Sistema Econmico Comercial

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SISTEMA ECONÔMICO COMERCIAL No final do século XII, aproximadamente, o Sistema Econômico funcional passa por uma fase de desagregação, devido a uma longa depressão passada pela Europa naquela época. Viabilizando uma nova forma de extração de excedente (a comercial). É preciso considerar que fator que alavancou a expansão europeia foi às inovações nas técnicas agrícolas, melhorando a produção de alimentos. Com isso levando a Europa para um continuo crescimento demográfico, fazendo-se necessário um alargamento das terras agriculturáveis, para que a produção crescer de acordo com a população, mas demanda se manteve superior a oferta. Fazia se necessário uma expansão continua de áreas agriculturáveis, mais havia se esgotado essas possibilidades. Pois a Europa havia se contraído devido a permanência dos árabes, na península Ibérica e as perdas de alguns pontos de apoio, ocorrendo um abandono enorme de áreas tornadas agriculturáveis . Houve também mudanças climáticas naquela época, impedindo a produção de alguns alimentos de grande importância, principalmente o a produção de cereais na Islândia e a da vinha na Inglaterra. E a população continuava em constante crescimento, começou a sentir os impactos causados por esses fatores . Houve longos períodos de fome violentas e generalizada, que provocaram uma crise agrária, frei ando o crescimento da população. Nesta situação de crise, a Europa é atingida por dois eventos: A Guerra dos Cem Anos (1337-1453), envolvendo importantes cidades economicamente (Inglaterra, Flandres e França) e a Peste Negra (1347-1350), que põem ao arraso todo continente europeu. Esses eventos com a crise agrária causam outra duas crises, à demográfica e a monetária, mergulhando a Europa em uma profunda depressão econômica, que se estendeu até a metade do século XV. Depois de tudo isto o Sistema Funcional estava extinto, a economia europeia passou por uma recuperação,

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SISTEMA ECONÔMICO COMERCIAL

No final do século XII, aproximadamente, o Sistema Econômico funcional passa por uma fase de desagregação, devido a uma longa depressão passada pela Europa naquela época. Viabilizando uma nova forma de extração de excedente (a comercial).

É preciso considerar que fator que alavancou a expansão europeia foi às inovações nas técnicas agrícolas, melhorando a produção de alimentos. Com isso levando a Europa para um continuo crescimento demográfico, fazendo-se necessário um alargamento das terras agriculturáveis, para que a produção crescer de acordo com a população, mas demanda se manteve superior a oferta. Fazia se necessário uma expansão continua de áreas agriculturáveis, mais havia se esgotado essas possibilidades. Pois a Europa havia se contraído devido a permanência dos árabes, na península Ibérica e as perdas de alguns pontos de apoio, ocorrendo um abandono enorme de áreas tornadas agriculturáveis .

Houve também mudanças climáticas naquela época, impedindo a produção de alguns alimentos de grande importância, principalmente o a produção de cereais na Islândia e a da vinha na Inglaterra. E a população continuava em constante crescimento, começou a sentir os impactos causados por esses fatores . Houve longos períodos de fome violentas e generalizada, que provocaram uma crise agrária, frei ando o crescimento da população.

Nesta situação de crise, a Europa é atingida por dois eventos: A Guerra dos Cem Anos (1337-1453), envolvendo importantes cidades economicamente (Inglaterra, Flandres e França) e a Peste Negra (1347-1350), que põem ao arraso todo continente europeu. Esses eventos com a crise agrária causam outra duas crises, à demográfica e a monetária, mergulhando a Europa em uma profunda depressão econômica, que se estendeu até a metade do século XV.

Depois de tudo isto o Sistema Funcional estava extinto, a economia europeia passou por uma recuperação, procurou formas de escapar da hegemonia do Mediterrâneo , com a sua economia voltada para relação de preço de compra e de venda, visando a maximização dos lucros.

Essa nova forma de extração de excedente econômico é mais bem compreendida se analisarmos a três crises separadamente os efeitos causados por ela na Europa.

A CRISE AGRÁRIA

Foi quando a oferta não conseguiu superar a demanda, devido crescimento continuo da população e ao abandono dos arroteamentos. O acontecimento de longas guerras envolvendo regiões importantes economicamente (Inglaterra, França, península Ibérica, Escócia, Irlanda, Itália, Alemanha e margens do Báltico), onde suas batalhas causaram destruição dos campos, e também problemas climáticos (chuvas torrenciais ou secas prolongadas). Levando escassez, provocando fomes generalizadas um aumento local nos preços (principalmente no trigo que subiu mais 300%, alimento essencial da época), e desorganizar a produção regular de alimentos principalmente cereais. Devido a vários ciclos de más colheitas, a um surto de fome, de epidemias, guerras, população

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subnutrida e entre outros fatores, fizeram com que a economia europeia passasse por uma prolongada crise, que veio a se recuperar durante o século XV, devido a uma mudança no regime de mão- de- obra e graças à reconversão agrícola.

A CRISE DEMOGRÁFICA

A população europeia, enfraquecida pelo os ciclos de fome e epidemia, causados pelas ações de guerra constantes, foi atingida pela Peste Negra, pior fase da crise demográfica. A peste negra foi trazida para Europa do Oriente por um navio genovês contaminado. A moléstia provocava principalmente uma infecção pulmonar, mortífera em 100 % dos casos, espalhou-se rapidamente, levando um terço da população europeia a morte. Tudo isso aprofundou ainda mais a crise agrária, desorganizando toda atividade agrícola produto-administrativo, levando a um completo desequilíbrio entre demanda e oferta, a demanda diminui aumentado a oferta, e tendo uma redução nos preços dos alimentos, e os preços dos salários aumentaram pois a mão- de- obra havia diminuído.

A Crise Monetária

Com a difusão da mão- de- obra assalariada, pela reativação de produção urbana o crescimento demográfico, houve se a necessidade de expandir os meios de pagamentos. E mesmo procurando formas para diminuir a diversidade de moedas existentes na época, e o recurso ao credito, fossem constantes, os estoques de metais amoedáveis, estavam insuficientes, devidos às combinações fome/epidemia.

A crise agrária tornou encareceu os bens, as constantes guerras fizeram com que os países envolvidos elevassem os impostos (diretos e indiretos), fazendo também recorrerem a empréstimos a juros, gerando falência dos banqueiros. A moeda começou a perde o seu valor, estimulando o entesouramento das moedas com maior valor, fazendo com que os preços dos produtos, agrícolas e manufaturados caíssem gerando uma época de depressão acentuada.

OS RESULTADOS DA DEPRESSÃO

A crise geral do sistema econômico nada mais seria que uma “crise de crescimento” resultante das crises agrária, demográfica e monetária, resultante na desagregação do sistema econômico funcional no que diz respeito ao “critério de funcionalidade”, suas características essenciais, sendo substituído por uma forma alternativa de extração de excedente econômico: DMD (dinheiro-mercadoria-dinheiro) que nada mais é: dinheiro compra mercadorias que são revendidas com lucros.

A redução da população global levou a uma alta de salários, ocasionando uma mudança na composição da demanda, segundo Leo Hubernan, “o mercado crescera tanto que qualquer colheita superior às necessidade do camponês e do senhor poderia ser vendida. Em troca o camponês recebia dinheiro, e conheceu uma nova classe de

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pessoas- os comerciantes” . Isso nos trouxe uma redução nos níveis de oferta e demanda.

O período mais critica da depressão compreendeu-se entre 1347-1365 foi marcado pela falência da funcionalidade dos senhores laico e da igreja a crescente intervenção dos Estados na vida econômica e no apogeu das sociedades comerciais.

A primeira fase da Guerra dos Cem anos e a pandemia da peste mostrou de forma clara o quão eram incapazes as duas categorias de homens livres cumprirem as funções especifica que lhe garantiam sua própria liberdade: Os Cavaleiros feudais não conseguem proteger seus camponeses dependentes da depredassão dos inimigos e da igreja incapaz de proteger a sociedade da ira divina. Isso facilitou os progressos da centralização administrativa empreendidas pelas monarquias nacionais. Dada à necessidade extrema de assegurar a sobrevivência, os Estados-nacionais na sua luta contra o particularismo e o universalismo, e a igreja pretendendo regular toda às esferas da vida comum, ganham um impulso.

Os reis cedem às taxas alfandegárias de importação de trigo, impedem a exportação de uns produtos, sem a devida importação de outros produtos e proíbe a saída de ouro e prata, no intuito de viabilizar o abatimento de seus países. Com isso, reforçam seu papel centralizador.

As intervenções do estado estabeleceram o teto para o preço dos salários denominados estatutos dos Trabalhadores que foi promulgada por vários outros países visando enfrentar a crise e fortalecendo assim o poder do estado.

Mesmo que as características da depressão favorecessem a atividade comercial ela só seria impulsionada se houvesse aumento nos meios de pagamentos que provocasse uma alargamento do mercado do consumidor e barateasse os custos de produção, desenvolvendo adequadamente um sistema creditício.

A Reconversão Agrícola

e a Crescente Especialização da produção

Com o abandono da tradicional policultura europeia, onde cada parcela da terra agricultável devia procurar alimentar o melhor que pudesse o respectivo lugar, adotou-se uma atividade agrícola regionalmente especializada.

Essa notável reconversão da agricultura europeia, feita basicamente para viabilizar uma maximização dos lucros através do aumente da produtividade da terra, levou a um natural desenvolvimento da atividade comercial.

Por toda a Europa Ocidental, o sistema senhorial, descaracterizou-se, procurando adaptar-se à crescente especialização agrícola. As áreas de reserva tenderam a desaparecer, e as corveias foram substituídas por rendas monetárias. Na Europa Mediterrânea e oriental, ocorreu uma drástica redução no nível de liberdade da

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população rural. Os proprietários de terras se apropriaram de maiores parcelas do trabalho camponês, visando a um aumento quantitativo da produção.

Com os efeitos da adaptação dentro do sistema econômico comercial sobre a Europa mediterrânea e Oriental, marcou o rompimento entre um padrão clássico de desenvolvimento e que se pode denominar de mundo moderno.

A decadência dos eixos econômicos Tradicionais

A partir da metade do século XIV, devido o processo de reconversão agrícola, os dois eixos econômicos tradicionais europeus – o Mediterrâneo e o Báltico – começaram a especializar a sua produção de cereais. Por este motivo, eles se transformaram em áreas economicamente dependentes da Europa moderna que surgia: a Centro-Atlântica.

Com o preço dos cereais baixo no século XV, a única maneira para que as companhias comerciais italianas pudessem manter seus lucros era aumentando as quantidades produzidas, o que levou as condições de trabalho compulsório. O mesmo aconteceu nas costas bálticas. Com a ausência dos núcleos urbanos significativos para a comercialização de uma série de benefícios que eles usufruíam nessas regiões e passaram a condição de trabalhadores obrigados.

No Báltico, as cidades hanseáticas são ameaçadas em seu monopólio comercial pelas frotas rivais da Inglaterra e Holanda, o que acentuada sua decadência econômica. No Mediterrâneo as condições mostram-se ainda piores para as antigas cidades italianas.

Com o aparecimento do artesanato rural, que se difundiam por toda a Europa, as cidades italianas foram duramente atingidas. Fatores como a alta dos preços dos produto manufaturados, em relação à baixa dos preços agrícolas, e a crescente especialização agrícola, liberando mão- de- obra, funcionaram no sentido de atrair numerosos contingentes de camponeses para as cidades. Como tentativa de aumentar seus lucros, os burgueses proprietários de manufaturadas reduziram ou congelaram os salários dos artesões, o que gerou uma série de conflitos entre os mesmo. Uma forma que os burgueses- mercadores encontram foi contratar mão- de- obra rural, fornecendo- lhe matéria prima e pagando- lhe por unidade. Desta forma, os antigos eixos econômicos europeus adentram o século XV condenados a decadência. Seu lugar é ocupado por duas áreas: a Europa Central e a Europa Atlântica.

A expansão Ultramarina Europeia

A Europa, devido a sua especialização na produção agrícola, necessitava cada vez mais de uma eficiente rede de circulação comercial e que fosse rápida e barata, para que os custos do transporte não ultrapassassem os preços finais das mercadorias.

Mais veloz e muito mais barata que o terrestre, o transporte marítimo pelo fato de se esquivar das inúmeras alfândegas internas, domina o universo econômico europeu.

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As melhorias nas técnicas de navegação nas costas atlânticas possibilitaram o progressivo abandono da navegação de cabotagem, com a adoção da de longo curso. Imprimindo maior velocidade, um problema se agravou: escassez de metais preciosos.

Mesmo com uma enorme produção das minas da Europa Central, ela não foi suficiente para compensar a perda das minas balcânicas, nem para satisfazer a crescente necessidade de metais preciosos.

A expansão ultramarina do século XV está ligada a fome de metais preciosos que a Europa tinha. Outro fator diz respeito à busca de alimentos, também as especiarias (gama de produtos de origem vegetal e animal).

Esta expansão foi permitida pelas condições geográficas privilegiadas para a navegação atlântica, escassez de terras para o cultivo de trigo.

Todos esses fatores contribuíram para a expansão desse sistema econômico em fins do século XV, gerando uma divisão social do trabalho em escala mundial e a maximização da forma de extração de excedente. Com as diferenças nos preços e o acúmulo de capital, gerou-se um novo sistema econômico: o Capitalista.

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Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRE-PEUnidade Acadêmica de Serra Talhada- UAST

HISTORIA ECONÔMICA GERAL:Sistema Econômico Comercial

Prof.: Patrícia de Souza

Serra Talhada-2011

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BLIBLIOGRAFIA

REZENDE, Cyro. História Econômica Geral. – 9° ed, - São Paulo: Contexto, 2007. HUBERMAM, Leo. História da Riqueza do Homem. – 17° ed. – Rio de Janeiro: Zahar,

1981.

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Equipe:Douglas JoséJanderson Klebson Mayra BettysllaneThayana Brito