Burnout. Dental surgeons. Dentistry.

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Escores do Questionário Jbeili e resultados referente aos escores Erro! Indicador

não definido.

Tabela 2 - Prevalência da Síndrome de Burnout ..................................................................... 11

Tabela 3 - Prevalência do Sexo - Síndrome de Burnout .......................................................... 11

Tabela 4 - Prevalência da Idade - Síndrome de Burnout ......................................................... 12

Tabela 5 - Prevalência do Tempo de Formação - Síndrome de Burnout................................. 12

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LISTA DE SIGLAS

CRO Conselho Regional de Odontologia

MBI Maslach Burnout Inventory

OMS Organização Mundial da Saúde

SB Síndrome de Burnout

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7

2 METODOLOGIA .................................................................................................................. 9

3 RESULTADOS .................................................................................................................... 11

4 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 13

5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 16

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17

ANEXOS ................................................................................................................................. 19

Anexo A – Parecer de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FALS...................... 19

Anexo B – Questionário preliminar de identificação da burnout ......................................... 23

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1 INTRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout (SB), ou Síndrome do esgotamento profissional é um

conjunto de sinais e sintomas típicos de profissionais que vivenciam longos períodos de

estresse no trabalho, juntamente a carga horária excessiva ou mesmo grande quantidade de

atendimento. Vindo do inglês, o termo burnout significa “combustão completa” o que

descreve exatamente a sensação de exaustão (CARLOTTO, 2010). (SCHAUFELI, BUUNK,

2003). “Burnout é um processo de perda do idealismo, energia e objetivos, vivenciado pelo

indivíduo que trabalha em profissões de ajuda, originário das suas condições de seu

trabalho”(EDELWHICH; BRODSKY, 1980).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a Síndrome de Burnout é um risco

para a deteriorização física e mental do trabalhador (CARDOSO, 1999). Segundo Salanova e

Llorens(2008), a Síndrome de Burnout constitui hoje um dos maiores danos de caráter

psicossocial da atualidade. Maslach e Jackson (1981) definiram a Síndrome de Burnout vinda

do meio laboral como cronificação do estresse ocupacional, falhando aos métodos de

enfrentamento e elevando suas consequências nos aspectos trabalhista, familiar, social e

individual. Cada pessoa sente os sinais e sintomas de maneira única, mas de uma forma geral

é um processo lento, onde a pessoa começa a perder o prazer de trabalhar aos poucos. O

sentimento de entusiasmo é substituído por um sentimento de raiva (PEREIRA, 2002).

A SB é um fenômeno psicossocial constituído de três dimensões: Exaustão Emocional,

Despersonalização e Baixa Realização Profissional. A exaustão emocional se dá quando o

indivíduo sente falta de energia e um esgotamento emocional. A despersonalização

caracteriza-se pela perda de empatia ou indiferença diante do sofrimento alheio. A baixa

realização profissional ocorre quando o profissional começa a duvidar da sua capacidade, se

sentindo incompetente e perdendo a interação com as pessoas (MASLACH; SCHAUFELI;

LEITER, 2001).

Essa enfermidade emocional pode vir causar um maior enfraquecimento da saúde do

indivíduo, acometendo além da saúde mental sua saúde física. Dor de cabeça, tonturas, falta

ou excesso de sono poderá ficar cada vez mais frequentes e associadas com as alterações

psicológicas, como ira, ansiedade e irritabilidade, será uma barreira na vida social dessa

pessoa. A partir disso, a vida profissional será cada vez menos prazerosa, haverá uma redução

na satisfação e tudo vai virar um círculo de sofrimento, podendo chegar ao suicídio em casos

mais graves. (PEREIRA, 2002)

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Em todo o mundo, a taxa de suicídio na classe médica e odontológica é superior a da

população geral. O dentista é reconhecido como tendo uma elevada incidência ao suicídio.

Afirma-se que a probabilidade de suicídio de um dentista é 6.64 vezes maior do que a do resto

da população em idade ativa(STACK, 1996).

Nos últimos 20 anos houve um aumento considerável no diagnóstico da SB na

Odontologia. Provavelmente porque o trabalho do dentista reúne muitos facilitadores para sua

ocorrência. Alta carga horária, grande demanda de pacientes, elevada precisão e concentração,

manejo de elementos químicos, são alguns fatores que fazem o dentista estar mais vulnerável

a adquirir essa síndrome. Depois de ter investido muito na graduação, os profissionais se

deparam com uma realidade de um sistema de saúde, muitas vezes, desumanizado e

despersonalizado e acabam tendo que se adaptar; no setor publico a situação é pior.

(FAGUNDES, 2016)

Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência da

Síndrome de Burnout em cirurgiões dentistas e a partir desses dados propor sugestões de

prevenção.

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2 METODOLOGIA

Esta pesquisa se classifica como sendo um estudo transversal quantitativo. Realizada

nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, o público alvo foi profissionais formados

em Odontologia devidamente inscritos no Conselho Regional de Odontologia. O universo

amostral foi de 108 cirurgiões dentistas de ambos os sexos, a fim de detectar-se a prevalência

da Síndrome de Burnout nesses profissionais da área de saúde, durante o mês de Abril de

2018.

Foram incluídos Cirurgiões-dentistas inscritos no CRO/CE que concordaram em

participar da pesquisa após leitura e compreensão do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido e assinaram a Declaração de Concordância em Participar do Estudo. Nenhum

participante abordado foi excluído por diagnóstico de condições psicológicas prévias ou por

diagnóstico de Síndrome de Burnout. Para coleta de dados utilizou-se de entrevista pessoal

padronizada, aplicado por dois pesquisadores participantes da pesquisa treinados e calibrados,

resguardando sempre a privacidade do entrevistado.

O instrumento de coleta de dados foi o formulário de entrevista de Chafic Jbeili

inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI, contendo 20 questões objetivas assim

distribuídas:

• 8 referentes a Exaustão Emocional - Questões 1, 2, 3, 6, 10, 11, 14, 19

• 3 referentes a Despersonalização - Questões 4, 5, 18;

• 9 referentes a Reduzida Realização Profissional - Questões 7, 8, 9, 12, 13, 15, 16, 17, 20.

O formulário de entrevista foi acompanhado de um TERMO DE

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO contendo informações sobre de que trata a

pesquisa e quais os seus objetivos, a duração do experimento, os benefícios que esta por

ventura trará, a possibilidade de abandono do experimento, bem como da confidencialidade

que o protegerá. Os entrevistados assinaram um TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-

ESCLARECIDO, certificando a participação voluntária. Os participantes da pesquisa não

foram identificados e tiveram seus nomes resguardados, garantindo confidencialidade e

privacidade. O Centro Universitário Doutor Leão Sampaio declarou anuência com a

realização da pesquisa. Esta pesquisa foi previamente submetida e aprovada pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da UNILEÃO (CAAE 85439618.3.0000.5048 aprovada sob número

2.584.373).

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A análise dos dados foi realizada a partir do Microsoft Office Excel 2010. Para

apresentar os resultados foram identificados a caracterização dos participantes, onde há uma

descrição dos mesmos (sexo, idade e tempo de formação) e análise do questionário, para

identificação da presença ou não da Sindrome de Burnout. A pesquisa foi realizada com 108

Cirurgiões Dentistas, o instrumento de avaliação foi o questionário de Jbeili (JBEILI, 2011)

onde o mesmo é composto por 20 questões para identificação preliminar de Burnout. Para

análise dos resultados foi considerado os escores e os respectivos resultados de acordo com a

descrição da tabela 1.

Tabela 1 – Escores do Questionário Jbeili e resultados referente aos escores

Escores Resultados - Questionário Jbeili

0-20 Nenhum indício da Burnout.

21-40 Possibilidade de desenvolver Burnout. Procure trabalhar as recomendações de prevenção da

Síndrome.

41-60 Fase inicial da Burnout. Procure ajuda profissional para debelar os sintomas e garantir a qualidade

no seu desempenho profissional e a sua qualidade de vida.

61-80 A Burnout começa a se instalar. Procure ajuda profissional para prevenir o agravamento dos

sintomas.

81-100

Você pode estar em uma fase considerável da Burnout, mas esse quadro é perfeitamente

reversível. Procure o profissional competente de sua confiança e inicie o quanto antes o

tratamento.

Fonte: adaptado de Jbeili (2008).

Foram considerados mínimos os riscos morais desta pesquisa aos participantes, já

que os mesmos foram elucidados sobre suas finalidades e metodologia, com garantia da

confidencialidade de suas respostas, da inexistência de qualquer ônus, bem como da

desistência em participar do estudo em qualquer momento. Estes riscos foram minimizados

reduzindo o acesso aos dados dos entrevistados. Não foram registrados quaisquer efeitos

adversos ou fatos relevantes que alterasse o curso normal do estudo. O modo de reprodução

deste estudo exclui qualquer possibilidade de risco físico.

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3 RESULTADOS

A análise inicial permitiu identificar a prevalência da síndrome de Burnout,

considerando em qual faixa de escore os participantes estão, sem levar em consideração

qualquer tipo de caracterização. Observa-se que 42 (39%) dos participantes apresentaram

escores de 21 a 40 indicando possibilidade de desenvolver a Sindrome de Burnout; 61

dentistas (56%) apresentaram escores de 41 a 60 onde estão na fase inicial e devem procurar

ajuda profissional para debelar os sintomas; e em 5 (5%) dos participantes obteve-se escores

de 61 a 80 mostrando que doença já começou a se manifestar, necessitando de um

acompanhamento para prevenir o agravamento dos sintomas (Tabela 2).

Tabela 2 - Prevalência da Síndrome de Burnout

Escore Nº Pessoas % Pessoas

0-20 0 0%

21-40 42 39%

41-60 61 56%

61-80 5 5%

81-100 0 0%

TOTAL 108 100%

Fonte: Autores do texto

Dos participantes, 56 (51,85%) eram do sexo feminino e 52 (48,14%) do sexo

masculino. Dos entrevistados com risco de desenvolver SB, 20 (19%) são do sexo feminino e

22 (20%) do sexo masculino. Dos entrevistados em fase inicial da síndrome, 33 (31%) eram

do sexo feminino e 28 (26%) do sexo masculino. Dos participantes em que a síndrome já

começou a se manifestar, 3 (3%) eram mulheres e 2 (2%) homens. Não houve diferença

estatística na prevalência da síndrome de Burnout relacionada ao sexo (p = 6,52).

Tabela 3 - Prevalência do Sexo - Síndrome de Burnout

Escore Feminino Masculino Total

0-20 - - -

21-40 20 (19%) 22 (20%) 42 (39%)

41-60 33 (31%) 28 (26%) 61 (56%)

61-80 3 (3%) 2 (2%) 5 (5%)

81-100 - - -

Total 56 (52%) 52 (48%) 108 (100%)

Fonte: Autores do texto

Dos entrevistados, 57 apresentavam idade entre 20 a 30; 37 apresentavam idade entre

31 a 40 anos; 12 apresentavam idade entre 41 a 50 anos; e 2 idade entre 51 a 60 anos. Em

relação aos escores: 21-40 pode-se perceber que o maior número de pessoas tinham idades

entre 20 – 30 anos que equivale a 22 (20%). O escore com índice maior foi 41-60 ( fase inicial

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da Burnout) onde indica que 33 (31%) dos entrevistados tem idade de 20-30 anos. No escore

61-80: 2 (2%) dos entrevistados tinham entre 20-30 anos. Não houve diferença estatística na

prevalência da síndrome de Burnout relacionada a idade (p = 1,67).

Tabela 4 - Prevalência da Idade - Síndrome de Burnout

Escore Faixa Etária (Anos)

20 – 30 31 – 40 41 – 50 51 – 60

0-20 - - - -

21-40 22 (20%) 15 (14%) 4 (4%) 1 (1%)

41-60 33 (31%) 21 (19%) 6 (6%) 1 (1%)

61-80 2 (2%) 1 (1%) 2 (2%) -

81-100 - - - -

Total Entrevistados 57 (53%) 37 (34%) 12 (12%) 2 (2%)

Fonte: Autores do texto

Dos entrevistados, 48 (44%) têm até 3 anos de formados, 19 (18%) têm de 4 a 6 anos,

7 (7%) têm entre 7 a 9 anos e 34 (31%) pessoas têm 10 anos ou mais de formação. O maior

índice de entrevistados estão entre 0-3 anos de tempo de formação e 10 anos ou acima, onde o

escore com pontuação mais alta em todas as escalas de tempo de formado é o de 41-60 que

equivale a 27(25%) dos entrevistados(0-3 anos), 12(11%) de 4-6 anos, 4(4%) de 7-9 anos,

18(17%) de 10 anos ou acima. Não houve diferença estatística na prevalência da síndrome de

Burnout relacionada ao tempo de formação (p = 1,01).

Tabela 5 - Prevalência do Tempo de Formação - Síndrome de Burnout

Escore Tempo de Formação (Anos)

0 - 3 4 – 6 7 – 9 10 ou acima

0-20 - - - -

21-40 19 (18%) 7 (6%) 3 (3%) 13 (12%)

41-60 27 (25%) 12 (11%) 4 (4%) 18 (17%)

61-80 2 (2%) - - 3 (3%)

81-100 - - - -

Total Entrevistados 48 (44%) 19 (18%) 7 (7%) 34 (31%)

Fonte: Autores do texto

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4 DISCUSSÃO

Os primeiros sinais de Burnout começam por ansiedade, depressão, ou cansaço

emocional levando a uma mudança de rotina, podendo evoluir para casos mais sérios. Os

prejuízos à saúde do indivíduo incluem dormir menos, ter má alimentação, isolamento social e

falta de comunicação. O paciente com síndrome de Burnout, por estar em fase generalizada de

fadiga emocional, estão mais propensos ao abuso de álcool e drogas. Casos não

diagnosticados a tempo podem culminar em morte por suicídio devido ao desânimo

emocional(CÂNDIDO; SOUZA, 2017).

A síndrome de Burnout é o ponto máximo do estresse profissional. Pode ser

encontrada em qualquer profissão, mas sua incidência é maior em áreas que atuem

diretamente com a vida de outras pessoas, assim como é a área da saúde. Os dentistas foram

apontados em diversas literaturas como o profissional mais suscetível a ter esse distúrbio, isso

por que esta vulnerável a muitos riscos e tem muitas características que podem levar a

adquirir(CAMPOS et al., 2012).

Neste estudo foi verificado que 42 (39%) pessoas têm a possibilidade de desenvolver o

Burnout e dessa porcentagem 20 (19%) são mulheres e 22 (20%) homens, onde a idade que

prevaleceu nesse aspecto foi da faixa etária de 20 a 30 anos (22 pessoas = 20%) e o tempo de

formação de 0 a 3 anos(19 pessoas = 18%). Pode-se perceber também que 61 (56%) dos

entrevistados estão na fase inicial da doença, onde 33 (31%) são do sexo feminino e 28 (26%)

do sexo masculino, e que a maioria também foi da idade de 20 a 30 anos (33 pessoas = 31%)

e que são formados a menos de três anos (27 pessoas = 25%). O alto índice de pessoas mais

jovens e com menor tempo de formação pode ter uma relação com o estresse advindo da

faculdade, da alta carga horária do estágio, da sobrecarga do estudo. Durante a formação

acadêmica os estudantes podem desenvolver esse distúrbio devido a uma carga excessiva de

trabalho na faculdade, a ansiedade e insegurança frente ao futuro profissional(CAMPOS et

al., 2012).

Os fatores citados anteriormente podem ser muito estressantes e facilitar os

sentimentos de medo, ansiedade e insegurança profissional logo após a graduação o que

juntando com a incerteza de uma vaga no mercado de trabalho pode agravar os sintomas. Ao

terminar sua graduação, os profissionais da saúde se deparam com uma realidade que não

conheciam. Um sistema despersonalizado, desumanizado, com poucas condições de trabalho,

pouca valorização profissional, longas jornadas e contato frequente com sofrimento

alheio(CARLOTTO, 2010).

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O estresse é considerado como o mal do século, é um transtorno que vem desde o

início da vida social dos homens, e nos dias de hoje vem piorando devido a vários fatores,

principalmente em relação ao trabalho. Existem três fases de apresentação do estresse, que

são: fase do alarme que é quando ocorre uma mudança na vida do indivíduo trazendo

situações de tensão e medo, por exemplo, no caso de um emprego novo; Fase de Resistência é

quando o estresse é continuo, podendo ser agravados devido a outras ações; Fase de Exaustão

é a fase do esgotamento, quando o profissional sente-se esgotado fisicamente e

emocionalmente, podendo surgir alterações orgânicas ou doenças como diabetes, taquicardia,

distúrbios gastrointestinal, pode surgir dores de cabeça, insônia, ansiedade, fobias, ocorre

também uma dificuldade de aprendizagem e de concentração o que prejudica o profissional de

exercer sua função podendo ocorrer erros em procedimentos e prejudicar mais a vida

profissional do indivíduo(DE LIMA; DE FARIAS, 2005).

Observou-se também que apenas 5% dos participantes já estão com a manifestação da

doença. É preciso ter um diagnóstico precoce para elaboração de um tratamento que evite o

agravamento dos sintomas, no caso, o suicídio. A ajuda da família e de colegas de trabalho

são fatores importantes para o tratamento. Também pode fazer modificação de ambiente de

trabalho para um melhor desempenho, organização de horários para que não haja uma

sobrecarga de trabalho(CAMPOS et al.,2012).

Em outro estudo foram entrevistados 13 profissionais e foi encontrado que todos os

profissionais ou estavam em algum estágio da SB ou possuíam a possibilidade de

desenvolvê–la, levando em conta que no escore que relata nenhuma síndrome de Burnout não

foi achado ninguém e que 7,7% com possibilidade de desenvolver a SB, 46,1% estavam na

fase inicial e 38,5% estavam em fase moderada da SB e 7,7% em fase considerável do

Burnout. Pode-se dizer que é um alto índice de SB encontrado pois a amostra é pequena, mas

também não podemos afirmar que condiz com a realidade já que tem um número baixo de

pessoas participantes(LIMA; TENÓRIO, 2012).

A síndrome de Burnout é constituída por três dimensões: Exaustão Emocional,

Despersonalização e Baixa Realização Profissional. A primeira dimensão citada se dá quando

a energia do profissional se esgota. A segunda é quando o começa a acontecer a apatia, ou

seja, profissional começa a tratar as outras pessoas de forma impessoal. E a terceira é quando

o indivíduo começa a se achar incompetente, não está satisfeito com seu desenvolvimento no

trabalho (CAMPOS et al. 2012).

Gatto (2000) afirma que a despersonalização é o elemento chave do fenômeno,

considerando que os outros fatores que são a exaustão emocional e falta de realização pessoal

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podem ser encontradas em outras síndromes depressivas. A despersonalização é considerada

uma manifestação específica do estresse nas profissões assistenciais.

Devido às singularidades do trabalho como fatores financeiros, postura especifica do

trabalho, contato com o paciente e restrição a cavidade oral, os cirurgiões-dentistas, estão

entre as profissões mais propensas a desenvolver a Síndrome de Burnout(HUMPHRIS et

al.,2002).

Excessivas cargas de trabalho, pouca valorização profissional, risco químico,

instalações inadequadas são alguns dos exemplos que levam o desenvolvimento da síndrome

de Burnout. E como o cirurgião dentista está exposto a todas essas citadas, e outras, ele é

consideram como uma das profissões mais vulneráveis a ter a síndrome.O cirurgião dentista

mesmo com suas peculiaridades quanto a pratica e ao ambiente de trabalho vem cada vez

mais ocupando espaço com equipes multidisciplinares de saúde. Portanto o dentista fica cada

vez mais exposto ao estresse, ansiedade, depressão, esgotamento e outras doenças

(OLIVEIRA, 2001).

Segundo Osborne e Croucher (1994) afirma que os Cirurgiões dentista sofrem um

elevado nível de estresse em relação ao trabalho.especificamente devido a relação CD e os

pacientes que é considerado um estresse laboral.

O tratamento requer a ajuda não só de um profissional psiquiatra, mas também uma

motivação da família e dos colegas de trabalho. Até mesmo o ambiente de trabalho ajuda no

tratamento, um ambiente agradável, com boa iluminação. Existem também algumas técnicas

de tratamento como a hipnoterapia que tem sido uma técnica muito procurada por

profissionais, principalmente da área de Psicologia e Odontologia, e consiste em focar a

atenção por meio de uma indução de concentração e direcionamento dos pensamentos e da

mente. Isso ajuda a minimizar as ações negativas que ajudam no desenvolvimento do estresse.

A acupuntura é outra técnica que ganhou destaque na terapia de algumas enfermidades,

consiste em colocar agulhas em pontos estratégicos do corpo, onde tem mais tensão,

diminuindo a mesma. E a atividade física possui uma grande importância para uma boa

qualidade de vida e uma mente mais tranquila(CÂNDIDO; SOUZA, 2017).

Assim, a realização dessa pesquisa torna-se muito importante para analisar os fatores

associados e alertar as pessoas dos sintomas e consequências dessa síndrome. Esse estudo não

permite que sejam identificados os fatores causais, mas pode ser interessante para identificar

os grupos de riscos e as suas características levando em consideração o sexo, a idade e o

tempo de formação. Estes questionamentos podem ser respondidos em futuros estudos com

desenhos mais sofisticados.

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5 CONCLUSÃO

Todos os entrevistados apresentaram algum indício da síndrome, onde 103 (95,37%)

com possibilidade de desenvolver a síndrome de Burnout ou apresentam SB na fase inicial.

Nenhum dos entrevistados apresentou SB em uma fase considerável ou grave. Não houve

diferença estatística na prevalência da síndrome de Burnout relacionada ao sexo, idade ou

tempo de formação dos profissionais pesquisados. Esse trabalho é de uso informativo e não

substitui o diagnóstico de um Médico ou Psiquiatra.

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REFERÊNCIAS

CAMPOS, J. A. D. B. et al. Síndrome de Burnout em graduandos de Odontologia. Revista

Brasileira de Epidemiologia, v. 15, n. 1, p. 155–165, 2012.

CÂNDIDO, J.; SOUZA, L. R. DE. Síndrome De Burnout: as novas formas de trabalho que

adoecem. Medicina Legal de Costa Rica, v. 32, n. 1, p. 1–6, 2017.

CARDOSO, W. L. C. D. Qualidade de vida e trabalho: Uma articulação possível. Em L. A.

M. Guimarães & S. Grubits (Orgs.), Saúde Mental e Trabalho, p. 89-116, 1999. São Paulo:

Casa do Psicólogo.

CARLOTTO, M. S. A relação profissional-paciente a a síndrome de Burnout. Encontro:

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ANEXOS

Anexo A – Parecer de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FALS

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Anexo B – Questionário preliminar de identificação da burnout

Parte 01- Perfil sócio demográfico

Sexo: F( ) M( )

Idade: _______

Tempo de formação: _______

Parte 02- QUESTIONÁRIO PRELIMINAR DE IDENTIFICAÇÃO DA BURNOUT

Elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory- MBI

Marque X na coluna correspondente

1- Nunca | 2- Anualmente| 3- Mensalmente| 4-Semanalmente| 5- Diariamente

Nº Características psicofísicas em relação ao trabalho 1 2 3 4 5

01 Sinto-me esgotado(a) emocionalmente em relação ao meu trabalho

02 Sinto-me excessivamente exausto ao final da minha jornada de trabalho

03 Levanto-me cansado(a) e sem disposição para realizar o meu trabalho

04 Envolvo-me com facilidade nos problemas dos outros

05 Trato algumas pessoas como se fossem da minha família

06 Tenho que desprender grande esforço para realizar minhas tarefas laborais

07 Acredito que eu poderia fazer mais pelas pessoas assistidas por mim

08 Sinto que meu salário é desproporcional às funções que executo

09 Sinto que sou uma referência para as pessoas que lido diariamente

10 Sinto-me com pouca vitalidade, desanimado(a)

11 Não me sinto realizado(a) com o meu trabalho

12 Não sinto mais tanto amor pelo meu trabalho como antes

13 Não acredito mais naquilo que realizo profissionalmente

14 Sinto-me sem forças para conseguir algum resultado significante

15 Sinto que estou no emprego apenas por causa do salário

16 Tenho me sentido mais estressado(a) com as pessoas que atendo

17 Sinto-me responsável pelos problemas das pessoas que atendo

18 Sinto que as pessoas me culpam pelos seus problemas

19 Penso que não importa o que eu faça, nada vai mudar no meu trabalho

20 Sinto que não acredito mais na profissão que exerço