Situação Sócio-Histórica da Música no Século XVII.

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Universidade Federal de Santa Maria

Resumo de Histria da Msica III:

Situao Scio-Histrica da Msica no Sculo XVII.

Prof. : Maria Del Carmen. Aluno: Juliano Gustavo Ozga.

Resumo: Cap. 12. Situao Scio-histrica da Msica no Sculo XVII. Massin. Histria de Msica Ocidental. 1987. Sobre os tpicos e ideias principais deste captulo sobre msica no scu lo XVII, iria primeiramente expor a questo de que a msica na poca barroca era caracterizada por uma unidade profunda, tanto cultural como social que abrangia todo um contexto de pensamento e ideias peculiares. Outra caracterstica o aspecto cosmolgico musical que envolve a quest o hierrquica. Nesta poca havia a questo da msica servir tanto para o monarc a, como uma figura central na hierarquia social, como tambm para a igreja, a se rvio de Deus, havendo assim um paralismo de estilo e de carter entre ambos. Na questo do termo concerto, havia uma significao relacionada com opo sio e contraste; outra relacionada ao acordo mltiplo na unidade, que era refl

etivo nas partes integrais e formais da estruturao musical; a questo da bipol aridade sonora e o plano de confronto entre melodia e harmonia. A msica barroca na corte da Frana apresentava uma peculiaridade caract erizada por se distanciar da vida pblica e social, tornando assim o pblico sel eto e privilegiado. Isso formou um pblico da corte, sendo a figura principal o rei. Assim a msica tomou um carter ritual profano, havendo a influncia do poder poltico. Isso caracterizou a msica como sendo uma msica com fins polti cos, da monarquia e do soberano. Um exemplo o forte aspecto da musica na Itlia, onde a poltica tinha papel de fundo nas suas intenes perante o povo. Na Frana, atravs da msica poltica, houve a introduo de motetos com carter instrumental juntamente com o vocal. Outro aspecto foi a pera religios a, onde operava um estilo/esprito sagrado. Na msica barroca havia o peculiar b aixo contnuo; na Itlia se acrescentou a representao das paixes, ou stile ra ppresentativo; e a recitao (oral e textual), ou stile recitativo. Posteriormente houve uma caracterizao das figuras musicais estereotipa das, com frmulas meldico-rtmicas, ou, uma teoria dos afetos. Os centros pblicos de concertos no sculo XVii eram constitudos pelos convivia e collegia musica, formado por amadores e profissionais, onde os convi via musica possuam uma carter informal com refeio comunal final. Os collegia musica eram penas para tocar. Houve tambm uma mistura entre musical instrumental e vocal-instrumental , para execues pblicas, ao mesmo tempo em que havia reunies musicais privada s, com o nome de academia. Na Frana houve trs caractersticas no aspecto musical. Uma vida musica l na corte rela; outra na esfera burguesa; e outra na esfera pblica, formada pe los carrousel e pelas igrejas. Era a vida musical no sculo XVII: na corte, na a cademia e na vida publica. Por isso podemos caracterizar trs categorias musicais no barroc o: a de igreja, a de cmara e a de teatro. Cada uma destas possua funes socia is precisas, como o exemplo da msica na corte, a pera da corte, caracterizada pela juno de msica e texto, onde havia a figura do heri, para figurar a posi o superior do monarca. Houve um progresso para a formao de um pblico pago e social, devido aos altos custos dos concertos e espetculos. Assim tambm houve uma evol uo e mudana na posio social do msico, agora sendo tambm considerado um pr ofissional. Assim o msico possua uma identidade social musical, dependendo da sua ligao social: principesca ou aristocrtica. Decorrente disso havia um exerccio de dedicatria musical refer ente aos patrocinadores dos concertos e espetculos, podendo estes serem patrono s ou mecenas nobres, individuais ou coletivos, e seculares ou religiosos. Assim o msico se tornou um trabalhador, com tarefas e funes, como as de compositor, diretor de msica, professor, instrumentista, cantor, con hecedor de todos os gneros de msica. Um exemplo a especializao musical, to rnando assim os msicos em instrumentistas e cantores virtuoses para as peras. No entanto, a profisso de msico possua seus deveres e direito s, diferentemente do msico itinerrio ou ambulante, que no possua essa prote o e segurana. No outro setor se encontravam os msicos itinerantes ou ambulant es, os quais no contavam com nenhuma proteo profissional e muitas vezes eram obrigados a se retirarem de determinada cidade. Em relao aos msicos de corte, havia uma sujeio por parte do msico perante o patrono e tambm havia uma for te conotao poltica que envolvia o trabalho e atuao do msico na corte. O instrumento a ser tocado pelo msico tambm gerava um status s ocial. Um desses casos se deve aos tocadores de trompetes e de tmpanos, que des frutavam de privilgios particulares e melhores salrios. Na Frana, por exemplo , havia uma importncia profissional maior em relao aos tocadores cravo. Na Al emanha, os sopros eram considerados de maior importncia que as cordas, o que ac ontecia o inverso na Itlia.

Tambm havia um status social dos fabricantes e instrumentos, co mo o caso dos facteurs de rgos e os faiseurs de flautas. Desta disputa gerou-s e uma evoluo artesanal musical, onde o artesanato era o meio de fabricao do s instrumentos, donde se encontram os fabricantes de violinos de Cremona, na It lia, os fabricantes de cravos, os Rckers, da Anturpia. Podemos caracterizar co m isso uma estreita ligao entre alaudistas e fabricantes do mesmo, como aconte ceu na Frana. Apesar desta evoluo artesanal musical, havia certa lentido da aplicao de novos instrumentos, devido ao fato destes mesmos necessitarem de um profissional tecnicamente qualificado para toc-lo. Outra caracterstica marcante da msica do sculo XVII era a eno rme predominncia da influncia de msicos italianos, especificamente nas peras . Assim podemos caracterizar um tipo especfico musical, no caso o s msicos sedentrios - empregados de cortes, de igrejas ou de cidades - que man tinham uma relao musical pessoal e individual com seus patronos e seu pblico, o que gerou certa elitizao no caso da msica erudita, donde podemos concluir que o sculo XVII foi de certo modo um dos auges da msica elitista e restrita p ara o grande pblico, apesar de haver os primeiros indcios de vida musical nos meios burgueses e urbanos. REFERNCIA BIBLIOGRFICA: MASSIN. Cap. 12: Situao Scio-histrica da M sica no Sculo XVII. In, Histria de Msica Ocidental. 1987.