Slide distúrbios Eletrolíticos

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Universidade Federal do Piauí Campus Senador Helvídio Nunes de Barros Bacharelado em Enfermagem Distúrbios Hidroeletrolític os

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Universidade Federal do PiauíCampus Senador Helvídio Nunes

de BarrosBacharelado em Enfermagem

Distúrbios Hidroeletrolítico

s

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Introdução

Equilíbrio hidroeletrolítico

Processo dinâmico crucial para a vida e para a homeostasia

60% do peso de um adulto médio consistem em líquido;

Influenciado pela idade, sexo e gordura corporal.

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Introdução

Espaço intracelular Localização Espaço extracelular

Equilíbrio perda de líquido rompimento

Líquido (indisponibilidade) terceiro espaço Evidência deslocamento de líquido

Diminuição do débito urinário

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Tabela 01 - Valores Normais de Eletrólitos do Espaço Extracelular (EC)

EletrólitosValores Normais

(mEq/L)

Potássio 3.5 – 4.5

Cálcio 4.5 - 5.5

Magnésio 1.5 - 2.5

Fósforo 2.5 - 4.0

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Distúrbios do volume de líquidos

Hipovolemia: Perda do volume do LEC excede a ingestão de líquidos.

H2O e Eletrólitos: perdidos na mesma proporção líquidos orgânicos normais;

Eletrólitos séricos e H2O: permanecem a mesma proporção.

Não deve ser confundido com desidratação

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Distúrbios do volume de líquidos

Fisiopatologia:

Acontece mais rapidamente quando acoplado à ingesta de líquidos diminuída.

Perdas anormais de líquidos: Vômito, diarréia, sudorese, aspiração G.I.

Fatores de risco: Diabetes insípido, insuficiência da supra-renal, diurese osmótica, hemoragia, coma e queimaduras.

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Distúrbios do volume de líquidos

Manifestações clínicas:

As características mais importantes:Perda aguda de peso; turgor cutâneo diminuído; urina concentrada; hipotensão postural; frequência cardíaca rápida e fraca; temperatura aumentada; sede; náuseas; veias do pescoço achatadas e cãimbras.

Brando Grave

Moderado

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Distúrbios do volume de líquidos

Tratamento:

Soluções eletrolíticas isotônicas (cloreto de potássio 0,9%)

Avaliação do balanço hídrico, peso, SSVV, pressão venosa central, nível de consciência, sons respiratórios e coloração da pele.

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Distúrbios do volume de líquidos

Hipervolemia: Expansão isotônica do LEC causada pela retenção anormal de H2O e sódios, aproximadamente na mesma proporção em que eles normalmente existem no LEC.

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Distúrbios do volume de líquidos

Fisiopatologia:

Sobrecarga de líquidos ou função diminuída dos mecanismos homeostáticos responsáveis por regular o balanço hídrico.

Fatores contribuintes: insuficiência cardíaca, renal e cirrose hepática.

Quantidades excessivas de sal de cozinha ou outros sais de sódio.

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Distúrbios do volume de líquidos

Manifestações clínicas:

Expansão do LEC: Edema, veias do pescoço distendidas e sons respiratórios anormais, taquicardia, pressão arterial, de pulso e venosa aumentadas, peso aumentado, débito urinário aumentado e falta de ar.

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Distúrbios do volume de líquidos

Tratamento:

Excesso de líquidos relacionado com administração excessiva de líquido contendo sódio interrupção da infusão.

Tratamento sintomático: Diuréticos; Restrição de líquidos e sódio.

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Distúrbios eletrolíticos

Hiponatremia: Nível sérico de sódio

abaixo do normal (menos de 135 mEq/L).

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Turgor cutâneo deficiente, mucosa seca, cefaléia, produção diminuída de saliva, queda ortostática na pressão arterial, náuseas e cólicas

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Avaliação da velocidade; Avaliação do valor sérico de sódio; Reposição de sódio; Restrição de H2O.

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Distúrbios eletrolíticos

Hipernatremia: Nível sérico de sódio acima do normal (145 mEq/L)

Ganho de sódio maior que o de H2O ou perda de H2O superior a de sódio.

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Principalmente neurológicas; Sede.

Clinicamente: inquietação e fraqueza, desorientação, ilusões e alucinações, lesão cerebral permanente, língua inchada e seca, mucosas pegajosas, edema periférico e pulmonar, hipotensão postural.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Diminuição gradual do nível sérico de sódio (infusão de solução hipotônica ou não salina isotônica);

Soro glicosado a 5% (H2O reposta sem sódio)

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Distúrbios eletrolíticos

Hipocalemia: Concentração sérica de potássio abaixo do normal (3,5 mEq/L)

Déficit renal nas reservas normais de potássio;

Alcalose presente deslocamento temporário de potássio sérico para dentro das células.

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Distúrbios disseminados na função fisiológica

Hipocalcemia grave: parada cardíaca ou respiratória.

Fadiga, anorexia, náuseas, vômitos, fraqueza muscular, cãimbras nas pernas, motilidade intestinal diminuída, disritmias, força muscular diminuída.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Medidas convencionais: Ingestão aumentada na dieta diária (terapia de reposição oral ou IV.)

A perda de potássio deve ser corrigida diariamente;

Ingesta inadequada na dieta (suplementos orais ou IV de potássio)

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Distúrbios eletrolíticosHipercalemia: Concentração sérica de

potássio maior que o valor normal (5,5 mEq/L)

Raramente ocorre nos pacientes com função renal normal;

Frequentemente se deve a causas iatrogênicas;

Perigosa (parada cardíaca frequentemente associada a níveis séricos elevados de potássio)

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Efeito sobre o miocárdio;

Hipercalcemia grave: fraqueza da musculatura esquelética (até mesmo paralisia), condução ventricular lentificada, paralisia de músculos respiratórios, náuseas, cólica intestinal intermitente e diarréia.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

ECG imediato; Restrição de potássio na dieta; Gluconato de cálcio IV.

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Distúrbios eletrolíticos

Hipocalcemia:

Concentrações de Cálcio no sangue anormalmente baixas (Cálcio total < 2,20 mmol/L ou 8,8 mg/dL).

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Neurológicas: Confusão, rebaixamento nível de consciência, coma

Cardiovasculares: Hipotensão, hipovolemia. Arritmias e parada cardíaca podem ocorrer.

Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, constipação, íleo e pancreatite.

Renais: Poliúria e nefrocalcinose.

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Distúrbios eletrolíticos

Evolução clínica e monitorização:

Parada cardíaca súbita pode ocorrer

Concentrações de Cálcio e Cálcio ionizado no soro.

Muitas das causas da hipocalcemia pode também conduzir a hipercalemia severa

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Depois da ingestão aguda de ácido fluorídrico, fluoretos, fluorsilicatos ou ácido oxálico, devem ser administrados sais de Cálcio por via oral ou por tubo gástrico tão logo quanto possível. O magnésio pode também ser útil no caso de ingestão de fluoretos.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Fazer monitorização cardíaca e administrar Gluconato de Cálcio intravenoso.

A administração de doses suplementares de Sais de Cálcio depende da concentração de Cálcio no soro e ECG.

O Cloreto de Cálcio pode também ser usado, mas contém aproximadamente três vezes a quantidade de Cálcio por ml.

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Distúrbios eletrolíticos

Hipercalcemia:

Concentração sanguínea de cálcio anormalmente elevada (Cálcio sérico > 2.58 mmol/L ou > 10.3 mg/dL).

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Pode causar constipação, anorexia, cólicas abdominais, náusea, vômitos, poliúria, polidipsia, desidratação, delírio, estupor, estados psicóticos, astenia, fraqueza muscular, e parada cardíaca. Insuficiência renal aguda pode resultar do depósito de cálcio nos rins.

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Distúrbios eletrolíticos

Evolução clínica e monitorização:

Débito urinário e balanço hidroeletrolítico; Concentração de cálcio sérico e ionizado; Função renal; Eletrocardiograma.

COMPLICAÇÕES TARDIAS:

Hipercalcemia pode causar nefrocalcinose e/ou insuficiência renal

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Interromper a administração ou exposição ao agente causal.

Corrigir a desidratação com a administração de fluidos intravenosos e administrar salina normal intravenosa.

Monitorizar débito urinário e correlacionar as perdas renais com a administração adicional de fluidos intravenosos.

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Distúrbios eletrolíticos

Corticosteróides são recomendadas para pacientes com hipercalcemia causada por overdose de Vitamina D.

Calcitonina promove a captação de cálcio pelos ossos.

Hemodiálise pode estar indicada nos casos em que ocorre de insuficiência renal aguda.

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Distúrbios eletrolíticos

Hipomagnesemia:

Concentração de Magnésio sérico abaixo da variação normal de 0.8 a 1.2 mmol/L, 1.6 a 2.4 mEq/L ou 2.0 a 2.6 mg/dL.

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Inicialmente, anorexia, náusea, vômitos, letargia e fraqueza podem ocorrer, seguidos de parestesia, cãimbras musculares, irritabilidade, diminuição da atenção e confusão mental, tremores, hiperreflexia, movimentos peculiares dos dedos ( tetania atetóide) e, algumas vezes, convulsões.

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Distúrbios eletrolíticos

Evolução clínica e monitorização:

Deve incluir admissão hospitalar com monitorização hemodinâmica, estado neurológico e eletrólitos séricos.

Durante o tratamento de reposição, o magnésio sérico e reflexos tendinosos profundos devem ser monitorizados cuidadosamente.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Receber dieta rica em Magnésio (leve);

Administração de Magnésio parenteral é segura e efetiva (grave);

Administração de Magnésio por via oral pode causar diarréia.

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Distúrbios eletrolíticos

Hipermagnesemia:

Concentração sérica de magnésio acima dos valores considerados normais (geralmente 0.8 a 1.2 mmol/L, 1.6 a 2.4 mEq/L, 2.0 a 2.6 mg/dL).

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Reduz a transmissão neuromuscular e age como depressor do SNC. Provoca náuseas, sedação, hipoventilação com acidose respiratória, diminuição dos reflexos tendinosos profundo, fraqueza muscular, hipotensão, bradicardia, vasodilatação difusa e paralisia respiratória .

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Distúrbios eletrolíticos

Evolução clínica e monitorização:

Concentrações de Mg devem ser monitorizadas durante a intervenção terapêutica. Além da monitoração do balanço hidroeletrolítico, avaliação dos níveis de creatinina, uréia e glicemia, avaliação cardíaca (ECG - disritmias) e balanço ácido-básico.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

• Remover a fonte de magnésio;• Aumentar a remoção do Mg (em casos de

risco de vida);• Infusão de cálcio;• Realização de hemodiálise (pacientes com

IR).

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Distúrbios eletrolíticos

Hipofosfatemia:

Confirma-se a presença de hipofosfatemia por um nível sérico de fosfato inferior a 2,5 mg/dl em adultos.

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Incluem lesão muscular crônica e aguda, tolerância à glicose reduzida e doença óssea metabólica (se prolongada).

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Distúrbios eletrolíticos

Avaliação do paciente:

A investigação deve começar com a avaliação da excreção urinária de fosfato. Se o nível sérico de fosfato for inferior a 1,5 mg/dl, a excreção urinária de fosfato deve ser menor do que 100 mg/dia.

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

• As fosfatemias severas devem ser tratadas por via intravenosa (se houver sinais neurológicos);

• Prescrever regularmente suplementos do elemento fósforo em hipofosfatemias surgidas nos casos de: alcoolismo, cetoacidose diabética, realimentação , hiperalimentação, antiácidos .

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Distúrbios eletrolíticos

Hiperfosfatemia:

Nível sérico de fosfato acima de 5,0 mg/dl. Pode ser causada por uma carga maior ou redução da excreção de fosfato.

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Distúrbios eletrolíticos

Manifestações clínicas:

Hiperfosfatemia aguda: Pode levar à formação de complexos de fosfato de cálcio insolúveis que se precipitam nos tecidos moles. Sobrevém hipocalcemia, com seus sinais e sintomas característicos.

Hiperfosfatemia crônica: O hiperparatireoidismo secundário sobrevém por causa da hipocalcemia crônica, podendo ocorrer doença óssea metabólica.

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Distúrbios eletrolíticos

Avaliação do paciente:

Avaliar a função renal, medindo-se os níveis de nitrogênio uréico no sangue (NUS) e creatinina sérica;

Investigar uma carga maior de fosfato, o uso de laxativos e medicamentos;

Avaliar a função endocrinológica (com doses de HTP), provas da função tireoidiana e teste de tolerância à glicose (com níveis do hormônio do crescimento).

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Distúrbios eletrolíticos

Tratamento:

Adição de cálcio intravenoso (hiperfosfatemia grave e aguda;

Uso de probenecid, acetazolamida, diuréticos , infusão de soro fisiológico e bicarbonato (aumento da excreção urinária de fosfato);

Realizar diálise peritoneal, hemodiálise ou administração de glicose com insulina (casos de IR).

Restrição de fósforo e hidróxido de alumínio (nos casos de IRC e calcinose tumoral) e uso vitamina D (hipoparatireoidismo).

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Considerações finais

A monitorização cuidadosa dos sintomas do paciente e do aspecto geral, peso e sinais vitais, juntamente com a interpretação dos resultados laboratoriais, podem fornecer pistas precoces para o diagnóstico de distúrbios de desequilíbrio de H2O e volume, bem como outras complicações da disfunção renal.

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“ Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um

oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo

por completo“

(Mahatma Gandhi)