SISTEMA RENAL - Fisiologia Dos Sistemas [1]

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UNIVERSIDADE PAULISTA Ana Maria R.C. Castellano - RA A52CBF-6 SISTEMA RENAL

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UNIVERSIDADE PAULISTA

Ana Maria R.C. Castellano - RA A52CBF-6

SISTEMA RENAL

SOROCABA2011

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Ana Maria R.C. Castellano - RA A52CBF-6

SISTEMA RENAL

Trabalho apresentado à disciplina de Fisiologia dos Sistemas,Profa. Luciane, Curso de Nutrição, turma NT3P17

SOROCABA

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Resumo:

Realizou-se entre diversos autores descritos na bibliografia, um estudo com

objetivo de descrição do sistema renal, com as funções gerais e específicas do rim,

sua estrutura morfológica e histológica e os seus componentes, os néfrons, a função

glomerular (ritmo de filtração glomerular – RFG e fluxo sanguíneo renal), função dos

túbulos (túbulo contorcido proximal, Alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto

coletor) e os mecanismos de transporte. Foi explicada a regulação renal, a

participação dos nervos renais, a ação dos hormônios reguladores Renina-

Angiotensina-Aldosterona (RAA) e do Hormônio Antidiurético (ADH). Também foi

explanada a regulação dos líquidos corporais (mecanismo ácido-base), a perda de

eletrólitos na formação da urina, o armazenamento da urina e a micção (passagem

da urina do rim para a bexiga e processo de micção).

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Palavras chave: Sistema renal, rins e seus componentes, néfrons, regulação renal,

Regina-Angiotensina-Aldosterona (RAA), Hormônio Antidiurético (ADH), regulação

dos líquidos corporais, urina, micção.

Abstract:

A research aiming at describing the renal system work among several

authors described in the literature was performed in a study with the objective of

explaining the general and specific functions to the kidneys, their morphological and

histological structure as well as their components, the nephrons, the glomerular

function (glomerular filtration rate (GFR and renal blood flow), the function proximal

tubule, Henle’s tubule, distal tubule and collector duct and the transport mechanisms.

The regulation of body fluids (mechanism acid-base) was also explained as well as

the loss of electrolytes in the formation of urine, the urine storage and the urination

(passage of the urine from kidney through the whole process of urination).

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Key words: Renal System, kidneys and their components, functions, nephrons,

glomerular function, RAA- rennin- angiotensin - angiotensin - aldosterone, ADH

antidiuretic hormone, body liquid regulation, urine, miction.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................05

2. OBJETIVOS....................................................................................................06

3. MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................06

4. DESENVOLVIMENTO 4.1 Funções Gerais e Específicas do Rim ..................................................06

4.1.1 Estrutura e componentes dos rins............................................07

4.1.2 Néfrons..........................................................................................08

4.1.3 Função glomerular.......................................................................09

4.1.4 Função dos Túbulos – mecanismos de transporte..................11

4.2 Regulação Renal...................................................................................13

4.2.1 Participação dos nervos renais..................................................13

4.2.2 Ação dos hormônios reguladores – RAA e ADH ......................14

4.3 Regulação dos Líquidos Corporais.....................................................16

4.3.1 Mecanismo ácido base- perda de eletrólitos na urina...............16

4.3.2 Armazenamento da urina e micção – processos.......................17

5. CONCLUSÃO...........................................................................................19

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................19

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1. INTRODUÇÃO

O sistema renal é formado por um conjunto de órgãos cuja função principal é

filtrar o sangue, produzir e excretar a urina, definida por STEDMAN (1996) como o

líquido e as substâncias dissolvidas excretadas pelo rim. Proveniente do latim, a

palavra rim (lat. Ren) refere-se a cada um dos dois órgãos excretores, em forma de

feijão tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de

largura e 3 cm de espessura. É o principal órgão do sistema excretor e

osmorregulador dos vertebrados. Os rins filtram dejetos, especialmente uréia, do

sangue, e os excretam, com água, na urina e esta sai dos rins através dos ureteres,

para a bexiga, onde é reservada e posteriormente eliminada pela micção.

O sistema renal também pode ser chamado de excretor ou excretório,

apesar disso dar a idéia incorreta de que toda a excreção é realizada nesse sistema.

O principal produto do metabolismo das células, o CO2 proveniente da quebra da

glicose e dos ácidos graxos é excretado pelo sistema respiratório. Assim cabe ao

sistema renal a excreção dos metabólitos de proteínas, a

depuração do sangue, o controle do pH e do volume sanguíneo, assim como

também o controle da pressão arterial e a secreta de dois hormônios: a eritropoietina

que induz a produção de hemácias na medula óssea e a renina-angiotensina que

promove a vasoconstricção e o aumento de pressão arterial. Os rins situam-se na

parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna

vertebral e nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por

uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma

cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna.

Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por

milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das

extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman,

que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e

pelo túbulo contorcido distal, este desemboca em um tubo coletor. São

responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções. (JUNQUEIRA &

CARNEIRO, 2008).

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7. OBJETIVOS

Descrever o sistema renal com as funções gerais e específicas do rim, a

estrutura morfológica e histológica e os componentes dos rins, os néfrons, a função

glomerular (ritmo de filtração glomerular – RFG e fluxo sanguíneo renal), função dos

túbulos (túbulo contorcido proximal, Alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto

coletor) e os mecanismos de transporte. Explicar a regulação renal, a participação

dos nervos renais, a ação dos hormônios reguladores: Renina-Angiotensina-

Aldosterona (RAA) e do Hormônio Antidiurético (ADH). Explanar a regulação dos

líquidos corporais (mecanismo ácido-base), perda de eletrólitos na formação da

urina, o armazenamento da urina e micção (passagem da urina do rim para a bexiga

e processo de micção).

8. MATERIAL E MÉTODOS

Foi feita uma busca bibliográfica em literatura científica nas seguintes bases de

dados: Scielo, Google acadêmico, Bireme e Medline, no período de maio de 2011

utilizando os termos: sistema renal, rins e seus componentes, funções gerais e

específicas dos rins, néfrons, regulação renal, regina-angiotensina-aldosterona

(RAA), hormônio antidiurético (ADH), regulação dos líquidos corporais, urina,

micção.

Foi feita uma busca bibliográfica em literatura científica nas seguintes bases

de dados: Os artigos selecionados foram publicados entre 2000 e 2011. Foram

também consultados livros referências no tema, na biblioteca da Universidade

Paulista, UNIP campus Sorocaba. Os idiomas da literatura científica foram

português, espanhol e inglês.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 Funções Gerais e Específicas do Rim

A principal função renal é a excreção de substâncias tóxicas, mas os rins

não somente desempenham funções como a eliminação de substâncias tóxicas

provenientes do metabolismo, como uréia , creatinina e ácido úrico,mas também a

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manutenção do equilíbrio de água e eletrólitos no corpo humano, tais como sódio,

potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras, a

regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo a constância do pH sanguíneo, o

regulamento da osmolaridade, volume de líquido corporal e eliminação do excesso

de água do organismo, a excreção de escórias metabólicas e substâncias químicas

estranhas como medicações e antibióticos, a produção de hormônios, como a

Eritropoetina que estimula a produção de hemácias, a renina que eleva a pressão

arterial, vitamina D3 que atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de

cálcio e fósforo no organismo, cininas e prostaglandinas, a regulação da pressão

arterial, glicogênese e a produção de urina para funcionar como meio excretor para

a eliminação das impurezas do organismo (GUYTON e HALL,1996).

4.1.1 Estrutura e componentes dos rins

No adulto o rim, em sua morfologia externa tem de 11 a 13 cm de

comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a 3 cm de espessura, com

aproximadamente 150g cada.Apresentam uma coloração vermelho-escura e tem

forma de grão de feijão, É formado por tecido conjuntivo que sustenta e dá forma ao

órgão. Em sua anatomia interna ao corte longitudinal há a existência de três zonas

distintas, sendo o centro ocupado pela pelve renal, onde a parte externa é formada

pela medula renal. A camada mais externa é o córtex renal.

Pela parte côncava do rim (hilo renal) penetra a artéria renal, que é uma ramificação

da aorta e transporta o sangue que deve ser purificado.O sangue drenado sai do rim

também por essa região, através da veia renal. No ser humano os dois rins

trabalham concomitantemente. Cada um apresenta uma superfície anterior e

posterior, bordas medial e lateral e pólos superior e inferior. A borda lateral é

convexa, a medial é chanfrada na altura do hilo, o qual conduz ao seio renal (anexo

1). Este último é o local onde são secretados os hormônios produzidos nos rins. O

sangue vai entrar nos rins através das artérias renais. Medem 10 cm de largura e

pesam cerca de 150 Gr cada um. O peritônio, membrana serosa que cobre a

superfície interior do abdômen, prende-os fortemente contra a parede abdominal. A

extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula endócrina, a glândula

supra-renal. O sangue que vai se depurar passa pela artéria renal até os rins, estas

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se subdividem em artérias arqueadas que vão dar origem a minúsculos vasos, as

arteríolas aferentes que, por sua vez, vão servir como porta de entrada de milhares

de pequenas estruturas tubulares chamadas Néfrons, localizados nas pirâmides da

medula renal. e sai pela veia renal, debaixo do envoltório granuloso formado pelos

glomérulos de Malpighi. (GARDNER, 1975).

4.1.2. Néfrons

Os néfrons são a unidade de filtração e funcionamento dos rins. No ser

humano, cada rim contém um milhão ou mais desses túbulos renais epiteliais que

são a unidade funcional do rim, sendo que cada um é capaz de gerar urina. Cada

néfron é capaz de eliminar resíduos do metabolismo do sangue, manter o equilíbrio

hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo humano, controlar a quantidade de líquidos

no organismo, regular a pressão arterial e secretar hormônios, além de produzir a

urina. Cada néfron tem dois componentes principais: 1 glomérulo (capilares

glomerulares) através do qual grande quantidade de líquidos são filtrados do sangue

e um longo túbulo, no qual o líquido filtrado, ao longo de seu trajeto em direção à

pelve renal é transformado em urina. Pode-se dizer que cada néfron tem uma

função autônoma e é capaz de filtrar alguns mililitros de sangue. Após essa

passagem pelos néfrons, a urina aí formada segue pelo túbulo coletor até os cálices

e a pelve renal, onde é levada até os ureteres. Estes deságuam na bexiga, que

armazena a urina até sua excreção pela uretra. Assim, o néfron é formado pela

cápsula de Bowman, pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle,

túbulo contorcido distal. Então, tais glomérulos são constituídos por capilares

sangüíneos, arteríolas e estão envoltos na cápsula de Bowman, que é uma bolsa

que continua com o tubo urífero. O glomérulo e a cápsula de Bowman formam a

estrutura denominada corpúsculo de Malpighi. Cada rim contém dois milhões destes

tubos, agrupados em feixes piramidais, pelos quais passa a urina, a qual passa para

a pélvis renal e daí aos uréteres, que são o conduto excretor do rim que comunica a

pélvis com a bexiga. A bexiga tem um comprimento aproximado de uns 30cm e um

diâmetro de 5mm. Nela se deposita a urina até o momento de sua expulsão ao

exterior. (GUYTON, 1988).

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4.1.3 Função glomerular

A formação da urina começa com a filtração de grande quantidade de líquido

dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman. Os capilares

glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas , e assim, o líquido

filtrado, denominado como filtrado glomerular é isento de proteínas e desprovido de

elementos celulares, incluindo-se as hemácias. Sob grande pressão, o sangue

arterial é conduzido pelos capilares glomerulares. Essa pressão normalmente entre

70 a 80 mmHg possui intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a

cápsula de Bowman nesse processo denominado de filtração. Essas substâncias

extravasadas para a cápsula de Bowman são o filtrado glomerular, semelhante em

sua composição química ao plasma sanguíneo, cuja diferença é não possuir as

proteínas que são incapazes de atravessar os capilares glomerulares, cuja

membrana é semelhante à de outros capilares, com exceção do fato de que

apresentam três e não apenas as duas camadas habituais: o endotélio capilar, uma

membrana basal e uma camada de células epiteliais, denominadas podócitos, que

circundam a superfície externa da membrana basal capilar. Juntas estas camadas

constituem a barreira de filtração, a qual a despeito de suas três camadas filtram

centenas de vezes mais água e solutos do que as membranas capilares usuais. A

alta intensidade de filtração através da membrana dos capilares glomerulares deve-

se em parte as características especiais dessa membrana. O endotélio capilar

apresenta milhares de pequenas perfurações denominadas fenestras, de maneira

semelhante ao ocorrido com os capilares que são encontrados no fígado. Como

estas fenestrações são relativamente grandes, o endotélio não atua como barreira

importante para as proteínas plasmáticas. Ao redor do endotélio temos a membrana

basal, constituída por uma malha de fibrilas de colágeno e de proteoglicanos, com

grandes espaços, através dos quais podem ser filtradas grandes quantidades de

água e pequenos solutos. Em parte por causa das fortes cargas elétricas negativas

associadas aos proteoglicanos, a membrana basal impede eficazmente a filtração de

proteínas plasmáticas. A última parte da membrana glomerular é constituída por

uma camada de células epiteliais de revestimento da superfície externa do

glomérulo, que não formam uma camada contínua, mas apresentam longos

processos semelhantes a pés, chamados de podócitos, que circundam a superfície

externa dos capilares. Os processos podais são separados por lacunas chamadas

de poros em fenda e é através dessas lacunas que o filtrado glomerular se

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movimenta. Embora as células epiteliais possam ser uma resistência à filtração, o

local onde ocorre o principal impedimento à passagem das proteínas plasmáticas

parece ser a membrana basal.(GUYTON,1996).

Numa pessoa normal de 70 kg, o fluxo sanguíneo através de ambos os rins

é de cerca de 1.200ml/min, ou seja 21% do débito cardíaco. Ao consideramos que

os dois rins tem apenas 0,4% do total do peso corporal , percebe-se que recebem

um fluxo sanguíneo extremamente elevado em comparação aos demais órgãos.

Como acontece com os outros tecidos, o fluxo sanguíneo supre os rins com as

substâncias nutrientes e remove deles as escórias. Esse elevado fluxo de sangue

tem a finalidade de prover plasma suficiente para a alta intensidade de filtração

glomerular necessária para a regulação exata do volume dos líquidos e

concentração de solutos no corpo humano. Assim, os mecanismos que regulam o

fluxo sanguíneo renal estão intimamente relacionados ao controle do FG e das

funções excretoras dos rins. (GUYTON, 1988).

O fluxo sanguíneo renal é determinado pelo gradiente de pressão através da

vasculatura renal, que é a diferença entre as pressões hidrostáticas na artéria renal

e na veia renal, dividido pela resistência vascular renal total :

Fluxo sanguíneo renal=

(Pressão na artéria renal – Pressão na veia renal)

Resistência vascular renal total

A pressão na artéria renal é similar à pressão arterial sistêmica. A maior

parte da resistência vascular renal está concentrada em três segmentos principais:

as artérias interglobulares, as arteríolas aferentes e as arteríolas eferentes. A

resistência desses vasos é controlada pelo sistema nervoso simpático, por

hormônios e por autacóides (substâncias vasoativas liberadas pelos rins e que

exercem ação local). Um aumento na resistência de qualquer dos segmentos

vasculares dos rins tem a tendência de promover a redução do fluxo sanguíneo

renal, ao passo que um decréscimo na resistência vascular aumenta o fluxo

sanguíneo renal, se mantidas as pressões na artéria renal e na veia renal. Os

mecanismos de feedback (retroalimentação) próprios aos rins normalmente mantém

constantes o fluxo sanguíneo renal e a FG, a despeito de acentuadas variações na

pressão sanguínea arterial. Essa relativa constância da FG e do fluxo sanguíneo

renal é denominada de auto-regulação, cuja principal função é manter a FG

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constante e permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos.

(GUYTON, 1988).

4.1.4 Função dos Túbulos – mecanismos de transporte

Quando o filtrado glomerular entra nos túbulos renais, passa pelos túbulos

renais, flui em sequência pelas partes sucessivas do túbulo - túbulo proximal, cuja

parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Dentro desse túbulo há

uma reabsorção ativa de sódio, sendo que a saída desses ions provoca a remoção

do cloro e faz com que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor do

que do plasma dos capilares que o envolvem. Assim, o líquido passa pelo ramo

ascendente da alça de Henle, em que há passagem de água por osmose do líquido

tubular para os capilares sanguíneos, num processo chamado de reabsorção. O

túbulo distal, o túbulo coletor e o duto coletor são os condutores do fluído antes de

ser excretado como urina.

Túbulo Contorcido Proximal

O túbulo contorcido proximal é o segmento do néfron subseqüente ao

corpúsculo de Malpighi. Trata-se de uma estrutura tubular retorcida, formada por um

epitélio cúbico simples com inúmeras mitocôndrias, cujo citoplasma basal é

fortemente acidófilo. Numerosos microvilos estão presentes na superfície das suas

células formando uma orla em escova. Tais células possuem prolongamentos

laterais que se interligam com as vizinhas. Essas características aumentam

significativamente a superfície basal das células, onde estão localizadas as

mitocôndrias. A presença de microvilos em redor da escova, prolongamentos laterais

e muitas mitocôndrias, são características típicas de células transportadoras de ions

e tem as funções de iniciar a transformação do filtrado glomerular em urina, absorver

85% do sódio e água do filtrado glomerular, absorver potássio, cloro, bicarbonato,

glicose e aminoácidos e secretar creatinina e medicamentos para o fluido tubular

(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008).

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Alça de Henle

A alça de Henle é o segmento do néfron que vem logo após o túbulo

contorcido proximal, sendo uma estrutura tubular em forma de U, com uma porção

espessa e outra delgada. Nas alças longas, a curvatura é sempre na parte delgada e

nas alças curtas, a curvatura ocorre na parte espessa. A maior parte da porção

descendente é delgada, completamente permeável à água, mas a porção

ascendente, em sua maior parte, é espessa e portanto impermeável água. A alça de

Henle participa da retenção de água, proporcionando a capacidade de produção de

urina hipertônica, poupando assim a água do corpo e conservando-a conforme as

necessidades. A alça de Henle cria um gradiente de hipertonicidade no interstício

medular que influencia a concentração de urina, conforme ela passa pelos ductos

coletores. Os néfrons localizados próximos à superfície renal são constituídos por

alças mais curtas, enquanto que os néfrons situados mais profundamente no

parênquima renal, possuem alças mais longas. A parte delgada possui um diâmetro

relativamente pequeno, mas sua luz é ampla porque as células da parede da alça

são achatadas, assemelhando-se aos capilares sangüíneos. Todos os néfrons

participam dos processos de filtração, absorção e secreção. A porção espessa é

constituída por epitélio cúbico simples, similar ao túbulo contorcido distal, cujas

funções são reabsorção de água, contribuindo para a concentração urinária e

reabsorção de sódio, potássio, cálcio, magnésio (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008).

Túbulo Contorcido Distal

O túbulo contorcido distal, em anatomia, é uma parte do rim, ao penetrar na

região do córtex renal, a parte espessa da alça de Henle conserva a mesma

estrutura histológica, porém torna-se tortuosa e passa a ser denominada de túbulo

contorcido distal. Esta estrutura é importante na reabsorção de água e sais por

osmose. Seu funcionamento é estreitamente relacionado com o ADH (hormônio

anti-diurético). A distinção histológica do túbulo contorcido distal e proximal, ambos

com epitélio cúbico, baseia-se no fato de que as células do túbulo contorcido

proximal são maiores, têm orla em escova e grande número de mitocôndrias; as

células do túbulo contorcido distal são menores, com menos mitocôndrias e seus

microvilos não formam orla em escova. Ao encostar no corpúsculo de Malpighi do

mesmo néfron, as células do túbulo contorcido distal modificam-se, dando origem à

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mácula densa. As células da mácula densa são cilíndricas, altas, com núcleos

alongados e com o aparelho de Golgi na região basal da célula. A mácula densa é

sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água existente no fluido tubular ,

produzindo moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina na

circulação. No túbulo contorcido distal existe uma troca iônica na presença

suficiente de aldosterona. Há absorção de sódio e potássio é secretado através de

um mecanismo que influencia o conteúdo de sais do organismo. O túbulo distal

também secreta ions de hidrogênio e amônia para a urina, sendo atividade essencial

para o equilíbrio ácido-básico do sangue. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008).

Ducto Coletor

A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores que

desembocam nos ductos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água. Eles

são o local final do processamento da urina e assim desempenham importante papel

na determinação do débito urinário final de águas e solutos. As células epiteliais dos

ductos coletores são quase cubóides quanto à forma, com superfícies lisas e

relativamente poucas mitocôndrias, cujas características principais se destacam pela

permeabilidade do duto coletor medular à água que é controlada pelo nível de ADH.

Com altos níveis de ADH, a água é reabsorvida para dentro do interstício medular e

reduz assim o volume de urina e ao mesmo tempo concentra os seus solutos.

O duto coletor é capaz de secretar ions hidrogênio contra um grande gradiente de

concentração e também é responsável por um papel chave no equilíbrio ácido-base.

Assim estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do

plasma, porém são formados apenas de 1 a 2 litros de urina por dia, um total

aproximado de 99% do filtrado glomerular que é reabsorvido (GUYTON, 1988).

4.2. Regulação Renal

A regulação da função renal baseia-se na regularidade de líquidos existentes no

organismo. Quando há necessidade de retenção de água no interior do corpo, a

urina fica mais concentrada, devido a maior reabsorção de água, quando há

excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada pela menor reabsorção

de água. (GUYTON, 1988).

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4.2.1 Participação dos nervos renais

Praticamente todos os vasos sanguíneos dos rins e nisso se incluem as

arteríolas aferentes e eferentes são ricamente inervadas por fibras nervosas

simpáticas. A constrição das arteríolas renais pode ser causada por uma forte

ativação dos nervos simpáticos renais, o que vem a diminuir o fluxo sanguíneo

renal e a FG. A ativação do sistema nervoso simpático pode então diminuir a

excreção de sódio e água através dessa constrição das arteríolas aferentes e

eferentes reduzindo assim a FG. A ativação simpática também aumenta a

reabsorção de sódio no túbulo proximal e no ramo ascendente espesso da alça de

Henle. Finalmente a estimulação do sistema nervoso simpático aumenta a

liberação de renina e a formação de angiotensina II, o que contribui para o efeito

global de aumento da reabsorção tubular e diminuição da excreção renal de sódio.

Os nervos simpáticos renais parecem ter um papel de extrema importância na

redução da FG em caso de distúrbios agudos e graves que podem durar de alguns

poucos minutos a horas, tendo como exemplo os desencadeados por ações de

defesa, isquemia cerebral ou hemorragia grave. Quando o indivíduo normal está

em repouso parece haver pouco tônus simpático para os rins (GUYTON, 1988).

4.2.2 Ação dos hormônios reguladores - RAA

RAA – Renina-Angiotensina-Aldosterona:

Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente e às vezes também a

eferente não tem membrana elástica interna, suas células musculares

apresentam-se modificadas, são chamadas justaglomerulares ou células JG,

com núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção. A

secreção desses grânulos participa da pressão do sangue. As células

justaglomerulares produzem uma enzima chamada renina que não atua

diretamente, ela aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona, que é

um hormônio da cortical da glândula suprarenal, por intermédio do

angiotensinogênio (globulina do plasma). A renina libera um decapeptídeo, a

angiotensina I, que tem ação sobre o angiotensinogênio. Então, uma enzima do

plasma remove dois aminoácidos da angiotensina I e forma a angiotensina II, que

é um octopeptídeo, cujos principais efeitos são aumentar a pressão sanguínea e

a secreção de aldosterona pela glândula adrenal. A aldosterona é um hormônio

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que inibe a excreção de sódio pelos rins. A deficiência de sódio é um estímulo

para a liberação da renina que acelera a secreção de aldosterona, que é um

hormôno que inibe a excreção do sódio. Numa atuação inversa, o excesso de

sódio no sangue deprime a secreção de renina, que inibe a produção de

aldosterona, o que aumenta a excreção de sódio pela urina. O aparelho

justaglomerular tem um papel importante no controle do equilíbrio hídrico, ou seja

da eliminação ou retenção de água junto com o sódio, e do equilíbrio iônico do

meio interno. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008).

ADH – Hormônio Antidiurético:

Também chamado de vasopressina , é principal agente fisiológico regulador do

equilíbrio hídrico, produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. Detectada

através de receptores osmóticos localizados no hipotálamo, a concentração do

plasma sanguíneo aumenta a reabsorção de água e a urina fica mais

concentrada. Assim, a mais importante função renal do ADH é aumentar a

permeabilidade à água do túbulo distal, do túbulo coletor e do epitélio do tubo

coletor. Este efeito ajuda o organismo a conservar a água em circunstâncias

como a desidratação, pois na ausência de ADH, a permeabilidade dos túbulos

distais e dos dutos coletores à água é baixa e faz com que os rins excretem

grandes quantidades de urina diluída. As ações do ADH desempenham papel

importante na controle do grau de diluição ou de concentração da urina. Existe

um poderoso sistema de feedback para a regulação da osmolaridade do plasma

e a concentração do sódio operando a alteração da excreção renal da água

independente da taxa de excreção de solutos. Quando a osmolaridade dos

líquidos corporais sobe acima do normal, ou seja, os solutos dos líquidos

corporais tornam-se excessivamente concentrados, a glândula hipófise posterior

secreta mais ADH, o que então aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e

dos dutos coletores à água, permitindo assim que grandes quantidades de água

sejam reabsorvidas, o que diminui o volume de urina, sem alteração acentuada

da taxa de excreção renal dos solutos. (GUYTON, 1988).

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4.3 Regulação de Líquidos Corporais

A regulação do equilíbrio de ion hidrogênio é similar, sob alguns aspectos à

regulação de outros ions do corpo humano. Para-se atingir a homeostasia ou

homeostase que é a propriedade de um sistema aberto, relacionado aos seres vivos,

de regulação do seu ambiente interno para manter uma estabilidade de condição

mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de

regulação interrelacionados. Para-se atingir a homeostasia deve haver um equilíbrio

entre a entrada e a produção de ions hidrogênio e a livre remoção desses ions do

organismo. O papel dos rins são de extrema importância para a regulação da

remoção do ion hidrogênio, apesar do controle preciso da concentração desse ion

envolver muito mais do que sua simples eliminação pelos rins. Também há vários

mecanismos de tamponamento ácido-básico que envolvem o sangue, as células e

os pulmões que são essenciais na manutenção das concentrações normais de ion

hidrogênio tanto no líquido extracelular como no intracelular. (GUYTON, 1988).

4.3.1 Mecanismo Ácido base - perda de eletrólitos na formação de urina

O organismo produz diariamente cerca de 80 mEq (50 a 100 mmoles/dia)

de ácidos não voláteis, que não são excretáveis pelos pulmões, principalmente a

partir do metabolismo das proteínas e cerca de 15 a 20 moles/dia de ácidos voláteis.

O mecanismo para a remoção desses ácidos não voláteis é a excreção renal.

O ion hidrogênio é um próton livre liberado a partir do átomo de hidrogênio, as

moléculas que contém átomos de hidrogênio são capazes de liberar ions hidrogênio

e são denominadas ácidos. Como exemplo temos o ácido clorídrico ( HCl) que se

ioniza na água e libera H+ e Cl- e o H2CO3 se ioniza na água e libera H+ e HCO3-.

Uma base é um ion ou molécula que pode aceitar um ion H+. Por exemplo, o

HCO3- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2CO3. O

HPO4-- é uma base visto que pode combinar-se com o H+ e formar o H2PO4--.

As proteínas no organismo também funcionam como base, visto que alguns

aminoácidos têm carga negativa e prontamente aceitam ions H+.

A hemoglobina nos eritrócitos e as proteínas em outras células estão entre as bases

mais importantes no corpo. O termo base é freqüentemente utilizado como sinônimo

do termo álcali, que é uma molécula formada pela combinação de um ou mais dos

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Page 18: SISTEMA RENAL - Fisiologia Dos Sistemas [1]

metais alcalinos, ou seja sódio, potássio e lítio, com um ion fortemente básico como

o ion hidroxila (OH-). A porção básica dessas moléculas reage rapidamente com os

ions H+ para removê-los da solução. De forma semelhante, o termo “alcalose”

refere-se à remoção excessiva de ions H+ dos líquidos corporais contrastando com

o termo “acidose” que se refere à adição excessiva de ions H+ nos líquidos

corporais. Distúrbios ácido-básicos metabólicos resultam da mudança na [HCO3-]. A

maioria dos ácidos e bases no líquido extracelular que estão associados a regulação

normal do equilíbrio ácido-básico são ácidos e bases fracos. (GUYTON, 1988).

O mecanismo renal de compensação do equilíbrio ácido-base é o mais lento

e demorado, embora seja o definitivo. Quando o pH do sangue se altera, os rins

eliminam urina ácida ou alcalina, conforme as necessidades, contribuindo para

regular a concentração de ions hidrogênio do sangue e demais líquidos orgânicos.

Os três principais mecanismos funcionais do sistema renal são a filtração

glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular. Através do mecanismo de

secreção tubular, os rins transformam o dióxido de carbono em ácido carbônico

ionizado. O ion hidrogênio é eliminado para a urina em troca por sódio ou potássio

que combinando-se ao ion bicarbonato, retorna ao líquido extracelular, para alcançar

a corrente sanguínea. Quando há bicarbonato em excesso no sangue, os rins

eliminam o ion bicarbonato em conjunto com o ion hidrogênio, o que torna a urina

alcalina e contribui para a regulação das bases existentes. Assim, os rins controlam

o equilíbrio ácido-básico excretando urina ácida ou básica. (GUYTON, 1988).

4.3.2 Armazenamento da urina e micção (passagem da urina do rim para a bexiga e processo de micção).

O armazenamento da urina se faz através do enchimento da bexiga que

passa pelo ureter que é um tubo muscular que se estende da pelve renal à bexiga

urinária. Localiza-se no compartimento retroperitoneal e descende anteriormente ao

músculo psoas, cuja função é colher a urina e envia-lá à bexiga. A bexiga urinária é

uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, que serve para

armazenamento da urina produzida nos rins. (GUYTON, 1988).

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Page 19: SISTEMA RENAL - Fisiologia Dos Sistemas [1]

A micção se refere ao processo pelo qual a bexiga se esvazia quando fica

repleta, envolvendo duas etapas principais, a bexiga enche-se progressivamente até

que a tensão em suas paredes suba acima de um nível limiar, o qual vai então

desencadear a segunda etapa, ou seja, com a ocorrência de um reflexo nervoso,

denominado reflexo de micção, que esvazia a bexiga, ou caso isto não ocorra, pelo

menos produz o desejo consciente de urinar. A despeito do reflexo de micção ser

um reflexo autonômico da medula espinhal, ele pode ser inibido ou facilitado por

centros nervosos no córtex cerebral ou no tronco cerebral. (GUYTON, 1988).

O controle da continência é realizado por músculos chamados esfíncteres,

que são músculos esqueléticos voluntários, em contraste com o músculo do corpo e

do colo da bexiga , que só contém músculo liso. O músculo do esfíncter externo

encontra-se sob controle voluntário do sistema nervoso e pode ser utilizado para

impedir conscientemente a micção, mesmo quando os controles involuntários estão

tentando esvaziar a bexiga. A urina expelida da bexiga possui essencialmente a

mesma composição do líquido que flui pelos tubos coletores, e flui através dos

cálices renais provocando seu estiramento e inicia contrações peristálticas que se

propagam pela pelve renal e a seguir ao longo do comprimento do ureter, forçando a

urina para a pelve renal e para a bexiga. As paredes dos ureteres contém músculos

lisos que são inervados por nervos simpáticos e parassimpáticos, bem como por um

plexo intramural de neurônios e fibras nervosas estendendo-se ao longo de todo o

comprimento dos ureteres. As contrações peristálticas no ureter são intensificadas

por estimulação parassimpática e inibidas por estimulação simpática. Os ureteres

penetram na bexiga pelo músculo detrusor na região do trígono da bexiga. Á medida

em que a bexiga se enche, começam a aparecer muitas contrações da micção

superpostas, que resultam de um reflexo de estiramento iniciado por receptores

sensoriais na parede da bexiga. Os sinais sensoriais dos receptores de estiramento

da bexiga são conduzidos até os segmentos sacros da medula espinhal pelos

nervos pélvicos que seguem por esses mesmos nervos retornando por via reflexa

para a bexiga através de fibras nervosas parassimpáticas. Uma vez iniciado o

processo de micção, ele é autoregenerativo, por conseguinte o reflexo da micção é

um ciclo completo único de aumento progressivo e rápido da pressão, com um

período de pressão contínua e o retorno da pressão ao tônus basal da bexiga.

Quando o reflexo da micção se torna intenso o suficiente, ele provoca outro reflexo,

que passa pelos nervos pudendos para o esfíncter externo, inibindo-o. Se esta

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inibição for mais potente no cérebro do que os sinais constritores voluntários para o

esfíncter externo, haverá micção. Caso contrário, a micção não ocorrerá até que a

bexiga se encha ainda mais e o reflexo de micção se torne mais poderoso.

(GUYTON, 1988).

5. CONCLUSÃO

O sistema renal é de suma importância na regulação pelo Fluxo Sanguíneo

Renal que ao penetrar na cápsula de Bowman é transformado em Filtrado Glomerular

(proteínas e eletrólitos). O débito cardíaco médio normal é de 5 l/min gerando 7200

l/dia. Desses, 20% , ou seja 1440l passam pelos rins gerando uma quantidade de

filtrado glomerular de 180 l diários, dos quais 178l são reabsorvidos e cerca de 2 l

são utilizados para a formação da urina. A circulação extracorpórea é capaz de

produzir alterações na função do sistema renal e no equilíbrio dos líquidos e dos

eletrólitos do organismo. Os rins são fundamentais na regulação do meio interno, em

que estão imersas as células de todos os órgãos. Os rins desempenham duas

funções primordiais no organismo, ou seja a eliminação de produtos terminais do

metabolismo orgânico, como uréia, creatinina e ácido úrico e o controle das

concentrações da água e da maioria dos constituintes dos líquidos do organismo, tais

como sódio, potássio,cloro, bicarbonato e fosfatos. Os principais mecanismos através

dos quais os rins exercem as suas funções são a filtração glomerular, a reabsorção

tubular e a excreção tubular de diversas substâncias fundamentais para a

manutenção da vida.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

STEDMAN, T.L. Stedman Dicionário Médico, 25a. edição, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 1996.

GUYTON, C.A. Md. Fisiologia Humana, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan,1988.

JUNQUEIRA, C.L., CARNEIRO, J. Histologia Básica, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2008.

GARDNER, E. Md, GRAY, D.J., PhD, O’RAHILLY, R. M.Sc., M.D. Anatomia Regional do Corpo Humano, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 1975.

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