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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE INSTRUMENTAÇÃO ROTATÓRIA (SISTEMA K3 E PROTAPER), ULTRA-SOM E MANUAL NA REMOÇÃO DE CORANTE ADERIDO ÀS PAREDES DE CANAIS RADICULARES COM ACHATAMENTO PROXIMAL. ESTUDO “IN VITRO” FABIANA SOARES GRECCA Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Odontologia, área de Endodontia. (Edição Revisada) BAURU 2003

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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE INSTRUMENTAÇÃO ROTATÓRIA (SISTEMA K3 E

PROTAPER), ULTRA-SOM E MANUAL NA REMOÇÃO DE CORANTE ADERIDO ÀS PAREDES DE CANAIS RADICULARES COM ACHATAMENTO PROXIMAL.

ESTUDO “IN VITRO”

FFAABBIIAANNAA SSOOAARREESS GGRREECCCCAA

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Odontologia, área de Endodontia.

(Edição Revisada)

BAURU 2003

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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE INSTRUMENTAÇÃO ROTATÓRIA (SISTEMA K3 E

PROTAPER), ULTRA-SOM E MANUAL NA REMOÇÃO DE CORANTE ADERIDO ÀS PAREDES DE CANAIS RADICULARES COM ACHATAMENTO PROXIMAL.

ESTUDO “IN VITRO”.

FABIANA SOARES GRECCA

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Odontologia, área de Endodontia.

(Edição Revisada)

Orientador: Prof. Dr. Roberto Brandão Garcia

BAURU 2003

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GRECCA, Fabiana Soares

G 799a Avaliação da eficácia dos métodos de instrumentação rotatória (Sistema K3 e Protaper), ultra-som e manual na remoção de corante aderido às paredes de canais radiculares com achatamento proximal. Estudo in vitro / Fabiana Soares Grecca. Bauru, 2003. 144p. : il.; 30 cm.

Tese. (Doutorado) –- Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo.. Orientador: Prof. Dr. Roberto Brandão Garcia

Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação/tese, por processos fotocopiadores e outros meios eletrônicos. Assinatura: Data:

Data de aprovação pelo comitê de Ética em Pesquisa da FOB: 27 de novembro de 2002. Protocolo de pesquisa nº 22/02.

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DDAADDOOSS CCUURRRRIICCUULLAARREESS

FFAABBIIAANNAA SSOOAARREESS GGRREECCCCAA

Nascimento 22 de junho de 1970 Marília-SP 1988/1991: Curso de Odontologia – Faculdade de Odontologia de

Marília – UNIMAR – Marília – SP.

1994/1995: Curso de Pós-Graduação em Endodontia, em nível de

Especialização, na Associação Paulista de Cirurgiões

Dentistas – Regional de Bauru – Bauru – SP.

1994/1997: Professora Assistente da Disciplina de Endodontia da

Faculdade de Odontologia de Marília – UNIMAR –

Marília – SP.

1995/1998: Curso de Pós-Graduação em Endodontia, em nível de

Mestrado, na Faculdade de Odontologia de

Araraquara – UNESP – Araraquara – SP.

1998/2003: Professora Assistente da Disciplina de Clínica

Integrada da Faculdade de Odontologia de Marília –

UNIMAR – Marília – SP.

2000/2003: Curso de Pós-Graduação em Endodontia, em nível de

Doutorado, na Faculdade de Odontologia de Bauru –

USP – Bauru – SP.

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AAGGRRAADDEECCIIMMEENNTTOOSS EESSPPEECCIIAAIISS

AA DDEEUUSS

Dentro de nós existem talentos infinitos, e extraindo e aplicando esses

talentos, podemos ser gente. Nascemos todos com esse potencial. Deus ocultou

a genialidade dentro de cada ser humano, para que o homem pudesse se

realizar ao descobrir seus talentos com esforço próprio e utilizá-los em prol

dos seus semelhantes. Estou convicta, que a exemplo do apóstolo Paulo, eu

possa, afirmar no crepúsculo do exercício das minhas funções, que combati o

bom combate, seguindo fielmente os princípios éticos e morais que norteiam a

nossa nobre profissão. Que a luz divina continue a iluminar meu caminho.

Aos meus pais CCAARRMMEENN LLÉÉAA EE LLUUIIZZ SSÉÉRRGGIIOO, exemplos de amor e dedicação

aos filhos, pela presença e incentivos dados, fortalecendo-me para vencer

obstáculos para que o cansaço não me dominasse. E se consegui chegar a este

ideal, mais do que a todo mundo, devo a vocês.

Ao meu marido KKEERRAABBAANN

Quantas vezes foi imprescindível ficarmos distantes, porque a vontade e a

necessidade de aprender foram soberanas. Iniciei a luta por um ideal e não

podia parar porque precisávamos construir nosso castelo, e sabíamos que

aquelas despedidas serviriam para nos unir ainda mais. Quantas vezes foste

força, paciência e acalento? Juntos vencemos mais um desafio, e diante dos

próximos, estaremos ainda mais fortes, para enfrentá-los e vencê-los.

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Aos meus irmãos, LLUUIIZZ SSÉÉRRGGIIOO EE RROODDRRIIGGOO, com carinho e amizade, pelo

estímulo e auxílio, fundamentais na conquista de nossos objetivos.

A KKEELLLLYY EE SSÍÍLLVVIIAA, com carinho.

DDEEDDIICCOO EESSTTEE TTRRAABBAALLHHOO

Ao PPrrooff.. DDrr.. RROOBBEERRTTOO BBRRAANNDDÃÃOO GGAARRCCIIAA, pelas oportunidades

proporcionadas, pela competência, pelos ensinamentos e orientações seguras,

pelo exemplo de amizade, de dedicação e seriedade no trabalho, ensino e

pesquisas e pelos estímulos constantes para o desempenho de nossa função

docente,

MINHA ETERNA GRATIDÃO.

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AAGGRRAADDEEÇÇOO AAIINNDDAA

À Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo –

FOB/USP, na pessoa da diretora PPRROOFFªª.. DDRRªª.. MMAARRIIAA FFIIDDEELLAA DDEE LLIIMMAA

NNAAVVAARRRROO e do vice-diretor PPRROOFF.. DDRR.. LLUUIIZZ FFEERRNNAANNDDOO PPEEGGOORRAARROO.

À Faculdade de Odontologia de Marília, na pessoa do DDRR.. MMÁÁRRCCIIOO

MMEESSQQUUIITTAA SSEERRVVAA, magnífico Reitor da UNIMAR – Universidade de Marília.

Ao PPRROOFF.. DDRR.. CCLLOOVVIISS MMOONNTTEEIIRROO BBRRAAMMAANNTTEE, pela brilhante coordenação

do Curso de Pós-Graduação em Endodontia, da Faculdade de Odontologia de

Bauru – USP.

Ao PPRROOFF.. DDRR.. AALLCCEEUU BBEERRBBEERRTT,, PPRROOFF.. DDRR.. IIVVAALLDDOO GGOOMMEESS DDEE MMOORRAAEESS

EE PPRROOFF.. DDRR.. NNOORRBBEERRTT BBEERRNNAARRDDIINNEELLLLII, docentes da Disciplina de

Endodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, pelo convívio e

acolhida durante o curso.

Ao PPRROOFF.. DDRR.. VVAALLDDIIRR GGOOUUVVEEIIAA GGAARRCCIIAA, Diretor da Faculdade de

Odontologia de Marília - UNIMAR, pelo incentivo e apoio.

A ttooddooss ooss pprrooffeessssoorreess ddaa FFaaccuullddaaddee ddee OOddoonnttoollooggiiaa ddee MMaarríílliiaa --

UUNNIIMMAARR,, em especial aos professores do Departamento de Clínica Integrada,

GGIILLBBEERRTTOO,, RREENNAATTAA,, SSÍÍLLVVIIAA EE SSÉÉRRGGIIOO, pelo estímulo, amizade,

compreensão e colaboração a mim dedicados.

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Aos CCoolleeggaass ddoo CCuurrssoo ddee PPóóss--GGrraadduuaaççããoo ddaa FFaaccuullddaaddee ddee OOddoonnttoollooggiiaa ddee

BBaauurruu –– UUSSPP, em especial, VVÂÂNNIIAA EE CCAARRLLOOSS, pela amizade e companheirismo

e, a LLUUCCIIAANNAA, pela ajuda na metodologia deste trabalho.

Aos FFUUNNCCIIOONNÁÁRRIIOOSS ddaa DDiisscciipplliinnaa ddee EEnnddooddoonnttiiaa ddaa FFaaccuullddaaddee ddee

OOddoonnttoollooggiiaa ddee BBaauurruu –– UUSSPP, pela atenção que me devotaram.

À SSUUEELLYY, pela ajuda na elaboração deste trabalho.

Aos meus tios MMAARRIIAA EE PPEEDDRROO EEDDUUAARRDDOO pela generosa acolhida nestes

anos de estudo.

As minhas colegas e amigas HHEELLOOÍÍSSAA EE AANNAA LLUUÍÍZZAA, pelo incentivo, apoio e

ajuda durante esta trajetória.

Ao me distanciar desta UUnniivveerrssiiddaaddee, deixo um abraço fraterno e a amizade

sincera, cultivada durante os anos de convívio. A vocês que contribuíram de

uma forma ou de outra, o meu eterno reconhecimento.

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SSUUMMÁÁRRIIOO LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... viii

LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................... x

LISTA DE TABELAS................................................................................................. xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ....................................................... xii

RESUMO..................................................................................................................... xiii

1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................. 02

2 - REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 10

3 - PROPOSIÇÃO .................................................................................................... 59

4 - MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 61

4.1 - Métodos de instrumentação .......................................................................... 63

4.2 - Preparo para avaliação.................................................................................... 68

4.3 - Métodos de avaliação...................................................................................... 69

4.4 - Análise estatística .......................................................................................... 73

5 - RESULTADOS ................................................................................................... 76

5.1 - Avaliação qualitativa ........................................................................................ 76

5.2 - Avaliação quantitativa .................................................................................... 80

6 - DISCUSSÃO ...................................................................................................... 86

6.1 - Da Metodologia ................................................................................................. 86

6.2 - Dos Resultados............................................................................................... 103

7 - CONCLUSÃO .................................................................................................... 111

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 113

9 - ABSTRACT ....................................................................................................... 143

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LLIISSTTAA DDEE FFIIGGUURRAASS FIGURA 1 - Canal radicular sendo preenchido com corante tinta

nanquim ......................................................................................................62

FIGURA 2 - Micromotor elétrico para Endodontia EndoPlus...............................63

FIGURA 3 - Sistema Rotatório K 3............................................................................63

FIGURA 4 - Sistema Rotatório ProTaper.................................................................64

FIGURA 5 - Ultra-som ENAC ......................................................................................67

FIGURA 6 - Seccionamento longitudinal das raízes...............................................68

FIGURA 7 – Avaliação qualitativa global das hemissecções dos canais .............70

FIGURA 8 - Avaliação qualitativa da metade cervical dos canais........................71

FIGURA 9 - Avaliação qualitativa da metade apical dos canais...........................72

FIGURA 10a - Análise qualitativa dos canais do Grupo I..........................................77

FIGURA 10b - Análise qualitativa dos canais do Grupo II .......................................77

FIGURA 10c - Análise qualitativa dos canais do Grupo III .....................................78

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FIGURA 10d - Análise qualitativa dos canais do Grupo IV.......................................78

FIGURA 11a - Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo I (Sistema

K 3), área de remanescente de corante e área total do canal

radicular ....................................................................................................83

FIGURA 11b - Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo II

(Sistema ProTaper), área de remanescente de corante e área

total do canal radicular ..........................................................................83

FIGURA 11c - Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo III

(Oregon), área de remanescente de corante e área total do

canal radicular ..........................................................................................84

FIGURA 11d - Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo IV (Ultra-

som), área de remanescente de corante e área total do canal

radicular ....................................................................................................84

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LLIISSTTAA DDEE GGRRÁÁFFIICCOOSS

Gráfico I – Avaliação qualitativa, postos médios relativos à remoção de

corante aderido às paredes dos canais radiculares ........................76

Gráfico II – Avaliação quantitativa, média, relativa à porcentagem obtida

da diferença da área total dos canais radiculares

instrumentados e da área específica de remanescente de

corante nas regiões não atingidas pelas técnicas de

instrumentação..........................................................................................81

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LLIISSTTAA DDEE TTAABBEELLAASS TABELA 1 - Freqüência, mediana e postos-médios da análise global para o

ordenamento dos canais segundo os grupos ......................................77

TABELA 2 - Freqüência, mediana e postos-médios do terço cervical para o

ordenamento dos canais segundo os grupos... ...................................78

TABELA 3 - Freqüência, mediana e postos-médios do terço apical para o

ordenamento dos canais segundo os grupos....... ...............................79

TABELA 4 - Média das áreas totais das paredes dos canais, do remanescente

de corante, em porcentagem segundo os grupos................................81

TABELA 5 - Freqüência, média e desvio-padrão da avaliação quantitativa

dos canais radiculares segundo os grupos .........................................82

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LLIISSTTAA DDEE AABBRREEVVIIAATTUURRAASS EE SSÍÍMMBBOOLLOOSS Ni-Ti níquel-titânio

ADA American Dental Association

CDC cemento-dentina-canal

NS Não significante

S Significante

nº número

% porcentagem oC graus Celsius

mm milímetros

rpm rotações por minuto

mL mililitros

mm2 milímetros ao quadrado

KHz kilohertz

D diâmetro

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RREESSUUMMOO

O presente trabalho avaliou comparativamente a efetividade da

instrumentação rotatória, manual e ultrasônica. Foram utilizados 40 dentes

entre incisivos centrais, laterais e pré-molares inferiores permanentes

humanos, que apresentavam achatamento proximal bem definidos na porção

radicular. O conteúdo das cavidades pulpares foi removido e os canais

preenchidos com corante tinta nanquim vermelha. Os dentes foram

instrumentados por três métodos diferentes: mecânica rotatória, utilizando os

sistemas K3 e ProTaper, ultrasônica com técnica coroa-ápice e manual-

mecânico progressivo, coroa-ápice sem pressão apical. As raízes foram

seccionadas longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual. A análise qualitativa

da presença de corante remanescente aderido após o preparo biomecânico foi

realizada ordenando-se as hemissecções de forma crescente de quantidade de

corante através de três avaliações: nas paredes da metade cervical, na metade

apical e ao longo das paredes dos canais. A análise quantitativa foi realizada a

partir da digitalização das imagens das hemissecções e inseridas no programa

Sigma Scan, responsável pela mensuração da área total da cavidade pulpar

instrumentada e da área específica de remanescente de corante nas regiões

não atingidas pela instrumentação. A análise estatística da avaliação qualitativa

mostrou que em todos os grupos experimentais, as técnicas empregadas não

conseguiram a remoção total do corante das paredes; a avaliação global dos

canais radiculares mostrou não haver diferença estatística significante entre

os grupos estudados; a avaliação da metade cervical mostrou que o Sistema K3

não produziu bons resultados; e a metade apical do canal foi mais bem limpa

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com o Sistema ProTaper. Na análise quantitativa, os resultados não mostraram

diferença estatisticamente significante entre os grupos.

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11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

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IInnttrroodduuççããoo 2

11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

O preparo mecânico dos canais radiculares é um aspecto

altamente significante na terapia endodôntica, porque envolve a remoção do

conteúdo da cavidade pulpar, propiciando a redução do número de

microorganismos presentes principalmente em dentes sem vitalidade pulpar e

com presença de lesão periapical, alargando e alisando, propiciando condições

para receber a obturação.

Como a anatomia do dente e, por conseqüência, a anatomia do

canal é importante durante o ato da instrumentação, a ação do instrumento e o

contato íntimo dele com as paredes do canal para excisá-la e modelá-la, fazem

com que o estudo para a criação de novas técnicas, métodos e instrumentos

sejam extremamente necessários, pois é nesta fase que demanda maior tempo

e maior aprimoramento do profissional.

Para se alcançar uma biomecânica cada vez mais eficiente, têm-se

proposto diferentes técnicas e métodos de instrumentação, associando-se a

estas, substâncias químicas que possam exercer uma ação desinfectante

durante a terapêutica endodôntica. Tal preparo foi por muitos anos realizado

manualmente, por meio de técnicas em que se utilizavam instrumentos de

calibres mais finos para os mais calibrosos, seqüencialmente, até a dilatação

apical, denominado de técnica clássica, que deixava o canal radicular com

formato cilíndrico (Coffae; Brilliant54, Walton232, Allison; Weber; Walton11).

Clem53, em 1969, idealizou uma técnica onde se realizava a instrumentação mais

conservadora em nível apical e com o uso de instrumentos mais calibrosos no

preparo dos terços cervical e médio, favorecendo a desinfecção e alargamento

do canal de forma cônica, demonstrando ser mais eficiente que as técnicas

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IInnttrroodduuççããoo 3

clássicas, sendo preconizados por outros autores (Martin151, Schilder200,

Weine; Kelly; Lio 234, Mullaney171).

Este escalonamento, ou a necessidade de uma maior conicidade no

preparo do canal radicular é bem exposto nos princípios ditados por Schilder200

em 1974, em trabalho que se tornou clássico na literatura endodôntica,

introduzindo um novo conceito de preparo de canais radiculares e utilizando

duas palavras que o caracteriza Cleaning and Shaping, ou seja, limpando e

modelando o canal: - o preparo do canal radicular deve desenvolver um

afunilamento contínuo do acesso coronário ao ápice radicular; - o diâmetro da

secção transversal do preparo deve ser cada vez menor à medida que se

aproxima do ápice, e vice-versa; - o canal preparado deverá ser semelhante ao

canal original; - o forame deve ser mantido em sua posição espacial original e -

a abertura do forame deve ser mantida tão pequena quanto possível.

Passou-se a dar ênfase então, ao preparo dos terços cervical e

médio do canal por meio de instrumentos rotatórios, sendo que em 1978

Marshall e Pappin150 citam a técnica onde o preparo do canal radicular é

realizado iniciando-se na porção cervical e prosseguindo gradualmente ao ápice,

com o uso de instrumentos de maior para o de menor calibre e coadjuvados com

as fresas de Gates Glidden, apresentando as vantagens de um esvaziamento

progressivo do canal concomitante ao seu afunilamento; maior facilidade de

irrigação, diminuindo a possibilidade de extrusão de material necrótico à região

periapical e evitando a compactação de raspas de dentina. Mullaney171, em 1979

também preconizou a associação de fresas de Gates Glidden proporcionando

um desgaste uniforme e eficiente dos terços cervical e médio dos canais

radiculares.

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IInnttrroodduuççããoo 4

Berbert et al.22 em 1989, baseado no preparo coroa-ápice,

descreveram uma técnica de instrumentação chamada de “Técnica de Oregon

Modificada”, onde se prepara os terços cervical e médio com limas manuais

mais calibrosas para menos calibrosas, trabalhando progressivamente e sem

pressão apical e uso de fresas de Gates Glidden, retornando aos instrumentos

manuais até que se atinja o comprimento de trabalho, realizando o degrau

apical e seguindo-se do escalonamento regressivo.

Estudos evidenciando a presença de microorganismos na

profundidade da massa dentinária (Ribeiro184) revelaram que, em dentes

infectados, a penetração bacteriana era variável de acordo com os terços

radiculares. No terço cervical as bactérias tomavam 77% da espessura total

dentinária, no terço médio 41,5%, enquanto no nível apical, a invasão bacteriana

foi detectada numa profundidade correspondente a 43% do volume total da

estrutura dentinária (Harran106). Esses métodos de instrumentação coroa-

ápice do canal radicular desgastam as suas paredes, promovendo um

esvaziamento progressivo, alargando-o adequadamente e diminuindo a

possibilidade de extrusão de restos necróticos e bactérias, para a região

periapical.

Trabalhos estão sendo realizados na procura da técnica de

preparo dos canais radiculares que mais se aproxime do ideal, buscando

facilitar e agilizar o alargamento destes, dando forma cônica e removendo todo

o conteúdo do seu interior. Aliado a este desenvolvimento técnico verificou-se

a necessidade do aprimoramento dos instrumentos endodônticos, no sentido de

aperfeiçoar as suas propriedades físicas e mecânicas, visando melhorar o seu

desempenho.

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IInnttrroodduuççããoo 5

Nos últimos anos, tem se verificado um grande interesse na

automatização da instrumentação dos canais radiculares. Com a introdução do

ultra-som na Endodontia por Richman185, em 1957, e a partir de 1976 com

Martin152, que adaptou um aparelho sono-sinergístico para ser utilizado em

Endodontia, passou-se a estudar a sua eficiência na desinfecção do canal

radicular e remoção de dentina por meio de instrumentos endodônticos, que

incorporam energia ultra-sônica que se propaga ao longo destes (Richman185,

Martin et al. 157, Cunningham et al. 61, 62, 63, Martin; Cunninghan153, Cymermann;

Jerome; Moodnik 64, Martin; Cunninghan155, Martin; Cunninghan156, Barnett et

al. 18 , Goodman et al. 98, Pedicord; El Deeb; Messer176, Reynolds et al.183, Kiely;

Montgomery121, Sjögren; Sundqvist208, Esberard et al. 75, 76). Alguns autores

afirmam que a técnica de instrumentação com ultra-som é superior a manual

(Cunningham; Martin61, Cunningham; Martin; Forrest 62, Costa et al. 57, 58,

Stamos et al.211), outros, porém, demonstram a persistência de paredes

recobertas com resíduos dentinários (Scheibe et al. 199, Cymerman; Jerome;

Moodnik64).

As limas manuais fabricadas em liga de aço inoxidável são

consideradas, ainda, como os instrumentos mais utilizados no mundo, e esses

são muitas vezes insubstituíveis, pois oferecem boa resistência à fratura, não

oxidam, são pré-curvavéis e relativamente rígidos, permitindo sua utilização na

ultrapassagem, exploração e cateterismo de canais radiculares atresiados.

Porém, a tentativa de utilizar instrumentos endodônticos confeccionados em

aço inoxidável e movidos a motor, não atingiram o êxito esperado, tendo esse

objetivo tornado uma realidade em 1988, quando Walia; Brantley, Gerstein227

preconizaram a utilização de uma nova liga metálica, de níquel e titânio, para a

fabricação de instrumentos endodônticos manuais e rotatórios, como uma

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IInnttrroodduuççããoo 6

alternativa para substituir o aço inoxidável, pois apresenta uma flexibilidade

duas a três vezes superior às limas convencionais além de uma maior

resistência à fratura, diminuindo as dificuldades da instrumentação em canais

curvos, sem, contudo, comprometer os princípios que regem o sucesso da

terapia endodôntica (Camps; Pertot42, Berry et al. 24, Schrader; Ackermann;

Barbakow 201). No entanto, o seu elevado custo é um problema que dificulta a

utilização desses instrumentos.

A despeito das vantagens apresentadas pelos instrumentos de

níquel e titânio, surgiram sistemas rotatórios que constituem a terceira

geração no aprimoramento e simplificação da Endodontia e que empregam

materiais com características especiais que incorporam novos conceitos,

objetivando amenizar os problemas que ocorrem durante a limpeza e

modelagem do sistema de canais radiculares. Esses instrumentos se ajustam à

anatomia do canal, promovendo desgaste seletivo e conferindo alto grau de

segurança, bem como contribuindo para diminuir, de maneira eficiente, o tempo

de trabalho (Mc Spadden165, Haller et al. 105, Espósito; Cunninghan77, Glosson

et al. 92, Luiten et al. 140, Korzen123, Laurichesse125, Mc Spadden166, Tharuni;

Parameswaran; Sukumaram 219, Zmener; Banegas243, Kherlakian; Ferreira;

Zuolo 120, Lopes et al. 138, Tanaka de Castro; Bramante216, Thompson;

Dummer220, 221, Beeson et al. 20, Bertrand et al. 25, Blum et al. 28, Moraes;

Aragão; Heck 169).

Atualmente são encontrados diferentes sistemas rotatórios:

Sistema Quantec Série 2000 (Analytic Endodontics), Sistema Profile

(Dentsplay/Maillefer) Sistema Profile Série 29 (Dentsplay/Tulsa), Sistem

Pow-R (Moyco-Union Broach), Sistema GT (Dentsplay/Maillefer), Sistema

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IInnttrroodduuççããoo 7

Lightspeed (Lightspeed), Sistema Hero 642 (Micro-Mega), Sistema K3 (SDS

Kerr), Sistema ProTaper (Dentsplay/Maillefer), entre outros.

Esses sistemas apresentam instrumentos que, quando comparados

com as limas estandardizadas, oferecem não só um aumento de conicidade por

milímetro de comprimento de sua parte ativa, da ponta para sua base, como

alterações na sua conformação. Esse detalhe tecnológico permite a realização

de um preparo cônico do canal radicular atresiado e curvo, constituindo-se num

dos mais revolucionários avanços da Endodontia atual. Ao serem introduzidos e

acionados a motor no interior do canal, girando 360º no sentido horário com

velocidade constante em direção coroa/ápice, irão promover a limpeza, levando

restos necróticos, orgânicos e raspas de dentina para a câmara pulpar,

determinando o alargamento dos 2/3 coronários e promovendo o chamado

desgaste anticurvatura, efetuando o escalonamento durante o preparo apical.

Contudo, é necessário analisar as conseqüências da utilização desses

instrumentos no que se refere à sua ação sobre as paredes do canal,

principalmente em seus terços cervical e médio.

Daí a importância dos estudos que comparam diferentes

instrumentos com relação ao desgaste de dentina. Na tentativa de diminuir o

índice de insucessos, que se devem não somente à presença de uma microbiota

resistente, mas também às dificuldades mecânicas em se modelar o canal,

novos ensaios vêm sendo realizados.

A avaliação da literatura demonstra resultados conflitantes entre

os métodos manual, mecânico e ultra-sônico, no que tange respeito à limpeza e

desinfecção dos canais radiculares. Considerando-se que, no tratamento de

dentes sem vitalidade pulpar e com reação periapical crônica, as bactérias

alojadas no sistema de canais radiculares, e, em sua maior porcentagem, na luz

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IInnttrroodduuççããoo 8

do canal principal, desempenham um papel importante no desenvolvimento e

manutenção das lesões periapicais, requerendo atenção especial no controle e

na eliminação destas, sabendo-se que a eliminação dos microorganismos é

fundamental para o processo de reparo. Julgamos oportuno avaliar a ação das

diferentes métodos de instrumentação manual e automatizados na capacidade

de tocar as paredes de canais radiculares de dentes extraídos com

dificuldades anatômicas.

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Hall104, em 1930, já considerava o esvaziamento cirúrgico do

canal radicular, como a primeira e verdadeira etapa a nos conduzir ao

sucesso do tratamento endodôntico. Preconizou executar o preparo

mecânico por fases, sendo o terço coronário o primeiro a ser preparado,

depois o terço médio e finalmente o apical, recomendando-o para os canais

amplos e retilíneos.

Grossman99, em 1956, relatou que independente do diâmetro

original do canal, o preparo biomecânico é o método mais eficaz de limpeza,

retificação e alisamento das superfícies dos canais radiculares. O autor

propôs alguns princípios para a instrumentação: os instrumentos mais finos

devem preceder os mais calibrosos; os canais radiculares devem ser sempre

dilatados ao máximo, sendo que a dilatação mínima para qualquer tipo de

canal deve corresponder ao instrumento de diâmetro n° 30. O autor sugere

o uso dos alargadores, e em canais atrésicos, recomenda o uso alternado de

limas e alargadores, dando início com o alargador.

Foi nessa década (1957), que surgiu a primeira citação do ultra-

som na Endodontia, quando Richman185 utilizou o aparelho Cavitron associado

a uma ponta denominada PR 30 para melhorar o preparo dos canais

radiculares, ressaltando sua notável capacidade de limpeza.

A preocupação com a extrusão de material séptico através do

forame apical durante a instrumentação, tanto com o uso de limas como de

alargadores, levou Chapman; Colle; Beagrie49 , em 1968, a sugerirem que

antes de iniciar a instrumentação, os canais devem estar o mais asséptico

possível.

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Gutiérrez; Garcia100, em 1968, observaram a presença de áreas

não instrumentadas em incisivos e caninos inferiores, relacionando com as

áreas de prolongamentos vestibular e lingual destes canais ovalados, mesmo

quando estes eram preparados com instrumentos de maior diâmetro.

Através da técnica de instrumentação escalonada (Step-

Preparation), Clem53, em 1969, introduziu o escalonamento na fase de

instrumentação dos canais radiculares. O autor comenta que os

instrumentos de menor calibre têm maior facilidade em atingir a porção

apical acompanhando facilmente a curvatura, mas com deficiência na limpeza

do terço cervical, sendo que os de maior calibre não são flexíveis para

transpor curvaturas e, portanto, deveriam ser utilizados nos terços

cervical e médio.

Considerando os requisitos para preparo de canais curvos e

atrésicos, Weine et al. 235, em 1970, verificaram que a padronização dos

instrumentos, proposta pela Segunda Conferência Internacional de

Endodontia, em 1958, não preenchia as necessidades para o preparo destes

tipos de canais e preconizaram uma técnica denominada de instrumentação

incremental (Incremental Instrumentation). Nesta técnica, os autores

sugerem o corte de um milímetro da parte ativa dos instrumentos, sendo

útil nos casos em que existia dificuldade em atingir o comprimento real de

trabalho, com o instrumento imediatamente superior ao último utilizado. O

mesmo autor233, em 1972, propôs ainda a técnica de instrumentação

escalonada (Step-Preparation) para canais curvos, pôr proporcionar uma

dilatação mais segura; e a técnica de instrumentação de forma cônica (Flare

Preparation) para canais retos. Em ambas as técnicas, o autor preconizou o

recuo progressivo de instrumentos de maior diâmetro em direção a porção

cervical.

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Davis; Brayton; Goldman67, em 1972, verificaram que ao

contrário do que se imaginava, após o preparo de dentes de todos os grupos,

suas paredes não estavam convenientemente limpas e que partes

consideráveis do canal não eram devidamente instrumentadas, questionando

se a presença de restos necróticos teria repercussão no resultado final do

tratamento.

Os conceitos do preparo dos canais radiculares para que se

obtenha a limpeza e conformação adequada, preparando-o para uma

obturação hermética, foi proposto por Schilder200, em 1974. Os objetivos

mecânicos a serem considerados foram: o preparo deve desenvolver um

afunilamento contínuo do acesso coronário ao ápice radicular; o diâmetro da

secção transversal do preparo deve ser cada vez menor à medida que se

aproxima do ápice e vice-versa; a forma dada ao canal preparado deve ser

semelhante ao canal original; o forame deve ser mantido em sua posição

espacial original e sua abertura deve ser mantida tão pequena quanto

possível. Além dos objetivos mecânicos, o autor salientou os objetivos

biológicos: evitar empurrar material necrótico ou não além do forame apical

durante a instrumentação; executar o preparo biomecânico de canais

unitários em sessão única; criar espaço suficiente para a medicação

intracanal. A técnica para o preparo compreenderia o uso de limas e

alargadores utilizados alternadamente e não desrespeitando a seqüência de

calibres dos instrumentos; escalonamento do canal e uso de fresas de

Gates-Glidden para alargamento do terço cervical; realização de

recapitulação com instrumentos livres no canal, evitando a formação de

degraus e a compactação de raspas de dentina e favorecer a manutenção do

forame em sua posição original; além de uma irrigação abundante e a

substituição das limas com irregularidades.

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Ainda na década de 70, em 1974, surgiu a técnica de

instrumentação telescópica (Telescope Preparation), preconizada por

Martin151, onde se prepara uma cavidade circular ao nível apical do canal

radicular, que gradualmente desenvolve uma forma cônica até alcançar a

porção coronária. O terço cervical é preparado com limas mais calibrosas,

proporcionando um orifício amplo na entrada do canal radicular.

Associando a instrumentação manual e mecânica, Brilliant;

Christie35, em 1975, descreveram a técnica seriada de instrumentação

(Serialization) onde o canal era preparado em toda sua extensão, depois era

utilizado a fresa de Gates-Glidden nº 2 a uma distância de 5 milímetros

aquém do comprimento de trabalho, uma lima de maior calibre antecederia o

uso de uma segunda fresa de Gates nº 3 ou 4; e após, passava-se ao uso de 3

limas obedecendo uma ordem crescente de limas de maior calibre e

diminuindo em um milímetro a cada nova lima usada durante a

instrumentação, até alcançar o limite do preparo conseguido pelas brocas.

Nesse mesmo ano, Coffae; Brilliant54, avaliaram as técnicas de

instrumentação convencional e associadas às fresas de Gates-Glidden em 56

raízes mesiais de molares inferiores. Na técnica convencional o canal era

dilatado até a lima nº 30 ou 35. Na técnica seriada, o preparo apical era

realizado também até a lima nº 30 ou 35 e instrumentos mais calibrosos, até

a lima nº 60 trabalhavam no canal com recuo programado em 1 mm, e

finalizado pelo uso das Gates-Glidden nº 2 a uma profundidade de 15 a 17

mm, seguida da nº 3 a uma profundidade de 13 a 15 mm. As raízes foram

seccionadas a 1, 3 e 5 mm do ápice e analisadas em microscópio óptico. Os

resultados mostraram diferença estatística nos três níveis avaliados e que a

preparação seriada, foi mais eficiente na remoção de tecido pulpar no terço

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cervical, seguindo-se pelos terços médio e apical, porém quando houve a

presença de istmo, as duas técnicas equivaleram-se.

Jungmann; Uchin; Bucher117, em 1975, avaliaram os preparos de

canais radiculares obtidos com as limas tipo K em movimentos de limagem ou

alargamento e o uso da instrumentação mecânica auxiliado pelo Giromatic.

Foram realizadas secções transversais a 1.5, 3, 4, 5 e 6 mm do ápice

radicular e analisadas com o auxílio da microscopia óptica. Os resultados

mostraram que quanto mais afastado do ápice, mais irregular era o preparo,

sendo que, o movimento de alargamento conferiu melhor índice de

circularidade, enquanto que a instrumentação mecânica propiciou preparos

mais irregulares.

No mesmo ano, utilizando também o Giromatic, Klayman;

Brilliant122, avaliaram e compararam com a técnica seriada e uso de fresas

de Gates-Glidden, a capacidade de remoção de restos pulpares em 65

molares. Na técnica seriada, os canais eram previamente preparados até a

lima nº 30, passando-se então a usar fresas de Gates-Glidden nº 2 e 3,

terminando o degrau apical com a lima nº 40 e realizando o recuo de 0,5mm

a cada instrumento até a lima nº 70. Para o Giromatic a instrumentação

inicial foi realizada até a lima nº 30, empregando-se, então, o instrumento

40 em peça de mão convencional para o preparo dos terços cervical e médio,

e a seguir foi utilizado uma lima nº 40 no Giromatic para finalizar o preparo

apical. Terminado os preparos, as raízes foram seccionadas

transversalmente a 1, 3 e 5 mm do ápice e analisadas ao microscópio óptico.

Os resultados mostraram que o preparo dos canais auxiliado pelas fresas de

Gates-Glidden foi mais efetivo em remover restos teciduais nos terços

cervical, médio e apical do que o realizado com o Giromatic, porém nenhuma

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das duas técnicas foi capaz de remover tecido pulpar na área do istmo,

interligando os canais radiculares.

A limpeza das paredes dos canais de dentes unirradiculares

preparados com alargadores, limas tipo K, associação de ambos, limas

hedströem e alargadores Giromatic, usando água como solução irrigadora,

foi analisada por McCombe; Smith163, em 1975. Os resultados através da

microscopia eletrônica de varredura mostraram canais com camada residual

(smear layer) sobrepondo-se às suas paredes e detritos em toda sua

extensão, para qualquer instrumento utilizado.

Em um experimento semelhante, Mizrahi; Tucker; Seltzer168,

em 1975, verificaram através da microscopia eletrônica de varredura, que

as limas alternadas com alargadores foram as que produziram melhor

limpeza, porém incompleta, quando comparadas com o Giromatic Broach,

Giromatic hedströem, limas tipo k, alargadores, e limas hedströem.

Comparando in vivo a eficácia da instrumentação convencional

com a telescópica, Walton232, em 1976, utilizou noventa e um canais

radiculares que foram preparados pela instrumentação convencional com

limas tipo K em movimento de limagem e alargamento, e pela telescópica com

limas tipo K em movimento de limagem com preparo apical até a lima n° 25

ou 30 e escalonamento até o nº 60. Para ambas as técnicas, o terço cervical

foi preparado com as fresas de Gates-Glidden. Após a exodontia, os dentes

foram preparados para análise. Os resultados mostraram que a

instrumentação telescópica propiciou paredes mais lisas do que a

convencional, não havendo diferença nas características dos preparos

quando se empregou o movimento de limagem ou de alargamento, sendo que

os canais retos foram melhores preparados que os curvos.

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No ano seguinte, Littman135, avaliou a limpeza dos canais

radiculares preenchidos com corante radiopaco em noventa pré-molares

inferiores instrumentados por 3 diferentes técnicas: - seriada até o

instrumento de nº 50; - seriada até instrumento memória n° 35 e

escalonamento regressivo até nº 60, e Giromatic empregando-se

alargadores próprios de maneira seriada até o nº 50. Não foi utilizada

solução irrigadora. Os resultados mostraram que não houve diferença

estatística significante entre as técnicas, porém houve diferença entre os

operadores, ocorrendo, então, maior influência do operador do que a técnica

utilizada.

A Técnica da Universidade de Oregon foi proposta em 1978,

por Marshall; Pappin150, que se apresentava em quatro fases: a-) acesso

coronário; b-) acesso radicular, correspondente ao preparo dos terços

cervical e médio por meio de limas e brocas, que além da remoção de restos

necróticos da região, proporciona acesso a região apical; c-) preparo da

matriz apical, partindo-se de uma lima de maior diâmetro; d-) preparo do

batente apical.

Pensando na compactação de raspas de dentina no ápice

durante a instrumentação, Mullaney171, em 1979, preconizou a técnica

manual escalonada ápice-coroa (Step-Back enlargement) que consistia em

dilatar o canal radicular em toda sua extensão, intercalando uma lima de

menor calibre, entre os 3 instrumentos de maior calibre, que recuam em um

milímetro e o uso das fresas de Gates-Glidden n° 2 e 3, dando maior

divergência para oclusal.

A avaliação da influência de diferentes soluções irrigadoras

associadas às limas tipo K, alargadores e fresas de Gates-Glidden na

limpeza de canais radiculares foi feita por Rubin et al. 192, em 1979, em

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dentes anteriores e pré-molares. Os resultados obtidos pela microscopia

eletrônica de varredura mostraram que, independente da solução irrigadora

utilizada, a instrumentação foi o fator mais importante na limpeza dos

canais radiculares. As paredes mesial e distal dos canais apresentavam-se

sempre limpas, porém na porção apical, as paredes vestibular e lingual,

próxima à bifurcação dos canais, mostravam restos de tecido pulpar e pré-

dentina, em função de não haver atuação dos instrumentos nessas áreas.

Posteriormente, em 1984, Harran106, avaliou a qualidade de limpeza obtida

após a instrumentação dos canais radiculares, bem como o efeito da

irrigação. Os resultados demonstraram também, que o uso do soro

fisiológico como solução irrigadora e a aspiração simultânea não foram

suficientes para eliminar resíduos originados da instrumentação.

Constataram a presença de grandes quantidades de raspas de dentina,

restos de polpa desintegrada e elementos celulares do sangue,

principalmente ao nível do terço apical do canal radicular.

A persistência da camada residual (smear layer) após a

instrumentação dos canais radiculares é uma constante. Bolanos; Jensen30,

em 1980, comprovaram esse fato utilizando técnicas de instrumentação

escalonada e seriada, coadjuvadas com diferentes soluções irrigadoras e

análise através da microscopia eletrônica de varredura. A técnica

escalonada produziu limpeza superior, sendo estatisticamente significante,

porém, em todos os grupos foi encontrado smear layer sobre as paredes do

canal. Mais tarde, Cameron39, em 1982, avaliou a eficiência do ultra-som na

remoção dessa camada residual, verificando que a ultra-sonoenergização

potencializa a limpeza proporcionada pelo hipoclorito de sódio usado como

solução irrigadora.

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Martin et al. 157, em 1980, compararam a instrumentação

manual com o uso do ultra-som na remoção de dentina das paredes dos

canais radiculares. Secções de dentina de 4 mm de comprimento por 3 mm

de largura foram obtidas de dentes humanos extraídos, desidratadas e

pesadas antes e após a instrumentação. A instrumentação manual foi

realizada com lima tipo K nº 30 em movimentos de alargamento e limagem, e

na técnica do ultra-som o movimento foi de limagem pura com freqüência de

18 KHz, sendo a biomecânica realizada em 3 minutos para ambas as técnicas.

A porcentagem de peso perdida foi determinada e os resultados mostraram

que, a técnica com o uso do ultra-som removeu uma quantidade

significantemente maior de dentina. Nesse mesmo ano, Martin et al. 158,

realizaram experimento semelhante, onde os canais foram instrumentados

manualmente e ultra-sônicamente com limas diamantadas finas, diamantadas

grossas e limas tipo K nº 30, e os resultados mostraram que as limas

diamantadas foram mais efetivas que as tipo K, com exceção à lima

diamantada fina usada manualmente. Mostraram também que as limas

ativadas ultrassônicamente foram superiores à manual.

Weller; Brady; Bernier236, em 1980, compararam a capacidade

de limpeza das técnicas manual (telescópica), ultra-sônica (unidade Cavitron

adaptada a uma sonda lisa de aço inoxidável, atuando em toda extensão de

trabalho por 20 segundos) e a associação de ambas. Trinta blocos de resina,

simulando canais radiculares de pré-molares inferiores, tiveram seus canais

preenchidos com gelatina contendo radioisótopos. Após os preparos, a perda

da radioatividade foi medida, e nenhuma diferença significante foi

observada na limpeza dos canais preparados com instrumentos manuais ou

ultra-sônicos isoladamente. Porém, o uso do ultra-som após a

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instrumentação manual foi o método mais eficaz, com resultados

estatisticamente significantes.

Nesta mesma década, em 1982, Cameron40 reportou o uso do

ultra-som na limpeza dos canais, ressaltando sua capacidade de

debridamento. Trezentos canais radiculares foram preparados com o uso do

ultra-som Cavitron Model 700 II, irrigados com solução de hipoclorito de

sódio a 3%, obturados e proservados por 2 anos. O autor ressalta os

cuidados como uso do aparelho e solução irrigadora.

Avaliando a capacidade de limpeza em dentes humanos

extraídos, Cunninghan; Martin; Forrest62, em 1982, compararam as técnicas

de instrumentação manual convencional com limas tipo Kerr e o ultra-som

também com emprego das limas tipo Kerr nº 10 e 15, com tempo total de

trabalho de 3 minutos. Os canais radiculares foram instrumentados e

irrigados com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Após o preparo, as

raízes foram seccionadas transversalmente e os cortes histológicos

avaliados através de microscopia óptica, aos níveis de 1, 3 e 5 mm do ápice

radicular. Os resultados mostraram que os canais radiculares

instrumentados com o ultra-som apresentaram-se significantemente mais

limpos em todos os terços analisados.

Também em 1982, Cunningham et al. 63, avaliaram a capacidade

do ultra-som e da técnica de instrumentação manual, em reduzir o número

do microorganismo Bacillus subtilis em canais radiculares de dentes

humanos, extraídos e contaminados. Durante o preparo biomecânico, os

canais foram irrigados com solução de hipoclorito de sódio ou soro

fisiológico. A análise das colônias bacterianas demonstrou que o ultra-som

propiciou uma redução mais acentuada que a instrumentação manual,

principalmente quando se utilizou o hipoclorito de sódio como solução

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irrigadora. Barnett et al. 18, em 1985, demonstraram resultados

semelhantes trabalhando em canais radiculares de dentes de cães

previamente contaminados por placa dentária e instrumentados pelas

técnicas manual, sônica e ultra-sônica. As soluções irrigadoras utilizadas

foram soro fisiológico ou solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Um cone de

papel estéril foi selado no interior do canal radicular. Após 7 dias, sob

condições assépticas, os cones foram recolhidos e conduzidos ao meio de

cultura em câmara anaeróbica e incubados por 48 a 72 horas. Não houve

diferença significante entre os grupos estudados, muito embora o

hipoclorito de sódio apresentou a tendência de possuir maior ação

antibacteriana.

Reafirmando a capacidade de limpeza do ultra-som,

Cunninghan; Martin61, 1982, fizeram uma análise comparativa da

instrumentação manual com limas tipo K e ultra-sônica, com as limas tipo

Kerr nº 10 e 15 em dentes humanos anteriores. A irrigação foi realizada com

solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Os resultados obtidos através da

microscopia eletrônica de varredura, demonstraram que os canais

instrumentados pelo ultra-som foram significantemente mais limpos, e a

camada de resíduos dentinários foi largamente reduzida, principalmente nos

níveis apical e médio. Em experimento semelhante no mesmo ano, Scheibe et

al. 199, utilizaram o aparelho Cavitron com a ponta PR 30 somente nos terços

cervical e médio, com uma lima tipo K n° 35 acoplada a esta e sendo ativado

por 5 minutos, e na técnica manual foi utilizada lima tipo K de diâmetro 15

até 35, e escalonamento dos terços cervical e médio, com limas hedströem e

utilizando soro fisiológico como solução irrigadora. Terminado o preparo

biomecânico, as raízes foram seccionadas nos terços cervical e médio, e

posteriormente seccionadas longitudinalmente, sendo que o terço apical foi

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descartado. O terço médio foi preparado para análise em microscópio ótico

e o terço cervical preparado para análise em microscopia eletrônica de

varredura. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística

significante entre os dois métodos empregados no que concerne a limpeza,

sendo que a vantagem do ultra-som foi diminuir o tempo de trabalho. Os

autores observaram que, na presença das reentrâncias e bolsões, não houve

a possibilidade de ação dos instrumentos, permanecendo aí detritos.

Evitando empurrar material necrótico para o forame apical, foi

desenvolvida a técnica coroa-ápice (Step-Down) de instrumentação por

Goerig; Michelich; Schultz93, em 1982. Nesta técnica, as porções cervical e

média são preparadas inicialmente com auxílio das limas tipo Hedströem e

fresas de Gates-Glidden, e o preparo apical realizado pela técnica

escalonada ápice-coroa (Step-Back). Os autores descrevem as seguintes

vantagens: eliminação das interferências dentinárias favorecendo a

instrumentação apical e acesso mais reto; diminuição de extrusão de restos

necróticos para o forame; maior penetração do líquido irrigador e

manutenção do comprimento de trabalho.

E pensando no formato cônico dado aos canais radiculares,

Weine233, em 1982, propôs a técnica cônica reversa (Reversal Flaring), onde

o escalonamento é realizado antes de atingir a porção apical do canal

radicular com o uso das fresas de Gates-Glidden.

Para comparar a eficiência de limpeza das técnicas de

instrumentação manual telescópica e mecânica, com o Giromatic, Turek;

Langeland224, em 1982, utilizaram amostras in vivo e in vitro. Para a análise

in vivo foram utilizados 7 dentes para a técnica telescópica e 7 dentes para

o Giromatic. Na análise in vitro, 50 dentes extraídos foram utilizados,

sendo 25 para cada técnica. E num terceiro grupo, 6 dentes anteriores e

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pré-molares de macacos foram instrumentados com o Giromatic. Para a

análise dos restos de tecido pulpar e detritos, foi utilizada a microscopia de

luz. Os resultados mostraram que a técnica manual foi superior ao Giromatic

quanto à capacidade de limpeza, porém nenhuma das duas técnicas foi

totalmente efetiva nesta função.

Marcano; Martinez-Berná149, em 1983, discutindo sobre o

preparo dos canais radiculares, citam que este deve eliminar o substrato

orgânico e a dentina contaminada. Os autores descrevem alguns princípios

que devem ser seguidos durante o preparo: instrumental estéril e assepsia

do campo operatório; não modificar a posição do forame e mantê-lo o mais

constrito possível; o preparo deve ser realizado com o canal úmido pela

solução irrigadora; dar forma cônica ao canal radicular através da técnica

escalonada de instrumentação e uso de fresas de Gates-Glidden, e

movimentos que não empurrem restos de material para o periápice.

No mesmo ano, Fava81, 82 em 2 estudos realizou o pré-

escalonamento dos terços cervical e médio do canal, esvaziando-o, antes de

atingir o terço apical, sugerindo assim a técnica biescalonada de preparo do

canal radicular. A técnica consiste na utilização de instrumentos calibrosos

nos terços cervical e médio em movimento de limagem suave a

profundidades crescentes, até que se chegue ao terço médio, e depois a

desobstrução do terço apical.

A comparação da eficácia da instrumentação manual com limas

tipo Kerr e instrumentação ultra-sônica com aparelho Cavitron com ponta PR

30 e irrigação com soro fisiológico foi feita por Cymerman; Jerome;

Moodnik64, em 1983. Os autores demonstraram que ambas as técnicas

produziram uma superfície com irregularidades e com alguns detritos

teciduais, não havendo diferença na aparência do canal. Foram utilizados

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dentes unirradiculares humanos extraídos, sendo a análise realizada com

microscopia eletrônica de varredura. Os mesmos resultados foram vistos

por Tauber et al. 217, em 1983, porém os dentes instrumentados ultra-

sônicamente exibiam menos detrito que os instrumentados pela técnica

manual, sendo o terço médio o mais limpo.

Baker et al. 14, no mesmo ano, utilizando o microscópio

eletrônico de varredura, concluíram também que a instrumentação ultra-

sônica não foi mais efetiva que a manual. Eles analisaram comparativamente

a eficiência de limpeza, forma e alargamento dos canais radiculares de

dentes extraídos. Verificaram que nenhuma diferença estatística entre os

dois métodos foi observada nos terços cervical e médio do canal radicular,

sendo que a instrumentação manual produziu paredes mais limpas ao nível do

terço médio. A camada de resíduos dentinários permaneceu nas paredes dos

canais em ambas as técnicas.

Voltando a enfatizar o emprego do ultra-som em Endodontia

por ser um método eficiente na limpeza, preparo e desinfecção do canal

radicular, graças à maior eficiência dos instrumentos endo-sônicos, e

também no debridamento químico devido à ação ativadora que a vibração

ultra-sônica exerce sobre a profusa irrigação com hipoclorito de sódio,

Martin; Cunninghan155, em 1984, acrescentam ainda que, a extrusão de

raspas de dentina e tecido pulpar via forame apical, é menor, propiciando,

conseqüentemente uma menor incidência de dor pós-operatória, tratando-se

de uma técnica segura, fácil e rápida. Propriedade esta que Dietschi et al.

69, em 1984, puderam observar quando avaliaram em dentes extraídos, a

eficiência na remoção de detritos das paredes dentinárias e a forma final

obtida dos canais radiculares, às técnicas de instrumentação ultra-

sonoenergizada; recapitulação de Schilder; sua associação com o ultra-som e

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debridamento manual com instrumentação ultra-sônica. Os espécimes foram

analisados pela microscopia eletrônica de varredura e pode-se constatar que

a técnica de ultra-som limpou melhor a parede dos canais radiculares, muito

embora não respeitando a sua forma anatômica, ocorrendo o oposto com a

técnica manual.

A instrumentação escalonada manual com e sem o uso do

instrumento rotatório (broca de Largo) foi avaliada por Canzani et al. 43, em

1984, em canais radiculares preenchidos com corante. A quantidade de

corante removida das paredes foi avaliada e os resultados mostraram que a

associação com as brocas de Largo teve capacidade maior de limpeza do que

a instrumentação escalonada, principalmente nos terços coronários,

facilitando a penetração e ação das limas no terço apical e diminuindo o

tempo de trabalho.

Um novo aparelho mecânico, denominado Canal Finder, podendo

ser utilizado no preparo e obturação dos canais radiculares, foi idealizado

por Levy130, em 1984. O movimento realizado pelo instrumento é

longitudinal, de pequena amplitude, associado ao movimento de rotação livre

guiado pelas lâminas da lima utilizada. Segundo o autor, a instrumentação

transcorre sem a formação de degraus, desvios ou fratura dos

instrumentos, além da diminuição do tempo operatório e demonstrando

ainda, a seqüência operatória a ser utilizada. No ano seguinte, o autor131

descreve sucintamente o método de utilização desta instrumentação

mecânica baseado na experiência de dois anos e aborda detalhes técnicos no

uso do aparelho, evitando a ocorrência de acidentes e complicações e em

1986132, apresenta um estudo no qual descreve os princípios físicos,

características, formas e cinemática dos instrumentos Canal Finder

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utilizados durante o preparo dos canais radiculares, abordando ainda as

vantagens resultantes do seu emprego.

As propriedades do ultra-som utilizadas em Endodontia foram

avaliadas clinicamente por Stamos et al. 209, em 1985. Os autores utilizaram

no preparo de canais radiculares com limas tipo K e diamantadas,

conseguindo uma amplitude e afunilamento adequado à boa limpeza. Os

autores descreveram ainda a capacidade da lima ativada ultra-sônicamente

em encontrar o caminho em canais atresiados, na desobturação de condutos,

remoção de pinos protéticos e cones de prata.

No mesmo ano, Langeland; Liao; Pascon124, avaliaram

histologicamente as técnicas de instrumentação manual, sônica e ultra-

sônica na limpeza de canais radiculares in vitro e em dentes anteriores de

macacos in vivo. A instrumentação manual foi realizada com limas tipo K na

seqüência de 6 limas, com movimentos de alargamento e limagem

circunferencial. As instrumentações sônica e ultra-sônica foram realizadas

respectivamente com limas Endostar 5 nº 15 a 35 e Endosonic nº 15, 20 e

25, circunferencialmente. Todo o preparo foi coadjuvado com solução de

hipoclorito de sódio, enquanto que para a instrumentação sônica foi utilizada

a água. Os resultados mostraram que todas as técnicas limparam totalmente

os canais retos, e não limparam na totalidade os canais curvos ou

irregulares. Os autores concluíram que a anatomia dos canais foi fator

importante na obtenção da limpeza. Fato esse também observado por

Goodman et al. 98, em 1985, que analisaram raízes mesiais de 60 molares

inferiores instrumentados com limas tipo K nº 15, 20 e 25 e escalonamento

até nº 50, seguido do uso de fresas de Gates-Glidden nº 2 e 3 e também

pela associação da técnica escalonada a um espaçador digital (finger-

spreader) nº 15 energizado ultra-sônicamente, através de um aparelho

piezoelétrico por 3 minutos, no final da instrumentação. Os canais foram

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irrigados com hipoclorito de sódio 2,6%. Os resultados histológicos

mostraram que a limpeza da luz do canal na associação das técnicas, foi mais

efetiva ao nível de 1 e 3 mm aquém do ápice e em relação ao istmo.

A capacidade de remoção de detritos e camada de resíduos

dentinários foi avaliada por Garcia et al. 89, em 1985. Para tanto, trinta

dentes foram dividido e instrumentado pela técnica manual com limas tipo K

nº 10 até 30, pela técnica ultra-sônica com lima tipo K nº 10 energizada por

3 minutos, e pela técnica ultra-sônica usando lima tipo K nº 10 sem espiras.

A irrigação foi realizada com água destilada. Os resultados obtidos através

da análise da microscopia eletrônica de varredura, mostraram que, a camada

de resíduos dentinários e quantidade significante de detritos foram

observadas em todos os canais, exceto nos terços cervical e médio

preparados com ultra-som e instrumentos sem espiras.

Roane; Sabala; Duncanson186, em 1985, preconizaram o emprego

da técnica da força balanceada para minimizar ou até eliminar os acidentes

que possam ocorrer durante o preparo. Relacionam a magnitude da força

aplicada pelo instrumento ao controle do corte desejável nos casos de

curvatura. Quanto à cinemática do instrumento, recomendam a rotação em

sentido anti-horário. Para analisar a validade da técnica, utilizaram cálculos

matemáticos, análise dos dentes seccionados e radiografias. O estudo

culminou com a introdução de um novo desenho para as limas K, de secção

triangular e com guia de penetração embotado.

Discutindo sobre métodos automatizados empregados em

Endodontia, Luks141, em 1986, ressalta a importância dos instrumentos

manuais, uma vez que os métodos mecânicos não são capazes de substituir a

sensibilidade presente nos dedos polegar e indicador do operador.

Em trabalho comparando as técnicas manual e ultra-sônica em

molares inferiores, Pedicord; El Deeb; Messer176, em 1986, confirmam ser a

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técnica manual de execução mais rápida que a ultra-sônica, consumindo 8,1

minutos contra 11,2 minutos para a conclusão, e também conferindo melhor

forma ao canal radicular a nível cervical e médio.

Contrariando os resultados acima, Costa et al. 57, em 1986,

avaliaram qualitativamente o efeito do corte e limpeza do canal comparando

as técnicas manual e ultra-sônica. Quinze pré-molares superiores com raízes

divergentes foram utilizados, as raízes vestibulares foram instrumentadas

manualmente e as palatinas com o uso do ultra-som. Os canais foram

irrigados com líquido de Dakin alternado com Endo-PTC. A análise através do

microscópio eletrônico mostrou que a instrumentação ultra-sônica foi mais

efetiva que a manual, porém não produziu paredes lisas, planas ou isentas de

resíduos. Ao nível do terço apical, permaneceu resíduos dentinários em

ambas as técnicas, porém em menor quantidade para o ultra-som. E,

Esberard et al. 74, no mesmo ano, avaliaram histologicamente a lisura das

paredes dentinárias, presença de detritos e contorno do canal radicular em

dentes com canais amplos, preparados com instrumentos de nº 15 a 40, em

dentes com canais atrésicos preparados pela técnica escalonada tendo como

memória o nº 25 e escalonamento final com o nº 40. A instrumentação foi

realizada com o aparelho de ultra-som Profi-Endo, atuando com limas tipo K-

flex na mesma seqüência que as manuais e complementada pelas

diamantadas. A solução irrigadora empregada foi o tergentol. Os resultados

mostraram que o ultra-som utilizado em canais amplos, propiciou paredes

mais lisas do que quando utilizados em canais atrésicos, além de promover

maior dilatação que a técnica manual.

Avaliando histologicamente a eficácia de limpeza da técnica

manual e sua associação com ultra-som, Reader et al. 182, em 1986, utilizaram

80 raízes mesiais de molares inferiores. Os dentes foram instrumentados

pela técnica manual escalonada e pela associação da manual e de 1 ou 3

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minutos de ultra-som. A solução irrigadora empregada foi o hipoclorito de

sódio 2,62%. Os resultados mostraram não haver diferença estatística

entre as técnicas, porém a instrumentação escalonada seguida por 3 minutos

de ultra-som limpou mais istmos aos níveis dos cortes histológicos de 1 e 3

mm do ápice radicular.

Esberard73, em 1987, ressalta a importância do uso do ultra-

som em Endodontia, citando que a sua principal vantagem é permitir uma

melhor limpeza dos canais radiculares, removendo a camada de resíduos

dentinários e detritos que possam ficar retidos nas paredes durante a

instrumentação, além da irrigação copiosa e contínua que o aparelho

permite. O autor e colaboradores75, em outro trabalho avaliaram

histologicamente as instrumentações mecânica com o aparelho Racer e

ultra-sônica com os aparelhos Cavi-Endo e Profi-Endo utilizando limas tipo

K-flex, de nº 15 a 25 com 1 minuto de atuação, complementada pelas

diamantadas em raízes de primeiros pré-molares superiores humanos

extraídos. A análise mostrou que a técnica mecânica deixou as paredes

dentinárias mais regulares, porém a instrumentação ultra-sônica foi mais

efetiva quanto à capacidade de remover a camada de pré-dentina e

aumentar a dilatação dos canais radiculares.

Através da microscopia eletrônica de varredura, Ahmad; Pitt

Ford; Crum6, em 1987, compararam a eficiência de limpeza da

instrumentação manual e ultra-sônica, em dentes anteriores humanos

extraídos. As soluções irrigadoras utilizadas foram água destilada e

hipoclorito de sódio 2,5%. Os canais radiculares foram instrumentados com

limas Endosonic nº 15, 20 e 25 e limas diamantadas nº 25, 35 e 45 com 1

minuto de energização para cada instrumento. A instrumentação manual foi

realizada com limas tipo K usando pelo menos 6 limas de calibres

subseqüentes. Os resultados mostraram que houve uma pequena diferença

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na quantidade de detritos deixada pelas duas técnicas de instrumentação,

sendo em menor quantidade para o ultra-som. Quando se utilizou o

hipoclorito de sódio como solução irrigadora, uma melhor limpeza foi obtida,

independente da técnica utilizada. Os autores concluíram que o grau de

limpeza parece estar relacionado com o tipo de irrigante utilizado.

Stamos et al. 211, em 1987, avaliaram histologicamente a

capacidade de limpeza das técnicas de instrumentação manual clássica,

sônica com Endostar 5 e ultra-sônica com os aparelhos Enac e Cavi-Endo, em

canais radiculares de raízes mesiais de molares humanos extraídos. Durante

o preparo, os canais foram irrigados com solução de hipoclorito de sódio

2,5% ou água destilada. Os cortes histológicos foram realizados a 1 e 3 mm

do terço apical. Os resultados mostraram que o aparelho de ultra-som Cavi-

Endo apresentou maior capacidade de limpeza ao nível de 1mm, do que os

outros métodos. Porém ao nível de 3mm e istmos não houve diferença

estatística significante entre as técnicas, apesar do ultra-som associado à

solução de hipoclorito de sódio exibir uma porcentagem maior de limpeza.

No mesmo ano, Stamos et al. 210, apresentaram dois casos clínicos de

tratamento endodôntico realizado em sessão única, usando o ultra-som Cavi-

Endo associado ao hipoclorito de sódio a 2,6% como solução irrigadora. Os

autores concluíram que a cavitação, uma propriedade física do ultra-som,

cria numerosas ondas no interior das paredes dentinárias do canal radicular,

deslocando detritos e tecidos das paredes dentinárias do canal.

Comparando quatro diferentes métodos de instrumentação,

Reynolds et al. 183, em 1987, avaliaram histologicamente a capacidade de

limpeza em 80 raízes curvas de dentes humanos extraídos. As técnicas

utilizadas foram: manual associada às fresas de Gates-Glidden, sônica com

Endostar 5 e ultra-sônica com Cavi-Endo e um protótipo experimental

designado de PZ-KTec. Os dentes foram avaliados nos terços cervical,

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médio e apical quanto à presença de pré-dentina e detritos remanescentes,

porcentagem de paredes de canais lisos e porcentagem do aumento da área

no canal. Os resultados mostraram que a técnica manual associado às fresas

de Gates-Glidden foi mais eficiente do que a sônica e ultra-sônica.

Lim; McCabe; Johnson133, em 1987, avaliaram com auxílio da

microscopia eletrônica de varredura o preparo de canais radiculares através

da remoção da massa residual e detritos com aparelho sônico e ultra-sônico.

Molares superiores com curvatura foram divididos em 3 grupos sendo

realizado a técnica escalonada ápice-coroa (Step Back) de instrumentação

manual, o uso do ultra-som (ENAC OE-2) e do aparelho sônico (Micro Mega

Endo Sonic Air 3000), foi usado somente com limas tipo K de diâmetro 30

por 15 segundos na recapitulação. As raízes foram seccionadas e preparadas

para avaliação em microscópio de varredura e fotomicrografias dos terços

apical e médio foram realizadas e observadas por 3 avaliadores, seguindo

uma escala de 0 (nenhum detrito) a 3 (muito detrito). Os resultados

mostraram que, nenhuma técnica produziu canais totalmente limpos e que a

técnica sônica foi superior ao ultra-som. Constatou-se ainda, não haver

diferença entre os terços médios e apical em todas as técnicas estudadas.

Em 1988, Walia; Brantley; Gerstein227, preconizaram o uso da

liga de níquel e titânio (Nitinol) na fabricação de instrumentos endodônticos

e as compararam com as limas de aço inoxidável. Os autores concluíram que

estas apresentaram uma flexibilidade duas a três vezes maior do que as de

aço inoxidável, além de serem superiores em relação à resistência à fratura

quando em torção no sentido horário e anti-horário, sendo bastante úteis

em canais curvos.

Avaliando o poder antibacteriano do ultra-som frente aos

Staphylococcus epidermidis, Streptococcus faecalis e Bacillus sp, Cerqueira

et al. 47, em 1988, cultivaram-nos em meio de cultura B.H.I. e os

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transportaram para tubos capilares onde foram expostos a ultrasonificação

através de uma lima tipo Kerr nº 15 acoplada ao aparelho Profi-Endo por 1,

2, 3, 5 e 10 minutos. A seguir, as amostras foram transferidas para tubos

de ensaio contendo meio de cultura e mantidas a 37 ºC, onde sucessivas

leituras foram realizadas para verificação do crescimento bacteriano. Os

autores concluíram que a instrumentação ultra-sônica não foi totalmente

eficaz na eliminação de bactérias nos tempos propostos.

Baker et al. 15, em 1988, compararam a efetividade da

instrumentação manual e ultra-sônica através da microscopia eletrônica de

varredura em dentes humanos. Onze incisivos centrais superiores foram

instrumentados ultra-sônicamente com limas tipo K e diamantadas com

irrigação constante de hipoclorito de sódio 2,62%, outros onze incisivos

centrais superiores foram instrumentados manualmente com limas tipo K e

irrigados com hipoclorito de sódio a 2,62%. Os canais foram avaliados em

três níveis quantitativa e qualitativamente com base na presença de

detritos e camada residual (smear layer). Os resultados mostraram que aos

níveis apical e cervical do canal não houve diferença estatística entre as

duas técnicas, porém no terço médio a instrumentação manual produziu

paredes mais limpas que a ultra-sônica e a camada residual remanescente

estava presente nas paredes do canal em ambos os grupos.

Yamaguchi et al. 240, em 1988, avaliaram em canais curvos

simulados a capacidade de limpeza e conformação da instrumentação ultra-

sônica. Estes canais foram preenchidos com meio de contraste e

radiografias estandardizadas foram realizadas antes do preparo

biomecânico. O meio de contraste foi removido e o aparelho de ultra-som

ENAC foi utilizado com lima 10 U pré-curvada ou não por 4 minutos. Depois

uma lima 30 U pré-curvada foi utilizada. O meio de contraste foi colocado

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novamente no canal e novamente, radiografias estandardizadas foram

realizadas. As radiografias pré e pós-operatórias foram ampliadas 10 vezes

e o formato do canal após a instrumentação foi avaliado. Os resultados

mostraram que a instrumentação ultra-sônica promoveu um desgaste

irregular próximo ao ápice, sendo sugerido o pré-curvamento dos

instrumentos em canais curvos. Em uma segunda parte, dentes anteriores

extraídos foram instrumentados com o uso de duas diferentes técnicas:

manual e ultra-sônica. A instrumentação manual foi realizada com lima tipo K

até nº 60, com comprimento de trabalho de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice

radiográfico. Após a instrumentação os canais foram irrigados

alternadamente com hipoclorito de sódio 10% e água oxigenada 3%. A

instrumentação ultra-sônica foi realizada até o diâmetro 60 no comprimento

de trabalho. Os canais radiculares foram preparados para análise em

microscópio eletrônico de varredura para análise de remoção de detritos.

Com relação à limpeza, o ultra-som se comportou melhor que a técnica

manual. Os autores concluíram que o uso do ultra-som é um método aceitável

no uso da prática endodôntica.

Haikel; Allemann103, em 1988, avaliaram a efetividade de

limpeza e conformação promovida pelo preparo de canais radiculares com

curvatura através da instrumentação manual, empregando-se limas tipo K e

hedströem alternadamente; instrumentação sônica, empregando o MM 3000

com limas Rispisonic e Helisonic e com limas Shapersonic; instrumentação

mecânica empregando o Sistema Canal Finder. Os resultados através da

análise microscópica eletrônica de varredura dos terços cervical, médio e

apical não mostraram diferença estatisticamente significante entre os

grupos.

Bolanos et al.31, em 1988, compararam 4 métodos de

instrumentação de canais radiculares: o Endosonic Air 3000 com limas

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Rispisonic e limas Shaper; Giromatic com limas Rispi e a instrumentação

manual com limas K-Flex na capacidade de limpeza em dentes humanos

extraídos com a presença ou não de curvatura. Os dentes, após o preparo,

foram seccionados longitudinalmente e avaliados através da microscopia de

dissecção. Os resultados mostraram que o Endosonic Air 3000 com limas

Shaper apresentou menor quantidade de detritos no terço apical nos canais

com curvatura. O aparelho com as limas Rispisonic apresentou maior grau de

limpeza nos três terços em canais retos e no terço cervical dos canais com

curvatura.

Goldman et al. 95, em 1988, avaliaram através da microscopia

eletrônica de varredura e modelos de silicone dos canais, a limpeza e a

forma dada a estes, utilizando as técnicas escalonadas com limas tipo

hedströem no escalonamento; limas unifile; ultra-sônica com o aparelho

Endosonic. Os resultados microscópicos mostraram não haver diferença

estatística significante quanto à limpeza, porém, quando se avaliaram os

modelos de silicone, a técnica onde se empregou a lima hedströem

apresentou um afunilamento mais suave que as outras técnicas.

Já, Haidet et al. 102, em 1989, compararam as técnicas de

escalonamento ápice-coroa (Step-Back) e a sua associação com o ultra-som

na limpeza de canais radiculares de molares inferiores e chegaram a

conclusão que esta associação favorece a limpeza de regiões que a

instrumentação manual não atinge.

Walker; Del Rio228, em 1989, avaliaram histologicamente a

limpeza e planificação das paredes dos canais radiculares através do uso de

aparelhos sônicos e ultra-sônicos e comparados com a técnica manual. Canais

mesiais de 50 molares inferiores foram utilizados no experimento. O

preparo ultra-sônico foi realizado com os aparelhos Cavi-Endo e Enac, e o

sônico com MM 3000 e Endostar 5, tendo a água como solução irrigadora

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para todas as técnicas. Os resultados mostraram não haver diferença

estatística significante entre os grupos, sendo que, as técnicas avaliadas

foram inefetivas na planificação das paredes e na remoção de detritos de

tecido mole do canal principal, istmos entre canais, reentrâncias e deltas

encontrados no terço apical. Os autores, porém salientam a necessidade de

estudos com o uso do hipoclorito de sódio como solução irrigadora e

técnicas coroa-ápice de instrumentação.

Glaser et al.91, em 1989, avaliaram através da microscopia

eletrônica de varredura a limpeza em canais de molares através da

instrumentação sônica, ultra-sônica e manual. Os aparelhos utilizados foram

o Enac, EndoSonic Air MM 3000, Endostar 5 e Cavi Endo manuseados

conforme orientação do fabricante e a instrumentação manual utilizada foi

à técnica da força balanceada e escalonada ápice-coroa (Step-back). Os

espécimes foram avaliados aos níveis de 1, 3 e 5mm do ápice e os resultados

mostraram que a instrumentação manual foi melhor nos 3 níveis estudados.

Rodrigues; Biffi189, em 1989, avaliaram o efeito bactericida do

ultra-som Profi Endo em dentes extraídos com polpa necrótica e lesão

periapical, usando o hipoclorito de sódio 0,5% como solução irrigadora. Após

o preparo biomecânico, os espécimes foram preparados para análise

histológica e avaliados através da limpeza, remanescente pulpar, presença

de microorganismos no canal e dentina tubular. Os resultados mostraram

detritos e microorganismos na região apical e túbulos dentinários, e os

autores concluíram que esta presença estava mais relacionada com a

anatomia do canal que da técnica em si.

No ano seguinte, avaliando a capacidade de limpeza através da

microscopia eletrônica de varredura de três técnicas de instrumentação em

raízes distais de molares inferiores: manual seriada, ultra-sônica e Canal

Finder, Mandell; Machtou; Friedman147, demonstraram que nenhuma técnica

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foi capaz de remover por completo os detritos do interior do canal

radicular, permanecendo áreas recobertas por camada residual e sem

instrumentação.

Nair et al. 174, em 1990, mostraram a presença no interior de

canais radiculares de áreas não instrumentadas abrigando microorganismos

em biópsias de dentes com lesões periapicais.

Através da remoção de corante aderido às paredes dos canais

radiculares de dentes extraídos, Aragão12, em 1991, comparou a eficiência

das técnicas de instrumentação escalonada regressiva complementada com

fresas de Gates Glidden, Oregon modificada, ultra-sônica seriada, ultra-

sônica seriada pré-escalonada com fresas de Gates-Glidden e ultra-sônica

seriada pré-escalonada com lima diamantada. Os resultados mostraram que

a técnica de Oregon modificada foi mais eficiente seguida da técnica

escalonada regressiva, sendo que, as técnicas com o uso do ultra-som foram

as que apresentaram os piores resultados. O mesmo foi visto por Nishiyama;

Garcia175, em 1993, usando a mesma metodologia e comparando as técnicas

de instrumentação de Oregon modificada e escalonada regressiva, através

dos aparelhos Canal Finder, Canal Master U. Os resultados observados

permitiram classificar a técnica de Oregon modificada como a mais

eficiente em todas as avaliações realizadas.

Brosco et al. 36, em 1991, verificaram a capacidade de limpeza

através da microscopia óptica promovida pela técnica de instrumentação

biescalonada isolada ou associada ao ultra-som em 20 incisivos. Os

resultados aos níveis de 1 e 3 mm aquém do ápice radicular mostraram que a

associação da técnica manual com o ultra-som aumenta a capacidade de

limpeza dos canais radiculares. Resultados semelhantes foram observados

por Holanda Pinto; Bramante; Berbert108, no mesmo ano, através da

microscopia eletrônica de varredura e utilizando-se a técnica manual

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escalonada e ultra-sônica com limas 15, 20 e 25 do tipo K-flex energizadas

durante 1,5 minutos.

Seow203, em 1991, comparou a limpeza através da

instrumentação mecânica e ultra-sônica e a combinação de ambas em dentes

decíduos uni e multi-radiculares extraídos. Foram utilizados 108 dentes

inoculados com Streptococcus sanguis. A instrumentação manual foi

realizada com limas tipo K até o diâmetro 25 a 1,5mm aquém do ápice em

movimento circunferencial. Para a instrumentação ultra-sônica foi usado o

aparelho Cavitron utilizando lima de diâmetro 15 em movimento

circunferencial, também a 1,5mm aquém do ápice. Os espécimes foram

preparados para análise através da microscopia eletrônica de varredura e os

resultados indicaram que em dentes multi-radiculares a instrumentação

ultra-sônica foi capaz de remover 81,1% da bactéria inoculada contra 65,2%

da instrumentação manual e a combinação de ambas as técnicas reduziram

95% das bactérias. O autor concluiu que o ultra-som pode ser utilizado com

sucesso em dentes decíduos.

No mesmo ano, Kasahara et al. 118, em pré-molares superiores e

através da remoção de corante preenchido no interior dos canais

radiculares, mostraram falhas do preparo biomecânico nesta remoção,

ressaltando regiões em que a instrumentação não atingia.

Murgel; Walmsley; Walton173, em 1991, avaliaram a limpeza dos

canais radiculares através da microscopia eletrônica de varredura pela

instrumentação realizada com os aparelhos ultra-sônicos magnetoestritivo

Cavi-Endo e piezoelétrico Nusonic, e um aparelho sônico MM 3000. Os

preparos foram realizados pelas técnicas de escalonamento coroa-ápice

(Step-Down) e escalonada ápice-coroa. Os autores concluíram que a técnica

de pré-escalonamento proporcionado pela técnica coroa-ápice favoreceu a

limpeza, quando utilizado o sistema piezoelétrico e o sônico, já o pior

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resultado no uso desta técnica com o sistema magnetoestritivo pode ser

devido às diferentes características do padrão oscilatório das limas

endosônicas quando vibradas por um ou outro sistema.

Com relação a soluções irrigadoras, hipoclorito de sódio e água,

utilizadas em associação ao ultra-som, Walker; Del Rio229, em 1991,

avaliaram histologicamente a capacidade de limpeza em vinte molares

inferiores que foram divididos em 02 grupos de 10 dentes cada, sendo

utilizadas as raízes mesiais com curvatura e comprimento de trabalho a 0,5

mm aquém do ápice. Após a instrumentação, os espécimes foram preparados

para avaliação histológica e a quantidade removida de dentina, pré-dentina,

tecido mole e detritos dos terços cervical, médio e apical foi determinada.

Os resultados mostraram que a associação do hipoclorito de sódio e ultra-

som foi mais efetivo que a água na limpeza do terço médio do canal, porém

ambos os irrigantes foram ineficientes em conjunto com ultra-som na

limpeza do canal principal, istmo e delta do terço apical.

No ano seguinte, surgiu a Técnica de Movimentos Oscilatórios,

idealizada por De Deus68, baseando-se nas técnicas Telescópica, coroa-

ápice (Crown-Down) e propondo mudança na cinemática empregada com a

lima tipo K.

Yap; Stock241, em 1992, compararam 2 técnicas de ultra-som

quanto a capacidade de limpeza e forma final em canais mésio-linguais de

molares extraídos. Foi utilizado o Cavi-Endo com limas tipo K até o diâmetro

25 no comprimento de trabalho seguido de pontas diamantadas até o

diâmetro 40 na porção reta do canal, sendo irrigado com hipoclorito de

sódio. A outra técnica utilizada foi o escalonamento coroa-ápice (Step-

Down) com o aparelho Cavi-Endo, com lima tipo K 15 no terço coronário e

sendo gradualmente avançado até o comprimento de trabalho. Após o

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preparo, um material à base de silicona para moldagem foi injetado e os

dentes foram cortados longitudinalmente sendo que, uma metade foi

avaliada pela quantidade de detrito e o silicone avaliado através da forma.

Os resultados mostraram que a técnica modificada produziu

significantemente canais mais limpos, e que a forma final dependeu muito

mais da sua anatomia inicial que da técnica propriamente dita.

Lumley et al.143, em 1993, avaliaram através da microscopia

eletrônica de varredura, a capacidade de remoção de detritos e camada

residual do interior de canais radiculares de pré-molares inferiores,

comparando as técnicas ultra-sônica e sônica. Foi observado que ambas as

técnicas não foram capazes de limpar completamente as paredes dos canais

instrumentados.

Um sistema composto de um motor (NT Matic) com contra-

ângulo especial que acopla instrumentos de níquel e titânio (NT Engine com

conicidade 02 e McXim com conicidade variável) para o preparo de canais

radiculares foi apresentado em 1993, por McSpadden165. O autor descreve a

seqüência de técnica, citando vantagens como economia de tempo;

eliminação de detritos via coronária; facilidade de preparo em canais

curvos; redução de estresse e ausência de desvios.

Giardino et al. 90, em 1994, compararam a capacidade de

limpeza através do exame histológico das instrumentações mecânica

escalonada e ultra-sônica em dentes de macacos recém extraídos. Os

resultados mostraram que nenhuma das duas técnicas foi eficiente na

remoção da camada de pré-dentina e na limpeza da luz dos canais. No mesmo

ano foi sugerida uma técnica de preparo biomecânico associando o ultra-som

com a instrumentação manual, enaltecendo as vantagens e eliminando

algumas desvantagens de cada técnica. Os autores, Torabinejad; Linda222,

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afirmam que esta associação proporciona canais mais limpos e menor

transporte, proporcionando menor risco de acidentes.

A técnica ultra-sônica foi avaliada quanto à capacidade de

limpeza quando utilizada até o comprimento de trabalho ou não por Costa et

al. 59, em 1994. Dez pré-molares foram selecionados e seus canais

preparados com aparelho ultra-sônico Profi-Endo, sendo que, para as raízes

palatinas, o preparo com o ultra-som foi realizado até o comprimento de

trabalho que foi estabelecido em 1mm aquém do ápice e para a raiz

vestibular o preparo apical foi realizado manualmente sendo utilizado o

ultra-som à 2mm aquém do comprimento de trabalho. Após os preparos, os

espécimes foram levados para análise histológica e os resultados mostraram

que o ultra-som utilizado até o comprimento de trabalho apresentou limpeza

significantemente mais efetiva do terço apical quando comparado à

instrumentação manual, não havendo diferença estatística na limpeza do

terço médio, sendo este significantemente mais limpo que o terço apical.

Lopes; Aguiar136, em 1994, realizaram um estudo em que

compararam o diâmetro cervical produzido pelas limas tipo K e as fresas de

Gates-Glidden de diâmetros correspondentes, quando do preparo

biomecânico dos canais radiculares. Foram utilizados 40 caninos divididos

em 4 grupos onde 10 dentes com coroa e 10 dentes sem coroa foram

instrumentados pela técnica convencional até a lima K no 55; 10 dentes com

coroa e 10 sem foram preparados com as Gates-Glidden até a no 3, sendo

utilizado o hipoclorito de sódio como solução irrigadora. Após a

instrumentação, foram removidas as coroas na junção amelocementária dos

dentes que as apresentavam e fatias transversais de 1mm de espessura da

porção cervical foram retiradas e analisadas em perfilômetro, apontando a

medida de maior diâmetro (vestibular-lingual) e de menor diâmetro (mesial-

distal) dos preparos produzidos. As comparações entre os grupos foram

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40

significantes em relação à distância vestibular-lingual e não significante no

sentido mesial-distal, sendo constatado que as limas tipo K promoveram

maior desgaste dentinário que as fresas de Gates de números

correspondentes.

Prati et al. 181, em 1994, avaliaram através da microscopia

eletrônica de varredura a quantidade de detritos e tecido pulpar residual e

a morfologia da camada residual no terço apical de dentes humanos após

preparo biomecânico manual (Técnica ápice-coroa - Step-back e Roane),

sônico (Excalibur) e ultra-sônico (Suprasson Piezo). As técnicas manuais

apresentaram camada residual homogênea e sem resíduos pulpares, sem

diferença estatística entre elas. A técnica ultra-sônica mostrou completa

remoção da camada residual com pequena quantidade de detritos no terço

apical, enquanto o Excalibur mostrou quase completa remoção com camada

homogênea de detritos pulpares ao longo do canal.

Criando inovações em relação ao desenho dos instrumentos

endodônticos, Buchanan37, em 1994, divulgou o emprego de instrumentos

com variação da conicidade convencional de 0,02 mm/mm para conicidades

de 0,04, 0,06, 0,08, 0,10 e 0,12 mm/mm. Também alterou o padrão do

diâmetro da sua ponta para um aumento constante de 29%, denominando-os

de instrumentos série 29.

Avaliando a eficiência de três técnicas na limpeza da porção

apical de canais curvos, Wu; Wesselink239, em 1995, utilizaram canais

mésio-vestibulares de 135 molares inferiores com curvatura entre 20 e 30º

divididos em 6 grupos. Os grupos 1 e 2 foram instrumentados pela técnica

de escalonamento ápice-coroa (Step Back) com instrumento de memória

diâmetro 25 em movimento de limagem e Gates-Glidden no preparo dos

terços cervical e médio sendo que no grupo 1, os canais foram irrigados com

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41

água destilada e no grupo 2, com hipoclorito de sódio 2%. Os grupos 3 e 4

foram instrumentados pela técnica escalonada coroa-ápice (Crown-Down),

usando a Gates-Glidden nos terços cervical e médio e com instrumento de

memória no 25 com movimento de limagem, sendo que no grupo 3 os canais

foram irrigados com água destilada e no grupo 4, com hipoclorito de sódio

2%. Os grupos 5 e 6 foram instrumentados pela Técnica da Força

Balanceada usando Gates-Gliden e instrumentos Flex-R com diâmetro 45, os

canais do grupo 5 foram irrigados com água destilada e no grupo 6 foram

irrigados com hipoclorito de sódio 2%. A capacidade de limpeza foi avaliada

pela quantidade de detritos através de um estereomicroscópio com um

micrômetro calibrado. Os resultados indicaram que a porção apical foi

menos limpa que os terços cervical e médio independente da técnica

utilizada, e que a técnica da Força Balanceada produziu um terço apical mais

limpo que as outras técnicas avaliadas.

Já Maniglia; Biffi148, em 1995, compararam as técnicas manual

e ultra-sônica em raízes mésio-vestibulares e palatinas de molares

superiores humanos recém-extraídos através de uma análise

computadorizada e verificaram que os detritos deixados no interior dos

canais radiculares relacionavam-se à complexidade anatômica e independeu

da técnica utilizada.

Isom; Marshall; Baumgartner113, em 1995, compararam o

preparo de canais com fresas de Gates-Glidden no 2 e 3 e dilatadores (M-

series Canal Openers) através da espessura das paredes radiculares de

molares inferiores humanos extraídos na altura da furca. Os resultados

mostraram que as Gates removeram maior quantidade de dentina que os

dilatadores manuais. Os autores sugerem que os instrumentos de maior

calibre devem ser de uso restrito a entrada dos canais, evitando-se assim

desgastes excessivos em dentes multirradiculados.

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42

Ainda em 1995, Kataia et al. 119, compararam a técnica ultra-

sônica utilizando o Canal Finder com a técnica rotatória usando limas de

níquel e titânio em raiz mésio-vestibular de molares superiores humanos

recém extraídos, usando o EDTA 17% associado ao hipoclorito de sódio

como solução irrigadora. As raízes foram analisadas em microscópio

eletrônico de varredura e, através de imagens computadorizadas, os autores

observaram que a técnica de instrumentação rotatória com limas de níquel e

titânio foi mais eficiente na remoção de camada residual do interior dos

canais radiculares.

Ainda em 1995, Cayón; Suñé; Monné46, descreveram sobre os

instrumentos dos sistemas Lightspeed e Profile Série 29, suas

características, mecanismo de ação e aplicação clínica. Através de exames

radiográficos pré e pós-operatórios, comprovaram os bons resultados dos

dois sistemas.

No ano seguinte e com relação aos sistemas rotatórios de

instrumentação, Laurichesse125 descreveu as características do sistema

McXim. Segundo o autor, a série é composta por instrumentos que possuem

quatro desenhos e seis conicidades diferentes para se adaptar a cada

particularidade que se pode encontrar desde o princípio até o final do

preparo. O autor ainda cita o Sistema Quantec como uma evolução da série

McXim. Sistema este idealizado por McSpadden, no mesmo ano,

denominando de Quantec série 2000, onde houve alteração de seu desenho

e ponta.

Ainda sobre o sistema Quantec, Korzen123, em 1996, ressaltou

a sua composição em níquel e titânio, a variação de conicidade, ângulo de

corte positivo, lâminas que auxiliam na remoção de detritos dentinários,

aumento da massa periférica evitando trincas no corpo do instrumento e

assimetria das lâminas cortantes para ajudar a manter a integridade do eixo

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43

central. O autor ainda descreve uma seqüência de técnica reduzida. No ano

seguinte, Kherlakian; Ferreira; Zuolo120, propõem variação da técnica

preconizada com o sistema, indicando a utilização das fresas de Gates-

Glidden números 1, 2 e 3, e refinando o preparo apical com instrumentos

manuais números 30 e 35, buscando melhorar os aspectos de limpeza e

desinfecção.

O uso de instrumentos de níquel-titânio manual (Mity, J.S.

Dental) foi comparado às limas de aço inoxidável (JS Dental) por Coleman et

al. 56, em 1996, no preparo de canais radiculares utilizando raízes mesiais de

molares inferiores com curvatura de no mínimo 30 graus. As raízes,

embebidas em resina, foram seccionadas em três partes, conforme

metodologia proposta por Bramante; Berbert; Borges34, em 1987,

permitindo a avaliação antes e após a instrumentação. As secções foram

posicionadas na mufla para a instrumentação, onde não foi empregado

nenhum tipo de solução irrigadora. No interior do canal foi colocada cera

vermelha para a documentação das imagens direto no computador. As

imagens antes e após o preparo foram superpostas e analisadas em relação à

centralização, transporte, forma do canal e área de dentina removida. O

tempo de preparo também foi documentado. Os resultados mostraram não

haver diferença estatística significante em relação à área removida, ao

tempo de instrumentação e à forma final dos canais radiculares entre os

instrumentos estudados, porém os de níquel e titânio promoveram menos

transporte dos canais e permaneceram mais centralizados no terço apical.

Duarte et al. 71, em 1996, analisaram a capacidade de limpeza

através da remoção de corante das Técnicas de Oregon Modificada e de

Goerig, utilizadas manualmente ou com auxílio do aparelho CH20. Os

resultados mostraram que a técnica de Oregon modificada foi superior a de

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Goerig, e que o método manual foi melhor que o mecânico, apesar de não ser

estatisticamente significante.

Lopes et al. 137, em 1996, relataram as características e formas

de emprego dos instrumentos do sistema Profile no preparo de canais

radiculares. Os autores concluíram que, em função da superelasticidade da

liga de NiTi, da conicidade .04 e do aumento constante de 29% no diâmetro,

os mesmos apresentam vantagens em relação aos instrumentos ISO, sendo a

técnica mais rápida que a manual.

Sydney et al. 213, em 1996, avaliaram através da microscopia

eletrônica de varredura a remoção da camada residual após a

instrumentação de canais radiculares através da técnica manual e

automatizada. Trinta e cinco laterais superiores com moderada curvatura

foram usados no experimento e divididos em 07 grupos. O grupo 1 não foi

instrumentado, sendo somente utilizado EDTA por 5 minutos. Os grupos 2, 4

e 6 foram instrumentados pela técnica manual e irrigados com solução salina

(grupo 2), hipoclorito de sódio 1% (grupo 4) e hipoclorito de sódio 1% e

EDTA (grupo 6). Os grupos 3, 5 e 7 foram preparados com o sistema Canal

Finder e com as mesmas irrigações. Os espécimes foram preparados e

fotomicrografias foram realizadas dos terços cervical, médio e apical. Os

resultados mostraram que os preparos realizados com a associação do

hipoclorito de sódio 1% e EDTA apresentaram superfícies mais limpas do

que aqueles que foi utilizado a solução irrigadora isolada.

Valli; Lata; Jagdish225, em 1996, avaliaram a capacidade de

limpeza do Canal Master e da instrumentação manual com limas tipo K nas

paredes do canal radicular de incisivos centrais superiores extraídos.

Através da microscopia eletrônica de varredura e imagens

computadorizadas, os autores chegaram a conclusão que nenhuma das duas

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45

técnicas foi capaz de remover completamente a camada residual, mesmo

tendo o Canal Master com os melhores resultados.

A remoção de detritos através das técnicas escalonada ápice-

coroa (Step-Back) com e sem prévia dilatação cervical e usando ou não o

ultra-som na irrigação final e da técnica ultra-sônica foi avaliado por Heard;

Walton107, em 1997. Foram utilizados molares humanos, avaliados nos terços

cervical, médio e apical. Os resultados mostraram que não houve diferença

estatística entre as técnicas em qualquer dos terços avaliados, sendo que

nenhuma delas removeu completamente a camada residual do interior dos

canais radiculares. No mesmo ano, oito diferentes técnicas automatizadas e

uma manual foram avaliadas por Hüllsmann; Rümmelin; Schäfers110. Cento e

cinqüenta incisivos inferiores foram instrumentados pelas técnicas com

Endolift, Canal Leader 2000, Canal Finder System, Intra-Endo 3-LDSY,

Giromatic, ultra-som Piezon Master 400 com água oxigenada 5% ou

hipoclorito de sódio 1% , Excalibur, Endoplaner e manual com limas

hedströem e reamers. Os espécimes foram avaliados pelo microscópio

eletrônico de varredura baseado na presença ou não de camada residual e

detritos, mostrando que nenhuma das técnicas os removeu completamente.

O ultra-som mostrou melhores resultados seguido do Canal Leader 2000 e

instrumentação manual, porém o uso do Giromatic, Endolift, Canal Finder

System e Intra-Endo 3 LDSY resultou em insuficiente limpeza das paredes

do canal.

Através da análise histológica, Siqueira Jr et al.205, em 1997,

avaliaram a capacidade de limpeza de cinco técnicas de instrumentação no

terço apical de canais radiculares curvos. Canais mesiais de molares

inferiores foram instrumentados pelas técnicas escalonada ápice-coroa

(Step-Back) usando instrumentos de aço inoxidável com diâmetros de 15 a

25 e níquel titânio de diâmetro 35, ultra-som com ENAC e ponta ultra-

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sônica com diâmetro 15, técnica da Força Balanceada com limas flex-R com

diâmetro 25 e Canal Master U com lima do kit de diâmetro 35. Os 5mm

apicais foram processados histologicamente e examinados quanto ao

remanescente de tecido mole, pré-dentina e quantidade de detritos. Os

resultados mostraram não haver diferença estatística entre as técnicas,

sendo que todas foram efetivas na remoção da maior quantidade de tecido

do canal, porém nenhuma removeu totalmente, principalmente porque a

anatomia interna do canal era complexa.

Sobre os instrumentos manuais usados no preparo biomecânico,

Schäfer196, em 1997, realizou uma revisão e relatou que os instrumentos de

níquel e titânio inicialmente foram construídos com aproximadamente 55%

de níquel e 45% de titânio por peso no Laboratório de Artilharia Naval,

sendo o mesmo fabricado na China como Nitalloy com 56% de níquel e 44%

de titânio. Encontram-se ainda ligas denominadas de Nitinol contendo 55 ou

60% de níquel e 45 ou 40% de titânio. Ainda em 1997, Tucker; Wenckus;

Bentkover223, compararam a capacidade de desgaste destas limas, porém

acionadas a motor e as limas manuais Flexofile com movimento de limagem

anticurvatura em raízes mesiais de molares inferiores. Através de imagens

digitalizadas, foram calculadas as porções instrumentadas por meio de

cálculos percentuais do perímetro total. Os canais foram seccionados em

três níveis: 1mm; 2,5 mm e 5 mm aquém do comprimento de trabalho. Os

resultados não mostraram diferença estatisticamente significante.

Frajlich85, em 1998, afirma que a fase mais importante e difícil

da terapêutica endodôntica é a de preparo biomecânico, estando relacionada

com a complexidade anatômica dos canais radiculares. E levando em

consideração esta complexidade, Fabra Campos; Monteverde Rovira; Chordá

Martinez79, avaliaram o preparo dos 2/3 coronários através do uso de

fresas de Gates-Glidden ou instrumentos rotatórios de níquel e titânio do

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sistema Profile série 29 de conicidade 0,04 em raízes mesiais de molares

inferiores curvos. Após a confecção do batente apical com lima tipo K nº 25,

os canais foram preparados com fresas de Gates-Glidden 1, 2 e 3 ou

instrumentos Profile números 5, 6 e 7. Foram realizados cortes de

milímetro em milímetro para a comparação dos preparos. Os resultados

mostraram que o Profile preparou melhor os terços cervical e médio,

apresentando menor risco de fratura do instrumento, maior rapidez de

trabalho e maior poder de corte que as fresas de Gates-Glidden.

Dalton et al. 65, em 1998, avaliaram a redução bacteriana

através da instrumentação rotatória utilizando instrumentos Profile série

29, e manual pela técnica escalonada ápice-coroa (Step-Back) com limas tipo

K. O preparo biomecânico foi coadjuvado com soro fisiológico. Foram

selecionados 48 pacientes com molares e pré-molares que apresentavam

periodontite apical. Amostras foram realizadas antes, durante e após a

instrumentação e foram incubadas anaerobicamente por 7 dias a 37 ºC. Os

resultados mostraram que não houve diferença estatística significante

entre as duas técnicas, sendo que nenhuma delas proporcionou canais livres

de bactérias. No ano seguinte, Siqueira Jr. et al. 206, avaliaram esta

redução através dos instrumentos dos sistemas Profile .06 e Greater Taper

(GT) e limas manuais Nitiflex em 35 pré-molares inferiores. Todas as

técnicas se mostraram eficientes na redução do nº de bactérias, porém a

manual foi mais eficiente, pois em canais ovalados os sistemas rotatórios

preparam algumas áreas do canal, deixando outras intocadas.

Medioni et al. 167, em 1999, através da microscopia eletrônica

de varredura avaliaram a performance dos Sistemas Profile Série 29,

Quantec 2000, Hero 6.4.2 e das limas tipo K manuais. Os resultados

mostraram ser os sistemas interessantes no preparo dos terço cervical, e a

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superfície mais lisa foi obtida com os sistemas Quantec, depois Hero,

Profile e limas tipo K, respectivamente.

Schrader; Ackermann; Barbakow201, em 1999, descreveram a

técnica de instrumentação rotatória utilizando o sistema Profile empregado

pela divisão de Endodontia da Escola Dental de Zurique, passo a passo

usando radiografias e fotografias. Os autores citam que estes instrumentos

apresentam diferentes especificações quando comparados aos instrumentos

convencionais. Basicamente a técnica envolve o preparo do terço coronal do

canal usando em associação às fresas de Gates-Glidden removendo toda a

interferência, sendo o comprimento de trabalho estabelecido através de

limas manuais. O terço apical foi preparado usando somente Profile. Três

casos clínicos foram descritos ilustrando o potencial da técnica. No mesmo

ano, e sob o aspecto da localização de áreas de direto contato destes

instrumentos com a dentina em incisivos inferiores, Blum; Machtou;

Micallef29, observaram que para os instrumentos de conicidade .06, as áreas

de contato ficaram no corpo do instrumento e para os instrumentos .04, na

ponta, sugerindo cuidado com a fratura no uso dos instrumentos .04.

Ainda em 1999, Roggendorf et al. 190, analisaram em

microscopia eletrônica de varredura a qualidade do preparo e a capacidade

de remoção de detritos propiciada pelos sistemas Profile Série 29, Quantec

e Lightspeed e comparando-os com a instrumentação manual. Os resultados

mostraram que os sistemas rotatórios foram superiores à instrumentação

manual tanto na qualidade final do preparo, quanto na limpeza, sendo que o

Sistema Profile apresentou os melhores resultados. E, Bertrand et al.25, em

experimento semelhante, avaliaram os instrumentos Quantec 2000

comparado-os as limas tipo K manual pela técnica do escalonamento

regressivo. A solução irrigadora empregada foi o hipoclorito de sódio a 3%.

Os terços cervical, médio e apical foram avaliados e os resultados

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apontaram menor quantidade de camada residual nos terços médio e apical

dos canais preparados com o sistema Quantec.

Bonini32, em 1999, estudou in vitro a capacidade de limpeza dos

canais radiculares através da avaliação histológica e morfométrica de

quatro diferentes técnicas de instrumentação. Foram utilizados 20 incisivos

centrais superiores, sendo divididos em 4 grupos de 5 dentes cada. As

técnicas de instrumentação utilizadas foram convencional, técnica

escalonada ápice-coroa (Step-Back), escalonada coroa-ápice (Crown-Down) e

a técnica de instrumentação ultra-sônica, sendo utilizadas as limas tipo K.

Os dentes foram seccionados transversalmente para a análise dos detritos.

As técnicas de instrumentação foram ordenadas em ordem decrescente

quanto à capacidade de limpeza do canal radicular: coroa-ápice, ápice-coroa,

ultra-sônica e convencional. O estudo mostrou não haver diferença

estatisticamente significante quanto aos terços médio e apical examinados,

sendo que nenhuma das técnicas foi capaz de proporcionar canais livres de

detritos.

Jensen et al. 116, em 1999, compararam a capacidade de limpeza

usando o ultra-som e aparelho sônico após o preparo manual de 60 molares

com curvatura. Todos os canais foram preparados nos terços cervical e

médio com as fresas de Gates-Glidden 2, 3 e 4 e instrumentados

manualmente com limas Flex R pela técnica da Força Balanceada. A solução

irrigadora utilizada foi hipoclorito de sódio 5,25%. Os espécimes foram

então divididos em três grupos sendo que no grupo 1 só foi realizado a

instrumentação manual, no grupo 2, após a instrumentação manual, o

aparelho sônico MM1500 com uma lima Ripisonic com diâmetro 15 foi

colocado 2mm aquém do comprimento de trabalho e ativado por 3 minutos.

O grupo 3, após a instrumentação manual , o ultra-som Mini-Endo com lima

15 foi colocado 2mm aquém do comprimento de trabalho e ativado por 3

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50

minutos. Os espécimes foram preparados e fotomicrografias dos 6 mm

apicais foram realizadas. Uma grade transparente foi colocada sobre as

imagens projetadas e a quantidade de detritos foi contada. A média de

detritos para os canais instrumentados pela técnica manual foi de 31,6%,

15,1% para os canais instrumentados com aparelho sônico e 16,7% para o

grupo instrumentado com o ultra-som, sendo que para os grupos 2 e 3 não

houve diferença estatística significante.

Lumley142, em 2000, avaliou a limpeza de canais radiculares e

preparo apical após o uso de duas diferentes técnicas seguido do preparo

com limas manuais de conicidade (Taper) maior. Trinta canais mesiais e

trinta canais distais de molares inferiores foram preparados com limas

manuais com conicidade .08 e .10 respectivamente (GT), após este preparo

inicial, instrumentos com taper .02 foram usados incrementalmente com o

escalonamento ápice-coroa (Step-Back). Metade dos canais foram

instrumentados até o diâmetro 35, 1 mm aquém do ápice. A outra metade

até o diâmetro 60 e depois escalonado. Hipoclorito de sódio 4,5% e REDTA

17% foram usados como soluções irrigadoras para ambas as técnicas. A

limpeza foi avaliada pela quantidade de detritos remanescentes, usando

microscópio ótico com aumento de 50 vezes e micrômetro calibrado. Os

resultados apontaram que os canais preparados com diâmetro 60 foram

significantemente mais limpo que aqueles com diâmetro 35.

Em 2000, e considerando a anatomia dos canais radiculares,

Schäfer; Zapke198, compararam a eficiência do sistema Profile com a

instrumentação automatizada realizada pelo aparelho Kavo-Endo Flash

utilizando limas K-flexofile, e instrumentação manual. A completa limpeza

dos canais não foi alcançada, porém o Sistema Profile foi superior,

principalmente em canais curvos.

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51

O desgaste da parede dentinária dos terços cervical e médio

de canais radiculares durante o preparo biomecânico realizado pela técnica

cérvico-apical com a utilização de instrumentos rotatórios como as fresas

de Gates-Glidden, Largo, instrumentos Profile Orifice Shapers e Pow-R

Coronal Shapers, foi avaliado por Machado146, em 2000. Foram utilizados 56

canais mésio-vestibulares de molares superiores, com 30o de curvatura,

auxiliados pelo líquido de Dakin ou Endo- PTC em constantes renovações. Os

resultados através da análise de radiografias digitais e o programa

computadorizado ImageLab revelaram que todos os sistemas rotatórios

promoveram um aumento da área do canal nos terços cervical e médio, sendo

que os instrumentos Profile apresentaram os menores desgastes e as brocas

de Largo os maiores.

No mesmo ano, Peters; Barbakow178, observaram a limpeza de

canais propiciada pelos sistemas Profile e Lightspeed através da

microscopia eletrônica de varredura. Segundo os autores, o sistema

Lightspeed apresentou melhor remoção da camada residual. Já, Ahlquist et

al. 10, em 2001, compararam a instrumentação manual e o sistema Profile

.04/.06 e os resultados mostraram que a instrumentação manual foi

superior na limpeza do terço apical.

Hülsmann; Schade, Schäfers111, em 2001, avaliaram a

capacidade de limpeza entre outros parâmetros, de 2 diferentes sistemas

rotatórios: Hero 642 e Quantec SC. Molares inferiores apresentando

curvaturas foram utilizados no estudo e avaliados através da metodologia

proposta por Bramante; Berbert; Borges34, em 1987. Os resultados através

da microscopia eletrônica de varredura mostraram que o sistema Hero 642

obteve os melhores índices de limpeza que o sistema Quantec com relação à

remoção de detritos, e com relação à camada residual, os resultados foram

semelhantes entre as duas técnicas.

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Em 2001, Evans; Speight; Gulabivala78, compararam através da

microscopia eletrônica de varredura o efeito da técnica manual escalonada

ápice-coroa (Step-Back) e do sistema Quantec 2000 na remoção do

conteúdo pulpar e pré-dentina. Não houve diferença estatística entre os

grupos, sendo que nas regiões polares foram registrados os maiores escores

de tecido pulpar remanescente.

A capacidade de remoção bacteriana foi avaliada por Rolison;

Barnett; Stevens191, em 2002, através da instrumentação com 2 diferentes

sistemas rotatórios: Profile e Pow-R. Molares inferiores extraídos foram

inoculados com Enterococcus Faecalis e instrumentados com o sistema Pow-

R com instrumento de memória 50 e sistema Profile com memória 35. Os

resultados sugeriram que a instrumentação com instrumento mais calibroso

como memória foi mais efetiva na remoção de bactérias. No mesmo ano,

Coldero et al. 55, compararam in vitro a redução bacteriana usando sistema

rotatório GT em canais radiculares palatinos de molares superiores

infectados com Enterococcus faecalis. Todos os canais foram preparados

pela técnica escalonada coroa-ápice (Crown-Down) sendo que em um dos

grupos, o instrumento final foi o 25.04 e no outro foi realizado o

alargamento apical adicional com instrumento 35.04. Os resultados,

contrários aos de Rollison; Barnett; Stevens191, mostraram não haver

diferença estatística quando foi utilizado o maior alargamento apical,

concluindo que não há necessidade em remover muita dentina na porção

apical.

Já, Card et al. 44, em 2002, avaliaram in vivo a efetividade do

alargamento apical maior que o padrão, na redução bacteriana em dentes

com lesão periapical. Os instrumentos utilizados foram Profile .04 e

Lightspeed, e os canais irrigados com hipoclorito de sódio 1%. Os resultados

mostraram que os 2 sistemas não foram diferentes estatisticamente e

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53

concluíram que dentes com sistema de canais radiculares mais simples

podem reduzir substancialmente o nº de bactérias quando preparos deste

tipo são realizados.

Siqueira Jr. et al.207, em 2002, avaliaram in vitro a redução

bacteriana produzido por 2 diferentes técnicas de instrumentação e

diferentes soluções irrigadoras. Canais radiculares foram inoculados com

Enterococcus faecalis e preparados pelas técnicas da rotação alternada

descrito por Siqueira com limas NiTiflex e rotatória com instrumentos GT

ajustado a um aparelho com 185 rpm, sendo utilizado diferentes agentes

irrigadores: hipoclorito de sódio 2,5% e clorhexidina 2%; hipoclorito de

sódio 2,5% e ácido cítrico 10%; hipoclorito de sódio 2,5%. Amostras dos

canais foram analisadas antes e após o preparo. Os resultados mostraram

que todas as técnicas e soluções testadas diminuíram o nº de bactérias do

interior do canal, não havendo diferença estatística entre os grupos, os

autores concluíram que a solução irrigadora tem papel importante durante o

preparo biomecânico.

Com relação à complexidade anatômica dos canais radiculares,

no ano de 2002, Barbizam et al.17, compararam histologicamente o sistema

Profile .04 e a técnica manual coroa-ápice executada com limas tipo K em

canais achatados de incisivos inferiores. Os autores notaram que a técnica

manual foi mais eficiente apesar de nenhuma delas limpar completamente o

canal radicular.

Rödig et al. 188, em 2002, compararam a qualidade de preparo

do canal distal de molares inferiores ovalados usando três diferentes

sistemas de instrumentação rotatória: Lightspeed, Profile .04 e Quantec

SC. 3 grupos de 20 dentes foram preparados através da metodologia

proposta por Bramante; Berbert; Borges 34, em 1987, e as instrumentações

Page 70: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReevviissããoo ddee LLiitteerraattuurraa

54

realizadas dando ênfase às paredes vestibular e lingual. Os espécimes

foram avaliados através de fotografias pré e pós-operatórias dos preparos

quanto a capacidade de limpeza e tempo de trabalho desprendido para cada

técnica. A sobreposição das imagens pré e pós-operatórias revelou extensas

áreas vestibular e lingual não instrumentadas ou incompletamente

instrumentadas pelos três sistemas. Quanto à remoção de detrito o sistema

Quantec apresentou os melhores resultados, seguidos do Profile e

Lightspeed. Os autores concluíram que os instrumentos freqüentemente

produziram forma circular, sendo que as extensões vestibular e lingual não

foram preparadas adequadamente.

Também em canais ovais, Weiger; El Ayouti; Löst237, em 2002,

determinaram a eficiência da instrumentação manual e rotatória. 75 canais

foram divididos em 3 grupos e selecionados em 2 níveis. O terço apical foi

preparado com Lightspeed, o terço médio, com a secção oval, foi preparado

com limas tipo Hedströem usando a instrumentação circunferencial;

Lightspeed pela técnica Step-back ou Hero com movimento circunferencial.

Fotografias pré e pós-operatórias foram superpostas e analisadas através

de um estereomicroscópio. Os resultados mostraram que a instrumentação

circunferencial usando limas convencionais e a instrumentação rotatória não

foram capazes de limpar completamente toda parede oval do terço médio,

sem diferença estatística significante entre as limas hedströem e os

instrumentos Hero.

Em molares inferiores com curvatura, Versümer; Hülsmann;

Schäfers226, em 2002, compararam 2 sistemas de instrumentação

rotatórias, Profile e Lightspeed. A metodologia utilizada foi proposta por

Bramante; Berbert; Borges34., em 1987. Os 2 sistemas foram utilizados

segundo orientação do fabricante, sendo que, para o Lightspeed, a técnica

escalonada ápice-coroa (Step-back) foi preconizada e para o Profile a

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RReevviissããoo ddee LLiitteerraattuurraa

55

técnica escalonada coroa-ápice (Crown-down). Dentre os parâmetros

analisados estava a capacidade de limpeza, avaliada através da microscopia

eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que na remoção de

detritos, o sistema Lightspeed ofereceu os melhores resultados, porém sem

diferença estatística significante entre eles. Quanto à presença da camada

residual, os resultados foram semelhantes, porém em menor quantidade

para o Sistema Lightspeed.

Schäfer; Lohmann197, em 2002, avaliaram a capacidade de

limpeza em canais curvos de dentes extraídos através da instrumentação

rotatória com instrumentos de NiTi pela técnica escalonada coroa-ápice,

FlexMaster e instrumentação manual com limas Flexofile. Todo preparo

biomecânico foi realizado com irrigação de hipoclorito de sódio. Os canais

foram avaliados através da microscopia eletrônica de varredura. A limpeza

total dos canais não foi observada em nenhuma das técnicas. De uma

maneira geral, a instrumentação manual resultou menor quantidade de

detritos e camada residual no terço apical, porém sem diferença estatística

significante.

Gambarini; Laszkiewicz88, em 2002, avaliaram através da

microscopia eletrônica de varredura a quantidade de detritos e camada

residual remanescente após a instrumentação com o sistema GT. Pré-

molares com canal único foram preparados pela técnica escalonada coroa-

ápice (Crown-down) e os resultados obtidos dos terços cervical, médio e

apical mostraram não haver diferença estatística entre os terços estudados

com relação à presença de detritos, porém em relação à camada residual

remanescente, o terço coronário se apresentou mais limpo que os terços

médio e apical.

Mayer; Peters; Barbakow160, em 2002, avaliaram o efeito da

instrumentação rotatória e ultra-sônica na remoção de detritos e

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RReevviissããoo ddee LLiitteerraattuurraa

56

quantidade de camada residual através da microscopia eletrônica de

varredura. Pré-molares e caninos foram divididos em 6 grupos sendo os

grupos 1, 2 e 3 preparados com o sistema Profile .04 enquanto os grupos 4,

5 e 6 com sistema Lightspeed. Ainda, os grupos 2 e 5 receberam

energização ultra-sônica com lima tipo K de diâmetro 15 e os grupos 3 e 6

energizados com instrumentos NiTi. Os resultados foram analisados a 3, 6 e

9mm do ápice e mostraram que os espécimes energizados com ultra-som não

influenciaram na remoção de detritos e camada residual, sendo que a maior

quantidade de detritos estava na porção apical.

Tan; Messer215, em 2002, compararam a qualidade do

alargamento apical de canais mésio-linguais de molares inferiores usando

limas tipo K pela técnica com e sem preparo coronal e instrumentos

rotatórios Lightspeed. O preparo apical para a técnica escalonada ápice-

coroa (Step-back) foi realizado segundo o critério de Grossman, ou seja, 3

números maior que o 1º instrumento que penetrou no comprimento de

trabalho. Para o Lightspeed, o preparo apical foi baseado na recomendação

do fabricante. A limpeza do canal, transporte e forma final foram

determinadas histologicamente. O terço apical foi preparado com

instrumento de calibre significantemente maior quando usado o Lightspeed

que com as limas manuais. A instrumentação com Lightspeed apresentou

canais mais limpos, com menor transporte e melhor forma que a

instrumentação manual, porém nenhuma das 3 técnicas utilizadas foi

totalmente efetiva na limpeza do canal radicular.

Em 2003, Gonçalves Jr. 97, comparou in vitro,

quantitativamente e qualitativamente, a eficiência das técnicas de

instrumentação Profile .04/.06, de sua associação com as limas hedströem e

da técnica de Oregon modificada na remoção de corante aderido às paredes

de canais radiculares achatados de incisivos inferiores e segundo pré-

Page 73: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReevviissããoo ddee LLiitteerraattuurraa

57

molares superiores. Os resultados mostraram que nenhuma técnica removeu

completamente o corante aderido, sendo que a técnica manual obteve os

melhores resultados, e que a associação das limas hedströem ao preparo

com o sistema Profile foi superior do que quando este foi utilizado sozinho.

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33.. PPRROOPPOOSSIIÇÇÃÃOO

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PPrrooppoossiiççããoo

59

33.. PPRROOPPOOSSIIÇÇÃÃOO

Avaliar, comparativamente, qualitativa e quantitativamente, in vitro a

capacidade de remoção de corante aderido às paredes dos canais

radiculares, com achatamento proximal, utilizando três diferentes métodos

de instrumentação:

mecânica-rotatória coroa-ápice, com instrumentos de níquel e titânio

(Sistemas K 3 e ProTaper);

ultrassônica coroa-ápice e

manual-mecânica progressiva coroa-ápice sem pressão apical (Técnica de

Oregon Modificada).

Page 76: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

44.. MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOOSS

Page 77: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

61

44.. MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOOSS

Para esse estudo foram selecionados 40 dentes entre incisivos

centrais, laterais e pré-molares inferiores permanentes humanos, extraídos

por razões diversas, oriundos do arquivo de dentes da disciplina de Anatomia

Dental da Faculdade de Odontologia de Marília – UNIMAR, que apresentavam

achatamento proximal bem definido na porção radicular, de tamanho e formas

aproximados, com raízes íntegras, retas e ápices totalmente formados. Os

dentes ficaram armazenados em solução de formol a 10% até o momento da sua

utilização, quando foram lavados abundantemente em água corrente e, em

seguida, radiografados nos sentidos vestíbulo-lingual e proximal, utilizando-se

filme radiográfico periapicalα, com a finalidade de selecioná-los, avaliando as

condições anatômicas das cavidades pulpares. Foram feitas as aberturas

coronárias, objetivando o acesso livre e direto ao canal radicular, com turbina

de alta rotação e refrigeração ar-água, com broca diamantada esférica e

tronco-cônica, de maneira convencional. Concluídas as aberturas, o conteúdo

das cavidades pulpares foi removido com lima tipo K nº 15β, e os forames

apicais desobstruídos com uma lima tipo K nº 10β; os canais foram irrigados com

solução de hipoclorito de sódio a 2,5% e aspirados com auxílio de uma cânula 25

x 5, acoplada a uma ponta de aspiração, completando-se a secagem com pontas

de papel absorventesχ.

O comprimento do dente foi determinado a partir da borda incisal ou

cúspide vestibular até o forame apical, evidenciado pela guia de penetração de

α Eastman Kodak Comp., Rochester, NY, USA. β Kerr, Sybron Endo, Califórnia, USA χ Dentsplay Ind. Com. Ltda., Rio de Janeiro, Brasil.

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MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

62

uma lima tipo K nº 15β quando esta aparecia no forame. O comprimento de

trabalho de cada dente foi obtido diminuindo 1,0 mm do comprimento do dente.

Depois de secos com pontas de papel absorventesδ, os canais foram

preenchidos com o corante tinta nanquim vermelhaε (figura 1), com auxílio de

uma seringa de insulinaφ, até a extrusão pelo forame, empregando-se após, uma

lima tipo Kerr fina em movimento de bombeamento, com a finalidade de

prevenir a ocorrência de bolhas. Os dentes permaneceram à temperatura

ambiente por 48 horas para a completa secagem do corante, após o que, foram

divididos em 4 grupos de 10 dentes (sendo que cada grupo ficou com número

igual de incisivos e pré-molares) e instrumentados por três métodos

diferentes: mecânica rotatória coroa-ápice, utilizando os Sistemas K3 da Kerrγ

(Grupo I) e ProTaper da Mailleferη (Grupo II), manual-mecânico progressivo

coroa-ápice sem pressão apical (Grupo III) e ultrassônica coroa-ápice (Grupo

IV).

Figura 1. Canal radicular sendo preenchido com tinta corante nanquim.

δ Dentsplay Ind. Com. Ltda., Rio de Janeiro, Brasil. ε Acrilex Tintas Especiais S.A., São Paulo, Brasil. φ Becton Dickinson Ind. Cirúrgicas Ltda, Curitiba, Brasil. γ Kerr, Sybron Endo, Califórnia, USA. η Dentsplay-Maillefer S.A., Suiça.

Page 79: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

63

4.1 - Métodos de instrumentação

Para a realização da instrumentação mecânica rotatória foi utilizado

o micromotor elétrico para Endodontia Endo Plusι (Figura 2) ajustado a uma

velocidade de 250 rpm constante no sentido horário, e torque ajustado no

número 3. Foram empregadas limas de níquel e titânio de dois sistemas

distintos: Sistema K3 (Figura 3) e Sistema ProTaper (Figura 4).

Figura 2. Micromotor elétrico para Endodontia Endo Plus.

Figura 3. Sistema Rotatório K 3.

ι VK Driller Equipamentos Elétricos Ltda., São Paulo, Brasil.

Page 80: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

64

Figura 4. Sistema Rotatório ProTaper.

GRUPO I – Seqüência da técnica mecânica-rotatória com Sistema K 3.

Instrumentação

Coroa-ápice

Instrumento Conicidade

Terço cervical Orifice opener 1 e 2 25.10 e 25.08

Terços médio

e

apical

30

25

20

30

25

20

.06

.06

.06

.04

.04

.04

Comprimento de

Trabalho

25 .04

Page 81: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

65

GRUPO II– Seqüência da técnica mecânica-rotatória com Sistema ProTaper.

Instrumentação

Coroa-ápice

Instrumento Diâmetro

Anatômico

Terço cervical SX

Terços médio

e

apical

S1

S2

F1

F2

F3

20

25

30

Comprimento de

Trabalho

F2 25

Para a execução das duas seqüências da técnica mecânica-

rotatória (Grupos I e II), o instrumento foi introduzido no interior do canal

radicular e levado de encontro às paredes, o canal foi irrigado com 1,8 mL. de

solução de hipoclorito de sódio a 2,5% a cada troca de instrumento. Cada

instrumento foi utilizado por 5 vezes, sendo depois descartado.

GRUPO III– Seqüência da técnica manual-mecânica progressiva coroa-ápice

sem pressão apical

A técnica de instrumentação utilizada neste grupo, denominada

também de Oregon modificada, foi preconizada por Berbert et al., em 1989. Os

canais foram irrigados com 1,8 mL. de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% a

cada troca de instrumento. Uma lima tipo Kerr de maior calibre, padronizada

Page 82: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

66

pela de n° 40 foi introduzida com impulsão delicada em direção apical até seu

ajuste no canal, em seguida girada no sentido horário, sem pressão apical, até o

início do seu travamento e tracionada, sendo este movimento denominado de

alargamento. Este procedimento foi repetido 3 vezes para cada lima utilizada,

que progredia na penetração do canal até que se atingisse 16 mm., quando a

instrumentação foi suspensa. Foram, a seguir, utilizado as fresas de Gates-

Glidden nº 2, 3 e 4ϕ girando no sentido horário, em micro-motor Endo-Plus a

uma velocidade de 780 rpm, com leve e contínua pressão em direção apical até

que a penetração fosse interrompida, sendo removida do canal sempre girando.

Procedeu-se o retorno às limas tipo Kerr, a partir da última

empregada antes da utilização da Gates-Glidden, em seqüência progressiva de

penetração e regressiva de numeração, até atingir o comprimento de trabalho

(C.T.). O instrumento que atingiu o comprimento de trabalho correspondeu ao

diâmetro anatômico (D.A.), que ficou entre os calibres 15 e 20, e com ele,

iniciou-se a instrumentação seriada para a confecção do degrau apical, três

calibres acima do D.A., que ficou entre os calibres 30 e 35, designados de

instrumento memória (I.M.). O movimento empregado nesta fase foi de

limagem de maneira circunferencial. Posteriormente, realizou-se o

escalonamento regressivo programado, com lima de calibre imediatamente

maior que o instrumento memória, trabalhando 1,0 mm. aquém do comprimento

de trabalho, seqüencialmente até três calibres acima do instrumento memória,

intercalando a utilização deste.

ϕ Lês Fils d´Auguste Maillefer S/A, Suíça.

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MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

67

GRUPO IV– Seqüência da técnica ultrassônica, coroa-ápice.

A técnica utilizada foi coroa-ápice, iniciado-se com a lima tipo K

manual adaptada para o aparelho de ultra-som Enacκ (Figura 5), calibre n° 40

energizada por 1,0 minuto e a partir de então, limas tipo K de menor calibre

foram utilizadas e progrediram na penetração do canal até a determinação do

comprimento de trabalho, ficando o instrumento memória entre as limas de

diâmetro 30 e 35. O movimento adotado foi o circunferencial, com limagem

lenta e curta. Os canais foram irrigados com 1,8mL. de solução de hipoclorito

de sódio a 2,5% a cada troca de instrumento. Cada instrumento foi utilizado

por 5 vezes e depois foi descartado.

Figura 5. Ultra-som ENAC.

κ Osada Eletric Co. Ltda., Japão.

Page 84: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

68

4.2- Preparo para avaliação

Após a secagem dos canais com pontas de papel absorventes, as

coroas dos dentes foram seccionadas com disco de carburundum e

descartadas. As raízes foram então seccionadas longitudinalmente no sentido

vestíbulo-lingual. Inicialmente foram confeccionados sulcos nas faces

vestibular e lingual em toda a extensão da raiz, com discos finos de diamante

em baixa rotação, sem expor o canal, até que se visualizou o corante por

transparência (Figura 6). Em seguida foi feito o hemisseccionamento com o

auxílio de uma espátula Lecronλ, aplicando-se suaves jatos de ar nas

hemissecções para remover possíveis resíduos oriundos do desgaste da

dentina.

Figura 6. Seccionamento longitudinal das raízes.

λ S.S. White Artigos Dentários Ltda., RJ.

Page 85: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

69

As hemissecções foram identificadas com caneta de ponta porosa,

com o nº da raiz que lhes deu origem e o grupo a que pertencem.

Grupo I (K 3) – enumerados de 01 a 10

Grupo II ( ProTaper) – enumerados de 11 a 20

Grupo III ( Téc. Oregon Modificada) – enumerados de 21 a 30

Grupo IV (Ultra-som) – enumerados de 31 a 40

4.3- Métodos de avaliação.

4.3.1 Avaliação Qualitativa Da Remoção De Corante Das Paredes Dos

Canais Radiculares

A avaliação das hemissecções constituiu-se na análise qualitativa da

presença de corante remanescente, em maior ou menor quantidade aderido as

paredes dos canais. Foram realizadas três avaliações: 1- ao longo das paredes,

2- nas paredes da metade cervical e 3- nas paredes da metade apical. As

hemissecções de cada raiz foram posicionadas sobre uma superfície plana com

as paredes do canal voltadas para cima, não permitindo que se visualizasse os

números que as identificam.

A seguir dois avaliadores em conjunto e previamente treinados,

realizaram a ordenação das hemissecções de cada raiz de todos os grupos. Ela

foi realizada de forma crescente de quantidade de corante remanescente,

obedecendo aos seguintes critérios: 1-) presença de corante nas porções

apicais foi considerada mais grave que a permanência de corante em porções

Page 86: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

70

relativamente mais cervicais; 2-) quando a quantidade de corante era a mesma,

foi considerada mais limpa, a hemissecção na qual o corante ficou concentrado

na porção mais cervical do canal.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA GLOBAL DO CANAL

Nesta avaliação estudou-se a hemissecção quanto à presença do

corante remanescente aderido às paredes do canal de uma forma global.

Concluída a ordenação, as hemissecções foram viradas e mantidas suas

posições ordenativas, as quais foram anotadas e distribuídas entre os grupos

que representam (Figura 7).

Figura 7. Avaliação qualitativa global das hemissecções dos canais.

Page 87: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

71

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA METADE CERVICAL DO CANAL

A metade apical dos canais foi coberta por uma fita crepe, para não

haver interferência na análise. Feita a ordenação, as hemissecções foram

viradas e mantidas suas posições ordenativas, anotadas e distribuídas entre os

grupos que representam (Figura 8).

Figura 8. Avaliação qualitativa da metade cervical dos canais.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA METADE APICAL DO CANAL

A metade cervical dos canais foi coberto por uma fita crepe, para

não haver interferência na análise. Concluída a ordenação realizou-se o mesmo

procedimento das avaliações anteriores (Figura 9).

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MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

72

Figura 9. Avaliação qualitativa da metade apical dos canais.

As raízes foram ordenadas em seqüência crescente e substituídas

por números naturais (postos). A seguir, as raízes e seus respectivos postos

foram agrupados em função dos métodos de instrumentação empregados. Estes

dados foram tabulados para os 4 grupos. Foram obtidos então, a soma dos

postos e o posto médio para cada grupo. Isto foi feito para cada uma das três

avaliações consideradas.

4.3.2- Avaliação Quantitativa Da Remoção De Corante Das Paredes Dos

Canais Radiculares

A avaliação quantitativa da remoção de corante de cada canal

radicular foi realizada a partir da digitalização das imagens das hemissecções

com auxílio de um scanner de mesa, marca Genius ColorPage-Vivid Pro II,

acoplado a um computador Pentium IV e do programa MGI PhotoSuit.

Padronizada a resolução, brilho e contraste, as imagens foram abertas em

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MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

73

outro programa, o Sigma Scanµ. Esse software se prestou à avaliação das

medidas que foram obtidas a partir do delineamento de cada canal radicular

instrumentado. Foi obtida a área total em mm2 dos canais radiculares

instrumentados, bem como à área específica de remanescente de corante nas

regiões não atingidas pela instrumentação. A tabulação destes dados em

planilha do programa Excel 2000 nos permitiu quantificar, pela diferença de

porcentagem entre a área total dos canais e a área não instrumentada em mm2,

a quantidade de corante não removido pela instrumentação.

4.4- Análise estatística

Como a avaliação qualitativa consistiu no ordenamento das

hemissecções quanto à quantidade de corante remanescente em toda a

extensão do canal (global) e nas suas metades, cervical e apical, a análise

estatística foi realizada com o auxílio do método (H) de KRUSKAL-WALLIS

para a comparação entre os métodos de instrumentação realizados em grupos

de dez canais.

A hipótese a ser verificada foi a de que o ordenamento da quantidade

de corante remanescente, foi idêntico segundo os grupos de instrumentação. O

nível de significância adotado de 0,05 e a regra de decisão definida a partir de

p = P(H > Ho) probabilidade de que o valor da estatística H seja maior do que

seu valor observado (Ho) nos dados da amostra do modo que se segue: se p

for menor do que 0,05, o valor Ho foi significante e a hipótese sob teste

rejeitada e, em caso contrário, o valor Ho não significante e a hipótese sob

teste não rejeitada.

µ Jandel Co., USA.

Page 90: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

MMaatteerriiaall ee MMééttooddooss

74

Se essa hipótese foi rejeitada, para detectar-se aonde ocorreu a

diferença significante foi aplicado um teste adicional a partir da estatística

normal reduzida Z. Esse teste constou da comparação do posto médio relativo

a cada grupo de instrumentação com o posto médio geral, que englobou todos

os grupos a partir de p = P(Z > Zo), que significa a probabilidade da estatística

Z ser maior do que seu valor observado Zo nos dados da amostra. Se p foi

menor do que 0,05, o valor Zo foi significante e o correspondente posto médio

foi estatisticamente diferente do posto médio geral e, em caso contrário, o

valor Zo foi não significante e o correspondente posto médio foi

estatisticamente igual do posto médio geral.

A avaliação quantitativa permitiu a determinação das áreas totais em

mm2, bem como das áreas onde o corante permanenceu aderido às paredes

depois de instrumentados, foram calculadas as porcentagens das áreas não

instrumentadas dos canais radiculares, sendo a análise estatística, realizada

por meio da Análise de Variância a um critério.

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55.. RREESSUULLTTAADDOOSS

Page 92: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReessuullttaaddooss

76

55.. RREESSUULLTTAADDOOSS

5.1 – Avaliação Qualitativa

A análise qualitativa do remanescente de corante aderido às paredes

dos canais radiculares, instrumentados pelos métodos propostos, demonstrou

os seguintes resultados, representados no gráfico I e figuras 10 a; b; c e d.

0

5

10

15

20

25

30Posto-Médio

Global Cervical Apical

K 3ProTaperOregonUltra-som

Gráfico I – Avaliação qualitativa, Postos médios relativos à remoção de

corante aderido às paredes dos canais radiculares.

A) Avaliação qualitativa global do canal radicular.

A aplicação da estatística H aos dados obtidos para a quantidade de

corante remanescente em toda a extensão do canal forneceu a tabela 1.

Page 93: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReessuullttaaddooss

77

Tabela 1 - Freqüência, Mediana e Postos médios da análise global para

o ordenamento dos canais segundo os grupos.

Grupo Freq. Mediana P. Médio

I (K3) 10 23,50 22,9

II (ProTaper) 10 19,50 19,4

III (Tec. Oregon) 10 19,50 21,2

IV (Ultra-som) 10 17,00 18,5

Geral 40 20,5

Os postos médios da tabela 1 originaram o valor Ho = 0,84 que foi

não significante porque p = 0,840 na distribuição da estatística de

Quiquadrado com 3 graus de liberdade. Assim, houve evidência amostral para

não se rejeitar a hipótese de igualdade entre o ordenamento da quantidade de

corante remanescente aderido nas paredes de todo o canal radicular.

Figura 10a. Análise qualitativa dos Figura 10b. Análise qualitativa dos canais do Grupo I. canais do Grupo II.

Page 94: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReessuullttaaddooss

78

Figura 10c. Análise qualitativa dos Figura 10d. Análise qualitativa dos canais do Grupo III. canais do Grupo IV.

B) Avaliação qualitativa do terço cervical do canal radicular.

A aplicação da estatística H aos dados obtidos para a quantidade de

corante remanescente na porção cervical do canal forneceu a tabela 2.

Tabela 2 - Freqüência, mediana e postos médios do terço cervical para

o ordenamento dos canais segundo os grupos.

Grupo Freq. Mediana P. Médio Zo p <

I (K3) 10 28,00 27,9 2,19 s 0,030

II (ProTaper) 10 16,00 18,1 -0,75 n 0,454

III (Tec. Oregon) 10 20,50 21,2 0,22 n 0,827

IV (Ultra-som) 10 12,00 15,2 -1,66 n 0,098

Geral 40 20,5

Com os postos médios da tabela 2 obteve-se o valor Ho = 8,58, que

foi significante porque p = 0,046 na distribuição da estatística de Quiquadrado

Page 95: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

RReessuullttaaddooss

79

com 3 graus de liberdade. Assim, houve evidência amostral para se rejeitar a

hipótese de igualdade entre os ordenamentos da quantidade de corante

remanescente aderido de acordo com os grupos de instrumentação. O teste

adicional mostrou que o grupo I (K3) propiciou um posto médio (27,9) maior do

que o posto médio geral (20,5) e que, os postos médios dos outros grupos de

instrumentação originaram postos médios iguais ao posto médio geral e, então,

estatisticamente iguais entre si. Como a avaliação do ordenamento da

quantidade de corante remanescente foi crescente, notou-se que na região

cervical o grupo I (K3) deixou uma quantidade maior de corante remanescente

e que os grupos II (ProTaper), III (Tec. Oregon Modificada) e IV (Ultra-som)

deixaram iguais quantidades de corante.

C) Avaliação qualitativa do terço apical do canal radicular

A aplicação da estatística H aos dados obtidos para a presença de

corante remanescente aderido na porção apical do canal forneceu a tabela 3.

Tabela 3 - Freqüência, Mediana e Postos médios do terço apical para o

ordenamento dos canais segundo os grupos.

Grupo Freq. Mediana P. Médio Zo p <

I (K3) 10 24,50 23,0 0,78 n 0,346

II (ProTaper) 10 8,50 13,4 -2,22 s 0,027

III (Tec. Oregon) 10 22,50 22,2 0,53 n 0,597

IV (Ultra-som) 10 23,00 23,4 0,91 n 0,364

Geral 40 20,5

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80

Com os postos médios da tabela 3 obteve-se o valor Ho = 8,84, que foi

significante porque p = 0,048 na distribuição da estatística de Quiquadrado

com 3 graus de liberdade. Assim, houve evidência amostral para se rejeitar a

hipótese de igualdade entre os ordenamentos da quantidade de corante

remanescente de acordo com os grupos de instrumentação. O teste adicional

mostrou que o grupo II (ProTaper) propiciou um posto médio (13,4) menor do

que o posto médio geral (20,5) e que os postos médios dos outros grupos

originaram postos médios iguais ao posto médio geral e, então,

estatisticamente iguais entre si. Como a avaliação do ordenamento da

quantidade de corante remanescente aderido foi crescente, notou-se que na

região apical o grupo II (ProTaper) deixou uma quantidade menor de corante e

que os grupos I (K3), III (Tec. Oregon Modificada) e IV (Ultra-som) deixaram

iguais quantidades de corante remanescente.

5.2 – Avaliação quantitativa

A análise quantitativa dos dados obtidos da área total dos canais

radiculares, bem como da área de remanescente de corante e a porcentagem

relacionada a essa diferença estão representados no gráfico II e na tabela 4:

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81

05

1015202530354045

K 3 ProTaper Oregon Ultra-som

%

Gráfico II – Avaliação quantitativa, média, relativa à porcentagem obtida da

diferença da área total dos canais radiculares instrumentados,

e da área específica de remanescente de corante nas

regiões não atingidas pelos métodos de instrumentação.

Tabela 4 - Média das áreas totais das paredes dos canais, do remanescente

de corante, em porcentagem, segundo os grupos.

Grupos Área total

em %

Corante remanescente

em %

Diferença

em %

Grupo I (K 3) 33,10 14,45 43,65

Grupo II (ProTaper) 22,17 6,14 27,69

Grupo III (Oregon) 38,80 12,37 31,80

Grupo IV (Ultra-som) 38,18 9,32 24,41

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82

A aplicação do teste estatístico F aos dados em porcentagem obtidos da

diferença da área total dos canais radiculares instrumentados, e da área

específica de remanescentes de corante nas regiões não atingidas pelas

técnicas de instrumentação propostas forneceu a tabela 4.

Tabela 5 - Freqüência, Média e Desvio-padrão da avaliação quantitativa dos

canais radiculares segundo os grupos.

Grupo Freq. Média Desvio-Padrão

I (K3) 10 39,76 14,34

II (ProTaper) 10 23,31 17,71

III (Tec. Oregon) 10 29,04 14,30

IV (Ultra-som) 10 22,95 19,45

Como os dados passaram pelos critérios de distribuição normal e

homocedasticidade (homogeneidade de variâncias) foi utilizado a Análise de

Variância a um critério para comparação entre os quatro grupos. O resultado

da Análise de variância não mostrou diferença estatisticamente significante

entre os grupos porque p = 0,101 e F = 2,23. (Figuras 11 a; b; c; d.).

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RReessuullttaaddooss

83

Figura 11 a. Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo I

(Sistema K 3), área de remanescente de corante e área

total do canal radicular.

Figura 11 b. Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo II

(Sistema ProTaper), área de remanescente de corante

e área total do canal radicular.

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RReessuullttaaddooss

84

Figura 11 c. Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo III

(Oregon), área de remanescente de corante e área total

do canal radicular.

Figura 11 d. Avaliação quantitativa das hemissecções do Grupo IV

(Ultra-som), área de remanescente de corante e área total

do canal radicular.

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86

66.. DDIISSCCUUSSSSÃÃOO

A ação conjunta entre instrumentos e substâncias químicas auxiliares

na necropulpectomia tem como objetivo a desinfecção, interferindo de modo

significativo no ecossistema contido no endodonto, e nos casos de polpa viva,

esses procedimentos visam remover o tecido conjuntivo pulpar e modelagem do

conduto radicular. A modelagem não é um procedimento tão simples, exigindo

do profissional destreza manual e conhecimento da anatomia interna do

sistema de canais radiculares. O preparo de canais com istmos ou curvos é mais

complexo, pois impõe aos instrumentos tensões e deformações que trazem

conseqüências tanto para ele próprio, como na obtenção da forma desejada no

processo de modelagem do canal. Assim, a interação habilidade do profissional

no manuseio seguro do instrumento e o emprego de técnicas apropriadas com

instrumentais de alta qualidade, são fundamentais para que se alcance um bom

e correto preparo biomecânico.

6.1 – Da Metodologia

Dentre os diferentes métodos de instrumentação, temos aqueles

que tem por base o princípio do preparo escalonado, no qual, recua-se

progressiva e uniformemente os instrumentos, como: a técnica de preparação

escalonada de Clem53 (Step-Preparation de Clem); a de Weine et al. 235 –

Instrumentação Incremental (Incremental Instrumentation); a de Weine233 –

Preparo cônico e escalonado (Flare Preparation e Step-Preparation); a de

Martin151 – Preparo telescópico (Telescop Preparation); a de Schilder200 –

Limpeza e modelagem (Cleaning and Shaping); a de Brilliant; Christie35 –

Seriada (Serialization); a de Walton232 – Limagem ápice-coroa (Step-Back

Page 103: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

87

Filing); a de Mullaney171 – Alargamento ápice-coroa (Step-Back Enlargement); a

de Holland et al. 109 – Técnica Mista de preparo radicular. Nos dentes com

necrose pulpar o instrumento inicial sendo utilizado na extensão total do canal

radicular, atuaria como um verdadeiro êmbolo, forçando o conteúdo

séptico/tóxico extruir para a região periapical, determinando assim, o

reagudecimento de um processo crônico, com graves conseqüências clínicas.

Tornou-se então fundamental um tratamento que preconizasse a neutralização

daquele conteúdo no sentido coroa-ápice surgindo assim técnicas como: a de

Marshall; Pappin150 – Preparo coroa-ápice sem pressão (Crown-Down

Pressureless Preparation); a de Goerig; Michelich; Schult93 – Técnica coroa-

ápice (Step-down technique); a de Fava81 – Doublé-flared technique; a de

Berbert et al. 22 – Técnica de Oregon modificada.

Embora o ideal seja a eliminação total de detritos, fatores irritantes

e pré-dentina do interior dos canais radiculares, na grande maioria das vezes, o

que se consegue é apenas uma significante redução. Dentro do campo dos

métodos de instrumentação, este trabalho buscou subsídios que contribuíssem

significantemente para o aperfeiçoamento do preparo do canal radicular,

procurando da melhor forma possível, princípios científicos e técnicos, tendo

uma padronização dos sistemas, com o intuito de se obter resultados

confiáveis que ficassem mais próximos da realidade clínica. A escolha dos três

diferentes métodos de instrumentação se ateve ao uso e a possibilidade de

execução, sendo estes os mais utilizados atualmente.

A morfologia do canal é um fator limitante para o desempenho da

instrumentação (Davis; Brayton; Goldman67, Langeland; Liao; Pascon124, Mauger;

Schindler; Walker III159). O modelo experimental utilizado neste estudo valeu-

se de dentes naturais, tendo sido selecionados os incisivos centrais, laterais e

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88

pré-molares inferiores permanentes humanos, com a presença de istmos. A

escolha destes recaíram sobre a anatomia dos seus canais, com forte

achatamento e irregularidades, dificultando a eficiência das técnicas de

instrumentação, interferindo no resultado final do preparo biomecânico devido

aos remanescentes teciduais que podem persistir nestes istmos (Maniglia;

Biffi148, Gonçalves Jr. 97).

A padronização dos espécimes foi executada, sendo escolhidos de

maneira a ter média de comprimento e diâmetro anatômico semelhantes, a

presença de istmos em raízes praticamente retas. A imagem radiográfica vista

por vestibular quanto por proximal, apresentavam canais únicos.

O armazenamento dos dentes em solução de formol a 10% teve como

propósito, mantê-los hidratado e estruturalmente estabilizados.

O comprimento de trabalho foi fixado a 1,0 mm do forame para

estarmos trabalhando próximos ao limite CDC e confeccionarmos um batente

apical sólido e em dentina.

A quantidade de 1,8 mL de solução irrigante, utilizada a cada troca

de instrumento e ao final das técnicas manual, rotatória e ultra-sônica, seria

para auxiliar as técnicas de instrumentação, na limpeza dos canais radiculares,

permitindo um volume de fluxo e refluxo adequados.(Baker et al. 16).

Na revisão da literatura encontramos diferentes métodos de

avaliação de técnicas de instrumentação e seus efeitos. Dentre as

metodologias utilizadas para o estudo do preparo dos canais, estão a

microscopia eletrônica (Bolanos; Jensen30), canais simulados confeccionados

com resina de poliéster (Lim; Weber134, Zmener; Banegas243, Thompson;

Dummer220, 221); programas computadorizados (Biffi; Souza; Maniglia27, Chan;

Cheung48, Machado144); diafanização (Pesce; Medeiros; Moura177).

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89

O processamento histológico tem sido utilizado para avaliar o efeito

da instrumentação na forma do canal, na determinação dos pontos que foram

tocados pelo instrumento, indicados pela análise da remoção da pré-dentina, e

na limpeza do canal e istmos encontrados entre dois canais contíguos (Coffae;

Brilliant54, Walton232, Goodman et al. 98 , Pedicord; El Deeb; Messer176, Haidet

et al. 102, Loushine; Weller; Hartwell139 , Walker; Del Rio229). A visualização que

é feita nas secções transversais do canal pode ser conseguida pelo corte da

raiz descalcificada ou não. Os cortes descalcificados e corados apresentam a

vantagem de serem avaliados com microscópios, em grandes aumentos e a

desvantagem está no restrito segmento do canal que é avaliado a cada vez. É

possível, porém impreciso, imaginar o efeito total pela soma das observações

de uma série de cortes.

Bramante; Berbert; Borges34 em 1987, dando mais confiabilidade a

avaliação, criaram uma metodologia onde se comparava a secção transversal do

canal antes e após o preparo biomecânico, sendo posteriormente utilizada por

outros pesquisadores (Calhoun; Montgomery38, McCann; Keller; Labounty161,

Leseberg; Montgomery128, Isom; Marshall; Baumgartner113, Pilo; Corcino;

Tamse179). Para isso os dentes são incluídos em blocos de resina envoltos por

uma mufla desmontável, onde são realizados três cortes transversais na raiz.

As secções dos dentes antes do preparo são fotografadas, recolocadas em

posição, utilizando a mufla e realizado o preparo biomecânico. Após o preparo,

a mufla é desmontada e feita as fotografias pós-operatórias e mensurações

das áreas ocupadas pelo canal. Esta metodologia fica limitada, apenas, à

visualização de três cortes transversais, já que fica difícil executar mais

cortes em uma raiz. Porém, para a análise de desgastes lateral e magnitude da

ampliação do canal, ela é bastante interessante.

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90

Uma outra metodologia empregada é a avaliação radiográfica através

da colocação de contraste radiopaco no interior do canal radicular, antes e

após a instrumentação (Littman135); tomadas radiográficas e fotográficas pré e

pós-operatórias (Goldman et al. 94, Leseberg; Motgomery128, Saunders;

Saunders195); e também imagens radiográficas digitalizadas e através da

computação, realizar comparações e medições antes e pós-instrumentação.

(Ahmad; Pitt Ford5, Sepic et al. 202, Ahmad4).

Gutiérrez; Garcia100, McComb; Smith163, Murgel; Walmsley;

Walton173 , utilizaram o corte longitudinal da raiz, expondo toda extensão do

canal, sendo observado macro e microscopicamente. Porém, mesmo com

aumento, as áreas não tocadas pelos instrumentos não são visualizadas

precisamente.

A obtenção de moldes do canal após a sua instrumentação com

materiais como o elastômero, silicone, etc., empregado por Gutiérrez;

Garcia100, Davis; Brayton; Goldman67 , Morgan; Montgomery170, Goldman et al.

96, nos demonstra a forma final do preparo sem, no entanto, indicar se alguma

área foi ou deixou de ser tocada pelos instrumentos.

Leeb126, Canzani et al. 43, Aragão12, Nishiyama; Garcia175 , Duarte et

al. 71, Gonçalves Jr. 97, utilizaram corantes recobrindo as paredes do canal e

compararam técnicas de instrumentação, podendo avaliar a eficiência destas e

indicando quais paredes haviam sido tocadas pelos instrumentos. Em nosso

trabalho visamos verificar o efeito dos métodos de instrumentação e variáveis

destes sobre as paredes do canal, avaliando quantitativamente as áreas

tocadas pelos instrumentos e qualitativamente a posição relativa das áreas

limpas, ao longo das paredes e nas metades cervical e apical.

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91

A metodologia empregada, como citado, permitiu a análise

quantitativa e qualitativa da remoção do corante, através da ação dos

instrumentos nas paredes dos canais, a insolubilidade à água do corante seco

foi verificada e, a sua remoção, só se deu pelo contato dos instrumentos, seja

ativados manual, mecânica ou ultra-sônicamente, garantindo a análise desejada.

Desde os primórdios da Endodontia utilizam-se instrumentos manuais

no preparo biomecânico dos canais radiculares. Esses instrumentos na maioria

das vezes são confeccionados em liga de aço inoxidável, que além de não oxidar

apresentam como características boa resistência à fratura; permitem sua

usinagem e torção mesmo em limas de pequeno diâmetro; são pré-curváveis, e

devido a sua dureza, permite ultrapassar as dificuldades dos canais

radiculares, porém, apresentam pouca flexibilidade, não sendo possível a sua

rotação no interior do canal radicular, pois possuem ângulo de corte positivo,

tendendo a embricar nas paredes de dentina, o que provocaria sua fratura

(Lopes et al. 138). São confeccionados, respeitando as normas ANSI/ADA

(Especificações nº 28 – American Dental Association, 1988), possuindo secção

triangular ou quadrangular (limas tipo K) ou em forma de vírgula (limas

Hedströem), conicidade 0,02 e parte ativa de pelo menos 16 mm.

As limas tipo Kerr são consagradas na Endodontia, em decorrência da

possibilidade de uso em inúmeras funções, muito embora em certas

circunstâncias serem menos eficientes do que outros instrumentos. São

instrumentos que se originam de uma haste de secção quadrangular ou

triangular, torcida, resultando três ou quatro arestas em espiral, configurando

lâminas de 90 ou 60º, com inclinação próxima de 45º em relação ao longo eixo

do instrumento (Berbert et al. 21).

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92

A literatura registra a evolução na confecção de novos instrumentos

para sanar ou diminuir as dificuldades existentes para a ampliação dos canais,

sua limpeza e a manutenção do seu percurso, reduzindo a perda da efetividade

de corte das lâminas e sua falta de flexibilidade, dentre outros problemas que

vêm tornando-os mais eficazes e eficientes. Atualmente existem limas de aço

inoxidável mais flexíveis, como a K-Flex, Flexofile, Triploflex, Flex-R e, à

partir da utilização das ligas de níquel e titânio, as limas ganharam cinco vezes

mais flexibilidade quando comparadas com as de aço inoxidável (Lopes et al.

138). Na constante busca por melhores preparos têm sido implementadas

muitas alterações, principalmente quanto às técnicas e aos instrumentos

utilizados, com ênfase às técnicas que adotam o sentido cérvico-apical de

preparo e aos instrumentos rotatórios, que surgiram com a proposta de

permitir maior dilatação do canal, sem, contudo, promover deformidades

comprometedoras, principalmente na região apical, pois além da desinfecção, é

necessário modelar o canal para a realização de uma obturação adequada.

Os primeiros instrumentos rotatórios foram NT Sensor e McXim

System desenvolvidas por Dr. John T. McSpadden166 em 1996. Houve uma

variação de conicidade na confecção, criando-se instrumentos com conicidades

maiores que 0.02, sendo 0.03, 0.04, 0.05, 0.06 0.08, 0.10 e 0.12mm. Como

conseqüência, apenas uma porção da parte ativa do instrumento entra em

contato com a parede dentinária, promovendo um desgaste mais efetivo e com

menor risco de fratura, sendo fundamental para um bom rendimento das

técnicas. A ponta do instrumento possui diâmetro ISO e, à medida que caminha

para o cabo, diferentemente dos outros instrumentos que aumentam em uma

proporção de .02 (Ingle112), aumenta em uma proporção de .04, .06, .07, etc.

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93

Dessa maneira, o corte na dentina não ocorre na ponta do instrumento, em um

primeiro instante, e sim, em um ponto mais distante e resistente, e a ponta

livre e flexível, tem a liberdade de penetrar nas curvaturas sem provocar

formação de degraus. Posteriormente, surgiram no mercado sistemas desse

tipo, como o Lightspeed (Glosson et al. 92, Poulsen; Dove; Del Rio180); o Profile

.04 série 29 (Zmener; Banegas243, Berger23, Lopes et al. 138,Thompson;

Dummer220).

Além das alterações na conformação de sua parte ativa, esses

instrumentos apresentam ainda áreas de contato desbastadas, o radial land,

que impede que o instrumento se imbrique nas paredes do canal quando o

mesmo é pressionado em direção ao ápice, e permite que, ao girar no canal, ele

se deslize pelas paredes dentinárias, proporcionando uma função de

alargamento e não de limagem, diminuindo o risco de fratura.

A utilização dos sistemas rotatórios deve ser realizada com motores

elétricos, que permitem um controle adequado e preciso da velocidade e do

torque, contribuindo para um desempenho melhor e mais seguro.

Os fabricantes sugerem o uso de velocidade entre 150 e 350 rpm,

porém poucos trabalhos têm sido publicados sobre torque e velocidade de

motores usados na instrumentação rotatória. Dietz et al. 70 em 2000,

observaram que a velocidade de rotação influencia a fratura dos instrumentos:

quanto maior a velocidade, maior a possibilidade de fratura. Daugherty; Gound;

Comer66, em 2001 compararam o grau de fratura, deformação e eficiência

entre os instrumentos rotatórios Profile série 29 a rotação de 150 e 350 rpm,

no preparo de 30 molares. Não houve fratura dos instrumentos em nenhuma

das 2 diferentes rotações utilizadas, porém a 150 rpm, o valor de deformidade

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94

foi de 1,1 e tempo de trabalho de 8 minutos por dente. A 350 rpm o índice de

deformação foi de 0,57 e tempo de trabalho de 4,6 minutos, mostrando ser a

rotação de 350 mais eficiente. Neste experimento utilizamos a velocidade de

250 rpm, torque de 3N, por serem canais retos, e durante todo o procedimento

não houve fratura dos instrumentos.

Teoricamente um instrumento usado em torque alto é mais ativo,

aumentando a eficiência de corte, porém isto pode levar à deformação e

fratura do mesmo. A tensão mecânica nos instrumentos de Ni-Ti rotatórios é

proporcional ao torque. Se um alto torque for utilizado ou excedido, pode

aumentar o risco de fratura do instrumento dentro do canal. O uso de baixo

torque é uma solução. Em canais retos, o alto torque não é clinicamente

importante, pois a resistência da dentina removida é baixa. Porém ao contrário,

em canais curvos e atresiados, onde a resistência é alta, o torque é importante

(Gambarini87, Yared; Bou Dagher; Machtou242).

Durante a instrumentação mecânica existe um problema de grande

importância, que é a liberação de calor quando do atrito dos instrumentos

rotatórios com a parede dentinária, que pode causar injúria aos tecidos

adjacentes. Esse calor pode ser prejudicial ao tecido ósseo se houver um

aquecimento superior a 47 oC durante 1 minuto, segundo Eriksson et al. 72,

porém este não foi o intuito da nossa avaliação.

Neste trabalho utilizamos o Sistema K3 e ProTaper. Os instrumentos

K3 são fabricados pela Kerr SybronEndo e são vendidos em kit, e têm como

características 3 superfícies radiais (radial land). Como conseqüência, quanto

menor a quantidade de metal após a lâmina de corte, menor a resistência do

instrumento à tensão rotacional, ângulo de corte positivo resultando em uma

ação de corte mais efetiva, ângulo helicoidal variável permitindo ao

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95

instrumento carrear a dentina excisada para a porção coronária, com maior

eficiência. Sua ponta é inativa e age como um guia mantendo o eixo central da

ponta do instrumento no canal, permitindo que a lima flexione em grandes

curvaturas. Apresenta variação de conicidade dos instrumentos, 0,06 mm

(laranja), 0,04 mm (verde), 0,02 mm (rosa) da parte ativa e nos comprimentos

de 21, 25 e 30mm.

No grupo K3, a técnica realizada foi coroa-ápice, sendo que o preparo

cervical foi realizado com instrumentos de conicidade .10 e .08 e D0 igual a

0,25, realizando o desgaste compensatório. Na seqüência, instrumentos de

conicidade .06 e .04 foram utilizados em direção apical, até atingir o

comprimento de trabalho. O batente apical foi confeccionado com o

instrumento 25.04, ou seja, conicidade .04 e D0 = 0,25.

Os instrumentos ProTaper são fabricados pela Dentsplay Maillefer e

são vendidos em kit. Apresenta conicidade variada, secção reta transversal

cordiforme com três arestas de corte, e ângulo de fio de corte de

aproximadamente 60º, não apresenta plano radial (radial land), o que aumenta

sua capacidade de corte. Essa característica reduz o avanço do instrumento

em direção apical, diminuindo o efeito parafuso. A ponta é inativa, permitindo

que o instrumento seja guiado pela trajetória do canal. A conicidade

progressiva dos instrumentos ProTaper tem como objetivo combinar a

modelagem coroa-ápice e a manutenção da potência do canal, com uma

seqüência reduzida e simples de instrumentos, pois da ponta D1 para sua base

D2 a conicidade varia de 0,02mm a 0,12mm. Desse modo, cada instrumento

prepara uma área específica do canal radicular e, um único instrumento

selecionado de acordo com a curvatura presente, pode fazer o preparo da

região apical (Sydney214). O sistema é composto por 6 instrumentos sendo 3

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96

modeladores, empregados para modelar o corpo do canal, ou seja, terços

cervical e médio e 3 de acabamento para preparo do terço apical.

Instrumentos modeladores:

Instrumento S1 (roxo) modela o terço cervical D0 = 0,185 mm,

lâmina de corte de 14mm, D14 = 1,2mm.

Instrumento S2 (branco) modela o terço médio e aumenta o

volume da região apical, D0 = 0,20mm, lâmina de corte de 14 mm, D14 = 1,1 mm.

Instrumento SX apresenta características do S1 e S2, porém

apresenta uma variação de conicidade entre D0 e D9 muito maior que a

apresentada pelos outros dois instrumentos. É usado para modelar

adequadamente canais com raízes mais curtas, bem como as porções coronárias

de canais mais longos.

Instrumentos de acabamento:

Regularizam as variações de diâmetros das secções transversais que

os canais exibem em suas porções apicais, sendo empregados no preparo do

terço apical para obter a conicidade adequada.

Instrumento F1 (amarelo): tem 7% de conicidade nos últimos mm

D0 = 0,20.

Instrumento F2 (vermelho): tem 8% de conicidade D0 = 0,25.

Instrumento F3 (azul): tem 7% de conicidade D = 0,30 mm.

Esses instrumentos apresentam menor conicidade entre D4 a D16 o

que aumenta a sua flexibilidade e reduz a possibilidade de travamento do

instrumento no interior do canal (Ruddle193).

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97

No grupo ProTaper, a técnica empregada foi coroa-ápice, sendo que o

preparo cervical foi realizado com os instrumentos SX e S1. A seguir os

instrumentos S2, F1, F2 e F3 foram utilizados em direção apical, sendo que o

batente apical foi confeccionado com o instrumento F2, ou seja, D0 = 0,25.

Quanto mais complexa a anatomia do canal, maior número de

instrumentos deve ser utilizado, sendo que, para o desgaste cervical e médio,

devem ser utilizados instrumentos de grande conicidade, e para o preparo

apical, com pequena conicidade. Portanto, conforme a habilidade do operador, o

nº de instrumentos pode ser reduzido.

Percebemos durante a execução das técnicas rotatórias, que o uso

desses instrumentos exige um bom treinamento, pois sua ação é limitada a

movimentos suaves de vaivém sem pressão apical.

Com relação ao número de vezes de uso dos instrumentos durante o

preparo biomecânico, em nosso trabalho, eles foram descartados após a quinta

vez de uso, pois estudos comprovam que, quanto mais utilizados menor a

capacidade de corte e, conseqüentemente, menor a limpeza (Aun; Paiva;

Antoniazzi13).

Quando o termo limpeza é enfocado, ressalta-se a importância do

ultra-som na automatização dos tratamentos em Endodontia, uma vez que

diversos trabalhos demonstram a eficiência do ultra-som em remover detritos

do interior do canal radicular (Martin; Cunningham153, 155, Goodman et al.98,

Martin; Cunningham156, Reynolds et al. 183, Brosco et al. 36, Holanda Pinto;

Bramante; Berbert108).

Várias são as limas endodônticas empregadas nesses sistemas. As

mais divulgadas são as do tipo Kerr e as diamantadas. A energização ultra-

sônica das limas endodônticas comuns e diamantadas é oriunda da

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98

transformação de energia elétrica em mecânica, capaz de produzir ondas de

oscilações ao longo dessas, de forma recíproca e harmônica. Essas oscilações

formam bolhas de cavitação, implodindo e produzindo aumento de temperatura

e pressões, que resultam em ondas de impacto contra as paredes do canal,

promovendo a remoção de detritos. Foi salientado por Costa et al. 57, em 1986,

que, normalmente, a lima energizada pelo ultra-som trabalha livre no interior

do canal, sem pressão nas paredes. Portanto, existe uma dificuldade do

instrumento em tocar, de forma homogênea, toda extensão, em diâmetro do

canal radicular.

As funções do ultra-som são norteadas por fenômenos físicos

intrínsecos. A ressonância, propriedade na qual a freqüência da fonte coincide

com a freqüência natural de oscilação do corpo promovendo aumento da

amplitude de oscilação do último (Robazza et al. 187), é um dos principais

problemas do emprego desses aparelhos. Se esse fenômeno promove aumento

da amplitude de oscilação das limas é de se esperar, que as mesmas

apresentam-se mais efetivas as suas finalidades (Martin152). Entretanto Iwaki

et al. 114 observaram alto índice de fratura das limas tipo Kerr quando atuando

nessa posição, salientando que a amplitude passível de rupturas está na

dependência do calibre, flexibilidade e medida de fixação do instrumento na

cabeça energizante. Alguns aparelhos possuem um sistema de conexão fixo das

limas ultra-sônicas, que estrategicamente as coloca em posições próximas a de

ressonância, sem provocá-la plenamente. Naqueles, cuja cabeça energizante

permite conexão com transpassagem dos instrumentos, há riscos destes

assumirem, também, posições de ressonância plena. Clinicamente, parece ideal

Page 115: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

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99

que os instrumentos vibrem em condições próximas às de ressonância sem

atingi-la.

A ressonância, portanto, parece ser potencialmente preocupante.

Martin; Cunningham155, 156, Walmsley230, Ahmad et al. 8 sugeriram efetuar o

preparo biomecânico em proximidade dessa, pois a potencialização da

amplitude vibratória tenderia a fadigar o metal constituinte das limas e, por

conseguinte, fraturá-los. Estrategicamente os sistemas Cavi-Endo e Enac

padronizam e fixam os instrumentos de tal forma que eles vibrem quase em

ressonância. Já o sistema Profiendo, para manter o controle da extensão de

instrumentação, permite alternativas na fixação do instrumento na ponta

energizante, o que torna aleatório o surgimento da ressonância.

Na técnica ultrassônica utilizada em nosso trabalho foi empregado o

aparelho piezoelétrico ENAC, produzido pela OSADA, podendo alcançar uma

freqüência de oscilação de 30 KHz, com técnica coroa-ápice e limas tipo K

manual adaptadas ao aparelho, ou seja, conexão com transpassagem dos

instrumentos. Decorrente da própria natureza desse instrumento, o movimento

empregado na técnica ultra-sônica foi o de limagem curta e lenta, pois a

associação com o ultra-som permite a atuação da lima em lateralidade e íntimo

contato com as paredes dentinárias (Esberard et al. 76).

O fenômeno de cavitação pelo Enac sobre as bactérias foi estudado

por Ahmad3 em 1989, porém, o exato mecanismo em que as bactérias se

rompem quando expostas ao ultra-som não é bem conhecido. Aceita-se que a

cavitação seja a responsável pela morte das bactérias, no entanto, alguns

trabalhos citam que a espessura de uma suspensão bacteriana e a sua

viscosidade pode influenciar no efeito bactericida da cavitação. O ultra-som

sozinho tem pouco valor na desinfecção do canal. Situações inerentes como

Page 116: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

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100

resíduos pulpares, complexidade anatômica, túbulos dentinários, promovem

nichos de bactérias que escapam ao efeito da cavitação e a associação com

soluções irrigadoras bactericidas, como o hipoclorito de sódio, aumenta esta

propriedade (Ahmad et al. 9).

Um dos fatores analisados dessa eficiência está no volume de solução

irrigadora utilizada, pois, enquanto que nas técnicas de instrumentação manual,

a irrigação é feita somente a cada troca de instrumento e em pequeno volume,

no ultra-som o volume de solução é maior e fluxo constante durante toda a fase

de instrumentação (Baker et al. 16). Segundo Goodman et al. 98, quando um meio

fluído, tal como o hipoclorito de sódio, é submetido a vibrações ultra-sônicas,

sua atividade química é acelerada em função da atividade mecânica e térmica

do fluído, aumentando a capacidade de dissolver tecidos orgânicos

(Cunningham; Joseph60, Abou-Rass; Oglesby2). No entanto os achados de

Aragão12, demonstram não haver melhora na capacidade de limpeza promovida

pelo ultra-som, quando esta técnica foi comparada com a técnica manual de

Oregon modificada. Em nosso trabalho, não fizemos o uso da irrigação

constante durante a instrumentação, e sim, somente a cada troca de

instrumento, para podermos comparar com as outras técnicas, já que estas não

apresentam este recurso.

O tempo total do preparo biomecânico dos canais radiculares é

contraditório. Neste experimento o ultra-som foi aplicado por 1,0 minutos

para cada lima (Martin; Cunningham153, Pedicord; El Deeb; Messer176; Esberard

et al. 75, 76, Lev et al. 129, Holanda Pinto; Bramante; Berbert108), porém não foi

computado o tempo total gasto para o preparo.

Page 117: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

101

Observamos que o controle do comprimento de trabalho, obtido na

odontometria, é crítico quando utilizamos a técnica ultra-sônica. Clinicamente,

o que se espera é que em biopulpectomia ocorrerá uma intensa reação

inflamatória periapical (Jadhe et al. 115), e em necropulpectomia, Cunningham et

al. 63, Martin; Cunningham154, Biffi; Rodrigues26, observaram o risco de

contaminação periapical quando o preparo não é confinado à cavidade pulpar. O

uso de cursores é inconveniente nessas situações, pois interferem no padrão

de oscilação da lima.

O objetivo de muitos estudos tem sido o desenvolvimento de

instrumentos e técnicas, que permitem agilizar o preparo do canal radicular,

pois o fator tempo de instrumentação é sedutor para a escolha de qualquer

técnica, sem, no entanto, comprometer os princípios que regem esta fase do

tratamento, razão do insucesso de muitas das técnicas automatizadas

desenvolvidas até hoje. A cronometria do preparo do canal radicular tem sido

contraditória e imprecisa, pois, em geral, desprezam o tempo consumido na

troca e fixação adequada dos instrumentos no dispositivo. Na realidade,

fatores como a habilidade e experiência do operador, anatomia dos canais

radiculares e eficácia das limas utilizadas, são determinantes no tempo total

de trabalho. É conveniente ressaltar que tal tempo deve implicar não só no

desgaste eficiente da dentina, mas também na limpeza da cavidade pulpar.

O uso de dispositivos mecânico-rotatórios reduziu este tempo

acentuadamente. Esberard et al. 73, 76 relataram que a ultrassonoenergização

reduz em 40% o tempo total do tratamento endodôntico radical. Chenail;

Teplitsky50, em canais curvos de molares inferiores registraram 2,75 minutos

como tempo médio para a conclusão da instrumentação. Contrapondo a esta

opinião, Pedicord; El Deeb; Messer176 encontraram a média de 8 minutos para a

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102

instrumentação manual e 11 minutos para a ultrassônica. Porém, as limas

ultrassônicas promovem dilatação de tal modo que, durante a instrumentação,

pode-se reduzir a quantidade seqüencial de calibres dos instrumentos

(Cameron40).

Com relação da utilização da técnica manual de instrumentação coroa-

ápice, esta permite vantagens como: maior dilatação dos canais nos terços

cervical, médio e apical (Wildey; Senia; Montgomery238, Machado; Britto;

Antoniazzi145), menores deformidades durante o preparo (Batista; Mattos;

Sydney19, Fernandes et al. 83, Machado; Britto; Antoniazzi145); diminuição ou

ausência na extrusão de resíduos pulpares e dentinários através do forame

apical (Bolanos; Jensen30); melhor rendimento na limpeza do interior de canais

circulares e achatados (Canzani et al. 43); e menor tempo de trabalho (Marshall;

Pappin150, Froese; Schechter86, Abou-Rass; Jastrab1, Fairbourn; McWalter;

Montgomery80, Ruiz-Hubard; Gutmann; Wagner194, Ferreira; Biral; Valdrighi84,

McKendry164). Além de uma melhor performance da irrigação, já que a cânula

pode se aproximar mais do limite apical de trabalho, facilitando a remoção de

resíduos orgânicos e dentinários (Christie; Peikoff52, Goerig; Michelich;

Schultz93, Morgan; Montgomery170). Além disso, este preparo favorece a

técnica de obturação, pois o espaçador penetra mais profundamente,

favorecendo um selamento hermético. (Mullaney; Petrich172, Allison; Weber,

Walton11).

Com relação aos avaliadores, vários trabalhos têm demonstrado a

discordância substancial entre esses, assim nossa opção foi pela realização da

avaliação qualitativa e quantitativa por 2 examinadores, sendo indispensável a

concordância entre os mesmos.

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103

6.2 – Dos Resultados

Os resultados obtidos pelas avaliações qualitativa e quantitativa

permitiram a comparação das técnicas de instrumentação na remoção de

corante aderido às paredes dos canais radiculares.

Na análise qualitativa global dos canais radiculares, não houve

diferença estatística significante entre os grupos, apresentando postos-

médios de 22,9 para o grupo I (K 3); 19,4 para o grupo II (ProTaper); 21,2 para

o grupo III (Oregon) e 18,5 para o grupo IV (Ultra-som), conforme demonstra

a tabela 1. Apesar de não haver diferença estatística entre os grupos, é

interessante destacar os postos médio do grupo IV, 18,5, em relação ao grupo

I, 22,9, demonstrando que estes valores, isento da análise estatística,

sugerem o bom desempenho do ultra-som.

Os resultados da análise qualitativa da metade cervical mostraram

conforme a tabela 2, que o grupo IV (Ultra-som) obteve os melhores

resultados com posto-médio de 15,2, seguido do grupo II (ProTaper) com

posto-médio de 18,1, grupo III (Oregon) com 21,2, porém sem diferença

estatística significante entre êles e o grupo I (K 3) com posto-médio de 27,9,

apresentando o pior resultado.

O alargamento prévio da metade cervical é muito importante para

qualquer técnica de instrumentação de canais radiculares criando condições

favoráveis a uma posterior modelagem da metade apical, melhorando o

desempenho do instrumento nessa região, por diminuir as tensões decorrentes

do desgaste compensatório. De fato a necessidade de uma maior ênfase na

instrumentação dos terços cervical e médio do canal, foi confirmada através

deste trabalho e também através de trabalhos realizados por Weine et al.235,

Schilder200, Coffae; Brilliant54, Weine; Kelly; Lio234, Walton232, Bolanos;

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DDiissccuussssããoo

104

Jensen30, Abou Rass; Jastrab1, Marcano; Martinez-Berná149, Chenail;

Teplitsky51, Holland et al. 109. Tais afirmativas são respaldadas também pelos

trabalhos de Shovelton204, Gutierrez et al. 101, Leonardo; Leonardo127,

Ribeiro184, demonstrando que além da contaminação da massa dentinária há uma

grande concentração de bactérias neste terço.

Em nosso trabalho, utilizamos o preparo cervical inicialmente em

todas as técnicas, seja com os instrumentos rotatórios de conicidade maior, ou

com o uso das fresas de Gates-Glidden na técnica de Oregon modificada ou

mesmo com limas de maior calibre para o ultra-som, pois permite maior

dilatação do canal, sem, contudo promover deformidades comprometedoras,

menor extrusão de resíduos pulpares pelo forame (Bolanos; Jensen30), melhor

rendimento da limpeza do interior dos canais radiculares circulares e

achatados (Canzani et al. 43) e menor tempo de trabalho (Abou Rass; Jastrab1).

O efeito benéfico do uso das fresas de Gates-Glidden no preparo dos

canais radiculares, é citado por Christie; Peikoff52, Abou-Rass, Jastrad1,

Goerig; Michelich; Schultz93, Borges33, exercendo influência marcante sobre a

limpeza da metade cervical do canal. Nossos resultados contrariam alguns

trabalhos onde se constatou que a técnica de Oregon modificada, fazendo uso

das fresas de Gates-Glidden, apresentou os melhores resultados quando

comparado as técnicas ultra-sônica, Canal Finder, rotatória com o sistema

Profile (Aragão12, Nishiyama; Garcia175, Gonçalves Jr. 97).

Com relação aos sistemas K 3 e ProTaper, apesar de serem

instrumentos rotatórios com diferentes conicidades para o trabalho do terço

cervical, nosso estudo mostrou resultados bastante diferente entre eles,

sendo que o sistema K 3, com posto médio 27,9 (Tabela 2) apresentou

estatisticamente o pior resultado, o bom desempenho mostrado pelo ProTaper

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DDiissccuussssããoo

105

é provavelmente devido ao desenho que este instrumento apresenta, com

conicidade progressiva, pois da ponta D1 para sua base D2 a conicidade varia

de 0,02mm à 0,12mm., desse modo, cada instrumento prepara uma área

específica do canal radicular. (Sydney214).

O uso do ultra-som (grupo IV) na metade cervical (tabela 2) mostrou

resultados bastante eficientes na remoção de corante, pois utilizamos uma

técnica coroa-ápice, iniciando o preparo com limas de maior calibre, cabendo

observar a tendência do instrumento mais calibroso funcionar com maior

eficiência, desgastando em menor tempo maior quantidade de dentina, como

também observado por Esberard et al. 75, que sugerem a necessidade do íntimo

contato do instrumento com as paredes dentinárias do canal radicular, para que

ocorra o desgaste. É interessante salientar que Tauber et al. 217, Reynolds et

al. 183, observaram uma menor limpeza do terço cervical com o ultra-som em

seus estudos, quando o instrumento, em um primeiro instante, era inserido em

toda extensão do canal radicular. Eles creditaram isso à vibração não

consistente do instrumento. Ao contrário, Martin151, Cunningham; Martin61,

Cunningham; Martin; Forrest62, Martin; Cunningham153, 154, 155, 156, Ahmad; Pitt

Ford5, Walmsley; Williams231, discorreram sobre o mecanismo de ação das limas

ativadas ultra-sônicamente e sugeriram que o contato destas com as paredes

do canal, resultaram numa diminuição de sua vibração e conseqüentemente da

sua capacidade de corte. Este fato seria mais evidente na extremidade apical

do canal.

Em nosso trabalho, não fizemos o uso da irrigação constante durante

a instrumentação, e sim, somente a cada troca de instrumento, para podermos

comparar com as outras técnicas, já que estas não apresentam este recurso.

Page 122: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

106

Podemos constatar pelos resultados, que o ultra-som sem irrigação constante

mostrou ser também muito eficiente.

Na metade apical, o resultado qualitativo mostrou que o sistema

rotatório ProTaper (Grupo II) com posto médio de 13,4 (Tabela 3), apresentou

os melhores resultados, contrariando os achados de Barbizan et al. 17,

utilizando o sistema Profile. Os grupos I (K 3), III (Oregon) e IV (Ultra-som)

tiveram resultados estatísticos semelhantes com postos-médios de 23,0, 22,2

e 23,4, (tabela 3) respectivamente. Isto pode estar relacionado com o

diferente desenho do instrumento ProTaper (grupo II) e a variação de

conicidade em um mesmo instrumento, permitindo alargar melhor a metade

cervical, atingindo a metade apical de uma forma mais uniforme.

A metade apical não necessita de um desgaste acentuado, isto é, a

sua forma original, circular ou ligeiramente oval, deve ser preservada

diminuindo a ocorrência de acidentes ou desvios, principalmente nos casos de

raízes curvas. Neste sentido, Weine et al. 235, Weine; Kelly; Lio234, Christie;

Peikoff52, defendem também o menor desgaste da metade apical.

O alargamento da metade cervical, antes da ação do instrumento na

porção apical do canal, foi benéfico nas técnicas adotadas pois, atenua as

interferências dentinárias, resultando na diminuição de pressões e tensões

nestes, pressões estas que levam a deformações do preparo na porção apical.

Além disto, este atenuamento de interferências favorece a ação direta dos

instrumentos sobre as paredes do canal, em toda sua porção, confirmando os

trabalhos de Cathey45, Goerig; Michelich; Schultz93, Fava81, 82, Leeb126, Canzani

et al. 43, Morgan; Montgomery170, Taylor218, Chenail; Teplitsky50, Fairbourn;

McWalter; Montgomery80, Ferreira; Biral; Valdrighi84, McCann; Keller;

Labounty162, Holland et al. 109, Murgel; Walmsley; Walton173, Swindle et al. 212)

Page 123: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

107

A análise quantitativa, realizada a partir da digitalização das imagens

das hemissecções, das áreas onde o corante permaneceu aderido às paredes do

canal radicular dos grupos estudados, forneceu dados, que quando comparados,

puderam determinar qual técnica foi mais eficiente na remoção do corante.

A análise dos dados contidos na tabela 5 e gráfico II, mostra uma

ordem crescente de quantidade de corante remanescente, nos grupos IV

(Ultra-som), II (ProTaper), III (Oregon) e I (K 3). Esses resultados puderam

mostrar que nenhuma das técnicas estudadas foi eficiente na remoção total do

corante aderido, fato observado também por Nishiyama; Garcia175, Hülsmann;

Rümmelin; Schäfers110, Schäfer; Zapke198, Evans; Speight; Gulabivala78,

Hülsmann; Schade; Schäfers111, Barbizam et al. 17, Gonçalves Jr. 97. Apesar de

não haver diferença estatística significante entre os grupos estudados, como

observado na tabela V, bons resultados foram observados no uso de

instrumentos que podem ser mais facilmente direcionados contra as paredes e

istmos dos canais, como na técnica manual com movimento de limagem e ultra-

sônica, porém, os sistemas rotatórios, que apresentam a tendência de

trabalhar de maneira centralizada no interior do canal radicular (Fabra

Campos; Monteverde Rovira; Chordá Martinez79, Gonçalevs Jr. 97), chama a

atenção o desempenho do sistema ProTaper (grupo II, tabela V) que obteve

resultados bastante significativos, sobrepujando o sistema K 3 (grupo I, tabela

V), contrariando as expectativas em relação às técnicas de Oregon e ultra-

sônica.

O escalonamento progressivo sem pressão apical, pouca ação tem

sobre as zonas polares e istmos como visto em nosso trabalho. Atua de forma

suave e harmônica em uma análise global, isto é, em toda extensão do preparo.

O movimento de alargamento empregado durante esta instrumentação

Page 124: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

108

direciona a ação das limas a alguns pontos de contato com as paredes do canal,

e, além disso, não é possível o direcionamento de sua ação, como é facilmente

realizado com o movimento de limagem.

As imagens obtidas pela digitalização são planas, porém representam

estruturas tridimensionais, este aspecto é minimizado, pois como os espécimes

estudados apresentam achatamento bem definido no sentido mésio-distal, a

profundidade destes é mínima (Gonçalves Jr. 97).

De uma maneira geral, nossos resultados puderam demonstrar que

nenhuma das técnicas aqui empregadas produziu preparos adequados, isto é, a

remoção total do corante das paredes, contrariando as verificações de Canzani

et al. 43. Encontrou-se com freqüência porções não tocadas pelos instrumentos,

como nos istmos, em decorrência tanto da deficiência da técnica em si, como

também pelas irregularidades anatômicas, mesmo hoje, com a presença dos

sistemas rotatórios e instrumentos com diferentes características.

(Gutiérrez; Garcia100, McComb; Smith163, Walton232, Bolanos; Jensen30,

Cunningham; Martin; Forrest62, Cunningham et al. 63, Cameron41, Borges33,

Aragão12, Brosco et al. 36, Lumley et al. 143, Kataia et al. 119, Wu; Wesselink239,

Valli; Lata; Jagdish225, Heard; Walton107). Em seus estudos, Langeland; Liao;

Pascon124 comparando as técnicas de instrumentação manual, sônica e ultra-

sônica, salientaram que na limpeza dos canais, sua própria anatomia é mais

importante do que qualquer técnica de instrumentação. Observaram que

aquelas técnicas limparam adequadamente canais circulares e retos, porém

fracassaram ao limpar canais curvos e irregulares.

Os resultados foram bastante significativos com relação à remoção

de corante aderido às paredes do canal radicular quando o sistema ProTaper

(grupo II) foi utilizado, diferente do sistema K 3 (grupo I) nas duas análises

Page 125: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

DDiissccuussssããoo

109

realizadas, salientando que se trata de canais com achatamento e a tendência

destes instrumentos é de trabalhar centralizado no canal.

Quando se compara as duas avaliações, qualitativa global e

quantitativa, realizadas em nosso estudo, podemos constatar a igualdade no

ordenamento dos resultados: primeiro, grupo IV (Ultra-som), segundo, grupo

II (ProTaper), terceiro, grupo III (Oregon) e quarto grupo I (K 3).

Isto nos leva a crer, que, ainda, não dispomos de uma técnica de

instrumentação ideal, para que sejam alcançados todos os objetivos almejados

para a biomecânica do tratamento endodôntico, principalmente em casos de

necrose pulpar com lesão periapical, onde a contaminação é extensa e intensa,

necessitando, portanto do uso de um curativo de demora.

Page 126: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

77.. CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

Page 127: (sistema k3 e protaper), ultra-som e manual na remoção de

CCoonncclluussããoo

111

77.. CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

Nas condições experimentais em que essa pesquisa foi conduzida,

podemos concluir que:

Em todos os grupos experimentais, as técnicas de instrumentação

empregadas não conseguiram remover totalmente o corante das paredes

(p«0,05);

A avaliação qualitativa global dos canais radiculares mostrou não haver

diferença estatística significante entre os grupos estudados(p«0,05);

A avaliação qualitativa da metade cervical do canal mostrou que os grupos

ProTaper, ultra-som e manual apresentaram os melhores resultados

(p«0,05);

A avaliação qualitativa da metade apical do canal demonstrou que o Sistema

ProTaper teve melhor desempenho (p«0,05);

A avaliação quantitativa da remoção de corante dos canais radiculares,

mostrou não haver diferença estatística significante entre os grupos

estudados.

Em uma ordenação dos resultados de melhor método para o pior temos: 1º

Grupo IV (ultra-som); 2º Grupo II (ProTaper); 3º Grupo III (Oregon

modificada) e 4º Grupo I (K 3).

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RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass

113

88.. RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS

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The present work aimed at comparatively evaluating the

effectiveness of rotary nickel-titanium, ultrasonic and manual instruments,

were utilized 40 teeth among central, lateral incisors and premolars inferior

human permanent teeth, which presented proximal flatter well defined on

radicular portion. The contents of the pulpar cavities were removed and the

canals filled out with colouring red nanquim ink. The teeth were prepared by

three different methods: mecanic rotatory, using the K3 and ProTaper

systems, ultrasonic technique crown-down and progressive manual crown-down

without apical pression. The roots were split up on a longitudinal way in the

vestibular-lingual aspect. The qualitative analysis of the remaining presence

colouring attached after the biomechanical preparation were made orderly the

splinter in a crescent shape of colouring quantity on the cervical half canals

walls, on the apical half and along of the canals walls. The quantitative analysis

were made by the image scan of the splinter insert on Sigma Scan Program,

responsible by measured the total area of the pulpar cavity prepared and the

specific area of the remaining colouring on the not affected areas by the

preparation. The statistical analysis of the qualitative and quantitative

avaliation showed that in all experimental groups the techniques used did not

succeed on the total removal of the colouring from the walls; the root canals

global avaliation showed no significant statistical difference among the

studied groups; the cervical half avaliation showed that K3 System did not

produced good results on the colouring removal, and the apical half were

cleanest up better with the ProTaper System.

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