SITUAÇÃO DO MERCADO DE ALHO 2014 -...

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SITUAÇÃO DO MERCADO DE ALHO 2014 VENDA PROIBIDA NÚMERO 20 AGOSTO 2014 Ensino da Olericultura VISÃO DO EMpREgADOR Viagem Técnica CALIfóRnIA – EUA Práticas adotadas por COOpERATIVAS DE ALHO Plano Agrícola pECUáRIO 2014-2015 Artigos técnicos ALHO E CEbOLA Importações de Alho nO bRASIL

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SITUAÇÃO DO MERCADO DE ALHO 2014

Venda Proibidanúmero 20agosto 2014

Ensino da OlericulturaVISÃO DO EMpREgADOR

Viagem Técnica

CALIfóRnIA – EUA

Práticas adotadas por

COOpERATIVAS DE ALHO

Plano Agrícola

pECUáRIO 2014-2015

Artigos técnicos

ALHO E CEbOLA

Importações de Alho

nO bRASIL

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Caros leitores e associados da Anapa,

Apresentamos com muita satisfação mais uma edição da Revista Nosso Alho elaborada pela equipe da Anapa em colaboração com outras entidades e ins‑tituições parceiras.

Nossa Revista tem como objetivo principal levar in‑formações aos associados e leitores de modo geral sobre te‑mas de relevante importância sobre a cultura do alho. Ela é um elo de ligação entre a Associação, produtores, parceiros e demais integrantes da cadeia produtiva do alho.

Aproveitamos a oportunidade para reiterar nosso compromisso e luta incansável na defesa da produção na‑cional do alho a fim de garantir renda aos produtores e a sustentabilidade do setor alheiro do país.

Nesse sentido estamos constantemente em contato com os órgãos competentes do Governo Federal para bus‑car políticas públicas de incentivo e proteção da produção nacional do alho.

Agradecemos a indispensável colaboração de todos associados e parceiros da Anapa. Esperamos continuar contando com a participação e colaboração de todos.

Por fim, reiteramos nosso compromisso de continu‑ar cumprindo com nossa missão para bem representar e defender incondicionalmente a produção nacional.

Boa leitura a todos!

Presidente Olir Schiavenin Presidente de Honra Marco Antônio Lucini Jurídico Jean Gustavo Moisés e Clóvis Volpe Tesoureiro Darci Martarello Secretário Executivo Eduardo Sekita Gerente Cristina Neiva

Colaboradores: Ana Rita Lopes Farias Freddo, Anderson Luiz Feltrim, Anita de Souza Dias Gutierrez, Daniel Iurman, Fabio Torquato, Julián Pérez Pizarro, Lucyanna Kalluf, Marco Antônio Lucini, Nuno Rodrigo Madeira, Puri Castillo, Rafael Jorge Corsino, Valter Rodrigues Oliveira.

Arte e Diagramação Rodrigo Rocha Rodrigues

Edição Cristina Barbosa Neiva

Nosso Alho é uma publicação da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) com uma tiragem de 5.000 exemplares. As conclusões dos artigos técnicos e as opiniões são de responsabilidade de seus autores.

Olir SchiaveninPresidente da ANAPA

Escritório da Anapa SRTVS 701, bloco O, salas 291/292 Ed. Multiempresarial – Brasília/DF. CEP 70.340-000 Telefone: (61) 3321-0821 [email protected]

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04 Curtas

NOTÍCIAS

Plano Agrícola e Pecuário 2014-2015 22Pleitos da Anapa junto aos Órgãos Governamentais 27

MERCADO DO ALHO

Conjuntura do Alho 28Importações de Alho no Brasil 31Situação do Mercado de Alho na China 35

ARTIGOS

Ensino da Olericultura - Visão do empregador 44Pesquisas da EPAGRI buscam estabelecer novas tecnologias de produção na cultura do alho em Santa Catarina 48

Aspectos do mercado de cebola argentino 51A produção de alho na FAOSTAT 60Estande em Cebola: fator fundamental para o sucesso do empreendimento 63Cooperativa agrícola na Espanha – Coopamán 68Você sabia que 72

28Mercado do Alho

44Artigos

13 Viagem

Técnica a Califórnia

– EUA

22 Notícias

Sumário

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Presidente da ANAPA e produtores de Alho do RS visitam Brasília e também fazendas na região de Cristalina-GO

No dia 06 de maio, uma comitiva de produtores de alho esteve em audiência com o Minis-tro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto para entregar reivindicações do setor.

O grupo de produtores aproveitou a estadia em Brasília também para conhecer a CEASA/DF (Central de Abastecimento do Distrito Federal) e realizar visita técnica na região de Cristalina – GO, com o objetivo de buscar novos conhecimentos sobre o cultivo do alho naquela região.

A comitiva contou com a participação do Presidente da ANAPA – Olir Schiavenin junta-mente com a Gerente Executiva da ANAPA Cristina Neiva, o grupo de produtores de Alho da cidade de Flores da Cunha-RS e Nova Pádua-RS e também o secretário de Agricultura e Abastecimento do Município, Jones Piroli.

Curtas

Agrícola WehrmannFazenda Alvorada

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SENACE - Seminário Nacional da Cebola, organizado pela ANAPA e Embrapa Hortaliças

A Associação Nacional da Cebola - ANACE solicitou por intermédio do Sr. Rafael Corsino que Brasília sediasse o 26º Seminário Nacional de Cebola juntamente com o 17º Seminário de Cebola do Mercosul.

Com dificuldades em função do exíguo prazo e de 2014 ser ano de Copa em Brasília, a Associa-ção Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA em conjunto com a Embrapa Hortaliças não mediram esforços e se uniram para organizar esse que seria o principal evento de cebolicultura do Brasil e Mercosul. Com bastante êxito o evento reuniu mais de 400 pessoas interessadas no desenvolvimen-to da cadeia produtiva de cebola, trocando informações, experiências tecnológicas e de mercado, divulgando e difundindo o conhecimento adquirido no setor. Tivemos várias parcerias, dentre elas, o Ministério da Agricultura e Pecuária - Secretaria de desenvolvimento Agropecuária e Cooperativismo, EMATER, EPAGRI, UFERSA, EMBRAPA, Cooperbatata, ABBA, INTA, INIA.

O objetivo dos seminários foi discutir os principais problemas de produção e comercialização de cebola e fazer a previsão de safra e o escalonamento mensal da oferta do produto para 2014, assim como promover o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural de produtores rurais e técnicos da assistência técnica e extensão rural, além de outros profissionais ligados à atividade no Brasil e no Mercosul.

Para acesso as Palestras Técnicas: http://www.infobibos.com/senace/palestras/

Algumas fotos do evento:

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Palestrante: Rafael Corsino (Anapa). Organização de produtores: O caso da Anapa

Pedro e Elaine (Infobibos)Organização de Eventos Técnicos, Cristina Neiva (ANAPA) Colaboradores da Embrapa Hortaliças

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Audiência na Receita Federal do Rio de Janeiro

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No dia 20 de maio, o Presidente da Anapa - Associação Nacional dos Produto-res de Alho, Olir Schiavenin, juntamente com o Diretor jurídico da Anapa Jean Gustavo, e também o deputado federal Jerônimo Goer-gen (PP-RS) participaram de uma reunião na Receita Federal do Rio de Janeiro. Foi infor-mado aos responsáveis da Receita Federal que a ANAPA recebe denúncias e o objetivo da reunião foi de solicitar providências daque-le órgão em relação a importadores de alho que estão desembaraçando o alho a um pre-ço muito inferior ao devido e com isso ofer-

tam alho no mercado a preços bem abaixo da média, pois não devem arcar com todos os encargos, prejudicando nossos produtores. A audiência foi muito positiva e os responsá-veis se comprometeram em imediatamente apurar as denúncias.

Em ofício encaminhado ao gabinete do parlamentar dias depois da reunião, a Recei-ta Federal demonstrou estar atenta e pronta para atuar quando identificar mecanismos ilegais de internação do alho importado. Essa é mais uma ação da ANAPA em defesa dos produtores de alho.

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Apoio aos Parlamentares

Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Deputado Federal Valdir Colatto, estiveram reunidos com o Vice-presidente da República, Michel Temer, para abordar diversos temas que tangem a horticultura brasileira

Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB-SC)

O 1º turno das eleições no Brasil irá ocorrer no dia 5 de outubro e o 2º turno no dia 26 de outubro de 2014.

O pleito vai eleger o presidente da Repúbli-ca, deputados federais, senadores, governa-dores, deputados estaduais e os deputados do Distrito Federal.

O produtor rural sabe da importância de votar naqueles que brigam e lutam pela classe. A ANA-PA recebe apoio de alguns políticos que sempre estão prontos para atender nossos pedidos, seja na forma de reivindicações, seja na forma de pro-jetos, ou de recursos financeiros para pesquisas através de emendas parlamentares ou mesmo articulando no Congresso Nacional, apoiando a marcação de audiências com ministros, chefes de estado, órgãos do governo federal.

Temos participado também da Frente Parla-mentar da Agropecuária- FPA, de composição pluripartidária que reúne mais de 200 parlamenta-res. A bancada tem sido um exemplo de grupo de interesse e de pressão bem sucedido. É conside-rada a mais influente nas discussões, articulações e negociações de políticas públicas no âmbito do Poder Legislativo.

Portanto gostaríamos de agradecer o apoio daqueles que no decorrer dos anos nos apoiaram e ainda tem nos ajudado nessa luta incansável na defesa do produtor brasileiro. Sabemos da neces-sidade de eleger pessoas que tem compromisso com a classe produtora. Dentre vários, destaca-mos alguns deles:

Deputado Federal Jerônimo Goergen que marcou a audiência e se reuniu com técnicos da Receita Federal e dirigentes da Anapa no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o parlamentar relatou a preocupação do setor com a en-trada indiscriminada do alho chinês em território nacional.O trabalho do Deputado foi essencial para tanto, bem como sua presença foi muito importante para as disponibilidades da RF. O Superintendente do Coana do RJ nos recebeu disposto a ajudar. Foi dado mais um passo no trabalho que fazemos de proteção do mercado. Agora conseguimos aces-so direto e próximo a Receita Federal.

Deputado Federal Jerônimo Goergen (PP-RS)

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Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Deputado Federal Vitor Paulo, em audiên-cia com a então Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti defen-dendo a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para embalagens de papelão e sacos de polipropileno, aque-les utilizados por produtores agrícolas para armazenamento de legumes e verduras

Deputado Federal Vitor Paulo (PRB-DF)

Tadeu Filippelli - PMDB-DF Vice-governador do Distrito Federal e Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA

Paulo Piau - Deputado Federal MG- PMDB e atualmente Prefeito de Uberaba-MG.

Deputados Onofre Agostini e Jô Mora-es que repassaram verbas por meio de emendas para Embrapa Hortaliças des-tinados ao projeto Fortalecimento da Cultura do Alho e Apoio à Produção de Alho-Semente Livre de Vírus.

Deputados Onofre Agostini (PSD-SC) e Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG)

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Deputado Federal Afonso Hamm (PP-RS) em seu gabinete com Olir

Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA

Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) com Rafael Corsino e Cristina Neiva - ANAPA

Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Dep Federal Marcos Montes (PSD- MG)

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Ministros recebem dirigentes da ANAPA em seus gabinetes para audiên-cias de apoio a permanência do Alho na LETEC. Eles fazem parte do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), órgão do Conselho de Governo da Presidência da Repúbli-ca que define e delibera, dentre outras atribuições, a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum - LETEC.

Ministro do Desenvolvimento Agrário - Miguel Rossetto e Ministro da Agricultura e Pecuária- Neri

Geller com Olir Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA

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Cerimônia da Posse da nova Diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA

A nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecu-ária (FPA) tomou posse no dia 20 de Maio em Brasília. O grupo, constituído por senadores e deputados fede-rais, tem o objetivo de acompanhar as políticas públicas e mecanismos de fomento para a agropecuária brasileira.

Em discurso, o novo presidente, deputado Luis Car-los Heinze, destacou a importância da Frente para o de-senvolvimento do setor. “A frente é uma associação que trabalha em defesa de uma igualdade de direitos para os produtores e demais envolvidos nessa área. Buscamos sempre defender esse setor que tem sido umas das prin-cipais bases da economia do Brasil”.

1-Presidente da FPA- Deputado Luis Carlos Heinze, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento- Neri Geller, Presidente Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves e Presidente da CNA - Senadora Katia Abreu

2-Ministros da Agricultura - Neri Geller, e Esporte- Aldo Rebelo e Deputados

3-Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino com o Ministro da Agricultura

4- Ministro da Agricultura, Pecuária - Neri Geller e Cristina Neiva - ANAPA

5-Secretário de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo

Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino com os Deputados Valdir Colatto (PMDB - SC) e Luis Carlos Heinze (PP – RS) (6); Dep Jerônimo Goergen (PP-RS) (7); e Dep.Nelson Marquezelli (PTB – SP) (8).

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O Presidente da Associação Nacio-nal dos Produtores de Alho - ANAPA, Olir Schiavenin esteve em Brasília no dia 06/08 e se reuniu com o ex presidente da ANA-PA Rafael Corsino, a Gerente Executiva da ANAPA – Cristina Neiva, a fim de discutir e elaborar um planejamento, ações para ANAPA e atuação junto aos representantes governamentais nas questões de interesse do produtor rural, entre outros assuntos.

Foi discutido também sobre a organi-zação do XXVII Encontro Nacional dos Produtores de Alho que será realizado em Campestre da Serra-RS no final de Ou-tubro/2014. Posteriormente será divulgado os detalhes desse 26º Encontro com toda a programação.

1-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e Secretário de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo

2-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e Presidente da CONTAG – Alberto Broch

3- Solenidade na Câmara Deputados: Cristina Neiva, Olir Schiavenin – ANAPA, Alberto Broch - Presidente da CONTAG

Curtas Curtas

Participou de reunião no Ministério Agri-cultura Pecuária e Abastecimento - Se-cretaria Executiva da Câmara Setorial da Cadeia produtiva.

Na ocasião foi recebido no gabine-

te do novo Secretário de Política Agrícola Seneri Paludo.

Esteve presente também na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG, a convite do Presidente Alberto Broch e falou sobre a importância da Associação e dos trabalhos que vem sendo desenvolvidos frente à Presidência da ANAPA

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Viagem Técnica aos Estados Unidos

Grupo de Produtores e técnicos de Alho juntamen‑te com a ANAPA visitaram no mês de Julho ao Gil‑roy Garlic Festival, evento gastronômico patrocinado pelo maior produtor de alho dos Estados Unidos.

O objetivo da viagem, além de conhecer esse festi‑val foi também de oferecer aos produtores brasileiros a oportunidade de desenvolver conhecimentos sobre as práticas de atuação relacionadas ao processo produ‑tivo do alho e outras culturas nos Estados Unidos, na região da Califórnia, incluindo as mais modernas prá‑ticas e tecnologias relacionadas à Agricultura, como a colheita mecanizada do alho. Ao final das visitas téc‑nicas o grupo viajou para a cidade de Las Vegas.

Viagem Técnica

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Relatório da Viagem – EUADias 26 de Julho a 02 de Agosto de 2014.

O objetivo da viagem técnica foi conhecer as empresas de produção de hortaliças da região da Califórnia, considerada uma das mais importan‑tes dos Estados Unidos, como Alface, incluindo di‑versos tipos como Americana, Alface tipo manteiga, Romana, além das últimas novidades como “Baby Leaf”. Também visitamos produção de brócolis, ce‑noura, cebola, alho, morango, framboesa, tomate e amêndoas. A idéia era visitar essa região por ser uma das mais importantes do ponto de vista tecnológico na produção de hortaliças, pois as áreas de produção neste estado são altamente significativas e são res‑ponsáveis em abastecer o país, em quase 80 a 90% das hortaliças consumidas.

Outro objetivo da viagem foi conhecer o 36º Fes‑tival de Alho de Gilroy (Gilroy Garlic Festival), que contou com a presença de mais de 100 mil pessoas esse ano. Esse festival é famoso pois Gilroy tem o apelido de a “capital mundial do alho,” e a cidade abriga o maior produtor de alho dos Estados Unidos, a empresa Christopher Ranch. Trata‑se de um fes‑tival gastronômico e sua área não é muito extensa. O que é realmente interessante de se ver é a forma de organização e como é feito esse “marketing” da cidade baseado em um produto local. Além disso experimentar as diversas opções de comidas com alho e provar o famoso sorvete de alho.

Algo que chamou a atenção de todos foi a escassez de água na região. A Califórnia passa por uma das piores secas de sua história. Sem chuva e com pouca neve, os reservatórios ficaram praticamente vazios. Lá, o governador assumiu publicamente que a seca é muito grave e que, se não houver economia, pode faltar água. Este é o terceiro ano seguido de seca na Califórnia e, em janeiro, em pleno inverno ameri‑cano, o governo declarou estado de emergência e pediu que os moradores reduzissem o uso de água em 20%.

A preocupação em relação à preserva‑ção do  ambiente, do solo, da água é de todos os produtores. Caso haja má gestão da água, o futuro de Califórnia está decretado e para tanto a gestão da água é feito de uma forma muito responsável, além de evitar desperdícios e sempre mantendo a viabi‑lidade econômica das operações agrícolas, sempre buscando tecnologias em manejo cultural (rotação, culturas de cobertura, consórcio e compostagem) e fitossanitário (manejo integrado de pragas), para isso o treinamento técnico é contínuo.

Em algumas fazendas visitadas o manejo da água é feita com fitas gotejadoras enterradas a profundi‑dades de acordo com o sistema radicular de cada cultura, seja tomate indústria, alho. Na irrigação das folhosas são utilizadas mini aspersores logo após a semeadura direta e depois da emergência utilizam as fitas gotejadoras.

A primeira visita foi na Fazenda Merrill Farms (www.merrillfarms.com). A empresa é uma gran‑de produtora tradicional de hortaliças desde 1933, incluindo diversos tipos de alface (alface americana

“Iceberg”, romana e manteiga), couve‑flor, brócolis, cenoura, aipo (salsão) e cebolas. Além disso, são pro‑dutores de frutas, como morango e framboesa.

“A  Missão da empresa é buscar ativamente o cresci-mento da empresa e manter as práticas de boa reputa-ção e abraçar novas tecnologias, a fim de fornecer pro-dutos da mais alta qualidade” e a Visão da empresa é “Manter práticas agrícolas sustentáveis, fornecendo produtos superior, aos clientes”.

Ocupa uma área de mais ou menos 2.450ha (6.000 acres). Nesta pudemos ver a equipe colhen‑do morango manualmente, pesando e embalando as mesmas em caixas e esta sendo transportada dire‑tamente para o caminhão para o centro consumidor, que normalmente chega em 24 horas.

A segunda visita foi na empresa Taylor Farms (www.taylorfarms.com), um dos maiores processa‑dores de hortaliças dos Estados Unidos, tanto de alfa‑ce americana, romana e manteiga, repolho, baby leaf coloridas de várias espécies. Diariamente  saem 36 caminhões de 20 toneladas por dia para Colorado, Texas, Baltimore, Maryland, Tenesse, Florida Yuma (Arizona), New  Jersey, Chicago, entre outras cida‑

Viagem Técnica

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des, ou seja em todo o país. Fazem mix de folhas podendo ser em bolsas pequenas, bandejas, ou bol‑sas maiores para cozinha industrial ou restaurantes. Investem bastante em tipos de embalagens, sempre bem coloridas, para atrair todo tipo de público. Essa empresa processa aproximadamente a produção de 450 ha de hortaliças por semana.

Seguimos para a cidade de Paso Robles. A  pri‑meira visita do dia foi a Fazenda Terra Linda Farms, grande produtor de cebola, tomate  e outros produtos. Nesta visita vimos a colheita da cebola e do tomate. Em seguida, visitamos a Fazenda Borba Farms, localizada na cidade de Huron e fomos rece‑bidos pelo proprietário, Sr. Mark Borba. Essa fazen‑da produz: alho: Allium sativum, para consumo “in natura” e Allium ampeloprasum L. visando indústria, além da cebola, alface, tomate indústria, e amêndo‑as e algumas outras frutas. A irrigação é feita total‑mente por tubos gotejadores, e enterradas, variando a profundidade conforme a cultura. No caso do to‑mate indústria utiliza‑se aproximadamente 50 cm de profundidade. No caso do alho, 30 cm. Dessa forma não há problemas de preparo do solo para os plantios seqüenciais.

No dia seguinte já estávamos na cidade de  Bakersfield. Visitamos a Fazenda The Garlic Company (www.thegarliccompany.com), um dos maiores produtores de alho dos Estados Unidos. Nesta visita, vimos a colheita mecanizada do alho. Em seguida, visitamos a Empresa Grimmway Farms (www.grimmway.com), grande produtor e processa‑dor de cenoura.

No penúltimo dia seguimos para Las Vegas, localizada no estado de Nevada, no meio do deser‑to aonde fizemos um city tour noturno. A princi‑pal avenida – The Strip reúne as principais atrações da cidade, aonde ficam os mais famosos hotéis, e a dica de passeio é conhecer cada hotel no seu interior, pois cada um possui um tema específico e um show a parte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que se pôde observar no decorrer das visitas foi a questão da produção sempre com a questão da Sustentabilidade, preservação do meio  ambiente, impacto ambiental, não contaminação do solo, uso de água com responsabilidade, utilização de mane‑jos como manejo integrado de pragas. Doenças é muito raro, uma vez que a região é bastante árida apresentando uma precipitação de 20 a 30mm ao ano. Sempre preservando a qualidade de vida dos colaboradores, dos consumidores, oferecendo qua‑lidade dos produtos.

Outro fator importante também é a questão de prioridade que os Estados Unidos tem em relação à produção de alimentos. Quando se trata de produ‑ção de alimentos, os empresários tem total liberdade de ação para manejar o solo, água, desde que respei‑te o meio ambiente. O governo não proíbe em nada a forma de exploração.

A viagem técnica teve saldo positivo, além de ad‑quirirmos mais conhecimento podemos observar o quanto a produção de hortaliças nos Estados Uni‑dos é feita de uma forma altamente tecnológica e passível de podermos adaptar para as nossas condi‑ções, uma vez que o Brasil deverá ser um dos países responsáveis para alimentar até o ano 2050, uma po‑pulação prevista de 9 bilhões de pessoas no  mundo.

Cristina Barbosa NeivaGerente Executiva da ANAPA

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Fotos do Festival

de Alho:

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Visitas Técnicas

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Viagem Técnica

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Viagem Técnica

City tour em São Francisco e Las Vegas:

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Viagem Técnica

Os desafios do agronegócio sempre foram muitos, desde assuntos do cam‑po até a comercialização. Na maioria das vezes, era preciso buscar informa‑ções com os vizinhos, nas universida‑des, nas principais feiras do setor no país. Hoje, as barreiras entre os países foram derrubadas. O mundo se abriu e a troca de informações passou a ser um fator crucial principalmente para os negócios. Viajar virou sinônimo de aprender, e ficou mais fácil para todos!

Nas últimas décadas, tornou‑se cada vez mais fácil viajar para outros países, não só pela grande oferta de serviços de turismo mas também pela facilidade de se obter informações por meio da internet. Com isso, está acessível a todos a possibilidade de conhe‑cer novas  realidades. Este é, com certeza, um dos aspectos mais enriquecedores que uma viagem pode proporcionar. Viajando a negócios ou a turismo, você deixa de lado seu dia‑a‑dia para vivenciar uma outra realidade, onde as coisas são feitas de outra maneira, as paisagens, os sabores, tudo é diferente! Isso gera uma transformação positiva que às vezes não percebemos, mas expande nossos horizontes e mudam nossa percepção com relação às coisas mais simples de nosso cotidiano.

No caso do agronegócio não é diferente! Visitan‑do outras realidades pode‑se também conhecer téc‑nicas diferentes das utilizadas no Brasil. Cada região do planeta está sob condições específicas de clima, geografia, desenvolvimento humano e tecnológico. Isso representa uma grande variedade de práticas para executar as mesmas tarefas. Desse contato, sur‑gem novas possibilidades de expansão do conheci‑mento que podem ajudar a melhorar as práticas uti‑lizadas no seu dia‑a‑dia. Além disso, compartilhar as melhores práticas com outros profissionais do agronegócio em outras regiões, é muito importante

Viagens Técnicas Internacionais

para buscar sempre a excelência, já que saber como outros estão enfrentando o mesmo problema que você tem, amplia suas possibilidades na busca de soluções e alternativas para enfrentar seus desafios.

Outro aspecto importante de viajar são as redes de relacionamento. Construir relacionamentos profis‑sionais irá ajudá‑lo em vários sentidos. Seja em uma feira de negócios que terá contato com um grande número de fornecedores, visitando centros de pes‑quisa para conhecer novos estudos ou conhecendo outros produtores e suas fazendas. É através destas redes de relacionamentos que a troca de ideias, co‑municação, construção de parcerias e também habi‑lidades e informações podem facilitar o crescimento e o desenvolvimento de seu negócio.

Mas como chegar lá? Existem aqueles que gostam de se aventurar e ir por conta própria para outros países em busca de informações, o que é bom. No entanto, hoje existem empresas especializadas em organizar viagens técnicas para o agronegócio. E não organizam apenas os aspectos comuns das via‑gens, como reservas de passagens aéreas e hotéis, mas vão muito além. No caso da AgroTravel, estu‑dos de mercado e prospecção internacional estão envolvidas na criação dos roteiros, que são todos montados de acordo com os interesses de grupo em questão. Isso dá maior segurança para aqueles que viajam, pois certamente irão visitar os locais certos e encontrar as pessoas certas, e melhor, acompanha‑dos por guias experientes.

O idioma não é uma barreira e você não está sozi‑nho. É hora de fazer as malas e viajar!

Fabio Torquato Diretor da AgroTravel, empresa especializada na organização de viagens técnicas para o agronegócio. (www.agrotravel.com.br)

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Os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que começou no dia 1º de julho deste ano e vai até 30 de junho de 2015, baseiam‑se no apoio estra‑tégico aos médios produtores, à inovação tecnológica, ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à pecuária de corte, além de ajustes no seguro rural.

Ao todo, serão disponibilizados R$ 156,1 bi‑lhões – alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões da safra 2013/14 –, dos quais R$ 112 bilhões são para financia‑mentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões para os programas de investimento. O PAP foi lança‑do pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, no dia 19 de maio de 2014 em Brasília‑DF.

“Quero destacar primeiro algumas reivindicações do setor atendidas nesta proposta. Conseguimos pos‑tergar para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da contratação do seguro rural nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores. Além disso, o limite de financiamento para a comercialização de sementes passa a ser de R$ 25 milhões por benefi‑ciário, tendo como referência o preço de mercado”, disse Geller, acrescentando que foram contratados entre julho do ano passado e abril de 2014 mais de R$ 127 bilhões pelo PAP atual.

Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 disponibiliza mais

de R$ 156 bilhões

Notícias

AnApA foi convidada pelo Ministro da

Agricultura, pecuária e Abastecimento, neri geller, para Cerimônia

de Lançamento do plano Agrícola e

pecuário 2014/2015 que aconteceu no dia 19 de

Maio, no salão nobre do palácio do planalto

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 23

Notícias

LINhAS pRINCIpAIS

Pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), estão programados R$ 16,7 bilhões para as modalidades de custeio, comercialização e investimento. O valor é 26,5% superior aos R$ 13,2 bilhões previstos na safra 2013/14. Os  li‑mites de empréstimo para custeio passaram de R$ 600 mil para R$ 660 mil, enquanto os de inves‑timento subiram de R$ 350 mil para R$ 400 mil.

O governo federal pretende ainda instituir a Polí‑tica Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre as ações previstas para estimular o setor, estão investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão rural, além de crédito específico para fomentar a prática – como já ocorre atualmen‑te pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que financia em até 15 anos (sendo seis anos de carência) a implantação e manu‑tenção de florestas comerciais.

Em relação ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), proposta em que o governo atua por meio da redução de custos no momento da contratação da apólice, os recursos foram mantidos em R$ 700 milhões, volume suficiente para alcan‑çar cerca de 10 milhões de hectares e mais de 80 mil produtores. Neste ano, ajustes serão feitos no zone‑amento agroclimatológico, de maneira a torná‑lo o mais aderente possível à realidade dos cultivos agrí‑colas do país.

Quanto aos incentivos à pecuária, agora os cria‑dores poderão financiar a aquisição de animais para

engorda em regime de confinamento; a retenção de matrizes (com até três anos para pagamento) e a aquisição de matrizes e reprodutores (limite de R$ 1 milhão por beneficiário com até cinco anos para pagamento, sendo dois de carência), com o in‑tuito de aumentar a oferta de carne.

Já para incentivar a inovação tecnológica no campo, serão aperfeiçoadas as condições de financiamento à avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hor‑tigranjeiros (cultivos protegidos por tela de proteção contra granizo, estufas, etc) e pecuária de leite por meio do Programa Inovagro. Por esta modalidade, foram programados R$ 1,7 bilhão em recursos (alta de 70%), sendo R$ 1 milhão por produtor para ser pago em até 10 anos, sendo três anos de carência.

Outra novidade do PAP é que o Moderfrota foi revitalizado, com taxas de juros reduzidas de 5,5% para 4,5% e voltando a financiar a aquisição de má‑quinas agrícolas novas. Além disso, o  Moderinfra teve aumento dos limites de crédito individuais de R$ 1,3 milhão para R$ 2 milhões e coletivos de R$ 4 milhões para R$ 6 milhões para projetos de infraestrutura elétrica e para a preservação de água, além dos sistemas de irrigação na(s) propriedade(s).

LIMItES E tAxAS DE juROS

O limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1 milhão para R$ 1,1 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comerciali‑zação passou de R$ 2 milhões para R$ 2,2 milhões. Em ambos os casos, a variação foi de 10%.

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Notícias

Da programação para a temporada 2014/15, R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos pra‑ticados no mercado, um crescimento de 14,7% so‑bre os R$ 115,6 bilhões disponibilizados na safra 2013/14. As taxas de juros mais baixas estão nas se‑guintes modalidades:

• 4% para armazenagem, irrigação e inovação tecnológica (5% no crédito de armazenagem para cerealistas);

• 5% para práticas sustentáveis;

• 5,5% aos médios produtores;

• 4,5% a 6% para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.

“A taxa média de juros anual de 6,5% no PAP 2014/15 mostra a preocupação do governo federal em dar condições aos nossos produtores e coope‑rativas para se manterem competitivos no mercado. As taxas de juros do crédito rural foram em grande parte preservadas, uma vez que os ajustes foram infe‑riores ao aumento da taxa Selic desde o lançamento do Plano 2013/14”, explica o ministro Neri Geller.

Confira as condições de pagamento dos principais programas:

(1) Limite para plantio comercial de florestas: R$ 3 milhões/beneficiário

(2) Produtores rurais com renda bruta anual até R$ 1,6 milhões

(3) Produtores rurais com renda bruta anual acima de R$ 1,6 milhões

(4) Limite para crédito coletivo: R$ 2,4 milhões

(5) Limite para crédito coletivo: R$ 6 milhões,

(6) Limite para crédito coletivo: R$ 4 milhões

(7) Produtores rurais com renda bruta anual até R$ 90 milhões

(8) Produtores rurais com renda bruta anual acima de R$ 90 milhões

CUSTEIO

INVESTIMENTO

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produtos que contribuam para a sustentabilidade e competitividade da agricultura brasileira.

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Notícias

CRÉDITO DO PAP LIBERADO POR ESTADO NOS ÚLTIMOS ANOS

Financiamentos concedidos – custeio, comercialização e investimento agrícola e pecuário

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/noticias/2014/05

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J.J. BROCH

Aberta a Campanha Promoção Safra – 2014

Tfno: 3238.8200, [email protected]

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 27

Notícias

Pleitos da Anapa junto aos Órgãos Governamentais

Dentre as diversas ações da Associação Nacional dos Produtores de Alho ‑ ANAPA para defender o produtor brasileiro, atualmente existem dois pleitos importantes junto aos órgãos do governo federal.

Um deles é a defesa de desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre as embalagens plásticas, aquelas utilizadas por produtores agrícolas para armazenamento de legumes e verduras. Tais reduções, ainda que pequenas, provocariam grande resultado positivo para o setor agropecuário.

Rafael Corsino, destaca a relevância desse pleito para os produtores nacionais, lembrando que mais de 4.200 famílias têm seu sustento a par‑tir da agricultura familiar do alho, e consequentemente essa redução do IPI acarretaria uma economia significativa no custo de produção, princi‑palmente do pequeno e médio produtor. “A iniciativa reduziria o custo do produtor com a embalagem, e isso impactaria direto ao consumidor final, que compraria o produto com um preço menor”, ressalta Rafael.

Outra ação importante é em relação a redução do imposto de importa‑ção para máquinas agrícolas. O produtor nacional sempre vem buscando modernas práticas e novas tecnologias junto a outros países, mas quando quer importar as máquinas que na maioria das vezes tem um preço mais competitivo que no nosso país, ou muitas vezes nem possui produção similar, esbarra na ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Má‑quinas e Equipamentos).

Para pleitear a redução do imposto tem que passar pela análise dessa Associação, pagar uma alta taxa, um processo muito burocrático e mui‑tas vezes tão demorado, que o prazo se expira e tem que refazer todo o processo novamente, pagando novas taxas, e ainda por cima o parecer poderá não ser favorável, mesmo com a certeza de que a máquina não tenha produção brasileira.

Ainda há muito trabalho a ser feito, mas a ANAPA, como sempre, continuará vigilante, atuante e empreenderá todos os esforços necessá‑rios para defender, dentro da legalidade, os interesses dos produtores na‑cionais de alho.

Rafael Jorge CorsinoEx presidente da ANAPA

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Dados preliminares do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasilei‑ro de Geografia e Estatística – IBGE publicado sem maio/2014, e informações colhida junto aos agentes da cadeia produtiva do alho, Quadro II, apontam para um ligeiro crescimento da área cultivada na sa‑fra 2014/15, da ordem de 0,3%, devendo totalizar cerca de 9.541 ha na atual temporada, contra 9.516 cultivados no ano passado.

A produção, por sua vez, foi estimada em 111,8 mil toneladas, indicando, portanto, um crescimento aproximado de 9,5%, se com‑parada às 102,1 toneladas colhidas na safra 2013/14. O crescimento da produção é atribuído inicialmente a um possível incremento de 9,2% nos níveis de produtividades onde o uso de tecnologia vem sendo incrementado nas principais regiões produtoras, cuja mé‑dia prevista para o Brasil, na safra em curso, é de 11,7 mil kg/ha. Ainda, de acordo com o Quadro II, o incremento da produção ocor‑rerá basicamente nos Estados de Minas Gerais (com maior superfí‑cie de área cultivada), Goiás, Bahia e Distrito Federal.

Ana Rita Lopes Farias Freddo

Analista Engenheira Agrônoma

[email protected]

Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB

Mercado do Alho

Conjuntura do Alho CONJUNTURA MENSAL

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br

Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.

Quadro I – PREÇO PAGO AO PRODUTOR – Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra – (em R$/kg)

Períodos anteriores (R$/kg)

Centros de Produção Unid. doze meses

mês

anterior

mês atual

Preço Mínimo

Cristalina (GO) kg 6,00 5,00 5,00 2,98 São Gotardo (MG) kg 7,48 6,39 6,39 2,98 Cristópolis (BA) kg 6,38 7,00 7,00 2,98 São Marcos (RS) kg 6,00 5,50 5,50 3,10 Curitibanos (SC) kg 6,00 4,66 5,00 3,10 Fonte/Elaboração: Conab Mercado Nacional

Dados preliminares do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE publicados em maio/2014, e informações colhida junto aos agentes da cadeia produtiva do alho, Quadro II, apontam para um ligeiro crescimento da área cultivada na safra 2014/15, da ordem de 0,3%, devendo totalizar cerca de 9.541 ha na atual temporada, contra 9.516 cultivados no ano passado.

A produção, por sua vez, foi estimada em 111,8 mil toneladas,

indicando, portanto, um crescimento aproximado de 9,5%, se comparada às 102,1 toneladas colhidas na safra 2013/14. O crescimento da produção é atribuído inicialmente a um possível incremento de 9,2% nos níveis de produtividades onde o uso de tecnologia vem sendo incrementado nas principais regiões produtoras, cuja média prevista para o Brasil, na safra em curso, é de 11,7 mil kg/ha. Ainda, de acordo com o Quadro II, o incremento da produção ocorrerá basicamente nos Estados de Minas Gerais (com maior superfície de área cultivada), Goiás, Bahia e Distrito Federal.

ALHO Período: 01 a 30/06/2014

2012 2013 Projeção 2014 2012 2013 Projeção 2014 2012 2013 Projeção 2014Brasil 10.062 9.516 9.541 107.001 102.087 111.814 10,634 10,728 11,719

GO 2.392 2.045 2.146 35.303 30.680 32.190 14,759 15,002 15,000MG 1.456 1.525 2.500 18.132 20.464 35.000 12,453 13,419 14,000SC 1.908 2.031 1.500 19.315 19.129 15.000 10,123 9,419 10,000RS 2.542 2.383 1.800 17.488 18.268 13.860 6,880 7,666 7,700BA 635 640 700 7.959 6.740 8.400 12,534 10,531 12,000DF 472 354 354 5.133 3.688 4.248 10,875 10,418 12,000PR 565 439 439 2.675 2.084 2.084 4,735 4,747 4,747ES 84 86 89 956 951 949 11,381 11,058 10,663SP 8 13 13 40 83 83 5,000 6,385 6,385

Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014Elaboração: Conab

Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção e da Produtividade de Alho no Brasil

RegiãoÁrea Plantada (em ha) Produção (em ton) Produtividade (em ton/ha)

Fonte/Elaboração: Conab

Quadro I – PREÇO PAGO AO PRODUTOR – Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra – (em R$/kg)

Conjuntura Mensal – Período: 01 a 30/06/2014

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Mercado do Alho

Na região Sul, os trabalhos de plantio da safra em curso foram iniciados em maio com sua conclusão até o final de julho/14. Já a comercialização da safra passada foi concluída em junho do corrente ano.

A partir de julho, o mercado do Rio Grande do Sul vivenciará o período de entressafra, o que deverá estimular elevações nos atuais patamares de preços recebidos pelos produtores, atualmente cotado em R$ 5,50/kg conforme pode ser verificado no Qua‑dro I acima.

Nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro‑Oeste, de acordo com o quadro abaixo, o plantio já foi con‑cluído, enquanto que na Sul, tal finalização ocorrerá em julho. Em se tratando da colheita, nas três pri‑meiras regiões os trabalhos serão iniciados em julho e finalizados em outubro. Já na Região Sul, iniciase em novembro, finalizando em dezembro. Quanto à comercialização, enfatiza‑se que o mercado vivencia

o término do período da entressafra na região Su‑deste e Centro‑Oeste. Finalmente, na Região Nor‑deste, este processo terá início a partir de agosto.

Ressalta‑se que, mesmo com o impacto da produ‑ção nordestina deste produto no mercado nacional ser considerado reduzido, a Bahia, que figura como 5º maior produtor nacional, contribuirá nessa safra com um montante aproximado de 8.400 toneladas.

No Gráfico I, observa‑se uma pequena retração nos preços pagos aos produtores de Minas Gerais no período de setembro a dezembro de 2013. Atri‑bui‑se este comportamento, em parte, ao aumen‑to da oferta do alho importado, comercializado no Brasil. Posteriormente, de janeiro a março de 2014, verifica‑se que ocorreu um pequeno aumento na co‑tação para em seguida, apresentar estabilização na faixa de R$ 6,39/kg.

CONJUNTURA MENSAL

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br

Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.

Quadro I – PREÇO PAGO AO PRODUTOR – Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra – (em R$/kg)

Períodos anteriores (R$/kg)

Centros de Produção Unid. doze meses

mês

anterior

mês atual

Preço Mínimo

Cristalina (GO) kg 6,00 5,00 5,00 2,98 São Gotardo (MG) kg 7,48 6,39 6,39 2,98 Cristópolis (BA) kg 6,38 7,00 7,00 2,98 São Marcos (RS) kg 6,00 5,50 5,50 3,10 Curitibanos (SC) kg 6,00 4,66 5,00 3,10 Fonte/Elaboração: Conab Mercado Nacional

Dados preliminares do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE publicados em maio/2014, e informações colhida junto aos agentes da cadeia produtiva do alho, Quadro II, apontam para um ligeiro crescimento da área cultivada na safra 2014/15, da ordem de 0,3%, devendo totalizar cerca de 9.541 ha na atual temporada, contra 9.516 cultivados no ano passado.

A produção, por sua vez, foi estimada em 111,8 mil toneladas,

indicando, portanto, um crescimento aproximado de 9,5%, se comparada às 102,1 toneladas colhidas na safra 2013/14. O crescimento da produção é atribuído inicialmente a um possível incremento de 9,2% nos níveis de produtividades onde o uso de tecnologia vem sendo incrementado nas principais regiões produtoras, cuja média prevista para o Brasil, na safra em curso, é de 11,7 mil kg/ha. Ainda, de acordo com o Quadro II, o incremento da produção ocorrerá basicamente nos Estados de Minas Gerais (com maior superfície de área cultivada), Goiás, Bahia e Distrito Federal.

ALHO Período: 01 a 30/06/2014

2012 2013 Projeção 2014 2012 2013 Projeção 2014 2012 2013 Projeção 2014Brasil 10.062 9.516 9.541 107.001 102.087 111.814 10,634 10,728 11,719

GO 2.392 2.045 2.146 35.303 30.680 32.190 14,759 15,002 15,000MG 1.456 1.525 2.500 18.132 20.464 35.000 12,453 13,419 14,000SC 1.908 2.031 1.500 19.315 19.129 15.000 10,123 9,419 10,000RS 2.542 2.383 1.800 17.488 18.268 13.860 6,880 7,666 7,700BA 635 640 700 7.959 6.740 8.400 12,534 10,531 12,000DF 472 354 354 5.133 3.688 4.248 10,875 10,418 12,000PR 565 439 439 2.675 2.084 2.084 4,735 4,747 4,747ES 84 86 89 956 951 949 11,381 11,058 10,663SP 8 13 13 40 83 83 5,000 6,385 6,385

Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014Elaboração: Conab

Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção e da Produtividade de Alho no Brasil

RegiãoÁrea Plantada (em ha) Produção (em ton) Produtividade (em ton/ha)

Fonte: IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014 / Elaboração: Conab

Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção e da Produtividade de Alho no Brasil

CONJUNTURA MENSAL

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br

Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.

Na região Sul, os trabalhos de plantio da safra em curso foram iniciados em maio com sua conclusão até o final de julho/14. Já a comercialização da safra passada foi concluída em junho do corrente ano.

A partir de julho, o mercado do Rio Grande do Sul vivenciará o período

de entressafra, o que deverá estimular elevações nos atuais patamares de preços recebidos pelos produtores, atualmente cotado em R$ 5,50/kg conforme pode ser verificado no Quadro I acima.

Nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com o quadro abaixo, o plantio já foi concluído, enquanto que na Sul, tal finalização ocorrerá em julho. Em se tratando da colheita, nas três primeiras regiões os trabalhos serão iniciados em julho e finalizados em outubro. Já na Região Sul, inicia-se em novembro, finalizando em dezembro. Quanto à comercialização, enfatiza-se que o mercado vivencia o término do período da entressafra na região Sudeste e Centro-Oeste. Finalmente, na Região Nordeste, este processo terá início a partir de agosto.

Ressalta-se que, mesmo com o impacto da produção nordestina deste

produto no mercado nacional ser considerado reduzido, a Bahia, que figura como 5º maior produtor nacional, contribuirá nessa safra com um montante aproximado de 8.400 toneladas.

No Gráfico I, observa-se uma pequena retração nos preços pagos aos produtores de Minas Gerais no período de setembro a dezembro de 2013. Atribui-se este comportamento, em parte, ao aumento da oferta do alho importado, comercializado no Brasil. Posteriormente, de janeiro a março de 2014, verifica-se que ocorreu um pequeno aumento na cotação para em seguida, apresentar estabilização na faixa de R$ 6,39/kg.

Período jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezRegiãoSudeste e Centro-OesteNordesteSul

Sudeste e Centro-OesteNordesteSul

Sudeste e Centro-Oeste5% 0% 0% 0% 0% 0% 5% 15% 20% 25% 20% 10%Nordeste 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 20% 25% 25% 20% 10%Sul 15% 25% 20% 20% 10% 5% 0% 0% 0% 0% 0% 5%Fonte : AnapaElaboração: Conab

Quadro III - Calendário de Plantio e Colheita do Alho

Plantio

Colheita

Comercialização (%)

Fonte: Anapa / Elaboração: Conab

Quadro III - Calendário de Plantio e Colheita do Alho

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30 | NossoAlho | Agosto de 2014

CONJUNTURA MENSAL

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br

Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.

No Rio Grande do Sul, os preços quase não oscilaram no período analisado. Todavia é interessante frisar que ocorreu uma queda nas cotações, no espaço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pressão exercida pela entrada do alho importado, bem como pela comercialização do produto das demais regiões produtoras. Na sequência, os preços praticamente mantiveram-se estagnados até junho de 2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg.

Destaca-se que mesmo com a forte concorrência das importações, o menor valor recebido pelos produtores pelo kg do alho roxo nobre tipo 5 extra, no período analisado no Gráfico I foi superior ao preço mínimo estabelecido pelo Governo Federal, conforme demonstrado no Quadro I acima.

Ana Rita Lopes Farias Freddo Analista Engenheira Agrônoma

Tel : (61) 3312-2231 E-mail: [email protected]

Fonte/Elaboração: Conab

Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14

Período

R$/

kg

GO MG BA RS SCFonte/Elaboração: Conab

Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra

No Rio Grande do Sul, os preços quase não osci‑laram no período analisado. Todavia é interessante frisar que ocorreu uma queda nas cotações, no es‑paço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pres‑são exercida pela entrada do alho importado, bem como pela comercialização do produto das demais regiões produtoras. Na sequência, os preços prati‑camente mantiveram‑se estagnados até junho de 2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg.

Destaca‑se que mesmo com a forte concorrência das importações, o menor valor recebido pelos pro‑dutores pelo kg do alho roxo nobre tipo 5 extra, no período analisado no Gráfico I foi superior ao preço mínimo estabelecido pelo Governo Federal, conforme demonstrado no Quadro I acima.

Mercado do Alho

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 31

Mercado do Alho

Mercado e as importações de Alho no Brasil

Safra 2014/15

O consumo de alho per‑cápita no Brasil é de 1,50 Kg/habitante/ano. Na safra de 2014/15 serão necessárias 300 mil toneladas para o abastecimen‑to nacional. A demanda mensal será de 2,5 milhões de caixas de 10 Kg ou de 83 mil caixas por dia.

A produção nacional abastecerá nesse período 40% do consumo e os outros 60% serão de alhos importados, principalmente da China (40%) e da Argentina (20%).

No primeiro semestre de 2014, de acordo com o Secex (Sistema Aliceweb), o Brasil importou 9.032.986 de caixas de 10 Kg no valor US$ 103.395.098,00, preço Fob declarado. A média geral por caixa foi US$ 11,45. O volume médio mensal importado foi de 1,50 milhões de caixas. Permanecendo essa média o país importará no ano de 2014, 18 milhões de caixas, novo recorde nacional.

Marco Antônio Lucini

Engenheiro Agrônomo, Epagri/Curitibanos.

[email protected]

jan   fev   mar   abr   maio   jun  volume  -­‐  cx   1.538.106     1.604.002     1.326.564     1.297.210     1.675.075     1.592.029    

 -­‐        

 200.000    

 400.000    

 600.000    

 800.000    

 1.000.000    

 1.200.000    

 1.400.000    

 1.600.000    

 1.800.000    

Caixas  de  10

 Kg  

Importações  de  Alho  Jan/jun-­‐  2014  -­‐  Cx  10  Kg  

Fonte: Aliceweb

Gráfico 1. Importações de Alho no Brasil no 1º semestre de 2014.

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32 | NossoAlho | Agosto de 2014

Os dois principais fornecedores de alho para o Brasil são a China e Argentina. Tradicionalmente a Argentina domina a oferta nos meses de dezembro a abril. Por sua vez, a China oferta volumes maiores que os hermanos nos demais meses do ano e dita os preços no mercado nacional.

No primeiro semestre de 2014 o volume exportado de alho para o Brasil, por esses dois países, foi mui‑to semelhante. A Argentina exportou 4.432.126 cai‑xas no valor declarado Fob de US$ 67.590.229,00 com o preço médio por caixa de US$ 15,25.

jan   fev   mar   abr   maio   jun  Chinês   684.426     585.902     413.564     661.008     1.073.276     1.003.024    

Argen?no   841.680     1.006.100     913.000     636.202     587.426     447.718    

 -­‐        

 200.000    

 400.000    

 600.000    

 800.000    

 1.000.000    

 1.200.000    

Caixas  de  10  Kg  

Importações  de  alho  -­‐  jan/jun-­‐2014  Principais  países:  Argen?na  e  China  

Fonte: Aliceweb

Gráfico 2. Importações de alho da China e Argentina no 1º Semestre de 2014.

A China exportou nesse mesmo período 4.421.200 caixas e o valor declarado de US$ 34.028.254,00 com o preço médio por caixa US$ 7,70.

Com a média mensal de alhos importados de 1,50 milhões de caixas e o seu baixo preço, compre‑ende‑se por que o mercado nacional de alho esteve em baixa no primeiro semestre de 2014.

O alho chinês de US$ 7,70 por caixa declara‑do na Receita Federal, preço FOB, custou para o  importador, após pagar, entre outros encargos,

a  taxa de anti-dumping de US$ 7,80 por caixa, a TEC de 35%, o ICMS, o frete, a marinha mercante, o despachante, aproximadamente R$ 50,00.

O Argentino que domina o mercado nos primei‑ros meses do ano, após uma alta desvalorização na sua moeda (peso argentino), exportou o alho para o Brasil por US$ 15,25 a caixa. Isso ajudou e muito o mercado a ficar em baixa. Após pagar todos os

impostos para internalização da mercadoria e o frete, o custo da caixa foi de R$ 45,00 para o importador. Foi exatamente esse o preço médio recebido pelos produtores do sul nesse mesmo período.

O gráfico três mostra que a prática de dumping continua no alho chinês. A diferença de preços pra‑ticados FOB, entre o Argentino (economia de mer‑cado) e o Chinês é na faixa de US$ 8,00 por caixa.

Mercado do Alho

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 33

Mercado do Alho

A oferta nacional de alhos, safra de 2014/15, será de 12 milhões de caixas que tem origem em duas regiões bem distintas: Sul (SC e RS) e o “Cerrado”, especialmente Goiás e Minas Gerais. O  alho do Cerrado para o mercado será 8,50 milhões de caixas e o do Sul de 3,50 milhões de caixas, de acordo com levantamentos feitos pela Anapa.

Para o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2015 prevê‑se uma melhora no mercado, uma vez que as notícias extraoficiais dão conta na redu‑ção da produção da China e o aumento nos pre‑ços praticados. A venda de alho chinês novo na faixa de US$ 12,00/FOB tem um custo de internalização

jan   fev   mar   abr   maio   jun  Chinês   8,35   7,55   7,39   7,17   7,62   7,90  

Argen>no   16,21   15,70   14,70   14,48   15,07   14,88  

0,00  

2,00  

4,00  

6,00  

8,00  

10,00  

12,00  

14,00  

16,00  

18,00  

US$

/Cai

xa/F

ob  

Importações  Alho  -­‐  jan/jun  2014  Preço  médio  declarado  Fob/US$/cx  

Fonte: Aliceweb

Gráfico 3. Preços declarados FOB, por caixa, Argentino e Chinês no 1º Semestre de 2014.

para o importador de R$ 62,00, superior ao pratica‑do no primeiro semestre de 2014, por isso a expec‑tativa de melhora no mercado.

Além disso, informações vindas da Argentina dão conta de redução nas áreas de plantio. A ex‑pectativa é que voltem a vender alho a partir dos US$ 25,00/caixa Fob, como nas safras anteriores.

Confirmando‑se a menor oferta de Chinês e Ar‑gentino no mercado, e principalmente a tendên‑cia de maiores preços internacionais FOB, a safra de 2014/15, na minha opinião, será muito boa, melhor que a anterior.

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 35

Mercado do Alho

Situação do Mercado de Alho na China

En el presente informe se ha recopilado informa‑ción sobre la producción de ajo en la República Po‑pular China, en vista a su importancia en el contexto internacional por ser el primer productor y exporta‑dor mundial, siendo la Argentina segundo exportador, pero en un volumen relativamente inferior.

La fuerte caída en los precios en julio 2013, debido a la sobreoferta de ajo (4,7 millones de toneladas) producto de una cosecha 35% al año anterior, en relación a la campaña anterior, provocó pérdidas entre los productores y muchos optaron en la siguiente campaña por sem‑brar otros productos, como trigo, que ofrecía una mejor rentabilidad. De esta manera, el área sembrada con ajo en septiembre‑octubre del mismo año cayó un 10%.

Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de toneladas (un 10%‑12% menos), debido no sólo a la contracción de la superficie sembrada, sino también a una caída del rendimiento por condiciones climáticas no tan favorables.

Sin embargo, los buenos resultados en la actual campaña de produc‑ción de ajo en España hacen prever que la demanda internacional será relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de China, por lo que los precios a nivel internacional deberían mantenerse rela‑tivamente estables.

Elaborado pelo Conselho Agrícola da Embaixada Argentina na República popular da China

1

Informe Situación del Mercado de Ajo en China

Contenido 1. Panorama del Mercado ................................................................ 2 2. Campaña 2013-2014 ..................................................................... 2 3. Perspectiva campaña 2014-2015 ................................................. 2 4. Evolución de precios.................................................................... 3

5. Exportaciones ............................................................................... 4 Evolución Histórica ........................................................................ 4 Año 2013 ........................................................................................ 4 Enero-mayo 2014 .......................................................................... 6

Anexo…………………………………………………………………...….8

Resumen ejecutivo En el presente informe se ha recopilado información sobre la producción de ajo en la República Popular China, en vista a su importancia en el contexto internacional por ser el primer productor y exportador mundial, siendo la Argentina segundo exportador, pero en un volumen relativamente inferior.

La fuerte caída en los precios en julio 2013, debido a la sobreoferta de ajo (4,7 millones de toneladas) producto de una cosecha 35% al año anterior, en relación a la campaña anterior, provocó pérdidas entre los productores y muchos optaron en la siguiente campaña por sembrar otros productos, como trigo, que ofrecía una mejor rentabilidad. De esta manera, el área sembrada con ajo en septiembre-octubre del mismo año cayó un 10%.

Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de toneladas (un 10%-12% menos), debido no sólo a la contracción de la superficie sembrada, sino también a una caída del rendimiento por condiciones climáticas no tan favorables.

Sin embargo, los buenos resultados en la actual campaña de producción de ajo en España hacen prever que la demanda internacional será relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de China, por lo que los precios a nivel internacional deberían mantenerse relativamente estables.

* * * * *

Aviso: la información del presente trabajo es pública y no tiene limitaciones de uso, sólo se solicita citar la fuente. © Consejería Agrícola (MAGyP), Embajada Argentina en la República Popular China, 2014.

Para mayor información, contactar: Consejería Agrícola (MAGyP) Embajada Argentina en la República Popular China Tel: +86-10-6532-0789/90, ext. 10 Fax: +86-10-6532-0270 Email: [email protected] / www.agrichina.org

MINISTERIO DE AGRICULTURA, GANADERÍA Y PESCA PRESIDENCIA DE LA NACIÓN

CONSEJERÍA AGRÍCOLA EMBAJADA DE ARGENTINA EN LA REPÚBLICA POPULAR CHINA

DOC/CAP/010-2014 Beijing, 29 de julio de 2014

Autor: Consejero Agrícola Omar E. Odarda; Lic. Hernán Viola

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36 | NossoAlho | Agosto de 2014

Mercado do Alho

1. pANORAMA DEL MERCADO

China es el primer productor y exportador mun‑dial de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el pre‑cio internacional.

El proceso de siembra en China comienza hacia fines de septiembre y principios de octubre y se co‑secha a partir de mediados de mayo. La producción es esencialmente manual.

Considerando una producción normal, y sin tener en cuenta los factores climáticos, se estima que la producción promedio de ajos por mu1 es de aproxi‑madamente 900 a 1.000 kg, es decir, entre 13,5 Tm/ha y 15 Tm/ha.

En 2013 las principales provincias productoras fueron Shandong (46%), Henan (22%) y Jiangsu (17%), que en conjunto representaron el 85% de la producción nacional.2

La principal zona productora se encuentra en el condado de Jinxiang en la provincia de Shandong (15% aprox. de la producción total del país y 70% de las exportaciones chinas). Otras zonas de impor‑tancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Can‑gshan (Shandong), Chengwu (Shandong), Dali (Yunnan), Guangrao (Shandong), Wenjiang (Si‑chuan) y Haozhou (Anhui).

2. CAMpAñA 2013-2014

Es necesario destacar la inexistencia de datos ofi‑ciales del gobierno chino sobre producción de ajo, lo cual dificulta el análisis del mercado. Todos los datos que se presentan a continuación son de fuen‑tes privadas chinas.

Debido al alto nivel de precios del ajo en el mer‑cado chino en la campaña anterior, los productores incrementaron la superficie sembrada en un 11% en 2012, totalizando 4,35 millones de mu (290.000 hectáreas). Las buenas condiciones climáticas y el aumento de la superficie sembrada llevaron a una producción en 2013 de 4,7 millones de toneladas, lo que significó un incremento del 35% y un volu‑men similar al alcanzado en 2011.

Esta mayor oferta provocó una importante caída en el precio del ajo al momento de cosechar, pasan‑do de RMB 8,2/kg en mayo de 2013 a RMB 2,8/kg en julio del mismo año. Para mayor detalle véase el punto 4 del presente informe.

El 70% de la producción total fue destinado como producto en fresco al mercado local y a la ex‑portación, mientras que entre el 18% y 20% fue procesado por la industria local y comercializado en forma deshidratada, pasta, aceite y otros usos. Cabe destacar que la industria de procesamiento de ajo está en crecimiento y consolidación, por lo que año tras año aumenta la demanda de ajo para su proce‑samiento. Por último, entre el 10 y 12% restante fue retenido por el productor como semilla para la próxima campaña.

3. pERSpECtIVA pARA LA CAMpAñA 2014-2015

La caída en el nivel de precios en el mercado chino a partir de junio de 2013 afectó la rentabilidad de los productores locales de ajo, haciendo que muchos de ellos no lograran cubrir los gastos de producción y decidieran plantar otros cultivos, en particular tri‑go, durante la próxima campaña. Es por ello, que el área sembrada en 2013 se redujo un 10%, totalizan‑do 3,91 millones de mu, es decir, 260.797 hectáreas.

Debido a la menor superficie sembrada y a con‑diciones climáticas no muy buenas, que habrían

Principales Regiones Productoras de Ajo de China

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

2

1. Panorama del Mercado China es el primer productor y exportador mundial de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el precio internacional.

El proceso de siembra en China comienza hacia fines de septiembre y principios de octubre y se cosecha a partir de mediados de mayo. La producción es esencialmente manual.

Considerando una producción normal, y sin tener en cuenta los factores climáticos, se estima que la producción promedio de ajos por mu 1 es de aproximadamente 900 a 1.000 kg, es decir, entre 13,5 Tm/ha y 15 Tm/ha.

En 2013 las principales provincias productoras fueron Shandong (46%), Henan (22%) y Jiangsu (17%), que en conjunto representaron el 85% de la producción nacional.2

La principal zona productora se encuentra en el condado de Jinxiang en la provincia de Shandong (15% aprox. de la producción total del país y 70% de las exportaciones chinas). Otras zonas de importancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Cangshan (Shandong), Chengwu (Shandong), Dali (Yunnan), Guangrao (Shandong), Wenjiang (Sichuan) y Haozhou (Anhui).

2. Campaña 2013-2014 Es necesario destacar la inexistencia de datos oficiales del gobierno chino sobre producción de ajo, lo cual dificulta el análisis del mercado. Todos los datos que se presentan a continuación son de fuentes privadas chinas.

Debido al alto nivel de precios del ajo en el mercado chino en la campaña anterior, los productores incrementaron la superficie sembrada en un 11% en 2012, totalizando 4,35 millones de mu (290.000 hectáreas). Las buenas condiciones climáticas y el aumento de la superficie sembrada llevaron a una producción en 2013 de 4,7 millones de toneladas, lo que significó un incremento del 35% y un volumen similar al alcanzado en 2011.

Esta mayor oferta provocó una importante caída en el precio del ajo al momento de cosechar, pasando de RMB 8,2/kg en mayo de 2013 a RMB 2,8/kg en julio del mismo año. Para mayor detalle véase el punto 4 del presente informe.

El 70% de la producción total fue destinado como producto en fresco al mercado local y a la exportación, mientras que entre el 18% y 20% fue procesado por la industria local y comercializado en forma deshidratada, pasta, aceite y otros usos. Cabe destacar que la industria de procesamiento de ajo está en crecimiento y consolidación, por lo que año tras año aumenta la demanda de ajo para su procesamiento. Por último, entre el 10 y 12% restante fue retenido por el productor como semilla para la próxima campaña.

3. Perspectiva para la campaña 2014-2015 La caída en el nivel de precios en el mercado chino a partir de junio de 2013 afectó la rentabilidad de los productores locales de ajo, haciendo que muchos de ellos no lograran cubrir los gastos de producción y decidieran plantar otros cultivos, en particular trigo, durante la próxima campaña. Es por ello, que el área sembrada en 2013 se redujo un 10%, totalizando 3,91 millones de mu, es decir, 260.797 hectáreas.

Debido a la menor superficie sembrada y a condiciones climáticas no muy buenas, que habrían afectado el rendimiento, la cosecha en 2014 se contraería un 10-12%, totalizando unos 4,13 millones de toneladas.

1 Unidad de medida de superficie tradicional china: 1 Mu = 0,0667 hectárea. 2 Presentación realizada por el Sr. LI Shaunglei, Gerente General de la empresa JinXiang HuanGuang Foods Imports and Exports durante la conferencia ofrecida en la China Garlic 2014.

Principales Regiones Productoras de Ajo de China

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 37

Mercado do Alho

afectado el rendimiento, la cosecha en 2014 se con‑traería un 10‑12%, totalizando unos 4,13 millones de toneladas.

Sin embargo, esta caída en la producción china no afectaría la oferta mundial, ya que sería compensa‑da en gran medida por la buena cosecha registrada en España. Por ende, no se prevé una oscilación im‑portante del precio a nivel internacional en la pre‑sente campaña.3

4. EVOLuCIóN DE pRECIOS

El precio mayorista del ajo en China alcanzó su máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse en RMB 12,24 / Kg (U$S 2,04/Kg).4 Luego de al‑canzar dicho nivel, comenzó su camino descenden‑te para situarse a fines de 2011 en torno a los RMB 2 (U$S 0,32/kg), tras una buena cosecha en 2011.

A partir de allí, comenzó un nuevo ciclo ascenden‑te, por una mala cosecha en la campaña 2012/2013, que se prolongó hasta mayo de 2013 cuando el pre‑cio se ubicó en torno a los RMB 8/kg (U$S 1,33/kg), para descender nuevamente a un mínimo de RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mis‑mo año, como consecuencia del ingreso de la cose‑cha de 2013, que resultó ser muy elevada.

En el gráfico siguiente se presenta como referencia, la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio de esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg (U$S 0,67/kg) durante la presente campaña.

Desde el 2010 se han observado fuertes oscilacio‑nes de precios en el mercado chino de ajo, derivadas de falsas expectativas por parte de los productores, que al no disponer de buena información, basan sus decisiones de siembra en el precio disponible en ese momento. Este comportamiento acentúa los ciclos: cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente la siembra, lo cual lleva inevitablemente a un au‑mento de la producción, y a la consecuente caída del precio, pérdida de la rentabilidad y caída de la siembra en la siguiente campaña.

En base a esta tendencia, se podría prever que a la actual caída del 10% de la producción de ajo de China, debería seguir un aumento del precio en el mercado local e internacional. Sin embargo, se prevé que dicho aumento (al menos en el mercado internacional) será atenuado por la buena cosecha registrada en España.

Evolución del Precio Mayorista en Jinxiang y Jiangsu de Ajo Blanco (6 cm) (2011 – julio 2014)

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

3

Sin embargo, esta caída en la producción china no afectaría la oferta mundial, ya que sería compensada en gran medida por la buena cosecha registrada en España. Por ende, no se prevé una oscilación importante del precio a nivel internacional en la presente campaña.3

4. Evolución de precios El precio mayorista del ajo en China alcanzó su máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse en RMB 12,24 / Kg (U$S 2,04/Kg).4 Luego de alcanzar dicho nivel, comenzó su camino descendente para situarse a fines de 2011 en torno a los RMB 2 (U$S 0,32/kg), tras una buena cosecha en 2011.

A partir de allí, comenzó un nuevo ciclo ascendente, por una mala cosecha en la campaña 2012/2013, que se prolongó hasta mayo de 2013 cuando el precio se ubicó en torno a los RMB 8/kg (U$S 1,33/kg), para descender nuevamente a un mínimo de RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mismo año, como consecuencia del ingreso de la cosecha de 2013, que resultó ser muy elevada.

En el gráfico siguiente se presenta como referencia, la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio de esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg (U$S 0,67/kg) durante la presente campaña.

Evolución del Precio Mayorista en Jinxiang y Jiangsu de Ajo Blanco (6 cm) (2011 – julio 2014)

Fuente: elaboración propia, en base a datos de www.dasuanwang.com y en www.suannong168.com

Desde el 2010 se han observado fuertes oscilaciones de precios en el mercado chino de ajo, derivadas de falsas expectativas por parte de los productores, que al no disponer de buena información, basan sus decisiones de siembra en el precio disponible en ese momento. Este comportamiento acentúa los ciclos: cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente la siembra, lo cual lleva inevitablemente a un aumento de la producción, y a la consecuente caída del precio, pérdida de la rentabilidad y caída de la siembra en la siguiente campaña.

En base a esta tendencia, se podría prever que a la actual caída del 10% de la producción de ajo de China, debería seguir un aumento del precio en el mercado local e internacional. Sin embargo, se prevé que dicho aumento (al menos en el mercado internacional) será atenuado por la buena cosecha registrada en España.

Por su parte, las asociaciones de productores y exportadores de ajo de China, entre la que se destaca la Súbcámara de Ajo, dependiente de la Cámara China de Comercio de Importación y Exportación de Alimentos, Productos Nativos y Subproductos de Origen Animal (CNFA), se han fijado como prioridad ahondar los esfuerzos en el seguimiento del mercado y poner a disposición entre sus asociados mayores herramientas para asegurar un desarrollo más estable del sector5, con el fin de tratar de brindar mayor información y evitar fuerte oscilaciones en la producción local de ajo por efecto de la variación de precios, lo cual profundiza la fase del siguiente ciclo. 3 Información presentada en el seminario China Garlic 2014 por la empresa OLAM Co., Ltd. 4 DOC/CAP/020-2011 del 11 de agosto de 2011. 5 Presentación realizada por el Sr. DING Jian de la empresa Juye Goodfarmer Frutas y Hortalizas Co. Ltd, en el Seminario “China Garlic 2013” realizado en la ciudad de Kaifeng, provincia de Henan, R. P. de China – Mayo de 2013.

10,7

11,0 11,2

10,8

9,1

3,6

2,4

3,6

4,6 3,9

3,3

2,4 2,5 2,7

3,5

4,5 4,2

8,2

7,2 7,8

8,0 8,6 8,7 8,4

8,3 8,2

8,6

8,2

5,6

3,2 2,8

2,3

3,6 3,8

4,1

4,0

4,2 4,4 4,6

4,4 3,9

0

2

4

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12

ene-

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-11

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-12

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12m

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2ju

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sep-

12oc

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-13

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3ju

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3ag

o-13

sep-

13oc

t-13

nov-

13di

c-13

ene-

14fe

b-14

mar

-14

abr-

14m

ay-1

4ju

n-14

jul-1

4

Prec

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g.

Fuente: elaboración propia, en base a datos de www.dasuanwang.com y en www.suannong168.com

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Mercado do Alho

Por su parte, las asociaciones de productores y ex‑portadores de ajo de China, entre la que se destaca la Súbcámara de Ajo, dependiente de la Cámara China de Comercio de Importación y Exportación de Alimentos, Productos Nativos y Subproductos de Origen Animal (CNFA), se han fijado como prioridad ahondar los esfuerzos en el seguimiento del mercado y poner a disposición entre sus asocia‑dos mayores herramientas para asegurar un desar‑rollo más estable del sector5, con el fin de tratar de brindar mayor información y evitar fuerte oscilacio‑nes en la producción local de ajo por efecto de la variación de precios, lo cual profundiza la fase del siguiente ciclo.

5. ExpORtACIONES

Evolución Histórica

China es el principal exportador de ajo a nivel mundial. Sus ventas externas tuvieron un fuerte impulso tras su ingreso a la Organización Mundial de Comercio (OMC) en 2001, al permitirle supe‑rar ciertas limitaciones de acceso en diversos merca‑dos. Entre 2001 y 2002 las mismas prácticamente

se duplicaron y no dejaron de aumentar en los años subsiguientes, mientras que las de los demás países continuaron en niveles relativamente estables.

Dada la fuerte preponderancia que tiene China en el mercado mundial de ajo, la evolución de su producción anual tiene un importante efecto sobre los precios internacionales. Sus principales competi‑dores, aunque con niveles de comercialización muy inferiores, son Argentina, España, Holanda e Italia. Para mayor información, véase el Anexo.

El principal período de exportación de ajo en fres‑co de China es entre principios de junio (luego del inicio de la cosecha) hasta finales de agosto.

Año 2013

En 2013 China exportó un total de 1,81 millones de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819 millones; lo cual representó un incremento del 15% en volumen con relación al año anterior, pero ape‑nas un crecimiento del 4,94% en valor, como con‑secuencia de la caída internacional del precio del ajo por efecto del mayor volumen exportado por China ese año.

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

4

5. Exportaciones Evolución Histórica China es el principal exportador de ajo a nivel mundial. Sus ventas externas tuvieron un fuerte impulso tras su ingreso a la Organización Mundial de Comercio (OMC) en 2001, al permitirle superar ciertas limitaciones de acceso en diversos mercados. Entre 2001 y 2002 las mismas prácticamente se duplicaron y no dejaron de aumentar en los años subsiguientes, mientras que las de los demás países continuaron en niveles relativamente estables.

Dada la fuerte preponderancia que tiene China en el mercado mundial de ajo, la evolución de su producción anual tiene un importante efecto sobre los precios internacionales. Sus principales competidores, aunque con niveles de comercialización muy inferiores, son Argentina, España, Holanda e Italia. Para mayor información, véase el Anexo.

El principal período de exportación de ajo en fresco de China es entre principios de junio (luego del inicio de la cosecha) hasta finales de agosto.

Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE.

Año 2013 En 2013 China exportó un total de 1,81 millones de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819 millones; lo cual representó un incremento del 15% en volumen con relación al año anterior, pero apenas un crecimiento del 4,94% en valor, como consecuencia de la caída internacional del precio del ajo por efecto del mayor volumen exportado por China ese año.

Las exportaciones de ajo fresco o refrigerado representaron el 70,2% del total del sector en valor: se exportaron 1,54 millones de toneladas (15,32% más que el año anterior) por un valor de U$S 1.277 millones (0,54% más que en 2012). Otros rubros importantes fueron ajo seco y otras partes del ajo frescas o refrigeradas, con una participación respectiva de 21% y 5%.

6 Comprende las siguientes posiciones arancelarias: 0703.2010; 0703.2020; 0703.2090; 0710.8020; 0710.8030; 0711.9034; 0712.9050 y 2001.9010 (Ajos frescos o refrigerados, tallos o plántulas de ajo frescas o refrigeradas, otras partes del ajo frescas o refrigeradas, tallos o plántulas de ajo congeladas, ajos congelados, ajos en salmuera, ajos secos y ajos preservados en vinagre o en ácido acético).

0

500

1.000

1.500

2.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Mile

s de

tone

lada

s

Evolución de las Exportaciones de Ajo Fresco de los Principales Paises Pos. 070320 - Periodo: 1996-2012

China China, Hong Kong SAR Argentina IndiaEspaña Holanda México FranciaItalia Estados Unidos Malasia Chile

Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE.

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 39

Mercado do Alho DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

5

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (2011-2013)

Posición arancelari

a Descripción

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. %

2011 2012 2013 Var. % 12/13 2011 2012 2013 Var. %

12/13 (U$S 2013)

07032010 Ajo fresco o refrigerado 1.586.338 1.341.914 1.547.511 15,32 1.928,10 1.270,09 1.277,01 0,54 70,20

07129050 Ajo seco 165.615 138.285 164.151 18,71 429,90 315,90 388,38 22,95 21,35

07032090 Otras partes del ojo, frescas o refrigeradas

57.674 53.214 59.387 11,60 105,25 87,59 92,11 5,15 5,06

07032020 Tallos o plántulas de ajo, frescas o refrigeradas

20.309 18.575 19.286 3,83 35,16 29,98 28,41 -5,22 1,56

07119034 Ajos, en salmuera 9.958 7.281 7.006 -3,78 19,27 10,49 10,15 -3,28 0,56

07108020 Tallos o plántulas de ajo, congeladas 6.323 5.526 5.349 -3,20 11,06 9,69 8,83 -8,84 0,49

20019010 Ajos preservados en vinagre o en ácido acético

4.758 5.348 7.079 32,35 9,01 9,28 12,99 39,93 0,71

07108030 Ajo congelado 436 250 444 77,39 1,12 0,53 1,27 140,40 0,07 Total 1.851.411 1.570.394 1.810.213 15 2.538,87 1.733,56 1.819,16 4,94 100

Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China

Los gráficos a continuación presentan la evolución mensual de las exportaciones, en volumen y precio, durante el período marzo de 2012 a febrero de 2014. En primer lugar, se puede observar un fuerte incremento de las exportaciones en los meses de junio a septiembre, cuando ingresa al mercado el ajo recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades exportadas en 2013 llegaron a un pico de unas 240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el mismo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de exportación por tonelada cayó de U$S 1.330 en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente.

Variación de Exportaciones Mensuales (toneladas) (marzo 2012-abril 2014)

Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S) (marzo 2012-abril 2014)

Fuente: MOFCOM, Informe Mensual sobre Exportaciones de Ajo

Los principales destinos de exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailandia, Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático (en particular en Tailandia y Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en el segundo mercado de destino en importancia para sus ajos.

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (2011-2013)

Variación de Exportaciones Mensuales (toneladas) (marzo 2012-abril 2014)

Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S) (marzo 2012-abril 2014)

Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China

Fuente: MOFCOM, Informe Mensual sobre Exportaciones de Ajo

Las exportaciones de ajo fresco o refrigerado re‑presentaron el 70,2% del total del sector en valor: se exportaron 1,54 millones de toneladas (15,32% más que el año anterior) por un valor de U$S 1.277 millones (0,54% más que en 2012). Otros rubros importantes fueron ajo seco y otras partes del ajo frescas o refrigeradas, con una participación respec‑tiva de 21% y 5%.

Los gráficos a continuación presentan la evolución mensual de las exportaciones, en volumen y precio, durante el período marzo de 2012 a febrero de 2014. En primer lugar, se puede observar un fuerte incre‑mento de las exportaciones en los meses de junio a

septiembre, cuando ingresa al mercado el ajo recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades expor‑tadas en 2013 llegaron a un pico de unas 240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente supe‑rior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el mismo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de exportación por tonelada cayó de U$S 1.330 en ju‑lio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente.

Los principales destinos de exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailan‑dia, Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

5

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (2011-2013)

Posición arancelari

a Descripción

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. %

2011 2012 2013 Var. % 12/13 2011 2012 2013 Var. %

12/13 (U$S 2013)

07032010 Ajo fresco o refrigerado 1.586.338 1.341.914 1.547.511 15,32 1.928,10 1.270,09 1.277,01 0,54 70,20

07129050 Ajo seco 165.615 138.285 164.151 18,71 429,90 315,90 388,38 22,95 21,35

07032090 Otras partes del ojo, frescas o refrigeradas

57.674 53.214 59.387 11,60 105,25 87,59 92,11 5,15 5,06

07032020 Tallos o plántulas de ajo, frescas o refrigeradas

20.309 18.575 19.286 3,83 35,16 29,98 28,41 -5,22 1,56

07119034 Ajos, en salmuera 9.958 7.281 7.006 -3,78 19,27 10,49 10,15 -3,28 0,56

07108020 Tallos o plántulas de ajo, congeladas 6.323 5.526 5.349 -3,20 11,06 9,69 8,83 -8,84 0,49

20019010 Ajos preservados en vinagre o en ácido acético

4.758 5.348 7.079 32,35 9,01 9,28 12,99 39,93 0,71

07108030 Ajo congelado 436 250 444 77,39 1,12 0,53 1,27 140,40 0,07 Total 1.851.411 1.570.394 1.810.213 15 2.538,87 1.733,56 1.819,16 4,94 100

Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China

Los gráficos a continuación presentan la evolución mensual de las exportaciones, en volumen y precio, durante el período marzo de 2012 a febrero de 2014. En primer lugar, se puede observar un fuerte incremento de las exportaciones en los meses de junio a septiembre, cuando ingresa al mercado el ajo recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades exportadas en 2013 llegaron a un pico de unas 240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el mismo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de exportación por tonelada cayó de U$S 1.330 en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente.

Variación de Exportaciones Mensuales (toneladas) (marzo 2012-abril 2014)

Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S) (marzo 2012-abril 2014)

Fuente: MOFCOM, Informe Mensual sobre Exportaciones de Ajo

Los principales destinos de exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailandia, Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático (en particular en Tailandia y Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en el segundo mercado de destino en importancia para sus ajos.

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40 | NossoAlho | Agosto de 2014

Mercado do Alho

Exportaciones de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013)

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

la presencia del ajo de China en países de la regi‑ón del sudeste asiático (en particular en Tailandia y Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exporta‑ciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en el segundo mercado de destino en importancia para sus ajos.

Enero-Mayo 2014

Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un valor de U$S 712 millones. Como consecuencia del remanente de la buena cosecha alcanzada du‑rante la campaña 2013‑14 por China, se observa un aumento del 20% en el volumen de ajo exportado,

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

6

Exportaciones de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013

País Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % U$S 2013 2012 2013 Var. (%) 2012 2013 Var. (%)

Indonesia 399.837 444.003 11,05 332.289 340.709 2,53 26,7 Brasil 96.447 124.862 29,46 113.517 124.106 9,33 9,7 Vietnam 137.882 161.593 17,20 99.772 110.948 11,20 8,7 Malasia 83.692 94.601 13,03 81.990 76.899 -6,21 6,0 Tailandia 51.660 72.764 40,85 57.789 71.411 23,57 5,6 Filipinas 65.538 68.044 3,82 56.159 56.687 0,94 4,4 Holanda 32.321 27.758 -14,12 42.937 34.373 -19,94 2,7 Emiratos Árabes 36.075 41.018 13,70 37.583 37.048 -1,42 2,9 Estados Unidos 30.648 28.272 -7,75 35.513 29.374 -17,29 2,3 Otros 407.814 484.595 18,83 412.544 395.459 -4,14 31,0 Total 1.341.914 1.547.511 15,32 1.270.093 1.277.013 0,54 100

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China Enero-Mayo 2014 Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un valor de U$S 712 millones. Como consecuencia del remanente de la buena cosecha alcanzada durante la campaña 2013-14 por China, se observa un aumento del 20% en el volumen de ajo exportado, pero una contracción del -7,8% en su valor en comparación a igual período de 2013 por la contracción en el nivel de precios.

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013)

Posición arancelaria Descripción

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 (U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 70,3 07129050 Ajo seco 61.027 71.920 17,8 160 149 -6,7 21,0

07032090 Otras partes del ojo, frescas o refrigeradas 22.104 24.198 9,5 40 34 -16,1 4,8

07032020 Tallos o plántulas de ajo, frescas o refrigeradas 7.804 8.124 4,1 12 12 6,0 1,8

20019010 Ajos preservados en vinagre o en ácido acético 2.829 3.993 41,1 5 7 27,0 1,0

07108020 Tallos o plántulas de ajo, congeladas 2.395 2.736 14,2 4 5 13,0 0,6

07119034 Ajos, en salmuera 3.378 3.097 -8,3 5 4 -24,3 0,5 07108030 Ajo congelado 140 241 72,7 0 1 42,5 0,1

Total general 619.685 743.988 20,1 772 712 -7,8 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

Como puede observarse en el siguiente cuadro de evolución de las exportaciones mensuales, en los primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo período de 2013, tal como se indicó anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte la menor producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional.

Posición arancelaria Descripción Mes

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

(U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado Enero 99.544 159.421 60,2 106 121 13,8 24,2 Febrero 69.817 90.192 29,2 78 74 -4,9 14,8 Marzo 130.433 151.110 15,9 143 117 -18,2 23,4 Abril 103.609 127.450 23,0 110 103 -6,4 20,7 Mayo 116.605 101.507 -12,9 107 85 -21,1 16,9

Total general 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

6

Exportaciones de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013

País Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % U$S 2013 2012 2013 Var. (%) 2012 2013 Var. (%)

Indonesia 399.837 444.003 11,05 332.289 340.709 2,53 26,7 Brasil 96.447 124.862 29,46 113.517 124.106 9,33 9,7 Vietnam 137.882 161.593 17,20 99.772 110.948 11,20 8,7 Malasia 83.692 94.601 13,03 81.990 76.899 -6,21 6,0 Tailandia 51.660 72.764 40,85 57.789 71.411 23,57 5,6 Filipinas 65.538 68.044 3,82 56.159 56.687 0,94 4,4 Holanda 32.321 27.758 -14,12 42.937 34.373 -19,94 2,7 Emiratos Árabes 36.075 41.018 13,70 37.583 37.048 -1,42 2,9 Estados Unidos 30.648 28.272 -7,75 35.513 29.374 -17,29 2,3 Otros 407.814 484.595 18,83 412.544 395.459 -4,14 31,0 Total 1.341.914 1.547.511 15,32 1.270.093 1.277.013 0,54 100

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China Enero-Mayo 2014 Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un valor de U$S 712 millones. Como consecuencia del remanente de la buena cosecha alcanzada durante la campaña 2013-14 por China, se observa un aumento del 20% en el volumen de ajo exportado, pero una contracción del -7,8% en su valor en comparación a igual período de 2013 por la contracción en el nivel de precios.

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013)

Posición arancelaria Descripción

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 (U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 70,3 07129050 Ajo seco 61.027 71.920 17,8 160 149 -6,7 21,0

07032090 Otras partes del ojo, frescas o refrigeradas 22.104 24.198 9,5 40 34 -16,1 4,8

07032020 Tallos o plántulas de ajo, frescas o refrigeradas 7.804 8.124 4,1 12 12 6,0 1,8

20019010 Ajos preservados en vinagre o en ácido acético 2.829 3.993 41,1 5 7 27,0 1,0

07108020 Tallos o plántulas de ajo, congeladas 2.395 2.736 14,2 4 5 13,0 0,6

07119034 Ajos, en salmuera 3.378 3.097 -8,3 5 4 -24,3 0,5 07108030 Ajo congelado 140 241 72,7 0 1 42,5 0,1

Total general 619.685 743.988 20,1 772 712 -7,8 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

Como puede observarse en el siguiente cuadro de evolución de las exportaciones mensuales, en los primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo período de 2013, tal como se indicó anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte la menor producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional.

Posición arancelaria Descripción Mes

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

(U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado Enero 99.544 159.421 60,2 106 121 13,8 24,2 Febrero 69.817 90.192 29,2 78 74 -4,9 14,8 Marzo 130.433 151.110 15,9 143 117 -18,2 23,4 Abril 103.609 127.450 23,0 110 103 -6,4 20,7 Mayo 116.605 101.507 -12,9 107 85 -21,1 16,9

Total general 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

pero una contracción del ‑7,8% en su valor en com‑paración a igual período de 2013 por la contracción en el nivel de precios.

Como puede observarse en el siguiente cuadro de evolución de las exportaciones mensuales, en los primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo período de 2013, tal como se indicó ante‑riormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contracti‑va, coincidiendo con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 41

Mercado do Alho

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

6

Exportaciones de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013

País Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % U$S 2013 2012 2013 Var. (%) 2012 2013 Var. (%)

Indonesia 399.837 444.003 11,05 332.289 340.709 2,53 26,7 Brasil 96.447 124.862 29,46 113.517 124.106 9,33 9,7 Vietnam 137.882 161.593 17,20 99.772 110.948 11,20 8,7 Malasia 83.692 94.601 13,03 81.990 76.899 -6,21 6,0 Tailandia 51.660 72.764 40,85 57.789 71.411 23,57 5,6 Filipinas 65.538 68.044 3,82 56.159 56.687 0,94 4,4 Holanda 32.321 27.758 -14,12 42.937 34.373 -19,94 2,7 Emiratos Árabes 36.075 41.018 13,70 37.583 37.048 -1,42 2,9 Estados Unidos 30.648 28.272 -7,75 35.513 29.374 -17,29 2,3 Otros 407.814 484.595 18,83 412.544 395.459 -4,14 31,0 Total 1.341.914 1.547.511 15,32 1.270.093 1.277.013 0,54 100

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China Enero-Mayo 2014 Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un valor de U$S 712 millones. Como consecuencia del remanente de la buena cosecha alcanzada durante la campaña 2013-14 por China, se observa un aumento del 20% en el volumen de ajo exportado, pero una contracción del -7,8% en su valor en comparación a igual período de 2013 por la contracción en el nivel de precios.

Estructura de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013)

Posición arancelaria Descripción

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 Ene-Mayo

2013 Ene-Mayo

2014 Var. %

2014/2013 (U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 70,3 07129050 Ajo seco 61.027 71.920 17,8 160 149 -6,7 21,0

07032090 Otras partes del ojo, frescas o refrigeradas 22.104 24.198 9,5 40 34 -16,1 4,8

07032020 Tallos o plántulas de ajo, frescas o refrigeradas 7.804 8.124 4,1 12 12 6,0 1,8

20019010 Ajos preservados en vinagre o en ácido acético 2.829 3.993 41,1 5 7 27,0 1,0

07108020 Tallos o plántulas de ajo, congeladas 2.395 2.736 14,2 4 5 13,0 0,6

07119034 Ajos, en salmuera 3.378 3.097 -8,3 5 4 -24,3 0,5 07108030 Ajo congelado 140 241 72,7 0 1 42,5 0,1

Total general 619.685 743.988 20,1 772 712 -7,8 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

Como puede observarse en el siguiente cuadro de evolución de las exportaciones mensuales, en los primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo período de 2013, tal como se indicó anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte la menor producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional.

Posición arancelaria Descripción Mes

Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

Ene-Mayo 2013

Ene-Mayo 2014

Var. % 2014/2013

(U$S 2014)

07032010 Ajo fresco /refrigerado Enero 99.544 159.421 60,2 106 121 13,8 24,2 Febrero 69.817 90.192 29,2 78 74 -4,9 14,8 Marzo 130.433 151.110 15,9 143 117 -18,2 23,4 Abril 103.609 127.450 23,0 110 103 -6,4 20,7 Mayo 116.605 101.507 -12,9 107 85 -21,1 16,9

Total general 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 100 Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca

Embajada de Argentina en la República Popular China

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Los principales destinos de exportación en los primeros cinco meses del 2014 del ajo de China fueron Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia, Bangladesh, Filipinas, Emiratos Árabes, EE.UU. y Arabia Saudita. En relación a Brasil, es de destacar que no se evidencia por el momento un impacto significativo del incremento a principio de 2014 del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que pasó de 0,52 U$S/Kg a 0.78 U$S/Kg.

Exportaciones Chinas de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) - Enero - Mayo 2013-2014

País Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % U$S

2014 Ene-Mayo 2013 Ene-Mayo 2014 Var. (%) Ene-Mayo 2013 Ene-Mayo 2014 Var. (%) Indonesia 155.021 178.563 15,19 143.428 119.908 -16,40 27,5 Vietnam 57.972 71.027 22,52 36.093 89.696 148,52 20,5 Brasil 39.391 37.222 -5,51 57.052 30.370 -46,77 7,0 Malasia 37.121 37.033 -0,24 39.290 26.612 -32,27 6,1 Tailandia 27.200 28.468 4,66 31.852 25.208 -20,86 5,8 Bangladesh 10.845 28.603 163,75 8.156 16.996 108,38 3,9 Filipinas 23.709 23.059 -2,74 25.231 14.865 -41,09 3,4 Emiratos Árabes 13.225 17.773 34,40 16.479 14.828 -10,02 3,4 EE.UU. 9.477 15.151 59,88 13.361 13.728 2,75 3,1 Arabia Saudita 14.124 17.061 20,79 13.849 12.864 -7,11 2,9 Otros 64.271 92.103 43,30 79.742 71.486 -10,35 16,4 Total general 452.354 546.064 20,72 464.534 436.561 -6,02 100

Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China

la menor producción y la mayor competencia exis‑tente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional.

Los principales destinos de exportación en los pri‑meros cinco meses del 2014 del ajo de China fue‑ron Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia, Bangladesh, Filipinas, Emiratos Árabes, EE.UU. y Arabia Saudita. En relación a Brasil, es de destacar que no se evidencia por el momento un impacto significativo del incremento a principio de 2014 del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que pasó de 0,52 U$S/Kg a 0.78 U$S/Kg.

1 Unidad de medida de superficie tradicional china: 1 Mu = 0,0667 hectárea.2 Presentación realizada por el Sr. LI Shaunglei, Gerente General de la empresa JinXiang HuanGuang Foods Imports and Exports durante la conferencia ofrecida en la China Garlic 2014.3 Información presentada en el seminario China Garlic 2014 por la empresa OLAM Co., Ltd.4 DOC/CAP/020-2011 del 11 de agosto de 2011.

5 Presentación realizada por el Sr. DING Jian de la empresa Juye Goodfarmer Frutas y Hortalizas Co. Ltd, en el Seminario “China Garlic 2013” realizado en la ciudad de Kaifeng, provincia de Henan, R. P. de China – Mayo de 2013.6 Comprende las siguientes posiciones arancelarias: 0703.2010; 0703.2020; 0703.2090; 0710.8020; 0710.8030; 0711.9034; 0712.9050 y 2001.9010 (Ajos frescos o refrigerados, tallos o plántulas de ajo frescas o refrigeradas, otras partes del ajo frescas o refrigeradas, tallos o plántulas de ajo congeladas, ajos congelados, ajos en salmuera, ajos secos y ajos preservados en vinagre o en ácido acético).

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44 | NossoAlho | Agosto de 2014

Artigo

O aluno de agronomia sai da universidade para o mercado de trabalho com a sensação de não saber nada, o que não é privilégio dos recém formados em agronomia, mas da maioria dos cursos de graduação. Contudo, as ferramentas para adquirir conhecimento são bastante amplas e variadas, tais como estágios, dias de campo, participação em congressos e especialização.

No meu ponto de vista o que falta nos cursos de graduação é a for‑mação de profissionais que tenham como característica principal o es‑pírito empreendedor e inovador. As faculdades devem formar alunos que tenham vontade de voltar para a faculdade para se aprimorarem cada vez mais e não pela simples necessidade de terem um diploma.

Isto posto, realço que a olericultura é um ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas (abrange 60 hortaliças), comumente conhecidas como hortaliças e que engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos, conforme relata o saudoso professor Fernando Filgueira no seu livro Novo Manual de Olericultura (2008).

Ensino de Olericultura: visão do empregador

Rafael Jorge Corsino

Matrice Consultoria em Agronegócios

Palestra ministrada por Rafael Corsino no 2º Forum sobre o Ensino de Olericultura no Brasil na Universidade Federal do Tocantins, na cidade de Palmas-TO

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 45

Artigo

A olericultura é uma atividade agro econômica altamente intensiva em seus mais variados aspec‑tos, em contraste com outras atividades agrícolas extensivas. Sua exploração econômica exige alto in‑vestimento na área trabalhada, em termos físicos e econômicos. Em contrapartida, possibilita a obten‑ção de elevada produção física e de alto rendimento bruto e líquido por hectare cultivado e por hectare/ano. Outras características importantes nos empre‑endimentos hortícolas são a intensa utilização de tecnologias modernas, constante mudança, e o re‑duzido tamanho da área ocupada, porém, intensiva‑mente utilizada, tanto no espaço quanto no tempo.

É preciso que os alunos de olericultura e, também as instituições de ensino, estejam atentos às tendên‑cias de mercado uma vez que o sucesso das empresas que atuam no agronegócio depende do atendimento às exigências dos consumidores finais e do aumento da competitividade no mercado. Para tanto, os pro‑fissionais devem estar preparados para enfrentarem novos desafios, incorporando ao conhecimento tec‑nológico o conhecimento holístico do agronegócio,

desde o sistema de produção da cultura hortícola até a comercialização do produto final e a interação com o meio ambiente.

Dessa forma as mudanças do mundo do trabalho exigem profissionais:

• Capazes de se relacionar com o público;

• Capazes de se comunicarem, tanto verbalmente como pela escrita;

• Com experiência técnica de qualidade;

• Com conhecimento tecnológico atualizado;

• Com qualificação profissional continuada;

• Capazes de trabalhar em equipe;

• Com capacidade de geração e implantação de novas tecnologias;

• Criativos;

• Capazes de antever, identificar e solucionar problemas;

• Responsabilidade social e ambiental;

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46 | NossoAlho | Agosto de 2014

Artigo

Assim o graduado em agronomia que busca traba‑lhar com olericultura deve possuir o seguinte perfil:

• Capacidade de usar o conhecimento e as tecnologias como instrumentos para compreender e propor soluções práticas e viáveis para os problemas do setor;

• Atitudes tais como: curiosidade, criatividade, flexibilidade, espírito crítico, humildade científica, autonomia, responsabilidade, respeito pela vida e pela natureza;

• Habilidade de organizar e comparar informações, estruturando‑as e participando do processo de produção do saber;

• Capacidade de testar ideias, formular hipóteses, observar, contextualizar e planejar;

• Consciência do papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento socioeconômico regional mitigando o impacto ambiental;

• Importância da formação continuada e aprimoramento de conhecimentos científicos e tecnológicos;

• Inteligência emocional, consciência ambiental valores éticos profissionais, de respeito e tratamento com as pessoas.

• Capacidade de comunicação: Capacidade para desenvolver estudos e pesquisas com vistas a minimizar problemas sociais e ambientais.

Podemos concluir do perfil desejado pelo merca‑do de trabalho que o conhecimento técnico não é o fator de maior peso na hora da contratação do profissional, mas sim um perfil empreendedor e éti‑co. O empreendedorismo, ainda que presente em toda a história econômica contemporânea é hoje um fenômeno global dado as profundas mudanças nas relações internacionais entre países e empresas, no modo de produção, nos mercados de trabalho e na formação profissional.

O que observo como empregador e agrônomo é que as empresas que têm dentre seus objetivos

a busca da eficiência, procuram um profissional com o perfil de empreendedor corporativo. Assim, investir na disseminação organizada do empreen‑dedorismo será fator fundamental de progresso econômico e social e também fonte de geração de novos empregos.

Quando analisamos a raiz da palavra “empreen‑dedor” do francês entrepreneur, verificamos que sig‑nifica “fazer algo”. Uma das primeiras definições da palavra “empreendedor” foi elaborada no início do século XIX pelo economista francês J.B. Say, como aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”. O termo “entrepreneur” foi incorporado à língua inglesa no início do século XIX. Entre os economis‑tas modernos, quem mais se debruçou sobre o tema foi Joseph Schumpeter, que teve grande influência sobre o desenvolvimento da teoria e prática do em‑preendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve como a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo empreende‑dorismo permite ao sistema econômico renovar‑se e progredir constantemente.” De acordo com Schum‑peter (1975), “sem inovação, não há empreendedo‑res, sem investimentos empreendedores, não há re‑torno de capital e o capitalismo não se propulsiona.”

O empreendedorismo é hoje um fenômeno global, sobre o qual diversas instituições públicas e privadas têm investido para pesquisar e incentivar. Existe uma clara correlação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico. Os resultados mais explí‑citos manifestam‑se na forma de inovação, desen‑volvimento tecnológico e geração de novos postos de trabalho. A riqueza gerada pelos empreendedores contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e, não raras vezes, é reinvestida em novos empreendimentos e, de maneira indireta, nas pró‑prias comunidades.

O processo de empreender envolve todas as fun‑ções, atividades e ações associadas à percepção de oportunidades e à criação de organizações que bus‑cam organizadamente estas oportunidades. Cinco elementos ou qualidades são fundamentais na ca‑racterização de um empreendedor:

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 47

Artigo

• Criatividade e inovação: empreendedores conseguem identificar oportunidades, grandes ou pequenas, onde ninguém mais consegue notar;

• Habilidade ao aplicar esta criatividade: eles conseguem direcionar esforços num único objetivo;

• Força de vontade e fé: eles acreditam fervorosamente em sua habilidade de mudar o modo como as coisas são feitas e têm força de vontade e paixão para alcançar o sucesso;

• Foco na geração de valor: eles desejam fazer as coisas da melhor maneira possível, do modo mais rápido e mais barato;

• Correr riscos: quebrando regras, encurtando distâncias e indo contra o status quo.

Na verdade, o empreendedor é a pessoa que con‑segue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma idéias em realidade, para benefí‑cio próprio e para benefício da comunidade. Por ter

criatividade e um alto nível de energia, o empreen‑dedor demonstra imaginação e perseverança, aspec‑tos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma idéia simples e mal‑estruturada em algo concreto e bem‑sucedido no mercado (CHIAVENATO, 2007).

De certo, o futuro profissional da olericultura deve ser empreendedor e pautar‑se sempre pela busca da inovação, ainda que precise compatibilizar os inte‑resses gerais da empresa que trabalha. Dessa forma, não basta que seja competente, entusiasmado, ativo e preparado. Também é preciso que seja racional, flexível, tolerante e persistente. Deve ser o responsá‑vel por procurar novos parceiros e investigar novas tecnologias e oportunidades de negócios. No am‑biente interno, terá como atribuições mobilizar pes‑soas, aproveitar inteligentemente recursos materiais e financeiros, potencializar e adaptar os mecanismos produtivos já existentes, modificar hábitos e regu‑larmente prestar contas de suas iniciativas. Enfim, precisa atuar também com diplomacia e administrar interesses eventualmente divergentes. Deve ser um expert em relacionamentos e precisa cultivar a hu‑mildade para aprender permanentemente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Filgueira, F.A.R Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 edição. Viçosa. UFV, 2008. 421p.

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas : um guia efi ciente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed. rev. E atualizada. São Paulo. Saraiva, 2007.

SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper, 1975.

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48 | NossoAlho | Agosto de 2014

Artigo

Pesquisas da EPAGRI buscam estabelecer novas

tecnologias de produção na cultura do alho em

Santa Catarina

Dr. Anderson Luiz Feltrim

Engenheiro Agrônomo

Pesquisador em Produção Vegetal - Olericultura Caçador-SC

As características de relevo, clima e estrutura fun‑diária e social propiciaram com que a horticultura se tornasse uma atividade primordial nas pequenas propriedades do estado de Santa Catarina. Isto fez com que a cultura do alho, entre outras culturas de alta densidade econômica, se desenvolvesse ao pon‑to de ser, por um longo período, uma das principais atividades econômica de vários municípios do estado.

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Agosto de 2014 | NossoAlho | 49

Artigo

O estado de Santa Catarina é um dos principais produtores de alho nobre, respondendo atualmente por cerca de 17,6% da produção nacional. O uso intensivo de mão de obra, tecnologia e capital, tem viabilizado a pequena e média propriedade nas re‑giões produtoras, sendo, portanto, o alho um pro‑duto de grande importância socioeconômica para o estado.

No entanto, os últimos quinze anos foram um pe‑ríodo crítico para a produção de alho, não só em Santa Catarina, mas em todo o país. O alto volume de importação com baixos preços, principalmente da China, reflete diretamente na permanência do pequeno produtor nesta atividade. A baixa produ‑tividade e o alto custo de produção estão entre as causas que mais contribuem para agravar a crise. Para que os produtores obtenham melhor rentabi‑lidade com a cultura, permanecendo na atividade e contribuindo para diminuir a dependência do Bra‑sil da importação, é necessário que todos os fatores influentes na produção estejam otimizados.

Entre estes fatores, o fornecimento de nutrientes em quantidades e proporções adequadas via solo, sua complementação via fertilizantes e o acompa‑nhamento do status nutricional da planta são etapas crucias para o sucesso na atividade. Estas etapas de‑vem ser avaliadas e acompanhadas pela análise do solo e de tecido vegetal anualmente ou durante o ciclo cultural.

Paralelo a isso, a utilização de sementes livres de vírus, produzidas a partir de técnicas de cultura de tecidos de plantas, surgiu recentemente na cadeia

produtiva de alho no Brasil, como uma das mais importantes alternativas para melhorar a produtivi‑dade das lavouras. Tais sementes, embora de preço superior às produzidas pelo método convencional, têm a vantagem de serem isentas de doenças causa‑das por vírus, além de apresentarem maior poten‑cial para produtividade. Com relação à produção, verifica‑se aumentos que variam de 8,8 a 99,8% para plantas com limpeza de vírus provenientes da cultura de tecidos em relação às multiplicadas de forma convencional, infectadas com vírus.

Notoriamente, a limpeza de vírus proporcionou ganhos consideráveis na produtividade. Por outro lado, as recomendações de adubação nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda são base‑adas nas calibrações realizadas na década de 80 e 90, num período em que o nível tecnológico e as produ‑tividades eram bem inferiores e, o mais importante, para cultivares infectada com vírus, que apresentam crescimento e produtividade de bulbos limitados. Desta forma, as doses destes nutrientes atualmen‑te recomendadas podem não estar de acordo com a necessidade das plantas, não permitindo que as plantas expressem todo seu potencial produtivo. Profissionais que prestam assistência e produtores de alho, desacreditados das atuais recomendações de adubação para o alho livre de vírus, acabam uti‑lizando doses e fontes de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) não condizentes com as necessidades das plantas.

Diante desse cenário, que está exigindo rápi‑das mudanças do setor produtivo a EPAGRI,

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ArtigoArtigo

Estação  Experimental De Caçador, em consonân‑cia com os interesses da cadeia produtiva do alho, organizada na Associação Nacional de Produtores de Alho (ANAPA), Associação Catarinense de Pro‑dutores de Alho (ACAPA) e Cooperativa do Alho (Cooperalho) está empenhada no desenvolvimen‑to de pesquisas visando disponibilizar tecnologias de cultivo que atendam às expectativas em relação ao aumento da produtividade das lavouras de alho, observando a diminuição de custos de produção, bem como o racionamento de insumos.

Entres as linhas de pesquisa em desenvolvi‑mento na Epagri destaca‑se o estabelecimento de novas recomendações de N, P e K que serão de‑senvolvidas pelos pesquisadores Drs. Anderson Luiz Feltrim e Leandro Hahn. Outro aspecto a ser estudado é a definição dos teores críticos de N, P e K no solo e estabelecer as faixas de valores de nutrientes considerados adequados em folhas de  alho. Estes experimentos serão instalados na safra de 2015 nas principais regiões produtoras de alho de  SC. O  pesquisador Feltrim determinou, em pesquisa recentemente finalizada, as curvas de absorção de nutrientes, que de modo mais efetivo, auxiliam no programa de adubação, principalmen‑te na quantidade dos diferentes nutrientes que de‑vem ser aplicados nos distintos estádios fisiológicos da cultura, para evitar desequilíbrios nutricionais pelo fornecimento errôneo de nutrientes em ferti‑lizações sub ou superestimadas. Desta forma, uso eficiente de fertilizantes deve priorizar qual fonte de fertilizante utilizar, quando e como aplicar e qual o retorno econômico.

Além de pesquisas na área de adubação e nutrição de plantas, o pesquisador Dr. Renato Luís Vieira vem desenvolvendo um projeto visando erradi‑car vírus das lavouras de alho de Santa Catarina. O  alho é uma espécie de propagação vegetativa, ou seja, a semente utilizada para formar novos culti‑vos é o próprio bulbilho (dente do alho) e, em fun‑ção disso, os vírus perpetuam nas plantas ao longo dos anos, causando doenças e impedindo que a planta expresse seu verdadeiro potencial produtivo. A produtividade média do alho catarinense hoje é de 7,8 toneladas por hectare, acima da produtivida‑de média brasileira que atinge em torno de 6,2 to‑neladas por hectare. A expectativa da Epagri, com a

oferta dessas sementes, é que, em médio  prazo, a  produtividade média das lavouras de alho em Santa Catarina chegue a 12 toneladas de bulbos por hectare. A pesquisa para limpeza de vírus das culti‑vares teve início no ano de 2005 e já atendeu, até o momento, mais de 300 produtores de alho, de Santa Catarina e do Brasil.

Estas pesquisas buscam subsidiar os produtores de alho de SC com informações úteis para alavan‑car a produção desta importante hortaliça e ofertar aos produtores de alho uma semente livre de vírus, melhorando a competitividade dos mesmos frente aos alhos importados.

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Artigo

Aspectos do mercado de cebola argentino

Produção, exportação e importação

1. INtRODuÇãO

A produção de cebola é a atividade em destaque do Vale Bonaerense do Rio Colorado no sul da Provin‑cia de Buenos Aires. Nessa região se produz mais do 50% da cebola que é consumida na Argentina e mais do 80% da exportação. Nesse informe apresenta‑se o panorama da situação da produção e comercialização de Argentina.

2. pRODuÇãO NA ARgENtINA

Na Argentina encontram‑se três grandes regiões produtoras de ce‑bola de importância na oferta nacional e para a exportação. A região norte com Santiago del Estero e Salta, a região centro oeste com as provincias de San Juan e Mendoza e a região sul com Buenos Aires e os vales patagônicos da Provincia de Rio Negro (Figura nº1).

Eng. Agr. Daniel Iurman

INTA EEA Hilario Ascasubi

Junho de 2014Eng. Agr. Daniel Iurman

Eng. Agr. Julián Pérez Pizarro

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Artigo

Figura Nº1: Regiões produtoras de cebola na Argentina

Algumas características em destaque de cada região:

REgIãO NORtE Santiago del Estero e Salta1

•Predominam as cebolas de dias curtos, do tipo valenciana. Nas últimas zafras foram realizadas as primeiras experiências com cebolas de cor (brancas e roxas).

•A oferta é concentrada de agosto até os primeiros dias do mês de novembro e o destino é exclusivamente o mercado interno. Excepcionalmente realizam‑se envios ao Brasil.

•Na zafra 2013/14 estima‑se uma superfície cultivada de 4.600 hectares com produtividade média de 15‑20 tons/ha.

•A superfície cultivada final de uma zafra está condicionada pela disponibilidade de recursos económicos dos produtores e pelas condições climáticas, principalmente chuvas durante o período de semeadura (março e abril).

•A estimativa de produção é de 50.000 até 75.000 toneladas ao ano.

1 - Informações fornecidas pelos Engs. Eve Luz Yñiguez e Fernando Fernández do INTA Santiago del Estero

REgIãO CENtRO OEStE Mendoza e San juan2

•Predominam as cebolas de dias intermédios e compridos.

•A oferta principal é de outubro a fevereiro. O principal destino é o mercado interno.

•Dos 6.000 hectares históricos que foram cultivados na região, hoje são plantados menos da metade.

•Em Mendoza a tendência é semear variedades de ciclo curto

•Na zafra 2011/12 foram semeadas estimativamente 1.600 hectares de cebola valenciana e torrentina e 400 hectares de cebolas valencianas. 3

•Em San Juan são semeadas aproximadamente 700 hectares, de ciclo comprido principalmente. Muitos produtores ceboleiros têm migrado para a pecuária.

•A produtividade média é de 25 ‑ 40 toneladas por hectare.

•Destaca‑se a produção de semente de cebola, com aproximadamente 350 hectares ao ano.

•A produção estimada de cebola é de 50.000 a 80.000 toneladas anuais

2 - Informação do IDR de Mendoza e dados do Eng. Agr. Daniel Allende, INTA Jáchal (San Juan)

3 - Levantamento hortícola zafra 2011/12, IDR

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Artigo

REgIãO SuL Buenos Aires e vales patagônicos do Rio Negro

•Predominam cebolas de dias compridos para o mercado interno e exportação.

•Foram semeados 12.000 hectares em Buenos Aires no Vale Bonaerense do Rio Colorado (VBRC)4 e 3.500 hectares aproximadas em Rio Negro5.

•É a principal região de exportação de cebola ao Brasil.

•A cebola gera o maior valor bruto agropecuário do Vale.

•Superfície flutuante entre 12 e 16 mil hectares (gráfico nº1)

•O sistema de semeadura utilizado é de 70% em sulco e 30% em tablón6.

•Predomina irrigação por gravidade. Realizam‑se entre 800 e 1.000 hectares de irrigação por aspersão.

•Aproximadamente um 30% da produção da colheita é mecânica e com tendência a acrescer, com média de 100 colheitadeiras. A grande maioria delas é fabricada na região.

•Os custos de produção flutuam entre 5500 e 8200 reais por hectare segundo o caso, tipo de produtor, etc.

•Produtividade média de 40 ‑ 50 toneladas/ha.

0  2.000  4.000  6.000  8.000  

10.000  12.000  14.000  16.000  18.000  20.000  

1995/96  

1996/97  

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1999/2000  

2000/01  

2001/02  

2002/03  

2003/04  

2004/05  

2005/06  

2006/07  

2007/08  

2008/09  

2009/10  

2010/2011  

2011/2012  

2012/2013  

2013/2014  

Has  

Gráfico nº1: Superfície com

cebola no VBRC (em hectares)

Fonte: Base de dados CORFO - UNS

4 - Base de datos CORFO - UNS 5 - Fonte: Eng. Úrsula García Lorenzana (FunBaPa) 6 - Base de dados CORFO - UNS 7 - Considera-se 12% de perda dos lotes e 15% de perda de poscolheita. Não implica que seja comercializada.

•Aluguel médio de 15 toneladas por hectare (600 sacas de 25 kg cada).

•Estão se realizando maiores controles por parte dos Estados provincial e nacional na atividade, em relação a questões impositivas e cadastro de trabalhadores.

•Existem atravessadores brasileiros que trabalham exclusivamente com o produto argentino. A maioria deles moram em Porto Xavier.

•A estimativa da oferta para a região sul pode chegar até 450.000 toneladas7

•Porém, a oferta das três principais regiões produtoras é de 600.000 toneladas/ano.

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3. COMERCIALIzAÇãO DE CEBOLA

3.1. Mercado interno argentino

Na Argentina o consumo interno flutua entre 10 a 12 kg/hab/ano, o que representa uma estimativa de demanda de 40.000 toneladas de cebola ao mês. No Mercado Central de Buenos Aires a oferta do produto é abastecida pela região sul (Buenos Aires e Rio Negro) de fevereiro até setembro, e de outubro até janeiro pelas regiões norte (Santiago del Estero) e centro oeste (Mendoza e San Juan).

Embaixo apresenta‑se a tabela nº1 com estimativa de cebola comercializada por cada região por mês, o valor total e valores de exportação médios dos últi‑mos anos.

Observa‑se na tabela nº1, que os meses de março a julho são os de maior excedente de oferta de cebo‑la argentina. Essa é a mercadoria que se oferece ao mercado externo. Em geral o mercado interno está fornecido com o produto nacional, embora em ou‑tubro, novembro tem tido faltantes de cebola, con‑tudo pela falta de oferta da região norte.

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1.000  

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3981

4  39

845  

3987

3  39

904  

3993

4  39

965  

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026  

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8  40

148  

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210  

4023

8  40

269  

4029

9  40

330  

4036

0  40

391  

4042

2  40

452  

4048

3  40

513  

Ingresos  mensuales  al  Mercado  Central  de  Buenos  Aires  Por  regiones  en  toneladas.  Fuente:  MCBB  

Buenos  Aires  y  Río  Negro  Mendoza  y  San  Juan  SanAago  del  Estero  Otros  

Gráfico nº2: Ingressos de

cebola ao Mercado Central de Buenos

Aires (toneladas)

Tabela nº1: Estimativa do

volume de cebola disponível para

comercializar por mês para cada

uma das principais regiões (Miles de toneladas).

Fonte: Elaboração própria em base e dados da

Corporación del Mercado Central de Buenos Aires

Fonte: Elaboração própria

Norte Centro Sul Total ExportaçãoJaneiro 25 15 40

Fevereiro 5 35 40Março 60 60 20Abril 80 80 40Maio 90 90 50

Junho 80 80 40Julho 55 55 15

Agosto 5 40 45 5Setembro 15 25 40Outubro 25 5 5 35

Novembro 10 20 5 35Dezembro 5 25 10 40

TOTAl 70 80 450 600 170

Artigo

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2.000  

4.000  

6.000  

8.000  

10.000  

12.000  

14.000  

16.000  

Enero  

Febrero  

Marzo  

Abril  

Mayo  

Junio  

Julio  

Agosto  

Octubre  

 Noviembre  

 Diciembre  

Tone

lada

s  /  m

esítu

lo  del  eje   2003  

2004  

2005  

2006  

2007  

2008  

2009  

2010  

2011  

2012  

2013  

Gráfico nº3: Importações

argentinas de cebola (tons/mês). Período 2003/2013

Fonte: SENASA. Oficina de Estatísticas de

Comercio Exterior.

Fonte: SENASA. Oficina de estadísticas de comercio exterior

3.2. Importações argentinas de cebola

Tem sido pouco importante o volume de impor‑tação de cebola (média de 4.630 toneladas no pe‑ríodo 2003/2013). O máximo valor atingido foi de quase 30 mil toneladas em 2007, todas do Bra‑sil. Também se registram anos com ingressos do Chile. Os meses de maior entrada de mercadoria coincidem com o fim da oferta do sul e o começo da oferta da região norte (gráfico nº3).

3.4. Exportações argentinas de cebola

Argentina é um dos principais exportadores mundiais de cebola pelo volume comercializado, ocupando entre o sétimo e décimo lugar de acordo ao ano segundo dados da FAO. A cebola é a prin‑cipal hortaliça argentina de exportação em volu‑me com 250 mil toneladas em 2010 e terceira em valor, com 106 milhões de u$s esse ano (primeiro alho com 186 e logo do feijão com 127 milhões de u$s respectivamente). O principal destino históri‑co das exportações de cebola Argentina é o Brasil, seguido pela União Europeia e outros países da América do Sul. No gráfico nº4 apresentam‑se os dados de exportação de 2011 e 2013. Nesse grá‑fico pode se enxergar a importância do mercado brasileiro como destino do produto argentino.

No gráfico n° 5 se apresentam os volumes expor‑tados ao Brasil do ano 1997 até 2013. A principal flutuação se produz entre fim e começo do século passado. O elevado ingresso de cebola argentina ao

Brasil  95%  

España,  Francia,  Italia  

0%  

2Paraguay  3%  

Otros  2%   2013  

Total:  229.672  ton  

Brasil  82%  

España,  Holanda,  Italia  9%  

2Paraguay  6%  

Otros  3%  

2011  Total:  212.361  ton  

Gráfico nº4: Exportações argentinas de cebola em 2011 e 2013

Artigo

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Artigo

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1996  1997  

1998  1999  

2000  2001  

2002  2003  

2004  2005  

2006  2007  

2008  2009  

2010  2011  

2012  2013  

Brasil:  Importación  de  cebolla  argen5na  Ton/año.  Fuente:  Secretaría  de  comercio  exterior  Brasil  

Gráfico nº5: Evolução das exportações

Argentinas ao Brasil (tons/ano)

Fonte: Secretaria de Comercio

Exterior do Brasil.

mercado brasileiro produz sérios inconvenientes para os produtores brasileiros, que ainda hoje lembram do fato. Essa elevada exportação é coincidente com os picos de superfície plantada no sul, produto de anos anteriores de bons preços. A sobre oferta produziu preços extremadamente baixos. O preço passou de 30 dólares a 0,50 dólares por saca de 25 quilos na região sul. Los últimos anos também tem se acrescen‑tado a flutuação na demanda desde o Brasil. Quanto à época do ano do ingresso da cebola argentina ao Brasil, as exportações se concentram de março até ju‑nho (gráfico nº6). Observa‑se também a diferencia entre os dos últimos anos.

Exportações totais por região produtora (período 2003/2013)

No gráfico nº7 observa‑se como a província de Buenos Aires é a principal origem de exportação da cebola argentina.

Artigo

Pontos de saída da mercadoria argentina

Existem cidades de fronteira muito vinculadas com a comercialização da cebola. No gráfico nº8 se observa a importância que tem tido o comercio da cebola pela fronteira San Javier (Argentina) /Porto Xavier (Brasil). Existe uma infraestrutura organizada nesse local que tem se especializado na questão cebola, e é um ponto de oferta da cebola argentina no Brasil. Esses impor‑tadores e exportadores brasileiros em alguma medida tracionam o fluxo da cebola argentina no Brasil. Ou‑tro passo fronteiro que tem destaque é Santo Tomé/São Borja. É uma fronteira integrada, a onde a análise da mercadoria é feito em forma conjunta entre técni‑cos argentinos e brasileiros, o que tem como finalida‑de uma maior agilidade no trâmite a realizar.

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Artigo

Gráfico Nº6: Escoamento das

exportações argentinas ao

Brasil (tons/mês)Fonte: SENASA. Oficina

de estadísticas de comercio exterior

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 Ene    Feb    Mar    Abr    May    Jun    Jul    Ago    Set    Oct    Nov    Dic  

Promedio  2003/2012   2013   2014  

Gráfico nº 7: Exportações

totais por província

(2003/2013) Fonte: SENASA. Oficina

de estadísticas de comercio exterior

0  

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600000  

800000  

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1800000  

 Buenos  Aires  

 Río  Negro   Mendoza   9San  Juan  

Tone

lada

s  

Provincia  

2013  

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2011  

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2009  

2008  

2007  

2006  

2005  

2004  

2003  

Gráfico nº8: Exportação por ponto de saída (média 2005/2011)

Fonte: FUNBAPA

 B.  de  Irigoyen/Dionisio  Cequeira  

16%  

 Puerto  Iguazú  

3%  

San  Javier/Porto  Xavier  55%  

Santo  Tomé/Sao  Borja  25%  

Evolução das exportações a Europa da região Sul

Essa situação de acréscimo da oferta da cebola na Eu‑ropa se vê também refletida na queda da demanda do produto argentino até a Europa (gráfico nº9).

Pode se observar uma tendência à queda dos volu‑mes exportados.

Os resultados comerciais das últimas zafras estão, sem dúvida, influenciados pelo acréscimo na produ‑ção e as melhores condições de armazenagem de cebo‑la na Europa. Isto é devido a uma menor demanda na Europa e pelo fato da concorrência da cebola europeia no mercado brasileiro, principal destino de exportação da cebola argentina.

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58 | NossoAlho | Agosto de 2014

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1999   2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008   2009   2010   2011   2012   2013  

Exportaciones  a  Europa  desde  Bs.  As.  Toneladas  por  año.  Fuente:  Funbapa  

Gráfico nº9: Exportações da

região sul até Europa (tons/ano)

Fonte: FunBaPa

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3.5. Alguns pontos para avaliar as perspectivas futuras de produção e exportação de cebola na Argentina

FATORES NEGATIVOS:•Falta de água para irrigação.

•Alta dependência do mercado brasileiro (muito instável).

•Dificuldade para regularizar parte da produção frente aos controles do Estado.

FATORES POSITIVOS:•Infraestrutura e operadores instalados no país.

•Desenvolvimento de novas áreas produtoras, novos investimentos.

•Expectativa de bons preços caso cair a oferta.

Artigo

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A PRODUÇÃO DE ALHO NA FAOSTAT

A FAO – Food and Agriculture Organization é um órgão da ONU – Organização das Nações Unidas, que trata do abastecimento, da agricultura.

O serviço de estatística da FAO ‑ FAOSTAT fornece informações da produção, exportação e importação de muitas culturas agrícolas. Aqui estão algumas informações sobre alho, com dados trabalhados da FAOSTAT.

1. A produção mundial de alho está crescendo mais que a popula‑ção, sinal de um grande aumento de consumo.

2. A população mundial cresceu 133 vezes entre 1960 e 2011 ‑ de 3 bilhões para 7 bilhões. A população prevista para 2083 é de 10 bilhões de pessoas.

3. A produção de alho cresceu 447 vezes entre 1961 e 2011 ‑ de 4 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas.

4. A China é a maior produtora de alho de 1961 (81%) a 2011 (83%). A participação chinesa caiu em alguns períodos e se recu‑perou. A produção de alho chinês cresceu mais de 4 vezes entre 1961 e 2011 – de 3,4 para 19 milhões de toneladas.

Anita de Souza Dias gutierrez

Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP

 

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1961 1970 1980 1990 2000 2005 2011

Evolução  da  população  mundial  e  da  produção  de  alho,  entre  1961  e  2011,  com  base  no  ano  de  1961

Produção População

Artigo

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5. O Brasil está entre os quinze maiores produ‑tores de alho do mundo. A sua participação na produção mundial se mantém acima de 0,5%, tendo chegado a mais de 1% em 1990, um ano de baixa produção na China. O cres‑cimento da sua produção tem sido contínua – quatro vezes entre 1961 e 2011.

6. Os cinco maiores produtores em 1961 foram China, Espanha, Índia, Egito e Itália com 91% da produção mundial. Em 2000 os cin‑co maiores produtores foram: China, Índia, República da Coréia, Egito e Estados Unidos, com 86% da produção mundial. O ano de 2011 mostrou algumas mudanças com China, Índia, Egito, República da Coréia e Federação Russa, como os cinco maiores produtores.

7. Alguns países, conhecidos como produtores de alho diminuíram a sua participação como a Espanha, que foi de 3,23% para 0,61% da produção mundial, a França que produzia 0,88% da produção mundial e em 2011 não teve registro de produção.

8. Outros países aumentaram bastante a sua produção como os Estados Unidos, que foi de 0,31 para 0,83%, Miamar que foi de 0,38 para 0,93%, o Bangladesh que foi de 0,80 para 0,91% e a Índia que foi de 3,10 para 4,61% da produção mundial, entre 1961 e 2011.

9. A Argentina e o Brasil são países com parti‑cipação na produção mundial semelhante – 0,72 e 0,65% respectivamente e variação de participação inferior a 5% entre 1961 e 2011. A produção dos dois países cresceu mais de quatro vezes no período, mas a sua participa‑ção na produção mundial continua pequena.

COMÉRCIO INtERNACIONAL DE ALhO, SEguNDO A FAOStAt

Aqui estão algumas informações sobre o comér‑cio internacional de alho, com dados trabalhados da FAOSTAT.

1. O volume de alho no mercado internacional cresceu 51 vezes entre 1961 e 2011 – de 38 mil toneladas para quase 2 milhões de tonela‑das em 2011. A produção de alho, no mesmo período, cresceu 4,47 vezes ‑ de 4 para 23 mi‑lhões de toneladas. 0

2. A participação do comércio internacional no escoamento da produção de alho cresceu mui‑to – de 0,90 para 8,50% da produção mundial.

3. Os dez países maiores importadores de alho em 1961 foram o Brasil (22,55%), Estados Unidos (20,30%), Cuba (15,03%), França (15,03%), Malásia (8,53%0, Sri Lanka (6,27%), Áustria (3,73%), Alemanha (2,67%), Itália (2,33%) e Singapura (2,13%) – 94% do total.

4. Os dez países maiores importadores de alho em 2011 foram Indonésia (30,74%), Bra‑sil (12,00%), Vietnam (10,82%), Malásia (6,45%), Estados Unidos (5,31%), Federação Russa (4,28%), Paquistão (3,54%), Emirados Árabes (3,39%), Bangladesh (2,23%) e Ará‑bia Saudita (3,23%) – 82,61% do total.

5. A FAOSTAT registrou, no período entre 1961 e 2011, 43 países importadores de alho. A sua composição teve grandes mudanças, ao longo dos anos.

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6. A entrada da China no mercado internacio‑nal de alho causou uma grande revolução na composição dos países exportadores de alho. Em 1961, 10 países responderam por 94% do volume: Itália, Argentina, Espanha, México, Chile, Peru, Índia, Singapura e Malásia. Em 2011, 13 países responderam por 98% da ex‑portação de alho: China, Argentina, Espanha, Holanda, México. França, Estados Unidos, Itália, Chile, Malásia, Emirados Árabes, Peru.

7. A participação da grande maioria dos maio‑res países exportadores de alho em 1961 caiu muito ou quase desapareceu. A participação da Itália diminuiu 49 vezes, a do Peru 28 ve‑zes, a do México 19 vezes, a da Argentina e da Espanha 4 vezes cada uma, a da Índia e Sin‑gapura despareceram, entre 1961 e 2011. A participação da China cresceu muito. Outros países que cresceram foram a Holanda, os Es‑tados Unidos, a Malásia e os Emirados Árabes.

8. Os Estados Unidos são grandes produtores, exportadores e importadores de alho. A sua participação no volume exportado chegou a 4% em 1990 e caiu para 0,60% em 2011. A sua participação na importação caiu – de 20% em 1961 para 5% em 2011. A sua produção cresceu 14 vezes no mesmo período – de 13 mil toneladas em 1961 para 191 mil tonela‑das em 2011.

9. O Brasil é um grande produtor e importa‑dor de alho. A sua participação no volume importado no mundo caiu de 22% em 1961 pra 12% em 2011 – de 8.451 toneladas para 163.623 toneladas – um crescimento de 19 vezes no volume importado.

10. O crescimento do volume importado e a diminuição da participação na importação mundial é possível pelo grande crescimento do volume de alho no mercado internacional.

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Estande em Cebola

O sucesso na produção de cebola depende de vários fatores, a começar pela escolha da variedade, do local e da época de plantio, passando pela correção e aduba‑ção do solo, pelo manejo cultural (adubações comple‑mentares, controle de plantas infestantes, irrigação) e controle de pragas e doenças, chegando a questões re‑lacionadas à colheita e pós‑colheita e à comercialização. Entretanto, o estabelecimento de um bom estande, ou seja, uma população de plantas por área adequada é, provavelmente, o fator mais importante para o sucesso no empreendimento como um todo. Em outras pala‑vras, se uma lavoura de cebola está com estande pleno aos 30 dias, é bem provável que ela renderá uma boa produtividade, inclusive conseguindo‑se estimar a pro‑dução com relativo grau de precisão, diferentemente do que ocorre, por exemplo, com tomate ou batata.

O cultivo de cebola pode ser feito por diferentes métodos, com des‑taque para o transplante de mudas produzidas em canteiros ou em bandejas e o semeio diretamente no local definitivo. Este último tem aumentado nos últimos anos em todas as regiões produtoras. No Cer‑rado mineiro e goiano, toda cebola é cultivada por esse método, salvo raras exceções como produção orgânica e produção para autoconsumo em quintais. No Estado de São Paulo, a semeadura direta representa cerca de 60 a 70% da área, cerca de 30% no Nordeste e no Sul do país, onde não era comum até poucos anos, a semeadura direta já ocupa

Nuno Rodrigo Madeira

Valter Rodrigues Oliveira

Embrapa Hortaliças Brasília-DF

Fator fundamental para o sucesso do empreendimento

Artigo

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uns 25% da área, com destaque para as regiões de Ituporanga, SC, e Irati, PR.

Como as falhas ocorrem predominantemente na fase inicial de estabelecimento da cultura, pelo mé‑todo do transplante de mudas, o estande fica auto‑maticamente definido no momento do transplante. Entretanto, esse método vem perdendo espaço pela grande exigência em mão‑de‑obra e pela dificul‑dade de estabelecer estandes maiores que 600.000 plantas por hectare, o que limita o atingimento de maiores níveis produtivos e melhor padroniza‑ção na distribuição de bulbos em classes de tama‑nho. Assim, o que se observa é o avanço do cultivo de cebola pelo método de semeadura diretamente no local definitivo. Entretanto, esse método exi‑ge maior investimento em máquinas e, na grande maioria dos casos, em irrigação e maior tecnifica‑ção da lavoura, com maiores cuidados com relação ao controle de plantas infestantes na fase inicial. Por esse método, tem‑se o desafio de distribuir as sementes na quantidade e uniformidade desejadas para que se obtenha o máximo do potencial produ‑tivo da cultura, considerando as particularidades de clima e época de plantio e as características genéti‑cas da cultivar escolhida.

Pode‑se realizar a semeadura direta de cebola pelo sistema de plantio convencional com preparo de solo por meio de subsolagem e/ou aração, gra‑dagem e passada de enxada rotativa. A depender da área, inúmeras passadas de máquinas podem ser necessárias, havendo relatos de até 10 passadas de máquina até a semeadura. A adubação costuma

ser realizada em área total entre duas passadas de enxada rotativa e o encanteiramento é simultâneo à passada da rotativa. Há iniciativas de semeadura direta sem encan‑teiramento ou em canteiros baixos de base larga, o que pode ser realizada em solos bem drenados e em épocas com baixo índice de chuvas.

Pelo sistema de plantio direto (SPD), tem‑se o plantio da cebola sobre a palhada de resíduos culturais de plan‑tas de cobertura previamente cultivadas para esse fim, efetuando‑se o revolvimento localizado do solo, restrito às linhas de plantio e sem encanteiramento. Na semea‑dura direta pelo SPD, a adubação é feita concomitante‑mente à semeadura.

Para a semeadura direta pelo plantio convencional com o solo encanteirado, utilizam‑se semeadoras pneu‑máticas que, em geral, dispõem as sementes em quatro, cinco ou seis linhas duplas, espaçadas de 8cm entre as linhas simples e 12cm entre o conjunto de linhas duplas. No SPD, a disposição das sementes é geralmente em linhas simples para facilitar o corte da palhada, havendo máquinas com 5, 7, 9 ou até 15 linhas espaçadas entre 30 e 45cm.

Em geral, trabalha‑se com a mesma população de plantas, seja em SPD com semeadura em linhas sim‑ples, seja em sistema convencional com semeadura em linhas duplas, de modo que, em linha  simples, apesar de não se perder espaço entre canteiros, a quantidade de

Artigo

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sementes a distribuir por metro linear é maior do que em linhas duplas. O adensamento na linha é viável em cebola em função da capacidade de arranjo espacial dos bulbos mesmo quando muito próximos, observando‑se que eles se arranjam para um lado e outro sem compro‑metimento de seu formato final.

Na semeadura, cuidados especiais devem ser considerados. O solo deve estar bem nivelado e as condições climáticas propícias à operação de máquinas. Deve‑se atentar para a velocidade de semeadura, reco‑mendando‑se que seja de no máximo de 3km/h. A pro‑fundidade de semeadura deve ser de 1 a 2 cm. A regu‑lagem da máquina deve ser criteriosa na distribuição de sementes e de adubo, no caso do SPD. Um operador, além do tratorista, deve acompanhar a semeadura em solo ou sobre a máquina, para monitorar a distribuição de sementes e adubos e a ocorrência de possíveis pro‑blemas com o corte da palhada, paralisação dos discos de sementes ou falhas na sucção de sementes nos discos, além, claro, da observação do momento certo de reabas‑tecimento com sementes e adubos.

Com relação à quantidade de sementes a  distribuir, deve‑se atentar para dois aspectos principais: variedade e condições de clima. Basicamente, as variedades híbri‑das suportam maior adensamento em função da maior uniformidade genética que as variedades de polinização aberta (não híbridas), que apresentam geralmente maior desuniformidade na germinação e emergência e no de‑senvolvimento. Na Região do Cerrado, por exemplo, têm‑se cultivado cebola na época seca do ano (março a setembro) com mais de 1 milhão de plantas por hec‑tare com a obtenção de altos rendimentos de bulbos de ótimo padrão comercial. Cultivos nesse mesmo local, quando coincidem com períodos de muita chuva, de‑vem ter um estande mais baixo, em torno de 600 a 800 mil plantas por hectare.

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No Sul do Brasil, deve‑se trabalhar com estandes mais baixos que no Cerrado, mesmo quando se utili‑zam híbridos, em função das chuvas frequentes e pe‑ríodos prolongados de alta umidade relativa ao longo de todo o ano. Tem‑se por base um limite em torno de 550 a 600 mil plantas por hectare em SC e PR. Para se ter uma comparação, tradicionalmente o cul‑tivo de cultivares O.P. (não‑híbridas) pelo método de transplante de mudas e em áreas não irrigadas da Re‑gião Sul é feito com 250 a 350 mil plantas por hec‑tare. O potencial produtivo fica restrito a 30 t/ha, talvez um pouco mais, porém o custo de produção é muito baixo e esse modelo ainda se ajusta às uni‑dades familiares de pequena escala. São Paulo fica em uma situação intermediária entre o Cerrado e o Sul, com regiões e épocas variáveis, o que exige uma análise mais localizada.

Tem sido pouco comum o emprego de semeadura direta de cultivares não híbridas, possivelmente em vista do investimento realizado com a semeadura di‑reta exigir que se obtenha maiores produtividades. As‑sim, em geral a semeadura direta é casada com a ado‑ção da irrigação e do adensamento de plantas, o que leva a escolha de híbridos. Entretanto, variedades não híbridas com base genética mais estreita toleram o adensamento até determinados níveis, em torno de 650 mil plantas por hectare, a exemplo da ‘BRS 367 (Riva)’ e ‘Bola Precoce’ no Cerrado em culti‑vos tardios (semeio em julho), o  que proporciona níveis produtivos interessantes, entre 45 e 60 t/ha. Apesar de abaixo do potencial produtivo dos híbri‑dos, deve‑se considerar que o custo de produção das

não híbridas é em geral menor, em função da semente mais barata, do menor gasto de sementes por área e da maior tolerância a doenças.

A irrigação assume papel fundamental quando se adota a semeadura direta. Nas Regiões  Sudeste, Nordeste e Centro‑Oeste é imprescindível a irrigação. O sistema mais utilizado é o de pivô central, mas tam‑bém se trabalha em menores áreas em SP com asper‑são convencional. É recomendável irrigar logo após a semeadura e, em alguns casos, quando a evapotranspi‑ração está intensa, até duas vezes por dia nos primei‑ros cinco dias. Há experiências exitosas de semeadura direta no local definitivo em SC sem irrigação, porém o risco é grande no caso de não haver chuvas nos pri‑meiros dias. Sem irrigação, as chances de sucesso são maiores em SPD pela maior retenção de umidade do solo e menor evaporação proporcionada pela palhada.

Em vista do que foi discutido, o principal desafio na semeadura direta, mesmo no sistema convencional de plantio com preparo de solo e mais ainda no SPD, continua sendo a distribuição uniforme de sementes e o estabelecimento de um estande ideal. Novas varieda‑des, novas máquinas, novas técnicas de tratamento de sementes como o encrustamento ou peliculização, e os ajustes no sistema de rotação de culturas no caso do SPD têm possibilitado o aumento gradativo da área de plantio de cebola por semeadura direta. Melhorias ainda precisam ser feitas. Assim, os produtores e as empresas que estiverem antenadas para essas oportu‑nidades estarão à frente no mercado.

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ArtigoArtigo

Cooperativa agrícola na Espanha – Coopamán

No 1º Congresso Internacional de Alho realizado em Madri no mês de Fevereiro, trocamos diversas in‑formações com profissionais, técnicos, pesquisadores de outros países. Visitamos a região de Las Pedrone‑ras, principal região produtora de Alho, que tem ins‑talados grandes cooperativas, empresas, laboratórios voltados para a produção de Alho. No intuito de mos‑trar como é a atividade dessas cooperativas, os proce‑dimentos e práticas adotados por eles, segue abaixo um texto com algumas informações.

COOPAMÁN SCL, fundada em 1986, é uma cooperativa agrí‑cola localizada de segundo grau localizada em Pedroñeras (Cuenca), na Espanha. Sua atividade se concentra na comercialização de alho, dispondo de uma moderna fábrica de engarrafamento e um labora‑tório de saneamento de alho plantio e R & D. Formam parte da Co‑opamán seis cooperativas de primeiro grau na província de Cuenca localizado na Pedroñeras, Mota del Cuervo, El Provencio, La Alberca, San Clemente e Santa Maria del Campo Rus.

Desde a sua criação, Coopamán‑ SCL, tem mantido uma trajetória ascendente em hectares cultivados e toneladas produzidas. Somos  lí‑deres europeus na produção e comercialização de alho, tanto a gra‑nel e ensacado, oferecemos aos nossos clientes os mais altos níveis de qualidade e serviço para atender as mais exigentes necessidades deles e poder vender alhos frescos todo o ano, graças à nossa capacidade de preservar armazenamento a frio existente em todos os armazéns.

Os valores que impulsionam Coopamán, S.C.L são: A comerciali‑zação de produtos seguros, foco no cliente, inovação, melhoria contí‑nua, trabalho em equipe e responsabilidade. A satisfação do cliente é a

puri Castillo

Responsable de Laboratorio e I+D

Coopamán, SCL

Las Pedroñeras (Cuenca) ESPAÑA

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ArtigoArtigo

nossa prioridade e a garantia que o produto chegue ao cliente em ótimas condições de conservação e excelentes características. A integração de nossos clientes com os nossos sócios cooperados são o fun‑damento da nossa missão e nossa gestão é baseada na confiança mútua com eles.

Com uma área de cultivo de aproximadamen‑te 2.500 a 3.000 ha, a produção gira em torno de 15.000 a 20.000 toneladas, distribuídos em 83% de alho roxo, 8% de alho branco e 8% em alho temprano, com tamanhos diferentes. Desses, 35% direcionados para o mercado interno e 65% para o mercado externo.

Coopamán cumpre através de seu departamento técnico, um trabalho muito importante de mo‑nitoramento, controle, capacitação e assistência técnica aos seus membros, tendo sido responsável pela introdução de técnicas de produção integra‑da em sistemas rigorosos de qualidade, garantindo a completa rastreabilidade, segurança e homoge‑neidade no  produto. O controle do departamen‑to técnico sobre o processo de produção inclui as seguintes fases:

• Entrega de bulbos higienizados como início do plantio

• Assessoria técnica durante o cultivo

• Entrada em Cooperativas

• Manipulação: descascado e embalado

• Distribuição

Esse controle garante a qualidade do produto até chegar ao cliente em condições de armazena‑mento ideal e qualidade sob três marcas principais:

“Coopaman”, “Pedroñete” e “Ajomán”. Este serviço de controle de qualidade é responsável por trilhar a rastreabilidade do produto, bem como verificar as mercadorias antes da expedição para os clientes.

O Laboratório Coopamán conta com instala‑ções e tecnologias necessárias para saneamento do plantio de alho com produção de alho livre de vírus que é entregue aos sócios, assim como uma pessoa qualificada e treinada para o mesmo. Este  pro‑cesso é realizado através de técnicas de cultivo in vitro, realizando sua posterior multiplicação em

dois anos e posteriormente dois ou três anos mais em uma  fazenda, controlada e supervisionada por nossos técnicos para entregar o plantio do alho em ótimas condições aos sócios da Cooperativa e aos clientes que nos demandam.

A melhoria da qualidade sanitária e do rendimen‑to do cultivo são os objetivos estratégicos da Gestão da Cooperativa. Principalmente higienizar a varie‑dade do alho roxo de La Cuenca, que representa a denominação “Ajo Morado de las Pedroñeras”, que é comercializado sob o rótulo IGP (Indica‑ção Geográfica Protegida), garantia de qualidade e de origem. Coopaman foi a primeira empresa registrada sob este rótulo. Somos os guardiões da variedade roxo em La Cuenca e estamos autoriza‑dos pelo Ministério da Agricultura da Espanha. (www.magrama.gob.es/)

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Artigo

O departamento de P & D também realiza sa‑neamento de diferentes variedades de outras co‑operativas e empresas conforme a demanda dos clientes com diferentes características e variedades e condições de cultivo. Nosso laboratório partici‑pa e colcabora com vários projetos de investigação junto a equipe de pesquisadores de universidades e centros tecnológicos em diferentes aspectos de cul‑tivo de alho: adubação, doenças fúngicas, Vírus e pós‑colheita. Um dos projetos resultou na obtenção de uma patente em análise de vírus mediante hibri‑dização molecular: “Um método para a detecção de infecção em plantas Aliáceas pelo vírus Allexiviruses, LYSV, OYDV, GCLV, SLV e IYSV”. Também têm participado em várias publicações científicas e Congresso.

A nossa organização comercial visa atender todos os tipos de clientes.

Para este fim, esta estrutura é apoiada pelo depar‑tamento de vendas, que é responsável pela gestão dos aspectos relacionados com o comércio. Também está presente nas mais importantes Feiras do Merca‑

do de Frutas e Hortaliças a nível mundial. Traba‑lhamos com três tipos de produtos: alho temprano, alho branco e alho roxo com tamanhos diferentes na sua classificação, que serão embalados e rotu‑lados de acordo com as normas vigentes. De  um modo geral, os formatos são dois tipos: a granel e na embalagem

Não podemos esquecer as novas tecnologias. Temos um serviço de vendas on‑line em nosso site onde comercializamos alhos nas embalagens e bul‑bos de alho para o plantio. Além disso, também es‑tamos nas redes sociais Facebook, cuja manutenção e atualização é realizada por nosso departamento de TI.

Há 16 anos, o nosso departamento de qualidade desenvolveu e implementou regulamentos e certi‑ficações de qualidade rigorosos, com filosofia pró‑pria de trabalho e tornou‑se a mais competitiva no mercado. Dentre estes, cabe destacar: Leaf Marque, BRC, GlobalGAP e Tesco NURTURE. Além disso, somos membros do Departamento Nacional de alho desde 1993.

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Na teoria,a tecnologiado futuro.Na prática,maior proteção e qualidade hoje.

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Leia atentamente e siga rigorosamenteas instruções contidas no rótulo, na bula e receita.

Utilize sempre os equipamentos de proteçãoindividual. Nunca permita a utilização do produto

por menores de idade.

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A força da natureza a favor da qualidade.

Serenade é o fungicida e bactericida biológico da Bayer. Com formulação diferenciada, pronta para o uso e de fácil manejo, além de controlar efetivamente as doenças, Serenade ativa a defesa das plantas, melhorando o desenvolvimento e a sanidade e produzindo frutas e hortaliças sem resíduos, com alta qualidade e mais saudáveis. Serenade possui carência zero, permitindo maior flexibilidade entre a aplicação e a colheita. Adicionar Serenade ao seu manejo é ter carência zero e qualidade máxima.

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Artigo

VOCÊ SABIA QUE:

O alho contém a aliina e a alicina, compostos res‑ponsáveis pelas características do seu odor e sabor, bem como por suas propriedades biológicas. Den‑tre  essas propriedades, ajuda a controlar o nível de colesterol, a hipertensão, a diabetes, a asma e também colabora com o funcionamento vascular, além de ter ação antimicrobiana, antioxidante, anticancerígena e colaborar com o sistema imunológico.

COMO OtIMIzAR SEuS BENEFíCIOS

Para obter os efeitos benéficos do alho é importante que ocorra uma quebra celular, por meio da mastigação ou do cozimento, para liberar os compostos.

A cisteína (aminoácido) presente no alho favorece uma desintoxica‑ção do fígado. A alicina é a substância mais importante. É um líqui‑do amarelo, com odor acentuado, que se forma quando os dentes de alho são macerados ou mastigados, ou seja, a alicina está potencial‑mente presente no alho in natura.

Para consumo, é recomendado o alho cru. A fritura diminui signifi‑cativamente as propriedades do alho.

FAz BEM AO CORAÇãO E REDuz O COLEStEROL

O alho inibe uma enzima que estimula a produção de LDL para as artérias, retirando o excesso. Assim o LDL circulante tem menos chance de oxidar e formar a placa que, com o passar dos anos, entope totalmente as artérias.

ALIMENtO CONtRA O CâNCER

O alho é um potente agente desintoxicante do fígado e ajuda na eliminação de substâncias químicas que trazem a modificação das células e consequentemente o câncer. Com relação à sua atividade anticancerígena, as evidências mais fortes são resultado dos estudos epidemiológicos mostrando a relação inversa entre mortalidade por câncer gástrico.

Dra. Lucyanna Kalluf

Graduada em Nutrição e Farmácia e Bioquímica (PUC –PR). Mestre em Medicina Interna – Depto. de

Clínica Médica Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista

em Farmacognosia - Ciências Farmacêuticas/UFPR. Especialização

em Nutrição Clínica Funcional. Formação em Antroposofia na

Saúde - ABMA-SP. Autora do livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios

ativos à prescrição dos fitoterápicos”.

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Artigo

ANtI-SÉptICO E ANtI-BACtERIANO

Um dos aspectos mais estudados sobre o alho é sua atividade antimicrobiana, por causa da alicina, que atua no combate a bactérias (principalmente as causadoras de infecções urinárias, diarreias e amidalites) e a vários fungos, como o responsá‑vel pelos “sapinhos”. Combate ainda, com sucesso, as infecções virais, incluindo o vírus da gripe. O  alho também diminui a infestação fúngica, como a candidíase, muito comum nas mulheres.

CONSuMO

É recomendado consumir um dente de alho amassado ao dia junto com a comida.

Também existem outras formas, como óleo de alho (extraído a frio). Em média, 2 cáp‑sulas de 250mg por dia (como geralmente é comercializado). O mercado também disponibili‑za cápsulas sem odor.

Receita:Compota de alho

INgREDIENtES

• 1/2 kg de alho descascado

• 1/2 litro de vinagre de maçã

• 1 xicara de vinho branco seco

• 4 colheres de sopa de açúcar

• 1 colher de sobremesa de sal

• 2 folhas de louro

• 20 grãos de pimenta do reino

• 20 grãos de pimenta da Jamaica

MODO DE pREpARO

1. Juntar tudo, menos o alho, e levar ao fogo

2. Quando ferver, juntar o alho

3. Abaixe o fogo e deixe mais 2 minutos

4. Coloque em vidro esterilizado

5. Tampe e coloque o vidro de boca para baixo até esfriar

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O fertilizante foliar da BASF para quem não abre mão da qualidade.

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