Sistema Muscular
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ÍNDICE
1- Introdução…………………………………………………………………...... 2
2- Sistema Muscular.…………………………………………………………….. 4
2.1- Conceito 4
2.2- Tipos de tecido muscular………………………………………………... 4
2.3- Funções do sistema muscular…………………………………………… 5
2.4- Características do tecido muscular……………………………………… 6
2.5- Tecido muscular esquelético………………………………………….…. 7
2.6- Tecido muscular cardíaco…………………………………………….…. 8
2.7- Tecido muscular liso……………………………………………….……. 9
2.8- Movimento do músculo esquelético……………………………….……. 9
2.9- Classificação dos músculos……………………………………………... 10
2.9.1- Quanto à origem…………………………………………….……... 10
2.9.2- Quanto à inserção…………………………………………….……. 11
2.9.3- Quanto à acção………………………………………………..……. 11
2.10- Acção muscular……………………………………………………..…. 11
2.11- Músculos dos membros superiores e inferiores……………………...… 11
3- Descrição do bíceps femoral………………………………………………… 12
4- Etiologia e classificações das lesões………………………………………….. 13
5- Tipos de lesões………………………………………………………………... 13
5.1- Roturas musculares………………………………………………….…... 14
5.2- Contusão muscular………………………………………………….…… 14
5.3- Dor muscular tardia……………………………………………………... 14
5.4- Laceração muscular……………………………………………………... 14
5.5- Estiramento muscular…………………………………………………… 15
6- Lesões do músculo bicípete femoral………………………………………….. 15
7- Competência ocupacional…………………………………………………….. 15
8- Disfunção ocupacional………………………………………………………... 16
9- Disfunções ocupacionais causadas por lesões do músculo bicípete femoral… 17
10- Conclusão………………………………………………………………….... 19
11- Referências bibliográficas……………………………………………….….. 20
1 – INTRODUÇÃO
O nosso organismo é uma máquina cujo funcionamento depende de uma
interligação entre todos os seus componentes. Os músculos estruturas individualizadas
que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-
lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras
musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os
músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O sistema muscular possui características únicas como o movimento corporal, a
manutenção do controle postural, respiração, produção de calor, comunicação e
constrição dos órgãos e vasos. Para além destas características, tem a capacidade de
contractibilidade que representa a capacidade do músculo se contrair, produzindo uma
determinada força, de excitabilidade que se expressa pela capacidade de resposta a um
estímulo, de extensibilidade que permite que o músculo pode ser estirado até ao seu
comprimento normal em repouso, e em determinado grau para além desse comprimento
e de elasticidade que permite ao músculo ser estirado e voltar ao seu comprimento em
repouso. Os músculos podem classificar-se em esqueléticos sendo responsáveis pela
locomoção, expressão facial, postura, movimentos respiratórios entre outros. As suas
funções estão dependentes do controle voluntário ou consciente através do sistema
nervoso somático. O músculo liso está difundido pelo organismo e é o que executa
funções como controle esfíncteres, movimentos peristálticos, dilatação e contracção das
pupilas, regular o fluxo sanguíneo, etc. o músculo cardíaco é único já que só se encontra
presente no coração fazendo das contracções uma importante força impulsionadora do
sangue no organismo. De acordo com a sua forma e adequação morfológica ás funções
motoras, estes podem organizar-se em: fusiformes, bíceps, tricepetes, quadricipetes,
digástricos, peniformes e multipeniformes. Em qualquer dos casos as fibras dispõem-se
longitudinalmente ou obliquamente. A nível da coordenação o movimento voluntário
ocorre devido à acção de vários músculos chamados de agonista, que participam
directamente na realização do movimento e antagonistas cuja acção é contrária ao
movimento.
Na composição muscular entra a fibra esquelética composta pelo sarcolema
responsável pela excitabilidade e condutabilidade que é delimitado pela membrana
celular. O sarcolema é composto por miofilamentos proteicos que formam as
miofibrilas. Cada miofilamento apresenta dois tipos de estruturas: miofilamentos
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grossos (miosina) e finos (actina). Como o músculo é composto por tecido conjuntivo
este organiza-se em fáscia superficial que separa os músculos da pele, fáscia muscular
que é uma faixa larga de tecido conjuntivo fibroso circundando os músculos e os outros
órgãos, epimísio que é a camada mais externa de tecido conjuntivo e circunda o
músculo, perimísio que cobre as fibras musculares separando-as em fascículos e
endomísio que envolve cada fascículo e separa as fibras individualmente.
O músculo bíceps femoral faz parte de um conjunto de músculos denominados
isquiotibiais, cujas funções são a extensão e flexão do joelho. Devido à sua importância
na postura corporal e da sua capacidade para serem utilizados no sprint e
abrandamento na corrida, muitas vezes sofrem lesões que condicionam a competência
e desempenho ocupacional. Assim, e dependendo do grau e tipo de lesão assim estas
podem ser classificadas em: contusão, contratura, estiramento, distensão e ruptura
muscular.
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2 - SISTEMA MUSCULAR
2.1 - CONCEITO
Segundo Dangelo e Fattini (2002), nos seres multicelulares existem células que
se diferenciam para realizar funções específicas, algumas destas funções são
apropriadas à respiração, absorção, entre outras. As chamadas células musculares
especializaram-se para a contracção e relaxamento. Estas células agrupam-se em feixes
para formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais estão fixos pelas
suas extremidades. Desta forma os músculos são estruturas que movem os segmentos do
corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixas, pela
contracção.
De acordo com Duranteau (1981) e Manuila et al. (2000), o músculo é um órgão
dotado de propriedades que lhe confere a capacidade de se contrair. Estas propriedades
de contracção, segundo Engelman et al. (1987), Tortora (2000) e Seeley (2005), são
responsáveis pelo movimento. O tecido muscular constitui cerca de 40 a 50% do peso
corporal e é composto de células altamente especializadas.
Dentro do aparelho locomotor segundo Dangelo e Fattini (2002), os músculos
são considerados elementos activos do movimento ao contrário dos ossos que são
considerados elementos passivos. Os músculos asseguram também a estática do corpo
humano, bem como mantém unidas as peças ósseas determinando a posição e a postura
do esqueleto.
Segundo Seeley et al. (2005) e Dangelo e Fattini (2002), o tecido muscular é
altamente especializado de modo a permitir a contracção ou encurtamentos. O tecido
muscular divide-se em três tipos, o tecido muscular esquelético, tecido muscular
cardíaco e o tecido muscular liso.
2.2 - TIPOS DE TECIDOS MUSCULARES
De acordo com Tortora (2000), o tecido muscular esquelético, assim
denominado pela sua localização, está fixo principalmente em ossos e move a parte do
esqueleto. É estriado e voluntário, pois pode ser mandado contrair e relaxar por controlo
consciente. O tecido muscular cardíaco forma a maior parte da parede do coração, ele é
estriado e involuntário, a sua contracção não está sobre o controlo consciente. Por
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ultimo, o tecido muscular liso, está envolvido com os processos internos, localiza-se nas
paredes das estruturas internas ocas, como os vasos sanguíneos, o estômago e os
intestinos. É um músculo liso porque não apresenta estrias e é involuntário.
Cada músculo possui o seu nervo motor segundo Dangelo e Fattini (2002), o
qual se divide para controlar todas as células do músculo, estas divisões terminam num
mecanismo especializado, a placa motora. Quando o impulso nervoso passa através do
nervo, a placa motora transmite o impulso à célula muscular determinando a sua
contracção. Se este impulso resulta de um acto voluntário, o músculo é considerado
voluntário, se não partir de uma acto voluntário o músculo é considerado involuntário.
Estes dois músculos distinguem-se, pelo facto de os músculos voluntários serem
estriados, enquanto os involuntários são lisos. O músculo cardíaco apesar de ser
estriado, ele é um músculo involuntário, por apresentar características que lhe são
próprias.
Seeley et al. (2005), confirma e acrescenta algumas funções dos tipos de tecidos
musculares à referida por Tortora (2000), de que o músculo-esquelético é responsável
pela locomoção, expressão facial, postura, movimentos respiratórios e muitos outros
movimentos corporais. As suas funções dependem em grande parte do controlo
voluntário ou consciente pelo sistema nervoso. O músculo liso é o mais distribuído no
corpo humano e o que executa maior variedade de funções. Estão localizados nas
paredes dos órgãos ocos, músculos intrínsecos do olho, paredes dos vasos sanguíneos e
entre outras áreas. Este músculo desempenha um conjunto de funções, como impelir a
urina, através das vias urinárias, misturar os alimentos no estômago e intestino, dilatar e
contrair a pupila e regular o fluxo do sangue nos vasos sanguíneos. Por fim o músculo
cardíaco está apenas situado no coração, é um músculo que se contrai espontaneamente,
sendo força propulsora pelo sistema circulatório. Ao contrário do músculo esquelético,
o musculo liso e cardíaco não estão sob controlo consciente directo, são controlados
involuntariamente, ou inconscientemente, pelo sistema nervoso autónomo e pelo
sistema endócrino.
2.3 - FUNÇÕES DO SISTEMA MUSCULAR
Como se verificou anteriormente, segundo Tortora (2000), Dangelo e Fattini
(2002) e Seeley et al. (2005), existem três tipos de tecidos musculares, sendo cada um
especializado em determinadas funções no corpo humano.
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De acordo com Engelman et al. (1987), Didacta (1998) e Tortora (2000), o
tecido muscular apresenta quatro funções, produzir movimento, mover substâncias,
fornecer estabilização e gerar calor.
No que diz respeito ao movimento este verifica-se na caminhada, corrida e
acções localizadas, estes movimentos dependem do funcionamento dos ossos,
articulações e músculos esqueléticos.
Acerca do movimento de substância dentro do corpo, o músculo cardíaco produz
contracções que movem o sangue através do coração e dos vasos sanguíneos. As
contracções do músculo liso movem o alimento através do tracto gastrointestinal, o
espermatozóide e o óvulo através dos sistemas genitais, e a urina através do sistema
urinário.
A estabilização das posições do corpo e regulação do volume dos órgãos, é a
primeira responsável através do músculo esquelético de manter o corpo em posições
estáveis, como ficar em pé ou sentado. As contracções dos músculos lisos podem
impedir o refluxo do conteúdo de um órgão oco. O armazenamento temporário de urina
na bexiga é possível porque os músculos lisos fecham a via de saída.
Por ultimo, no que concerne à produção de calor, quando o músculo esquelético
se contrai para realizar trabalho, um subproduto é o calor. Este calor libertado pelo
músculo é responsável pela manutenção da temperatura corporal, estas contracções
musculares geram cerca de 85% do calor do corpo. É por isso que os movimentos
activos auxiliam a aquece-lo durante um jogo de futebol em dia frio.
Segundo Seeley et al. (2005), o autor acrescenta mais duas funções, a respiração
e a comunicação. No que diz respeito à respiração, os músculos do tórax são
responsáveis pelos movimentos necessários à respiração. No que concerne à
comunicação, os músculos esqueléticos estão envolvidos em todos os aspectos da
comunicação, como falar, escrever à mão ou à máquina, os gestos ou a expressão facial.
De acordo Engelman et al. (1987), Didacta (1998), Tortora (2000) e Seeley et al.
(2005), os músculos para poderem realizar este conjunto de funções são dotados de
características e propriedades próprias.
2.4 - CARACTERÍSTICAS DO TECIDO MUSCULAR
Segundo Engelman et al. (1987), Didacta (1998), Tortora (2000) e Seeley et al.
(2005), o tecido muscular apresenta quatro características funcionais fundamentais, a
contractilidade, excitabilidade, extensibilidade e elasticidade.
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A contractilidade é a capacidade que o músculo tem em contrair-se, produzindo
uma determinada força. Ao fazer determinada força o músculo move estruturas a que
está ligado ou aumenta a pressão no interior de um órgão oco ou vaso.
No que diz respeito à excitabilidade, é a capacidade que um músculo tem em
responder a um estímulo. O músculo esquelético é um musculo que se contrai em
consequência da estimulação pelos nervos. O músculo liso e cardíaco podem contrair-se
sem estímulo exterior, mas também podem responder à estimulação por nervos e
hormonas.
Na extensibilidade o músculo pode ser estirado até ao seu normal comprimento
em repouso, e em dado grau, para lá desse comprimento.
Por fim na elasticidade, o músculo tem a capacidade de voltar à sua forma
original depois de ter sofrido um estiramento.
Segundo Tortora (2000), para compreender todo este conjunto de capacidades
que os musculos são capazes de realizar, é necessário conhecer a estrutura e os
elementos do tecido muscular.
2.5 - TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
De acordo com Didacta (1998) e Tortora (2000), o músculo esquelético é
composto por milhares células alongadas e cilindricas, dispostas em paralelo umas às
outras, denominadas de fibras musculares.
Segundo Seeley et al. (2005), estas fibras estão associadas a pequenas
quantidades de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos. As fibras musculares
esqueléticas são células musculares esqueléticas e cada fibra é uma célula cilíndrica
única composta por diversos núcleos localizados à periferia da fibra, junto da membrana
celular.
Uma única fibra pode ir de uma extremidade a outra de um pequeno músculo, no
entanto para preencher um músculo mais longo é necessário um conjunto de fibras
dispostas de topo a topo. Estas fibras variam em comprimento, podem ir de 1 a 40 mm e
diâmetro de 10 a 100 µm. Os músculos grandes são compostos de fibras de grande
diâmetro, e os músculos pequenos são compostos de fibras de pequeno diâmetro. Todas
as fibras musculares de um mesmo músculo têm dimensões similares.
No que diz respeito às componentes do tecido conjuntivo segundo Tortora
(2000) e Dangelo e Fattini (2002), a fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo
que envolve cada músculo. A espessura da fáscia muscular varia de músculo para
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músculo dependendo da sua função. A Fáscia divide-se em dois tipos, a fáscia
superficial, que é composta de tecido conjuntivo areolar e encontra-se imediatamente
abaixo da pele e a fáscia muscular profunda. Esta é composta de tecido conjuntivo
denso e irregular mantendo os músculos unidos, separando-os em grupos funcionais.
Segundo Tortora (2000), vários revestimentos de tecido conjuntivo estendem-se
a partir da fáscia muscular profunda. O que envolve o músculo inteiro é o epimísio, os
feixes de fibras musculares denominadas fascículos são recobertos pelo perimísio, por
fim o endomísio envolve cada fibra muscular individual.
Por último, e de acordo com Tortora (2000) e Seeley et al. (2005), o musculo
esquelético é bem constituído por vasos sanguíneos e os nervos, os quais estão
directamente relacionados à contracção do músculo. Para uma fibra muscular se poder
contrair ela tem de ser primeiro estimulada por uma corrente eléctrica denominada
potencial de acção muscular. A contracção muscular vai requerer uma grande
quantidade de nutrientes e oxigénio, bem como eliminar os resíduos destas reacções,
uma vez que uma acção muscular prolongada depende de um rico suprimento sanguíneo
para enviar nutrientes e oxigénio e remover os resíduos.
2.6 - TECIDO MUSCULAR CARDIACO
Segundo Didata (1998), o tecido muscular cardíaco encontra-se a meio caminho
entre o músculo liso e o esquelético. A sua função é a de contracção rítmica do coração,
dispondo para isso de uma estrutura contráctil semelhante à do músculo esquelético, no
entanto a actividade deste musculo não pode chegar a modificar-se por um esforço da
vontade.
De acordo com Tortora (2000), o coração é composto por tecido muscular
cardiaco, embora tenha um aspecto estriado como o músculo esquelético ele é
involuntário. As células do músculo cardíaco possuem somente um único núcleo
centralmente localizado, são curtas de comprimento e maiores de diâmetro e mais
quadradas que circulares, estas fibras também exibem ramificações.
O tecido muscular cardíaco relaxa-se e contrai-se, contínua e ritmicamente
cerca de 75 vezes por minuto, esta é a principal diferença fisiológica entre o músculo
cardíaco e esquelético. Desta forma o músculo cardíaco requer uma grande quantidade
constante de oxigénio.
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2.7 - TECIDO MUSCULAR LISO
De acordo com Didata (1998), o tecido muscular liso encontra-se no organismo
em abundante, encontra-se nas paredes dos vazos sanguíneos, do tubo digestivo, da
vesicular biliar e das vias respiratórias, nos canais excretores das glândulas, na pele e
nos olhos.
Segundo Tortora (2000), as fibras musculares lisas são bem mais pequenas que
as fibras musculares esqueléticas, são mais largas em sua porção média e afiladas e
possui apenas um núcleo centralmente localizado.
Existem dois tipos de tecido muscular liso, sendo o mais comum o tecido
muscular visceral. Ele encontra-se nas lâminas de revestimento que formam as paredes
das artérias, veias pequenas e das vísceras ocas como o estômago, os intestinos, o útero
e a bexiga urinária
O segundo tipo de tecido muscular liso, o tecido muscular liso multiunitário,
consiste em fibras individuais e cada um tem suas próprias terminações nervosas
motoras. Enquanto a estimulação de uma única fibra muscular visceral causa a
contracção de muitas fibras adjacentes, o estimulo de uma única fibra multiunitária
causa a contracção somente daquela fibra, como no músculo esquelético. Este tecido
muscular encontra-se nas paredes das grandes artérias, na grande via aérea para os
pulmões, nos músculos erectores do pêlo fixados nos folículos e nos músculos
intrínsecos dos olhos.
No que diz respeito às diferenças fisiológicas entre o tecido muscular liso e o
tecido muscular estriado, o primeiro têm uma capacidade entre 5 a 500 vezes maior que
as fibras musculares esqueléticas, e tem uma capacidade de suportar um tónus
sustentado, prolongado que é importante no trato gastrointestinal. Tem a capacidade de
manter a pressão constante também nos vasos sanguíneos e na parede da bexiga.
2.8 - MOVIMENTO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
De acordo com Tortora (2000), o músculo esquelético produz movimento
puxando os tendões, que por sua vez puxam os ossos. Quando um músculo se contrai,
ele puxa um osso em direcção ao outro. Os dois ossos não se movem igualmente, um
mantém-se quase na posição original, a fixação de um tendão muscular no osso
estacionário é denominada de inserção de origem. A fixação do outro tendão muscular
no osso móvel é a inserção terminal.
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Segundo Dangelo e Fattini (2002), por razões didáticas, decidiu-se chamar-se de
origem à extremidade do músculo presa à estrutura óssea que não se desloca, e inserção
à extremidade do músculo presa à estrutura óssea que se desloca.
Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção
distal. No entanto, por vezes um músculo pode alterar os seus pontos de origem e
inserção em determinados movimentos. Quando um atleta se eleva numa barra é o braço
que flecte sobre o antebraço e a estrutura óssea a deslocar-se é o úmero. Considerando a
acção do músculo branquial, agora a sua extremidade ulnar será a origem, ponto fixo, e
a extremidade umeral será a inserção, ponto móvel.
2.9 - CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
De acordo com Engelman et al. (1987) e Dangelo e Fattini (2002), vários têm
sido os critérios adoptados, dado à dificuldade, em classificar os músculos. Cada
músculo se for observado atentamente verifica-se que ele é extremamente variável e a
nomenclatura aproveita-se deste facto para designar vários músculos.
Segundo Dangelo e Fattini (2002), a função dos músculos condiciona a sua
forma e arranjo das suas fibras, e uma vez que as suas funções são múltiplas e variadas
também o é a sua morfologia. Os músculos apresentam as suas fibras dispostas paralelas
ou oblíquas à direcção da força exercida pelo músculo.
As fibras paralelas podem ser encontradas nos músculos longos,
esternocleidomastoideo, bem como nos músculos largos, glúteo.
Nas fibras oblíquas, os músculos cujas fibras são obliquas em relação aos
tendões denominam-se peniformes, se os feixes musculares se prenderem numa só
borda do tendão fala-se em músculo unipenado, exemplo do músculo extensor dos
dedos do pé. Se os feixes se prenderem nas duas bordas do tendão, será bipenado,
exemplo do músculo reto da coxa.
2.9.1 - Quanto à origem
De acordo com Engelman et al. (1987) e Dangelo e Fattini (2002), quando os
músculos têm origem em mais de um tendão, são classificados como músculos bíceps,
triceps ou quadriceps.
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2.9.2 - Quanto à inserção
Segundo Engelman et al. (1987) e Dangelo e Fattini (2002), os músculos podem
inserir-se por mais de um tendão, e quando isso acontece com dois tendões são
denominados bicaudados, três ou mais policaudados.
2.9.3 - Quanto à acção
Segundo Engelman et al. (1987) e Dangelo e Fattini (2002), por vezes o nome
refere-se ao movimento, que realizam ou que provocam num grande osso e por isso há
muitos, flexores, extensores, pronadores, supenadores, etc.
2.10 - ACÇÃO MUSCULAR
De acordo com Didata (1998) e Dangelo e Fattini (2002), qualquer movimento
envolve a acção de um conjunto de músculos, e a esse trabalho em conjunto de músculo
dá-se o nome de coordenação motora.
Segundo Dangelo e Fattini (2002), estes grupos musculares apresentam uma
determinada distribuição e funções, os músculos da região antero-medial do antebraço
são flexores da mão ou dos dedos e pronadores, ao passoque os da região póstero-lateral
são extensores da mão ou dos dedos e supinadores.
Num movimento voluntário, há um enorme número de acções musculares que
são automáticas ou semí-automáticas. Se houver movimento para apanhar um objecto
caído no chão, o uso dos dedos é o movimento principal desejado e consciente. No
entanto para fazer chegar os dedos ao objecto, o antebraço é estendido, alguns músculos
estabilizam o ombro, outros agem sobre a coluna para estabilizar o tronco e ainda outros
agem nos membros inferiores, tudo para assegurar o equilíbrio e possibilitar a perfeita
execução do movimento desejado.
2.11 - MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
De acordo com Didacta (1998) e Tortora (2000), os músculos membros
superiores unem segmentos do esqueleto, alguns unem zonas separadas unicamente por
uma articulação. Os músculos deste grupo podem dividir-se em músculos do ombro,
músculo do braço, músculo do antebraço e os músculos da mão.
Os músculos que formam os membros inferiores têm como missão geral,
originar a deambulação sobre as extremidades inferiores, assim como manter a posição
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erecta. Os músculos deste grupo podem dividir-se em músculo da bacia, músculo da
coxa, músculo da perna e músculo do pé.
A coxa é constituída por onze músculos distribuídos em duas regiões, região
antero-exterior e região póstero interior.
Desta forma vamo-nos debruçar-nos como foi proposto sobre a região posterior,
mais propriamente sobre o bíceps femoral.
3 - DESCRIÇÃO DO BÍCEPS FEMORAL
O bíceps femoral é um músculo do compartimento posterior da coxa que tem a
forma de um prisma triangular largo e consiste em duas partes ou cabeças (Spalteholz e
Spanner, 2008). A cabeça longa tem origem na tuberosidade isquiática e a cabeça
pequena tem origem na linha áspera, linha supracondial lateral e no fémur distal
(Marieb e Hoehn, 2010).
Segundo Warwick et al. (1995) o bíceps da coxa, o “jarrete” postero-lateral,
possui duas fixações proximais sendo uma delas, uma cabeça longa fixada uma
impressão ínfero-medial na área proximal do túber isquiático por um tendão comum a
ele e ao semitendinoso e outra cabeça curta fixada no lábio lateral da linha áspera entre
o adutor magno e o vasto lateral estendendo-se proximalmente quase até ao glúteo
máximo e, distalmente ao longo da linha supracondilar lateral do côndilo lateral do
fémur.
Este músculo, bíceps femoral, faz parte de um grupo denominado isquiotibiais
que além de si inclui o músculo semitendinoso e o músculo semimembranoso. Segundo
os autores Marieb e Hoehn, (2010) os isquiotibiais são carnudos músculos da região
posterior da coxa que cruzam as articulações do quadril e do joelho e fazem com que
estes realizem movimentos de flexão e extensão.
Este grupo tem uma origem comum e é inervado pelo nervo ciático (na verdade
dois nervos, os nervos fibulares comuns e tibiais, envolvidos em uma bainha comum
(Marieb e Hoehn, 2010). De acordo com Warwick et al. (1995) os nervos fibulares
comuns descem ao longo da borda medial do tendão, separando-o distalmente da cabeça
lateral do gastrocnémio. A cabeça curta pode estar ausente e os feixes adicionais podem
se oroginar no túber isquiático da linha áspera ou da linha supracondilar medial.
Marieb e Hoehn, (2010) referem que os isquiotibiais cruzam as articulações do
quadril e do joelho e promovem a flexão e extensão do joelho e da coxa. Sendo que o
principal motor de ações na articulação do quadril (extensão) e ações do joelho (flexão)
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é o bíceps femoral. Também Spaltehoz e Spanner (2008), salientam a ideia que a ação
do bíceps femoral está direcionado para a extensão e adução da coxa, causando também
um ligeiro movimento de rotação externa e para a flexão da perna imprimindo também
um movimento de rotação no sentido do fora.
4 - ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
As lesões musculares encontram-se entre as queixas mais comuns, podendo
ocorrer tanto em atletas como em não atletas. Este tipo de lesões provoca disfunções na
ocupação, visto que afasta os pacientes das suas actividades e os atletas dos treinos e das
competições, originando sequelas e lesões recorrentes. A grande maioria das lesões
ocorre devido à prática desportiva, sendo os músculos mais afectados os isquiotibiais, já
que estão sujeitos a grandes forças de aceleração e desaceleração (Drezner, 2003,
Barroso e Thiele, 2011).
Os estudos epidemiológicos sobre lesões musculares nas extremidades inferiores
(LMEI) são notoriamente menores, quando comparados com os estudos sobre lesões
musculosqueléticas das extremidades superiores e da coluna. As lesões musculares
podem ocorrer devido: a um trauma direto decorrentes de situações de choque ocorridas
durante quedas ou traumatismo de impato, indiretas como consequência de um uso
excessivo, traumáticas representadas por contusões, lacerações e pelo estiramento
muscular e atraumáticas retratadas pelas cãibras e dor muscular tardia, parciais que
acometem uma parte do músculo e totais quando abarcam a totalidade do mesmo
levando a deformações. Independentemente da causa da lesão surgem sempre células
lesadas, levando ao surgimento de dor a0guda, dor de origem tardia, edema,
deformações anatómicas e disfunção muscular (D´ Souza et al. 2005).
5 - TIPOS DE LESÕES MUSCULARES
Os tipos de lesões musculares dependem de determinada prática desportiva,
desta forma as contusões e lacerações encontram-se associadas a desportos de contato,
ao passo que os estiramentos surgem nos desportos individuais e com grande exigência
a nível da potência muscular (D´ Souza et al. 2005). Tendo em atenção o grau de
comprometimento das fibras musculares, estas podem ser classificadas em: lesão de
grau I, onde a rutura das fibras é mínima, grau II surgindo a laceração muscular com
hemorragia e grau III com a que leva à perda de função e continuidade da maior parte
ou de todo o músculo (Massada, 1989).
13
5.1 - ROTURAS MUSCULARES
Esta é considerada a verdadeira fratura do músculo, verificando-se alterações na
continuidade anatómica com perda de potência motora, variando em graus de acordo
com o tipo de traumatismo. Assim, podem classificar-se em primeiro grau onde
ocorrem roturas fibrilares ou micro-roturas atingindo um pequeno número de fibras e os
seus tecidos conjuntivos, as de segundo grau e terceiro grau são as mais graves visto
ocorrerem a nível da zona de transição músculo-tendão, sendo graves a nível funcional
pois acarretam alterações morfológicas devido à retracção do corpo muscular
desinserido do seu tendão (Massada, 1989).
5.2 - CONTUSÃO MUSCULAR
A contusão muscular pode ser definida como uma lesão muscular fechada
devido a um choque externo, verificando frequentemente nos desportos colectivos onde
as estruturas musculares mais atingidas são a coxa e a perna. Podem ser classificadas de
acordo com três graus crescentes: a de grau I provoca uma ligeira contusão da massa
muscular podendo associar-se a um espasmo e ligeira limitação articula, grau II ou
moderada desencadeando dor, impotência funcional (Massada, 1989) limitação da força
e da mobilidade articular, rigidez e dor no alongamento passivo (D´ Souza, et al. 2005)
e de grau III ou severa com sintomatologia dolorosa, perda de função, limitação
marcada da da mobilidade articular (Massada, 1989).
5.3 - DOR MUSCULAR TARDIA
Ocorre geralmente em indivíduos que iniciaram prática desportiva após um
período de inatividade, ou em pessoas que exerceram uma quantidade de exercício
muscular vigoroso (D´ Souza et al. 2005).
5.4 - LACERAÇÃO MUSCULAR
Estas lesões resultam de traumatismos graves na sua maioria penetrantes e são
os que menos surgem nos atletas. O músculo pode perder capacidade funcional
dependendo da extensão da lesão (Drezner, 2003).
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5.5 - ESTIRAMENTO MUSCULAR
Este género de lesão é o que surge mais frequentemente nos membros inferiores
dos atletas, e caracteriza-se pelo alongamento sucessivo das fibras musculares para além
dos limites normais. Os músculos que são geralmente acometidos são os isquiotibiais
(Drezner, 2003).
6 - LESÕES DO MÚSCULO BÍCEPS FEMORAL
A musculatura extensora da coxa e flexora do joelho está localizada na zona
posterior da perna, sendo um grupo muscular bi-articular composto pelo
semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral. Ainda que estes músculos sejam
importantes na estática corporal, contribuindo para o equilíbrio na posição bípede,
possuem uma contracção rápida e estão predominantemente compostos por fibras
musculares Tipo II (Mackenzie, 1999).
Este músculo apresenta características únicas, tendo sido descrito como um
Músculo hibrido por ter duas porções, uma longa de origem na tuberosidade isquiática e
a curta na porção distal do fémural (Pina, 1995).
Neste tipo de músculo Massada, (1989) afirma que a lesão ocorre devido a uma
contracção rápida, poderosa e mal coordenada na fase inicial de um sprint,
incoordenação entre os músculos agonistas e antagonistas na fase final do sprint
prolongado. Geralmente ocorre uma dor súbita e intensa localizada na face posterior da
coxa onde o atleta faz um gesto como que a agarrar a massa muscular. A claudicação ou
sensação dolorosa da perna e impotência funcional são imediata e atleta pode cair,
apresentando dificuldade em se levantar. Tanto os movimentos passivos como a flexão
activa do joelho são dolorosos (Massada, 1989).
7 - COMPETÊNCIA OCUPACIONAL
De acordo com o Modelo de Ocupação Humana, ser-se competente é um
fundamento universal, activado pelo desejo de se ser reconhecido pelos outros como
uma pessoa adequada. Ser competente exige que se seja flexível e requer adequação às
tarefas, onde a competência significa desempenho ou execução de acções com o
propósito de se atingir um objectivo. O objectivo da competência é ser-se capaz de se
relacionar efectivamente com o ambiente, melhorar ou adaptar-se às exigências do
mesmo. A competência proporciona ao indivíduo um sentimento de maior controle
sobre si mesmo. Desta forma, as pessoas que funcionam no nível de competência
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focam-se na obtenção, melhoria e organização das suas actividades, com o objectivo de
alcançar um desempenho adequado e consistente. A eficácia nas destrezas aumenta à
medida que estas se organizam em rotinas de comportamento competente (Molina e
Arnaiz, 2001).
A competência considera a interacção de vários elementos e como afirma Smyth
(1994) as pessoas competentes têm uma grande capacidade de adaptação ou de
estratégias, sendo que a auto-estima e as competências percebidas estão interligadas.
Para Lund, Caserta e Dimond (1989) a competência pode: reduzir o impacto negativo
nas actividades da vida diária causado por uma perda, a fadiga resultante da
preocupação das tarefas permitindo que o indivíduo tenha mais energia para a expressão
emocional, incluindo ainda o conhecimento dos serviços e como aceder a eles.
Segundo Molina e Arnaiz (2001) um dos requisitos necessários para a utilização
da competência é a utilização efectiva das habilidades, estando a execução ou
desempenho ocupacional tão integrado nas pessoas que até as tarefas mais simples estão
compostas de unidades mais simples, dependentes das habilidades. As autoras referem
que o desenvolvimento de uma habilidade conduz à sua execução, tornando-se estável e
integrando-se no conjunto, possibilitando ao indivíduo alcançar o patamar seguinte de
competência e de complexidade.
8 - DISFUNÇÃO OCUPACIONAL
O termo de competência encontra-se ligado aos conceitos de função e disfunção
ocupacional. Kielhofner (1985) citado por Molina e Arnaiz, (2001) referiu um
continuum de desempenho, onde o indivíduo se pode colocar em qualquer um dos
seguintes seis patamares: impotência, incapacidade, ineficácia, exploração, competência
e domínio, ou estar simultaneamente em vários dependendo da actividade ou ocupação
a que se enfrente. O autor define a competência a partir do Modelo de Ocupação
Humana como a qualidade de ser capaz ou ter a capacidade de responder
adequadamente às solicitações que lhe são propostas. Para ele o conceito de disfunção
ocupacional é multifacetado, visto que as disfunções ocupacionais podem ocorrer da
inter-relação entre factores biológicos, psicológicos e ecológicos. Uma disfunção no
desempenho ocupacional ocorre quando um indivíduo com capacidade limitada tem
falta de confiança, não sabendo o que fazer para ultrapassar as suas limitações,
deparando-se com barreiras físicas e psicológicas (Molina e Arnaiz, 2001).
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9 - DISFUNÇÕES OCUPACIONAIS CAUSADAS POR LESÕES DO MÚSCULO
BÍCEPSS FEMORAL
As lesões do bíceps femoral musculares são uma causa de determinadas
disfunções ocupacionais nomeadamente diminuição do movimento articular, marcha
antálgica, impotência de subir escadas e levantar da cadeira, utilização de muletas para a
marcha, deformações musculares que resultam no comprometimento funcional do
músculo que só podem ser corrigidas através da cirurgia. A nível ocupacional, neste
caso o atleta, pode levar semanas ou meses a recuperar a funcionalidade total do
músculo (Massada, 1989).
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10 - CONCLUSÃO
Após pesquisa bibliográfica, pode-se concluir que o sistema muscular é uma
estrutura complexa dotada de grandes capacidades. Segundo Engelman et al. (1987),
Tortora (2000), Seeley (2005) e Dangelo e Fattini (2002), ele é o responsável pelo nosso
movimento, constituindo cerca de 40 a 50% do peso corporal. Os músculos são
elementos activos do movimento, que asseguram a estática do corpo humano, através da
união das peças ósseas de forma a determinar a posição e a postura do esqueleto.
O tecido muscular pode ser dividido em tecido muscular esquelético, cardíaco e
liso desempenhando, cada um deles, um conjunto específico de funções de forma a
manter o corpo humano em adequado e correcto funcionamento. O tecido muscular
cardíaco é o responsável pela contracção rítmica cardíaca. O tecido muscular liso
encontra-se distribuído pelo nosso corpo, vasos sanguíneos tubo digestivo, vias
respiratórias, etc. Por último, o tecido muscular esquelético é responsável pelos
movimentos, que interligados por tendões produz o movimento do esqueleto.
Verificou-se que o tecido muscular apesar de ser uma estrutura dotada de
elasticidade por vezes é susceptível de sofrer lesões, podendo ocorrer em atletas como
em não atletas. No entanto, a grande maioria das lesões ocorrem em atletas nas suas
práticas desportivas, sendo os músculos mais afectados os isquiotibiais, já que estão
sujeitos a grandes forças de aceleração e desaceleração (Drezner, 2003, Barroso e
Thiele, 2011).
O bíceps femoral é um músculo que faz parte dos isquiotibiais, e é um músculo
que apresenta características únicas, por ter duas porções, a longa de origem na
tuberosidade isquiática e a curta na porção distal do fémural (Pina, 1995).
Uma lesão neste músculo remete para uma incompetência funcional, que causam
determinadas disfunções ocupacionais nomeadamente diminuição do movimento
articular. Por vezes, tem de se recorrer a cirurgia, para corrigir certas deformações
musculares, o que a nível ocupacional leva o sujeito a semanas e meses de recuperação
total da sua funcionalidade.
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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ortopedia. 46 (4), 354-358.
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Editores.
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