Sistema Nervoso - Victor c Speirs

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Semiologia Veterinária do Sistema Nervoso

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o SistemaNervoso

COMPONENTES NERVOSO

DO SISTEMA

Em termos gerais, o sistema nervoso dividido topograficamente nos componentes central e perifrico com superimposio do sistema nervoso autnomo. Funcionalmente, o sistema nervoso dividido em regies sensorial, central e motora. A regio sensorial contm os componentes aferentes, que, atravs de um espectro de diferentes receptores e nervos sensoriais e arcos reflexos, so responsveis pela sensao do amo

bienteexternoe internoe transmissodesses dadosata regio central para integrao na medula espinhal e crebro.Asrespostasaos dados que chegam so executadas pelo sistema motor ou eferente que consistenos nervosmotores, nas placas terminais e nos rgos efetores. O sistema motor subdividido em sistemas motores autonmico e somtico. O sistema autonmico consiste em um sistema de subdivises em oposio, simptica e parassimptica, distribudo pelo sistema nervoso e responsvel pelo controle involuntrio da funo das vsceras. Essa regio do sistema nervoso no muito envolvida no exame neurolgico geral. A poro somtica tambm conhecida como sistema motor voluntrio (em contraste com o sistema involuntrio, mencionado h pouco) que, desde um ponto de vista funcional, considerado como sendo constitudo de um neurnio motor superior (NMS) e um neurnio motor inferior (NMI). Na realidade, ambos os "neurnios" consistem em mais de um componente. O NMI consiste em neurnio motor, em seu axnio e em suas conexes terminais no msculo. O NMIpode ser uma clula do corno ventral da medula espinhal ou a clula nervosa motora de um nervo craniallocalizada centralmente. O NMS a clula nervosa motora no crtex responsvel pelo movimento

voluntrio, e seus impulsos so transmitidos atravs dos neurnios craniais ou dos neurnios mais distais da medula espinhal. Para iniciar o movimento voluntrio, o NMS,que localizado no crebro, estimula o NMI distribudo no tronco enceflico e no corno ventral da medula espinhal, cuia resposta ento transmitida para o musculoesqueltico da cabea e resto do corpo nos nervos craniais e perifricos respectivamente, via axnios terminais. Cada unidade motora consiste no NMI e no msculo que ele inerva. Para facilitar a avaliao, o sistema nervoso central tambm dividido em sees:

. . . . . . .

CrebroSegmentos cervicais superiores da medula espinhal, C1-C5 Segmentos da tumefao braquial da medulaespinhal, espinhal,espinhal, C6-T2

Segmentos torcicos e lombares da medulaT3-L3

Segmentos da tumefao plvica da medulaL4-S2

Segmentos da medula espinhal que inervam o reto, nus e bexiga, 53-55 Segmentos da medula espinhal que inervam a cauda, C01-C05

MANIFESTAES DE DOENA DO SISTEMA NERVOSOEmbora a doena do sistema nervoso possa resultar em elevao da temperatura corporal, bacteremia, septicemia, dor e envolvimento de rgos adjacentes, o papel dominante desse sistema no controle da funo de vrios rgos faz com que os principais sinais

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de doena sejam relacionados a uma alterao ou perda de funo. A variao na funo , portanto, um guia importante para a localizao da leso. A avaliao da funo requer um entendimento de como o NMSe o NMIinteragem, assim como a capacidade de reconhecer os sinais clnicos associados com a variao na funo de cada unidade motora. Usando essa abordagem, uma leso pode ser localizada em uma parte especfica do sistema. Esse conceito funciona melhor para lesessolitrias, mas freqentemente um processo distribudo pelo sistema como uma leso contnua (difusa) ou como uma srie de leses focais (multicntrica). O NMI consiste em um componente sensorial num rgo que se comunica com o neurnio motor na medula espinhal local e da com um msculo efetor,via axnio. Isso conhecido como arco reflexo, atravs do qual um impulso sensorial pode induzir uma resposta imediata, sem passar pelo crebro. H uma constante interao entre os sistemas de NMIcontrolando grupos musculares em oposio (p. ex., msculos flexores e extensores) que esto, em circunstncias normais, sob influncia do NMSque, por sua vez, mantm um controle inibitrio sobre o reflexo local. Sinais de doena do NMSso relacionados perda dessa inibio, tendendo a causar aumento da atividade no rgo terminal. Isso contrasta com a leso do NMIque causa uma reduo na perda da funo, observada geralmente como perda no tnus.

RESPOSTA A UMA LESO NO NEURNIO MOTOR SUPERIOR

. . . .. . . .

Movimento voluntrio reduzido ou ausente(hiporreflexia, arreflexia)

Resposta reflexa normal ou exagerada (hiperreflexia) Aumento do tnus muscular (hipertnico), atrofia de desuso discreta Perda da propriocepo e da dor (hipoalgesia,

analgesia)

RESPOSTA UMALESONO NEURNIO A MOTOR INFERIORMovimento voluntrio reduzido ou ausente

Resposta reflexa reduzida ou ausente Tnus muscular reduzido (hipotnico) ou ausente (atnico) Perda da propriocepo e da dor, atrofia muscular grave

EXAME FSICO GERALOs objetivosdo exame do sistema nervoso so inicialmente estabelecer se h algum processo patolgico presente e, ento, caso exista, localiz-Io no sistema nervoso. Como foi dito, necessrio um entendimento completo dos aspectos neuroanatmicos e funcionais do sistema nervoso. Embora qualquer exame sistemtico seja adequado, um objetivo inicial deveser de localizar a leso em uma ou mais das seguintes regiesque aparecem listadas no sentido cranial a caudal, de acordo com o desenvolvimento geral do exame:

doena em outro rgo ou sistema e em parte para detectar a presena de doena que possa produzir sinais neurolgicos secundrios. Hipxia, anxia, hipo e hiperglicemia, hepatopatia, uremia, hipocalcemia, hiper e hipocalemia, acidose, alcalose e hipo e hipertermia so freqentemente associadas a sinais clnicos neurolgicos. O mtodo para exame do sistema nervoso dado a seguir foi delineado a partir de outras publicaes.l,z

CabeaComportamento Comportamento anormal indica mau funcionamento do crtex cerebral. Conhecer o comportamento normal necessrio antes que se possa identificar um comportamento anormal. Variaesdo comportamento freqentemente reconhecidas incluem pressionar a cabea, andar em crculos, lamber-se, alterar a voz e o apetite e tomar-se agressivo.Aspectosdo comportamento normal com os quais o clnico deve estar familiarizado incluem:

. . . . .

CrebroTroncoenceflico

CerebeloMedula espinhal

Nervos erifricos msculos p e

A progresso cranial a caudal do exame baseia-se na progresso semelhante do controle neurolgico, do mais alto para o mais baixo. Antes que um exame detalhado e especfico do sistema nervoso seja feito, deve ser realizado um exame clnico geral, em parte para detectar a presena de

. . .

Maneira com que cavalos reagem a pessoas e a outros cavalos. A incapacidade de manter a ordenao social pode indicar doena ou fraqueza Modo pelo qual os cavalos relaxam quando no

perturbadosQuantidade de tempo dedicado a comer e dormir

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..

Freqncia com que se deveesperarver um cavalo deitadoe em que posioele mais provavelmente estar Comportamentonormal de garanhese de guas. Garanhes freqentementeso mais agressivos que guase cavaloscastrados,o que no deveser confundidocom desenvolvimento comportade mento agressivoem um indivduoanteriormente calmo.A agressividade a disposiogeral irritadie a so sinaismuitasvezesrelacionados a desequilbrios hormonaisassociados tumores a ovarianosou retenotesticular

do cavalo, ele geralmente flexiona a cabea a fim de tomar o alimento na boca (apreender) (Figura 4-1). O animal deveser avaliado enquanto em repouso,para detectarem-se tremores ou postura anormal da cabea. Aposio da nuca em relao ao focinho deveser cuidadosamente avaliada. Avaliao da Funo dos Nervos Cranianos

A localizao de uma leso no tronco enceflico facilitada por um exame cuidadoso dos nervos cranianos. Aexemplo dos outros componentes do exame, lgico proceder-se num sentido cranial a caudal. AVALIAO OLFATO(NERVO CRANIANOI DO [NERVO OLFATIVO]). extremamente difcil avaliar-se o olfato em cavalos e um dficit nesse sentido (anosmia) , por isso, raramente relatado. Uma avaliao simples do olfato pode ser feita anotando-se como o cavalo cheira coisas como alimento, mo do clnico, fezes ou urina, esta ltima sendo um teste melhor para garanhes. AVALIAO DA VISO (NERVO CRANIANO 11 [NERVO PTICOD. Aviso testada pelo reflexo de ameaa, pelo qual um gesto ameaador feito em direo do olho induzir fechamento da plpebra e s vezes recuo da cabea (Figura 4-2). Deve-seter cuidado para que com o gesto no se provoquem deslocamentos de ar que possam ser percebidos pelo cavalo e resultar em uma resposta semelhante. O reflexo pode estar ausente em cavalos deprimidos ou excitados e potros recm-nascidos. O cavalo pode tornar-se refratrio se o gesto for repetido com muita freqncia. No

Estado MentalAnormalidades no estado mental indicam um envolvimentodo tronco enceflico e crtex cerebral menor. Oestado mental pode ser comparado ao estado de conscincia de um animal e reflete a capacidade funcional do sistema ativador reticular ascendente, localizado no tronco enceflico, bem como de certas partes do crtexcerebral.Normalmente,esses sistemasrespondem a impulsos sensoriais (aferentes) na forma de estmulos visuais, tcteis, auditivos, olfativos e gustativos. O estado mental varia do normal, passando por uma srie de estgios menores de anormalidade (estupor, depresso, sonolncia, delrio, letargia e depresso), at o coma e semicoma. Coma ocorre quando no h qualquer resposta aos estmulos normais, e semicoma define um estado no qual no ocorre resposta a estmulos normais, mas h resposta a estmulos excessivamente nocivos. Postura e Coordenao da Cabea

Os movimentos normais suaves e coordenados da cabea esto sob controle do crebro, cerebelo e sistema vestibular. O movimento normal da cabea envolve vrias combinaes de flexo lateral, rotao e extenso da articulao atlantoccipital. Uma posio anormal pode ser devida dor de fratura ou infeco. Leses vestibulares freqentemente causam uma rotao caracterizada por inclinao da cabea com a nuca desviada para um lado, mas com o focinho e pescoo na linha mdia. Por outro lado, as leses do crebro podem fazer com que o cavalo ande em crculos e mostre um desvio da cabea e pescoo para o lado da leso, mas o focinho no gire ao redor da nuca. As leses cerebelares interferem com a coordenao normal e controle fino dos movimentos, resultando em movimentos abruptos durante a movimentao voluntria e em tremores finos quando o animal est em repouso, conhecidos como tremores de inteno. Apostura e coordenao da cabea podem ser avaliadas durante a atividade normal. Se alguma comida segurada ao lado da paleta em qualquer dos lados

t

FIGURA 4-1

Segurando uma porode alimento adjacente paletaparatestara ca pacidade cavalo flexionar cabea pescoo do em a e lateralmente.

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cavalo, como resultado de um cruzamento (decussao) quase completo no qui asma ptico, a viso em um olho controlada, principalmente, no hemisfrio cerebral contralateral. Avia aferente, portanto, envolve primeiro retina, nervo ptico e quiasma ptico para da, aps a decussao, o trato ptico contralateral, ncleo geniculado lateral, radiao ptica e crtex occipital. Avia eferente envolve o ncleo do nervo facial ipsolateral que fornece uma resposta motora que termina com o fechamento das plpebras. Leses da retina e do nervo ptico produziro, portanto, cegueira ipsolateral, enquanto leses localizadas mais centralmente causaro cegueira contralateral. Testesde viso incluem a capacidade de seguir uma luz em movimento e movimentar-se por um trajeto com obstculos, evitando-os (Figura 4-3). Uma observao cuidadosa enquanto o cavalo est comendo ou caminhando, especialmente se for num ambiente estranho, pode permitir a deteco da cegueira ou viso deficitria. A cegueira ou viso deficitria unilateral so muito mais difceisde detectar, e sua deteco pode necessitar vendar os olhos do cavalo (Figura 4-4).

t

FIGURA 4-3

Trajeto comobstculos paratestara viso.Observe o atendenteperque miteque o cavalo escolha ondecaminha. por

"

I

t

FIGURA 4-2

Reflexo ameaa. sdedosso rapidamente de O movimentados m dir~ e oao olho,tomando-se cuidadode evitarcontatoou produzircorreno tes de ar.

AVALIAO DO REFLEXO PUPILAR LUZ (NERVOS CRANIANOS 11 [NERVO PTICO] E 111 [NERVO OCULOMOTORD. O tamanho da pupila depende do equilbrio entre os msculos constritores, inervados por fibras parassimpticas dos nervos oculomotores e msculos dilatadores, inervados por fibras simpticas do gnglio cervical cranial. A avaliao do reflexo pupilar luz testa a funo dos nervos ptico e oculomotor simultaneamente. Nela, os impulsos neurais, produzidos em resposta a um feixe de luz dirigido para o interior do olho, chegam ao crebro atravs do nervo ptico, so integrados na regio pr-tectal do mesencfalo contralateral e, ento, ativam bilateralmente o componente parassimptico dos nervos oculomotores, fazendo as pupilas contraremse. Aconstrio no olho ipsolateral conhecida como resposta direta, e a constrio no olho contralateral, como resposta consensual. Avia resposta ao feixe de luz dirigida para um olho mostrada na Figura 4-5. Antes de realizar-se o teste, cada olho deve ser examinado para assegurar que no existam leses, como aderncias que possam interferir mecanicamente com a constrio. Oreflexo pupilar luz no envolve o crtex visual e, portanto, o reflexo pode ser positivo num cavalo com cegueira causada por dano nessa regio. O mau funcionamento da inervao pelo nervo simptico ao olho produz uma sndrome conhecida como sndrome de Horner que consiste na constrio (miose), na queda da plpebra superior (ptose) e na produo da membrana nictitante. H tambm sinais no-oculares como dilatao dos vasos sangneos faciais, hiperemia da conjuntiva nasal e tumefao do lado afetado da cabea ou pescoo.

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AVALIAO POSIO DO GLOBO OCULAR DA (NERVOSCRANIANOS111[NERVO OCULOMOTO R], IV [TROCLEAR] E VI [ABDUCENTE]). A posio do olho controlada ativamente pelos quatro msculos retos, pelos dois oblquos e pelos msculos retratores do bulbo (do globo). Aposio pode ser alterada por leses que ocupam espao nas rbitas (abscesso, neoplasia) e podem produzir desvios ou deslocamentos. Os nicos msculos do olho no inervados pelo nervo oculomotor so o reto lateral, os msculos retratores do bulbo, que so supridos pelo nervo abducente (nervo craniano VI), e o msculo oblquo dorsal, suprido pelo nervo troclear (nervo craniano IV). A funo desses msculos e nervos avaliada observando-se o posicionamento dos olhos nas rbitas e tambm o movimento de cada olho. O posicionamento anormal chamado de estrabismo, e o movimento anormal conhecido como nistagmo. Antes que o movimento anormal possa ser avaliado, os movimentos normais dos olhos precisam ser entendidos. Quando a cabea do cavalo elevada, os olhos tendem a permanecer na posio horizontal e, ao fazer isso, giram ventralmente nas rbitas. Do mesmo modo, quando a cabea se move para um lado, os olhos mudam

ritmicamente de posio, no sentido da nova localizao, numa srie de pequenos movimentos, ao invsde manterem-se no meio da rbita, movendo-se junto com a cabea. Essa ltima atividade o nistagmo vestibular normal ou reflexo oculoceflico e resulta da interao entre os centros que controlam o equilbrio (ncleos vestibulares) e os nervos responsveis pelo movimento dos olhos. Estrabismo verdadeiro raro em cavalos, mas, quando presente, devido associao anatmica ntima dos nervos que controlam o movimento dos olhos, significa que todos os nervos esto afetados em algum grau. O estrabismo associado a dano em algum desses nervos ir ocorrer, independentemente da posio da cabea, enquanto que olhos com nistagmo associado a dano vestibular podem ser movidos e respondero ao movimento. CAPACIDADEDE MASTIGAR(NERVO CRANIANO V). Asfibras motoras para os msculos da mastigao so levadas no nervo trigeminal. Dano bilateral a esse nervo reduz a efetividade da mastigao, enquanto a paralisia causa incapacidade do fechamento da mandbula. Seguem-se atrofia do masseter, dos msculos temporais e ventre distal dos msculos digstricos. Dano unilateral resulta num tnus fraco da mandbula e atrofia unilateral. AVALIAO DA SENSAO CUTNEA FACIAL (NERVO CRANIANO V). As fibras sensrias da maior parte da cabea so levadas pelos ramos mandibular, maxilar e oftlmico do nervo trigeminal. A funo desses ramos sensrios testada observando-se a resposta estimulao. O movimento das plpebras, orelha e lbios em resposta a testes com picadas leves serve para avaliar os ramos sensrios e os componentes motores do nervo facial, embora a apreciao consciente do estmulo no seja necessria. Cada ramo pode ser testado, avaliando-se sua rea de distribuio (Figura 4-6). AVALIAODA SIMETRIA E MOVIMENTOS FACIAIS (NERVO CRANIANO VII). Os msculos responsveis pela simetria e expresso faciais so controlados pelas fibras motoras do nervo facial (VII). Para comear, a cabea deve ser examinada para verificao de perda de tnus, geralmente observvelcomo assimetria unilateral das plpebras, orelhas ou lbios. A capacidade de movimentar essas estruturas ento testada, em resposta a testes de provocao. Aparalisia facial geralmente caracterizada por "queda" da orelha e lbios, elevao incompleta da plpebra superior, desvio do focinho para o lado no-afetado e incapacidade de abrir a narina. A localizao do dano no nervo determina quais estruturas esto afetadas. Uma leso proximal afeta a funo de todas as estruturas supridas pelo nervo, enquanto que uma leso distal,

.

FIGURA4-4

Colocao de venda. Permiteque os olhos sejam adequadamente cobertos e que o cavalo no possa ver atravs da venda ou por suas bordas.

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Estmulo Diminuio da luz

Estmulo Aumento da luz

Nervo ptico esquerdo

Nervo ptico direito

Crtex visual esquerdo Regiopr-tectal esquerda

Colculosrostrais direitos

~

\..

~+

\.+

Estimulaobilateral do ncleo parassimpticodos nervos oculomotores

Estimulaobilateral dos colculos rostrais e tratos tectoespinhais

Estimulaobilateral dos msculos dos esfncterespupilares atravs dos gnglios ciliares

!

! !

Transmissocaudal para Tl-3 com estimulao dos neurnios pr-ganglinicos~ ~

!

Constriopupilar bilateral

Transmissorostral do tronco vagossimptico para os gnglios cervicaiscraniais+

Estimulaodas fibras ps-ganglinicase ativao dos msculosdilatadores da pupila~ ~

Dilatao pupilar bilateral

.

FIGURA 4-5

Viasdo reflexopupilar luz

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do tnus extensor do membro contralateral ocorrem como resultado da perda do controle do trato vestibuloespinhal. AVALIAODA APREENSO DO ALIMENTO. A apreenso de alimentos ou a transferncia de alimentos para a boca envolve uma atividade coordenada pelos lbios e mandbulas, bem como uma coordenao central dos ncleos basais que coordenam a atividade motora de funes bsicas como a atividade de comer e beber. A encefalomalcia nigroplida, causada pela ingesto da planta txica Centaurea solstitialis*, afeta os ncleos basais e causa incapacidade de apreender o alimento, de mastig-Io ou de mov-Io para as pores caudais da boca. Omau funcionamento do nervo facial com paralisia dos lbios torna a apreenso difcil, mas o cavalo em breve aprende a mover o alimento para a boca, empurrando a cabea no alimento e pegando-o com os dentes, de modo muito semelhante a um carnvoro. Em ambas as condies, a deglutio no afetada, e uma vez que a comida ou gua estejam na boca, a deglutio normal pode ocorrer. A apreenso anormal ou dificultosa devido doena neurolgica deve ser diferenciada de anormalidade devido a leses dolorosas como fraturas, corpos estranhos na lngua ou abscessos retrofarngeos. A apreenso pode ser avaliada pela alimentao manual (oferecer o alimento nas mos ao cavalo) e pela colocao dos alimentos numa superfcie dura e plana. AVALIAO DA DEGLUTIO (NERVOS CRANIANOS IX E X). Os nervos glossofarngeo e vago inervam os msculos que controlam a deglutio. A deglutio normal envolve.o transporte de alimento e gua da orofaringe para o esfago sem contaminao da laringe ou nasofaringe. Omau funcionamento desse processo resulta em drenagem de alimento e gua pelo nariz, presena de alimento ou gua nas vias areas com aspirao para os pulmes e gotejamento de saliva do nariz e boca. Pode haver uma incapacidade total ou parcial em deglutir. No entanto, essas alteraes no devem ser confundidas com obstruo esofgica ou fenda no palato mole. A passagem de uma sonda gstrica no detectar nenhuma obstruo, mas tambm demonstrar uma deficincia em deglutir. A endoscopia tanto esclarece possveis defeitos no palato quanto ajuda a avaliar a desobstruo esofgica. As radiografias de contraste podem tambm serusadas. Devido ao extenso envolvimento do nervo vago

t FIGURA 4-6Testando sensao a cutnea(nervocraniano V).

envolvendo os ramos bucais, afeta apenas a funo dos lbios. AVALIAOA AUDIO (RAMO COCLEAROU D AUDITIVODO NERVO CRANIANOVII). Aperda unilateral da audio difcil de ser detectada e por essa razo a surdez clinicamente aparente, que rara, usualmente bilateral. A causa usual otite mdiainterna. AVALIAO DO EQUILBRIO (DIVISO VESTIBULAR DO NERVO CRANIANO VIII). Essa divisodo 8 nervo craniano fornece os principais impulsos aferentes para o sistema vestibular, que , por seu lado, responsvel pelo equilbrio e funciona controlando a orientao da cabea, corpo, membros e olhos. O mau funcionamento do sistema indicado por nistagmo, elevao da cabea, fraqueza dos membros e perda do equilbrio. Nistagmo refere-se oscilao rtmica do olho e ocorre com a cabea na posio normal (nistagmo espontneo) ou em diferentes posies anormais (nistagmo posicional).3 O movimento pode ser horizontal, vertical ou rotatrio, e o nistagmo descrito pela direo da fase rpida do movimento. Adireo da fase rpida pode ser usada para auxiliar na localizao da leso. Por exemplo, uma leso perifrica sempre produz nistagmo com a direo da fase rpida opondo-se ao lado da leso. Alguma melhora na condio clnica segue-se adaptao doena vestibular; no entanto, issopode ser abolido ou reduzido pela vendagem. Quando ocorre inclinao da cabea, essa girada e flexionada em direo ao local da leso, o olho ipsolateral desviado para baixo e .0 olho contralateral para cima.3 Isso associado a andar trpego e andar em crculos (movimento de rodeio) no sentido do lado da leso. Fraqueza do membro ipsolateral e aumento

.N. de T. O nome comum da planta em ingls !yellow star thistle) significa aproximadamente "estrela de cardo amarela", mas no h nome popular para essa planta no Brasil, onde a intoxicao ainda no foi descrita. No Uruguai e na Argentina, onde a intoxicao j foi descrita, o nome comum de Centaurea solstitialls "abre-punos".

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na funo da laringe, faringe e do trato gastrintestinal, uma funo anormal desse nervo tambm associada intolerncia ao exerccio. O modo mais fcil e melhor de detectar anormalidades na deglutio observar o cavalo cuidadosamente enquanto ele come e bebe. Graus pequenos de anormalidade podem passar despercebidos, pois a tosse pode no ser estimulada e pode haver insuficiente material para passar rapidamente para a parte externa das narinas. Isso se aplica particularmente quando o bebedouro est no nvel do cho, e a gua pode passar para a laringe e ento novamente para fora sem estimular um reflexo de tosse significativo. AVALIAO FUNO DA LNGUA (NERVO DA CRANIANOXII). Ainervao motora da lngua pelo nervo hipoglosso. Asleses nesse nervo produzem uma perda de funo da lngua no lado afetado. Se a perda for unilateral, o desvio da lngua ser para o lado no-afetado e ela ficar fraca e, com o tempo, desenvolver atrofia. Se a leso for bilateral, a lngua no poder ser retrada para o interior da boca. Leses dolorosas na lngua (corpo estranho) podem mimetizar os efeitos de paralisia. Afraqueza facilmente detectada aplicando-se gentilmente uma trao na lngua (Figura 4-7).

mente simtricos, embora algumas doenas sejam caracterizadas por envolvimento assimtrico dos membros. Postura O cavalo deve ser avaliado enquanto estiver em repouso, para observar-se qualquer anormalidade postura!. Cavalos em estao, com postura normal, apresentam os membros posicionados regularmente num quadrado abaixo do corpo, embora, quando em repouso, possam posicionar-se com o boleto do membro posterior flexionado e o casco repousando com sua ponta (pina) ou superfcie cranial tocando o solo. A posio de estao com os membros amplamente separados pode indicar fraqueza (paresia) ou falta de propriocepo (capacidade de perceber a localizao dos membros nos espao). Andar O cavalo deve ser avaliado enquanto estiver caminhando, trotando, sendo forado a mover-se num pequeno crculo e recuando. Outros testes incluem atravessar ou subir e descer um monte ou rampa, caminhar por um trajeto com obstculos ou ser forado a caminhar num trajeto pantanoso (ver Captulo 5 para detalhes no exame de claudicao). O andar anormal deve ser localizado num ou mais membros e descrito, conforme a alterao existente, como fraqueza, ataxia, espasticidade ou dismetria. FRAQUEZAOU PARESIA. Fraqueza, ou paresia, caracterizada por sinais como arrastamento dos membros, aumento do desgaste nas pinas ou superfcie cranial do casco, tropeos, quedas e flexo do boleto. ATAXIA. Ataxia o termo usado para descrever a perda de propriocepo ou capacidade de identificar as relaes espaciais entre os memb"os. Os sinais causados pela perda da propriocepo incluem movimentos oscilantes (bambeira) , posicionamento assimtrico das patas, cruzamento dos membros, pisada no membro oposto e circundao da pata do lado de fora ao voltar-se rapidamente. ESPASTICIDADE. Espasticidade caracterizada por movimentos rgidos com pouca flexo das articulaes e ocorre quando h perda do controle pelo neurnio motor superior sobre o neurnio motor inferior. DISMETRIA. Adismetria usada para descrever a perda de controle sobre a direo e espectro de movimentos dos membros e caracterizada pelo alcance exagerado do movimento, hipermetria (movimento

Andar e PosturaAs leses na medula espinhal, no sistema nervoso perifrico e tronco enceflico podem causar anormalidades no andar e na postura. O objetivo da anlise ambulatorial e postural decidir se existe ou no uma anormalidade e, caso exista, determinar sua localizao. Asleses podem ser focais, difusas ou multicntricas, e os sinais clnicos so geralmente caudais ao local da leso. Ossinais so, de modo usual, bilateral-

t

FIGURA 4-7

o tnus da lngua. A capacidade do cavaloem retraira lngua testada puxando-a gentilmente da boca.Testando

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GRADAODAS ANORMALIDADES AMBULATRIAS RELACIONADAS DOENADE MEDULA ESPINHAL

do e direito do corpo, na regio da articulao do cotovelo (Figura 4-1).

. ..

Reflexos do Pescoo em Membros AnterioresRESPOSTAS CERVICAIS. A estimulao da pele na poro lateral do pescoo, dorsal ao sulco da veia jugular, induz geralmente contrao dos msculos cutneos vistos como contraes da pele, contrao do msculo braquioceflico e, quando o teste realizado na regio cranial, contraes das orelhas. Aestimulao focal bem delimitada pode ser realizada com um alfinete, agulha, pina hemosttica ou com uma caneta esferogrfica (Figura 4-8). RESPOSTAS CEREBRAIS. Oprocessamento consciente de um estmulo nessa regio, como foi descrito, est sob controle cerebral, e a conscincia do estmulo pode manifestar-se por respostas como chamamento, retirada, tentativa de escapar, balanar da cabea ou mordidas. REAO DE BALANO. Esse teste feito com o cavalo em estao e tambm caminhando. Consiste na tentativa de empurrar o cavalo lateralmente (Figura 4-9). A avaliao envolve testar a resistncia do cavalo a ser puxado ou empurrado lateralmente, bem como verificar ocorrncia de tropeos. O teste til para detectar-se fraqueza e ataxia. O cavalo pode ser empurrado na paleta e tambm puxado lateralmente com o cabresto. RESISTNCIA PRESSO DORSAL NA CERNELHA. Presso para baixo na cernelha geralmente causa arqueamento do dorso (lordose) em cavalos normais (Figura 4-10). No entanto, quando a fraque-

GrauO (normal).Ausnciade distrbio neurolgico visvel. Grau 1.O distrbio neurolgico quase imperceptvel um andar normal, mas n provocadoforando-seo cavaloa recuar,virar, balanarde um lado paraoutro e pelaextenso do pescooe aplicaode fora regio lombar.

. .

Grau2. O distrbio neurolgico detectado no andar normal e grandementeexageradopelos testesde provocaolistadosno Grau 1. Grau3. Os dficits neurolgicosso bastante bviosna ambulaonormal, com tendnciade quedasou tropeosdurante os testesde provocao. Grau4. Tropeose quedasespontneosat paralisiacompleta.

excessivo), hipometria(movimentodiminudo)e passos longos (passo de ganso) ou curtos. . Para facilitar o registro e comparao entre animais ou entre diferentes estgios do mesmo animal, a gradao de cada membro pode ser feita individualmente, usando-se uma escala de O a 4, como mostrado no quadro.

Pescoo e Membros AnterioresExame e Palpao O exame visual e a palpao cuidadosos detectaro assimetria e atrofia musculares que podem indicar doena neurolgica, defeitos esquelticos bvios, como deformidade congnita observada freqentemen, ./" te em cavalos Arabes e suores localizados, associados a danos na inervao simptica. Mobilidade do Pescoo

Aincapacidade ou relutncia em mover a cabea e o pescoo em qualquer direo indicam, geralmente, uma leso dolorosa ou mecnica. A mobilidade pode ser testada pela manipulao manual da cabea ou pescoo ou atravs da estimulao para que o cavalo mova a cabea ou pescoo, tentando-o com algum alimento, como pasto, segurado em uma mo. particularmente til segurar alimento nos lados esquer-

t

FIGURA 4-8

Testando sensao a cutneada regiocervical.

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saltitar lateralmente, apoiando-se no outro membro (Figura 4-11). Parado de um lado s ou caminhando de um lado s. Ambos os membros esquerdos e, aps, ambos os membros direitos so suspendidos de cada vez, e o cavalo forado a permanecer em estao e aps mover-se de lado, usando os membros opostos.

.

FIGURA4-9

POSICIONAMENTO MANUALDE UM MEMBRO NUMA POSIO CRUZADA OU ANORMAL. O objetivo com esse teste avaliar a capacidade de percepo de que o membro est numa posio incorreta e ento retom-lo posio correta (Figura 4-12). Isso avalia especialmente a propriocepo.

Reao balano,membrotorcico aplicadapresso regioda de cernelha, observando-sefacilidade a comqueo cavalo podeserempurrado ou puxadoe a maneirapelaqualo equilbrio restabelecido.

Tronco

e Membros

Anteriores

Palpao e Observaoza est presente, pode ocorrer incapacidade de resistir ou colapso dos membros anteriores. REAES POSTURAIS TORCICAS, SALTITAMENTO COM MEMBRO TORCICO. Em cavalos menores (potros e pneis), pode ser possvel testarem-se algumas das reaesposturais comumente avaliadas em ces e gatos que so teis para detectarem-se defeitos sutis.

O tronco e os membros anteriores devem ser observados e palpados a fim de detectarem-se distrbios como assimetria, atrofia muscular, malformaes e . suores localizados. Atrofia muscular acentuada pro-

.

. .

Carrinho de mo. Ambos os membros so suspendi-

dos, e fora-seo animal a caminharsobre osmembrosdianteiros.Saltitamento lateral. Cada membro anterior

suspendido uma vez, e fora-seo animal a de

.

FIGURA 4-10

.

FIGURA 4-11

Aplicando presso cernelha paratestara flexibilidade. presso A firme geralmente induzo cavalo abaixarou flexionarventralmente dorso. a o

Saltitamento lateral.Mantendo-se membrodo cavaloelevado emum e purrando animallateralmente, o como mostrado,esta-se t suacapacidade em saltitarlateralmente, poiando-se o outro membro. a n

EXAME CLNICO DE EQUINOS

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.

FIGURA 4-13

Testando sensaoutneana regiodo tronco. a c

regio Cs-TI onde esto localizados os neurnios motores inferiores dos nervos torcicos laterais. REAOAO BALANCEAMENTO. Essa reao testada empurrando-se a pelveou puxando lateralmente a cauda enquanto o cavalo est parado ou caminhando (Figura 4-14). Fraqueza ou ataxia so mais aparentes durante essas manobras, se o examinador for capaz de desviar o cavalo de seu trajeto com bastante facilidade ou faz-Io tropear e mostrar abduo excessiva e acentuada e cruzamento dos membros. REAESPOSTURAIS DOS MEMBROS PLVICOSo Esses testes so os mesmos descritos para o membro torcico e so interpretados do mesmo modo.

.

FIGURA 4-12

Cruzando s membros o paratestara propriocepo.

duz curvatura lateral da coluna (escoliose) com o lado convexo voltado para o lado da leso. Leses nos tratos simpticos da medula espinhal ou nervos perifricosproduziro suores localizados cuja posio ser til em localizar a leso. Sensao Cutnea

Cauda e nusA sensao cutnea avaliada aplicando-se uma agulha, caneta esferogrfica ou pinas hemostticas por toda a regio do tronco (Figura 4-13). Adiminuio da sensao (hipoalgesia, analgesia) caudal a uma leso na medula espinhal uma indicao til do local da leso. Reflexos do Tronco e dos Membros Anteriores A RESPOSTA DO PANCULO. Essa resposta um reflexo caracterizado por contrao dos tecidos associada contrao dos musculocutneos rIo tronco, aps a estimulao nos aspectos laterais do corpo. O componente sensrio desse reflexo levado medula espinhal pelos ramos dorsais dos nervos espinhais ao nvel do estimulo, antes de seguir cranialmente para a Nesse segmento esto as partes sacrais e coccgeas d medula espinhal, seus nervos associados e estruturas supridas por esses nervos.

Tnus da CaudaAmaioria dos cavalos apresenta um tnus muscular que resiste elevao da cauda, embora a aplicao de uma fora moderada permita a elevao da cauda em todos os cavalos, exceto os mais nervososou excitados (Figura 4-15). A ausncia de tnus ou fraqueza dos msculos voluntrios geralmente indica uma leso no segmento sacrococcgeo da medula espinhal. No entanto, leses graves localizadas mais proximalmente podem tambm produzir fraqueza. Embora a torcedura da cauda seja, s vezes,associada doena neurolgica, freqentemente uma atividade normal para alguns cavalos.

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VICTORC. SPEIRS

t

FIGURA 4-14

t

FIGURA 4-15

Reao balanceamento, ao membrosposteriores. presso exercida A empurrando-seregioda ancaou puxando-se caudae observando-se a a a facilidade comqueo cavalo podeserempurradcJ puxadoe a maneiou ra pelaqualo equilibrio restabelecido.

Testando tnusda cauda. o

Reflexo PerinealEsse reflexo testado cutucando-se gentilmente a pele do perneo com um alfinete, ou caneta esferogrfica, e observando a resposta, consistindo em contrao do esfncter anal e abaixamento da cauda (Figura 4-16). importante avaliar-se tanto os componentes sensrios como os componentes motores do reflexo. A inervao sensria feita atravs dos ramos perineais do nervo pudendo (SI-S3)' A inervao motora do esfncter anal pelo ramo retal caudal do nervo pudendo e a flexo da cauda mediada pelos nervos espinhais associados com os segmentos SI-CIO'

urgente de fazer-se um diagnstico e realizar-se um tratamento ou a eutansia. Para tomar-se essas decises necessria a localizao anatmica exata da leso.

Reflexo de Flexo do Membro AnteriorEsse reflexo controlado ~los segmentos C6- 2 da Tmedula espinhal.

..

Estmulo. Com o membro estendido, a pele do membro distal estimulada atravs da compresso com um pina (Figura 4-17). Resposta. Recolhimento do membro, consistindo em flexo de todas as articulaes.

Cavalos

em Decbito

o decbito um srio problema em cavalos e, embora alguns exames sejam excludos pelo decbito, alguns reflexos espinhais que no podem ser avaliados com o cavalo em p, podem ser avaliados com o cavalo em decbito. Quando o cavalo est em decbito, a capacidade de localizar uma leso ainda mais importante que o usual, porque h uma necessidade

Apercepo consciente envolve fibras aferentes dos nervos mediano e ulnar e rotas sensoriais na medula espinhal cervical e tronco enceflico. Leses craniais em C6permitem liberao do controle pelo NMS,o que leva exacerbao do reflexo extensor.

Reflexos do Bceps e do Trceps Essesreflexos(segmentosCrTI da medula espinhal) so geralmentedifceisde seremevocados free

EXAME ClNICO DE EQINOS

95

qentemente necessria a exacerbao provocada por uma leso de NMS, antes que uma resposta positiva possaser obtida.

.

.

Estmulo. Como membro apoiado paralelamente ao cho e levementeflexionado, o tendo dos msculosbcepsou trceps golpeado levemente com um martelo neurolgico.O tendo do bceps localizadocranialmente sua origem na escpula (Figura4-18),e o tendo do trceps localiza-se proximal sua inserono olcrano(Figura4-19). Resposta. ma respostapositiva observadacomo U uma contraobem marcadado msculoassociado (i. e., leveextensodo cotovelo parao reflexo do trcepse leveextensodo ombro (articulao escapuloumeral) flexo do cotovelo para o reflexo e do bceps).

t

FIGURA 4-17

Testando sensaoutneae resposta a c doflexorno cavalo emdecbito.

Reflexo de Flexo do Membro PosteriorEsse reflexo tem um componente sensrio (nervo citico) e um componente motor (segmentos 1S-S3da medula espinha!).

.

Resposta.Recolhimentodo membro, consistindo em uma flexo da articulao.

.

Estmulo.Com o membro estendido,a pele da sua porodistal apertada com uma pinacomo foi descritopara o membro anterior.

o componente sensrio depende de onde ocorreu o estmulo, sendo femoral para a pele da regio medial da coxa, peroneal para a pele sobre a poro dorsal do tarso e metatarso e tibial para a pele do aspecto plantar do metatarso.

Reflexo PatelarEsse reflexo tem um componente sensrio (nervo femora!) e um componente motor (segmentos 14-1s da medula espinha!).

.

Estmulo. Com o membro paralelo ao cho e levementeflexionado, o ligamento patelar media I

t

FIGURA 4-16

t

FIGURA 4-18

Testando reflexoperineal. o

Reflexo bceps cavaloem decbito. do no

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VICTOR C. SPEIRS

.

FIGURA 4-19

Reflexo trcepsno cavaloem decbito. do

.

FIGURA 4-20

Reflexo patelarno cavalo decbito. em

.

golpeado levementecom um martelo neurolgico (Figura4-20). Resposta. grupo de msculoquadrcepsse O contrai e produz uma sbita extensodo joelho e membro.

Interpretao da Capacidade do Cavalo em Mover a Cabea, Pescoo e Membros quando em Decbito H vrias hipteses,geralmente'verdadeiras,que podemser feitascorrelacionando-se local da leso o com a capacidadedo cavaloem realizarcertosmovimentos:

tares da medula espinhal toracolombar no nvel da estimulao. A resposta passa cranialmente para CsT3onde os corpos celulares dos NMIs dos nervos torcicos so estimulados, produzindo contrao dos msculos. Portanto, a interrupo do fluxo cranial da estimulao sensria por uma leso induzir perda da resposta muscular, quando o estmulo for feito no ponto da leso ou caudal a ele.

MTODOS

DE EXAMES ESPECIAIS

.

Coleta e Exame do Lquido CefalorraquidianoAcoletado lquido cefalorraquidiano (liquor) um procedimento relativamente simples e pode fornecer informaes muito teis.4,5Uma amostra pode ser colhida em qualquer um de dois locais: atlantoccipital e lombossacral, a escolha sendo ditada pelo tipo e localizao da leso suspeitada. Geralmente, a obteno do liquor no local atlantoccipital indicada para leses intracranianas, e o liquor do locallombossacral, para leses mais distais. A vantagem da coleta lombossacral que ela pode ser feita com o cavalo em estao, apresenta poucos riscos e geralmente til para diagnosticar tanto leses enceflicas como distais.

.. . . .

5e o cavalo pode

erguer apenas a cabea, a leso

na parte cranialda regio cervical. 5e o cavalopode erguer a cabeae o pescoo,a leso, geralmente,na parte caudalda regio cervical.

Seo cavalo nopodeerguer-setumaposio asentado(posiode "co sentado"),a leso na medula espinhalcervical. Seo membro torcico funcionante,a leso caudala T2.

Seo dficitneurolgico notroncoou membros

plvicos,a leso localizadaentre T2e 52, Suor localizadoindicauma lesonos tratos simpticos descendentes.

ProcedimentoResposta a Picadas na Pele (Reflexo do Paniculo) Aestimulao da pele, picando-se com um alfinete ou beliscando-se com uma pina, induz a contrao dos msculos cutneos do tronco, cujos ramos sensrios localizam-se no ramo dorsal dos nervos segmenA coleta do lquido do espao atlantoccipital ge-, ralmente feita com o cavalo em decbito lateral sob anestesia geral. Se um cavalo j est em decbito devido enfermidade,podeno ser necessriaa anestesia geral, mas so necessrias analgesia e excelente conteno. A cleta do espao lombossacral geral-

EXAME CLNICO DE EQlNO5

97

iais para Coleta de o Cefalorraquidiano

ou atlas. Esseserros podem ser minimizados, atentando-se para os balizamentos anatmicos e posicionamento da cabea e pescoo. Caso se suspeite que a agulha foi mal direcionada, ela deve ser retirada e, ento, redirecionada. importante no se tentar corrigir o mau direcionamento, manipulando-se a posio do cavalo enquanto a agulha est inserida. COLETALOMBOSSACRAL. Acoleta lombossacral feita com o cavalo contido em troncos. A sedao recomendada apenas quando absolutamente necessria, porque tal medicao freqentemente causa uma estao assimtrica, com a maior parte do peso do cavalo apoiada em um membro, o que toma a coleta difcil. Embora a coleta seja possvel em cavalos em decbito, tal dificuldade associada ausncia de simetria toma o procedimento ainda mais difcil. Se a coleta for feita com o cavalo em decbito, o membro plvico superior deveser elevado para assegurar-se que a regio fique simtrica. Ambos os membros plvicos podem ser avanados para aumentar o espao lombossacral e para estender o ligamento interarciforme e as meninges, incrementando as condies para a percepo da penetrao. O local para insero da agulha na linha mdia mostrado na Figura 4-22. H diferentes modos de localizar a posio correta: 1. Intersecoda linha mdiacom uma linha imaginria ligandoas bordascaudaisdas tuberosidades coxais. 2. PalpaoretaI da eminncialombossacral entral v que fica aproximadamenteembaixo do local correto. Essemtodo til em animaisobesosnos quaisos balizamentosno so to facilmente localizados. 3. Palpao dos processos espinhososdorsolombares e sacraisna linha mdia. Na regio lombossacral, uma depresso geralmentepalpvel.No entanto, deve-se em mente que L6e 51so, respectivater mente, maiscurtas que Lse 52,e que S1geralmente no palpvel.Portanto, medidaque apalpao progride no sentido caudal,a primeiradepresso geralmentesobre L6'e a localizao corretaser caudal a esseponto.

mente feita com o cavalo em p, com sedao e conteno apropriadas. COLETAATLANTOCCIPITAL. Com o cavalo sob anestesia geral e em decbito lateral, uma rea de 6 x 6" (15 x 15cm), centrada sobre o espao atlantoccipital, tricotomizada e preparada para puno estril. A cabea posicionada de maneira que fique em ngufo reto com o pescoo, e o focinho elevado para tornar a cabea paralela ao cho. Os balizamentos e a anatomia pertinentes so mostrados na Figura 4-21. A agulha, com o mandril, inserida verticalmente na linha mdia, no encontro com uma linha que une os pontos craniais das asas do atlas. A penetrao da membrana atlantoccipital dorsal e dura-mter ocorre geralmente a uma profundidade de 5 a 7cm (2 a 3") e indicada por uma sensao de "pipocar" e perda de resistncia. Deve-se ter cuidado, apoiando a mo ao avanar a agulha, para evitar uma sbita penetrao excessiva.Quando se percebem os sinais descritos anteriormente ou quando a profundidade for julgada suficiente, o mandril deve ser removido. Uma insero bem-sucedida indicada pelo aparecimento de lquido cefalorraquidiano (liquor) na cabea da agulha. Se no aparecer lquido, a agulha deve ser rotada em 90, o que freqentemente provoca o aparecimento do liquor. Caso no se obtenha liquor, o mandril recolocado, e a agulha inserida ou redirecionada como indicado. A presso do liquor pode ser medida acopiando-se um manmetro agulha antes que qualquer quantidade de lquido seja removida. Os problemas mais comuns so inserir a agulha fora da linha mdia, errando assim o espa~, e direcionar a agulha demasiado cranialmente ou caudalmente, acertando, assim respectivamente, o occipital

A localizaodo ponto corretopara a insero relativamente fcil se for lembrado que h uma considervel variao entre cavalos e tambm que se devem usar todos os balizamentos anatmicos disponveis como guias. O cavalo posicionado de tal maneira que seus membros plvicos fiquem simetricamente colocados e suportem pesos iguais. O local selecionado tricotomizado, preparado para puno estril e injetado com soluo anestsica local. Uma inciso feita com uma

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t

FIGURA4-21

Coletado liquordo espao atlantoccipital. agulhaestcolocadano local,e o mandrilfoi removido. s balizamentos natmicos A O a usados soos bordoscraniais atlase a eminncia do mdiada cristanucal.(Fonte:deLahunta Veter/nary A: Neuroanatomy and O/n/calNeurology,2nd. ed., Philadelphia, Saunders, 1983,p 44. Reproduzidaompermisso.) c

lmina de bisturi, e a agulha espinhal, com o mandril, inserida verticalmente. Uma agulha de 15cm de comprimento suficiente para quase todos os cavalos, exceto os maiores. Normalmente o cavalo no se ressente com a introduo da agulha e ocorre pouca resistncia. Como na coleta no espao atlantoccipital, h geralmente a sensao de sbita reduo na resistncia quando o ligamento interarciforme penetrado a uma profundidade de cerca de 11 a 12crn.Embora uns poucos cavalos reajam violentamente, na maioria.das vezes a penetrao acompanhada somente por um leve movimento da cauda, tremores musculares localizados ou discreta flexo dos membros plvi-

cosoA dura-mter e aracnide so penetradas geralmente de forma simultnea com o ligamento interarciforme, embora algumas vezes a agulha deva ser avanada um pouco mais. Mais uma vez, importante apoiar (descansar) a mo que controla a agulha sobre o cavalo, de modo a evitar uma penetrao excessiva sbita, caso o cavalo se mova repentinamente. Se o liquor no obtido, a agulha pode ser avanada para o assoalho do canal vertebral (passando atravs da dura-mtt'J e espao subaracnideo dorsais, conus medullaris [cofle medular] e espao subaracnideo e dura-mter ventrais). Ento, medida que se gira a agulha, ela vai sendo retirada vagarosamen-

EXAME ClNICO DE EQINOS

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te, um milmetro de cada vez. A ocluso manual de ambas as veias jugulares (manobra de Queckenstedt), aumenta a presso intra-espinhal e melhora as chancesde obter um volume adequado de liquor. Uma suco suave deve ser usada para obter-se liquor, mas issodeveser feito muito cuidadosamente a fim de evitar hemorragia. Se a agulha tocar o osso antes que o liquor seja obtido, o clnico deve decidir se se trata do assoalhodo canal medular, ou se agulha, mal direcionada, errou o espao lombossacral e colidiu no sacro ou no dorso de 16. PREPARAO AMOSTRA. O liquor deve ser DA examinado o mais cedo possvel aps a coleta. Caso issono possa ser feito, ele deve ser diludo em igual volume de lcool para preservar as clulas. A amostra

coletada em recipientes adequados e submetida para exame citolgico e, caso indicado, para avaliao bacteriolgica (Apndice C). Resultados O liquor formado pela secreo e filtrao, principalmente, pelos plexos corides ventriculares, flui pelas aberturas laterais do quarto ventrculo e, ento, por sobre os hemisfrios cerebrais ou caudalmente ao redor da medula espinhal, saindo atravs das reflexes da dura-mter dos nervos espinhais. Da a tendncia para as leses craniais serem melhor diagnosticadas numa coleta atlantoccipital, e leses caudais, numa coleta lombossacral. Existem barreiras anatmicas e funcionais entre o sangue e o liquor, sangue e crebro

r--

A t

FIGURA 4-22

Coletado liquordo espaolombossacra!. A agulhaestcolocadano local,e o mandrilfoi removido.Osbalizamentosnatmicos A. a usados soos bordoscaudais cadatuberosidade de coxal,o bordocaudal a colunavertebral m L,;,o bordocranial a colunanasegunda d e d vrtebra sacral o bordo e cranialde cadatuberosidade sacra!. Fonte:delahuntaA: Veterinary ( Neuroanatomy Clinical eurology.2nd. ed., Philadelphia, and N Saunders, 1983,p 42. Reproduzidaompermisso.) c

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B

.

FIGURA 4-22 Continuao

B.Seo transversaemonstrando agulhapassando d a portodosostecidos,incluindo conusmeduo lIaris(conemedular),at atingir o espaosubaracnideentral.(Fonte:delahunta A: Veterinary v Neuroanatomy nd Clinical eurology, nd. ed., Philadelphia, a N 2 Saunders, 983,p 43. Reproduzida 1 com permisso.)

e liquor e crebro. Valoresnormais so apresentados para adultos nas Tabelas 4-1 e 4-2, e para potros, na Tabela 4-3. Algumas categorias de doenas e achados esperados so os seguintes:

.

Leso txica. (p. ex., leucoencefalomalcia por ingesto de milho mofado). Aumento de protena, clulas mononucleares.

. .

Doenas infecciosas. Aumento

de neutrfilos com

.

infeces bacterianas, pequenas clulas mononucleares com infeces virais, eosinfilos com infeces por protozorios e helmintos.Necrose e infeces Trauma. Xantocromia crnicas. Aumento e aumento de macrfa-

COMPLICAES. Pode ocorrer contaminao com sangue, o que d ao liquor uma colorao avermelhada. Ascaractersticas a seguir podem ser usadas para auxiliar a determinar se o sangue est presente como um contaminante ou se associado a sangramento patolgico para o liquor:

gos ou clulas mononucleares grandes.de protena,

.

Em contaminaes

pequenas,

o sangue

no

eritrcitos,neutrfilossem alteraestxicase macrfagos.

homogeneamente misturado, redemoinha na amostra e, geralmente, decresce medida que mais liquor retirado.

EXAME CLNICO DE EQINOS

101

. TABELA 4-1LQUIDOEFALORRAQUIDIANO C DEEQINOS (LlQUOR): VALORESE D (N REFERNCIA CAVALOS 24) EPNEIS = 21) NORMAIS. PARA (N LlQUOROLHIDO C NOSESPAOS ATLANTOCClPITAL (AO)E LOMBOSSACRAL (LS)~

poucos mililitros indicativa dessa possibilidade. Se a presso no cair excessivamente, um volume de 30 a 40mi' pode ser colhido. Radiologia do Sistemaradiolgico

fu

1JII.mR.A--Mdia 308,80 14,93 223,58 1,41 195,16 37,23 60,48 -0,46 48,00 55,13 51,65 58,38 144,58 2,95 109,22 4,18 0,83 1,08 30,74 1,51 0,83 11,82 4,76 Desvio Padro 75,15 4,07 74,46 1,74 511,96 28,41 20,45 13,07 9,92 8,22 8,77 9,48 1,86 0,05 6,90 0,87 0,20 3,13 6,31 1,75 0,95 3,26 5,72

Nervoso

Varivel Presso abertura(mmH,O) de Retirada liquor(mR) de Presso defechamento (mmH,O) Leuccitos (nohR) Eritrcitos (no.jR) Protena (mgjdR) Cavalos Pneis Diferenas LS-AO Glicose (mgjdR) AO LS (%liquorjsoro) AO LS Sdio (mEqjR) Potssio (mEqjR) Cloro (mEqfR) Clcio (mgjdR) Fsforo (mgjdR) Creatina fosfoquinaseUI) ( Transaminase aspartato de (unidades F) S Desidrogenase lctica(LlI) Fosfatase alcalina (UI) Nitrognio (mgjdR) Colesterol (mgjdR)

o exame

do sistema nervoso pode ser

Observao: Eletrlitos medidos apenas para cavalos. Exceto onde for indicado, todos os valores so dados combinados de cavalos e pne!.s e locais AO e 13 de coleta. (Fonte: Mayhew IG, Whitlock RH, Tasker JB: Equine cerebrosPinal fluid- Reference values of normal horses. AmJ Vet Res 1977;3: 1271. Reproduzida com permisso.)

.

. Uma altamente contaminada pode coaguamostralar; amostras com hemorragia preexistentes no.A centrifugao de uma amostra contaminada

produzir um sobrenadante claro, enquanto que, em casos de hemorragia, o sobrenadante ser xantocrmico.

extremamente til para localizar e caracterizar leses relacionadas a traumatismo (fratura de vrtebras, deslocamento de vrtebras), infeco (abscessosvertebrais e osteomielite) e malformaes (congnitas, sndrome de compresso da medula espinhal cervicalou "sndrome de bambeira" [wobbler]). Ocasionalmente tambm necessrio avaliar-se a cabea para deteco de traumatismo (fratura de crnio), infeco (infeco dos ouvidos mdio e interno com envolvimento das cavidades timpnicas) e malformao (hidrocefalia congnita e malformao atlantoccipital). Os procedimentos e achados so descritos em detalhe em outra publicao.6 Radiografias de qualidade aceitvel da cabea e das pores proximais da coluna cervical podem ser obtidas com filmes de alta velocidade e uma unidade mvel de raio X. No entanto, caso sejam necessrias radiografias de alta qualidade ou radiografias da poro cervical caudal da coluna, ou mais caudal a essa poro, e, se o paciente for muito grande, sero necessrios anestesia, um aparelho de alta potncia e considervel experincia. A identificao de leses que ocupam espao facilitada pela mielografia. Em qualquer caso, radiografias simples (no-contrastadas) devem ser tomadas antes, a fim de definir a integridade ssea e a necessidade de tcnicas de contraste. A existncia de leses demonstrveis apenas quando o pescoo assume uma posio de estresse (leses dinmicas), como "sndrome de bambeira" (wobbler) , devem ser entendidas, e as tcnicas apropriadas devem ser conhecidas. Radiografia Simples

Herniao subtentorial pode seguir-se remoo do lquido quando h obstruo cranial ao local de coleta. A presena de presso anormalmente alta que cai subitamente (25-50%) aps a remoo de alguns

Aradiografia simples executada como um procedimento diagnstico nico ou preliminarmente ra-

t

TABELA 4-2

VALORESELETROFORTICOS LlQUOR DO

-- 'l:L~--Globulina (rngj100rnR) (rngj100rnR)

Protena Total (rngj100rnR) 40,1 I3,1Dados originados

Alburnina

Alta,5,2 IO,9

Alta26,7 I 0,4ofequine

Beta5,8 IO,6

Teta 5.7 IO,8AmJ Vet Res 1974; 35:1263.

15,3 I1,2de Kirk GR, NeateS,

McClure RC, et aI.: Electrophoreticpattern

cerebrosPinalfluid.