Sistema Nervoso e Passe

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Centro Espírita Sol da Esperança A terapia pelos passes Material para estudo do grupo de médiuns nas atividades de atendimento fraterno e aplicação do passe espírita.

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Centro Espírita Sol da Esperança

A terapia pelos passes

Material para estudo do grupo de médiuns nas atividades de atendimento fraterno e aplicação do passe espírita.

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Sistema nervoso

O sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos músculos, a movimentação dos órgãos, constrói e finaliza estímulos dos sentidos e ainda inicia ações de um ser humano (ou outro animal) é vulgarmente tratado de sistema nervoso. Os neurônios e os nervos são integrantes do sistema nervoso, e desempenham papéis importantes na coordenação motora. Todas as partes do sistema sensorial de um animal [e também do homem] são feitas de tecido nervoso e seus estímulos são dependentes do meio.

Vertebrados

O sistema nervoso dos animais vertebrados é frequentemente dividido em Sistema nervoso central (SNC) e Sistema nervoso periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula espinhal. O SNP consiste de todos os outros neurônios que não estão no SNC. A maioria do que comumente se denomina nervos (que são realmente os apêndices dos axônios de células nervosas) são considerados como constituintes do SNP. O sistema nervoso periférico é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.

O sistema nervoso somático é o responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e também por receber estímulos externos. Este é o sistema que regula as atividades que estão sob controle consciente.

O sistema nervoso autónomo é dividido em sistema nervoso simpático, sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico. O sistema nervoso simpático responde ao perigo iminente ou stress, e é responsável pelo incremento do batimento cardíaco e da pressão arterial, entre outras mudanças fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se sente devido ao incremento de adrenalina no sistema. O sistema nervoso parassimpático, por outro lado, torna-se evidente quando a pessoa está descansando e sente-se relaxada, e é responsável por coisas tais como a constrição pupilar, a redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e genitourinário. O papel do sistema nervoso entérico é gerenciar todos os aspectos da digestão, do esôfago ao estômago, intestino delgado e cólon.

O sistema nervoso central humano e suas partes: (1) cérebro – (2) sistema nervoso central – (3) espinha dorsal

Organização do sistema nervoso dos vertebrados

Periférico

Somático

Autônomo

Simpático

Parassimpático

Entérico

Central / Principal

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Sistema nervoso central (SNC)

O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do encéfalo e da medula estão envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo- as meninges. O encéfalo, principal centro de controle, é constituído por cérebro, cerebelo, tálamo, hipotálamo e bulbo.

O sistema nervoso central tem origem embrionária na placa neural, que por sua vez é uma parte especializada da ectoderme. Durante o desenvolvimento embrionário (embriologia do sistema nervoso), a placa neural se dobra e forma o tubo neural. Cada região desse tubo dá origem a diferentes partes do sistema nervoso central. Os primeiros dois terços do tubo, até o quarto par de somitos, formarão posteriormente o encéfalo, enquanto o ultimo terço irá formar a medula espinal. A cavidade interna desse tubo dá origem ao sistema ventricular encefálico e ao canal central da medula espinhal.

Deste modo, o tubo neural diferencia-se numa parte mais caudal ou inferior, que dará origem à medula espinhal, e numa parte mais cranial ou superior. Esta parte mais superior sofre contorções e alargamentos, formando uma vesícula primitiva. É a partir desta vesícula primitiva que se diferenciam as três vesículas cerebrais:

Prosencéfalo - anteriormente; dá origem ao Telencéfalo (que, por sua vez, está na origem dos hemisférios cerebrais) e ao Diencéfalo (que dá origem ao tálamo e ao hipotálamo).

Mesencéfalo - medianamente; origina os pedúnculos cerebrais e a lâmina quadrigémea.

Rombencéfalo - posteriormente; origina o Metencéfalo (que, por sua vez, origina a Protuberância e o Cerebelo) e o Mielencéfalo (que origina o Bolbo Raquidiano).

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A medula constitui-se, assim, como a parte inferior do S.N.C., localizada fora da cavidade craniana. É no SNC que chegam as Informações relacionadas aos sentidos (audição, visão,olfato, paladar e tato) e é dele que partem ordens destinadas aos músculos e glândulas.

É visível que o sistema nervoso central é constituído pelo Encéfalo e pela medula espinhal.

O encéfalo está dentro do crânio. Esse órgão é composto pelo cérebro, bulbo e cerebelo.

A medula espinhal é o prolongamento do bulbo que passa por dentro da coluna vertebral. É a partir da medula espinhal que ramificam-se os nervos.

Sistema nervoso periférico

Representação do sistema nervoso periférico por Andreas Vesalius (1543)

O sistema nervoso periférico, chamado simplesmente de SNP, é a parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central (SNC). É constituído por nervos e gânglios nervosos. Os nervos se dividem em três tipos:

Nervos Sensitivos: são os nervos que tem o papel de transmitir os impulsos nervosos do órgão receptor até ao SNC;

Nervos Motores: conduzem o impulso codificado no encéfalo (SNC), até ao órgão efetor;

Nervos Mistos: tem o mesmo papel que os nervos sensitivos e motores ao mesmo tempo.

Os órgãos receptores são os órgãos dos sentidos (visão, audição, olfato, paladar e corpúsculos táteis). Já os órgãos efetores são basicamente as glândulas e os músculos.

Diferentemente do sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico não se encontra protegido pela barreira hematoencefálica.

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É graças a este sistema que o cérebro e a medula espinhal recebem e enviam as informações permitindo-nos reagir às diferentes situações que têm origem no meio externo ou interno.

O sistema nervoso periférico pode ser dividido em duas classes diferentes dependendo da origem ou terminação dos terminais nervosos que o constituem. Se os nervos começarem, ou acabarem, no encéfalo, temos aí os 'pares nervosos cranianos', mas se estes começarem na medula espinhal estamos perante 'pares nervosos raquidianos'.

Cérebro humano

O cérebro humano é particularmente complexo e extenso. Este é imóvel e representa apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 25% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Divide-se em dois hemisférios: esquerdo e o direito. O seu aspecto se assemelha ao miolo de uma noz. É um conjunto distribuído de milhares de milhões de células que se estende por uma área de mais de 1 metro quadrado dentro do qual conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo às chamadas áreas funcionais, que podem cada uma abranger até um décimo dessa área.

Hemisférios cerebrais

O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério esquerdo, é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, é responsável pelo pensamento simbólico e criatividade, embora pesquisas recentes estejam contradizendo isso, comprovando que existem partes do hemisfério esquerdo destinados a criatividade e vice-versa. Nos canhotos as funções estão invertidas. O hemisfério esquerdo diz-se dominante, pois nele localiza-se 2 áreas especializadas: a Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke (W), o córtex responsável pela compreensão verbal.

O corpo caloso, localiza-se no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura sagital, é a estrutura responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Essa estrutura, composta por fibras nervosas de cor branca (freixes de axónios envolvidos em mielina), é responsável pela troca de informações entre as diversas áreas do córtex cerebral.

O córtex motor é responsável pelo controle e coordenação da motricidade voluntária. Traumas nesta área causam fraqueza muscular ou até mesmo paralisia. O córtex motor do hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, e o córtex motor do hemisférios direito controla o lado esquerdo do corpo. Cada córtex motor contém um mapa da superfície do corpo: perto da orelha, está a zona que controla os músculos da garganta e da língua, segue-se depois a zona dos dedos, mão e braço; a zona do tronco fica ao alto e as pernas e pés vêm depois, na linha média do hemisfério.

O córtex pré-motor é responsável pela aprendizagem motora e pelos movimentos de precisão. É na parte em frente da área do córtex motor correspondente à boca que reside a Área de Broca, que tem a ver com a linguagem. A área pré-motora fica mais ativa do que o resto do cérebro quando se imagina um movimento, sem o executar. Se se executa, a área motora fica também ativa. A área pré-motora parece ser a área que em grande medida controla o sequenciamento de ações em ambos os lados do corpo. Traumas nesta área não causam nem paralisia nem problemas na intenção para agir ou

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planear, mas a velocidade e suavidade dos movimentos automáticos (ex. fala e gestos)fica perturbada. A prática de piano, ténis ou golfe envolve o «afinar» da zona pré-motora - sobretudo a esquerda, especializada largamente em atividades sequenciais tipo série.

Cabe ao córtex do cerebelo, fazer a coordenação geral da motricidade, manutenção do equilíbrio e postura corporal. O cerebelo representa cerca de 10% do peso total do encéfalo e contém mais neurônios do que os dois hemisférios juntos.

O eixo formado pela adeno-hipófise e o hipotálamo, são responsáveis pela auto regulação do funcionamento interno do organismo. As funções homeostáticas do organismo (função cárdio-respiratória, circulatória, regulação do nível hídrico, nutrientes, da temperatura interna, etc) são controladas automaticamente.

Córtex cerebral e lobos cerebrais

No cérebro há uma distinção visível entre a chamada massa cinzenta e a massa branca, constituída pelas fibras (axónios) que entreligam os neurónios. A substância cinzenta do cerebro, o córtex cerebral, é constituído corpos celulares de dois tipos de células: as células de Glia - também chamadas de neurôglias - e os neurônios. O córtex cerebral humano é um tecido fino (como uma membrana) que tem uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares de neurônios. Perpendicularmente às camadas, existem grandes neurônios chamados neurônios piramidais que ligam as várias camadas entre si e representam cerca de 85% dos neurônios no córtex. Os neurônios piramidais estão entreligados uns aos outros através de ligações excitatórias e pensa-se que a sua rede é o «esqueleto» da organização cortical. Podem receber entradas de milhares de outros neurônios e podem transmitir sinais a distâncias da ordem dos centímetros e atravessando várias camadas do córtex. Os estudos realizados indicam que cada célula piramidal está ligada a quase tantas outras células piramidais quantas as suas sinapses (cerca de 4 mil); o que implica que nenhum neurônio está a mais de um número pequeno de sinapses de distância de qualquer outro neurônio no córtex.

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Embora até há poucos anos se pensasse que a função das células de Glia é essencialmente a de nutrir, isolar e proteger os neurônios, estudos mais recentes sugerem que os astrócitos podem ser tão críticos para certas funções corticais quanto os neurônios.

As diferentes partes do córtex cerebral são divididas em quatro áreas chamadas de lobos cerebrais, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e os lobos temporais, nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas.

Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes daquilo que os nossos órgãos sensoriais detectam no meio exterior e da informação que fornecem sobre a posição e relação com objetos exteriores das diferentes partes do nosso corpo.

Lobo Frontal

O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.

Lobos occipitais

Os lobos occipitais estão localizados na parte inferior do cérebro. Coberta pelo córtex cerebral, esta área é também designada por córtex visual, porque processa os estímulos visuais. É constituida por varias subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior depois de terem passado pelo tálamo: há zonas especializadas em processar a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância, etc. Depois de percebidas por esta área - área visual primária- estes dados passam para a área visual secundária. É aqui que a informação recebida é comparada com os dados anteriores que permite, por exemplo, identificar um cão, um automóvel, uma caneta. A área visual comunica com outras areas do cérebro que dão significado ao que vemos tendo em conta a nossa experiencia passada, as nossas expetativas. Por isso é que o mesmo objeto nao é percepcionado da mesma forma por diferentes sujeitos. Para além disso, muitas vezes o cérebro é orientado para discriminar estímulos. Uma lesão nesta área provoca agnosia, que consiste na impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e, em alguns casos, os rostos de pessoas conhecidas ou de familiares

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Lobos temporais

Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas tendo como principal função processar os estímulos auditivos. Os sons produzem-se quando a área auditiva primária é estimulada. Tal como nos lobos occipitais, é uma área de associação - área auditiva secundária- que recebe os dados e que, em interação com outras zonas do cérebro, lhes atribui um significado permitindo ao Homem reconhecer o que ouve.

Lobos Parietais

Os lobos parietais, localizados na parte superior do cérebro, são constituidos por duas subdivisões - a anterior e a posterior. A zona anterior designa-se por córtex somatossensorial e tem por função possibilitar a recepção de sensações, como o tato, a dor, a temperatura do corpo. Nesta área primária, que é responsavel por receber os estimulos que têm origem no ambiente, estao representadas todas as áreas do corpo. São as zonas mais sensiveis que ocupam mais espaço nesta área, porque têm mais dados para interpretar. Os lábios, a língua e a garganta recebem um grande número de estímulos, precisando, por isso, de uma maior área. A área posterior dos lobos parietais é uma área secundária que analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela área anterior ou primária, permitindo-nos a localização do nosso corpo no espaço, o reconhecimento dos objetos através do tato, etc.

Área de Wernicke

É na zona onde convergem os lobos occipital, temporal e parietal que se localiza a área de Wernicke, que desempenha um papel muito importante na produção de discurso. É esta área que nos permite compreender o que os outros dizem e que nos faculta a possibilidade de organizarmos as palavras sintaticamente corretas

A terapia pelos Passes

Fundamentos do Passe Espírita.

Numa Casa Espírita, a terapia pelos passes visa:

a) Assepsia psíquicab) Equilíbrio Mentalc) Desimantação Obsessivad) Energização e revitalização do pacientee) Apoio a tratamentos médicos/psicológicosf) Auxílio à mediunidade

Centros Vitais

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Coronario Coronário

Cerebral

(Frontal)

Laríngeo

Cardíaco

Esplênico

EpiGástrio

Genésico

TIPOS DE PASSE

IMPOSIÇÃO

Trata-se de técnica concentradora de fluidos, dependendo da distancia da aplicação efetuada, funcionará como concentradora e bastante ativante se aplicado de perto do paciente - e calmante se aplicado de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos pesados, facilitando a circulação sangüínea.

A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque no paciente. A (s) mãos devem ficar abertas, com os dedos levemente afastados um dos outros,

dificultando assim, as contrações musculares nas mãos.

Os passistas digitais, que acima explicamos vão tender a deixar os dedos levemente baixos em direção ao ponto de será fluidificado, e os passistas palmares concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos sem qualquer arqueadura.

Observações importantes:

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As imposições, quando se tratando de inflamações, infecções e cânceres, requerem a aplicação de passes dispersivos ou de distribuição na localidade onde foi efetuada a fluidificação:

Mas qual a função neste particular dos passes de distribuição ou dispersivos?

1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos pelo a área afetada pela infecção ou inflamação e

2 evitar que algumas emanações fluídicas desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do passista, sobretudo lembrando que a concentração por imposição gera um elevado campo magnético, com isso uma grande corrente de energia circulando entra as mãos do passista e a região onde se esta fluidificando.

A imposição carrega de fluidos e por ser caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo praticada onde se demora muito sobre o coronário podem provocar tonturas dores de cabeça no paciente, ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar sérios embaraços magnéticos, neste caso também recomendamos, os dispersivos intercalados com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando evitar essas sensações, pois como veremos abaixo os dispersivos ou como é costumeiramente chamado os passes de limpeza ou distribuição, auxiliam realmente na maior assimilação e distribuição energética por todo o corpo, como também na retirada dos excessos.

PASSES LONGITUDINAIS

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passista e veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.

Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades ( pés e mãos), os descarregam.

Conforme o nome sugere a direção de sua movimentação: ao longo de - é também chamado passe de extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só ponto.

Esta técnica é muito rica entre todas as outras técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com que são aplicados, os longitudinais atendem todos os padrões e técnicas estabelecidas pela combinação desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e próximo terá características concentradoras de ativantes e se lento e distante, funcionará como concentrador de calmante. Os movimentos do passe, através da força mental, é que irão conduzir, ou melhor dizendo, direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas concentradoras acumularam.

Os longitudinais, quando usados como dispersivos ou passes de distribuição geral, são excelentes para promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo

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vibratório do paciente para absorção do mesmo, restabelece a harmonia das vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores, todavia na resolução de problemas de transe mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz necessária muita movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para atender a praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas mais objetivas.

O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é composto de três movimentos:

O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é estabelecido o contato entre as correntes magnéticas, do passista e do receptor.

Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e com a necessária flexibilidade para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve ser rigorosamente observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir, uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de tudo que este movimento, digo, de baixo para cima, causaria uma força contrária a rotação natural dos chacras dificultando a assimilação e levando os chacras a não absorverem e manterem os fluidos nas suas periferias. Todavia acontecendo tais movimentos errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou comumente chamado os passes de distribuição, movimentando os fluidos presos nas periferias dos chacras devido os movimentos terem sido de baixo para cima.

Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o ponto terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da mesma, para baixo ou para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação: Na frente do paciente existe uma linha contendo gotas de orvalho que descerão sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de doação.

Poderemos verificar que existe uma mescla acima do Passe Longitudinal com as Imposições.

Normalmente este modalidade, onde encontramos a imposição com os longitudinais, servem para os pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio das funções nervosas, quando necessita de reforço fluídico para uma maior harmonização entre todos os centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como poderemos ver: com uma das mãos fazemos uma imposição sob o centro vital que

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iremos fluidificar, com a outra iremos fazer um longitudinal, a partir do centro vital onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim, dispersivos gerais. Ressaltamos, ainda que ao final dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois, enquanto uma mão faz o longitudinal a outra é fixada sob o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo localizado no chacra desarmonizado aconselhamos um dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.

PASSE COLETIVO

Caracteriza-se esta modalidade, quando o número de passistas é insuficiente para atender a todos os freqüentadores individualmente, pode-se lançar mão deste recurso como medida de emergência. Realiza-se esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção evangélica, pedindo a todos os passistas presentes que doem fluidos aos trabalhadores do plano espiritual e mentalizem as aplicações dos passes necessários a cada paciente.

Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente, imaginando os passistas aplicando os passes através das projeções mentais sob os pacientes no recinto.

PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES

Nesta modalidade, comumente verificamos uma equipe de médiuns que visitam hospitais e que na busca do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a distância para aqueles enfermos visitados nos hospitais.

O médium sintonizado com o necessitado, a distância canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos. Os doentes são beneficiados não somente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados como pelas energias extraídas dos presentes pelos cooperadores espirituais.

O passe a distância entretanto é praticado da seguinte maneira :

Concentração e prece

Idealizar a figura material do doente – se for conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar sua figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.

Fazer sobre essa figura, imaginada ou ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com uma prece.

TRANSVERSAL

Técnica essencialmente dispersiva, por este fato muito eficiente quando aplicada com conhecimento.

Funciona basicamente, com os braços paralelamente esticados sem enrigecimento dos mesmos e as mãos voltadas em direção ao ponto que se deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e vigor. Tendo bastante cautela quanto a distância tomada entre as mãos e o corpo do paciente, para não batermos no mesmo.

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Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama de um companheiro e jogássemos para longe, de forma que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à altura da cabeça, peito e ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de dispersão das energias maléficas impregnadas no campo vibratório do paciente. Depois de abertos os braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde se deseje fazer nova dispersão.

Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se estamos fluidificando.

Podemos ainda, verificar uma ramificação da técnica ora estudada é o :

Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo procedimento, só que em vez dos braços ficarem estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos dispersivos que produzem como que um choque que desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o doente, movimentando as agregações fluídicas obsessor-doente.

Interessante salientar, que pelo vigor com que é praticada, essa técnica deveria cansar muito o passista, mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o efeito positivo dos dispersivos no paciente traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.

No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência e até as vezes do próprio corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra frontal, com bastante vigor e atenção por parte do passista. Geralmente o efeito desta prática é muito rápida. Os braços como acima vimos devem se estender completamente no sentido lateral.

PERPENDICULAR

Também prática geralmente usada para dispersar, onde o seu poder é mais consistente, pode também ser útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu funcionamento solicita que o paciente esteja formando um ângulo reto com o passista, no campo das concentrações fluídicas deve ser aplicado com velocidade muito lenta.

O passista passará as mãos simultaneamente , uma pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente, sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no sentido de dispersar.

O passista faz um giro em torno do paciente para formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona uma mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela parte de trás, descendo as duas juntamente de cada lado do corpo, até os pés

Observações:

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1 Quando formos usar o perpendicular como concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8 segundos, da cabeça aos pés.

2 Verificamos patentemente a existência de sub-chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois, conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma forma patente de se verificar esta técnica é o fato de nas reuniões mediúnicas os passistas atenderem os companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com resultados sempre satisfatórios, indicando acima de tudo o interligamento dos chakras.

Verificamos algo mais, que sempre as imposições feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são, quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral. (região localizada entre a nuca e as omoplatas). O umeral também esta em relação com a medula espinhal, exerce influência sobre as tensões musculares, atua também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai, que dispersivos localizados nas costas através dos perpendiculares, são extremamente eficientes.

CIRCULAR OU ROTATÓRIO

Como podemos deduzir, é a técnica definida que usa de movimentos circulares.

Esta técnica é definida como concentradora, mesmo quando feitos em giros mais rápidos.

Mas. Por quê? Ë bastante simples.

Como os centros de força, conforme tivemos a oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as mãos, quando operando esta técnica de circulares ou rotatórios, giram nesse mesmo sentido, contribuem para um tempo maior de captação, de forma que o incremento de velocidade das mãos nos circulares tornarão esses passes mais concentradores.

É verdade, conforme nos dizem os grandes estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do Passista), “que existe um limite para o aumento deste poder concentrante, todavia não sabemos definir ainda com precisão até que ponto o incremento de velocidade repercute no aumento do efeito concentrador”. O que na verdade verificamos, é que a ponderação deverá seguramente ser a diretriz para qualquer passista, principalmente sabendo que poderá causar danos magnéticos ao paciente, no caso da demora.

Veremos dois grupos de aplicação nesta modalidade:

1 Circulares normais - são executados com as mãos, com os braços sem movimentos.

Como esses passe são além de concentradores, muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam levemente arqueados em direção a esse ponto, com a palma girando, sempre em sentido horário.

Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e

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reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o processo até que a fluidificação esteja concluída.

2 As aflorações - esta solicita o movimento do braço e do antebraço. Normalmente, as mãos ficam espalmadas, sem contrações, ou com o dedos levemente arqueados.

Como esta técnica é mais utilizada para grande regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido horário e a pequena distância. Normalmente o giro é feito de forma contínua, mas se houver por alguma motivo interrupções, as mãos deverão ser afastadas, fechadas e depois, no reinicio do passe, repousadas no mesmo ponto em que a floração será reiniciada.

“Os passes circulares, são muito eficientes em processos de inflamações em pequenas regiões, problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.

No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar muito atento ao sentido do giro, pois nosso automatismo fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o sentido horário e a outra o anti-horário. Em caso de dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares em sentido anti-horário causas congestões fluídicas, provocando mal-estares. E dependendo do tempo da magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.

As aflorações também podem ser aplicadas como se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos seriam feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça aos pés, com os braços girando em sentido horário”. (Jacob Melo – O manual do Passista)

SOPRO ou INSUFLAÇÃO

Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o passista aspire ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo obtê-la através de exercícios de respiração profunda.

André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O Sopro, nos diz “Nossos técnicos não se forma de pronto. Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na Crosta, a saúde, o conforto e a vida”.

Divide-se em dois grande grupos:

1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força que se imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a

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uma relativa distância da região que se deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que se queira apagar.

O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um sono magnético, sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou desarmonia.

2 Quentes - ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas o mais próximo possível da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que quiséssemos embaçar.

É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os lentamente, até esgotar o ar.

Findando a insuflação, afasta-se a boca do local, respira-se normalmente algumas vezes e depois, com os pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.

Verificamos que esta modalidade de insuflação deverá ser é extremamente desgastante para o passista, podendo até causar tonturas leves.

Cuidados na Aplicação:

Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais principais; após um máximo de duas insuflações quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de 5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito grande.

Além da boca sadia, tenha um hálito mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.

Antes dos passes evite alimentos pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.

Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar falso.

Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de eficiência em tratamentos de inflamações e infeções em pequenas regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de cicatrização).

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Bibliografia:

http://www.fisiologia.kit.net/fisio/nervoso/nervoso.htm

http://brainmuseum.org/

http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-nervoso-central.htm

Tratado da Fisiologia Medica – Arthur C. Guyton

Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso – Mark F. Bear & Barry W. Connors & Michael Paradiso

O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática – Jacob Melo

Terapia pelos Passes – Projeto Manoel Philomeno de Miranda

http://www.projetomanoelphilomenodemiranda.com