SJM e Sands fecharam Dezembro em “empate técnico” · 2017-03-28 · tas da SJM atingiram em...

Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4429 • Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 10 PATACAS

PUB

Lee Peng Hongsem indemnização Ex-presidente do IPIM pediu o pagamento de uma compensa-ção indemnizatória depois de ter sido exonerado mas o Tribu-nal não lhe deu razão. Pág. 4

Lar com vertente cultural para Ilha da MontanhaEntre os projectos apresentados para Hengqin, está um lar com uma vertente criativa e cultural, que se prevê ter capacidade para entre cinco a 10 mil vagas. Pág. 9

Governo vai renovar com TV CaboLau Si Io disse na Assembleia Legislativa que o contrato de concessão com a TV Cabo será renovado, mas não especificou por quanto tempo. Pág. 5 China aprovou plano para autorizar

criação de bancos privados em 2014Foi aprovado na China um projecto piloto autori-zando a criação de três a cinco bancos privados em 2014, para tentar atrair mais capital privado e externo ao sector bancário, anunciou o regulador chinês. Os maiores bancos chineses são todos estatais e privile-giam os créditos às grandes empresas estatais. Entre os dez maiores, há apenas um privado, o Minsheng Banking, fundado em 1996 e cotado há três anos na Bolsa de Hong Kong.

Japão anunciou que ilhas desertas vão tornar-se solo públicoO Japão transformará em propriedade pública centenas de ilhas desabitadas que não estão em mãos de donos parti-culares para proteger o seu território, anunciou o gover-no nipónico. “Planeamos registar as ilhas remotas como propriedade do Estado para melhorar a sua gestão”, reve-lou o ministro de Estado nipónico que não quis dar mais detalhes sobre o plano, numa altura em que as disputas territoriais se intensificam entre o Japão e os seus vizinhos, especialmente a China.

EPM sagrou-se bicampeã escolar de futebol de 9Decorreu ontem a final do Campeonato Escolar de Futebol que opôs a equipa da Escola Portuguesa e o Colégio Yuet Wah. Os jovens da EPM venceram pelo segundo ano consecutivo e contaram com muito apoio nas bancadas.

Pág 11

Pág. 3

SJM e Sands fecharam Dezembroem “empate técnico”

02 JTM | LOCAL Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grandes Repórteres: Fátima Almeida e Raquel Carvalho • Redacção: Sandra Lobo Pimentel (editora), Pedro André Santos, Susana Diniz e Viviana Chan • Colaboradores: Rogério P. D. Luz (S. Paulo) e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, Helder Fernando, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

FOTO

ARQ

UIVO

RESPOSTA DO IACM ÀS CRÍTICAS DE CHAN MENG KAM

Licenças demoram em média 44 diasFace às críticas de Chan Meng Kam sobre o tempo de espera para pedir uma autorização para abrir um estabelecimento de comidas, o IACM respondeu defendendo que cerca de metade dos pedidos são tratados num prazo de 60 dias, enquanto os outros casos sofrem atrasos por causa de problemas como falta de documentos ou quando o projecto do estabelecimento não consegue satisfazer as exigências sobre o combate a incêndios

Viviana Chan

O Instituto para os Assuntos Cí-vicos e Municipais (IACM) de-fende que o tempo de espera

em média para obtenção de uma li-cença de estabelecimento de comidas em Macau é de 44 dias. A resposta do Instituto foi divulgada depois do de-putado Chan Meng Kam ter proferido críticas ao elevado tempo de espera que os proprietários estão sujeitos.

Na resposta ao deputado, o IACM defende que houve 1.104 estabele-cimentos de comida que pediram li-cença desde 2003, entre os quais, 512 casos que foram tratados dentro do prazo de 60 dias. O organismo expli-cou ainda que os casos que não rece-beram a licença dentro de dois meses, apresentavam problemas como falta de documentação, ou outros em que o projecto não satisfazia as exigências de combate a incêndios.

O IACM revelou ainda que dispo-nibiliza apoio no conhecimento sobre o combate a incêndios através de reu-

niões com os requerentes da licença. Na resposta salienta ainda que o

Governo visa encurtar a burocracia e foi implementado o sistema de “one stop” em 2003 para simplificar o pro-cedimento na obtenção de licenças. Mas por outro lado, apela às pessoas para também cooperarem mais com o Governo.

O deputado queixou-se publica-mente sobre o tempo de espera para a obtenção de licença no IACM, consi-derando que é muito longo, e muitos processos sofrem atrasos por causa da excessiva burocracia, lembrando que isso pode agravar as despesas das pe-quenas e médias empresas.

Na opinião de Chan Meng Kam, mais tempo de espera pode pesar muito às PME’s, porque as rendas es-tão muito altas no território. Quanto mais tempo demorar para tratar da parte burocrática, mais elevadas são as despesas para os proprietários.

Chan Meng Kam referiu ainda que o Governo garante que, normalmente, todos os pedidos são tratados dentro de 60 dias, mas duvida que muitos ca-

IACM reitera que prazo de licença para estabelecimentos de comida não é demorado

sos sejam resolvidos dentro do prazo definido.

Também criticou o Governo sobre

a decisão de encurtar o procedimento do pedido, dizendo que acabou por não ter um efeito satisfatório.

GOVERNO FAZ ESTIMATIVAS PARA PLANO DE REVISÃO DO ORDENAMENTO DESTA ÁREA

Mais 6.400 casas para Zona Norte da TaipaCom a revisão do Ordenamento Urbanístico da Zona Norte da Taipa, o Governo estima que haja mais 20 por cento de área bruta de construção e a libertação da cota altimétrica, o que vai obrigar os titulares do terreno a entregar parte da altura dos edifícios para equipamentos sociais. Tendo em conta as 4.000 casas já construídas poderá chegar-se às 6.400 fracções

O Governo considera que é “o momento oportu-no” para a divulgação

da revisão de Ordenamento Urbanístico da Zona Norte da Taipa “através da implementa-ção de medidas e encorajado-ras e incentivadoras” para criar condições para que os terrenos possam ser aproveitados. Com a revisão, o Governo espera ser possível a resolução conjunta dos diferentes problemas, de modo a fazer face às necessida-des da sociedade e criar condi-ções para o multi-benefício, re-fere a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Trans-porte (DSOOPT).

Segundo o plano, a área glo-bal de intervenção é de 223.038 metros quadrados, dos quais 105.045 m2, o correspondente a 47% do total, são para edifi-car, dividida em 71 terrenos. O Governo estima “o acréscimo de mais 20% da área bruta de construção e a libertação da cota

altimétrica, tendo em contrapar-tida o titular do terreno entregar parte da área do edifício para ser destinado a equipamento social”.

Os 32 terrenos em regime de propriedade perfeita “corres-pondem a 40% do total da área de intervenção do plano”. “A Administração virá, através da elaboração do plano urbanístico e do aproveitamento conjunto

dos terrenos, conseguir a reser-va de 12 terrenos, 10 dos quais para a construção de equipa-mentos comunitários e uma área de milhares de metros qua-drados nos edifícios destinados a equipamentos sociais”, referiu a DSSOPT.

Todo o plano compreende 10.800 fracções habitacionais, em que deduzidas as 4.400 fracções habitacionais já cons-

truídas, poderá segundo as es-timativas serem fornecido 6.400 fracções habitacionais, alber-gando assim uma população de 36.500 moradores.

O Governo não emitiu “qualquer Planta de Alinha-mento (PAO) ou aprovou qual-quer projecto de construção” nestes terrenos e os pedidos serão tratados “conforme os procedimentos já definidos sem acelerar ou atrasar a respectiva apreciação”.

O Governo afirma que este-ve sempre “bastante atento ao ponto de situação do aproveita-mento dos Lotes TN” (que são urbanizáveis), mas que sempre existiu uma “complexa titula-ridade dos terrenos em regime de propriedade perfeita” o que constituiu “um dos obstáculos ao desenvolvimento da Taipa”.

“Desde o estabelecimento da RAEM, os terrenos a sudoeste da Avenida Dr. Sun Yat Sen fo-ram absolutamente urbaniza-

dos, passando assim a ser uma zona densamente populosa e com intensa actividade comer-cial, contudo, os terrenos dos Lotes TN, localizados a nordes-te da Avenida Dr. Sun Yat Sen, encontravam-se ainda em geral sem aproveitamento por não poderem ser aproveitados in-dividualmente, o que impossi-bilitou também a execução dos acessos viários e das infra-estru-turas subterrâneas”, explica a DSSOPT.

Assim, o aproveitamento “geral dos terrenos urbanizáveis está de longe desarticulado em relação aos planos de ordena-mento urbanístico das demais zonas”. Além disso “ainda exis-tem nestes terrenos problemas relacionados com a ocupação ilegal, cheias, segurança e saúde pública, havendo também ques-tões judiciais de difícil resolução relacionadas com a titularidade destes terrenos”, mencionou a DSSOPT.

Plano para a zona norte da Taipa prevê aproveitamento de terrenos para habitação

FOTO

DSS

OPT

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 JTM | LOCAL 03

LIDERANÇA NO JOGO DECIDIDA POR APENAS 180 MILHÕES

Sands “colada” à SJM nas receitas de DezembroA Sociedade de Jogos de Macau manteve o primeiro lugar do “ranking” das receitas do jogo na globalidade de 2013, mas viu a sua vantagem recuar mais de três pontos percentuais e em Dezembro apenas facturou mais 180 milhões de patacas do que a Sands China. Dados compilados pelo JTM mostram que há seis anos que a liderança do mercado não era tão disputada

Recorrendo à terminologia das sondagens, o desempenho dos casinos de Macau no último mês de 2013 ficou marcado por um empate

técnico entre a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) e a Sands China, num sinal de consolidação do con-tínuo crescimento da empresa liderada por Sheldon Adelson. Embora tenha mantido a liderança do sec-tor no cômputo geral do ano passado, a SJM fechou as contas de Dezembro com uma vantagem de ape-nas meio ponto percentual relativamente à quota de mercado conquistada pela Sands China.

Em termos práticos, segundo revelam dados das operadoras a que o JTM teve acesso, as receitas bru-tas da SJM atingiram em Dezembro cerca de 7,95 mil milhões de patacas, contra 7,77 mil milhões da San-ds China, o que equivale a quotas de cerca de 23,7% e 23,2%, respectivamente. Com o total das receitas dos casinos de Macau a crescer 18,5% para 33,46 mil milhões de patacas, face ao mês homólogo do ano anterior, os 180 milhões que “separaram” as duas maiores operadoras acabaram por representar as-sim uma pequena “gota no oceano”, num mercado que gerou em média 44 milhões de patacas por hora.

Já a Galaxy Entertainment manteve o terceiro lu-gar, com uma quota de cerca de 17,5%, seguida da Melco Crown (ligeiramente acima dos 14%), Wynn Macau (cerca de 11,5%) e MGM Macau (quase 10%).

Os resultados de Dezembro representaram o maior equilíbrio de sempre entre as duas operado-ras no intervalo de seis anos, sendo que em Dezem-bro de 2007 a Sands - a operar na altura apenas com a designação de Venetian Macau - conseguiu mesmo um feito inédito até à data na era da liberalização do jogo, ao ultrapassar a SJM com receitas brutas de 2,41 mil milhões de patacas, contra 2,39 mil milhões do grupo fundado por Stanley Ho.

Desde então, a SJM não voltou a ser superada e, tal como todas as operadoras, manteve uma curva ascendente no nível do volume de receitas, mas a sua fatia de mercado tem vindo a emagrecer pro-gressivamente, por força da abertura de novos casi-nos da concorrência. Essa tendência tem sido mais evidente nos últimos três anos, com a quota da SJM a recuar de 28,7% em 2011 para 26,7% no ano se-guinte e cerca de 25% em 2013.

De acordo com os dados compilados pelo JTM, a SJM terminou o exercício financeiro de 2011 com uma vantagem na quota de mercado de 12,7 pon-tos percentuais face à Galaxy, mas a diferença caiu

para 7,7 pontos em 2012, ano em que tanto a Galaxy como a Sands conquistaram fatias de 19%. Em 2013, a SJM continuou a perder terreno sobretudo para a Sands China, que absorveu 21,5% das receitas totais, ou seja menos 4,5 pontos do que a empresa que tem no Grand Lisboa a principal fonte de rendimentos de um universo de 20 casinos.

De resto, ao longo do ano transacto, a subsidiá-ria do grupo Las Vegas Sands manteve sempre as suas quotas mensais acima da barreira dos 20% e “ensaiou” por diversas vezes o “assalto” à lideran-ça do “ranking” das receitas brutas. Além do exem-plo de Dezembro, as aproximações mais evidentes ocorreram em Novembro e Maio, quando a SJM só conseguiu superiorizar-se em um e dois pontos per-centuais, respectivamente.

Mercado de massas pode acelerar troca de líderes

O rápido avanço da Sands China e o consequen-te abrandamento da SJM podem, em grande parte, ser explicados pelas tendências evolutivas das di-ferentes vertentes dos negócios do jogo em Macau, susceptíveis, aliás, de virem a contribuir mais rapi-damente do que seria expectável para uma nova he-gemonia no sector. Em boa medida, o “segredo” da Sands China está associado ao mercado de massas, cujas receitas têm registado índices de crescimento significativamente mais elevados do que as geradas pelo jogo VIP, cuja preponderância continua a per-der peso na “balança” do jogo.

Com o mercado de massas a aumentar quase 36% nos primeiros nove meses de 2013, mais do triplo do crescimento da facturação derivada dos apostado-res VIP (11%), e a zona do COTAI a concentrar quase 40% das receitas totais do sector, a Sands China tem vindo a revelar-se como a principal beneficiária de um fenómeno que alguns analistas já classificaram como o “novo paradigma do jogo”.

Só no primeiro semestre do ano passado, o peso do jogo VIP nas contas da Sands China caiu para 54,5%, uma percentagem bem distante dos registos de operadoras como a Wynn Macau (75%), Galaxy (72%) ou SJM (69,5%).

Caso se mantenham os actuais ritmos de cresci-mento dos mercados de massas e VIP, a Sands China apresenta-se assim como grande candidata a “des-tronar” em 2015, ou mesmo pontualmente já ao lon-go do corrente ano.

A expansão da Galaxy Macau no COTAI, onde a empresa controlada pela família do magnata Lui Che-woo prevê duplicar a sua área operacional até meados de 2015, também deverá influenciar a rela-

ção de forças no mundo do jogo, pelo que a chave do futuro passará incontornavelmente pela zona de aterros entre a Taipa e Coloane, que assistirá a uma série de inaugurações de “resorts” com casinos em 2016 e 2017.

Atendendo ainda à estratégia do Governo de privilegiar projectos que disponibilizem uma gama mais variada de ofertas de entretenimento extra--jogo, o presidente do grupo Las Vegas Sands de-verá, por isso, encarar o panorama actual e o que se vislumbra a curto e médio prazo com crescente optimismo.

Contas de Adelsoncomeçam a bater certo

E a verdade é que os últimos desenvolvimentos abrem boas perspectivas para que se concretize a meta assumida por Sheldon Adelson em Fevereiro de 2012, quando disse estar convicto que a quota de mercado da Sands China poderá vir a superar os 25% num futuro próximo. “Uma vez que é algo que parece estar a fazer hoje algumas manchetes, deixem-me salientar que a nossa quota de receitas brutas do jogo em Macau cresceu de 15 para 19% entre os meses de Janeiro de 2011 e 2012. Não é que estejamos a gerir o nosso negócio pela quota de mer-cado, mas a reaproximação aos promotores de jogo mais importantes de Macau poderá ajudar a elevar a nossa quota até cerca de 25% ou mais”, sublinhou aos analistas, durante uma análise ao exercício fi-nanceiro da Las Vegas Sands relativo ao quarto tri-mestre de 2011.

Naturalmente mais moderadas do que as pro-jecções traçadas em 2009, quando Sheldon Adelson disse ambicionar uma quota de 60% do mercado em Macau, as novas estimativas do magnata também foram alimentadas pelos bons resultados atingidos no segmento VIP, fruto da estratégia coordenada por Edward Tracy, que foi nomeado para o cargo de CEO da Sands China em Julho de 2011, quase um ano depois do conturbado despedimento de Steve Jacobs.

Recorde-se que Adelson acusou por várias ve-zes Jacobs de ter prejudicado o relacionamento da operadora com os promotores de jogo (“junkets”). “Finalmente, as iniciativas que temos realizado ao longo dos últimos meses para melhorar os nossos negócios VIP em Macau estão agora a ter frutos significativos”, assegurou há cerca de um ano, lem-brando que a Sands China criou salas VIP persona-lizadas nos lotes cinco e seis do COTAI e investiu mais de mil milhões de patacas na “campanha” para reconquistar o apoio dos “junkets”.

Sérgio Terra

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 201404 JTM | LOCAL

FOTO

ARQ

UIVO

EX-PRESIDENTE DO IPIM FOI EXONERADO EM 2010

Tribunal rejeita indemnização a Lee Peng HongO antigo presidente do IPIM, exonerado em Fevereiro de 2010, queria receber uma indemnização compensatória mas o organismo rejeitou. Lee Peng Hong recorreu para o Tribunal Administrativo que deu razão ao indeferimento e, em Novembro último, também o Tribunal de Segunda Instância seguiu os mesmos fundamentos para negar a compensação. Em causa está um pedido de licença sem vencimento do ex-presidente quando regressou às funções de origem no IPIM e que foi aceite levando à perda das remunerações durante esse período

Tribunal entendeu que Lee Peng Hong colocou-se por iniciativa própria em posição de nada receber

Sandra Lobo Pimentel

O Tribunal de Segunda Instância negou provimen-to a um recurso do ex-presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de

Macau (IPIM), exonerado pelo Secretário para a Econo-mia e Finanças em 1 Fevereiro de 2010, que pretendia que lhe fosse paga uma compensação indemnizatória correspondente ao salário auferido naquele cargo de-pois de ter regressado às funções de origem como técni-co superior assessor no mesmo organismo.

Num comunicado divulgado pelo gabinete do pre-sidente do Tribunal de Última Instância, é referido que segundo os dados do processo, Lee Peng Hong assumiu, desde 1999, o cargo de presidente do Conselho de Ad-ministração do IPIM e depois da cessação de funções, regressou à categoria de origem e um mês depois, acu-mulou funções como vogal do Conselho de Administra-ção na “Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau, Limitada”, sociedade em que a RAEM tem participação de 60% no capital social.

No entanto, durante o período entre 6 de Abril de 2010 e 31 de Julho de 2010, o ex-presidente apresentou um pedido de gozo de licença sem vencimento, que foi autorizado. Ainda assim, pediu ao IPIM que lhe fosse atribuída indemnização compensatória referente a esse período em que esteve de licença sem vencimento, uma valor correspondente ao vencimento que auferia na pre-sidência, pedido que foi rejeitado pelo IPIM.

Perante o indeferimento, Lee Peng Hong recorreu da decisão para o Tribunal Administrativo, mas este tam-bém negou a pretensão. Em novo recurso, desta feita para o Tribunal de Segunda Instância, a decisão mante-ve-se, sendo agora conhecida.

O contrato de Lee Peng Hong previa que em caso de rescisão unilateral da Administração, este apenas rece-beria indemnização compensatória correspondente a seis meses de vencimento como presidente do Conselho de Administração do IPIM, mesmo que faltasse mais tempo para o termo do contrato.

No entanto, a cláusula apresentava excepções, entre as quais, se Lee Peng Hong viesse a exercer funções em quaisquer instituições públicas ou em sociedades par-ticipadas pela RAEM, o que veio a acontecer. Assim, apenas teria direito à diferença entre a remuneração do lugar de origem e a do cargo que se segue.

O TSI entendeu que “entre 6 de Abril de 2010 e 31 de Julho do mesmo ano, o recorrente, por vontade própria, esteve de licença sem vencimento, suspendendo-se, assim, de todas as funções públicas que vinha desempenhando, com perda do direito à percepção de vencimentos”.

O Tribunal entendeu que “foi o recorrente que se colocou, por sua iniciativa, em condições de não poder exercer funções públicas, entrando numa situação de nada receber” e por isso “não configura a situação es-tabelecida no contrato em causa em que se impõe a atri-buição de uma indemnização correspondente à remune-ração que auferia enquanto presidente do Conselho de Administração do IPIM”.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 132/2013

(Pagamento da multa aplicada)

Lurdes Maria Sales, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 14.° e 15.° do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 - Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.°, 72.° n.º 2 e 136.° n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor da notificação n.º 151/R/2012, EDWIN PETALCORIN HUERTAS, residente na ESTRADA ALMIRANTE MAGALHÃES CORREIA, N.º 239, JARDIM HOI WAN (HOI WAN), BLOCO 3, 18 ANDAR W, TAIPA, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada na aludida notificação, no valor de MOP$15.000,00 (quinze mil patacas), por prática da infracção administrativa prevista no n.º 1 do artigo 23.°, e no artigo 27.°, e no artigo 20.° da Lei n.º 21/2009 - Lei da contratação de trabalhadores não residentes, conjugado com n.º 6 do artigo 63.° da Lei n.º 7/2008 - Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto, e punida na alínea 1) e 4) do n.º 2 do artigo 32.° da Lei n.º 21/2009 - Lei da contratação de trabalhadores não residentes, e na alínea 9) do n.º 1 do artigo 88.° da Lei n.º 7/2008, devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

As cópias da informação e do despacho, a notificação e a guia de depósito deverão ser levantadas, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo n.º 1375/2011, instruído por estes Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, é lavrada a respectiva certidão e remetida à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para efeitos de cobrança coerciva nos termos legais.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 19 de Dezembro de 2013..

A Chefe de Departamento,Lurdes Maria Sales

FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS

Aviso

Aviso n.º 001/2014-FGDO Fundo de Garantia de Depósitos, em conformidade com o n.º 1 do artigo 11.º da

Lei n.º 9/2012, de 9 de Julho, torna pública a lista de entidades participantes:

1. Bancos / Instituições com sede em MacauBanco Tai Fung, S.A.;Banco Weng Hang, S.A.;Banco Delta Ásia, S.A.;Banco de Construção da China (Macau), S.A.;Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A.;Banco Luso Internacional, S.A.;Banco Comercial de Macau, S.A.;Banco Chinês de Macau, S.A.;Banco Espírito Santo do Oriente, S.A.;Banco Nacional Ultramarino, S.A.;Caixa Económica Postal.

2. Bancos com sede no exteriorThe Hongkong and Shanghai Banking Corporation Limited;DBS Bank (Hong Kong) Limited;Bank of China Limited;Citibank, N.A.;Standard Chartered Bank;China Guangfa Bank Company Limited;Bank SinoPac Company Limited;Chong Hing Bank Limited;The Bank of East Asia, Limited;Hang Seng Bank Limited;China CITIC Bank International Limited;Bank of Communications Company Limited;Banco Comercial Português, S.A.;Banco Comercial Primeiro, S.A.;Banco Wing Lung, Limitada; Hua Nan Commercial Bank, Ltd.

Fundo de Garantia de Depósitos, aos 18 de Dezembro de 2013.

Pel’O Conselho de Administração:Anselmo Teng, presidente e

Wan Sin Long, administrador.

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

FOTO

ARQ

UIVO

JTM | LOCAL 05

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas confirmou ontem na Assembleia Legislativa que o contrato de concessão com a TV Cabo será renovado, não especificando por quanto tempo. A empresa será responsável pela oferta dos canais por subscrição, enquanto os canais básicos serão assegurados por uma “instituição sem fins lucrativos” que ainda não é conhecida

LAU SI IO DIZ QUE NEGOCIAÇÕES JÁ FORAM INICIADAS

Contrato com a TV Cabo é para renovar

Lau Si Io revelou ontem que o Governo já iniciou negociações tendo em

vista a renovação da concessão de serviços televisivos por subs-crição, que se encontra atribuí-da à TV Cabo e que expira em Abril.

Em resposta a várias ques-tões de deputados, o Secretário para os Transportes e Obras Pú-blicas explicou que a partir de Abril o Governo pretende ter dois operadores a assegurar a oferta televisiva à população. Os canais por subscrição deverão continuar a ser fornecidos pela TV Cabo que, para tal, necessita de ver renovado o contrato de concessão do serviço.

Por outro lado, a transmis-são dos canais básicos será as-segurada por uma “instituição sem fins lucrativos”. Lau Si Io não especificou qual a insti-tuição a quem será atribuída a missão nem quantos canais serão assegurados, no entanto, frisou que o Governo pretende garantir “o maior número de canais possíveis”.

Para que o serviço seja pres-tado, Lau Si Io reconheceu que terá que ser utilizada a rede que, por concessão, pertence à TV Cabo. A solução, frisou o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, é temporá-ria, pelo menos até Setembro, altura em que será divulgado o relatório da Universidade de Macau sobre o futuro modelo dos serviços televisivos. O Se-cretário para os Transportes e Obras Públicas acrescentou, no entanto, que ainda este mês a UM deverá divulgar um “rela-tório intercalar” cujo conteúdo “especificará as soluções viá-veis sobre a transformação dos serviços televisivos, incluindo o modelo viável da prestação dos canais básicos”, a partir do mês de Abril.

As informações prestadas por Lau Si Io não convenceram os deputados. “Afinal vai reno-var contrato com a TV Cabo? Até quando? Até Setembro, quando vai surgiu o plano de longo prazo? Provavelmente a questão não será resolvida antes

do próximo ano”, considerou Ng Kuok Cheong.

Também o deputado Au Kam San lamentou que a ofer-ta de canais à população tenha vindo a diminuir e responsabi-lizou o Executivo por “conduzir mal o processo”. “Recomendo ao Governo para ficar de braços cruzados porque quando toma decisões sobre os processos a situação piora. Não é só com os serviços televisivos, viu-se tam-bém com o serviço de autocar-ros”, apontou.

José Pereira Coutinho de-fendeu que, paralelamente ao estudo realizado pela UM, o Governo devia promover um “verdadeiro processo de auscul-tação” sobre o assunto para se saber a opinião da população. “Não basta à Universidade de Macau receber umas opiniões pela Internet para dizer que já realizou uma auscultação pú-blica. É necessário um processo autónomo”, defendeu.

Para além de Au Kam San, também Mak Soi Kun apresen-tou uma interpelação sobre a

prestação dos serviços televisi-vos, onde lembrou que, no âm-bito do acordo entre os “antenei-ros” e a TV Cabo, a população deixou de ter acesso a cerca de “dois terços dos canais”.

Lau Si Io acrescentou que o Governo vai procurar assegu-rar o maior número de canais básicos à população, no entan-to, lembrou que há “questões

complexas” relacionadas com os canais protegidos por direi-tos de autor. “A nossa priori-dade é lutar por estes direitos fundamentais de acesso da po-pulação aos canais televisivos. Os canais básicos destinam--se precisamente a contemplar este direito de acesso à televi-são”, ressalvou.

A.J.

Lau Si Io disse que os canais básicos serão asseguradospor uma “instituição sem fins lucrativos”

Serviços públicos empregam 71 portadores de deficiênciaO presidente do Instituto de Acção Social defendeu que o Governo já faz muito para promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

A Administração Pública de Macau, que conta com cerca de 25 mil funcionários, emprega actualmente 71 pessoas portadoras de deficiência, revelou on-

tem o presidente do Instituto de Acção Social. Em respos-ta a questões colocadas por deputados, Iong Kong Io disse também que a introdução de uma quota para estes traba-lhadores nos processos de contratação é uma medida que necessita de ser “avaliada”.

“Uma quota para trabalhadores deficientes é uma ques-tão complexa que precisa de ser avaliada. Queremos ava-liar essa possibilidade mas também há outras soluções que podem ser adoptadas para promover a inclusão dos defi-cientes na sociedade”, declarou. Iong Kong Io acrescentou também que os Serviços de Emprego de Indivíduos com Deficiência receberam no total 1.700 pedidos e que 598 pes-soas foram contratadas por empresas privadas.

A questão foi levantada por Angela Leong que numa interpelação defendeu que o Governo devia implementar mais medidas efectivas para apoiar a população portadora de deficiência no acesso ao emprego. A deputada sugeriu a

introdução de reduções fiscais para empresas que contra-tem estes trabalhadores. Angela Leong defendeu também que as empresas que contratem trabalhadores portadores de deficiências devem ter vantagens nos concursos públi-cos.

Iong Kong Io admitiu a possibilidade de virem a ser in-troduzidas “medidas de redução fiscal” para empresas, no entanto, acrescentou que as medidas já colocadas em práti-ca pelo Governo “promovem o princípio da igualdade e da justiça social”. “Actualmente já fazemos um esforço muito grande para contratar pessoas portadoras de deficiência. Recrutamos de acordo com aqueles que apresentam mais vantagens competitivas, o que é natural até para assegurar a integração no local de trabalho”, frisou.

O deputado Ng Kuok Cheong considerou, no entanto, que as medidas actualmente em execução não têm sido eficazes e pediu medidas de longo prazo que promovam o acesso ao mercado de trabalho por parte de pessoas com deficiência.

A.J.

Serviços médicos no exterior preocupam deputados

Vários deputados defenderam ontem a necessidade de se proceder a uma revisão do regime de acesso dos residentes de Macau a cuidados médicos no exterior. A falta de transparência nos processos e a desactualização de alguns artigos do diploma, datado de 1986, foram algumas das críticas apontadas pelos deputados. O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, descartou no entanto a necessidade de revisão da lei que, segundo defendeu, tem dado “resposta adequada” às necessidades dos residentes.

Chega de carros, apelam deputadosVários deputados exigiram ontem ao Gover-no que tome medidas para diminuir o nú-mero de veículos que circulam em Macau. O director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) admitiu a introdução de me-didas penalizadores da utilização de carros particulares quando o projecto do Metro Li-geiro estiver em funcionamento. “Estamos a tentar melhorar os transportes públicos, como o serviço de autocarros. Queremos também que o Metro Ligeiro entre em funcionamento o quanto antes. Quando isso acontecer vamos avançar com medidas que previnam a circu-lação de veículos particulares”, afirmou, em resposta a questões colocadas por vários de-putados. Wong Wan anunciou também que o Governo pretende lançar algumas medidas de incentivo para a eliminação de veículos anti-gos. “Chegámos a um acordo, com os Serviços de Protecção Ambiental, no sentido de lançar algumas medidas de incentivo para eliminar estes veículos. Já realizados estudos profun-dos sobre a matéria”, afirmou, sem especifi-car as medidas. O responsável admitiu ainda que o território tem registado um crescimento anual de 5,6% nos carros em circulação, sendo que a meta do Governo é reduzir o valor para quatro por cento até 2020. O deputado Lam Heong Sang considerou que a situação está a atingir proporções bastante graves, sugerindo “prémios para quem anda pé”. A questão foi levantada por Zheng Anting que calculou em cerca de 220 mil o número de veículos que cir-culam actualmente em Macau. O deputado alertou também para a baixa taxa de utiliza-ção dos lugares de estacionamento para moto-rizadas nos auto-silos públicos. A.J.


Número de notas falsas subiu para 164

Entre segunda e terça-feira, a Polícia Judiciária detectou mais sete notas falsas de 1.000 dólares de Hong Kong, que estavam em circulação no território. Segundo as autoridades, as notas falsas eram todas do Banco da China. O número total de notas falsas detectadas aumentou assim para 164, incluindo 133 do Banco da China e 32 do “Hong Kong and Shanghai Banking”.

GANÂNCIA FOI JUSTIFICAÇÃO PARA CRIME

Taxista fugiu com mala de clienteUm motorista de táxi arrancou propositadamente antes de o passageiro conseguir retirar a mala da bagageira. Após ter sido detido, confessou que agiu pela ganância

A Polícia de Segurança Públi-ca (PSP) deteve um taxista, de 26 anos e residente local,

depois de este ter fugido com os pertences do cliente.

Segundo declarações do lesado, a viagem de táxi começou na Es-trada do Istmo, na Taipa, e acabou nas portas de um casino em Macau. Quando a viatura parou e o passa-geiro se preparava para ir buscar a mala de viagem à bagageira da viatura, o taxista arrancou subita-mente. O passageiro ainda tentou interceptar o veículo, mas o suspei-to acabou por fugir.

De acordo com as estimativas do queixoso, o prejuízo era superior a 50 mil patacas.

No entanto, algumas horas de-pois, a PSP conseguiu interceptar o taxista, que confessou ter roubado a mala por ganância.

A mala foi encontrada dentro do veículo.

Fichas “voam” das mesas de jogoNoutros casos, mas com a mes-

ma motivação, a ganância, a Polícia Judiciária (PJ) deteve dois indiví-

duos ambos da China Continental, por suspeitas de furto de fichas de jogo.

Em ambos os casos, o método usado era semelhante: os suspeitos furtavam fichas ao jogador que ti-nha a posição de “banqueiro” em mesas de bacará.

Um dos indivíduos, de 24 anos, estava na posse de fichas no valor de 100 mil dólares de Hong Kong.

Já o suspeito mais velho, de 44 anos, terá estado envolvido recen-temente num furto de 40 mil dó-lares de Hong Kong em fichas. As autoridades descobriram ainda que o suspeito participou em furtos a outros quatro jogadores, todos em Dezembro.

De acordo com a PJ, o suspeito declarou que está desempregado e admitiu ter usado o dinheiro para o jogo e despesas do dia a dia.

Os dois suspeitos foram inter-ceptados por seguranças dos casi-nos, que se localizam na zona do NAPE.

Os casos seguiram para o Minis-tério Público.

L.F.

CASO ENVOLVE TRÊS IMÓVEIS E 40 MILHÕES

Falsificou procuraçãopara vender casas da mãeDepois da mãe ter sido detida no Continente, uma jovem de 24 anos teve o mesmo destino por vender três imóveis em Macau recorrendo a um documento falsificado

Uma mulher de 24 anos de idade e oriunda do Continente Chinês foi detida pela Polícia de Segurança

Pública (PSP) por suspeitas de falsificação de documentos para venda de proprieda-des da mãe.

O negócio remonta a Novembro de 2011, quando a suspeita, a mãe e o marido compraram três imóveis na zona de São Lourenço, por cerca de 38 milhões de dó-lares de Hong Kong. O negócio envolveu ainda três lugares de estacionamento.

Entretanto, a progenitora da suspeita acabou por ser detida na China Continen-tal por suspeitas de envolvimento num caso de branqueamento de capitais.

Quatro meses depois da detenção da mãe, a jovem veio ao território e vendeu todos imóveis, por aproximadamente 40 milhões de dólares de Hong Kong.

As autoridades suspeitam que tenha sido utilizada uma procuração falsificada com a assinatura da mãe, que delegava à filha poderes para fazer a transacção. Até ontem, não existiam informações sobre o comprador.

A PSP foi alertada pelas forças de se-gurança da China Continental, visto que a mãe se encontra detida no Continente.

O destino da jovem seguiu assim um caminho semelhante ao da mãe, já que foi detida pela PSP ao tentar entrar na RAEM, através do posto fronteiriço das Portas do Cerco.

Casamento falso com intermediárioEm colaboração com a Direcção dos

Serviços de Identificação e na sequência de uma denúncia anónima, a PSP investi-gou dois casos de casamentos falsos, sen-

do que um deles envolvia o pagamento de 20 mil patacas a um intermediário.

Um “croupier” de 35 anos de idade e uma mulher de 51 anos, da China Conti-nental, confessaram que a união conjugal não passou de um meio para a suspeita adquirir o direito de permanência no ter-ritório.

Segundo o casal, conheceram-se em 2005, através de um intermediário e quan-do o residente aceitou casar-se recebeu 30 mil patacas, mas deu 20 mil a esse indiví-duo.

Em 2006, casaram-se no Continente Chinês e requereram a reunião familiar no final desse ano, para que a suspeita pu-desse continuar na RAEM. O pedido foi aprovado quatro anos depois, mas o casal acabou por se divorciar em 2011, ficando a suspeita como residente em Macau.

Outro casal também foi considerado suspeito de falsificação de documentos, mas não existem indícios de que a sus-peita, uma mulher de 35 anos da China Continental, e o marido, um residente de 51 anos, tenham recorrido a um interme-diário. L.F.

2ª Vez

Acção de Interdição por Anomalia Psíquica nº CV2-13-0210-CPE 2º Juízo

Requerente: O MINISTÉRIO PÚBLICO.Requerida: WONG LAI SIO, solteira, nascida em 25 de Abril de 1954 em China, titular do BIRM nº.7229095(0), residente em Ma-cau, no Lar de Cuidados “Sol Nascente” da Areia Preta, sito na Ave-nida Leste do Hipódromo, nº 336, 4.º a 7.º andar.

O MERETÍSSIMO JUIZ DO 2º JUÍZO CÍVEL DO TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE DA R.A.E.M.:

FAZ SABER que foi distribuída ao 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base de R.A.E.M., a Acção acima mencionada, contra WONG LAI SIO, solteira, nascida em 25 de Abril de 1954 em Chi-na, titular do BIRM nº. 7229095(0), residente em Macau, no Lar de Cuidados “Sol Nascente” da Areia Preta, sito na Avenida Leste do Hipódromo, nº 336, 4.º a 7.º andar, para o efeito de ser declarada a sua interdição por anomalia psíquica.

Para constar se lavrou este e outro de igual teor que vão ser devidamente afixados nos lugares designados por Lei.

Macau, aos 16 de Dezembro de 2013.

O Juiz,Jerónimo Alberto G. SantosA Escrivã Judicial Auxiliar,

Leung Ngan Kuan

“JTM” - 8 de Janeiro de 2014

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO Direcção dos Serviços de Turismo

AVISO

Faz-se público que, de harmonia com o despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 10 de Dezembro de 2013, e nos termos definidos na Lei n.° 14/2009 (Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos), e no Regulamento Administrativo n.° 23/2011 (Recrutamento, selecção, e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos), se encontra aberto concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento dos seguintes lugares:

- Sete lugares de técnico de 2.ª classe, 1.° escalão, na área turística, da carreira de técnico do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Turismo

- Dois lugares de técnico de 2.ª classe, 1.° escalão, na área de engenharia civil, da carreira de técnico do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Turismo

- Dois lugares de técnico de 2.ª classe, 1.° escalão, na área de comunicação em inglês, da carreira de técnico do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Turismo

- Um lugar de técnico de 2.ª classe, 1.° escalão, na área de economia, da carreira de técnico do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Turismo

- Um lugar de técnico de 2.ª classe, 1.° escalão, na área de património cultural, da carreira de técnico do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Turismo

- Oito lugares de auxiliar, 1.º escalão, área de servente, da carreira de auxiliar, em regime de contrato de assalariamento na Direcção dos Serviços de Turismo

- Quatro lugares de motorista de pesados, 1.º escalão, da carreira de motorista de pesados, em regime de contrato de assalariamento na Direcção dos Serviços de Turismo

Para mais informações, consulte Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.º 2, II Série, de 8 de Janeiro de 2014, e os avisos dos referidos concursos se encontram afixados no quadro de informação da Direcção dos Serviços de Turismo,sita na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.ºs 335-341, Edifício “Hot Line”, 12.º andar, Macau, podendo ainda ser consultado na página electrónica destes serviços (http://industry.macautourism.gov.mo) e na página electrónica da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Dezembro de 2013.

O Director dos Serviços, Subst.°Manuel Gonçalves Pires Júnior

Direcção dos Serviços de Finanças

AVISO COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M, de 29 de Julho, conjugado com os artigos 2.º e 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos: - Travessa da Praia Grande, n.os 4 a 4B, em Macau,

(Edifício Hotel Nam Tim); - Avenida de D. João IV, n.os 58 a 62 e Avenida Dr. Mário Soares,

n.os 115 a 119, em Macau, (Edifício Hotel Sintra);- Avenida do Infante D. Henrique, n.os 39 a 41, em Macau;- Rua de Xangai, n.os 21A a 75B e Rua de Pequim, n.os 106I a 106J,

em Macau, (Edifício Hotel New World Emperor); - Rua de Pequim, n.os 191A a 205D e

Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.os 707E a 707H, em Macau, (Edifício Metropark Hotel Macau);

- Avenida do Almirante Lacerda, n.º 119, em Macau;- Estrada Marginal da Ilha Verde, n.os 701 a 741, em Macau; - Avenida Son On, n.os 877 a 919 e

Rua da Riqueza, n.º 15, na Ilha da Taipa.

2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.

Aos, 13 de Dezembro de 2013.

A Directora dos Serviços de Finanças,Vitória da Conceição


MARIA AMÉLIA ANTÓNIO FOI REELEITA E PROMETE LUTAR PELO PROJECTO

Casa de Portugal não vai desistir do “Lvsitanvs”Maria Amélia António continuará à frente dos destinos da Casa de Portugal por mais dois anos, depois do acto eleitoral de ontem. Ao JTM, a presidente reafirmou a intenção de não deixar cair o projecto “Lvsitanvs” e garantiu que vai insistir junto do Governo, até porque, a possibilidade de ocorrerem mudanças no seio do IACM não esmorece a vontade de ocupar uma das Casas-Museu

FOTO

JTM

INTERPELAÇÃO ESCRITA DE LEONG VENG CHAI PEDE ALTERAÇÕES À LICENÇA ESPECIAL DE CONDUÇÃO

Motoristas do Continente tiram o “ganha pão” aos locais e perigam trânsitoNuma interpelação escrita ao Governo, Leong Veng Chai pede alterações à licença especial de condução. O deputado considera que os motoristas do Interior da China para alem de “privarem” os locais do seu “ganha pão”, também criam “confusões” nas vias de trânsito

Devido à “grande desarticulação entre o acelerado ritmo do desenvolvimento social e o crescimento económico”, o deputado entende que “o número de veí-culos está sempre a aumentar, tal como os acidentes de viação, devido à falta

de preparação da sociedade”.Ainda assim, Leong Veng Chai identifica o problema, acusando o Governo de

aplicar “políticas desadequadas que resultam em grandes congestionamentos e em aumento das probabilidades de acidentes de viação, pois muito deles têm a ver com viaturas de grande porte e com a licença especial de condução”.

O deputado relembrou um acidente de viação recente, envolvendo um motociclo e um shuttle bus de um casino, do qual resultou a morte da condutora da moto, atro-pelada na Avenida da Amizade. “A maioria dos acidentes mortais envolve viaturas de grande porte”, sublinha Leong Veng Chai que citou ainda outros casos envolvendo viaturas dos casinos, acusando ainda que estes acidentes envolvem também condu-tores titulares de licença especial de condução que “permite conduzir em Macau e na China”.

Segundo o deputado, “quando a legislação sobre a licença especial de condução en-trou em vigor tinha como finalidade o transporte transfronteiriço, nomeadamente, de alimentos”. No entanto, acusa, “essa finalidade foi distorcida por alguma operadoras

de jogo que se aproveitaram das zonas cinzentas da lei”.Na interpelação, Leong Veng Chai adianta que actualmente existem 1.100 licenças

especiais, e que estes motoristas trabalham efectivamente em Macau, sendo, por isso, “trabalhadores que estão a exercer funções que não coincidem com as que foram pre-viamente autorizadas”.

“Os serviços competentes não têm força para combater esta situação”, considera, acrescentando que estes motoristas “para além de privarem os locais de ganhar o pão de cada dia, ainda causam confusões ao trânsito local”, sublinhando que “os hábitos de condução no Interior da China, a situação das estradas e as regras de trânsito em Macau são diferentes”.

Com a abertura de mais casinos no COTAI, serão mais os visitantes, o que fará au-mentar a necessidade de shuttle bus. “Se o Governo não controlar esta situação e per-mitir que estes trabalhadores exerçam funções para as quais não foram autorizados, o trânsito em Macau vai ser cada vez mais complicado”.

Leong Veng Chai quer que o Governo publique um regulamento administrativo que altere os termos da licença especial de condução e sugere ainda que seja revista a lei do trânsito rodoviário e a teoria da condução, que diz estar “desadequada da reali-dade actual”.

Votaram 56 sócios para eleição dos corpos sociais da Casa de Portugal

Sandra Lobo Pimentel

Não houve votos nulos ou brancos nas eleições de ontem para os corpos sociais da Casa de Portugal. A lista encabeçada por Maria Amélia

António, a única a ir a votos, contou com o apoio dos 56 votantes que se deslocaram durante todo o dia à Rua Pedro Nolasco da Silva.

A presidente lembrou ao JTM que a percentagem de votantes face ao total de sócios “é ínfima”, como nos ac-tos eleitorais anteriores, sinal de que “as pessoas gostam que as coisas se façam e que apareçam feitas”, e nem mesmo a situação financeira que levou à sua recandida-tura serviu para maior mobilização.

Maria Amélia António considera que “as pessoas acham que o problema se há-de vir a resolver”, acres-centando que “não deixa de ser muito à maneira portu-guesa”. No entanto, a direcção encontra-se já a adoptar “soluções de remedeio”, como explicou a presidente eleita para novo mandato.

O projecto “Lvsitanvs” está agora instalado, em par-te, na sede da Casa de Portugal. “Não podemos deixar cair as pessoas nem deixar estragar os equipamentos”, explicou. A solução “terá que passar por um espaço onde se possa fazer o que estava a ser feito, nomeada-mente, os jantares com música portuguesa, que dão uma mostra e levam algo da cultura portuguesa aos turistas”.

A responsável voltou a lamentar que o fim do projec-to na Casa Amarela tenha surgido numa altura em que o “Lvsitanvs” começava a integrar pacotes turísticos. “Portanto, ou se recupera uma situação em que é pos-sível chegar a esses mercados, ou não temos hipótese a curto ou a médio prazo de vir a resolver o problema”.

A recusa de ocupação de uma das Casas-Museu na zona do Carmo na Taipa, que estão sob a alçada do IACM, também foi uma má notícia para a Casa de Por-tugal, que apostava no local como “ideal” para um pro-jecto de cariz cultural como este.

“Oficialmente ainda não tivemos a resposta por es-crito, apenas verbalmente. Mas não é só uma desilusão,

é mais do que isso. O fundamento é o de que a casa é usada e faz falta ao serviço a que está adstrita, e toda a gente que frequenta aquela zona sabe que não é usada, a não ser excepcionalmente, como apoio a eventos”, la-mentou.

Essa utilização, na opinião de Maria Amélia António, “não tem nada a ver com a dignidade da casa, nem com o fim a que se destina, o que, obviamente, me causa um grande mau estar”.

A presidente disse ao JTM que a Casa de Portugal vai insistir junto do Governo, uma vez que é da opinião que

“não estão esgotadas todas as possibilidade de resolver o problema”, sublinhando que “há formas de o contor-nar, desde que as pessoas queiram”.

Em vista, a mudança de tutela entre o IACM e as pastas da Cultura e Desporto. “Dentro dessas mudan-ças podem surgir situações que possam resolver este problema”. A presidente lembra que, não só as Casas--Museu, como “outros sítios fechados que também estão na tutela do IACM” podem ser viáveis.

No início de um novo mandato, admite que, “de al-guma forma”, o projecto “Lvsitanvs” é o ‘cavalo de ba-talha’ da nova direcção, relembrando que foi um desafio lançado à Casa de Portugal com a convicção que “era algo que fazia falta a Macau”.

“Não se chegou à conclusão que o projecto não era viável ou não fazia sentido. Foi algo exterior, e, dessa forma, devemos lutar por ele”. Maria Amélia António recusa atribuir culpas à Direcção dos Serviços de Turis-mo, lembrando que também ficaram sem soluções.

Sobre a possibilidade de encontrar um investidor que ajudasse na viabilização da continuação do “Lvsitanvs”, Maria Amélia António entende que “era difícil”. “Não vejo, no horizonte, situações dessas. Os investidores querem o retorno dos seus investimentos, conseguindo o máximo. A lei que impera hoje em Macau, é a do di-nheiro. Poucos se preocupam com outros aspectos, mas apenas com ‘quanto mais render melhor’. É a lógica do muito e depressa, é essa a mentalidade que se instalou”.

A presidente da Casa de Portugal não esquece as pa-lavras de Chan Chak Mo, que disse que a sua empresa, proprietária da Casa Amarela, não era uma associação de beneficência. “Não me posso esquecer, e acho interes-sante, que seja deputado pelos interesses culturais, e que só se refira aos interesses do dinheiro”.

Nos próximos dois anos a Casa de Portugal conti-nuará com Maria Amélia António como presidente, ten-do agora Ricardo Igreja a ocupar o lugar de vice-presi-dente. Pedro Lobo e Tânia Xavier também transitam da direcção anterior, aos quais se juntam os novos membros Carlos Vilar, Francisco Galvão, Marta Bucho, Ricardo Félix Pontes e Rui Simões.


Viviana Chan

FOTO

ARQ

UIVO

Ilha artificial vai albergar os postos fronteiriçospara entrada em Macau e Zhuhai

• • • BREVES

Gamal Aziz nomeadopresidente da Wynn MacauA Wynn Macau anunciou ontem a nomea-ção de Gamal Aziz para o cargo de presi-dente, assumindo assim as funções exer-cidas anteriormente pelo líder do grupo. Steve Wynn manterá, no entanto, os cargos de CEO e presidente do Conselho de Admi-nistração. Aziz, que já trabalhou com Steve Wynn noutros projectos, foi presidente e di-rector de operações do MGM Grand, entre outras funções.

ATFPM já apoiou mil aposentados no tratamento da prova de vidaEntre segunda-feira e ontem, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública aten-deu quase mil aposentados e pensionistas, que procuraram apoio para a efectivação da prova de vida junto da Caixa Geral de Apo-sentações, indicam dados da ATFPM. Desen-volvida em conjunto com o Consulado de Portugal, a iniciativa prolonga-se até ao dia 10, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 16:00.

Proposta sobre trasladaçãopode violar Lei BásicaOs assessores jurídicos da AL alertaram que a revisão dos subsídios de trasladação de restos mortais pode constituir uma violação da Lei Básica. O diploma abrange “os indi-víduos que trabalham como funcionários pú-blicos e os seus restos sejam trasladados para Portugal, mas nesta proposta apenas diz que podem ser trasladados para Macau”, disse o presidente da 2ª Comissão da AL, Chan Chak Mo, citado pelo Canal Macau.

Três acidentes de viaçãocausam quatro feridosQuatro pessoas ficaram feridas ontem de ma-nhã, uma das quais com alguma gravidade, na sequência de três acidentes de viação. Se-gundo o Canal Macau, o acidente mais apa-ratoso aconteceu na zona do Porto Exterior, quando uma carrinha de mercadorias abal-roou um motociclo.

OBRAS TERMINAM EM 2016 AO MESMO TEMPO QUE A PONTE

Arranca construçãode fronteiras na ilha artificialFoi anunciado pela construtora o arranque da construção das fronteiras que servirão a Ponte de Hong Kong, Zhuhai e Macau. A primeira será de ligação a Zhuhai, que já está em marcha, enquanto a fronteira para Macau será também iniciada em breve, ambas situadas na mesma ilha artificial. Os carros terão que passar uma inspecção na ilha antes de seguirem para Macau ou para Zhuhai. As obras estarão terminadas em 2016, ao mesmo tempo que a Ponte do Delta

A construção do posto fronteiriço que liga a Ponte do Delta a Zhuhai teve o seu arranque esta se-mana, anunciou a construtora responsável. Os

postos fronteiriços na ilha artificial, que faz parte do projecto da Ponte que vai ligar Hong Kong, Zhuhai e Macau, vão ter três partes principais, incluindo a por-tagem e as duas fronteiras para Macau e para Zhuhai.

O posto fronteiriço situa-se na ilha artificial e está previsto que as obras terminem em 2016, ao mesmo tempo que a Ponte do Delta que ligará as três regiões. De acordo com o jornal Ou Mun, a construção vai in-cluir o posto fronteiriço para visitantes, inspecção dos produtos, estacionamento e zona de lazer.

O valor do investimento ronda 4,8 mil milhões de yuans, cerca de 6,1 mil milhões de patacas. Esta frontei-ra foi a primeira a iniciar a construção entre as outras fronteiras previstas para a futura ponte Hong Kong, Zhuhai e Macau. Foi também anunciado que a constru-ção da fronteira para Macau e as respectivas portagens serão iniciadas brevemente. Segundo explicou o mes-mo jornal, os veículos que partem de Hong Kong vão ter que passar pela inspecção na ilha artificial antes de seguirem para Macau ou Zhuhai.

O projecto da fronteira para Zhuhai vai ocupar 107 mil metros quadrados, segundo o plano delineado, e o posto terá capacidade até 150.000 pessoas por dia entre Zhuhai e Hong Kong, e de 100.000 pessoas entre Macau e Zhuhai. Quanto ao número de veículos, a fronteira poderá albergar 14 mil veículos ligeiros, 3.350 autocar-ros turísticos e 17.300 camiões.

Procede-se agora à escavação para dar início às obras preliminares, cujo prazo é de 250 dias.

A obra para os aterros sanitários da ilha artificial terminou em Novembro no ano passado, com um custo associado de cerca de 2,4 mil milhões yuans, o equiva-lente a 3,1 mil milhões de patacas.

Rm. 1907, 19/F, AIA Tower, Nºs. 251A-301, Avenida Commercial de Macau

(opposite to New Yaohan and Grand Emperor Hotel)

ICQ dental team is a group of dental specialists with internationally recognized qualifications.

We provide all range of dental services:− Oral examination and radiology investigation− Restorative and Cosmetic Dentistry− Children Dentistry− Orthodontic Treatment− Oral and Dental implant Surgery– Endodontic Treatment− Periodontal Treatment− Emergency Treatment

We are committed to deliver high quality dental services with personalized care. We ensure the highest level of infection control.

Website: www.icqoral.com E-mail: [email protected]: www.facebook.com/icqoralConsultation by Appointment Office hour:

10:00 - 19:00Close on Sun, Tue and Public Holiday

Tel: (853)28373266 Fax: (853)28356483

HENRIQUETA MARIA NIZA FERNANDES

A família de Henriqueta Maria Niza Fernandes vem a público agradecer

as consolações e manifestações de solidariedade recebidas por parte de

amigos e demais familiares, depois do falecimento daquele seu

ente querido, ocorrido no dia 1 de Janeiro.

Henriqueta Maria Niza Fernandes deixou o marido José Fernandes Júnior,

a filha Carolina José Niza Fernandes, o genro David Filipe Azevedo Barros,

o filho André Niza Fernandes e um neto.

Agradece-se a todos os que se associaram às cerimónias fúnebres.

JOSÉ MANUEL DE SOUSA DIAS BORGES

A família de José Manuel de Sousa Dias Borges

comunica o seu falecimento no dia 4 de Janeiro,

aos 85 anos de idade, no Hospital Conde de São Januário.

O corpo é hoje trasladado para a China para ser cremado.


PROJECTO APRESENTADO ONTEM PREVÊ ENTRE 5.000 A 10.000 VAGAS

Proposto lar com vertente cultural para HengqinO lote de projectos apresentados para desenvolver na Ilha da Montanha inclui um lar com uma vertente criativa e cultural, que se prevê ter capacidade para entre 5.000 a 10.000 vagas. O empresário Lam Ieng, que submeteu a proposta, acredita na possibilidade de o projecto vir a vingar em Hengqin uma vez que os Governos de Macau e do Continente chinês dão muita importância ao envelhecimento da população

FOTO

ARQ

UIVO

No segundo dia de apresentação de propostas de investimento para a Ilha de Montanha, no âm-bito da cooperação entre Macau-Guangdong, o

empresário Lam Ieng apresentou um projecto que visa a construção de um lar de idosos, com serviços diferen-ciados e o qual inclui uma vertente criativa e cultural. O plano, dado ontem a conhecer em detalhe à Comissão de Apreciação de Projectos de Investimento de Macau no Âmbito do Desenvolvimento de Hengqin, prevê um investimento de cinco mil milhões de yuan para edificar um complexo de 330.000 metros quadrados, que poderá gerar entre 5.000 a 10.000 vagas.

Em declarações aos jornalistas, proferidas pela Ou Mun Tin Toi, o empresário responsável pelo projecto mostrou-se confiante para a apreciação da sua propos-ta, uma vez que os Governos de Macau e do Continente chinês dão muita importância às condições de envelheci-mento da população e aos serviços prestados aos idosos. “Penso que esta proposta irá atrair mais a atenção das autoridades”, disse Lam Ieng, ao notar que o lar oferece-

rá um serviço diferenciado. O complexo irá integrar um factor criativo através

das artes, da cultura e de um leque de tratamentos de saúde, como massagens, gastronomia saudável e outras actividades de lazer. Além das facilidades disponíveis para quem vive no lar, o projecto prevê ainda infra-estru-turas públicas abertas aos residentes de Macau.

“Como é um lar com uma concepção cultural as pes-soas de Macau também podem dispor de uma vaga”, explicou. “O nosso planeamento inclui uma galeria de arte, com a cultura de Macau, do Continente chinês e internacional, e entendemos que os idosos também pre-cisam de participar em várias actividades recreativas e culturais, não devem apenas viver no lar sem algo que possam fazer. A população de Macau também é bem--vinda a usar estas estruturas culturais de âmbito mais público”, acrescentou.

Já uma empresa ligada ao ramo da Ciência planeia construir um centro de investigação científica, voltado para as energias verdes. O vice-subdirector da empresa

proponente, Jim Lok, referiu que ao submeter o projecto foi dada mais importância ao facto de em Macau haver regulamentos para a protecção da propriedade intelec-tual o que poderá salvaguardar os projectos que querem criar de raiz.

Jim Lok referiu que em Macau não faltam quadros na área da Ciência, pelo que acredita que este projecto pode-rá ajudar a descobrir novas técnicas no âmbito das ener-gias renováveis. “O nosso objectivo é desenvolver novos projectos com a marca de Macau. As novas energias têm muito futuro”, vincou Jim Lok.

O Secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, e o director da Comissão da Administração da Nova Área de Hengqin, Niu Jing, assistiram à apresenta-ção das propostas, durante uma sessão em que cada can-didato dispôs de 15 minutos para explicar o seu projecto de investimento, respondendo depois a questões do júri.

Hoje é o último dia de avaliação de projectos de in-vestimento.

F.A./V.C.

Empresário acredita que um lar de idosos vai vingar em Hengqin

Criado novo acessoà Estrada de Seac Pai VanA Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) anun-ciou ontem a conclusão das obras de prolongamento da Avenida de Lok Koi, acrescentando que a nova via será aberta ao trânsito a partir das 10 horas de amanhã. “A Avenida de Lok Koi será prolongada até à Estrada de Seac Pai Van, proporcionando-se assim ao trânsito rodoviário e pedonal do núcleo comunitário de Seac Pai Van mais um acesso viário de entrada e saída”, refe-riu a DSSOPT, ao salientar que as obras de prolongamento viário tiveram por objectivo fazer face às necessidades dos moradores daquele núcleo comunitá-rio, adicionando mais um acesso viário de entrada e saída aos já existentes, jun-to da Rotunda de Seac Pai Van e do Edi-fício On Son. O novo prolongamento viário tem um comprimento de cerca de 80 metros. Além dos trabalhos de pavi-mentação do acesso viário e do passeio, a empreitada englobou ainda a execu-ção da rede de drenagem de água plu-vial e residual, o acréscimo de sinaliza-ção de trânsito e arranjos paisagísticos.

AUTORIDADES DE MACAU ANTECIPAM AUMENTO DE CASOS

Zhuhai fecha três mercadosdevido à gripe das avesOs Serviços de Saúde de Macau reforçaram os apelos aos cidadãos para que evitem deslocar-se a locais de venda ou exposição de aves. Ontem, foram encerrados três mercados em Zhuhai e as autoridades de Shenzhen confirmaram mais um caso de infecção humana pelo vírus H7N9

O Departamento de Inspecção e Quarentena de Zhuhai ordenou ontem o encerramento de três

mercados de aves e apertaram as medi-das de controlo, depois do vírus H7N9 ter sido detectado, no domingo, no distri-to de Doumen. Segundo anunciaram on-tem as autoridades sanitárias de Macau, o Departamento de Saúde de Zhuhai de-cidiu ainda desinfectar mais de 30 merca-dos e reforçar as análises diárias às aves.

Na RAEM, onde a situação nas cida-des vizinhas é acompanhada com espe-cial atenção, tanto em termos do abasteci-mento de aves como do fluxo de pessoas, foi renovado o apelo à prevenção, sobre-tudo depois dos Serviços de Saúde terem sido notificados da ocorrência de mais um caso confirmado de infecção humana

pela gripe aviária H7N9 em Shenzhen. O novo caso envolve um homem de

31 anos, que não terá tido contactos com aves vivas antes do aparecimento dos sintomas. O seu estado de saúde é con-siderado estável mas, em contrapartida, registou-se na segunda-feira um caso mortal na cidade de Dongguan.

De acordo com um comunicado divul-gado ontem pelos Serviços de Saúde de Macau, a China Continental, Hong Kong e Taiwan registaram até agora um total de 153 casos de infecção humana pela gripe aviária H7N9, 150 dos quais no Continen-te, com o balanço a incluir 49 óbitos.

“Os Serviços de Saúde da RAEM pre-vêem que durante o período do Inverno até à Primavera do corrente ano, na Chi-na, ocorrerão sucessivamente mais casos

de infecção humana pela gripe aviária H7N9”, frisou o organismo, acrescentan-do que não exclui a possibilidade de resi-dentes de Macau serem afectados pelo ví-rus no Continente ou do território registar a entrada de pessoas infectadas.

Tendo em conta esses factores, os Ser-viços de Saúde garantem ter solicitado a todas as instituições e profissionais da área da saúde para que procedam “atem-padamente” à análise ou a encaminha-mento de eventuais casos suspeitos.

O organismo apelou também aos ci-dadãos para que evitem deslocar-se aos mercados, granjas e outros locais de ven-da ou exposição de aves e se abstenham de consumir carne, vísceras, produtos derivados de sangue e ovos de aves mal cozinhados.

10 JTM | PUBLICIDADE Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

葡文報320x260mm_outline.indd 1 1/7/14 9:23:20 AM

JTM | LOCAL 11Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

FOTO

S JT

M

FINAL LEVOU MUITOS FAMILIARES E AMIGOS AO D. BOSCO

EPM é bicampeã escolar de futebolA equipa da Escola Portuguesa reencontrou o Colégio Yuet Wah na final do Campeonato Escolar de Futebol e tornou a vencer. Nas bancadas, os jovens tiveram muito apoio

Susana Diniz

Dinizio foi o “herói” da equipa da Escola Portuguesa (EPM) na final do Campeonato Esco-

lar de Futebol do escalão B. O estu-dante de 15 anos não descansou até conseguir marcar o golo que acabaria por dar a vitória à Escola Portuguesa. “Queríamos muito isto, apesar de não poder falar em nome de todos, eu sei que o grupo queria ganhar”, confes-sou ao JTM.

Com o apoio de muitos familiares e amigos nas bancadas do complexo desportivo D. Bosco, o esforço acabou por ser recompensado ao primeiro minuto da segunda parte, na sequên-cia de um pontapé de canto. A EPM venceu por 1-0 o Colégio Yuet Wah e sagrou-se bicampeã.

Manuel Sousa Marques, capitão de equipa na partida decisiva não podia estar mais orgulhoso do feito conquis-tado pelos seus companheiros. “Foi um jogo difícil, muito disputado, mas felizmente conseguimos sair vitorio-sos e levar para a EPM mais uma vitó-ria”, disse o jovem jogador.

A EPM entrou em campo com Dio-go Cardoso, Hugo Vasconcelos, Duar-te Torres, Pedro Figueiredo, André Pinto, Tiago Peyrotelo, Rui Ferrão,

Dinizio da Silva e Manuel Sousa Mar-ques.

Arlindo Serro, professor de Edu-cação Física que orienta a equipa de futebol de nove da EPM também se mostrou muito satisfeito com o de-sempenho dos jogadores. “Entrámos bem, mas a equipa do Colégio Yuet Wah é bastante forte. Senti necessi-dade de efectuar uma substituição aos 20 minutos para refrescar o meio--campo”, referiu.

Após a entrada do médio-centro Áureo Peio, a equipa deu um salto qualitativo. “A posição dele é muito importante no futebol de nove porque é ele que faz a distribuição de jogo”, explicou o treinador.

Apesar do empenho e entusiasmo dos jovens, Arlindo Serro não acredita que muitos sigam a carreira profissio-nal de jogador de futebol. “Em Macau não há hipóteses para uma carreira profissional. Mas fico muito feliz por ver os meus alunos/ jogadores empe-nharem-se como se fosse a sério. Estes miúdos jogam por amor à camisola”, afirmou.

Arlindo Serro confessou ainda que não teve tempo para preparar o jogo da final. “Devido à interrupção das aulas não foi possível marcar treinos, mas eles já jogam desde o escalão D. Conhecem-se muito bem e foi esse en-trosamento que possibilitou a revali-dação do título”, concluiu.

Golo decisivo surgiu na sequência de um canto

RAEM leva 140 atletas a GoaMacau aposta no aumento de medalhas nos Jogos da Lusofonia, a realizar em Goa entre 18 e 29 de Janeiro

A terceira edição dos Jo-gos da Lusofonia vai contar com a participa-

ção de uma delegação de 140 atletas da RAEM nas nove modalidades em competição.

Os atletas locais, que vão competir em atletismo, basquetebol, futebol, judo, taekwondo, ténis de mesa, voleibol, voleibol de praia e wushu, participaram on-tem numa cerimónia de en-trega da bandeira da RAEM pelo Chefe do Executivo em exercício, o Secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam.

A delegação será liderada por Chan Weng Kit que subli-nhou que, “com o contínuo apoio do Governo, os atletas de Macau tiveram nos últi-mos anos imensas oportuni-dades de participar em gran-des eventos desportivos e

campeonatos internacionais, elevando continuadamente os seus níveis de competi-

ção”. “Espero que os nossos atletas possam demonstrar neste evento o espírito olím-

pico, de luta, tentando al-cançar melhores resultados e aproveitar o intercâmbio com os atletas de outros países, so-bre técnicas de competição e criar laços de amizade”, afir-mou.

Já o presidente do Institu-to do Desporto considera que “Macau está bem representa-do” nos Jogos da Lusofonia, principalmente pelas novas modalidades. “Vamos fazer o melhor possível. Sabemos qual o nível dos jogos e que há umas modalidades em que vamos participar para po-der ganhar medalhas como wushu, mas há outras que são mais competitivas como o futebol ou o basquetebol”, disse.

Mesmo assim, José Tava-res espera mais medalhas do que na edição anterior, em Lisboa, onde Macau conquis-

tou nove: uma de ouro, três de prata e cinco de bronze. “Esperamos mais medalhas, mas a realidade pode ser ou-tra porque cada competição tem a sua especificidade”, afirmou.

A ausência do Brasil, que apenas participa no Wushu, “vai afectar de certa maneira os Jogos”, mas era um risco que se sabia correr quando se adiou a competição de Novembro para Janeiro, ex-plicou aquele dirigente ao salientar que é uma questão que tem de ser assumida pela organização. José Tavares sa-lientou, no entanto, o “empe-nho e interesse” de Macau na continuidade dos Jogos “tan-to mais que é um projecto que nasceu” no território, palco da primeira edição em 2006.

JTM com Lusa

FOTO

INST

ITUT

O DO

DES

PORT

O

Bancadas estiveram bem compostas de público


Susana Diniz

FOTO

S JT

M

Combate de gigantes na Arena do COTAIA Arena do Cotai volta a receber mais um combate de UFC. O sul-coreano Kim Dong Hyun regressa para tentar revalidar o triunfo alcançado em 2012 mas desta vez terá que defrontar o britânico John Hathaway, detentor de um recorde de 17-1. Os lutadores explicaram ao JTM como se estão a preparar para um dos combates mais importantes no continente asiático

Sem grandes segredos na manga, os dois lutadores que se vão defrontar a 1 de

Março em Macau na “Ultimate Fighting Championship” (UFC) confessaram ao JTM as suas ex-pectativas para o combate, mas também facetas extra-desporto.

Para o sul-coreano Kim Dong Hyun, Macau já não é novida-de. “É uma grande honra voltar aqui. Macau foi o primeiro gran-de palco na Ásia e fiquei bastan-te comovido com a legião de fãs que me seguiu e apoiou”, disse.

Numa conversa informal, Kim foi abrindo o jogo e recu-perou memórias de infância: “Sempre sonhei em ser o melhor do mundo, mas não nas ruas. O meu grande sonho era lutar em campeonatos, vencer e ser res-peitado e reconhecido por isso.”

Apesar do confronto na Are-na do COTAI não contar para o campeonato, Kim Dong Hyun não descura esse combate. “Ve-nho para vencer e para propor-cionar um bom espetáculo a todos os que estiverem no Ve-

netian nessa noite”, assumiu. O lutador também garantiu não ter modificado o seu plano de treinos, no entanto, revelou que usa um produto muito comum da medicina tradicional chine-

sa. “Não tenho segredos nem truques escondidos, apenas sigo a minha rotina de treinos habi-tual. Às vezes utilizo chifres de veado para purificar as toxinas do sangue”, disse o sul-coreano.

Kim Dong Hyun defrontará John Hathaway que atravessa um bom momento de forma, após três vitórias consecutivas e detendo um recorde de 17-1.

O britânico de 26 anos frisou

ao JTM que veio a Macau para ganhar. Questionado sobre prá-ticas de treino específico para o confronto com o sul-coreano, Hathaway disse estar atento aos pontos fortes de Kim. “Estou a aperfeiçoar algumas técnicas de judo, porque o meu adversário é muito forte e também em golpes de joelho”.

Por outro lado, o atleta britâ-nico apontou o UFC como uma das partes mais importantes da sua vida. “É extremamente im-portante para mim perceber que estou a viver o meu sonho”, as-sumiu.

O combate de Março está inserido numa parceria entre a Sands China e a Marina Bay Sands, “resort” do grupo em Singapura, para promover no Continente chinês esta modali-dade que combina várias artes marciais. Para além deste com-bate, o evento incluirá ainda a coroação dos vencedores da temporada inicial do “The Ulti-mate Fighter China” e combates entre Shawn Jordan e Matt Mi-trione, Ivan Menjivar e Hatsu Hioki e Yui Chui Nam e Kazuki Tokudome.

Kim Dong Hyun quer voltar a vencer em Macau John Hathaway diz estar a viver o seu sonho

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 JTM | DESPORTO 13

Em 2020, a maioria será made in Benfica

Luís Filipe Vieira afirmou que tem o objectivo de fazer mais uma vontade a Eusébio: apos-tar na prata da casa. Em declarações à RTP, o presidente dos encarnados garantiu que, em 2020, planeia ter uma equipa baseada na formação. “Trabalho para ter um Benfica made in Benfica. Se houver saídas, as entradas serão da equipa B, com exceção a duas posições, por não termos alternativas: defesa esquerdo e ponta de lança. Tudo será da nossa casa. Isto também é uma homenagem ao Eusébio porque ele criticava o facto de não termos jogadores portugueses”, afirmou o líder das águias. Vieira pediu paciência e explicou que “os resultados vão aparecer”: “Há 12 anos, a formação estava completamente destruída. O centro de estágios começou e hoje já temos uma geração de jovens que vão aparecen-do”, comentou.

AINDA A MORTE DE EUSÉBIO

Assunção enganou-se nos custos de trasladaçãoOs valores das operações de trasladação para o Panteão Nacional impediram as duas últimas propostas e levaram Assunção Esteves a alertar, para os “custos mesmo muito elevados”, a suportar pelo orçamento do Parlamento. Afinal enganou-se!

Em declarações ontem ao Diário de Notícias, a sua chefe de gabinete, Noémia Pizarro veio ontem recti-

ficar, salientando que a presidente da As-sembleia da República referiu “centenas de milhares de euros” mas na verdade, Assunção Esteves queria dizer “dezenas de milhares”. Assim é: a última traslada-ção de Aquilino Ribeiro custou ao Parla-mento 46 491 euros, em 2008, segundo a súmula da conferência de líderes parla-mentares de 13 de março de 2013.

Agora, a presidente da Assembleia da República admite uma “partilha de

custos”, para que os restos mortais de Eusébio sejam depositados na Igreja de Santa Engrácia. A título pessoal, citada pela Lusa, Assunção Esteves afirmou que “essa possibilidade poderá reali-zar-se, eventualmente, num médio pra-zo ou num curto prazo”. E acrescentou: “Não excluo que haja essa iniciativa pelas razões evidentes, que todos nós conhecemos, que é a singularidade de Eusébio”, remetendo a questão para o Parlamento.

“Não depende de uma iniciativa da presidente nem do poder da presiden-

te, depende do poder dos grupos par-lamentares”.

Sem fechar portas, como fez o Parla-mento, em 2012 e 2013, a Passos Manuel e a Marcos Portugal. Nessas duas ocasiões, o político e o músico, respetivamente, vi-ram negadas as trasladações por a verba não estar prevista no orçamento da As-sembleia da República.

O PS deu o primeiro passo, ao en-tregar na manhã de segunda-feira um requerimento assinado pelo seu líder parlamentar, Alberto Martins, a pedir o

agendamento “em próxima conferên-cia de líderes” das possíveis “honras do Panteão Nacional e a deposição nele dos seus restos mortais”, uma “competência exclusiva da Assembleia da República”, como recordou na carta o presidente da bancada socialista.

O consenso para trasladar Eusébio para os “frigoríficos da glória” - como classificou Eduardo Lourenço, quando da trasladação de Amália Rodrigues para o Panteão - parece fazer caminho, apesar das objecções de Assunção Esteves.

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 201414 JTM | ACTUAL

Ao sabor das minhas indagações no mun-do dos livros, deparei-me recentemente com vários autores moderados e refor-

mistas sobre o Islão, como por exemplo o egíp-cio Tarek Heggy, o francês de origem magrebina Mohamed Arkhoun e a americana de origem paquistanesa Irsha Manji. Para não mencionar a grande referência que é o italo-americano Prof. John Esposito.

O que os liga a todos é pois o animarem o de-bate público sobre a abertura da religião islâmica a uma evolução liberal que a (re)concilie com o estado secular.

É redundante demonstrar a necessidade pre-mente de tal evolução.

Em princípios de 1979, pouco depois de in-gressar na carreira diplomática, fui alertado para a realização de uma conferência-debate a que, avisaram-me, não poderia faltar. Nela seria prin-cipal orador um pastor protestante belga cujo nome já não recordo.

Mas era claramente o tema que importava: “A emergência do Islão como o mais importante factor condicionante das relações internacionais no futuro”.

Achei estranho o título, habituado que estava a pensar o mundo segundo o prisma da fractura mais frequente - a do conflito “capitalismo ver-sus comunismo”.

E como pertenço à geração dos anos 60 - que viu as universidades europeias e americanas a serem sacudidas por todos os ismos, disponíveis naquela época, nos supermercados das ideolo-gias, não encontrara ainda nesses locais o último dos rótulos: o islamismo...

O ano de 1979 foi profundamente marcado, como se recordam os já adultos naquela altura, por todos os desenvolvimentos relacionados com a criação da República Islâmica do Irão.

E foi certamente esse evento central do últi-mo quartel do século XX que terá despertado a fibra de historiador do conferencista que, correc-tamente, viu nele o culminar de um longuíssimo processo, vindo das brumas do passado: a luta entre o Islão e o Ocidente e a busca do Califado, perdido, para os seguidores do Profeta, desde o desaparecimento do Império Otomano.

Sabe-se agora que consequências vem ten-do, no mundo dos nossos dias, o radicalismo simbolizado pelo regime de Khomeini, que veio acrescentar um pólo mais de instabilidade, numa região marcada, desde há muito, pelo conflito israelo-palestino.

Os ataques às torres gémeas de Nova Iorque, em 11 de Setembro de 2001, vieram entretanto demonstrar que não era só do lado xiita que se deveria recear a maior ameaça.

Bin Laden não era xiita, os seus prosélitos não o são, nem os fundos que alimentam os mais di-versos grupos da complexa constelação islamis-ta, franchisados pela al-Qaeda...

Com as comunidades muçulmanas da Amé-rica a serem objecto da maior suspeita desde a tragédia do World Trade Center, surgiu então com maior premência a necessidade, a partir do interior dessas comunidades, de uma aborda-gem liberal do Islão.

Os autores mencionados podem ser conside-rados, pois, pioneiros na abordagem histórica, fi-losófica e teológica corajosa desta questão sensí-vel que, pela sua actualidade, interessa por certo a todos.

Mas cuja abordagem liberal não agrada segu-ramente a todos...

*Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN e Indonésia.

Docente da Universidade de S. José.

Reformar o Islão

OBSERVATÓRIOCarlos Frota*

CHINA

Demitidos cinco inspectores policiais por negligência profissional em Hainão

A medida surge na sequência de, neste início de 2014, a polícia de Haikou ter desmantelado vá-rios casinos ilegais que operavam nos distritos

presumivelmente controlados pelas corporações de Da-tong, Haixiu, Bailong, Zhongjie e duas de nível provin-cial.

Na operação, a polícia deteve 109 suspeitos e apreen-deu 88 máquinas ilegais de apostas e mais de 40 mil yuans e após uma investigação inicial, o órgão supervi-sor de disciplina da polícia local diz ter detectado “ne-gligência profissional” de cinco inspectores.

Os suspeitos encontram-se detidos e a polícia anun-ciou que o caso foi transferido para o Departamento Provincial de Segurança Pública de Hainão para mais profunda investigação.

Noutro caso sucedido no início deste ano, a polícia chinesa divulgou que desmantelou 256 grupos e pren-deu 810 pessoas por negociarem bilhetes de combóio muitos deles falsificados, em especial durante o período do fim de ano.

Num comunicado, o Departamento da polícia de Caminhos de Ferro revelou que desde 10 de Dezembro, quando começou uma campanha especial contra nego-ciação ilegal de bilhetes, confiscou mais de 49 mil bilhe-tes de combóio por revenda a preço exagerado e mais de 120 mil bilhetes falsificados.

Um total de 397 agentes policiais foi posicionado es-pecialmente para tais investigações, em redor dos stan-ds de venda de bilhetes e no monitoramento de sites de venda online.

Cinco inspectores policiais da cidade de Haikou, capital da Província de Hainão, foram demitidos por “negligência profissional” no controlo de casas de jogo nos seus distritos, anunciou o Departamento de Segurança Pública da cidade

Segundo a Xinhua, a campanha durará 80 dias até ao final de Fevereiro, cobrindo a Festa de Ano Novo Chinês, época de reunião familiar para a população chinesa, o que faz com que milhões de trabalhadores se desloquem às zonas de nascimento e force muitos a lutarem por um lugar no sistema ferroviário, já de si, habitualmente, so-brecarregado.

ESPANHA

A maioria quer que o rei abdiqueUma maioria de 62 por cento dos espanhós, quer que o Rei Juan Carlos, abdique a favor do filho, o príncipe Felipe, de acordo com uma sondagem publicada pelo El Mundo, no dia em que o monarca fez 76 anos

Juan Carlos está no trono espa-nhol há 38 anos, e já foi um dos soberanos mais idolatrados, em

especial pelo seu papel na transi-ção democrática em Espanha. Em 2008 foi considerado o mais popu-lar líder ibero-americano ao lado do Primeiro-Ministro Zapatero, e do Presidente brasileiro, Lula da Sil-va. A sua popularidade, contudo, tem baixado nos últimos anos de-vido aos escândalos de corrupção que abalam a sociedade espanhola estendendo-se ao Palácio Real. A investigação sobre o caso da Funda-ção Nóos, dirigida pelo genro do rei Iñaki Urdangarin que pode imputar a infanta Cristina, por branquea-mento de capitais e delitos fiscais foi o caso mais saliente.

Há um ano, 47,7% dos espanhóis achavam que tinha chegado a hora de Juan Carlos passar o trono ao seu herdeiro, Felipe, de 45 anos, embora o Rei já tivesse sofrido um sério aba-lo à sua imagem depois de ter caído e fracturado a anca durante um sa-fari de caça ao elefante no Botswana – uma viagem de luxo, paga por fi-nanciadores privados, numa altura

em que todo o país vivia sob forte austeridade (ver foto).

No fim de 2013, segundo a sondagem Sigma Dos feita a 1000 pessoas através de chamadas tele-fónicas e agora publicada pelo El Mundo, apenas 41,3% dos espa-nhóis mentêm uma opinião boa, ou muito boa do rei – há dois anos,

76% diziam isto. A maioria tem uma visão má, muito má ou normal deste reinado (56,2%).

Os espanhóis mais jovens, que não têm a experiência de viver sob a ditadura de Franco, são os que mais estão a favor da abdicação. O prín-cipe Felipe apresenta uma imagem positiva para 66% dos espanhóis.

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 JTM | ROTEIRO 15

TDM 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTPi Directo 18:00 Caminho das Índias (Repetição) 19:00 TDM Entrevista (Repetição) 19:30 Baía das Mulheres 20:30 Telejornal 21:00 Montra do Lilau 21:30 Portugal de Joana Carneiro 22:00 Caminho das Índias 23:00 TDM News 23:30 A Guerra 00:45 Telejornal (Repetição) 01:15 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Liga Bbva 2013/14UD Almeria vs. Granada CF 14:30 Anglesey Sandman Triathlon 15:00 Hyundai Tournament Of Champions 16:00 Australian Open Classic Match 2006 19:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 19:30 La Liga 2013/14 FC Barcelona vs. Elche CF 20:30 FOX SPORTS Central 21:00 Hyundai Tournament Of Champions 22:00 World Cham-pionship Kickboxing 23:00 (LIVE) FOX SPORTS Central

31 STAR SPORTS13:00 (Delay) Dakar Rally 2014 13:30 Courtside Jones 14:00 AT&T Winter National Championships 16:00 Max Power 2014 17:00 Liga Bbva 2013/14 Real Madrid CF vs. Celta de Vigo 18:30 BWF Badminton World Magazine 19:00 Best Of Australian Open Tennis 2013 20:00 Rebel TV 20 20:10 (LIVE) Frenz Utd Indonesia U17 Vs Liverpool FC U17 22:15 Rebel TV 20 22:30 Dakar Rally 2014 23:00 Australian Open Tennis 2011 Official Film 40 FOX MOVIES12:05 Unbreakable 13:55 Hitchcock 15:35 Wall-E 17:15 Oz The Great

And Powerful 19:25 Bait 21:00 Burlesque 23:00 Broken City 00:50 Twister

41 HBO13:00 Practical Magic 14:45 In Vogue: The Editor’S Eye 15:50 Clear History 17:30 Bridget Jones’S Diary 19:10 Bridget Jones: The Edge Of Reason 21:00 The Thing 22:45 Boardwalk Empire 00:45 The Perks Of Being A Wallflower

42 CINEMAX11:45 Smokey And The Bandit Part 3 13:15 Superman Vs. The Elite 14:30 Best Of The Best 4: Without Warning 16:00 Watermelon Man 17:45 Beverly Hills Cop Ii 20:00 Contagion 22:00 Dungeons & Dragons: The Book Of Vile Darkness 23:30 I Love You To Death

50 DISCOVERY13:00 Auction Hunters 14:00 You Have Been Warned 15:00 Naked And Afraid 16:00 Swords: Life On The Line 17:00 Ice Cold Gold 18:00 How Do They Do It? 18:30 How It’s Made 19:00 River Monsters 20:00 World’s Biggest Ship 21:00 World’s Top 5 22:00 Extreme Smuggling 23:00 Howe & Howe Tech 00:00 World’s Biggest Ship

51 NGC12:30 Street Food Around the World 13:25 Food Lover’s Guide To The Planet 14:20 Inside Combat Rescue 15:15 Dog Whisperer 16:10 The Moment 17:05 Mega Food 18:00 Big, Bigger, Biggest 19:00 Dog Whis-perer 20:00 Street Food Around the World 21:00 Wild Congo 22:00 The Moment 23:00 Alaska Fish Wars 00:00 Street Food Around the World

54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 Your Bleeped Up Brain 15:00 Storage Wars 16:00 Hidden Cities Extreme 17:00 Ancient Aliens 18:00 Kings Of Restoration 18:30 Pawn Stars 19:00 The Pickers 20:00 Cajun Pawn Stars 21:00 All You Can Eat 22:00 Ancient Aliens 23:00 Your Bleeped Up Brain 00:00

All You Can Eat

55 BIOGRAPHY13:00 Confessions: Animal Hoarding 14:00 Barter Kings 15:00 Baggage Battles 17:00 Child Of Our Time 18:00 Flipping Vegas 19:00 Sell This House: Extreme 20:00 Barter Kings 21:00 Bondi Vet 23:00 Confessions: Animal Hoarding 00:00 Sell This House: Extreme

62 AXN13:00 Total Blackout 13:55 American Ninja Warrior 14:50 Wipeout 15:45 The Voice 17:30 Falling Skies 18:20 Csi: Miami 20:10 Wipeout 21:05 Total Blackout 22:00 The Blacklist 22:55 Falling Skies 23:50 Total Blackout 00:45 The Blacklist

63 STAR WORLD12:55 Glee 13:45 America’s Next Top Model 14:35 Trophy Wife 15:25 Asia’s Next Top Model 18:00 Ghost Whisperer 18:55 Glee 19:50 Model Employee 20:45 America’s Next Top Model 21:40 Asia’s Next Top Model 22:35 Million Dollar Decorators 23:30 Glee 00:25 Ghost Whisperer

82 RTPI14:30 Correspondentes 15:04 Os Nossos Dias 15:53 Filme RTP Inter-nacional - Versão Curta 16:00 Bom Dia Portugal-Directo 17:06 Podium 18:04 Bem-vindos a Beirais 18:53 Filme RTP Internacional - Versão Curta 19:00 Telejornal Ásia-Directo 19:34 Correspondentes 20:02 Liberdade 21 21:00 Jornal da Tarde 22:18 Agora (Diários) 22:28 5 Para a Meia-Noite 23:32 Os Nossos Dias 00:17 O Preço Certo 01:09 Podium 02:00 Portugal em Directo-Directo 03:09 Bem-vindos a Beirais 04:00 Telejornal-Directo 05:03 Agora (Diários) 05:12 Praça da Alegria

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi (Amarelo) 28 519 519Táxi (Preto) 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

120C / 160C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 10.81 10.95YUAN (RPC) 1.274 1.332

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

• • • AMANHÃ 09/01

ANIMA

21:00

HBO

The Thing

• • • HOJE 08/01130C /180C

WWW.SMG.GOV.MO

CINETEATROS1 Seceret Life of Walter Mitty14:00 • 16.00 • 18.00 • 22.00

S2 As The Light Goes Out14:30 • 16.45 • 19.15 • 21.30

TORRE DE MACAU47 Ronin 3D14:00 • 16:45 • 19:30• 21.30

GALAXYTHEATER VÁRIOSAs The Light Goes Out14:00 • 14:15 • 16:10 • 16:25 • 17:15 •18:2522:40 • 23:00 • 23:10

THEATER 8Walking With The Dinossaurs (3D) -11:50

THEATER 8Lan Kwai Fong 3 -19:35 •21:25

THEATER VÁRIOSThe Secret Life of Walter Mitty -14:15 • 18:35 • 20:55 • 2300

THEATER VÁRIOSFirestorm (3D) -12:10 • 14:00 • 18:40 • 21:05 • 23:15

THEATER VÁRIOSThe Hobbit- Desolation of Smaug (3D) - 14:20 • 16:10 • 19:25

THEATER VÁRIOSThe White Storm - 11:30 • 13:30 • 16:25 • 18:45 • 23:05

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 201416 JTM | OPINIÃO

Os quatro círculos do interesse nacional da República Popular da China

A República Popular da China (neste contexto de-signada por China) é, já hoje, uma potência inter--regional que aspira a sê-lo também no plano

global das relações internacionais. Nesta perspectiva, a China vem praticando aquilo que se designa por uma “smart diplomacy”: por um lado mantém uma política ex-terna assente em princípios de continuidade que lhe per-mitem trabalhar objectivos de longo prazo e, por outro, pratica um pragmatismo assertivo, mas não beligerante, que se adapta a cada uma das situações.

Desde 1974, a política externa chinesa dá-nos conta de duas características em que se apoiam os quatro cír-culos dos seus interesses nacionais vitais. A primeira é a aceitação das orientações do Presidente Deng Xiaoping, preferidas em 1974 na Sessão Especial da Assembleia--Geral das Nações Unidas, e nas quais se reconheceu que “a independência política e económica são inseparáveis”. A segunda é, inegavelmente, a complexidade geográfica da China, descrita por Xinning Song como “...o ambiente mais complicado do mundo, com 29 vizinhos e 22.000 km de fronteiras terrestres com 15 Estados e 18.000 km de linha de costa”. Para além disso, 5 documentos constituem hoje as grandes directivas que norteiam a acção externa chi-nesa: Os 5 Princípios da Coexistência Pacífica de 1954, o “position paper” sobre o novo conceito de segurança (2002), o crescimento pacífico chinês e a política de boa vizinhança (2003), o Livro Branco do Desenvolvimento Pacífico (2011) e o emprego diversificado das forças ar-madas chinesas (2013).

Com este enquadramento em mente, o modo como entendemos a política externa chinesa no contexto da segurança e defesa baseia-se em 4 círculos concêntricos, centrados no interesse nacional permanente da China. O círculo interior é delimitado pelas relações internacionais da China, cujo impacto se faz sentir no interior das suas fronteiras políticas, designadamente no que respeita ao crescimento económico (tal como as relações com a orga-nização do comércio mundial –WTO e outras importan-tes relações multi e bilateriais, como é o caso dos BRICS), no que se relaciona com as disputas fronteiriças (Vietna-me, Índia e Paquistão), no que diz respeito à luta contra os extremismos e contra o comércio ilegal de drogas (em particular, no chamado Triângulo Dourado: República da União de Myanmar, República Democrática Popular do Laos e o Reino da Tailândia), e ainda a luta contra a corrupção doméstica. As políticas externas que vem sen-do praticadas neste âmbito, têm por finalidade alavancar o desenvolvimento, controlar desigualdades sociais, com o objectivo de promover a estabilidade interna e promo-ver a paz social, através também da implementação da visão do Presidente Deng Xiaoping de “um país, dois sis-temas”, no que se relaciona com Região Administrativa Especial de Hong Kong, Região Administrativa Especial de Macau e, no futuro, com a Ilha Formosa.

O segundo círculo concêntrico é definido pela faixa de fronteira aero-marítima chinesa, no qual as relações internacionais da China têm um impacto nas seguintes áreas críticas: o exercício dos direitos de soberania no

Mar do Sul da China (em especial, nas Ilhas Parecel e Spratly e nas águas pouco profundas do Estreito de Lu-zon), no Mar do Este da China (em especial em direcção à asa Este da primeira cadeia de Ilhas), as linhas de comu-nicação marítimas do Mar Amarelo (em especial, na área geográfica da Península Coreana em direcção ao Estreito da Coreia e à asa Este da segunda cadeia de Ilhas) e, fi-nalmente, a relação com o Japão. As políticas no âmbito deste segundo círculo são dirigidas a uma estabilidade doméstica, através do controlo de áreas chaves localiza-das em terra e no mar, possibilitando acesso, permanên-cia, trânsito e o exercício de direitos soberanos. Da igual modo, este círculo une pontos decisivos que apoiam os objectivos do círculo exterior.

Os interesses regionais chineses definem o tercei-ro círculo concêntrico, onde a política externa tem por objecto a relação China-ASEAN mesmo considerando os diferentes formatos “plus” e o contexto da zona do Pacífico, como ligação dos continentes Asiático e Ame-ricano. Em concreto, trata-se de assegurar a estabilidade regional, os mecanismos de cooperação e a presença da China no contexto do reequilíbrio da nova centralidade geoestratégica global, numa das zonas economicamente mais activas do mundo.

O círculo concêntrico exterior envolve o núcleo das relações com cinco actores, com potencial para se cons-tituírem alvo do interesse permanente da China: a Fede-ração Russa, a União Europeia, a África do Sul, o Brasil e os Estados Unidos da América. As relações China-Fede-ração Russa têm vindo a assumir um crescendo, em es-pecial, no que respeita ao sector da energia, do comércio e do combate ao terrorismo. Neste último caso, convém lembrar que ambos os Estados são membros da Shanghai Cooperation Organisation. A África do Sul e o Brasil, para além de parceiros da China no contexto dos BRICS e do G20, representam as peças decisivas do xadrez do Atlântico Sul e por consequência dos interesses que se jogam no Golfo da Guiné. As relações China-União Eu-ropeia continuam num crescendo de importância, em áreas tão críticas como o investimento estrangeiro, os mercados, a cooperação no campo da energia nuclear e da protecção do ambiente. Finalmente, o papel geoestra-tégico decisivo da potência Estados Unidos da América e dos seus interesses na região do Pacífico Sul, Japão, In-dochina e Península Coreana, sem esquecer a questão da Coreia do Norte, dita a regras de uma fina, cuidada e permanente atenção das autoridades de Pequim. Como consequência, as políticas do domínio deste círculo con-cêntrico exterior, têm por objecto a “deterrence” da hege-

monia regional de qualquer outro Estado, como forma de procurar obter um equilíbrio na ordem internacional e, como consequência, potenciar as políticas contidas na dimensão do círculo 3. Neste mesmo domínio, o racional de suporte surge naturalmente, como a procura da China do seu lugar no concerto das Nações, muito em particu-lar na região Ásia-Pacífico.

Em síntese, a China está empenhada na busca do seu papel no concerto das Nações, guiada pela sabedoria construída a partir das humilhações sofridas no passa-do, prosseguindo uma política de desenvolvimento pa-cífico, mas determinada não só quanto às necessidades de preservação da paz, mas também de prosseguir, res-ponsavelmente e com assertividade, os seus interesses vitais. Hoje a China adopta, em contínuo, uma política externa com diferentes dimensões, por forma a poten-ciar os objectivos contidos em cada um destes círculos. Também o crescente envolvimento das Forças Armadas Chinesas ao serviço das Nações Unidas é um claro sinal da vontade de contribuir com substância para a estabili-dade internacional, como forma de realização dos seus próprios interesses. Particular destaque deve ser dado à política de responsabilidade adoptada pela China, em relação à desnuclearização da Península Coreana. Final-mente, creio que chegou o momento de assumir a evo-lução natural que faz avançar o conceito de “cooperação” para o de “parceria”, em especial no contexto da região Ásia-Pacífico. Este segundo conceito tem a potencialida-de de transformar as extraordinárias capacidades, com prudência e sabedoria, do nobre gigante vermelho, de modo a aquilatar, que o bem comum da comunidade internacional é, e será sempre, uma parte extremamente importante dos interesses vitais da China.

* Professor Doutor. Docente na Universidade de São Josée no Instituto de Estudos Europeus de Macau.

Escreve habitualmente neste espaço às quartas-feiras.

UM ARTIGOFrancisco José Leandro*

• • • CARTOON • • •

ANGELA MERKEL FRACTUROU ABACIA ENQUANTO PRACTICAVA SKI A BACIA? PROVAVELMENTE

BACIA MEDITERRÂNICA.

JTM/DN

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 JTM | OPINIÃO 17

Dito(...) “O que as autoridades que tutelam o desporto rei devem fazer – além de acabarem de ver com este desgoverno delirante da Associação de Futebol de Macau – é assegurar que o futebol que há, com a escala que há, dignifica a cida-de e aqueles que praticam a modalidade no território. Sem mais ilusões de elites inexistentes” (...)

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

08/01/1994

ADVOGADOS DE MACAU PODEM ESTAGIAR NA CHINAAdvogados do Território, de Hong Kong e de Taiwan, vão ser autoriza-dos a estagiar nos tribunais chine-ses, e após um ano de treino serão considerados aptos para poderem exercer profissão na RPC, segundo uma notícia do jornal “China Dai-ly”. O director do departamento de advocacia do Ministério Chinês de Justiça, Shen Baulu, disse que “de-vido ao seu rápido desenvolvimento económico, a China vai precisar de aumentar o número de advogados”. Afirma-se ainda que a abertura dos tribunais chineses aos causídicos de Macau, Hong Kong e Taiwan, será também extensiva aos advogados estrangeiros a partir de 1995. Ac-tualmente a China possui apenas 70 mil advogados, mas acentua-se que até ao final do século este número de causídicos deve duplicar. Esta notícia, é evidente que mercê um pequeno comentário. Porque embo-ra a “boa vontade” de Pequim rela-tivamente aos advogados de Macau mereça ser sublinhada, a verdade é que não estamos a ver que a gran-de massa de causídicos do Território esteja disposta a trocar patacas por renmimbis. Além disso, considera--se em princípio que “um ano de treino” seja insuficiente para uma adaptação aos processos de trabalho de uma país com leis e normas certa-mente muito diferentes das que por cá funcionam e se praticam.

TÊXTEIS: ACORDO COM EUA ASSINADO AINDA ESTE MÊSO governo admitiu a possibilidade de assinar um novo acordo têxtil com os Estados Unidos até 31 de Janeiro, considerando positivas as declarações da administração norte--americana sobre as relações comer-ciais bilaterais. “Uma delegação norte-americana deverá deslocar-se a Macau nas próximas semanas para concluirmos as negociações e o novo acordo poderá ser assinado até ao fim do mês”, disse à agência Lusa o secretário-adjunto para a Economia e Finanças. Vítor Pessoa sublinhou que as declarações proferidas na quinta-feira, (...) constituíram um reconhecimento público das medi-das do governo ao “transshipment”. Macau foi referido como um exem-plo do passado, mas o responsável norte-americano sublinhou que o governo adoptou medidas efectivas de combate ao “transshipment” e manifestou-se confiante na assinatu-ra de um novo acordo bilateral até ao fim de Janeiro.

Hélder Beja, in “Ponto Final”

Entre os presentes que o Menino Je-sus me deu no Natal houve um, pe-sadote e bem embrulhado que, pelo

volume, me pareceu um livro. Abri-o pois gosto imenso de que me dêem livros e, apesar de quem m’o entregou estar a meu lado, não consegui conter a excla-mação - “Não posso acreditar”! É que se tratava das obras completas (as escritas que, as outras, nunca esqueceremos) de Álvaro Cunhal, subitamente “lavado” e disfarçado em intelectual, herói e quási um mito. Ao que se chegou!

Depois de agradecer a prenda – dada naturalmente, com a melhor das inten-ções – achei que devia explicar-lhe quem Cunhal de facto tinha sido e o que fizera. Ficou espantada pois, na Escola, a pro-fessora tinha dito que fôra quem levara a Portugal a liberdade e a democracia. Ou seja, precisamente o contrário do que fez: o que na realidade tentou foi implantar pela força em Portugal um sistema de partido único de matriz soviética, co-munista, marxista e estalinista. Anos de violência de toda a ordem a que só as 1as eleições livres que puseram termo. Com a sua autorização, fui trocá-lo à Livraria Portuguesa (onde nunca percebi porque continuam à venda) e, em seu lugar, trou-xe um antídoto – o “Portugal, ascensão e queda”, do meu velho companheiro de armas Jaime Nogueira Pinto.

Antes de sair, olhei para as revistas que estavam à venda. Uma delas chamou-me especialmente a atenção – a Sábado (que nem sabia que existia) que tinha na capa uma fotografia do Papa Francisco, a sua figura do ano.

Como notaram alguns comentadores, no ano passado houve dois homens que se agigantaram: Nelson Mandela que, ao longo do seu combate de quási 30 anos, acabou, na África do Sul, com a tirania do apartheid, e Francisco, Servo dos Ser-vos de Deus que, somente em 9 meses

Apóstolos e Combatentes

de pontificado, alcançou o centro dos maiores problemas mundiais. Símbolos das duas vias – a das armas e a do amor – para vencer os ódio que nos opõem. Um combatente e um apóstolo juntos no seu apelo à igualdade e à fraternidade huma-nas.

De Mandela ficaram-me, entre muitas, a sua imagem triunfante ao ser libertado da prisão a abrir as mãos para perdoar aos seus carcereiros. Do Papa, também entre muitas, a duma criança a abraçá-lo pelos joelhos durante uma cerimónia na Praça de São Pedro – “Eu consigo sentir que Deus está a olhar para mim”, a frase que Sábado trouxe à sua primeira página.

Infelizmente, ao contrário do que al-guns noticiários sugerem, foi somente na África do Sul que o apartheid acabou. De formas e em áreas diferentes, continua (embora sem esse nome maldito) a fla-gelar homens indefesos em toda a parte do mundo. A começar pelos chamados “grandes” - Estados Unidos, China e Rússia.

Efectivamente, que é senão apartheid o racismo que continua impunemente a sujar muitos Estados norte-americanos? E, na China, os “campos de reeducação”, que o actual Presidente tenta, aos pou-cos, desmantelar? Ou, na Rússia, os no-vos “gulags” da Sibéria onde o seu novo “Czar” mantém os que se opõem ao seu poder absoluto? Para não falar da Índia e do seu odioso regime de castas, da guer-ra entre palestinos e judeus, interminável porque alimentada pelos grandes fabri-cantes e traficantes de armamento ou,

ainda, da vergonhosa recusa dos países ricos do sul da Europa em abrirem as portas aos refugiados das nações pobres do Norte de África.

Não há nem haverá Mandelas que cheguem para vencer o atraso civilizacio-nal - e o materialismo egoísta - que tais situações revelam. Para isso, para lhes transformar os ódios em amores frater-nos, apenas o Mandamento “Amarás ao próximo como a ti mesmo” pregado por Cristo há 2000 anos e que o Papa vai proclamando em todas as suas palavras e atitudes.

A matéria relativa a Francisco nesta edição da Sábado está ilustrada pelos testemunhos de várias personalidades de diferentes formações. Refiro algumas:

Leonor Beleza, presidente da Fun-dação Champalimaud, afirmou: “Pode questionar-se se os revolucionários (que ela foi…e o Papa também é) vencem ou se abrem caminhos. Neste caso, não sa-bemos. Mas já percebemos que a imagem da criança agarrada às pernas de Fran-cisco vale 2000 anos de História”. Por seu lado, a pintora Joana de Vasconcelos (falando dos sapatos do Papa) comenta: “Esta imagem de uns simples sapatos pretos meio gastos revela o espírito de simplicidade, de humildade e de assun-ção da igualdade que há muito não vía-mos em figuras de tamanha importância e responsabilidade mundial”. Ou de Má-rio Soares, assumidamente laico: “O Papa Francisco é uma das personalidades mais extraordinárias e humanas que o Vatica-no conheceu nos últimos séculos”.

E o Papa? Que diz de si mesmo Jorge Bergoglio? O que disse quando, depois sua eleição, lhe foi perguntado se acei-tava: “Eu sou um pecador para quem o Senhor voltou os olhos”. Não precisava dizer mais nada.

*Docente. Anterior presidentedo Instituto Politécnico de Macau.

TRIBUNALeonídio Paulo Ferreira*

Descubra como as chinesasfazem feliz Sean Connery

Já o baptizaram de “homem mais sexy do século” e também lhe chamam “o melhor dos 007”, mas suspeito de que se há título de que Sean Connery tem orgulho é o de “maior tesouro

escocês”. Para se perceber porquê basta pensar que este é o ho-mem que declarou não querer morrer sem ver a pátria indepen-dente. E que quando aceitou ser feito Sir por Isabel II apareceu de kilt, a saia que os mais machos dos escoceses se orgulham de usar (diz-se que sem nada por baixo, que nisto do nacionalismo vale quase tudo). Há mais de 300 anos que os clãs deixaram de combater os ingleses, apesar de chorarem ainda com filmes como Braveheart. Aceitaram partilhar o monarca, que manterão se no referendo independentista de Setembro vencer o “sim”. E, já ago-ra, acrescente-se que a Escócia soberana quer conservar a libra, que nisto da economia convém arriscar pouco. É que a prospe-ridade a norte da Muralha de Adriano cresceu após a união das coroas, seja porque a Revolução Industrial beneficiou da soma dos inventores ingleses e escoceses (obrigado pelo motor a va-por, Watt), seja porque muita gente deixou as Terras Altas, bus-cando fortuna no Império Britânico. Ora, que tem isto que ver com chinesas, pergunta o leitor? A resposta chega em seis letras: whisky, outro tesouro escocês. E que, ao contrário do petróleo do mar do Norte, não há risco de deixar de correr. Pelo contrário, as estatísticas revelam a duplicação das exportações numa década. E quem são os novos consumidores? Claro, os ricos e quase-ricos dos emergentes, da China ao Brasil. Mas com uma curiosidade: boa parte do boom deve-se às chinesas. James Bond, se tiver lido esta notícia no Times como eu, deve estar de sorriso malicioso,

enquanto bebe um whisky ou o seu mítico martini. Aliás, terá sido num dos filmes com Connery que surgiu na saga a primeira beldade do Império do Meio, uma agente do MI6 em Hong Kong, interpretada por Tsai Chin. Que me corrijam os especialistas em 007, se for o caso. Explica Charles MacLean, o maior perito esco-cês em whisky, que este boom é “reflexo do crescimento da classe média na China, na Índia e na América do Sul. Apesar de as ven-das serem boas no Reino Unido, em muitos dos novos mercados o whisky assume um perfil diferente. É sobretudo bebido por gente mais nova, na casa dos 20, tanto mulheres como homens”. Note-se que as exportações de scotch valem hoje 4,3 mil milhões de libras. E um ministro do governo escocês, eufórico, reivindicou que as exportações explodiram com a chegada do partido nacio-nalista ao poder em Edimburgo em 2007. Que venha o referendo, rápido. Connery, com os seus 83 anos e uma carreira que engloba sucessos pós-Bond como O Nome da Rosa, só pode estar feliz. Até porque as admiradoras, chinesas e não só, costumam dizer que melhorou com os anos. É coisa muito escocesa, diga-se. Um bom scotch ganha com a idade. * JTM/DN

POSTAIS DAS ILHASLuiz Oliveira Dias*

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 201418 JTM | LAZER

Irina Shayk aquece o InvernoIrina Shayk protagoniza novamente a campanha da “Beach Bunny”, tendo posado no Belize com as propostas da marca para o Verão de 2014. A modelo russa entra em alta no novo ano, conseguindo ainda a sua segunda capa na Vogue, ao surgir no número de Janeiro da edição mexicana da revista.

Álbum dos One Direction foi o mais vendido de 2013Apesar de ter sido editado no final de Novembro, o novo álbum dos “One Direction” ainda foi a tempo de ser o mais vendido de 2013 no Reino Unido. “Midnight Memories” vendeu 270 mil cópias só nos três primeiros dias. “Isto perfaz um ano incrível para nós!” Estamos tão entusiasmados por ser o álbum mais vendido no Reino Unido este ano, especialmente com o disco de que estamos tão orgulhosos. Gostaríamos de agradecer a toda a gente que comprou o álbum, significa muito para nós”, comentou Liam Payne, um dos membros da banda.

Kim Kardashian e Kanye West planeiam casamento grandiosoKim Kardashian e Kanye West estão a preparar um grande casamento. O casal, que ficou noivo em Outubro do ano passado, começou há pouco tempo a organizar o casamento, que contará com uma enorme lista de convidados, de acordo com a mãe de Kim, Kris Jenner.

Música de Bruno Mars é a mais pirateadaBruno Mars foi o artista mais pirateado de 2013, à frente de Rihanna e Daft Punk. A música do cantor foi alvo de quase 5,8 milhões de downloads ilegais, seguido de Rihanna com 5,4 milhões de downloads. Segundo a Musicmetric, os Daft Punk sofreram 4,2 milhões de downloads, Justin Timberlake teve 3,9 milhões e Flo Rida ficou em quinto com 3,5 milhões. Os dados da consultora mostram que 70% dos downloads ilegais são dos álbuns inteiros e 30% de singles.

Tori Spelling ignora alegada traição do maridoDepois de ter sido noticiada uma alegada traição do marido, Tori Spelling parece querer manter o casamento e o bom ambiente familiar. Casada há sete anos com Dean McDermott, a actriz partilhou uma fotografia com o marido e dois dos quatro filhos do casal na sua página na internet a desejar uma boa passagem de ano aos seus seguidores. Tori e Dean McDermott são pais de Liam, 6 anos, Stella, 5 anos, Hattie, 2 anos, e Finn, 1 ano.

Denise sonhava em ser professora de línguasFamosa pelos seus grandes seios naturais, a modelo Denise Milani já foi apontada como “a nova rainha do erotismo”, mas confessa que gostaria de ter seguido outra carreira: professora de línguas. E bases não lhe faltavam, pois fala checo (a língua materna), italiano, russo, polaco, alemão e inglês. Após ter emigrado para Los Angeles, onde chegou a trabalhar como fisioterapeuta, Denise começou a carreira de modelo em 2005.

Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 JTM | LAZER 19

O que falta em Macau? por Adelaide Mateus

Macau é cidade única. Mistura de culturas que se mesclaram em vez de se absorverem cor-

re o perigo de desaparecer e se tornar mais uma cidade da Ásia onde a tradição e a história são apagadas para se tornar igual a qualquer outra. Para que isso não aconteça as autoridades competentes têm de olhar para a cidade para além da indústria do jogo. Pro-teger o comércio local da invasão das ourivesarias, lojas de bolos e perfumarias – único comércio que aguenta as

rendas exorbitantes - que fazem as delícias de turistas mas que em nada contribuem para a beleza da cidade. Proteger a arquitectura e urbanização que fazem, em Macau, a diferença. Por exemplo, calçada típica não só junto dos locais mais turísticos, existe a possibilidade de alargar essas características a outros bairros, se não mes-mo a todos. Diversificar os locais turísticos de maneira a que os residentes se possam deslocar de um lado para o outro sem serem “atropelados”. Culturalmente, Macau continua a ter alguma oferta que não é devidamente di-

vulgada. Tirando grandes eventos, alguns acontecimen-tos culturais passam despercebidos à maioria da popu-lação. Falta mais um grande hospital para dar melhor assistência de saúde. Mais técnicos, médicos e enfermei-ros, para que Macau seja exemplo para a Região. E acima de tudo prevenção nas doenças respiratórias que são característica desta zona. As autoridades competentes deviam colocar no topo das suas prioridades a luta con-tra a poluição que, cada vez mais, se torna um problema com difícil solução.

Gente Gira Coordenação:Pedro André Santos

Envie as suas fotos para: [email protected]

Passagem de ano

em Zhuhai

Muitos residentes de Macau aproveitaram

a pausa do fim-de-ano para sair

do território. Esse também foi o caso de

Alcina Oliveira que foi com a família e

amigos para Zhuhai, onde tirou esta

fotografia.

Boas vindas a 2014

na TailândiaMarta Baptista Marques

tirou esta fotografia em Mai Kao Beach, na cidade tailandesa de

Phuket, no último dia do ano. Segundo contou

ao GENTE GIRA, a festa de passagem de ano começou com uma

pequena feira de jogos no hotel.

Jantarde Natal do TacosMarisol Arroz da Silva partilhou esta foto nas redes sociais para assinalar o jantar anual do restaurante Tacos. Segundo contou ao GENTE GIRA, o jantar serviu para juntar amigos e

colaboradores do restaurante.

20 JTM | ÚLTIMA Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014 • Fecho da Edição • 00:00 horas

Todos sabemos como as estatísticas são manipuláveis, mas há limite.

No caso mais recente, lendo-se as crí-ticas do deputado Chan Meng Kam so-bre o tempo que demora a autorização para abrir um estabelecimento de comi-das e a resposta do Instituto para os As-suntos Civis e Municipais, fica-se sem se perceber quanto tempo demora, afinal, a autorização.

É certo que a pergunta do deputado já de si era confusa. À boa maneira dos de-putados locais, em vez de apresentar da-dos factuais, limitava-se a expressar dú-vidas sobre se o IACM cumpria, ou não, o prazo de 60 dias a que está obrigado.

A resposta do IACM, porém, também não clarifica o assunto de vez. A média de 44 dias que foi encontrada como res-posta, não significa que nalguns casos o prazo de 60 dias não tenha sido desres-peitado, que é, no fundo, a crítica do de-putado.

Em face disto, o mais provável, é os números do IACM voltarem a ser con-testados por aquele ou outro deputado, o que dá uma ideia de como o pessoal se vai entretendo na vida pública local...

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

Jogosde números

Carlos Sousa desclassificado do rali DakarO piloto português Carlos Sousa foi desclassificado do rali todo-o-terreno Dakar, depois de ter falhado vários pontos de passagem na segunda etapa. Depois de ter vencido a primeira etapa, Carlos Sousa demorou na segunda-feira cerca de 14:30 horas para cumprir a especial, acabando por ser excluído pela organização. Carlos Sousa partiu na liderança para os 799 quilómetros da segunda etapa, dos quais 433 cronometrados, entre as localidades argentinas de San Luis e San Rafael, mas acabou por ficar parado ao quilómetro 33 depois de o turbo do seu Haval se ter partido. De acordo com a sua assessoria de imprensa, Carlos Sousa falhou 10 pontos de passagem obrigatória ao longo da tirada, e depois de percorrer grande parte do percurso a velocidades reduzidas (40 a 80 km/hora), apenas chegou ao acampamento quase 15 horas depois.

Ondas gigantes podem voltar à costa portuguesaA agitação marítima pode voltar a Portugal dentro de sete dias ao continente, devido à formação de vários sistemas frontais ao largo do Canadá, disse o comandante Santos Mar-tinho, do Instituto Hidrográfico. Em declara-ções à agência Lusa, Santos Martinho adian-tou que se prevê a diminuição da agitação marítima nos próximos dias, mas a situação pode repetir-se devido à formação de um sis-tema frontal ao largo do Canadá. “O sistema ainda se encontra sobre a margem continen-tal do Canadá e Estados Unidos mas deve depois deslocar-se para leste”, explicou, adiantando que dentro de sete dias pode ou não haver uma situação parecida, consoante as condições que “apanhar pelo caminho”. A agitação marítima provocou na segunda--feira vários estragos em praias do país. San-tos Martinho revelou ainda que “nas nossas boias de Leixões e Sines registamos alturas máximas da ordem dos 13,5 e 14,9 metros o que corresponde a um valor perto do máxi-mo alguma vez registado”, salientando que o Instituto ainda está a recolher informações que validem estes dados.

Mulher de Schumacher pede paz para família e médicosA mulher do ex-campeão alemão de Fórmula 1 Michael Schumacher, entre a vida e a morte desde um acidente de ski nos Alpes franceses a 29 de Dezembro, pediu aos jornalistas para deixarem a família e os médicos em paz. “É importan-te para mim que deixemos os médicos e o hospital trabalhar em paz. Por favor, deixem também a nossa família tranquila”, escreveu Corinna Schumacher num comunicado que foi enviado às redações, citado pela AFP. “Tenham confiança nas declarações dos médicos e deixem a clínica”, insiste. “Por favor, apoiem--nos no nosso combate comum por Michael”, acrescentou. O estado de saúde de Michael Schumacher, em coma desde o acidente em Méribel, sofreu uma “ligei-ra melhoria”, indicou na segunda-feira um próximo do sete vezes campeão do mundo de F1. A clínica onde o ex-piloto está internado, em Grenoble, tornou-se num circo mediático. Um jornalista terá mesmo usado um disfarce de padre para tentar entrar no quarto de Schumacher.

Intoxicação alimentar no Japão afecta mais de 300Mais de 300 pessoas em todo o Japão adoeceram depois de terem comido produtos congelados contaminados com pestici-das, noticiou ontem a imprensa local. Os consumidores reportaram terem vomitado e sofrido de diarreia e outros sintomas de intoxicação alimentar depois de terem ingerido comida produzida numa fábrica de Gunma, a norte de Tóquio, de acor-do com os relatos da imprensa. A fábrica, dirigida por uma subsidiária da maior empresa de marisco japonesa (Maruha Nichiro Holdings), surge envolvida no mais recente escândalo de contaminação alimentar. A polícia japonesa lançou uma investigação sobre a empresa depois de ter sido revelado, no mês passado, que alguns dos seus produtos alimentares con-gelados estavam contaminados com um produto químico frequentemente usado nos campos de milho e de arroz. De acor-do com a imprensa japonesa, a polícia suspeita que o pesticida tenha sido misturado com os produtos na fábrica alimentar, incluindo pizzas e lasanhas.

Morreu Run Run Shaw, o mentor dos filmes de kung fuO magnata e filantropista Run Run Shaw, uma das grandes figuras da indús-tria cinematográfica da Ásia, morreu na madrugada de ontem, aos 107 anos em Hong Kong, informou a estação local TVB, propriedade do empresário. Run Run Shaw fundou juntamente com um dos seus irmãos a empresa Shaw Bro-thers Studios - establecida em 1958 -, com a qual produziu mais de mil películas e conseguiu internacionalizar o kung fu através do cinema. Apenas lhe escapou Bruce Lee, cujo filmes foram produzidos por Raymond Chow, seu antigo em-pregado. Entre os filmes mais conhecidos que saíram dos Shaw Brothers Studios estão “ Come Drink With Me” (1962) e “ One-Armed Swordsman” (1967). Mais recentemente, Run Run Shaw foi um dos produtores do filme “Blade Runner” (1982) do britânico Ridley Scott. O empresário, nascido em Ningpo (a antiga Liampó onde se fixaram os portugueses) Xangai em 1907, numa abastada família de empresários têxteis, começou por abrir salas de cinema em países como Singapura e Malásia, até que decidiu mudar-se para Hong Kong e fundar a sua própria empresa nos anos 50.Shaw foi condecorado pela rainha Isabel II em 1974. De acordo com fontes locais, o funeral será pri-vado, havendo um memorial fúnebre em data a anunciar oportunamente.

Formosino que não sabe nadarsobreviveu no mar durante 60 horasUm cidadão formosino sobreviveu após ficar 60 horas à deriva no mar em Taiwan, mesmo sem saber nadar, noticiou a agência AFP. Tseng Lien-fa, de 42 anos, estava a recolher enguias numa praia de Hualien, na manhã de sexta-feira, quando foi arras-tado por uma onda inesperada. Segundo a imprensa de Taiwan, Lien-fa conseguiu agarrar-se à tampa de um caixão de madeira que flutuava no mar e que impediu que se afogasse até ser resgatado, na manhã de domingo. O homem estava desidratado e sofreu ferimentos nos braços devido ao longo tempo que passou submerso. “Tendo em conta que não comeu nem bebeu nada enquanto ficou a boiar no mar, durante 60 horas, e ainda assim permaneceu consciente, foi um milagre”, afirmou o médico que assistiu Lien-fa.

SJM e Sands fecharam Dezembro em “empate técnico” · 2017-03-28 · tas da SJM atingiram em...

Documents

Transcript of SJM e Sands fecharam Dezembro em “empate técnico” · 2017-03-28 · tas da SJM atingiram em...