SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP) PARA APOIO À...

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP) PARA APOIO À DECISÃO: UM ESTUDO COM EMPRESAS TÊXTEIS Cidnei de Souza dos Santos São Paulo 2011

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Centro de Ciências Sociais e Aplicadas

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP) PARA APOIO

À DECISÃO: UM ESTUDO COM EMPRESAS TÊXTEIS

Cidnei de Souza dos Santos

São Paulo

2011

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Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professor Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto

Decano de Pesquisa e Pós-Graduação

Professor Dr. Moisés Ari Zilber

Diretor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas

Professor Dr. Sérgio Lex

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

Professora Dra. Maria Thereza Pompa Antunes

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CIDNEI DE SOUZA DOS SANTOS

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP) PARA APOIO

À DECISÃO: UM ESTUDO COM EMPRESAS TÊXTEIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie para a obtenção do título de Mestre em Controladoria Empresarial.

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Perez

São Paulo

2011

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S237 Santos, Cidnei de Souza Dos

Sistemas Integrados de Gestăo (ERP) para apoio a decisăo: um estudo

com empresas têxteis / Cidnei de Souza dos Santos– 2011.

82 f. : il.; 30 cm

Dissertação (Mestrado em Controladoria Empresarial) –

Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2011.

Orientação: Prof. Dr. Gilberto Perez

Bibliografia: f. 65-69

1.Sistema Integrado de Gestão 2.ERP 3.Tomada de Decisão 4.Setor

Têxtil. I. Título.

CDD 657

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DEDICATÓRIA

A Deus e à minha família.

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AGRADECIMENTOS

A Eliza Hiroko, minha esposa, que sempre me apoiou e ajudou, principalmente em

vários domingos e feriados.

A todos os meus colegas de classe, que me enriqueceram por meio dos estudos e

debates desenvolvidos em sala de aula.

A todos os Professores dessa conceituada instituição, Universidade Presbiteriana

Mackenzie, pela substancial ajuda no desenvolvimento deste trabalho.

Aos Professores: Profº. Dr. Joshua Onome Imoniana e ao Profº. Dr. Edmir Parada

Vasques Prado, pela generosa e substancial contribuição em minha banca de defesa de

qualificação.

A todos os funcionários da Universidade Mackenzie, em especial, à Secretária da pós-

graduação, Taís Evelin dos Santos.

À Profª. Draª. Maria Thereza Pompa Antunes, pela forma competente como dirige o

curso de Pós Graduação em Controladoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Ao Profº. Dr. Gilberto Perez, pelo empenho e pelas diversas orientações que, na

prática, foram verdadeiras aulas de sistemas de informação, agradeço pela sua paciência e

dedicação, realmente algo de se admirar. Serei eternamente grato!

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EPÍGRAFE

“E bem melhor arriscar coisas grandiosas,

alcançar triunfo e gloria, mesmo expondo-se a

derrota, do que formar fila com pobres de

espírito, que nem gozam muito, porque vivem

nessa penumbra cinzenta que não conhece

vitoria nem derrota.” (Teodore Rosevelt).

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RESUMO

Com esta pesquisa, buscou-se um melhor entendimento sobre os fatores ligados aos Sistemas

Integrados de Gestão (ERP) e a sua influencia na tomada de decisão dos gestores das

empresas da área têxtil no Brasil. Para a sua consecução, realizou-se pesquisa quantitativa do

tipo descritiva, sendo que a coleta de dados foi realizada por meio de questionário eletrônico

respondido por 52 participantes de empresas têxteis. A análise dos dados foi efetuada com as

técnicas da análise fatorial e análise de regressão linear múltipla, com o software SPSS® v17,

visto que a amostra utilizada mostrou-se satisfatória para a aplicação dessas técnicas. A coleta

dos dados foi realizada entre os meses de abril a maio de 2011. Como resultados da pesquisa,

identificaram-se cinco fatores diretamente ligados às características dos sistemas integrados

de gestão ERP) e a tomada de decisão do gestor das empresas têxteis que fizeram parte da

pesquisa. Dentre esses fatores, destaquem-se: a Integração e Melhoria dos Controles; a

Padronização de Processos e a Melhoria de Resultados e a Melhoraria no Desempenho

Empresarial. Entenda-se que esses resultados podem, de alguma forma, auxiliar os gestores

das empresas do setor têxtil ou de outros setores, que estão em fase inicial ou planejando a

implantação de sistemas integrados de gestão como o ERP.

Palavras-chave: Sistema Integrado de Gestão; ERP; Tomada de Decisão; Setor Têxtil.

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ABSTRACT

The aim of this research is to better understand the factors related to the integrated

management systems and its influence on decisions made by managers of companies in the

textile industry in Brazil. The design chosen to do this work was quantitative and descriptive.

The data collection was done through electronic questionnaire and the rate os response was 52

participants from textile companies. The data analysis was done using the techniques of factor

analysis and multiple linear regression with the assist of the program SPSS V17. The data

was collected between April and May 2011. As a result of the research, we have identified

five factors directly linked to the characteristics of integrated management system and the

decision making process of the respondents. Among these factors are: the integration and

improvement of control, process standardization and improvement of results and business

performance. The contribution of this work is that it can help managers of companies in the

textile sector (or other sectors), which are in early stages or planning the implementation of

integrated management system.

Keywords: Integrated Management System, ERP, Decision Making, Textile Sector.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Atividades básicas de um Sistema de Informação .................................................... 22

Figura 2: Mostra a relação do Sistema de Informação com o ambiente empresarial ............... 24

Figura 3: Níveis de um Sistema de Informação ....................................................................... 25

Figura 4: Classificação de Sistemas de Informação como operacionais e gerenciais .............. 25

Figura 5: Requisitos de informação para os tomadores de decisão .......................................... 29

Figura 6: Esquemática adaptada de Simon do processo decisório ........................................... 36

Figura 7: Esquema adaptado como premissas para uma escolha racional ............................... 39

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Formação dos respondentes .................................................................................... 51

Gráfico 2: Formação dos respondentes - outros ....................................................................... 51

Gráfico 3: Função dos respondentes ......................................................................................... 52

Gráfico 4: Função dos respondentes - outros ........................................................................... 52

Gráfico 5: Tempo de empresa dos respondentes ...................................................................... 53

Gráfico 6: Área de atuação dos respondentes ........................................................................... 53

Gráfico 7: Área de Atuação dos respondentes - outros ............................................................ 54

Gráfico 8: Segmento da área têxtil dos respondentes ............................................................... 54

Gráfico 9: Segmento da área têxtil dos respondentes - outros ................................................. 55

Gráfico 10: Porte da empresa dos respondentes ....................................................................... 55

Gráfico 11: Sistema corporativo adotado dos respondentes ..................................................... 56

Gráfico 12: Sistema corporativo adotado dos respondentes - outros ....................................... 56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Escolaridade dos respondentes ................................................................................ 50

Tabela 2: Medida de adequação da amostra ............................................................................. 57

Tabela 3: Matriz rotacionada de fatores ................................................................................... 58

Tabela 4: Variância média explicada........................................................................................ 59

Tabela 5: Explicação do modelo da regressão linear – F1 a F5 ............................................... 63

Tabela 6: Coeficientes de regressão – F1 a F5 ......................................................................... 63

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais características e propriedades do ERP .................................................... 35

Quadro 2: Variáveis utilizadas na análise fatorial .................................................................... 48

Quadro 3: Fator 1 – Integração e melhoria nos controles Alpha de Cronbach 0,935 ............. 59

Quadro 4: Fator 2 – Melhoria de resultados e padronização de processos Alpha

de Cronbach 0,944 ................................................................................................. 60

Quadro 5: Fator 3 – Melhoria no desempenho empresarial Alpha de Cronbach 0,922 .......... 61

Quadro 6: Fator 4 – Unificação da base de dados e apoio à decisão Alpha de Cronbach

0,832 .................................................................................................................... 61

Quadro 7: Fator 5 – Autonomia do gestor na tomada de decisão Alpha de Cronbach

0,430 .................................................................................................................... 62

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 16

1.1 Justificativa ................................................................................................................... 17

1.2 Problema de Pesquisa ................................................................................................... 18

1.3 Objetivos da Pesquisa ................................................................................................... 18

1.3.1 Objetivo geral.................................................................................................... 18

1.3.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 18

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 19

2.1 Panorama dos Planos Econômicos ............................................................................... 19

2.2 Dados e Informações .................................................................................................... 20

2.3 Sistemas de Informação ................................................................................................ 20

2.4 Características de Relatórios Fornecidos pelos Sistemas para Apoio à Decisão .......... 27

2.5 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) ............................................................................ 28

2.6 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Têxtil ................................................................ 32

2.7 Sistemas Integrados de Gestão (ERP) .......................................................................... 33

2.8 Tomada de Decisão ....................................................................................................... 36

2.8.1 Processo decisório ............................................................................................. 36

2.8.2 Modelos clássicos para análise de tomada de decisão - um modelo

comportamental da escolha racional (modelo de Simon) ................................. 38

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................................... 42

3.1 Pesquisa Quanto ao Método: Quantitativa e Qualitativa .............................................. 42

3.2 Tipos de Pesquisa: Exploratória - Descritiva - Explanatória ........................................ 42

3.3 Instrumento de Coleta de Dados ................................................................................... 43

3.4 Técnica de Análise de Dados ........................................................................................ 44

3.5 Espaço Amostral: objeto da pesquisa ........................................................................... 46

3.6 Resumo: opções metodológicos adotadas na pesquisa ................................................. 47

3.6.1 Procedimentos: variáveis envolvidas no estudo ............................................... 48

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................. 50

4.1 Característica dos Respondentes ................................................................................... 50

4.2 Resultados da Análise Fatorial ..................................................................................... 57

4.3 Análise de Regressão Linear ........................................................................................ 62

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 64

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 66

APÊNDICES ............................................................................................................................ 71

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1 INTRODUÇÃO

A partir da década de 1990 com a abertura do mercado brasileiro, a competitividade

internacional das empresas cresceu em importância no debate acadêmico e empresarial no

Brasil. Com isso, nota-se que alguns setores da economia lutam para sobreviverem, como, por

exemplo, o setor têxtil. A partir de então, esse setor, vem sofrendo a pressão dos “tigres

asiáticos”, que têm a seu favor grandes vantagens, como uma grande escala de produtividade,

que contribuem para uma melhor formação de seus preços, tornando-os muito competitivos

no cenário mundial e, para muitos, esses fatores representam uma verdadeira “ameaça” para

o desenvolvimento do setor têxtil brasileiro.

O mundo moderno internacionalizado provoca desafios não só para as empresas, em

geral, como também para seus gestores. Com isso a busca de novas alternativas, para

atenderem as mudanças da globalização da economia devem ser pesquisadas.

Segundo Perez e Famá (2003), os avanços da tecnologia da informação e a

globalização estão acirrando a competição das empresas, fazendo com que tenham que se

diferenciar dos concorrentes.

O setor têxtil foi escolhido porque vem sofrendo ao longo destes anos com a perda na

produção das empresas nacionais, em função da competitividade com o mercado externo

asiático, além de contribuir com uma grande participação para a geração de emprego no

cenário nacional, considerado um dos fatores prejudiciais para a sobrevivência da industria

têxtil brasileira. O maior desafio do gestor de uma empresa desse segmento é adequar-se às

mudanças que a globalização exige, apurar adequadamente o seu resultado, ter o controle da

organização, obter informações com maior rapidez, reestruturar as empresas têxteis em tempo

hábil utilizando o sistema de informação como alicerce para a tomada de decisão.

Estudos anteriores indicam que a tecnologia da informação (TI) tem se destacado

como ferramenta importante para se obter vantagem competitiva (TURNER; LUCAS, 1985;

SHAW; SEIDMANN; WHINSTON, 1997; O’BRIEN, 2009). Isso acabou sendo uma

motivação para as empresas investirem cada vez mais em tecnologia, adquirindo sistemas

empresariais, instalando banco de dados, utilizando a internet e o comércio eletrônico nos

seus negócios. E com o aumento da concorrência, as empresas têm sido forçadas a reduzir

suas margens de lucro e a fundamentar suas decisões (WERNKE; LEMBECK, 2004).

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Conforme Takaoka (1999), “a capacidade para agir rapidamente e decisivamente num

mercado cada vez mais competitivo passou a ser um fator crítico de sucesso”. Para isso, é

primordial ter um sistema de informação implantado na empresa.

A partir do início dos anos 90, muitas empresas têxteis já reestruturaram suas plantas

industriais, porém, nos dias atuais, torna-se necessária sua expansão com a utilização dos

sistemas de apoio à decisão em todos os setores administrativos e financeiros, com o objetivo

de obter informação necessária, em tempo hábil, sendo um fator de sobrevivência do

negócio.

1.1 Justificativa

Justifica-se o interesse pelo estudo dos sistemas integrados de apoio à decisão para

gestores de empresas têxteis, como forma de conhecer quais as principais características dos

sistemas de informação utilizados, além de verificar como os sistemas de informação proveem

informações para os gestores das empresas que compõem esse setor da economia. A vivência

e a experiência do pesquisador, em empresas desse ramo de atividade, foi um fator de

contribuição para a escolha desta linha de pesquisa.

O estudo das características ou fatores relacionados aos sistemas integrados de

informações para os gestores das empresas têxteis poderão contribuir positivamente

apresentando, de forma estruturada e em tempo hábil, um leque de alternativas, para a melhor

tomada de decisão, que poderá auxiliar na criação de uma base de vantagem competitiva

sustentável, muito importante para a sobrevivência empresarial.

O tema é relevante, uma vez que a identificação e a adoção das principais

características de sistema de informação, como instrumento de gestão de negócios, pode

subsidiar, com informações estruturadas para o processo decisório das empresas, visto que as

ferramentas de apoio à tomada de decisão nas empresas devem ser revistas, periodicamente,

pois o mercado é dinâmico e mutável, gerando novas necessidades de informações,

principalmente em tempo real, aos gestores. Assim, o estudo buscou contribuir para

identificação das principais características e necessidades que concorrer para o desempenho

das empresas do setor têxtil.

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1.2 Problema de Pesquisa

Com essa visão e contribuindo para a justificativa apresentada, o estudo pretende

reforçar a seguinte questão de pesquisa: Que fatores ligados aos sistemas integrados de

gestão contribuem para a tomada de decisão dos gestores das empresas têxteis?

1.3 Objetivos da Pesquisa

Segundo Richardson (2007), os objetivos em um trabalho científico são metas a serem

atingidas, visando à resolução do problema de pesquisa, sendo assim e com base no problema

enunciado e na questão de pesquisa, os objetivos deste estudo foram divididos em geral e

específicos.

1.3.1 Objetivo geral

Identificar os fatores ligados às características de um sistema integrado de gestão

utilizado pelos gestores das empresas têxteis como ferramenta de auxilio na tomada de

decisão.

1.3.2 Objetivos específicos

Segundo Cervo e Bervian (2009), os objetivos específicos aprofundam as intenções

expressas do objetivo geral. Dessa forma, os seguintes objetivos específicos foram propostos:

• Identificar se os gestores das empresas têxteis utilizam sistemas integrados de

gestão no auxílio da gestão e tomada de decisão;

• Identificar como os gestores das empresas têxteis utilizam sistemas integrados de

gestão no auxílio da gestão e tomada de decisão, nos níveis: operacional, tático e

estratégico;

• Identificar os sistemas integrados de gestão utilizados como apoio à decisão

utilizadas pelo gestor da área têxtil.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesse capítulo, são discutidos os principais conceitos relacionados aos tópicos do

trabalho, com o objetivo de estabelecer uma sequência lógica para facilitar a sua

compreensão. Para tanto, inicia-se com o breve relato dos planos econômicos e o marco da

abertura do mercado internacional, o conceito de dados e informações, seguindo com sistema

de informação, a geração e disseminação da informação em termos de características de

relatórios, os sistemas de apoio à decisão, complementando com sistema de apoio à decisão

têxtil, os sistemas integrados de gestão (ERP), a tomada de decisão.

2.1 Panorama dos Planos Econômicos

O primeiro plano de estabilização econômica implantado pós-democratização (1985),

foi o Plano Cruzado. Posteriormente, seguiram-se: o Plano Cruzado II; o Plano Bresser e o

Plano Verão, todos durante o governo José Sarney e malsucedidos, levando o país para uma

situação de hiperinflação (acima de 1.500% ao ano).

A eleição do presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, mediante de eleições

diretas, após três décadas de regime militar, teve como principal pauta política o controle da

inflação. Medidas heterodoxas buscando esse fim foram adotadas nos primeiros dias de

governo, o chamado Plano Collor I, e o resultado imediato foi uma forte retração na liquidez

da economia, resultando em grande impacto na atividade econômica e a frustração nos níveis

inflacionários, que não alcançaram os patamares esperados, estando sempre acima de 10%

(RODRIGUES,1996 apud ALMEIDA, 2006).

O Plano Collor II veio em 1991. Provocou, novamente, fortes impactos no setor

econômico público e privado, sem, contudo, lograr a redução da inflação. Os resultados

anteriores repetiram-se. Rodrigues (1996 citado por Almeida, 2006) afirma, ainda, que o

conjunto de medidas adotadas com a implantação desses planos, com destaque para a abertura

de mercado estimulada pela redução de tarifas alfandegárias e o início do processo de

privatizações, entre outros, teve como consequências a entrada expressiva de empresas

multinacionais em diversos segmentos do mercado e a reestruturação produtiva nas empresas

nacionais, que passaram a atuar em um cenário muito mais competitivo. Isso tudo em um

contexto de expressivo aumento das transações econômicas entre países: um dos aspectos da

globalização.

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2.2 Dados e Informações

Os termos dados e informações são usados indistintamente, quando, na verdade, têm

conceitos diferente (FREITAS et al., 1997). Dados podem ser entendidos como registros ou

fatos em sua forma primária, não necessariamente físicos: uma imagem guardada na memória

também é um dado. Quando esses registros ou fatos são combinados de forma significativa,

eles se transformam em informação (BEAL, 2007).

A informação não se limita a dados coletados; na verdade, informação são dados

coletados, organizados e ordenados, aos quais são atribuídos significados e contexto (McGEE;

PRUSAK, 1995). No entanto, a distinção entre dados e informação não se baseia no conteúdo

de uma dada gama de caracteres. Baseia-se mais na sua relação com a decisão requerida. Se

não se sabe com antecedência que tipo de decisão será tomada, o que exatamente será preciso,

então, cada parte do dado poderá, às vezes, ser considerada uma informação (GOLDRATT,

1996).

Segundo Davis e Olson (1987), os termos dados e informação, com frequência, são

usados em formas intercambiais, porém a distinção reside no fato de que os dados elementares

são a matéria-prima processada para prover a informação. A informação tem valor dentro de

um contexto especifico da tomada de decisão; também tem um valor de um contexto de

decisões e ações futuras.

A informação tem sua origem na coleta de dados, que são organizados e recebem

significado específico de acordo com um contexto delimitado. Isso implica a necessidade de

limitação inicial do problema , o que servirá de base para identificar as informações

pertinentes a serem selecionadas, dentre as já disponíveis na empresa ou, em não existindo,

buscar dados em outras fontes, fora da organização e transformá-los em informação útil

entendida como aquela que atende as necessidades do usuário (BEUREN, 2000;

GUERREIRO, 1992).

2.3 Sistemas de Informação

Os Sistemas de Informações gerenciais, na verdade, atendem as camadas estratégicas

da empresa ou de uma organização ou de uma instituição. Esses sistemas não têm o caráter

operacional, atuando por meio da identificação de indicadores que são ou de negócios ou de

gestão, para que se possa tomar uma decisão rápida ou uma decisão certa.

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Conforme Jamil (2001, p. 188), diversos são os fatores que podem motivar uma

organização a construir um Sistema de Informações e um desses motivos destacados é a

necessidade frequente de tomar decisão numa determinada esfera ou área de negócio da

empresa.

Um Sistema de Informação é um tipo especializado de sistema e pode ser definido de

inúmeros modos. Um modo seria que o Sistema de Informação é como um conjunto de

elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e

armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um

mecanismo de feedback. A entrada é a atividade de captar e reunir novos dados; o

processamento envolve a conversão ou transformação dos dados em saídas úteis e a saída

envolve a produção de informação útil. O feedback é a saída que é usada para fazer ajustes ou

modificações nas atividades de entrada ou processamento (STAIR, 1998).

Para Rodrigues (1996), os Sistemas de Informações foram divididos de acordo com as

funções administrativas, que, à mercê de suas características próprias, foram sendo tratadas de

forma individualizada, resultando na criação de vários sistemas para ajudarem os executivos a

tomarem decisões, sendo eles: Sistema de Informação para Executivos (EIS); Sistema de

Informação Gerencial (SIG); Sistema de Informação de Suporte à Tomada de Decisão

(SSTD); Sistema de Suporte às Transações Operacionais (SSTO); Sistema de Suporte à

Tomada de Decisão por Grupos (SSTDG ); Sistema de Informação de Tarefas Especializadas

(SITE); Sistema de Automação de Escritórios (SIAE); e Sistema de Processamento de

Transações (SIPT).

Dados: São fatos puros ou descrições básicas de elementos, eventos, atividades e

transações que são capturados, registrados, armazenados e classificados, mas não organizados

para transmitir qualquer significado.

Informação: É um conjunto de dados organizados de modo a fazer sentido. Por

exemplo, se forem incluídos os nomes dos clientes com os saldo bancários, ter-se-ão

informações úteis. É muito importante que as informações sejam completas, flexíveis,

confiáveis, pontuais, verificáveis, acessíveis e seguras. Segundo Laudon e Laudon (2009), o

sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes inter-

relacionados para coletar, recuperar, processar, armazenar, e distribuir informação com a

finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo

decisório em empresas e outras organizações.

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Conhecimento: Consiste em informações organizadas e processadas para transmitir

discernimento, experiência, aprendizagem acumulada ou habilidade.

Sistema: É um conjunto de componentes que, segundo um plano, é sujeito a

restrições, procurando atingir objetivos interagindo com elementos naturais, evoluindo no

tempo e sendo controlado.

Sistema de Informação: É o processo de transformação de dados em informações que

são utilizadas na estrutura decisória da empresa. Segundo Laudon & Laudon (2009), um

sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes inter-

relacionados para coletar, recuperar, processar, armazenar, e distribuir informação com a

finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo

decisório em empresas e outras organizações.

Esses sistemas de informação têm como atividades básicas:

• Entrada (Input): captação ou coleta de dados brutos;

• Processamento: conversão dessa entrada bruta em uma forma mais útil e

apropriada; Saída (Output): transferência da informação processada às pessoas ou

atividades que a usarão;

• Controle e Realimentação (Feedback): é a saída que retorna aos membros

adequados da organização para ajudá-los a refinar ou corrigir os dados de entrada

e o autocontrole das operações em processo, conforme Figura 1.

Figura 1: Atividades básicas de um Sistema de Informação Fonte: Turban et al., 2007

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Na atividade de entrada, são captados dados de fora ou de dentro da empresa e

colocados, diretamente, em um sistema de computadores. Dado é qualquer elemento

identificado em sua forma que, por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato

ou situação (LAUDON; LAUDON, 2009). Esses dados são organizados, analisados e

manipulados mediante cálculos, comparação, resumos e classificação, objetivando uma forma

de disposição mais significativa e útil na fase do processamento. Em seguida, na atividade de

saída, são transmitidas as informações e os resultados do processamento a locais nos quais

serão usados para a tomada de decisão. Toda informação, portanto, deve gerar uma decisão,

que, por sua vez, desencadeará uma ação. A informação constitui um suporte básico para toda

atividade humana e todo cotidiano é um processo permanente de informação. No caso de

instituições, empresas, organizações, conhecer seus problemas, buscar alternativas para

solucioná-los, atingir metas e cumprir objetivos requerem conhecimento e, portanto,

informação ( TURBAN; McLEAN; WETHERBE, 2007).

Do ponto de vista empresarial, um sistema de informação é uma solução

organizacional e administrativa, baseada na tecnologia da informação, para um desafio

imposto pelo ambiente e devem ser capazes de executar as seguintes tarefas:

• Processar transações de forma rápida e precisa;

• Armazenar e acessar, rapidamente, grandes massas de dados;

• Comunicação rápida;

• Reduzir sobrecarga de informações;

• Fornecer suporte para a tomada de decisões; esse processo pode ser visualizado na

Figura 2 a seguir.

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Sistema de

Informação

Organização Tecnologia

Administração

Figura 2: Mostra a relação do Sistema de Informação com o ambiente empresarial Fonte: : Turban et al., 2007

Usar Sistemas de Informação eficientemente, requer uma compreensão de como a

organização, a administração e a tecnologia da informação moldam os sistemas. Podem-se

destacar algumas estruturas que identificam essas características de moldagem de sistemas:

• Funções empresariais (Vendas e Marketing; Fabricação e Produção; Finanças;

Contabilidade; Recursos Humanos);

• Procedimentos operacionais padrões (regras formais para realização de tarefas);

• Cada empresa tem uma cultura peculiar e um conjunto fundamental de premissas.

O sistema de informação, também, tem por finalidade integrar as informações entre os

diversos níveis da organização, desde o nível operacional até o estratégico. A Figura 3, a

seguir, mostra os níveis que compõem um sistema de informação: Nível operacional, Nível

gerencial e Nível estratégico. Igualmente, identifica cada tipo de sistema de informação que

está diretamente relacionado a cada nível.

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Figura 3: Níveis de um Sistema de Informação Fonte: O´Brien, 2009

Em termos conceituais, os sistemas de informação, no mundo real, podem ser

classificados de maneiras diferentes. Vários tipos de sistemas de informação, por exemplo,

podem ser classificados conceitualmente ora como operações ora como sistemas de

informação gerencial. A Figura 4 ilustra essa classificação conceitual dos sistemas de

informação. Elas são classificadas dessa maneira para destacar os papéis principais que cada

um desempenha nas operações e administração de um negócio (O´BRIEN, 2009).

Figura 4: Classificação de Sistemas de Informação como operacionais e gerenciais Fonte: O´Brien e Marakas, 2008

Sistema de Processamento de Transações: É o processo de transformação de dados

em informações que são utilizados na estrutura decisória da empresa. Atuam no nível

operacional. Nível Operacional: da suporte aos gerentes operacionais no acompanhamento das

atividades e transações elementares da organização.

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Sistema de Informação Gerencial: Sistema de suporte e análise das informações,

proporcionando aos gerentes relatórios do desempenho, registros históricos da empresa,

funções de planejamento, controle e tomada de decisão no nível gerencial. Tipicamente, eles

são orientados quase exclusivamente para dentro da empresa e não para eventos externos ou

ambientais. Geralmente, eles são dependentes de sistemas de processamento de transações

subjacentes para os seus dados. Esses sistemas não são flexíveis e têm pequena capacidade

analítica. A maioria dos SIG usa rotinas simples tais como resumos e comparações.

Nível de Conhecimento: dão suporte aos trabalhadores do conhecimento e

trabalhadores de dados em uma organização. Tem o propósito de ajudar a empresa a integrar

novos conhecimentos no negócio e controlar o seu fluxo de papelada. Atuam no nível

gerencial.

Nível Gerencial: são projetados para servir ao monitoramento, ao controle, à tomada

de decisão e às atividades administrativas dos gerentes médios.

Sistema de Apoio à Decisão: Dão suporte ao nível executivo e administrativo da

organização; Ajudam os executivos a tomarem decisões que são semi-estruturadas, únicas ou

rapidamente modificadas e não facilmente especificadas com antecipação. Atuam no nível

estratégico.

Nível Estratégico: ajudam a administração sênior a enfocar assuntos estratégicos e

tendências de longo prazo. Sua principal preocupação é adequar as mudanças no ambiente

externo com a capacidade organizacional existente. Também, encontram-se, nesse nível, os

SSE – Sistema de Suporte Executivo que visam à análise de dados, orientando a decisões não

estruturadas que filtram, comprimem e monitoram dados vitais a fim de reduzir tempo e obter

informações proveitosas para os executivos.

Há uma crescente convicção de que o conhecimento proprietário em sistemas de

gestão (KMS) podem melhorar significativamente o desempenho de uma empresa tanto

financeiramente como de forma operacional (CHEN; MONAHAN; FENG, 2009).

Na atual conjuntura econômica com a competitividade cada vez mais acirrada em

função da globalização, os sistemas de informação têm a capacidade de auxiliar o gestor em

suas decisões empresariais, para isso, é de suma importância uma mudança de postura dos

usuários dos sistemas de informações, aceitando e colaborando na identificação das principais

necessidades, para auxílio aos gestores em geral.

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Por outro lado, quando essas informações são compartilhadas e utilizadas entre as

partes adequadamente, poderão trazer vários benefícios como um melhor planejamento,

melhor produtividade com redução de custos. É para o sucesso dessa troca de informações é

necessário investimento em tecnologia (KLEIN; RAI, 2009).

Os sistemas de informações , o gerenciamento contábil são importantes para ajudar

uma organização se manter competitiva, ajudando os seus gestores na formulação estratégica,

estendendo-se para a análise de informações financeiras sobre a organização e sobre a

concorrência, além da estratégica de custo. E, também, contribuindo para constituir laços

estreitos entre a organização e o controle (NOORDIN; ZAINUDDIN; TAYLES, 2009).

As novas tecnologias de informação e comunicação, visam proporcionar um acesso

rápido e conveniente à informação. Certos tipos de tecnologia são, geralmente, destaque nesse

contexto, particularmente 'Push' sistemas, que, ativamente, podem fornecer informações para

o usuário, sem qualquer pedido (BAWDEN; ROBINSON 2009).

A idéia, também, aplica-se aos gestores que se utilizam das informações para a tomada

de decisões, pois eles devem manter uma postura pró-ativa para que tenham o domínio e o

conhecimento no negócio empresarial tanto no ambiente interno e externo da organização,

especificamente no objeto deste estudo na área têxtil.

Os gestores de informação, sem dúvida, continuam desenvolvendo e promovendo

soluções pragmáticas para questões emergentes. Mas o progresso satisfatório dependerá de

uma melhor compreensão dos fundamentos do comportamento humano e as formas em que

mudanças, ao longo do tempo, acontecerão, isto é, talvez, o maior desafio para a ciência da

informação de base sobre o próximas décadas (BAWDEN; ROBINSON, 2009).

2.4 Características de Relatórios Fornecidos pelos Sistemas para Apoio à Decisão

De acordo com Oliveira (2008, p. 149), “as informações como produto final de um

sistema de contabilidade gerencial devem ser dirigidas no sentido de auxiliar nas tomadas de

decisões”.

Floriani (2000, p. 27) afirma que “[...] O crescimento de uma empresa abrange a

organização como um todo. Para a tomada de decisões, neste contexto, o administrador

depende de um sistema de informações contábeis, o qual deve ser elaborado com clareza,

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objetividade, consistência e relevância; proporcionando ao usuário o entendimento das

informações contidas nos relatórios”.

Ainda, segundo Floriani (2000, p.25)

À medida que uma empresa cresce, aumentam as necessidades de delegação de autoridade,

concomitantemente com o estabelecimento de normas e controle internos satisfatórios para a

salvaguarda do patrimônio da empresa. Faz parte do sucesso da organização, o estabelecimento de

metas quanto ao desempenho da atividade operacional e retorno de investimentos. Nesse

processo, a direção delega poderes e recebe informações sobre os resultados obtidos.

Na opinião de Favretto (2001); Favretto; Silveira (2002), há necessidade de que se

faça o refinamento das informações geradas pelos relatórios, uma vez que as práticas antigas

nas organizações não são mais admitidas, fase esta onde eram gerados inúmeros relatórios que

não diziam absolutamente nada.

2.5 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)

É importante que o gestor estabeleça uma escala de valores, o seu ponto de vista,

interesses, bem como o meio em que se movimenta, age e interage, com a necessidade de

tomar decisões, por vezes, com múltiplos critérios ou objetivos, o que constitui o chamado

processo de tomada de decisão. Sendo assim, para o processo de tomada de decisão, é

importante a contribuição do sistema de apoio à decisão, no sentido de identificar as

principais características necessárias para o auxílio ao processo de decisão.

O processo de decisório está presente no cotidiano das organizações em praticamente

todos os momentos. Os decisores procuram amenizar os riscos de suas ações munindo-se de

dados e informações que possam auxiliá-los (PAIVA, 2000).

Os Sistemas de Apoio à Decisão são uma das principais categorias de sistemas de

apoio gerencial. São sistemas de informação computadorizados que fornecem aos gerentes

apoio interativo de informações durante o processo de tomada de decisão. Os SAD utilizam

dados analíticos, bancos de dados especializados, os próprios insights e apreciações dos

tomadores de decisão e um processo de moldagem computadorizada para apoiar a tomada de

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decisão estruturada, semiestruturada e não estruturada por parte de cada gerente (O´BRIEN,

2009).

A Figura 5, a seguir, apresenta os requisitos de informação para os tomadores de

decisão a níveis estruturada, semiestruturada e não estruturada. O tipo de informação

requerido por diretores, executivos e gerentes está diretamente relacionado com o nível de

tomada de decisão gerencial envolvido e a estrutura das situações de decisão que eles

enfrentam.

Figura 5: Requisitos de informação para os tomadores de decisão

Fonte: O´Brien, 2009

Ao contrário dos sistemas de informação gerencial, os sistemas de apoio à decisão se

fundamentam em modelos e também em banco de dados como recursos vitais de sistemas.

Uma base de modelo de sistemas de apoio à decisão é um componente de software que

consiste em modelos utilizados em rotinas computacionais e analíticas que expressam

matematicamente relações entre variáveis. Os pacotes de software de sistemas de apoio à

decisão podem combinar componentes de modelos para criar modelos integrados de apoio a

tipos específicos de decisões.

O uso de um sistema de apoio à decisão envolve um processo interativo de modelagem

analítica. Utilizar um pacote de software para apoio à decisão, por exemplo, pode resultar em

uma série de telas em resposta a mudanças hipotéticas alternativas introduzidas por um

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gerente. Os estudos têm evidenciado que os altos executivos obtêm de muitas fontes a

informação que precisam.

Para Turban, McLean e Wetherbe (2007), o modelo, na tomada de decisão, é a

representação simplificada ou abstração da realidade. Em geral é simplificada, porque a

realidade é muito complexa para ser copiada fielmente. Com a modelagem, é possível realizar

experiências virtuais e uma análise sobre um modelo da realidade, em vez de fazê-lo na

própria realidade.

O SAD pode ser entendido muito mais como uma abordagem ou uma filosofia do que

como uma metodologia precisa.

Característica e capacidades do SAD:

• O SAD dá apoio aos tomadores de decisão em todos os níveis gerenciais, seja

individualmente ou em grupo, principalmente em situações semiestruturadas e não

estruturadas, combinando a capacidade humana de julgamento com a informação

objetiva.

• O SAD dá apoio a diversas decisões interdependentes e/ou sequênciais.

• O SAD dá apoio a todas as fases do processo decisório bem como a uma

variedade de processo e estilos de decisão.

• Com o tempo, o SAD é adaptado pelo usuário para poder lidar com mudanças de

condições.

• O SAD é fácil de construir e usar em muitos casos.

• O SAD promove o aprendizado, o que conduz a novas demandas e ao

aprimoramento do aplicativo, levando, por sua vez, a novo aprendizado e assim

por diante.

• O SAD, geralmente, utiliza modelos quantitativos (padrão e/ou sob medida).

• O SAD mais avançado é equipado com um componente de gestão do

conhecimento que permite a solução eficiente e eficaz de problemas bastante

complexos.

• O SAD pode ser disseminado por meio da Web.

• O SAD permite a realização da análise de sensibilidade.

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McGee e Prusak (1995) firmam que, devido ao fracasso de muitos executivos em

concentrar-se em questões relativas às informações, poucas organizações têm conhecimento

da informações que já possuem das que precisam. Conforme os autores, identificar as

necessidades e os requisitos de informação constitui a tarefa mais importante dentro do

processo de gerenciamento da informação, devido à complexidade, inconstância, rapidez e

total imprevisibilidade do mundo dos negócios, que obrigam que as necessidades dos

executivos sejam tão variadas como os fatores que influenciam a sua organização. Além

disso, para Davenport (2002), o processo de gerenciamento da informação depende dos

interesses dos problemas e do setor de cada organização.

Atualmente, na área de tecnologia, pode-se encontrar uma infinidade de siglas e

nomenclaturas para designar o mesmo conceito. Essa situação pode ser observada para a

caracterização de sistemas que apóiam o Corporate Performance Management (CPM),

conceito o qual pode ser encontrado, também, como Business Performance Management

(BPM) e Enterprise Performance Management (EPM).

O termo “Performance Management” é tipicamente usado na área de gestão de

pessoas e está associado diretamente ao mapeamento, à avaliação e ao gerenciamento dos

funcionários. Entretanto a adoção do conceito de gerenciamento do desempenho, apenas para

avaliar os indivíduos, não é suficiente nas organizações. A aferição da performance, ou

desempenho, leva as organizações a proverem a obtenção de insights (novas percepções) aos

seus gestores na tomada de decisão, em busca da melhoria contínua de seus negócios. Dessa

forma, o termo Corporate Performance Managament – (CPM) foi criado para diferenciar o

gerenciamento do desempenho da organização e o nível do desempenho do individuo na

integração dos diversos componentes que suportam as praticas de gestão, segundo Bourne,

Franco e Wilkes, 2003, p.15.

Wade e Recardo (2001) complementam que o Corporate Performance Managament–

(CPM) se fundamenta nos principais conceitos a seguir:

a) a definição de um comitê executivo com a missão de elaborar e divulgar a

estratégia do negócio;

b) a elaboração de uma estratégia focada nos conceitos de diferenciação, custos

gerais ou produtos, com o objetivo de alinhar os diversos níveis da organização,

com uma única simples e eficaz mensagem de visão e

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c) a criação e implementação da estratégia, por meio do processo do planejamento

estratégico.

Esse último pode ser simbolizado por um grande mosaico ou um jogo de quebra

cabeças, no qual cada parte representa uma informação ou dado e o resultado fornece uma

clara visão do que está ocorrendo no ambiente externo, tendo seus impactos representados, de

forma positiva ou negativa, no ambiente interno da organização.

Esse processo é desdobrado nas etapas de análise da situação corrente, determinação

do horizonte de planejamento, varredura sobre o ambiente externo e interno, identificação dos

fatores críticos de sucesso, análise de gaps – financeiros e físicos, criação da visão,

desenvolvimento da estratégia, criação das medidas de desempenho, identificação das

iniciativas e, por fim, a execução da estratégia. Segundo Wood (2004), a abordagem com

enfoque no gerenciamento do desempenho não é um termo novo no mundo de gestão; as

organizações, de diferentes formas, vêm utilizando os elementos que compõem o CPM. O

que, realmente, há de novo é o enfoque do CPM na integração dos diferentes componentes,

para 7 diferentes modelos e processos de gestão, de forma holística e centralizada do fluxo de

dados e informações, com foco na criação de valor e embasado no gerenciamento e

monitoramento da cadeia de valor da organização.

Essa integração ocorre por meio da harmonização de metodologias, métricas,

processos e sistemas, identificados como relevantes e diferenciais na obtenção de vantagem

competitiva para as empresas.

2.6 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Têxtil

O Sistema de Apoio à Decisão trabalha as informações em nível macro, com o

objetivo de auxiliar no processo de tomada de decisão da alta administração, sendo usados

pelos executivos (Presidências e Diretorias) das organizações. Normalmente, essas formações

têm disponibilização de forma gráfica, muito amigáveis, on-line,com opção de descer ao nível

de detalhamento das informações, para detectar desvios e anormalidades.

Siewert e Dalfovo (2007) elaboraram uma pesquisa sobre: porque as grandes empresas

do setor têxtil da cidade de Blumenau - SC parece não se utilizarem do Sistema de Apoio à

Decisão (SAD) e qual o grau de utilização do Sistema de Apoio à Decisão nas grandes

empresas têxteis de Blumenau – SC, cadastradas no Sintex – Sindicato das Indústrias.

Concluiu-se que o grau de utilização do sistema nas empresas é, de certo modo, elevado na

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maioria das empresas, sendo que, em 20% delas, o grau de utilização ultrapassa os 90%, em

40% o grau de utilização ultrapassa os 80% e nos 40% restantes o grau de utilização

ultrapassa os 60%, mas, ainda, existem lacunas em algumas áreas, que demandam atenção por

parte dos administradores. Para que sejam mais bem explorados, podendo, assim, fornecer

maiores subsídios aos administradores, em sua tomada de decisão, principalmente no que se

refere ao grupo Gráficos, que demonstrou haver maior carência e menor aderência é

necessário que os empresários tomem alguma ação.

Quando se fala em sistemas integrados, existem várias opções disponíveis no mercado,

como por exemplo: SAP, TOTVS, RM, entre outros, porém, dentro do segmento de varejo e

atacado, para os ramos de têxtil, vestuário, calçados, acessórios, presente, dentre outros, o

Grupo Linx possui a Divisão Linx Sistemas, considerada líder, no mercado de soluções

corporativas informatizadas, para a gestão de empresas. A Linx Sistemas está direcionada

para o mercado de varejo e atacado com destaque para os setores de vestuário, calçados e

presentes. O sistema Linx prevê todos os processos, desde o início da produção de uma

confecção até o momento da venda dos artigos ao consumidor final, incluindo cada detalhe

que compõe esse ciclo.O ERP Linx Global Fashion é o mais completo sistema de ERP,

totalmente integrado, que apresenta altíssimo nível de aderência ao setor, interface gráfica

amigável e implantação otimizada. (GRUPO LINX, 2011).

2.7 Sistemas Integrados de Gestão (ERP)

Os Sistemas Integrados de Gestão, também conhecidos por ERP (Enterprise Resource

Planning), formam um conjunto de aplicações que permite às empresas automatizar e integrar

substancial parcela de seus processos, envolvendo finanças, controles, logística, suprimentos,

manufatura, vendas e recursos humanos, possibilitando o compartilhamento de dados e a

uniformização de processos de negócios, além de produzir e utilizar informações em tempo

real (TURBAN; RAINER; POTTER, 2007; LAUDON; LAUDON, 2009; O’BRIEN;

MARAKAS, 2008).

Cada dia surge nova tecnologia voltada para a gestão do negócio. Cabe ao Gestor

fornecer subsídios para a escolha, a implantação e o acompanhamento de soluções voltadas

para a gestão do relacionamento com clientes (CRM), a integração com os sistemas

integrados de gestão (ERP) e a gestão da cadeia de suprimentos (SCM), por exemplo.

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Com a competitividade cada vez mais acirrada no mundo empresarial e internacional

das empresas, a ferramenta ERP contribuem com as empresas como auxilio no processo de

tomada de decisão. Os motivos que podem levar uma empresa a usar ERP são: tornar-se ou

manterem-se competitivas, melhorar a produtividade, melhorar a qualidade, melhorar os

serviços, prestados aos clientes, reduzir custos, estoques e melhorar o planejamento e

alocação de recursos. Os componentes típicos de um ERP são: Finanças, Contabilidade,

Planejamento e Controle da Produção, Recursos Humanos, Custos, Vendas e Marketing etc..

O relacionamento do ERP como base para o sistema de apoio à decisão está diretamente

ligado, pois o ERP pode auxiliar o gestor no processo de tomada de decisão (OLIVEIRA;

RAMOS, 2002).

Segundo Peleias (2001), a implementação de sistemas integrados devem fazer parte do

processo de mudança organizacional; portanto, a definição sobre a seleção e utilização dessas

ferramentas de informática deve sempre estar subordinada à resolução dos problemas de

gestão das empresas que, nesse contexto, são levantados pela área de Controladoria das

organizações.

De acordo com Hartley (2001, p.14), o ERP é uma tecnologia evolutiva e, também,

uma adaptação e um refinamento de tecnologias de processamento de dados mais antigos.

Segundo Souza e Saccol (2003, p. 64), os ERPs são sistemas de informação integrados

adquiridos na forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à

maioria das operações de uma empresa industrial (suprimentos, manufatura, manutenção,

administração financeira, contabilidade, recursos humanos etc.).

Hartley (2001, p. 5) afirma que o ERP não é intrinsecamente estratégico, ao contrário,

é uma tecnologia de suporte, um conjunto de módulos integrados de software que formam o

núcleo da máquina que realiza o processamento interno das transações.

Para Gordon e Gordon (2006), o ERP é um conjunto de aplicativos comprados de um

só fornecedor e que tem por objetivo contemplar grande parte das funções operacionais e

administrativas nas quais a empresa necessita e, às vezes, entre parceiros corporativos.

Gartner (2005) conceitua o ERP como uma estratégia de negócios composta por um conjunto

de softwares, que é capaz de integrar várias funções empresariais, como as de manufatura,

financeira e distribuição, equilibrando e otimizando dinamicamente recursos empresariais.

Já Turban e King (2004), afirmam que o ERP possibilita aos fabricantes efetuarem

mudanças de maneira eficiente, usando ferramentas de colaboração via internet. Esse sistema

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contribui para um novo modelo de computação empresarial. Segundo esses autores, há duas

gerações de ERP. Na primeira geração, o sistema automatizava e dava suporte aos processos

rotineiros administrativos. Depois de explorar totalmente a primeira geração de ERP, criou-se

a segunda geração de sistema, tendo como objetivo alavancar o sistema já existente,

aumentando sua eficiência (TURBAN et al., 2004).

Concluindo, uma empresa que hoje não tenha pelo menos alguns recursos de

Tecnologia da Informação para atender o cliente, agilizando seus processos, pode perder a

competitividade expressivamente diante de um ambiente altamente agressivo. E, nesse

contexto, o Enterprise Resource Planning apresenta-se como uma ferramenta para facilitar o

cumprimento dos objetivos organizacionais. Em outras palavras:

É preciso entender que, para o desenvolvimento de uma solução ERP, se faz necessário conhecer

seu funcionamento: empresa é um conjunto de pessoas e recursos que geram receita partindo da

venda de produtos e serviços para determinado mercado, e para sobreviver, precisa respeitar uma

equação que, apesar de ser muito simples, não é tão fácil de ser atingida – a receita maior do que a

despesa. [...] É fundamental que a companhia tenha o controle absoluto destas receitas e despesas.

Aqui a Tecnologia da Informação entra como grande aliada. Por meio do ERP, as receitas e as

despesas são facilmente controladas (HABERKORN, 2007).

Apresenta-se, no Quadro 1, o resumo das principais características e propriedades

atribuídas aos ERPs, conforme encontradas na literatura pesquisada que, de alguma forma,

estão alinhadas com autores que pesquisam os sistemas ERPs.

Quadro 1 - Principais características e propriedades do ERP Características Autor Ano

Bases de dados unificadas Turban 2007

Rainer 2007

Potter 2007

Laudon e Laudon 2009

O´brien e Marakas 2008

Apoio à tomada de decisão Oliveira Ramos 2002

Souza Saccol 2003

Turban et al. 2004

Padronização de processos Peleias 2001

Hartley 2001

Gordon e Gordon 2006

Gartner 2005

Integração e consolidação das informações Hanerkorn 2007 Fonte: Elaborado pelo autor.

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2.8 Tomada de Decisão

As tradicionais teorias econômicas, segundo Simon (1955, p. 99), reconhecem o

“homem econômico” como racional presumindo a existência do conhecimento em aspectos

relevantes de seu ambiente e de suas habilidades em identificar alternativas para uma

determinada decisão, de acordo com suas preferências. Essas preferências são

predeterminadas mediante um comportamento racional compatível com o acesso à

informação e à capacidade computacional de cada indivíduo.

2.8.1 Processo decisório

O processo decisório, num contexto racional explorado por Simon (1955, p.102),

sugere que o julgamento está sujeito às restrições de racionalidade; as pessoas tomam

decisões com poucas informações em sua memória, possuem limitações de capacidade

computacional, de percepção e de custos. Simon (1955, p.102) apresenta seis etapas de um

processo de decisão racional, conforme se apresenta na Figura 6.

Figura 6: Esquemática adaptada de Simon do processo decisório Fonte: Simon (1955, p. 102)

Contudo, antes de serem abordadas as teorias clássicas para a análise de Tomada de

Decisão, far-se-á uma pequena introdução com conceitos práticos e, também, uma exploração

de pesquisas que então foram realizadas, na contabilidade, dentro do contexto.

Decisão refere-se a uma reflexão de um conjunto de fatores, de procedências interna

ou externa, que determinam bases ou valores para que possam analisar, processar, questionar

e decidir sobre ações para solucionar um dado questionamento em um respectivo contexto.

Um processo de tomada de decisão ocorre, geralmente, de acordo com procedimentos ou

Definição do Problema

Identificação de

Critérios

Ponderação dos

Critérios Desenvolvimento

de Alternativas

Classificação de

cada alternativa

conforme os critérios

Idenfificação da

solução ótima

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normatizações das empresas contendo sua conduta e níveis de hierarquia para que a decisão

seja tomada e a ação implementada.

O processo de tomada de decisão, geralmente, está voltado ao risco e à incerteza. A

necessidade de uma decisão é ocasionada mediante um problema, ou inquietação, motivado

por incertezas de características de processos internos (processo orçamentário, adequação de

produção quanto à demanda, necessidade de investimentos, admissões, demissões etc.) ou do

ambiente externo (concorrência, economia nacional ou internacional, meio ambiente, imagem

etc.). Dessa forma, pode-se afirmar que a decisão é tomada por meio de comportamentos e

racionalidade, mediante seus valores e preferências de exposição ao risco (BAZERMAN,

2004, p. 59-60).

Para amenizar os riscos de uma tomada de decisão, é definida a figura de um líder que

possui a responsabilidade na resolução do dado problema. Mediante sua experiência,

habilidade ou “expertise”, ele analisa o problema e toma sua primeira decisão na envolvência,

ou não, de uma equipe para compartilhar e utilizar de sua ferramenta de gestão: a supervisão.

Uma decisão tomada em grupo, também, tem riscos, pois cada um possui experiências e

percepções distintas. Por outro lado, o julgamento individual pode ocasionar uma decisão

errada por envolver seus interesses pessoais ou experiências que não se aplicam a uma dada

situação. O processo decisório por equipes pode instigar a busca por novas oportunidades de

solução, ou seja, inovação. A figura do líder deve filtrar todas as ideias a fim de estabelecer

uma solução ótima, sempre focando o problema em questão. É de se esperar que um

profissional engajado sempre tome suas decisões voltadas ao melhor resultado de sua empresa

e não tome decisões pensando nos interesses próprios.

Um profissional engajado tende a se preocupar de forma mais efetiva com os resultados de sua

área e o impacto que sua área possui sobre os resultados da companhia como um todo. Perpecções

e expectativas sofrem viés de um modo auto-interessado chamado egocentrismo, que foca

especificamente o modo como as pessoas que estão expostas às mesmas informações as

interpretam de uma maneira que as favorece. Egocentrismo refere-se às interpretações de eventos

em vez de avaliações de traços pessoais do eu (BAZERMAN, 2004, p. 183-186).

O tomador de decisão com cargos executivos ou não, uma vez que tem a

responsabilidade de administrar seu orçamento, tem autonomia de decidir aquilo que for

melhor para a melhor condução dos trabalhos de sua área. Seguindo os critérios apresentados

na Figura 2, o profissional tenderá a obter uma solução ótima para seu problema garantindo a

sustentabilidade de seu orçamento.

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Catelli (2009, p.125) comenta que um processo de tomada de decisão ocorre pela

necessidade de optar por caminhos alternativos para solucionar um determinado problema e,

também, para aproveitar a oportunidade para aprender e captar essas informações para futuros

problemas em decorrência desse estado.

2.8.2 Modelos clássicos para análise de tomada de decisão - um modelo

comportamental da escolha racional (modelo de Simon)

Conforme citado no início do capítulo, as tradicionais teorias econômicas, segundo

Simon (1955, p. 99), reconhecem o “homem econômico” como racional presumindo a

existência do conhecimento em aspectos relevantes de seu ambiente e habilidades em

identificar alternativas para uma determinada decisão, de acordo com suas preferências. Em

pesquisas realizadas em economia, na época, houve muitos questionamentos e dúvidas quanto

ao modelo do “homem econômico”, se de fato essa ideia fornece uma base adequada para se

construir uma teoria: seja uma teoria de como as empresas se comportam ou de como devem

comportar-se racionalmente.

Simon (1955, p. 99-100) comenta a necessidade da substituição da racionalidade

humana (o “homem econômico”) com um tipo de comportamento racional que é compatível

com seu acesso à informação e sua capacidade computacional, geradas por cada tipo de

organismo e nos ambientes em estão inseridos. A tarefa é substituir a racionalidade padrão, ou

previamente estipulada por uma teoria existente, por uma racionalidade motivada por

estímulos de seu meio ambiente, transmitidos em um dado momento e por meio de

determinadas situações.

Faltam tipos de conhecimento empírico dos processos de decisão, que são necessários

para uma teoria definitiva. Os fatos e os estímulos do mundo atual podem definir uma teoria

de forma desorganizada e desestruturada, porém é pouco provável alguém familiarizar-se com

as características brutas como uma escolha humana ou com as características gerais do meio

ambiente em que está inserido. O problema pode ser abordado tanto na investigação das

propriedades da escolha do organismo quanto na investigação da escolha do ambiente. A

proposta é identificar as características do ambiente e suas inter-relações como os organismos,

bem como incluir algumas propriedades da escolha do organismo como elemento na definição

de qual o significado de um comportamento racional em uma situação específica (SIMON,

1955, p. 100).

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A escolha racional ocorre mediante premissas que são construídas como uma restrição de que

cada adaptação racional deve ter seu lugar, conforme Figura 7.

Figura 7: Esquema adaptado como premissas para uma escolha racional Fonte: Simon (1955, p. 100)

A seleção de uma premissa para incorporação no modelo do comportamento racional

envolve premissas implícitas como as quais variam de acordo com os controles dos

organismos racionais, podendo aperfeiçoar um sentido na adaptação racional e quais variáveis

podem tornar-se fixas.

Para Shimizu (2006), no entanto, é impossível ter-se sempre uma decisão bem tomada

nas organizações, uma vez que:

Com exceção de problemas de rotina, bem conhecidos e com estrutura de opções bem definida, o

processo de formular alternativas de decisão e escolher a melhor delas é quase sempre caótico e

complexo. Caótico porque os indivíduos e as organizações não possuem visão clara e completa dos

objetivos e dos meios que definem o problema de decisão. Complexo porque a incerteza, a falta de

estruturação e o tamanho do problema podem inviabilizar a aplicação sistemática da maior parte

das metodologias de decisão, as quais frequentemente utilizam julgamentos subjetivos. (p.17)

As decisões do dia a dia são tomadas usualmente tendo-se como base poucos critérios,

geralmente de caráter econômico. Decisões complexas, no entanto, devem levar em conta,

também, fatores subjetivos, muitas vezes não quantificáveis.

Há duas maneiras de decidir: por intuição ou por análise. A decisão intuitiva não é

suportada por dados ou documentação podendo parecer arbitrária e ela é tomada tendo-se por

base as informações acumuladas pelo decisor, possivelmente enviesada por seus próprios

valores, enquanto a decisão analítica, quando utilizada coletivamente em uma corporação,

possibilita valores compartilhados (SAATY, 2000).

Para a tomada de decisão analítica, Turban e Aronson (2001) e Turban, Rainer e Potter

(2007) consideram ser adequado estabelecerem-se modelos que representem uma

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simplificação ou uma abstração da realidade, uma vez ser essa muito complexa para ser

copiada com exatidão e, ainda, pelo fato de a maior parte da complexidade não ter,

usualmente, relevância para um problema específico. Dessa forma consideram, então que as

tomadas de decisão podem seguir os seguintes modelos:

Modelos icônicos: É a réplica física de um sistema, geralmente em escala diferente da

original, podendo ser em escala, três dimensões etc. Exemplo típico é o de aeroplanos em

teste de túnel de ventos.

Modelos analógicos: Não se parece com o real, mas se comporta como tal. Exemplo

típico é o de um organograma retratando as relações entre estrutura, autoridade e

responsabilidade.

Modelos matemáticos: Possibilitam modelar relações complexas e/ou fazer

experimentos com essas relações. Esse modelo é utilizado na maioria das análises de SSD

(sistemas de suporte à decisão) e está sendo utilizado nesta tese como instrumento do PASS.

Modelos mentais: Fornece uma descrição de como uma pessoa interpreta uma

situação, incluindo crenças, suposições, relacionamentos e fluxos de trabalho, conforme

percebido por ela e, geralmente, o seu desenvolvimento é a primeira etapa de uma modelagem

de decisão, que poderá depois migrar para outras modelagens. Tem importância, também,

para a interação entre pessoa e computadores.

Shimizu (2006) considera, ainda, os modelos verbais, quando são descritos ou

representados por palavras e sentenças, tais como, questionários e sistemas especialistas. Ele

denomina os modelos icônicos como físicos e os modelos analógicos como esquemáticos.

Para ele, a escolha de um modelo depende da finalidade da decisão, da limitação do tempo e

custo e ainda, da complexidade do problema, sendo que essa depende da quantidade de

variáveis e/ou objetivos, de quanto eles estão sujeitos a riscos de incerteza e, também, quanto

ao seu modo de imprecisão, nebulosidade ou difusão.

Por isso, conforme o grau de incerteza, para Shimizu (2006, p.42) os problemas

podem ser classificados em:

a. Problemas com certeza completa, quando os valores das variáveis e objetivos são

conhecidos;

b. Problemas com risco ou incerteza, quando os valores das variáveis e os objetivos

dependem de uma lei de probabilidade;

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c. Problemas com incerteza extrema, quando os valores das variáveis e dos objetivos

não são conhecidos e se deve usar algum tipo de sorteio para efetuar a decisão.

Os decisores podem atuar em diversos níveis nas organizações e, dependendo desse

nível, as decisões variam de estruturadas e não estruturadas.

As decisões estruturadas são usualmente aquelas tomadas por decisões que atuam na

administração operacional, como supervisores de linha, chefes de departamento ou gerentes

de operações e envolvem os casos em que os procedimentos, a serem seguidos, podem ser

definidos antecipadamente. São, portanto, decisões que estão relacionadas a problemas de

rotina e repetidos, o que possibilita soluções padronizadas, não se necessitando serem tratadas

como se fossem novas a casa vez que precisam ser tomadas (TURBAN; RAINER; POTTER,

2007; TURBAN; MacLEAN; WETHERBE, 2007; O´BRIEN, 2009; LAUDON; LAUDON,

2009; STAIR,1998).

As decisões semiestruturadas, geralmente, são efetuadas por decisores que atuam na

administração tática, como gerente de unidades de negócios e exigem uma combinação de

procedimentos padronizados com avaliações pessoais. Elaborar orçamentos ou fazer análises

de aquisição de capital, por exemplo, são situações com essas características. As decisões não

estruturadas referem-se a problemas difusos, complexos para os quais não há soluções

prontas. Essas são, geralmente, as decisões tomadas pela alta gerência das empresas e

atendem, portanto, à administração estratégica (TURBAN; RAINER; POTTER, 2007;

TURBAN; MacLEAN; WETHERBE, 2007; O´BRIEN, 2009; LAUDON; LAUDON, 2009;

STAIR,1998). Não existe, nesse caso, um método preconcebido de tratar o problema, uma

vez que, segundo Simon (op. cit., p.5), “ou ele não havia aparecido anteriormente ou, porque,

a sua natureza e estrutura são complexas ou de difícil compreensão, ou ainda, por ser tão

importante que merece um tratamento sob medida.”

Dos decisores exige-se, então, o bom senso, capacidade de avaliação e perspicácia na

definição dos problemas, pois cada uma das decisões é inusitada, importante e não rotineira,

não havendo procedimentos bem entendidos ou predefinidos para tomá-las (GORRY;

SCOTT-MORTON, 1989).

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa cientifica é, para Perez (2007, p.5), a geração de “contribuições para a

comunidade acadêmica, organizacional e, sobretudo para a sociedade”. A pesquisa cientifica

pode ser dividida como quantitativa descritiva, que verifica a relação quantitativa entre as

variáveis levantadas; pesquisa exploratória que, usando procedimentos específicos, desenvolve

ideias ou hipóteses e as investiga e a pesquisa explicativa (experimental), mais complexa, que

visa aprofundar o conhecimento da realidade (ANDRADE, 2007).

3.1 Pesquisa Quanto ao Método: Quantitativa e Qualitativa

A pesquisa quantitativa, pode ser definida como aquela que baseia seus estudos em

análise de características diferenciadas e numéricas, geralmente ao longo de alguma

dimensão, entre dois ou mais grupos, procurando provar a existência de relações entre

variáveis” (SILVEIRA et al., 2004, p.107).

Collis e Hussey (2006, p. 26) afirmam que, o método quantitativo, é objetivo por

natureza e focado na mensuração de fenômenos. Consequentemente, um método quantitativo

envolve coletar e analisar dados numéricos e aplicar testes estatísticos.

Na pesquisa qualitativa, de acordo com Vergara (2007), cada situação é analisada a

partir de dados descritivos, buscando identificar relações, causas, efeitos, conseqüências e

opiniões considerados necessários à compreensão da realidade estudada.

3.2 Tipos de Pesquisa: Exploratória - Descritiva - Explanatória

A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de pesquisa quando

há poucos ou nenhum estudo anterior em que se possa buscar informações sobre a questão ou

problema. O objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, ideias ou hipóteses, em vez de

testar ou confirmar uma hipótese (COLLIS; HUSSEY, 2006, p. 24), Segundo Köche (2009, p.

126), “na pesquisa exploratória não se trabalha com a relação entre variáveis, mas com o

levantamento da presença das variáveis e da sua caracterização quantitativa ou qualitativa”.

Por pesquisa descritiva entende-se, segundo Gil (1999, p. 42), as que “[...] têm como

objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou

então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Na pesquisa descritiva, segundo

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(Barros, 2008), a questão de pesquisa pressupõe conhecimento sobre o problema estudado

passando o pesquisador a observador dos fatos ou fenômenos.

Conforme Collis e Hussey (2006, p.24), a pesquisa explanatória é uma continuação da

pesquisa descritiva. O pesquisador vai além da descrição das características, analisando e

explicando porque ou como os fatos estão acontecendo e procuram entender os fenômenos

descobrindo e mensurando as relações causais.

Nesta pesquisa, buscou-se identificar um melhor entendimento sobre as características

ligadas aos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) e a sua influência na tomada de decisão dos

gestores das empresas da área têxtil no Brasil.

A população pesquisada é formada por profissionais que se utilizam de sistemas

integrados têxteis para tomada de decisão. Visando responder o problema de pesquisa e,

atingir os objetivos propostos, o tipo de pesquisa adotado foi quantitativa descritiva

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

A escolha do instrumento de coleta de dados tem intima ligação com os objetivos

gerais e específicos do trabalho. Sua escolha é determinante para o sucesso do projeto e sua

programação e aplicação deve ser estudada de maneira a ser ampla e suficiente (BARROS,

2008). Os instrumentos mais comuns são os questionários e roteiros de entrevistas

(ANDRADE, 2007).

O questionário com perguntas fechadas é um instrumento para ser aplicado a uma

amostragem grande, pois esse tipo de pergunta não permite argumentação por parte do

respondente e, geralmente, é associado a uma escala numérica que permite o tratamento

estatístico de grande número de resultados de maneira objetiva, sendo, portanto, decorrente

do método previamente escolhido como adequado à pesquisa proposta. O questionário pode,

ainda, ser formulado com perguntas abertas, dando maior liberdade de opinião e, por

consequência, proporcionando uma análise mais subjetiva da amostra (BARROS, 2008).

Já a entrevista permite o contato mais estreito entre o pesquisador e o entrevistado. É o

instrumento essencial da pesquisa qualitativa, usualmente apoiada por um roteiro semi-

estruturado, de forma a contemplar perguntas abertas podendo tomar rumos deferentes de

acordo com o comportamento e as respostas do entrevistado. Por ter resultados mais

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abrangentes subjetivos e que demandam outras formas de análise que não somente estatística,

geralmente, é realizada com uma amostragem reduzida (BARROS, 2008).

Richardson (2009) alerta que, por último, deverá ser feita uma revisão final dos

instrumentos aplicados, com a finalidade de evitar que erros e vieses ocorridos na aplicação

cheguem à fase de análise.

Nesta pesquisa, utilizou-se como procedimento para a coleta de dados, um

questionário survey, eletrônico, contendo questões fechadas, para as quais se solicitou a

atribuição de uma nota de 1 a 10, com relação a uma escala de concordância (1 mínima; 10

máxima). Foi realizado por meio da inclusão no site <http://www.formsite.com>. Para que os

respondentes acessassem o questionário, foi enviado por e-mail um texto com apresentação do

projeto de pesquisa com o link <http://fs7.formsite.com/CidneiSantos/form2/>. Inicialmente,

realizou-se um pré-teste, com 5 respondentes, para os quais se solicitou o feedback com

relação ao seu preenchimento.

3.4 Técnica de Análise de Dados

Neste trabalho, utilizou-se a técnica de tratamento estatístico de Análise Fatorial. A

Análise Fatorial é uma técnica estatística que busca, por meio da avaliação de um conjunto de

variáveis, a identificação de dimensões de variabilidade comuns existentes em um conjunto de

fenômenos; seu intuito é desvendar estruturas existentes, mas que não observáveis

diretamente. Cada uma dessas dimensões de variabilidade comum recebe o nome de FATOR.

Um raciocínio subjacente dessa técnica é que se cada fenômeno varia independentemente dos

demais, então existirão tantas dimensões quanto os próprios fenômenos analisados, mas se os

fenômenos não variam independentemente, podendo haver relações de dependência entre

eles, pode-se concluir que existe um menor número de dimensões de variação do que os

fenômenos. A Análise Fatorial permite detectar a existência de certos padrões subjacentes nos

dados, de maneira que possam ser reagrupados em um conjunto menor de dimensões ou

fatores (CORRAR; PAULO; DIAS, 2007, p.59-60).

De acordo com Hair et al. (2009, p. 91), a técnica de analise fatorial “é uma classe de

métodos estatísticos multivariados cujo propósito principal é definir a estrutura subjacente em

uma matriz de dados”, ou seja, a análise fatorial procura analisar as inter-relações

(correlações) entre várias variáveis, procurando definir um conjunto de dimensões latentes

comuns, chamadas de fatores.

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Na técnica analítica fatorial, as variáveis estatísticas (fatores) são formadas para

maximizar seu poder de explicação do conjunto inteiro de variáveis (HAIR et al., 2009). E,

ainda, segundo o mesmo autor, o pesquisador tem como opção examinar a matriz fatorial e

selecionar a variável com a maior carga fatorial em cada fator para atuar como uma variável

substituta e representativa daquele fator, que seria uma abordagem mais simples somente

quando uma variável possui uma carga fatorial bem maior do que as demais.

Muitas vezes, nas empresas, para se tomar uma determinada decisão é importante

avaliar o comportamento de algumas variáveis como por exemplo: Receitas, custos e

despesas. Para se utilizar e avaliar o comportamento destas variáveis, diversas formas são

utilizadas: como o valor médio do que ocorreu no passado, fazendo um pesquisa de mercado.

No entanto, à medida que o horizonte de planejamento se amplia, as previsões se tornam mais

difíceis de serem realizadas. O estudo de relações entre variáveis consegue resolver

eficientemente tanto problemas de curto prazo como de longo prazo.

A análise de regressão linear é uma técnica estatística, com o qual se procura a relação

de dependência entre uma variável única, denominada variável independente (VI) e várias

variáveis independentes (VI), também denominadas preditoras (HAIR et al., 2009) A análise

de regressão múltipla procura as variáveis independentes, buscando, com isso, prever os

valores da variável independente em estudo pelo pesquisador. Os pontos centrais da técnica

estão na determinação do coeficiente de regressão parcial, da intensidade de associação, do

teste de significância e avaliação de resíduos (MALHOTA, 2007).

A técnica de análise de regressão múltipla pode oferecer uma serie de possibilidades,

configurações, parâmetros e opções para a sua utilização. Nesta pesquisa, utilizou-se para o

processamento da regressão linear múltipla, o software estatístico SPSS® v17, com o objetivo

de se avaliarem os seguintes parâmetros:

Coeficiente de determinação (R2): serve para indicar a medida da proporção da

variância da variável dependente (VD), em torno de sua média que é explicada pelas variáveis

independentes (VI) (HAIR et al., 2009). Esse coeficiente de determinação (múltipla) pode

variar entre 0 e 1 e, quanto maior o valor de R2, maior o poder explicativo da equação de

regressão, portanto, maior será a capacidade de explicação ou de predição da variável

dependente.

Coeficiente de regressão (bn): indica um valor numérico da estimativa do parâmetro

que está associado diretamente à variável independente (VD). Um exemplo prático: na

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equação Y = bo+b1*X1; o valor de b1 é o coeficiente de regressão para a variável X1. O

coeficiente de regressão representa então, a proporção de variação da variável dependente

quando ocorre a variação de uma unidade na variável independente (VI) (HAIR et al., 2009).

Efetuada a análise dos dados em termos descritivos, procurou-se, mediante a técnica

de análise fatorial, examinar se existiriam dimensões subjacentes às variáveis que pudessem

sintetizar, resumir as informações nelas contidas, dando à análise ou à interpretação dos dados

da amostra uma melhor compreensão. O primeiro passo para a condução da análise fatorial foi

o cálculo das correlações entre as variáveis, como pode ser visualizado no Quadro 2.

3.5 Espaço Amostral: objeto da pesquisa

Para selecionar a população geograficamente e por se tratar de uma pesquisa, com

base em empresas têxteis, não probabilística, por conveniência, o primeiro passo foi entrar em

contado com os órgãos de classe da população para amostra. Optou-se pela Associação

Brasileira da Industria Têxtil (ABIT) e da Confecção, que foi criada, em 1957, para auxiliar as

empresas do setor, foi mantido o contato, tanto por telefone como eletronicamente, mas não

houve sucesso, partiu-se, então, para buscas das empresas têxteis com sedes reconhecidas em

pólos têxteis, principalmente no Estado de Santa Catarina, especificamente nas cidades de

Blumenau, Brusque, Itajaí e Joinvile. No Estado de São Paulo, a cidade escolhida foi

Americana, com forte concentração de empresas têxteis. Como no inicio dos anos 90 algumas

empresas têxteis transferiram suas plantas para a região Nordeste do Brasil para se

beneficiarem de incentivos fiscais, a cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte,

também, integrou o grupo na elaboração e da base de dados da pesquisa.

Após a seleção da amostra objeto desta pesquisa, foi identificado o endereço

eletrônico de sua população, aproximadamente 200 potenciais respondentes, que foram

definidos como os sujeitos sociais que ocupam cargos de gestão e tomadores de decisão,

como, por exemplo: Supervisores, Coordenadores, Gerentes e Diretores. No entanto, ressalte-

se que embora a busca dos respondentes tenha sido pelos sujeitos sociais, no Gráfico 3,

observa-se que apenas 60% dos 52 que responderam de forma correta e completa, podem ser

classificados como gestores, os demais, ou seja, 40%, foram classificados como usuários de

sistema corporativo ERP, sendo assim, após a realização da verificação de que a amostra

apresentava adequação e confiabilidade, decidiu-se prosseguir com a análise dos dados.

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Em alguns casos, o envio do questionário foi realizado mais de uma vez e, ainda,

alguns contatos foram realizados pelo pesquisador , no sentido de melhor interagir e solicitar

apoio do respondente além de esclarecer eventuais dúvidas para o preenchimento do

questionário, porém respondentes deram resposta ao questionário sem a presença do

pesquisador.

3.6 Resumo: opções metodológicos adotadas na pesquisa

Para Richardson (2009, p.29), o “método em pesquisa significa a escolha de

procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenômenos”. Para tanto, para que

haja validade dos dados obtidos, além de caracterizar a pesquisa a ser realizada e definir a

população e a amostra, também, os instrumentos e os procedimentos de coleta e análise de

dados devem ser definidos, entre outros passos metodológicos.

Ao analisar uma pesquisa qualitativa, o pesquisador evitará as expressões que

transmitam quantidade: “maioria dos respondentes”, “grande parte”, “muitos”, “alguns” não

devem ser utilizados porque induzem o raciocínio em direção oposta ao que se deseja. A análise

do material colhido - transcrição dos grupos e das entrevistas em profundidade, por exemplo –

será pautada na decodificação e reorganização dos significados (TRUJILLO, 2001, p. 54)

Por outro lado, a pesquisa quantitativa, segundo Trujillo (2001,p.94), não revelará nada

mais do que quantidades de incidência de diferentes qualidades. Portanto, uma pesquisa

quantitativa só revelará as informações que foram determinadas previamente.

Em termos de resultados numéricos, nada surgirá além do que foi previamente

determinado para ser mensurado. As conclusões podem ser mais abrangentes, mas tomam por

base os resultados numéricos e visam solucionar o problema de pesquisa que a originou

(TRUJILLO, 2001, p. 94).

Portanto, em uma pesquisa quantitativa, os resultados dos testes estatísticos, os números

e percentuais são considerados para embasar a análise que tem por conclusão respostas

objetivas e verificáveis (TRUJILLO, 2001).

Neste trabalho, optou-se em desenvolver uma pesquisa definida como descritiva,

utilizando o método quantitativo, aplicando a técnica de Análise Fatorial, e a utilização da

técnica de Regressão Linear nas cargas dos fatores identificados. A escolha pela metodologia

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quantitativa deu-se em decorrência da intenção de se obterem dados representativos sobre o

uso de sistemas no segmento têxtil.

3.6.1 Procedimentos: variáveis envolvidas no estudo

As variáveis submetidas ao processamento da análise fatorial que correspondem às

assertivas do questionário estão indicadas no Quadro 2, com exceção das variáveis v10 e v11

que tiveram sua carga fatorial utilizada como variável dependente. É importante enfatizar que

algumas assertivas não foram utilizadas neste estudo e, também, não foram incluídas neste

quadro; por esse motivo, as variáveis não estão em ordem sequencial. Algumas delas foram

eliminadas por apresentarem conotação negativa e outras foram retiradas da análise por

apresentarem valores de cumunalidade inferiores a 0,5, conforme indicado por Hair et al.

(2009).

Quadro2: Variáveis utilizadas na análise fatorial Variável Assertiva

v1 Normalmente utiliza-se o ERP como suporte para a tomada de decisão porque ele integra os departamentos da empresa.

v4 O principal motivo para os administradores das empresas têxteis utilizarem um sistema corporativo ERP é a extração das informações gerenciais ou executivas como base de suporte, para cumprirem, adequadamente, as suas atividades.

v6 A adoção do ERP, nas empresas têxteis possibilitou a padronização do processo produtivo, reduzindo desperdícios e aumento da produção.

v7 O crescimento empresarial em escala global das empresas têxteis fica facilitado, após a adoção de um sistema corporativo de gestão como o ERP.

v9 Para as empresas têxteis se tornarem competitivas em relação ao mercado Asiático é necessário um controle rígido de todas as operações da empresa e para isto é recomendado que a empresa adote um sistema corporativo de gestão como o ERP.

v10 De uma forma geral, entende-se que o ERP auxilia os gestores Têxteis na tomada de decisão.

v11 Entende-se que a utilização do ERP é um bom suporte e auxilia na tomada de decisões.

v14 Entende-se que as informações disponibilizadas pelo ERP utilizadas na minha empresa, são valiosas para a tomada de decisão.

v17 A utilização do ERP em empresa têxtil favorece os negócios em termos da melhoria da lucratividade ou do fortalecimento da posição competitiva da organização.

v18 A utilização do ERP em empresa têxtil viabiliza a redução do processo de inventário.

v20 Com a adoção do ERP na empresa têxtil, o planejamento e controle de produção (PCP) passou a ser otimizado, equilibrando a aquisição de quantidade dos materiais necessários para abastecer a produção.

v21 Um dos principais benefícios do ERP no setor têxtil é a possibilidade em diferenciar-se da concorrência,

continua

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conclusão

v22 Após a implantação do ERP têxtil, notou-se um maior controle em todos os departamentos da empresa,

v24 O ERP em empresa têxtil propicia a racionalização da mão de obra, além da comunicação entre os empregados, bem como o fornecimento de serviços e benefícios.

v26 Um sistema ERP sempre atualizado é favorável para a tomada de decisão.

v27 Após a adoção do ERP na empresa têxtil, notou-se um crescente aumento na lucratividade de determinados produtos, principalmente em razão da eliminação de desperdícios no processo de produção.

v29 Nas empresas têxteis, o ERP contribui como cumprimento das exigências legais tributárias da legislação Brasileira.

v33 Com a implantação do ERP, os gestores das empresas têxteis passaram a ter a possibilidade de rastrear os pedidos dos clientes, desde a sua produção até a sua entrega.

v36 Depois da implantação do ERP, as minhas decisões foram facilitadas.

v37 A adoção do ERP têxtil foi uma exigência da matriz que fica sediada em outro País.

v39 A adoção do ERP possibilitou a empresa a adotar um único sistema para toda a empresa.

v41 O ERP em empresas têxteis possibilita a automatização dos fluxos de processos do estoque, passando a apresentar uma melhor visibilidade para os usuários.

v43 A adoção do ERP possibilitou a empresa a adotar um único sistema para toda a empresa.

v47 O avanço da tecnologia da informação aliado às mudanças decorrentes da obsolescência econômica contribuíram para as empresas têxteis adotarem sistemas integrados de gestão integrado ERP.

v48 A implantação do ERP na empresa têxtil, possibilitou a integração com os sistemas legados da empresa.

v50 Utilizando o ERP da minha empresa como suporte para a tomada de decisão a minha decisão fica autônoma.

v51

As informações financeiras integradas possibilitaram aos gestores das empresas têxteis entenderem o desempenho global da empresa, uma vez que todas as unidades de negócios passam a ter seus desempenhos avaliados com base em dados que estão em uma única base de dados, relacionados entre si.

v52 A competitividade mundial exige das empresas têxteis, uma flexibilidade em relação à capacidade de mudanças de processos de negócios e estrutura operacional. Os sistemas de informação ERP, contribuem com essa flexibilidade.

v54 Após a implantação total do ERP, pôde-se eliminar outros sistemas legados existentes na empresa.

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50

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

O questionário eletrônico utilizado na coleta de dados (Apêndice I) foi enviado para

cerca de 200 potenciais respondentes usuários de sistemas corporativos ERP de empresas

têxteis de várias regiões do Brasil. Esse instrumento de coleta de dados foi preenchido por 54

respondentes e, desse total, foram excluídos 2, referentes aos questionários não preenchidos

completamente. O total da amostra considerada válida utilizada para o processamento da

técnica estatística foi de 52 respondentes. A coleta dos dados foi realizada entre os meses de

abril a maio de 2011.

4.1 Característica dos Respondentes

Visando à contribuir na interpretação dos resultados e subsidiar as inferências,

procedeu-se à caracterização dos respondentes, incluindo dois grupos: no primeiro grupo

destacou-se: o nível de escolaridade dos respondentes; formação; função atribuída na

empresa; tempo de empresa e área de atuação; no segundo grupo, destacou-se: subsegmento

da área têxtil; porte da empresa e ERP utilizado, conforme demonstrado na Tabela 1 e

Gráficos de 1 a 12, considerando, apenas, os respondentes que completaram 100% das

respostas do questionário.

Constatou-se ter sido expressivo o número de respondentes, com formação de nível

superior, como se pode verificar na Tabela 1.

Tabela 1: Escolaridade dos respondentes

Escolaridade Número de

Respondentes %

Doutorado 1 2

Mestrado Profissional 1 2

Pós-Graduação Latu Senso 15 29

Superior 25 48

Técnico 3 6

Segundo Grau 7 13

Total 52 100

Fonte: Elaborado pelo autor

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51

Gráfico 1: Formação dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

Com relação à formação dos respondentes, o Gráfico 1 mostra que 40% dos

respondentes da amostra possuem formação em contabilidade; 25% em administração de

empresas e 15% em outro tipo de formação, conforme demonstrado no Gráfico 2.

Gráfico 2: Formação dos respondentes - outros Fonte: Elaborado pelo autor

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52

O que chama a atenção é que dos 15% classificados em outro tipo de formação 25%

possui formação em Sistema de Informação e outros 25% são Tecnólogos Têxteis, o que

evidencia a população estudada.

Gráfico 3: Função dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

Em relação à função desempenhada pelos respondentes, o Gráfico 3 mostra que 60%

da amostra correspondeu à alta administração, representada por sócio, diretor, gerentes,

supervisores e coordenadores, o que vai de encontro aos agentes respondentes buscados nesta

pesquisa e 11% da amostra corresponde a outro tipo de função, porém classificada como

usuários conforme demonstrado no Gráfico 4.

Gráfico 4: Função dos respondentes - outros Fonte: Elaborado pelo autor

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53

Dos 11% correspondentes a outras funções 67%, observe-se que eles correspondem ao

nível auxiliar em relação ao tempo de empresa dos respondentes, observe-se, no Gráfico 5,

que 40% estão na empresa entre 5 e 10 anos, 25% de 1 a 5 anos e 21% no período de 10 a 20

anos de empresa.

Gráfico 5: Tempo de empresa dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

O Gráfico 6 revela que 48% dos respondentes estão classificados na somatória entre a

área contábil e a administração geral e 17% em outras áreas que estão analisadas no Gráfico 7.

Gráfico 6: Área de atuação dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

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54

Verifique-se que dos 17% dos respondentes de outras áreas da atuação, 56% dos

respondentes correspondem à área da tecnologia da informação e 33% são ligados na área de

produção.

Gráfico 7: Área de Atuação dos respondentes - outros Fonte: Elaborado pelo autor

Mesmo sendo empresas do setor têxtil, existe classificações como indústria e comércio

de confecções, indústria de confecções, Fiação e tecelagem, comércio de confecções, malharia

e tinturaria. No Gráfico 8, o objetivo foi evidenciar essa classificação e constatou-se, por meio

dos seus respondentes que 25% correspondem à Industria e Comércio de confecções e 21%

Indústria de confecções e 33% relacionados a outras subclassificações do setor têxtil,

conforme demonstrado no Gráfico 9.

Gráfico 8: Segmento da área têxtil dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

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55

No Gráfico 9, ficou demonstrado que dos 33% relacionados a outros do subsegmento

do setor têxtil 59% estão relacionados à Prestação de Serviço ligados ao setor.

Gráfico 9: Segmento da área têxtil dos respondentes - outros Fonte: Elaborado pelo autor

O Gráfico 10 mostra que 71% dos respondentes corresponde à pequenas empresas.

Gráfico 10: Porte da empresa dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

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56

Com relação ao sistema corporativo (ERP) adotado, observe-se que 46% dos

respondentes utilizam o sistema Linx e 29% dos respondentes utilizam outro tipo de sistema,

mais vale a pena o registro da inclusão de grandes soluções como, por exemplo, o ERP da

SAP, representando 4%, conforme demonstrado no Gráfico 11.

Gráfico 11: Sistema corporativo adotado dos respondentes Fonte: Elaborado pelo autor

No Gráfico 12, ficou demonstrado que dos 29% respondentes que utilizam outro tipo

de sistema 33% da amostra utilizam o sistema AS400.

Gráfico 12: Sistema corporativo adotado dos respondentes - outros Fonte: Elaborado pelo autor

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4.2 Resultados da Análise Fatorial

Como primeira etapa da análise fatorial, procedeu-se ao teste de Verificação de

Adequação da amostra. O coeficiente KMO obtido de 0,775 (Tabela 2), indica, segundo a

literatura Hair et al. (2009) que a amostra é adequada para o processamento da análise fatorial,

o que permitiu a continuidade da aplicação dessa técnica de análise multivariada. O teste de

esfericidade de Bartlett mostra que a matriz de correlação não é uma matriz de identidade (sig <

0,05, rejeitando-se a hipótese nula de que seja uma matriz de identidade), podendo, então,

continuar com a análise fatorial.

Tabela 2: Medida de adequação da amostra Medida de Adequação da Amostra - Kaiser-Meyer-Olkin. 0,775

Teste de Esfericidade Bartlett

Chi-Square Aprox. 1677,407

Graus liberdade 351

Signif. ,000

Dessa forma, procedeu-se à aplicação da analise fatorial, com o intuito de se obter a

matriz dos fatores. Todas as variáveis apresentaram comunalidades, pois seus fatores estão

superiores a 0,5, conforme indicado por (HAIR et al., 2009). A matriz rotacionada de fatores

está demonstrada na Tabela 3.

Utilizou-se o método de rotação Varimax, que é um tipo de rotação ortogonal, que

garante a independência dos fatores. Para Hair et al. (2009), na utilização desse método de

rotação, a soma de variâncias de cargas exigidas da matriz é maximizada.

Para a validação da confiabilidade na formação dos fatores, foi utilizado o teste de

Alpha de Cronbach. Esse tipo de medida avalia a consistência da escala inteira, que, segundo

Hair et al. (2009), é a medida mais utilizada. Para esses autores, o limite inferior para o alpha

de cronbach, geralmente, aceito é de 0,7. Verifica-se, na tabela, que apenas o fator 5 apresentou

medida abaixo do limite inferior, ficando com 0,4.

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Tabela 3: Matriz Rotacionada de Fatores

Variável

Fatores F1: Integração

da Áreas e Melhoria dos

Controles

F2: Melhoria de Resultados e

Padronização de Processos

F3: Melhoria no Desempenho Empresarial

F4: Unificação das Bases de

Dados

F5:Autonomia do Sistema e na

Tomada de Decisão

V14 ,801

V37 ,788

V04 ,715

V27 ,698

V20 ,662

V06 ,654

V48 ,430

V24 ,842

V47 ,806

V33 ,746

V52 ,703

V41 ,620 V43 ,594 V22 ,576 V39 ,533

V09 ,868

V18 ,788

V17 ,638

V29 ,621 V21 ,606 V26 ,604 V07 ,570 V36 ,855 V01 ,722 V51 ,559 V50 ,846 V54 ,468 Alpha de Cronbach

0,935 0,944 0,922 0,832 0,430

A variância média explicada (Tabela 4) pelos 5 fatores extraídos na análise fatorial foi

de 79,9% do total que todas as variáveis relacionadas aos fatores internos poderiam explicar.

Esse valor foi considerado como adequado, pois, segundo Hair et al. (2009), o valor de corte

deve ser em torno de 60%. O fator F1 (Integração e Melhoria dos Controles) foi responsável

por 21% dessa variância. Note-se, na Tabela 4, que 5 fatores, são coerentes com os constructos

teóricos.

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Tabela 4: Variância média explicada

Fatores Autovalores Iniciais Soma do quadrado das cargas rotacionadas

Total % Variância Acumulado % Total % Variância Acumulado %

F1 15,387 56,989 56,989 5,705 21,130 21,130

F2 1,862 6,898 63,887 5,487 20,322 41,452

F3 1,772 6,563 70,450 4,793 17,753 59,205

F4 1,376 5,097 75,546 3,352 12,415 71,621

F5 1,174 4,347 79,893 2,233 8,272 79,893

Os fatores identificados na análise fatorial foram, então, nomeados e estão comentados

como segue:

O primeiro fator, obtido pela rotação da análise fatorial, foi F1: Integração e Melhoria

nos Controles está relacionado aos sistemas integrados de gestão, como sistemas capazes de

integrar as diversas áreas das empresas, possibilitando, assim, ganhos compartilhados entre as

áreas, além de permitir um melhor controle nas atividades de cada área, inclusive, aquelas que

são interdependentes entre duas ou mais áreas, como, por exemplo: volumes de produção sendo

utilizados pela área de venda, conforme relata O´Brien e Marakas (2008). Perez et al. (2007)

alertam que os ERPs atendem aos requisitos de uma empresa que busca a competitividade por

meio da integração, consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para gestão

da empresa. As variáveis que definiram o fator F1 estão indicadas na Quadro 3.

Quadro 3: Fator 1 – Integração e melhoria nos controles Alpha de Cronbach 0,935 Variáveis Carga

V14 – Entendo que as informações disponibilizadas pelo ERP utilizado na minha empresa, são valiosas para a tomada de decisão.

0,867

V37 - A adoção do ERP têxtil foi uma exigência da matriz que fica sediada em outro País.

0,639

V04 – O principal motivo para os administradores das empresas têxteis utilizarem um sistema corporativo ERP são a extração das informações gerenciais ou executivas como base de suporte, para cumprirem, adequadamente, as suas atividades.

0,721

V27 – Após a adoção do ERP na empresa têxtil, notou-se um crescente aumento na lucratividade de determinados produtos, principalmente em razão da eliminação de desperdícios no processo de produção.

0,834

V20 – Com a adoção do ERP na empresa têxtil, o planejamento e controle de produção (PCP) passou a ser otimizado, equilibrando a aquisição de quantidade dos materiais necessários para abastecer a produção.

0,891

V06 – A adoção do ERP, nas empresas têxteis possibilitou a padronização do processo produtivo, reduzindo desperdícios e aumento da produção.

0,786

V48 – A implantação do ERP na empresa têxtil, possibilitou a integração com os demais sistemas legados da empresa. 0,634

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60

O segundo fator, obtido pela rotação da análise fatorial, foi F2: Melhoria de

Resultados e Padronização de Processos está relacionado aos sistemas integrados utilizados

pelas empresas do setor têxtil, como é o caso do ERP; podem contribuir muito com o

aprimoramento dos resultados das áreas que utilizam seus módulos diversos, permitindo

inclusive, que os processos dessas áreas sejam mais bem padronizados e, consequentemente,

mais bem gerenciados, conforme enfatizados por Stair e Reynolds (2002). Souza e Saccol

(2003) defendem que com a implementação dessa ferramenta, as empresas passam a consolidar

suas revisões em processos e a integração deles pela idéia de processos interdepartamentais

integrados. As variáveis que definiram o fator F2 estão indicadas no Quadro 4.

Quadro 4: Fator 2 – Melhoria de resultados e padronização de processos Alpha de Cronbach 0,944 Variáveis Carga

V24 – O ERP em empresa têxtil propicia a racionalização da mão de obra, além da comunicação entre os empregados, bem como o fornecimento de serviços e benefícios.

0,763

V47 - A avanço da tecnologia da informação aliado às mudanças decorrentes da obsolescência econômica contribuíram para as empresas têxteis adotarem sistemas integrados de gestão ERP.

0,733

V33 – Com a implantação do ERP, os gestores das empresas têxteis passaram a ter a possibilidade de rastrear os pedidos dos clientes, desde a sua produção até a sua entrega.

0,889

V52 – A competitividade mundial exige das empresas têxteis, uma flexibilidade em relação à capacidade de mudanças de processos de negócios e estrutura operacional. Os sistemas de informação ERP, contribuem com essa flexibilidade.

0,786

V41 – O ERP, em empresas têxteis, possibilita a automatização dos fluxos de processos do estoque, passando a apresentar uma melhor visibilidade para os usuários.

0,852

V43 – Após a implantação do ERP têxtil, notou-se um maior controle em todos os departamentos da empresa.

0,888

V22 – A adoção do ERP possibilitou à empresa adotar um único sistema para ela toda.

0,832

V39 – A adoção do ERP possibilitou à empresa a adotar um único sistema para ela toda. 0,848

O terceiro fator, obtido pela rotação da análise fatorial, foi F3: Melhoria no

Desempenho Empresarial está relacionado com fatores de que o investimento em sistemas e

tecnologias de informação pode contribuir com a melhoria do desempenho nas empresas do

setor têxtil, o que se reflete em maiores volumes de vendas e de produção; melhor gestão na

cadeia de suprimentos; melhor atendimento aos clientes e melhor relacionamento com os

fornecedores, dentre outros, conforme defende Perez (2006). Ainda, segundo Santos (2009),

geralmente, um ERP possui dois conjuntos básicos de módulos: um em relação a atividades-

fins ou atividades verticais da empresa e outro conjunto de apoio a atividades-meios,

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orientando para a administração e a gestão da organização. As variáveis que definiram o fator

F3 estão indicadas na Quadro 5.

Quadro 5: Fator 3 – Melhoria no desempenho empresarial Alpha de Cronbach 0,922 Variáveis Carga

V09 – Para as empresas têxteis se tornarem competitivas em relação ao mercado Asiático é necessário um controle rígido de todas as operações da empresa e para isso é recomendado que a empresa adote um sistema corporativo de gestão como o ERP.

0,813

V18 - A utilização do ERP em empresa têxtil viabiliza a redução do processo de inventário.

0,869

V17 – A utilização do ERP em empresa têxtil favorece os negócios em termos da melhoria da lucratividade e do fortalecimento da posição competitiva da organização.

0,862

V29 – Nas empresas têxteis, o ERP contribui como cumprimento das exigências legais tributárias da legislação Brasileira.

0,831

V21 – Um dos principais benefícios do ERP no setor têxtil é a possibilidade em diferenciar-se da concorrência .

0,714

V26 – Um sistema ERP sempre atualizado é favorável para a tomada de decisão.

0,802

V07 – O crescimento empresarial em escala global das empresas têxteis fica facilitado, após a adoção de um sistema corporativo de gestão como o ERP.

0,798

O quarto fator, obtido pela rotação da análise fatorial, foi F4: Unificação da Base de

Dados e Apoio à Decisão está relacionado a enfatizar que a implantação de sistemas integrados

como o ERP na área têxtil se justifica, pela unificação das bases de dados operacionais e

gerenciais. Na prática, a unificação das bases de dados reflete-se na eliminação de dados

redundantes, dados faltantes, dados incompletos, bem como a elaboração de relatórios mais

completos, o que está de acordo com Turban et al. (2007). As variáveis que definiram o fator F4

estão indicadas na Quadro 6.

Quadro 6: Fator 4 – Unificação da base de dados e apoio à decisão Alpha de Cronbach 0,832 Variáveis Carga

V36 – Depois da implantação do ERP, as minhas decisões foram facilitadas.

0,855

V01 – Normalmente, utilizo o ERP como suporte para a tomada de decisão porque ele integra os departamentos da empresa.

0,838

V51 – As informações integradas possibilitaram aos gestores das empresas têxteis entenderem o desempenho global da empresa, uma vez que todas as unidades de negócios passam a ter seus desempenhos avaliados com base em dados que estão em uma única base de dados, relacionados em si.

0,865

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O quinto fator, obtido pela rotação da análise fatorial, foi F5: Autonomia do Gestor na

Tomada de Decisão , indica que, com a implantação e uso dos sistemas integrados de gestão, a

organização do setor têxtil, assim, como em outros setores, consegue uma maior autonomia em

termos de necessidades de manutenção de sistemas legados (O´BRIEN; MARAKAS, 2008).

Outro aspecto a ser levado em conta é que, a partir da disponibilidade e adoção dos sistemas

integrados de gestão e o consequente refinamento das informações, a tomada de decisão dos

gestores da área têxtil fica facilitada, conforme defendem Favretto e Silveira (2002). As

variáveis que definiram o fator F5 estão indicadas no Quadro 7.

Quadro 7: Fator 5 – Autonomia do gestor na tomada de decisão Alpha de Cronbach 0,430 Variáveis Carga

V50 – Utilizando o ERP da minha empresa como suporte para a tomada de decisão a minha decisão fica autônoma.

0,738

V54 – Após a implantação total do ERP, pôde-se eliminar outros sistemas legados existentes na empresa.

0,619

4.3 Análise de Regressão Linear

Para a realização da análise de regressão linear, utilizou-se como variáveis

independentes as cargas fatoriais geradas por cada um dos 5 fatores F1, F2, F3, F4, e F5.

Como variável dependente, utilizou-se a carga fatorial das variáveis V10 e V11. Dessa forma,

as cargas fatoriais dos 5 fatores extraídos participaram da regressão linear como variáveis

independentes e a carga fatorial das variáveis V10 e V11 como variável dependente (Tomada

de Decisão com Apoio do ERP) utilizada na regressão. Ainda, para a validação da variável

dependente procedeu-se, também, a aplicação da técnica da análise fatorial utilizando-se um

único fator nas duas variáveis utilizadas, V10 e V11, na qual o coeficiente KMO obtido foi

de 0,600 e Alpha de Cronbach correspondente à 0,680, conforme indicação de Hair et al.

(2006).

O primeiro processamento da regressão apresentou R² no valor de 62% (Tabela 5),

que é o percentual de explicação dos 5 fatores na variância da variável dependente Tomada

de Decisão com Apoio do ERP. Os coeficientes de regressão estão indicados na tabela 6,

juntamente com os valores do teste t e do nível de significância atribuído a cada uma das

variáveis independentes representadas pelas cargas fatoriais dos fatores F1, F2, F3, F4, e F5.

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Tabela 5: Explicação do modelo da regressão linear – F1 a F5

Modelo R R2 R2 Ajustado Erro - Padrão

Estimado 1 ,788a ,621 ,580 ,64785856 a. Preditoras: (Constant), F5, F4, F3, F2, F1 b. Variável Dependente: Tomada de Decisão com Apoio do ERP

Tabela 6: Coeficientes de regressão – F1 a F5

Modelo Coeficientes não Padronizados

Coeficientes Padronizados t

Significância Sig.

B Erro Padrão Beta 1 (Constant) -1,746E-16 ,090 ,000 1,000

F1 ,548 ,091 ,548 6,044 ,000 F2 ,136 ,091 ,136 1,500 ,141 F3 ,525 ,091 ,525 5,791 ,000 F4 ,150 ,091 ,150 1,648 ,106 F5 ,063 ,091 ,063 ,691 ,493

a. Variável Dependente: Tomada de Decisão com Apoio do ERP

Observe-se, na Tabela 6, que apenas as variáveis F1 (Integração e melhoria nos

controles) e F3 (Melhoria no desempenho empresarial) apresentam níveis de significância

adequados (Sig < 0,05).

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5 CONCLUSÃO

Esta pesquisa foi desenvolvida com o propósito principal de se responder à seguinte

questão de pesquisa: Que fatores ligados aos sistemas integrados de gestão contribuem

para a tomada de decisão dos gestores das empresas têxteis?

A amostra final obtida para a pesquisa contou com 52 respondentes. Os dados foram

coletados por meio de um questionário eletrônico, do tipo survey, enviado para empresas

situadas em considerados pólos têxteis em diversas regiões do Brasil. Após a realização da

coleta de dados e da verificação de que a amostra apresentava adequação e confiabilidade para

aplicação das técnicas multivariadas da análise fatorial e da regressão linear, procedeu-se à

análise dos dados.

Os resultados trouxeram indícios de que, à medida que as empresas utilizam os

sistemas integrados de gestão (ERP) no seu cotidiano, essa utilização pode contribuir com

melhorias significativas. Observe-se que os fatores identificados na pesquisa como os fatores

F1: integração das áreas e Melhoria dos controles e F3: Melhoria no desempenho

empresarial, estão diretamente ligados à contribuição que os sistemas integrados de gestão

(ERP) podem prover na tomada de decisão dos gestores e no desenvolvimento e

competitividade do setor Têxtil.

Os resultados da pesquisa indicaram, igualmente, a autonomia conseguida com a

implantação dos sistemas integrados no setor têxtil, quer pela possibilidade de independência

de sistemas legados quer pelo apoio dado ao gestor em sua tomada de decisão, como se pode

constatar no fator F5: Autonomia do sistema e na tomada de decisão.

Constatou-se, que os gestores das empresas têxteis participantes da amostra utilizam

os mais diversos tipos de sistemas integrados de gestão em seu dia a dia. Dentre eles,

destacaram-se o sistema exclusivo ERP Linx, porém outras soluções reconhecidas, como, por

exemplo, ERP da SAP, também apareceram em 4% dos participantes da pesquisa.

A pesquisa permitiu, também, validar um instrumento de coleta capaz de avaliar os

fatores e características de um sistema integrado de gestão utilizado pelos gestores das

empresas têxteis, visto que não se encontrou, na literatura, instrumento previamente

desenvolvido que pudesse ser utilizado no estudo. Há que se destacar que o instrumento

utilizado apresentou assertivas que foram retiradas da análise fatorial, o que traz indícios de

que ele pode ser refinado. Um sintoma visível dessa necessidade de aperfeiçoamento no

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instrumento utilizado foi o valor inadequado obtido para o coeficiente de confiabilidade (alfa

de Cronbach) no caso do fator F5.

Os resultados apontados pela pesquisa, na forma de fatores ou características dos

sistemas integrados de gestão utilizados na área têxtil podem ser úteis para as empresas desses

setores que estão planejando a implantação desse tipo de sistema, bem como para empresas de

outros setores que ainda não utilizam esse tipo de sistema.

Vale lembrar que as empresas têxteis se transformaram nos últimos 20 anos, visto que

algumas diminuíram suas atividades e muitas segmentaram suas divisões e outras

desapareceram, com o encerramento das suas atividades em razão da forte concorrência

Asiática. Nesse contexto, para as empresas que permaneceram no mercado, os sistemas

integrados serviram como suporte às adequações dos processos existentes nessas empresas,

bem como na criação de novos processos decorrentes dessa transformação.

É necessário enfatizar que os resultados, aqui, apresentados são típicos da amostra

estudada, o que não permite maiores generalizações, uma vez que do total de 52 respondentes

da pesquisa 60% são considerados gestores tomadores de decisão e os 40% restantes são

usuários, em geral, do sistema corporativo ERP. Contudo, eles podem ser de alguma valia

para as empresas que planejam investir em sistemas e tecnologias de informação para a

obtenção de melhorias em processo e desempenho organizacional.

Considera-se, então, que, com base nas informações coletadas na pesquisa de campo e

os resultados obtidos a partir da análise efetuada, se entende que o problema de pesquisa foi

adequadamente respondido e os seus objetivos foram atingidos de forma satisfatória.

Por fim, os resultados obtidos na pesquisa estimulam o desenvolvimento de novas

pesquisas que possam incrementar o conhecimento sobre o tema, com um número maior de

participantes do setor, em outros setores. Outra sugestão seria a utilização de outras técnicas

multivariadas de dados, como a análise de conglomerado e a correlação, pois a aplicação de

seus resultados poderia ser útil ao setor têxtil.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

APÊNDICE I – Apresentação enviada por e-mail

APÊNDICE II – Questionário

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APÊNDICE I – APRESENTAÇÃO ENVIADA POR E-MAIL

Pesquisa sobre : SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP) PARA APOIO À

DECISÃO: UM ESTUDO PARA GESTORES DE EMPRESAS TÊXTEIS

Prezado (a) Sr. (a)

Meu nome é Cidnei de Souza dos Santos, Mestrando em Controladoria Empresarial do

Programa de Pós Graduação da Universidade Mackenzie, estou desenvolvendo uma pesquisa

com o propósito de entender: Que fatores ligados aos sistemas integrados de gestão

contribuem para a tomada de decisão dos gestores das empresas têxteis?

Para concluir esta pesquisa, necessito que os usuários, gestores, tomadores de decisão,

como por exemplo: Supervisores, Coordenadores, Gerentes e Diretores, respondam ao

questionário acessando o link abaixo. Em média os respondentes gastam de 5 a 10 minutos

para concluir o questionário.

http://fs7.formsite.com/CidneiSantos/form2/.

Informo ainda que todos os dados serão tratados com absoluto sigilo e todos serão

tratados em conjunto. Como forma de retribuir a colaboração após a conclusão estarei

enviando os resultados das pesquisas aos respondentes.

Espero poder contribuir de alguma forma aos usuários e gestores das empresas têxteis.

Desde já agradeço antecipadamente.

Muito Obrigado

Atenciosamente

Cidnei de Souza dos Santos

Mestrando em Controladoria

Universidade Presbiteriana Mackenzie

E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]

Fone: 9961-0597

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APÊNDICE II – QUESTIONÁRIO

Pesquisa sobre: Sistemas integrados de Gestão

(ERP) para Apoio à Decisão: Um Estudo Com

Empresas Têxteis

Questionário para identificação sobre quais Fatores ligados aos Sistemas integrados de

gestão, como contribuição para tomada de decisão dos gestores de empresas têxteis. A

contribuição dos gestores e usuários dos sistemas ERP das empresas têxteis que utilizem

informações de modo geral será de grande importância para realização deste estudo.

Responda o questionário com base na sua utilização da informação recebida do sistema que é

utilizado pela sua empresa. O tempo de preenchimento do questionário é de 5 a 10 minutos.

Antecipadamente agradecemos.

Aluno: Cidnei de Souza dos Santos do programa de Mestrado Profissional em Controladoria

Empresarial, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Orientação: Prof. Dr. Gilberto Perez.

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Caracterização do Respondente

Apesar de ser um questionário para respostas anônimas, precisamos de algumas

informações para definir o perfil da organização e do respondente. No final você poderá optar

em receber ou não um relatório com os resultados e, somente nesse caso precisaremos

conhecer o seu e-mail, caso contrário não teremos como saber a quem enviá-lo

* Escolaridade.

Indique a opção que melhor corresponde ao mais elevado grau de sua

escolaridade.

Escolha uma das seguintes respostas:

Fundamental

Segundo Grau

Técnico

Superior

Pós-Graduação Latus Senso

Mestrado Profissional

Mestrado Acadêmico

Doutorado

Outro

Informe caso tenha respondido "Outro" ________________

* Formação Escolha uma das seguintes respostas:

Administração

Engenharia

Economia

Contabilidade

Outro

Informe caso tenha respondido "Outro" _________________

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* Cargo/Função _______________

* Tempo de Empresa:

Escolha uma das seguintes respostas:

Menos de 1 ano

Entre 1 e 5 anos

Entre 5 e 10 anos

Entre 10 e 20 anos

Acima de 20 anos

* Área de Atuação

Escolha uma das seguintes respostas:

Controladoria

Financeira

Contábil

Administração Geral

Comercial

Outro

Informe caso tenha respondido "Outro" _______________

* Segmento de atuaçãoEscolha uma ou mais opções:

Indústria de Confecções

Comércio de Confecções

Tecelagem

Fiação

Tinturaria

Malharia

Outro

Informe caso tenha respondido "Outro" _______________

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* Porte da Empresa: Escolha uma das seguintes respostas:

Pequeno Faturamento Anual Até R$ 240.000,00

Médio Faturamento Anual de R$ 240.000,01 até R$ 2.400.000,00

Grande Faturamento Anual Acima de R$ 2.400.000,01

* A empresa é parte de grande grupo?

Sim

Não

* Tempo de Atuação da Empresa

Escolha uma das seguintes respostas:

Até 5 Anos

Entre 5 e 10 Anos

Entre 10 e 20 Anos

Entre 20 e 30 Anos

Acima de 30 Anos

* Sistema Corporativo Adotado

Escolha uma das seguintes respostas:

Totvs - Microsiga

Totvs - Logix

Totvs - RM Sistema

Totvs - Datasul

Oracle - Aplications

ERP - Jotex

SAP 0 Business

Linx - ERP

Microdata Sistemas

Outro

Informe caso tenha respondido "Outro" _______________

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* Tempo de Utilização do Sistema

Escolha uma das seguintes respostas:

Até 1 Ano

Entre 1 e 5 Anos

Acima de 5 Anos

* Atribua notas de 1 a 10 (sendo 1 o mínimo e 10 o máximo) para as assertivas a

seguir, de modo que a "Nota" reflita sua percepção a respeito das características do

Sistema de Informação das Empresas Têxteis (ERP).

Percepções a respeito das características dos sistemas de informações das Empresas

Têxteis.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

01) Normalmente utilizo o ERP como suporte para tomada

de decisão porque ele integra os departamentos da empresa

02) Limito a utilização do ERP para a tomada de decisão,

tendo em vista as particularidades das empresas têxteis

03) Utilizo o ERP como auxilio para tomada de decisões em

nível Gerencial, mas, não em nível estratégico

04) O principal motivo para os administradores das

empresas têxteis utilizarem um sistema corporativo ERP são

a extração das informações gerenciais ou executivas como

base de suporte, para cumprirem adequadamente as suas

atividades.

05) Não utilizo o sistema ERP da minha empresa para a

tomada de decisão, porque preciso colher informações em

outros departamentos

06) A adoção do ERP, nas empresas têxteis possibilitou a

padronização do processo produtivo, reduzindo desperdícios

e aumento da produção.

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07) O crescimento empresarial em escala global das

empresas têxteis fica facilitado, após a adoção de um sistema

corporativo de gestão como o ERP.

08) As informações disponibilizadas pelo ERP utilizado na

minha empresa quase sempre são incompletas e necessitam

de complemento

09) Para as empresas têxteis se tornarem competitivas em

relação ao mercado Asiático é necessário um controle rígido

de todas as operações da empresa e para isto é recomendado

que a empresa adote um sistema corporativo de gestão como

o ERP.

10) De uma forma geral entendo que o ERP auxilia os

gestores Têxteis na tomada de decisão.

11) Entendo que a utilização do ERP é um bom suporte e

auxilia na tomada de decisões

12) Não utilizo o ERP para a tomada de decisão porque os

relatórios gerenciais não são adequados ou completos o

suficiente

13) Se o ERP utilizado na empresa fosse conectado à

Internet, eu poderia utilizar com maior freqüência

14) Entendo que as informações disponibilizadas pelo ERP

utilizado na minha empresa, são valiosas para a tomada de

decisão

15) Poderia utilizar melhor o ERP, se ele estivesse

conectado a outras empresas como fornecedores e clientes

16) Normalmente as decisões gerenciais das empresas do

segmento têxtil, são tomadas em conjunto e sem a utilização

do ERP

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17) A utilização do ERP em empresa têxtil favorece os

negócios em termos da melhoria da lucratividade ou do

fortalecimento da posição competitiva da organização.

18) A utilização do ERP em empresa têxtil viabiliza a

redução do processo de inventário.

19) O formato em que o ERP utilizado na minha empresa

fornece as informações gerenciais, não atendem as minhas

necessidades para a tomada de decisão

20) Com a adoção do ERP na empresa têxtil, o planejamento

e controle de produção (PCP) passou a ser otimizado,

equilibrando a aquisição de quantidade dos materiais

necessários para abastecer a produção.

21) Um dos principais benefícios do ERP no setor têxtil é a

possibilidade em diferenciar-se da concorrência,

22) Após a implantação do ERP têxtil, notou-se um maior

controle em todos os departamentos da empresa,

23) A utilização do ERP é limitada porque o sistema adotado

não atende as características das empresas têxteis

24) O ERP em empresa têxtil propicia a racionalização da

mão-de-obra, além da comunicação entre os empregados,

bem como o fornecimento de serviços e benefícios

25) As informações fornecidas pelo ERP utilizado na minha

empresa são insuficientes como suporte para tomada de

decisões

26) Um sistema ERP sempre atualizado é favorável para

tomada de decisão

27) Após a adoção do ERP na empresa têxtil, notou-se um

crescente aumento na lucratividade de determinados

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produtos, principalmente em razão da eliminação de

desperdícios no processo de produção.

28) Na minha empresa o ERP somente é utilizado para fins

operacionais

29) Nas empresas têxteis o ERP contribui como

cumprimento das exigências legais tributárias da legislação

Brasileira.

30) Pouco utilizo o ERP para a tomada de decisão porque

gosto de discutir detalhes com outros gestores

31) A empresa poderia utilizar melhor o ERP se ele estivesse

conectado com os seus clientes.

32) As informações disponibilizadas pelo ERP utilizado na

minha empresa são complexas e não atendem a minha

necessidade

33) Com a implantação do ERP, os gestores das empresas

têxteis passaram a ter a possibilidade de rastrear os pedidos

dos clientes, desde a sua produção até a sua entrega.

34) Não utilizo o ERP para a tomada de decisão porque o

software da minha empresa é obsoleto e desatualizado

35) Utilizo o ERP da minha empresa como auxilio para

tomada de decisão, porém preciso preparar relatórios

gerenciais complementares

36) Depois da implantação do ERP, as minhas decisões

foram facilitadas.

37) A adoção do ERP têxtil foi uma exigência da matriz que

fica sediada em outro País.

38) Normalmente não utilizo o ERP da minha empresa como suporte para tomada de decisões porque preciso de informações complementares

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39) A adoção do ERP possibilitou a empresa a adotar um

único sistema para toda a empresa.

40) Normalmente as informações fornecidas pelo ERP

utilizado na minha empresa não é confiável

41) O ERP em empresas têxteis possibilita a automatização

dos fluxos de processos do estoque, passando a apresentar

uma melhor visibilidade para os usuários.

42) Limito a utilização do ERP como apoio à decisão,

porque a sua integração com outros setores da empresa não

esta completa.

43) A adoção do ERP possibilitou a empresa a adotar um

único sistema para toda a empresa.

44) No setor têxtil, entendendo não ser necessária a

utilização do ERP como suporte para tomada de decisão

45) As constantes mudanças na legislação, no cumprimento

de exigências legais obrigaram as empresas têxteis a

implantarem, um sistema integrado de gestão integrado ERP.

46) Mesmo utilizando o ERP da minha empresa como

auxilio para a tomada de decisão, busco sempre discutir e ter

o aval dos meus superiores

47) O avanço da tecnologia da informação aliado às

mudanças decorrentes da obsolescência econômica

contribuíram para as empresas têxteis adotarem sistemas

integrados de gestão integrado ERP.

48) A implantação do ERP na empresa têxtil, possibilitou a

integração com os demais sistemas legados da empresa.

49) Entendo que para utilizar o ERP para tomada de decisão

as informações precisam ser customizadas e sob medida

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50) Utilizando o ERP da minha empresa como suporte para

a tomada de decisão a minha decisão fica autônoma

51) As informações financeiras integrada possibilitaram aos

gestores das empresas têxteis entenderem o desempenho

global da empresa, uma vez que todas as unidades de

negócios passam a ter seus desempenhos avaliados com base

em dados que estão em uma única base de dados,

relacionados em si.

52) A competitividade mundial exige das empresas têxteis,

uma flexibilidade em relação à capacidade de mudanças de

processos de negócios e estrutura operacional. Os sistemas

de informação ERP, contribuem com esta flexibilidade.

53) Na minha empresa são muitas as informações gerenciais

disponibilizadas pelo ERP, que mal consigo selecioná-las

para a tomada de decisão

54) Após a implantação total do ERP, pôde-se eliminar

outros sistemas legados existentes na empresa.