Sistema de CTI no Brasil - Grupo Gestor de Tecnologias ... · Academia de Cirurgia e Medicina RJ...
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Sistema de CTI no Brasil
GN 101
Sergio Salles-Filho
Objetivo
• Apresentar as características centrais do modelo de desenvolvimento científico e
tecnológico no Brasil
Efeito da Produtividade Total dos FatoresAgricultura - Brasil
3
Fonte: Gasques et al (2004)
4
Fonte: Gasques et al (2004)
Efeito da Produtividade Total dos FatoresAgricultura - Brasil
Um sistema dual
Produção científica brasileira 1,7% da mundial
Doutores – 10 mil/ano
Mestres – 40 mil/ano
patentes de invenção (USPTO)
• media 80s - 0,04% do total
• media 90s - 0,06% do total
Perguntas iniciais
• Em quais setores a economia brasileira tem liderança internacional e por que?
• Por que tem em alguns e não em outros?
• Quais as características mais marcantes do sistema de CTI do país?
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA NACIONAL DE C,T&I
I – a pesquisa pragmática
Vinculação entre economia urbana, economia rural e ciência e tecnologia
Soluções de problemas práticos
1808 Jardim Botânico do Rio de Janeiro
1808 Escola de Cirurgia da Bahia
Academia de Cirurgia e Medicina RJ
1827 Escolas de Direito (São Paulo e Recife)
1885 Museu E. Goeldi
1887 Imperial Estação Agronômica de Campinas (IAC)
1893 I. Bacteriológico (A. Lutz)
1900 Manguinhos
IPT
1901 Escola Agrícola Luiz de Queiroz
II – o ensino pragmático e pesquisa estratégica
1920 UFRJ (Universidade do Brasil)
1934 USP
1930 -1949
160 IES no Brasil
1948 -1951
CTA - ITA
SBPC
CBPF
CAPES
CNPq
1956 IPEN
1955; 1963
CENAP
CENPES
CNAE (INPE)
Formação universitária superior
Formação da pesquisa universitária
Ampliação dos centros de pesquisa
Institucionalização da política de C&T
III – o sistema de C&T
1961 UNB
1962 FAPESP
1966 UNICAMP
1967 FINEP
1969 FNDCT
1973 -1985
EMBRAPA (73)
PBDCTs I, II e III
CPqD (76)
1985 -1999
Criação MCT (85)
PADCTs
Expansão do financiamento
Programas governamentais multi-setoriais
Generalização da pesquisa científica
Ambição tecnológica
IV – o sistema de C&T&I
1999 Fundos Setoriais
2004 -2006
Lei de Inovação, lei de incentivos fiscais
2008 subvenção
2000 -2009
Vários programas de inovação
Financiamento para inovação
Entrada das associações empresariais
Ambição de inovação
ALGUNS NÚMEROS SOBRE O SISTEMA DE CTI NO BRASIL
ANTES, INDICADORES E SEUS SIGNIFICADOS
Alguns indicadores
• Investimento em P&D
• Investimento em P&D como % do PIB
• Patentes
• Publicações científicas
• Número de pós graduados
• Inovação – para a organização, para o país, para o mundo
– novos produtos, novos processos, novos serviços
Dados comparados
• A distribuição global do gasto em P&D estámudando:– Crescimento dos países menos desenvolvidos
– China cresceu 19% aa entre 2001 to 2007
– Africa do Sul passou de 1.6 bi em 1997 para 3.7 bi em2006
– Russia subiu de USD 9 bi em 1996 para USD 20 bi em2006
– India chegou a USD 23.7 bi em 2004
– OCDE passou de 11,7 em 1996 para 18.4% in 2005
Gastos em P&D: tendências em países escolhidos
Participação no gasto mundial
entre 1996 e 2005
Mudança na participação global
entre 1996 e 2005
Participação no patenteamento e na produção científica em países escolhidos
Participação de patentes de países
escolhidos nas patentes da tríadeParticipação nas publicações
científicas
Tendências em gastos em P&D
entre 1996 e 2006
Gasto em P&D por país ou bloco Gasto em P&D como % do PIB
BRASIL
2.1.1 Brasil: Investimentos nacionais em ciência e tecnologia (C&T)(1) 2000 -2007 - MCT (2009)
Ano
PIB em milhões de
R$ correntes
Investimentos em C&T% em relação
ao total% em relação ao PIB
em milhões de R$ correntes
Públicos Empresariais
Total PúblicosEmpresa
riaisPúblicos
Empresariais
TotalFederais2 Estaduais3 Total Estatais4 Privados5 Total
2000 1.179.482,0 5.795,4 2.854,3 8.649,7 1.183,2 5.455,6 6.638,8 15.288,5 56,58 43,42 0,73 0,56 1,30
2001 1.302.136,0 6.266,0 3.287,1 9.553,1 1.650,8 6.058,7 7.709,6 17.262,6 55,34 44,66 0,73 0,59 1,33
2002 1.477.822,0 6.522,1 3.473,3 9.995,4 2.593,1 6.688,7 9.281,8 19.277,2 51,85 48,15 0,68 0,63 1,30
2003 1.699.948,0 7.392,5 3.705,7 11.098,2 2.960,3 7.335,3 10.295,6 21.393,9 51,88 48,12 0,65 0,61 1,26
2004 1.941.498,0 8.688,2 3.900,5 12.588,6 3.510,2 7.941,3 11.451,6 24.040,2 52,36 47,64 0,65 0,59 1,24
2005 2.147.239,0 9.570,1 4.027,3 13.597,4 3.463,0 10.216,6 13.679,6 27.277,1 49,85 50,15 0,63 0,64 1,27
2006 2.369.797,0 11.476,6 4.282,1 15.758,6 3.076,0 11.548,6 14.624,6 30.383,2 51,87 48,13 0,66 0,62 1,28
2007 2.558.821,3 14.002,5 5.687,4 19.689,9 4.501,9 13.196,3 17.698,2 37.388,1 52,66 47,34 0,77 0,69 1,46
Quadro 2.4 – Percentual dos dispêndios Nacionais em P&D, públicos e privados, segundo fonte de
origem dos recursos , em países selecionados em anos mais recentes disponíveis:
País Anos Governo Empresas Ensino superior Privado sem fins lucrativos
Alemanha 2003 13,4 69,8 16,8 0,6
Argentina 2003 41,1 29,0 27,4 2,5
Brasil 2000 18,4 37,4 43,6 0,6
Canadá 2004 10,5 51,2 38,1 0,3
China 2003 27,1 62,4 10,5 -
Coréia 2003 12,6 76,1 10,1 1,2
Espanha 2003 15,4 54,1 30,3 0,2
Estados Unidos 2003 9,0 68,9 16,8 5,3
França 2003 17,1 62,3 19,3 1,4
Japão 2003 9,3 75,0 13,7 2,1
México 2001 39,1 30,3 30,4 0,2
Fonte: MCT (Indicadores Nacionais de Ciência e Tecnologia).
Cedido por Carlos Henrique de Brito Cruz em março 2009
Cedido por Carlos Henrique de Brito Cruz em março 2009
Cedido por Carlos Henrique de Brito Cruz em março 2009
Cedido por Carlos Henrique de Brito Cruz em março 2009
Estamos formando gente qualificada
Pacheco (2008)
Estamos publicando bem
Pacheco (2008)
Produção científica (ISI) por área - % Brasil na produção mundial
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
Agrárias
Microbiologia
Animais/Plantas
Física
Farmacologia
Espaciais
Bio-Bioquímica
Matemática
Ecologia
Imunologia
Química
Multidisciplinar
Materiais
Biol. Mol/Genética
Geociências
Neurociências e C. Comportam.
Clínica Médica
Engenharia
Sociais
Computação
Psicologia
Economia
Educação
Direito
1981-1983 2002-2004 Pacheco (2008)
Gasto de P&D como % PIB
Gasto privado P&D como % PIB
% pop entre 25 e 64 anos com terceiro grau
completo
Patentes na tríade por milhão de habitantes
% graduados em ciências e engenharias
Artigos publicados por milhão de pessoas
% empresas com novos produtos no mercado
Pesquisadores por milhares de empregados
Patentes com co-inventores estrangeiros
% empresas com cooperação em P&D
% empresas com inovação não tecnológica
Média da OCDE
Indicadores de produção científica e tecnológica e de inovação no Brasil
comparados com a média dos países da OCDE
INOVAÇÃO
Taxas de Inovação - PINTEC
1998‑2000 2001‑03 2003-05
Taxa de Inovação
Produto 6,3 6,4 6,5
Processo 13,9 12,9 13,8
Produto e processo 11,3 14,0 13,1
Qualquer tipo de inovação 31,5 33,3 33,4
Taxa de Inovação em produto
PME (10‑49 empregados) 14,1 19,3 17,0
Grandes empresas (+500 empregados) 59,4 54,3 58,1
Taxa de Inovação em Processo
PME (10‑49 empregados) 21,0 24,8 23,1
Grandes empresas (+500 empregados) 68,0 64,4 68,4
Fontes: IBGE, PINTEC 2000, 2003 e 2005 (apud Pacheco, 2008)
Total das Empresas e as que implementaram inovações e/ou com projetos, por Regiões e Unidade da Federação - 1998-2000
Regiões
Empresa
Total
Que implementaram inovações de
Total
Produto Processo
Produ
to e
proces
soTotal
Novo
para a
empresa
Novo
para o
mercado
nacional
Total
Novo
para a
empresa
Novo
para o
mercado
nacional
Brasil 72005 22698 12658 10355 2975 18160 16753 2000 8120
Região Norte 1965 588 305 274 41 458 379 101 175
Região Nordeste 6799 2119 1012 935 116 1813 1672 161 706
Região Sudeste (excl. SP) 14905 3983 2097 1758 433 3206 3044 314 1320
Região Sul 18502 6349 3584 2995 719 5197 4869 451 2433
Região Centro-Oeste 3238 995 516 499 31 821 811 33 341
São Paulo 26597 8664 5144 3895 1634 6665 5978 941 3146
IBGE Pintec (2000)
Inovação e competitividade na indústria brasileira
• As firmas que inovam e diferenciam produtos, apesar de representarem numericamente apenas 1,7% da indústria brasileira:
– responsáveis por 26% do faturamento industrial e
– por 13% do emprego gerado (IPEA, 2005)
Inovação e competitividade na indústria brasileira
• Nas firmas que inovam e diferenciam produtos cada pessoa ocupada é responsável por:
– R$ 74,1 mil de valor adicionado na produção, 67,3% a mais do que um trabalhador das firmas especializadas em produtos padronizados que produz em média R$ 44,3 mil (IPEA, 2005)
Inovação e competitividade na indústria brasileira
• Inovar e diferenciar produto implica:– melhores salários e condições de trabalho (23% a
mais do que os que trabalham nas firmas que não diferenciam
– geram postos de trabalho de melhor qualidade e dão mais estabilidade ao trabalhador
– a escolaridade média do trabalhador é maior, de 9,13 anos (IPEA, 2005)
CONCLUSÕES
Algumas características gerais do sistema de C,T&I no Brasil
• Quanto à ligação com o setor industrial
• Quanto à participação pública e privada
• Quanto à importância relativa para a competitividade
• Quanto à estrutura de pesquisa e desenvolvimento
• Quanto à formação de rrhh qualificado
• Quanto à estrutura de financiamento
• Outlook da OCDE
• http://www.oecd.org/document/36/0,3343,en_2649_33703_41546660_1_1_1_1,00.html