SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE...

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO (Bacharelado) SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE MANUFATURA UTILIZANDO RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU PARA A OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS NA DISCIPLINA COM NOME EQUIVALENTE NO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO — BACHARELADO ANA CRISTINA GAEBLER BLUMENAU, JUNHO/1999 1999/1-03

Transcript of SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE...

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

(Bacharelado)

SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE MANUFATURA UTILIZANDO RACIOCÍNIO

BASEADO EM CASOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU PARA A OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS NA

DISCIPLINA COM NOME EQUIVALENTE NO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO — BACHARELADO

ANA CRISTINA GAEBLER

BLUMENAU, JUNHO/1999

1999/1-03

ii

SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE MANUFATURA UTILIZANDO RACIOCÍNIO

BASEADO EM CASOS

ANA CRISTINA GAEBLER

ESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, FOI JULGADO ADEQUADO PARA OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS NA DISCIPLINA DE TRABALHO DE

CONCLUSÃO DE CURSO OBRIGATÓRIA PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE:

BACHAREL EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

Prof. Oscar Dalfovo — Orientador na FURB

Prof. José Roque Voltolini da Silva — Coordenador do TCC

BANCA EXAMINADORA

Prof. Oscar Dalfovo Prof. Dalton Solano dos Reis Prof. Roberto Heinzle

iii

AGRADECIMENTOS

Ao meu noivo Marcelo, que está sempre ao meu lado.

Aos meus pais Ivo e Inês que sempre me ajudam em meus projetos.

Ao meu orientador Prof. Oscar Dalfovo, meu mestre durante o desenvolvimento do trabalho.

A todos os colaboradores da Fonte Sistemas de Informática pelo apoio.

Aos meus amigos que entenderam minha ausência.

A Deus, que abençoa minha vida, por mais esta conquista.

iv

SUMÁRIO

SUMÁRIO............................................................................................................................ iv

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................... vi

LISTA DE TABELAS........................................................................................................viii

RESUMO ............................................................................................................................. ix

ABSTRACT .......................................................................................................................... x

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

1.1 OBJETIVOS................................................................................................................... 3

1.2 SINOPSE........................................................................................................................ 4

2 CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS ............................................................... 5

2.1 CONCEITO DE PROCESSO ......................................................................................... 5

2.2 VISÃO GERAL DO CEP ............................................................................................... 6

2.3 VARIAÇÕES DE UM PROCESSO E GRÁFICO DE CONTROLE ............................... 8

2.3.1 TIPOS DE GRÁFICOS DE CONTROLE................................................................... 10

2.4 IMPLEMENTAÇÃO DO CEP NAS EMPRESAS ........................................................ 12

3 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS.......................................................................... 15

3.1 HISTÓRICO................................................................................................................. 16

3.2 REQUISITOS DO RBC................................................................................................ 17

3.3 MEMÓRIA DE CASOS ............................................................................................... 17

3.4 RECUPERAÇÃO DE CASOS...................................................................................... 18

3.4.1 MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO ............................................................................. 19

3.4.2 TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO DE VIZINHO MAIS PRÓXIMO........................... 20

4 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS............................................................. 22

4.1 MICROGRAFX FLOWCHARTER 7 ........................................................................... 22

v

4.2 METODOLOGIA DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS.................................................... 23

4.2.1 OBJETOS................................................................................................................... 24

4.2.2 MENSAGENS E MÉTODOS..................................................................................... 24

4.2.3 CLASSES E INSTÂNCIAS........................................................................................ 25

4.2.4 HERANÇA................................................................................................................. 26

4.2.5 TÉCNICA DE MODELAGEM DE OBJETOS (OMT)............................................... 26

4.3 FOXPRO 2.6 ................................................................................................................ 30

4.4 AMBIENTE VISUAL – DELPHI 4 .............................................................................. 31

5 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE DA

PRODUÇÃO................................................................................................................... 34

5.1 ESPECIFICAÇÃO DO SISTEMA................................................................................ 34

5.2 APRESENTAÇÃO DAS TELAS E OPERACIONALIDADE ..................................... 39

6 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46

6.1 DIFICULDADES ENCONTRADAS............................................................................ 47

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS.......................................................... 47

ANEXO 1............................................................................................................................ 48

ANEXO 2............................................................................................................................ 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 59

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Conceito de processos. ............................................................................................ 6

Figura 2: A unidade básica de manufatura.............................................................................. 7

Figura 3: Modelo geral de um gráfico de controle. ................................................................. 9

Figura 4: Gráfico de controle para processos sob controle. ................................................... 11

Figura 5: Gráfico de controle para processos fora de controle............................................... 12

Figura 6: Micrografix FlowCharter sendo executado sob o Windows 95. ............................. 23

Figura 7: Objetos enviando mensagens entre si. ................................................................... 25

Figura 8: - Modelo de Objetos.............................................................................................. 27

Figura 9: Diagrama de Estados............................................................................................. 28

Figura 10: Diagrama de Eventos. ......................................................................................... 28

Figura 11: Diagrama de Fluxo de Eventos............................................................................ 29

Figura 12: Valores de entrada e saída. .................................................................................. 29

Figura 13: Diagrama de Fluxo de Dados. ............................................................................. 30

Figura 14 : FoxPro 2.6 executando sob o Windows 95. ........................................................ 31

Figura 15: O Delphi sendo usado sob o Windows 95............................................................ 33

Figura 16: Modelo de Objetos do Sistema. ........................................................................... 35

Figura 17: Diagrama de Fluxo de Eventos do Sistema.......................................................... 36

Figura 18: Valores de Entrada e Saída do Sistema................................................................ 37

Figura 19: Diagrama de Fluxo de Dados do Sistema. ........................................................... 38

Figura 20: Tela de Apresentação. ......................................................................................... 39

Figura 21: Tela principal - menu de opções. ......................................................................... 40

Figura 22: Tela de manutenção do cadastro de processos. .................................................... 40

vii

Figura 23: Tela de manutenção do cadastro de Produtos....................................................... 41

Figura 24: Tela de manutenção de cadastro de especificações. ............................................. 42

Figura 25: Tela de digitação de controle de processos. ......................................................... 43

Figura 26: Tela de apresentação do gráfico de controle. ....................................................... 43

Figura 27: Tela de busca de causas de problemas. ................................................................ 44

Figura 28: Tela de fechamento de controle. .......................................................................... 45

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Lista de fórmulas para os limites de controle. ....................................................... 10

Tabela 2: Tipos de gráficos de controle. ............................................................................... 11

ix

RESUMO

Este trabalho consiste no estudo sobre o Controle Estatístico de Processos e o

Raciocínio Baseado em Casos para o desenvolvimento de um sistema de controle da

qualidade de produtos manufaturados. Tem como finalidade controlar a qualidade dos

produtos manufaturados através do controle dos processos pelos quais cada produto passa,

aprovando ou reprovando os lotes e apresentando as possíveis causas de algum problema,

quando ocorrer a reprovação de algum lote. Para a elaboração do Sistema, utilizou-se as

seguintes ferramentas e técnica: na especificação, foi utilizada a metodologia de Orientação à

Objetos através da técnica O.M.T; para a implementação, o ambiente visual Delphi 4; e o

FoxPro 2.6 para a criação dos bancos de dados.

x

ABSTRACT

This paper consist on the study of the Statistics Control of Process and the Reasoning

Based on Cases for the system development of the quality control of manufactured products.

The object is controlling the quality of manufactured products through processes control that

each product passes, approving or reproving the lots and presenting the possible causes of any

problem, when occurs the reprobation of any lot. For the system elaboration was utilized the

following tools and techniques: in the specification was utilized the Methodology of Objects

Orientation through O.M.T.; the environment visual implementation was utilized Delphi 4;

and FoxPro 2.6 for the data bases creation.

1

1 INTRODUÇÃO

Antes da Revolução Industrial, um produto era considerado como tendo qualidade

quando atendia as exigências do artesão, ou seja, as necessidades dos clientes não eram

levadas em consideração. A causa disso era a oferta ser menor que a procura. Com a

Revolução Industrial, houve um aumento considerável na oferta dos produtos, fazendo

com que o cliente ficasse mais exigente, e fazendo com que as empresas procurassem

diferenciar seus produtos da concorrência. Foi o início do controle da qualidade dos

produtos.

A estatística começou a ser usada para aumentar a produtividade industrial na

década de 20 através do Controle Estatístico de Processos (CEP), utilizado pelo estatístico

do Bell Laboratories, Dr. Shewart, que foi mestre do Dr. Deming. Nas décadas de 40 e 50,

o Japão passava por dificuldades de aceitação de seus produtos devido à péssima

qualidade. Dr. Deming implantou no Japão o CEP, sendo que em 4 décadas passou a ser

visto como modelo mundial de qualidade [BAP96].

A qualidade é a maneira como o produto ou serviço é estimado, ou visto, pelo

cliente. Cada vez mais as empresas necessitam de tecnologia para ganho da qualidade e

produtividade. Cada vez mais as empresas necessitam de rapidez na identificação e

resolução de problemas, principalmente os relacionados à produção.

É comum confundir os termos Qualidade e Controle da Qualidade. Entretanto, a

Qualidade vê o processo como um todo, enquanto o Controle da Qualidade simplesmente

confronta o produto final com as especificações. Ao controle da Qualidade cabe avaliar,

comparar e, quando for o caso, efetuar correções que assegurem que os produtos e serviços

estejam de acordo com os padrões desejados.

A implantação da qualidade deve ser feita de forma planejada, com a definição dos

objetivos e metas específicos. Assim, um dos objetivos iniciais deve ser o controle do

processo de desenvolvimento do produto, sendo que uma das ferramentas utilizadas para

isto é o CEP. Para a gestão da qualidade no processo, a análise do desempenho do processo

2

é a característica mais relevante e sem conhecer o processo é impossível direcioná-lo para

a produção da qualidade [PAL95].

Conhecer o processo é o objetivo do CEP, uma ferramenta estatística usada no

planejamento e controle da qualidade em nível de processos industriais e serviços. Para

[KUM93], as ferramentas estatísticas são eficazes para a melhoria do processo produtivo e

redução dos seus defeitos. Porém, se estas técnicas não forem aplicadas adequadamente

elas podem não funcionar, o que pode acarretar problemas devido ao tempo perdido sem

soluções. Por isso, deve-se ter todo o cuidado na busca da verdadeira causa de um

problema.

Para auxiliar as ferramentas estatísticas na busca das causas de problemas, existe o

Raciocínio Baseado em Casos (RBC), uma técnica da Inteligência Artificial. Sua filosofia

básica é auxiliar na busca de uma solução para uma situação atual através da recuperação

da solução de uma experiência passada semelhante. O RBC consiste em identificar a

situação atual, buscar a experiência passada mais semelhante e aplicar o conhecimento

desta experiência na situação atual [VAR98].

Para [CAR96], há dois tipos de sistemas que usam o modelo de Raciocínio Baseado

em Casos. O primeiro é o sistema RBC interpretativo, que usa casos passados para

justificar ou criticar a solução da nova situação. O segundo é o sistema RBC solucionador

de problemas, que usa casos passados para propor uma solução inicial que pode ser

adaptada para satisfazer as necessidades de um novo problema. Segundo [KOL93], a

distinção entre os dois sistemas é útil porque permite a discussão de várias tarefas de

raciocínio, como as de controle estatístico no caso deste trabalho, nas quais os casos

podem ajudar.

Uma vantagem do RBC, é a simplicidade conceitual. Os seres humanos tendem a

solucionar os problemas recorrendo à sua experiência passada, o RBC funciona adaptando

soluções que eram usadas para solucionar velhos problemas. A pessoa que utiliza o sistema

apresenta o novo problema a um computador que contém uma biblioteca de centenas ou

milhares de casos passados. O computador recupera o caso mais similar e, se for

necessário, adapta-o às circunstâncias atuais. Através do RBC a Inteligência Artificial, que

3

durante anos foi acusada de promover muito e oferecer muito pouco, está começando a

comprovar-se na solução de problemas práticos [HOU95].

A utilização do RBC, através do Controle da Qualidade, nas indústrias de

manufaturas, pode ser um exemplo de aplicação prática para a Inteligência Artificial. O

Controle da Qualidade (como o CEP, usado neste trabalho), precisa ser alimentado com

dados como “causas de problemas”. Usando o RBC na recuperação de um caso “causas de

problemas” semelhante, deverá ter menos margem de erros (sendo que a “causas de

problemas” deverá ser uma experiência passada). Com isso, o Controle da Qualidade pode

se tornar mais eficaz.

Observa-se que o controle dos processos produtivos nas indústrias de manufaturas

na atualidade é deficiente ou simplesmente não existe. Em grande parte dos casos o

controle dos processos produtivos é feito manualmente. Essa situação deve ser prejudicial

para as indústrias, pois se não fizerem o controle de seus produtos, provavelmente perdem

participação no mercado, se fizerem manualmente provavelmente perdem tempo. Há a

necessidade então, de uma ferramenta que auxilie no controle da qualidade. O sistema

proposto é o desenvolvimento do sistema que visa implementar o Controle Estatístico de

Processos auxiliado pela técnica Raciocínio Baseado em Casos, transformando-se numa

ferramenta de ajuda para as indústrias de manufatura, no ganho da qualidade e

produtividade dos produtos manufaturados. O sistema deve ser usado pelas pessoas ligadas

a produção, e gera efeitos para as áreas de marketing gerando as vendas,

consequentemente, ajudando a atingir as metas de vendas estabelecidas pela empresa.

1.1 OBJETIVOS

Desenvolver um sistema de controle da qualidade para produção, usando o Controle

Estatístico de Processos associado à tecnologia Raciocínio Baseado em Casos.

Tem como objetivos específicos reduzir os volumes de rejeição de produto, e

satisfazer a solicitação de clientes com suas respectivas características/parâmetros

solicitados, como também:

a) apresentar graficamente os resultados encontrados;

b) apresentar relação de causas e efeitos dos processos analisados;

4

c) facilitar o controle do processamento através de respostas rápidas e precisas;

d) manter histórico dos dados, para posteriores comparações, na busca das causas

de algum problema.

1.2 SINOPSE

O trabalho foi dividido em seis capítulos descritos a seguir.

O primeiro capítulo define os objetivos do trabalho, apresentando a justificativa

para sua elaboração.

O segundo capítulo apresenta uma visão geral sobre o Controle Estatístico de

Processos (CEP), seus conceitos, fórmulas e gráficos utilizados.

O terceiro capítulo trata o Raciocínio Baseado em Casos, apresentando seu

histórico, seus conceitos e as técnicas.

O quarto capítulo abrange a metodologia utilizadas na especificação do sistema e as

ferramentas utilizadas para a confecção do trabalho e do sistema.

O quinto capítulo apresenta o sistema, sua especificação, características, telas e

operacionalidade.

O sexto capítulo completa o trabalho apresentando as conclusões, dificuldades

encontradas e sugestões para futuros trabalhos.

5

2 CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS

Segundo [CUN92], quando ocorre a fabricação de qualquer tipo de produto, é

necessário ter em mente que o cliente tem uma série de necessidades e expectativas em

relação a eles, e os produtos terão tanto mais qualidade para cliente quanto melhor forem

atendidas as necessidades e expectativas. Desta forma, o controle da qualidade existe para

fazer com que os produtos cheguem às mãos dos clientes com a qualidade por eles

desejada. Para que isto seja possível, a empresa deve manter outras ações, como por

exemplo, controlar o processo de desenvolvimento do produto. Este controle do processo

pode ser feito através do uso de técnicas estatísticas, conhecidas como Controle Estatístico

de Processos (CEP).

O CEP é um instrumento de análise do Processo semelhante a uma radiografia que

nos permite verificar o que está acontecendo, e a partir disso tomar decisões para corrigir

falhas do processo ou melhorá-lo [BAP96]. De acordo com [RAM90], o CEP “é uma das

mais poderosas ferramentas para a melhoria da qualidade, já que tem por meta a redução

da variabilidade das características que determinam o bom desempenho do produto”. Um

dos principais motivos para a utilização do CEP, é a redução dos produtos defeituosos,

vindo com isto afetar a qualidade total dos produtos. Para a Qualidade Total, atualmente

necessária em todos os ramos, a abordagem científica é indispensável pois nos obriga a

renunciar aos palpites em favor da análise de dados corretamente coletados e interpretados

através de métodos estatísticos [BAP96].

2.1 CONCEITO DE PROCESSO

Antes de entender o CEP, é necessário entender o que é o processo. Para [MAR96],

o processo é todo o conjunto que produz resultado conforme representado na figura 1.

6

Fonte: Adaptado de [MAR96]. Figura 1: Conceito de processos.

Pela ilustração da figura 1 o processo de produção é composto por máquinas,

métodos, medidas, materiais, mão de obra e meio ambiente e resulta no produto. É um

conjunto de ações e recursos materiais que produzem um resultado, que é o produto.

2.2 VISÃO GERAL DO CEP

O CEP é uma ferramenta que apresenta resultados, os quais podem ser analisados

cientificamente, a fim de que se possa obter informações sobre o andamento dos processos.

Essas informações podem ser usadas na identificação e eliminação das causas dos

problemas [ALV95].

Para [PAL95] o controle de processos tem como objetivos:

a) garantir a boa qualidade dos materiais que entram na produção;

b) controlar o processo de manufatura usando procedimentos economicamente

justificáveis;

c) assegurar que seja liberada apenas uma pequena porcentagem de produtos

inaceitáveis;

d) o sistema para garantir boa qualidade deve ser o mais simples possível.

Máquina Método Medida

Material Măo de Obra Meio Ambiente

Processo é todo o conjunto que produz resultado

PRODUTO

7

O controle de processos ocorre durante as fases de transformação do material,

começando com a inspeção de materiais recebidos para a produção, e terminando com a

inspeção do produto acabado, conforme a figura 2.

Fonte: Adaptado de [PAL95]. Figura 2: A unidade básica de manufatura.

A figura 2 ilustra uma unidade de manufatura. As matérias primas chegadas do

fornecedor são inspecionadas em Ins 1, aprovadas vão para a produção, onde há controle a

cada fase do processo de produção. O produto acabado saído da produção é novamente

inspecionado em Ins 2 e se aprovado vai para o consumidor.

Ins 1 Ins 2P

fornecedor consumidor

Ins 1 = Inspeçăo de materiais recebidosIns 2 = Inspeçăo do produto acabadoP = Processo de produçăo

= Produto

= Informaçăo do controle

8

2.3 VARIAÇÕES DE UM PROCESSO E GRÁFICO DE CONTROLE

As características da qualidade dos produtos manufaturados podem sofrer variações

resultantes de fenômenos afetados por causas aleatórias. Há uma faixa dentro da qual as

variações nas características da qualidade de um produto são inevitável. Fora desta faixa

tais variações se devem a causas assinaláveis e passíveis de correção. Torna-se necessário

um mecanismo que possa classificar as causas aleatórias das causas assinaláveis que

afetam o processo [PAL95].

Quando a variabilidade do processo deve-se apenas a causas aleatórias, dentro da

faixa inevitável, diz-se que o processo está sob controle. O processo está fora de controle

se sua variabilidade for anormal, inaceitáveis nas características da qualidade. O

mecanismo utilizado no controle da variabilidade é o gráfico de controle que determina se

o processo está sob controle, tanto neste momento (diagnóstico/histórico) quanto num

futuro próximo (tendências).

O gráfico apresentado na figura 3 é um modelo geral do gráfico de controle, onde a

Zona II se refere à variabilidade do processo inaceitável às características de qualidade, e a

Zona I se refere à variabilidade aceitável. Se os valores marcados estiverem na faixa que

vai do Limite Médio (LM) ao Limite Superior de Controle (LSC) e ao Limite Inferior de

Controle (LIC) pode-se considerar o processo sob controle. Se os pontos estiverem acima

do LSC ou abaixo do LIC, ou apresentarem uma disposição atípica, o processo é julgado

fora de controle e o lote referente a amostra será rejeitado.

9

Fonte: [PAL95]. Figura 3: Modelo geral de um gráfico de controle.

É importante que o gráfico de controle seja interpretado de maneira que se entenda

o exato estado do processo e que imediatamente sejas executadas ações apropriadas

quando algo suspeito for encontrado. A maneira de efetuar os cálculos dos limites de

controle destes gráficos de controle é descrito por [KUM93] conforme a tabela 1.

Constantes como o A2 são os coeficientes determinados pelo tamanho do subgrupo (n).

Para o sistema será usado o gráfico de controle Média conforme demonstrado na

tabela 1.

ZONA II Falta de controle

ZONA I Áre de normalidade

ZONA I Áre de normalidade

ZONA II Falta de controle

LSC

LM

LIC

A

X

10

Tipo de Gráfico de Controle

Lim. Superior Controle (LSC) Limite Médio (LM) Lim. Inferior Controle (LIC)

X (média)

RAXLSC .2+=

XLM =

RAXLIC .2−= R

(amplitude) RDLSC .4=

RLM = RDLIC .4=

X

(valor individual) mRxLSC .66,2+=

xLM = mRxLIC .66,2−=

Pn

(número de itens defeituosos)

)1(3 pnpnpLSC −+=

npLM =

)1(3 pnpnpLIC −−=

P

(fração defeituosa) npppLSC /)1(3 −+=

pLM =

npppLIC /)1(3 −−=

C

(número de defeitos) ccLSC 3+=

cLM =

ccLIC 3−= U

(número de defeitos por unidade)

nuuLSC /3+= uLM =

nuuLIC /3−= Fonte: adaptado de [KUM93] e [PAL95].

Tabela 1: Lista de fórmulas para os limites de controle.

2.3.1 TIPOS DE GRÁFICOS DE CONTROLE

[KUM93] apresenta dois tipos de gráficos de controle: um para valor contínuo e

outro para valor discreto. É possível verificar as suas variações de acordo com a tabela 2.

11

Valor Característico Nome Comentário Gráfico X - R Média e amplitude Valor Contínuo Gráfico X Valor Individual Gráfico pn Número de itens defeituosos Gráfico p Fração defeituosa Gráfico c Número de defeitos

Valor Discreto

Gráfico u Número de defeitos por unidade Fonte: [KUM93].

Tabela 2: Tipos de gráficos de controle.

A figura 4 ilustra um gráfico de controle para processo sob controle. Pode se

observar que nenhuma das variações do processo passam acima da linha do limite superior

de controle, nem passam abaixo da linha do limite inferior de controle.

A figura 5 ilustra um gráfico de controle para processos fora de controle. Pode se

observar que o entre os pontos 2 e 3 de A é ultrapassada a linha do limite inferior de

controle, e também entre os pontos 5 e 6 de A é ultrapassada a linha do limite superior de

controle. O processo é, então, considerado fora de controle. O lote referente à amostra deve

ser rejeitado.

Fonte: adaptado de [KUM93]. Figura 4: Gráfico de controle para processos sob controle.

LSC

LM

LIC

A1 2 3 4 5 6

X

7

12

Fonte: adaptado de [KUM93]. Figura 5: Gráfico de controle para processos fora de controle.

2.4 IMPLEMENTAÇÃO DO CEP NAS EMPRESAS

Para implementar o CEP nas empresas (entidade econômica que administra e

controla uma ou mais unidades técnicas de produção, distribuição ou prestação de

serviços), [HRA89] nos apresenta cinco ingredientes principais: (1) técnicas estatísticas,

(2) técnicas de solução de problemas, (3) liderança e atitudes para aperfeiçoamento da

produtividade e da qualidade, (4) planejamento da qualidade e (5) método sistemático que

atua como catalisador. Este trabalho abrangerá os itens 1 e 2.

O mesmo autor fornece um método sistemático para a implementação do CEP, o

chamado Processo do Aperfeiçoamento da Produtividade e da Qualidade (PAQP) que é

dividido em doze etapas:

a) Identificação do projeto – é a definição da área com problemas e justifica os

custos do projeto, inclusive aperfeiçoamento. Para esta definição há a

necessidade de identificar os pontos críticos da maneira como foram percebidos

LSC

LM

LIC

A1 2 3 4 5 6 7

X

13

pelo cliente interno ou pelo cliente final.

b) Planejando e reportando – destina-se a manter o projeto dentro de cronograma

em termos de tempo e de desempenho de metas. Três documentos são criados

nesta etapa: (1) plano básico, indicando cada uma das doze etapas, início fixado

para o projeto, e data de sua conclusão, (2) relatório de progresso, que é

atualizado periodicamente e que avalia o progresso da equipe em várias

atividades críticas, (3) plano anual de PAPQ, que identifica projetos futuros e

estima aperfeiçoamento em produtividade e em qualidade. Outro elemento dessa

etapa inclui apresentações trimestrais de andamento do projeto por líderes de

equipes para o conselho executivo para fins de comunicação e motivação.

c) Medindo o desempenho – estabelece um método para medir desempenho em

qualidade, em produtividade ou aderência a cronogramas, relativos a metas de

clientes. Os principais elementos da etapas são: desenvolver o método de

medição, coletar dados, reportar desempenho e demonstrar graficamente a

evolução.

d) Análise e solução de problemas – esta etapa é executada por meio de aplicação

de técnicas recomendadas como registro de eventos, diagnóstico de auditorias

do processo, diagramas de causa e efeito, análise de causas e efeito, análise de

causas e planejamento de experimentos. Essas técnicas definirão causas e ações

preventivas para problemas identificados na etapa 1.

e) Capacidade de inspeção – chamada de elo perdido no CEP, é usada para avaliar e

quantificar erros nos sistemas de inspeção com relação a variáveis ou em

atributos. Além disso ainda define critérios para aceitação e para rejeição de um

determinado processo de inspeção e de ensaio e estabelece um cenário para a

próxima etapa do PAPQ.

f) Capacidade do processo – determina a variação natural de ou inerente a um

processo. Como na etapa 5, também fornece critérios para aceitar ou rejeitar um

determinado processo e dá as diretrizes para ações corretivas.

g) Matriz de ações corretivas e preventivas – essa etapa “fecha o círculo” da

aplicação do CEP. Fornece ações específicas para que um processo fora de

controle volte a ser controlado. A matriz lista todas as não conformidades e

outras condições conhecidas que podem existir no processo em medição

14

juntamente com as respectivas ações corretivas e preventivas.

h) Procedimento para controle do processo – documenta um método para

introdução e manutenção do CEP, além de estabelecer responsabilidades

departamentais para as diferentes atividades associadas ao CEP, incluindo

instalação, manutenção e monitoramento de gráficos de controle de registros de

eventos e de matrizes de ações corretivas e preventivas. Também designa quem

deve fazer o quê quando um processo está fora de controle.

i) Implementação do controle do processo – comunica e coordena a implantação do

CEP a todos os identificados no procedimento de controle do processo.

j) Prevenção de problemas – antecipa problemas futuros e desenvolve ações

preventivas necessárias ou planos eventuais para tratar desses problemas. É

usada análise do efeito do modo de falhas.

k) Responsabilidade por não conformidade – identifica e reporta tipos de não-

conformidades e suas fontes. Fontes de não-conformidades são geralmente as

mesmas de indústria para indústria e podem ser classificadas em processo,

projeto e componentes.

l) Medindo eficácia – embora cada etapa do processo seja verificada antes da

conclusão, é necessária uma medição da eficácia do processo global para

assegurar que os resultados sejam alcançados e que exista um plano para

sustentá-los.

15

3 RACIOCÍNIO BASEADO EM CASOS

A Inteligência Artificial simula a inteligência humana. O Raciocínio Baseado em

Casos (RBC) não é diferente. Como o ser humano resolve seus problemas, buscando

soluções já resolvidas anteriormente por um problema parecido, o RBC usa casos passados

na busca da resolução do novo.

Para [CAR96], a capacidade das pessoas de compreender e aprender está ligado ao

processo de recordar, considerado um aspecto crucial da memória humana. Ao tentar

compreender o que está vendo e ouvindo, o ser humano sempre busca em sua memória

mesmo que inconsciente, algo que possa ajudá-lo nesta compreensão, ou seja, ele sempre

se recorda de algo que já foi compreendido no passado e que, de alguma forma, lhe é útil

para compreender a situação atual.

O Raciocínio Baseado em Casos (RBC) funciona de maneira semelhante. A idéia

básica em um sistema de RBC é que, para um domínio particular, os problemas a serem

resolvidos tendem a ser recorrentes e repetir-se com pequenas alterações em relação a sua

versão original. Dessa forma, soluções anteriores podem ser reaplicadas também com

pequenas modificações [VAR98]. Para [WEB96], a filosofia básica desta técnica é a de

buscar a solução para uma situação atual através da comparação com uma experiência

passada semelhante, armazenada na memória, e aplicar o conhecimento desta experiência

passada na situação atual.

Segundo [KOL93], o RBC é uma técnica que busca resolver novos problemas

adaptando soluções usadas para resolver problemas anteriores. Usa-se uma experiência

passada, que é representada e armazenada na forma de casos que, posteriormente são

recuperados e adaptados para resolução de um novo problema.

Um caso é um pedaço de conhecimento representando uma experiência [WAT96].

Um caso representa um conhecimento específico, atrelado a uma situação em um nível

operacional. Casos são de diferentes formas e tamanhos, porém todos têm em comum o

fato de representarem uma experiência real. Esta situação, quando relembrada traz junto

todo o conhecimento a ela atrelada.

16

Durante os últimos anos, RBC cresceu de uma área de pesquisa bastante específica

e isolada a um campo de interesse difundido. A Inteligência Artificial, antes acusada de

prometer muito e agir pouco, através do RBC está se estabelecendo na resolução de

problemas práticos [HOU95].

3.1 HISTÓRICO

O RBC tem seu marco inicial no trabalho de Schank e Abelson (1977) onde foi

proposto que o conhecimento geral sobre a s situações é registrado na forma de scripts, que

descrevem seqüências de passos ou etapas que permitem antecipar como os

acontecimentos devem se suceder e realizar inferências a partir dessa expectativa. Os

scripts são propostos como uma estrutura para a memória conceitual descrever informação

sobre eventos estereotipados, como ir a um restaurante ou visitar um doutor. Os

experimentos mostraram, no entanto, que scripts não podiam ser considerados um modelo

completo de representação da memória [ABE96].

Schank, em 1982 desenvolveu estudos sobre programas de computadores que

fossem capazes de compreender o que lessem. Nesses estudos ele descobriu que

compreensão de linguagem está diretamente relacionada com a informação em memória. O

ser humano ao reler uma história, é capaz de reconhecê-la imediatamente, mesmo tendo-a

lido poucas vezes [CAR96].

Desses estudos, Schank desenvolveu a teoria da Memória Dinâmica. Essa teoria

baseou-se na idéia de que não é possível separar experiência, compreensão, memória e

aprendizado e propôs o conceito de pacotes de organização de memória ou MOP's

(memory organization packets), que utilizam a lembrança de experiências passadas

associadas a estereótipos de situações para a solução de problemas e aprendizado.

No início dos anos 80, Janet Kolondner, desenvolveu o primeiro sistema utilizando

RBC, chamado CYRUS. O sistema continha as viagens e encontros do ex-secretário do

estado dos EUA, Cyrus Vance, descritos na forma de casos e implementados com MOP's

de Schank [CAR96].

17

Segundo [CAR96], os trabalhos e conceitos referentes a RBC evoluíram

rapidamente para inúmeras aplicações de sistema baseados em casos, especialmente nos

domínio do Direito, Medicina e Engenharia. As aplicações normalmente buscam resolver

problemas de classificação, projeto, diagnóstico, ou planejamento, especialmente em

domínios onde naturalmente o especialista utiliza casos anteriores como base para a

solução do problema. No caso do sistema deste trabalho, o RBC será usado na busca de

causas (diagnóstico) quando da rejeição de lotes produzidos.

3.2 REQUISITOS DO RBC

Um sistema RBC tem como tarefa e construção de uma solução para um novo

problema usando casos passados. Para que um novo problema seja solucionado

recuperando um ou mais casos passados através da recordação de experiências passadas

semelhantes, há a necessidade de técnicas e métodos para armazenar os casos e recuperar

os casos quando estes forem úteis para o novo problema.

3.3 MEMÓRIA DE CASOS

Dentre os componentes de um sistema RBC a memória de casos é um dos mais

importantes. O RBC se utiliza de experiências passadas para resolver seus problemas.

Essas experiências (problemas já resolvidos) são representadas como casos. Esses casos

devem ser identificados (indexados) pelo que eles têm de útil para que só seja recuperado

no momento certo [CAR96].

[ABE96] apresenta dois modelos de organização de casos, o de memória dinâmica

(Shank - 1982) e o de categoria de exemplares (Porter e Bareiss - 1986). O modelo de

memória dinâmica é composto principalmente de pacotes de organização de memória

(MOPs), que são frames que compõem uma unidade básica de memória dinâmica. O

modelo de categoria de exemplares considera que os casos do mundo real podem ser vistos

como exemplares de acontecimentos. Cada caso é associado a uma categoria e suas feições

têm importância distinta para enquadrá-lo ou não na categoria.

18

O sistema deste trabalho irá utilizar o modelo de categoria de exemplares. Neste

modelo, uma memória de casos é uma rede semântica de categorias e casos são ligados por

relações semânticas de hierarquia, de semelhança ou diferenças. As feições têm

importância distinta para enquadrá-la ou não a determinada categoria. Feições similares de

um caso apontam para as de outro caso ou categoria, assim como, categorias com pequenas

diferenças também são ligadas. Essa rede compõe uma estrutura de conhecimento genérico

do domínio que permite alguma recuperação do raciocínio do sistema para gerar

explicações [ABE96].

Uma característica é descrita por um nome ou valor e os exemplares de uma

categoria são ordenados de acordo com o grau de cada um em sua categoria. Para

armazenar um novo caso, é buscado um caso semelhante no banco de casos. Se houver

pequenas diferenças entre os dois, apenas um deles é retido, ou é armazenada uma única

combinação entre os dois.

3.4 RECUPERAÇÃO DE CASOS

Conforme [CAR96], recuperação de casos é um dos processos mais importantes do

paradigma RBC. Ele tem como propósito recuperar, de uma memória de casos, o caso mais

adequado a uma nova situação e sugerir a solução desse caso ou uma adaptação dela como

solução do novo caso.

Partindo de um problema de entrada, a etapa da recuperação consistem em fazer

uma busca na memória de casos e selecionar quais poderão ser aproveitados [WEB96].

Essa busca e seleção é feita através de um algoritmo de recuperação. Para [CAR96], o

algoritmo de recuperação busca os casos mais similares à situação atual, baseados em

índices e na organização de memória.

[WEB96] considera a similaridade a essência do RBC. O fundamento do

paradigma de RBC é solucionar um problema reutilizando uma solução de experiência

passada semelhante. Portanto, deve haver uma experiência similar a atual na memória de

casos.

19

Para que um caso seja recuperado da memória de casos, ele deve ser comparado

com o novo caso, deve ser verificado o grau de similaridade entre os dois. Se alguma

semelhança for encontrada então o caso é recuperado como um possível candidato a caso

mais relevante.

Segundo [KOL93], duas características que se correspondem qualitativamente terão

grau de similaridade maior se seus valores estão na mesma faixa numa escala qualitativa

ou numérica. O grau de similaridade cai a medida que a distância entre os dois valores

aumenta nesta escala. Quando duas características tem valores diferentes que contribuem

para o mesmo resultado não é possível computar um grau de similaridade, diz-se que elas

não são similares.

3.4.1 MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

Para que um sistema que utilize RBC seja eficiente, a recuperação de casos deve ser

analisada como um aspecto importante. A base de caso deverá ser organizada em uma

estrutura manejável que facilite a recuperação. Deve ser encontrado um equilíbrio de

armazenamento que preserve a riqueza dos índices de casos e métodos que simplifique o

acesso e recuperação dos casos pertinentes. Geralmente os casos são armazenados como

dados de arquivos em simples estrutura, ou dentro de uma estrutura de bando de dados

convencional, utilizando-se de índices para referenciar os casos. Atualmente duas técnicas

são usadas através de ferramentas de RBC comerciais: o vizinho mais próximo e o método

de recuperação indutiva [WAT96].

A técnica de recuperação indutiva determina quais feições são mais eficazes em

discriminar casos e utiliza essas feições para gerar uma árvore de decisão que organiza a

memória de casos. É eficiente quando os casos são comparados através de uma única

feição que determina a solução [ABE96].

A técnica do vizinho mais próximo baseia-se na comparação entre um novo caso e

aqueles armazenados no banco de dados utilizando uma soma ponderada das suas

características. Essa técnica será usada no sistema deste trabalho.

20

3.4.2 TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO DE VIZINHO MAIS PRÓXIMO

É utilizada uma soma ponderada das características entre um novo caso e um

armazenado no banco de dados, devendo ser atribuído a cada uma das feições que

descrevem o caso um peso [ABE96].

O primeiro passo é identificar as características (atributos) essenciais para a solução

do problema. Estes atributos devem ser representados em um sistema de coordenadas, de

tal modo que possa ser medida a distância entre o novo problema e os casos já existentes

na base de casos [REI97].

A semelhança pode ser encontrada pela seguinte fórmula [WAT96]:

∑=

=

n

i

WiSiTifSTde Similarida1

*),(),(

onde:

a) T é o caso designado (novo caso);

b) S são os casos existentes na base de casos;

c) n é o número de atributos;

d) i é um atributo individual;

e) f é a função de similaridade para o atributo i os casos T e S;

f) w é o peso do atributo i.

A maioria das ferramentas RBC utilizam algoritmos como este. Normalmente o

resultado deve ser entre zero (0) e um (1), onde zero é totalmente dissimilar e um é

exatamente similar.

Exemplo de cálculo de similaridade para recuperação de casos, conforme [VAR98]:

Casos Atributos

A B C

X1 Raciocínio Sistemas Inteligente X2 Inteligente Inteligente Métricas X3 Análise Robótica Similaridade X4 Casos Computador Análise X5 Baseado Análise Prototipagem

21

Atributos Casos

X1 X2 X3 X4 X5

Caso Novo Raciocínio Inteligente Análise Casos Sistemas

Atribuindo 1 para atributos coincidentes e 0 para não coincidentes:

Atributos Casos

X1 X2 X3 X4 X5

Caso Novo => A 1 1 1 1 0 Caso Novo => B 0 1 1 0 1 Caso Novo => C 0 1 0 1 0

Considerando todos os atributos com o mesmo peso, a comparação entre os casos

será:

8,05

4

5

1111), ==

+++=A(casonovoSim

6,05

3

5

111),( ==

++=BcasonovoSim

4,05

2

5

11),( ==

+=CcasonovoSim

O caso A é o mais semelhante, pois é o que mais se aproxima de 1.

22

4 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS

Para este trabalhou foram usadas as seguintes técnicas e ferramentas:

a) Micrografix FlowCharter 7.0 para Windows 95 da INSO Corporation, para a

confecção das figuras do trabalho e dos diagramas da análise;

b) Metodologia de Orientação a Objetos OMT, para a especificação do sistema;

c) FoxPro 2.6 for Windows, da Microsoft Corporation, para a criação do banco de

dados do sistema;

d) Ambiente visual Delphi 4 para Windows 95, da empresa Borland, para o

desenvolvimento do sistema.

4.1 MICROGRAFX FLOWCHARTER 7

O Micrografx FlowCharter 7 é uma ferramenta gráfica que permite criar uma

grande variedade de diagramas. É usado no trabalho para a confecção das figuras e dos

diagramas da análise orientada a objetos. Seus elementos principais são:

a) barra de menus - menu padrão Windows;

b) botões de velocidade - botões tipo apontar e clicar em comando de menu

selecionado, por exemplo: para abrir um arquivo, tem o botão open, que aparece

com uma pastinha aberta;

c) botões de seleção - usados para selecionar o que será feito, por exemplo,

pressionando no botão com "A" poderá ser digitado um texto, no botão com uma

setinha, uma seta de ligação entre duas figuras;

d) botões para figuras - a figura que estiver no botão selecionado aparecerá na

página. Clicando em uma das figuras, automaticamente será selecionado o botão

de figura (representado por um retângulo) dos botões de seleção;

e) réguas - auxiliar no alinhamento das figuras;

f) página - é a página onde será desenhada a figura.

A figura 6 nos apresenta o Flow sendo executado sob o Windows 95, apontando

cada um dos elementos principais acima citados.

23

Fonte: [INS96]. Figura 6: Micrografix FlowCharter sendo executado sob o Windows 95.

4.2 METODOLOGIA DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS

A metodologia escolhida para a análise e projeto do sistema foi a de Orientação a

Objetos, através da OMT (Técnica de Modelagem de Objetos).

A primeira linguagem a utilizar orientação a objetos foi a linguagem Smaltalk,

criada em meados da década de 70. Porém esta metodologia só começou a se popularizar,

cerca de 20 anos mais tarde [WIN93].

BARRA DE MENUS

BO

ES

DE

VE

LOC

IDA

DE

BO

ES

DE

SE

LEÇĂ

OB

OTŐ

ES

PA

RA

FIG

UR

AS

PÁGINA

GU

AS

24

A análise orientada a objeto procura modelar o sistema do mundo real de uma

forma que possa ser entendida. O modelo de análise bem-sucedido estabelece que deve ser

feito, sem restrições à maneira como deve se entender o problema como preparação para o

projeto [RUM94].

Os mecanismos básicos da orientação a objetos podem ser: objetos, mensagens e

métodos, classes e instâncias, herança.

4.2.1 OBJETOS

Segundo [MAR95], "um objeto é qualquer coisa, real ou abstrata, a respeito da

qual armazenamos dados e os métodos que os manipulam". Um objeto pode ser composto

de outros objetos, da mesma forma que uma máquina é composta por componentes e seus

componentes de outros componentes. Essa estrutura de objetos permite que objetos

complexos sejam definidos.

Os conceitos que possuímos aplicam-se a tipos específicos de objetos. Um tipo de

objeto é uma categoria de objeto. Um objeto é uma instância de um tipo objeto [MAR95].

4.2.2 MENSAGENS E MÉTODOS

Para ativar um objeto, este deve conter métodos que são requisitados por outros

objetos através de mensagens. O objeto "arquivo" pode ter uma mensagem "imprimir".

Conforme [MAR95], os métodos especificam a maneira pela qual os dados de um

objeto são manipulados. Os métodos de um tipo objeto referenciam somente as estruturas

de dados desse tipo objeto, e não devem acessar diretamente as estruturas de dados de

outro objeto. Para usar a estrutura de dados de outro objeto os métodos devem enviar

mensagens para este objeto.

Uma mensagem é uma solicitação para executar uma operação indicada sobre

determinado objeto e retornar o resultado. Uma solicitação pede que uma operação

especificada seja invocada, usando um ou mais objetos como parâmetros.

25

Fonte: adaptado de [MAR95]. Figura 7: Objetos enviando mensagens entre si.

A figura 7 ilustra os objetos se comunicando com solicitações. Uma solicitação é

uma mensagem especificando que uma operação indicada seja executada, usando um ou

mais objetos e, opcionalmente, retornando um resultado [MAR96]. Os círculos grandes,

em cinza escuro, representam os objetos; os círculos menores em branco, representam os

métodos; os retângulos brancos representam os atributos que estão encapsulados; o círculo

médio, em cinza claro, representa o encapsulamento dos atributos; as setas representam as

mensagens (solicitações e respostas). Pode-se perceber que um objeto faz a solicitação para

o método de outro, e é este método que o responde.

4.2.3 CLASSES E INSTÂNCIAS

Conforme [MAR95], um tipo de objeto é uma noção conceitual. Ela especifica uma

família de objetos sem estipular como o tipo e o objeto são implementados. Em uma classe

são armazenados os atributos (dados) de determinado objeto e os métodos que o

atributosencapsulados

encapsulamentodos atributos

objetos

métodos

mensagens

26

manipulam. Como um objeto é uma instância de um tipo objeto, pode-se dizer que um

objeto é uma instância de uma classe, então uma instância é um objeto descrito por uma

classe. Quando da criação de um objeto, há a instanciação do tipo objeto.

4.2.4 HERANÇA

Conforme [MAR95], um tipo de objeto de alto nível pode ser especializado em

tipos de objetos de níveis mais baixos. Um tipo de objeto pode ter subtipos. Por exemplo,

um relógio pode ter o subtipo de pulso ou de parede, um relógio de pulso pode ter o

subtipo digital ou analógico. Há uma hierarquia de tipos de objeto, subtipos de objeto,

subsubtipos e assim por diante.

Uma classe implementa o tipo objeto. Uma subclasse herda as propriedades de usa

classe-mãe. No exemplo citado acima, um relógio de pulso digital herda as propriedades de

um relógio de pulso, que por sua vez herda as propriedades de relógio.

4.2.5 TÉCNICA DE MODELAGEM DE OBJETOS (OMT)

A técnica usada para as fases de análise e projeto do sistema será a Object

Modelling Technique (OMT), que traduzindo do Inglês, é a técnica de modelagem de

objetos. Segundo [RUM94], a técnica de modelagem de objetos consiste em uma

metodologia de desenvolvimento de software baseado em objetos, organizados como uma

coleção de objetos separados, que incorporam tanto a estrutura quanto o comportamento

dos dados. A OMT compreende desde a fase de análise até o projeto e implementação do

mesmo.

Segundo [NOG99], a OMT utiliza três tipos de modelos para descrever um

sistema: o Modelo de Objetos, o Modelo Dinâmico e o Modelo Funcional.

Modelo de Objetos: descreve a estrutura estática dos objetos de um sistema e seus

relacionamentos. Neste modelo são tratadas as classes, operações, atributos, além dos

27

relacionamentos, utilizando o diagrama de objetos (figura 8) para representar estas

informações.

Fonte: adaptado de [NOG99]. Figura 8: - Modelo de Objetos.

Modelo Dinâmico: descreve os aspectos de um sistema que se modificam com o

tempo e é utilizados para implementar os aspectos de controle do sistema, demonstra a

seqüência em que as operações acontecem, os eventos e a mudança de estados sofrida

pelos objetos. São utilizados os Diagramas de Estados (figura 9), Cenários, Diagrama de

Eventos (figura 10) e Diagrama de Fluxo de Eventos (figura 11).

Classe 2

métodosatributos

Classe 3

métodosatributos

Classe 4

métodosatributos

Classe 5

métodosatributos

Classe 1

métodosatributos

Classe 6

métodosatributos

28

Fonte: [NOG99]. Figura 9: Diagrama de Estados.

Fonte: adaptado de [NOG99] e [MAT98]. Figura 10: Diagrama de Eventos.

Super-estado 1 Super-estado 2

Sub-estado 1

Sub-estado 2

Sub-estado 1

Sub-estado 2

Sub-estado 3

Sub-estado 4

Estado 1 Estado 2evento 1

evento 2 evento 3

evento 4

evento 5

Cenário

Classe 1 Classe 2 Classe 3

evento 6

evento 5

evento 4

evento 3

evento 2

evento 1

29

Fonte: [NOG99]. Figura 11: Diagrama de Fluxo de Eventos.

Modelo Funcional: descreve as transformações dos valores dos dados de um

sistema, funções, mapeamentos, restrições e dependências funcionais. São utilizados os

Valores de entrada e saída (figura 12) e o Diagrama de Fluxo de Dados (figura 13).

Fonte: adaptado de [RUM94]. Figura 12: Valores de entrada e saída.

Classe 1 Classe 2

Classe 3

evento 1

evento 2evento 3evento 4

evento 5

evento 6evento 7

ator 1

ator 2

Sistema

limites do sistema

valor de entrada 1

valor de entrada 1

valor de saída

30

Fonte: adaptado de [RUM94] e [NOG99]. Figura 13: Diagrama de Fluxo de Dados.

4.3 FOXPRO 2.6

O banco de dados escolhido para ser utilizado no sistema deste trabalho foi o

FoxPro 2.6. Os principais elementos apresentados na figura 15 são:

a) barra de menus - menu padrão estilo Windows;

b) janela de comando - os comandos podem ser digitados na janela, ou selecionados

no menu;

c) barra de status - apresenta informações como o nome do arquivo e registro;

d) janela de apresentação de arquivo - apresenta o arquivo selecionado no comando

"use", quando executado o comando "browse".

processo 1ator 1 Depósitode Dados 1

ator 2

ator 1

processo 2Depósitode Dados 1

dados 1 dados 2

dados 3 dados 4

31

Fonte: adaptado de [CHO95].

Figura 14 : FoxPro 2.6 executando sob o Windows 95.

4.4 AMBIENTE VISUAL – DELPHI 4

O Delphi 4 é usado na implementação do sistema deste trabalho. De acordo com

[SWA99], o ambiente de desenvolvimento integrado do Delphi possuí vários elementos

principais. São eles:

a) Botões de controle de velocidade – botões do tipo apontar-e-clicar em comando

de menu selecionados. Exemplo: para salvar o projeto, tem o botão Save Project,

que aparece com um conjunto de disquetes.

b) Barra de menus - menu padrão estilo Windows.

c) Paleta de componentes – contém ícones que representam os componentes VCL.

d) Categorias de paleta – páginas que contém categorias de componentes. Clica-se

BARRA DE MENUS

JAN

ELA

DE

AP

RE

SE

NT

AÇĂ

O D

E A

RQ

UIV

O

JAN

ELA

DE

CO

MA

ND

O

BARRA DE STATUS

32

nas guias de cada categoria, mostradas acima da paleta VCL para visualizar os

componentes dessa categoria.

e) Guias Properties e Events – no Object inspector há duas páginas. Uma com

Properties, que apresenta as propriedades de um componente ou formulário.

Outra com Events, que apresenta os eventos do componente ou formulário.

f) Objetct Inspector – exibe todas as propriedades e os eventos para um ou mais

componentes selecionados ou formulários.

g) Janela Form – a representação gráfica de uma janela, o formulário.

h) Module Explorer – mostra as classes do módulo atual, uma lista de outras

unidades utilizadas por esta, variáveis, objetos, métodos e outras informações.

i) Janela Code Editor – exibe o código-fonte do Pascal associado a cada formulário

no aplicativo.

A figura 15 apresenta o Delphi sendo executado sob o Windows 95, apontando cada

um dos elementos principais acima citados.

33

Fonte: [SWA99]. Figura 15: O Delphi sendo usado sob o Windows 95.

Barra de menus

Botões de controle de velocidade

Guias Properties e Events

Categorias da paleta

Paleta de Componentes

Object Inspector Janela Form Module Explorer Janela Code Editor

34

5 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE DA PRODUÇÃO

O sistema tem como finalidade controlar a qualidade dos produtos, desde a inspeção

da matéria-prima e produtos de níveis até o produto final. A inspeção controlará a

qualidade através da verificação da especificação de cada produto (largura, altura, etc),

rejeitando o lote que está sendo controlado se uma amostra estiver fora dos limites de

tolerância. Fará ainda a apresentação gráfica do lote, mostrando a situação de cada amostra

em relação aos limites. Quando um lote for rejeitado, buscará em um banco de casos, as

seis situações mais semelhantes e as apresentará com a porcentagem de similaridade entre

a situação encontrada no banco e a situação atual.

5.1 ESPECIFICAÇÃO DO SISTEMA

De acordo com [RUM94], os documentos referente à modelagem orientada a

objetos é a seguinte: para o modelo estático, a descrição e o modelo de objetos; para o

modelo dinâmico, o diagrama de estados, o diagrama de eventos e os cenários e o

diagrama de fluxo de eventos; para o modelo funcional, o diagrama com valores de entrada

e saída e o diagrama de fluxo de dados.

DESCRIÇÃO:

O sistema irá fazer o controle da qualidade dos produtos através de amostragem (10

peças). Serão coletados os dados dos produtos, de acordo com a especificação e o processo

do produto que está sendo controlado, e informados ao sistema que fará o cálculo dos

limites de controle. O sistema apresentará um gráfico apresentando a situação do lote,

amostra por amostra, e o resultado. Se fora de controle o sistema irá solicitar qual o defeito

encontrado na(s) amostra(s) rejeitada, e apresentará possíveis causas para esse defeito. Para

isso o sistema terá:

a) cadastro de processos, cadastro de produtos e cadastro de especificações;

b) digitação de controle, onde serão digitados os valores da amostra;

c) apresentação do resultado - feita após a digitação do controle;

35

d) digitação de problema, quando o processo estiver fora de controle;

e) apresentação das 6 causas onde os problemas mais se aproximam do problema

atual;

f) fechamento de controle, onde será informado ao sistema se alguma das causas

apresentadas era a causa real do problema;

g) digitação de causa, se nenhuma das causas apresentadas foi a verdadeira causa

do problema.

MODELO DE OBJETOS:

Figura 16: Modelo de Objetos do Sistema.

PROCESSO

cod_processo#descriçao

CadastroConsultaAlteraçăoExclusăoConstrutor

CONTROLE

num_lote#cod_processo#cod_especif#LMLSCLICamplitude[valor lido]

ArmazenagemCálculo AmplitudeCálculo LMCálculo LSCCálculo LICVerificaçăoConstrutor

LOTE

num_lote#situaçăoresultado

ArmazenagemAlteraçăoConsultaConstrutor

PRODUTO

cod_produto#cod_processodescriçăo

CadastroConsultaAlteraçăoExclusăoConstrutor

cod_espec#cod_produtodescriçăovalor

CadastroConsultaAlteraçăoExclusăoExclusăoProdConstrutor

CAUSAS

num_lote#cod_processo[defeito][cod_caso+sim+[palavras]]

ArmazenagemForma_tab1Forma_tab_auxCálculo Similar.Grava_palavrasConsultaConstrutor

PALAVRAS

cod_palavra#cod_processocod_casopalavra

CadastroConsultaConstrutor

CASOS

cod_caso#descriçao

CadastroConsultaConstrutor

ESPECIFICAÇĂO

o objeto relacionado a ele depende dele para existir

o objeto pode se relacionar várias vezes (0,n)

o objeto se relaciona uma ou várias vezes (1,n)

36

DIAGRAMA DE ESTADOS:

Os diagramas de estados da especificação são apresentados no anexo 1.

DIAGRAMA DE EVENTOS:

Os diagramas de eventos da especificação são apresentados no anexo 2.

DIAGRAMA DE FLUXO DE EVENTOS:

Figura 17: Diagrama de Fluxo de Eventos do Sistema.

I.U.

Controle Especificação Produto

Causas

ProcessoLote

PalavrasCasos

crie-seconsulte

liberepróx cod

cadastrealtere

excluadados

crie-se consultelibere

próx codcadastre

dadosaltere

exclua

crie-seconsulte

liberep

róx. cod

dadoscad

astroaltere

exclua

crie-seconsulta

valorlibere

crie-searmazene

calcule Amplitude, LM, LSC, LIC

crie-se

armazene

mostre LM, valor especificado

verifique valores

altere apresente gráfico com resultado

altere

libere

libere

crie-se

forme tab 1

crie-se

consulte

forme tabelas auxiliares

libere

calculesimilaridade

crie-seconsulte

descriçãolibere

mostre(desc_caso, %sim)libere

crie-secad

astrecód

igo

libere

grave palavras

crie-secadastre

libere

37

VALORES DE ENTRADA E SAÍDA:

Figura 18: Valores de Entrada e Saída do Sistema.

CEP

GERENTE DE PRODUÇÃO

SUPERVISOR DA QUALIDADE

dados produto

dados processo

especificação

dados lote

dados controle

gráf. controle c/ result.

causas prováveis

defeitos

causa

limites do sistema

38

DIAGRAMA DE FLUXO DE DADOS:

Figura 19: Diagrama de Fluxo de Dados do Sistema.

GERENTE DE PRODUÇÃO

SUPERVISOR DA QUALIDADE

1. manterprocessos

2. manter produtos

3. manter especificação

4. armazenar lote

5. armazenar controle

10. formar tab 1

14. apresentar causas prováveis

6. cálculo amplitude

8. verificar amostra

9. gerar gráfico de controle

7. cálculo LSC, LC, LIC

11. formar tabelas

12. calcular similaridade

13. gravar palavras

15. gravar casos

dados processo

dados produto

especificações

Processos

Produtos

Especificações

dados do lote

Lote

resultado

dados d

e controle

Controle

lista

lista

lista

gráf. controle c/ result.

dados am

ostra

defeitos

causa

Causas

Palavras

tabelas

Casos

causas prováveis

limites dosistema

valor

39

5.2 APRESENTAÇÃO DAS TELAS E OPERACIONALIDADE

De acordo com a especificação foi implementado o sistema utilizando Delphi 4 e o

FoxPro 2.6. O sistema será apresentado executando sob Microsoft Windows 98, onde

serão mostradas as telas e a operacionalidade de cada uma delas.

A primeira tela é a de apresentação, conforme ilustrado na figura 20. Esta tela é

mostrada enquanto são carregados arquivos e é inicializada a aplicação.

Figura 20: Tela de Apresentação.

Após ser carregado o sistema, é apresentada a tela principal, conforme figura 21,

com o menu de opções, onde o usuário poderá escolher entre cadastro de processos,

cadastro de produtos, controle do lote, ou fechamento de controle.

40

Figura 21: Tela principal - menu de opções.

A figura 22 apresenta a tela de manutenção do cadastro de processos, onde o

sistema apresentará um número seqüencial de código para cadastro, e o usuário deverá

informar o nome do processo. Para a rotina de cadastro os botões de Alterar e Excluir

ficam desabilitados, o que acontece também nas rotinas de cadastro de produtos e

especificações que serão vistas adiante. Se o usuário informar um código já existente, o

sistema apresentará o processo referente àquele código, habilitará os botões Alterar e

Excluir e desabilitará o Cadastrar.

Figura 22: Tela de manutenção do cadastro de processos.

41

A figura 23 apresenta a tela de manutenção do cadastro de produtos, onde é

apresentado um novo código para cadastro. Se o usuário optar por alteração ou exclusão

deverá digitar o código do produto a ser alterado ou excluído. Se o usuário excluir algum

produto, todas as especificações referentes a este produto serão excluídas automaticamente.

Para cadastro e alteração, o sistema abrirá a tela de cadastro de especificação, conforme

apresenta a figura 24.

Figura 23: Tela de manutenção do cadastro de Produtos.

A tela de manutenção do cadastro de especificações, ilustrada na figura 24,

aparecerá quando de um cadastro ou uma alteração de produto. O sistema apresenta um

código novo para cadastro de especificação que será relacionada com o produto

apresentado acima. Se o usuário digitar algum código, o sistema apresentará os dados

referente àquela especificação para que seja feita alteração, porém este código deve ser de

uma especificação do produto apresentado acima, se não for, o sistema apresentará uma

mensagem que a especificação não pertence ao produto que está sendo alterado, e voltará

com um código novo de cadastro.

42

Figura 24: Tela de manutenção de cadastro de especificações.

A figura 25 apresenta tela de controle de processos, onde o usuário informa os

dados necessários ao controle e o sistema faz o cálculo de limites. Após efetuados os

cálculos, o sistema apresenta ao usuário o Limite Médio (LM) encontrado com os valores

das amostras e o valor da especificação (essa confirmação é feita pois, se um processo foi

iniciado já fora de controle, os valores das amostras deverão ser muito diferentes da

especificação e o valor do LM também, fazendo com que o processo possa ser considerado

como sob controle já que os cálculos de Limite Superior de Controle (LSC) e Limite

Inferior de Controle (LIC) são feitos a partir do LM). Se o usuário confirmar a

continuação, será feita a verificação de valores e apresentado o gráfico de controle com o

resultado, conforme ilustra a figura 26. Se o usuário não confirmar a continuação (o

processo está fora de controle), o sistema apresentará a tela de busca de causas, ilustrada na

figura 27.

43

Figura 25: Tela de digitação de controle de processos.

O gráfico de controle mostrado da tela ilustrada pela figura 26, mostra um lote que

foi aprovado (nenhuma das amostras ultrapassou o LSC ou o LIM), apresentando os

limites, a disposição das amostras no gráfico com o valor de cada uma delas. Se este lote

fosse reprovado, ao sair da tela o sistema apresentaria a tela de busca de causas, conforme

ilustra a figura 27.

Figura 26: Tela de apresentação do gráfico de controle.

44

Quando o processo for reprovado (seja porque ultrapassou os limites, ou porque

usuário o reprovou quando da confirmação), será apresentada a tela busca de causas,

ilustrada na figura 27, onde é usando a técnica RBC. O código do lote e do processo são

passados pela tela de controle. O usuário digita o problema ocorrido para que o lote fosse

reprovado. O sistema seleciona palavras relevantes do que o usuário digitou e forma uma

tabela com estas palavras, forma tabelas para comparação com as palavras armazenadas

que sejam do mesmo processo que está sendo controlado. Após a comparação seleciona os

6 casos mais semelhantes e apresenta ao usuário com a porcentagem de similaridade. No

exemplo da figura 27, foram encontrados apenas 5 casos relacionados ao processo do

controle.

Figura 27: Tela de busca de causas de problemas.

Quando o Lote for rejeitado, sua situação ficará em aberto e deverá ser feito

Fechamento de Lote, ilustrado pela figura 28. O usuário informa o lote a ser fechado, se

alguma das causas apresentadas pelo sistema foi a verdadeira do problema. Se não foi

nenhuma das causas, a causa verdadeira deverá ser acrescentada ao banco de casos, assim

o usuário informa a verdadeira causa do problema e o sistema o armazena em casos, e cada

palavra relevante do problema, informada pelo usuário na tela de busca de causas (figura

26) é cadastrada em palavras relacionadas com o caso e processo, que servirão para

pesquisas posteriores.

45

Figura 28: Tela de fechamento de controle.

46

6 CONCLUSÃO

A especificação (medidas e características pré-definidas) de determinado produto

pode ser considerada como o padrão de qualidade desse produto. Para cada especificação

do produto, há uma variabilidade aceitável, onde o produto é considerado como com

qualidade. O CEP controla essa variabilidade da especificação, se tornando assim uma

ferramenta útil para a melhoria da qualidade dos produtos das empresas.

Todas as especificações são controladas a nível de processo, no processo onde cada

especificação é determinada (por exemplo, no processo de cortar pé de mesa será feito o

controle de altura do pé). Através desse controle é possível visualizar o estado do processo

(se sob controle e lote aprovado, ou fora de controle e lote reprovado), fazendo com que

um determinado processo pare quando sair fora de controle, evitando assim retrabalho em

vários lotes.

Um processo fora de controle deve ser paralisado, solucionado o problema que o fez

sair de controle, e reativado o mais rápido possível para não haver maiores atrasos na

produção. Para isso há a necessidade que seja feita uma busca rápida e eficaz para a causa

o problema ocorrido. Para esta busca pode ser utilizado o RBC.

O RBC busca em casos passados possíveis soluções para um problema atual,

considerando que os problemas de determinada situação tendem a repetir-se em uma

situação semelhante. Essa busca a casos deve ser feita de maneira que sejam buscados

casos relevantes para determinada situação, e para isso o RBC deve ter uma certa

organização, levando em consideração diferenciais entre casos e feições dos casos.

Como o CEP faz o controle por processo, o RBC utilizado no trabalho foi

organizado por processo, para que quando determinado processo sair fora de controle,

somente os casos ocorridos naquele processo sejam recuperados. As feições de cada caso

no trabalho são as palavras referentes ao problema ocorrido. Levando em consideração a

organização do RBC, é feito o cálculo de similaridade (onde as feições do caso do banco

de casos mais se assemelham com as feições do caso atual), para a recuperação dos casos.

47

O sistema de CEP auxiliado pelo RBC pode ajudar as empresas em ganho de tempo

e eficiência do controle da qualidade, ganhando com isso produtividade e argumentos de

venda. Pode-se dizer então que o sistema pode ajudar as empresas a ter mais capacidade de

competição a nível mundial, e como conseqüência a alcançar suas metas.

6.1 DIFICULDADES ENCONTRADAS

A maior dificuldade encontrada durante a confecção do trabalho foi a falta de

material didático a respeito do RBC. Porém através de contatos com a Universidade

Federal de Santa Catarina e com a Universidade de Brasília, foi coletado um bom número

de materiais que serviram como base.

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

No assunto de RBC, uma sugestão para futuros trabalhos é o estudo do modelo de

memória dinâmica que é composto principalmente de pacotes de organização de memória

(MOPs), ou ainda a técnica de recuperação de casos indutiva que determina quais feições

são mais eficazes em discriminar casos e utiliza essas feições para gerar uma árvore de

decisão que organiza a memória de casos, lembrando que essa técnica é eficientes para

casos que são comparados através de uma única feição que determina a solução.

No assunto de CEP, a sugestão é implementar o controle em outra linguagem, como

a JINI, que possa ler os dados direto da máquina de fabricação e faça com que o processo

pare no exato momento em que saiu fora de controle, não desperdiçando assim o restante

do material do lote, consequentemente evitando os reprocessos e gerando como resultado a

redução de custos e maior competitividade no mercado globalizado.

48

ANEXO 1

DIAGRAMA DE ESTADOS DO SISTEMA:

Inicializaçăofaça: abra arquivos e apresente menu

de opçőes

Espera opçăo do usuário

Finalizaçăofaça: feche

arquivos e finalize aplicaçăo Espera dados /

opçăo do usuário

Espera dados / opçăo do usuário

em espera

opçăo finalizar

opçăo processoopçăosair

opçaoproduto

Cadastro de Processos

faça: cadastre o processo

Alteraçăo de Processo

faça: altere o processo

Exclusăo de Processo

faça: exclua o processo

opçăo cadastrar(dados)

opçăo alterarr(dados)

opçăo excluir(cod)

Cadastro de Produtos

faça: cadastre o produto

Espera dados

Cadastro de Especificaçőes

faça: cadastre a especificaçăo

Alteraçăo do Produto

faça: altere produto

Espera dados

Alteraçăo Especificaçăofaça: altere a especificaçăo

Exclusăo de Produtos

faça: exclua produto

Exclusăo Especificaçăofaça: exclua especificaçăo

opçăo cadastrar(dados)

opçăo alterar(dados)

opçăo exclus

ăo(cod)

tela espec.

dados

tela espec.

dadoscod

1

2

opçaocontrole

opçaofechamento

volta a espera

volta a espera

volta a espera

opçăosair

volta espera

volta espera

volta espera

49

ANEXO 1

Espera opçăo do usuáro

1

Espera dados / opçăo do usuáro

opçăo sair

opçăo controle

Gravaçăo Dados Lote

faça: grave lote

Gravaçăo Dados Controle

faça: grave o controle

Cálculosfaça: calcule

amplitude, LM, LSC, LIC

Comparaçaofaça: consulte

valor especificaçăo e apresente c/ LM

Espera opçăo do usuáro

Processo Fora de Controle

faça: grave result=fora control.

Espera digitaçăo do problema

Formaçăo de Tabelas Auxiliaresfaça: forme com

banco de palavras

Cálculo Similar. faça: calcule

similaridade tab aux - tab defeitos

Apresentaçăofaça: apresente 6

mais similares

Verificaçăofaça: verifique

valores

Resultado do Processo

faça: grave resultado obtido

Apresentaçăo faça: apresente

gráfico de controle e resultado

Fechamentofaça: armazene

situaçăo do controle=concluido

opçăo controle

controle

gravaçăo

compare espec.c/ amostra

em espera

opçăo cancelar

opçăo O

K

espera dig.problema

problema

forme tab.

cáluculo simi.

mostre 6 +similares

Formaçăo de Tabela

faça: forme com problema

volta ao controle

resultado

apresentaçăo

volta ao controle

Verificaçăofaça: verifique se processo está sob

controle

verifique situaçăp

simnăo

50

ANEXO 1

Espera opçăo do usuáro

2

Espera opçăo se serviu o caso

opçăo sair

opçăo fechamento

Espera digitaçăo de causa

Fechamentofaça: armazene

situaçăo de controle=concluido

opçăo sim opçăo năo

Cadastro de Casofaça: cadastrea causa em casos

Cad. de Palavrasfaça: grave pal. da tabela associada

ao caso

cadastro causa

cadastre palavras p/ estecaso

fechamento

volta ao menu

51

ANEXO 2

DIAGRAMA DE EVENTOS DO SISTEMA:

Cenário: Cadastro de Processos

I.U. Processo

crie-se(dados)

cadastre

consulte

próx. código

libere

Cenário: Consulta de Processos

I.U. Processo

crie-se(cod)

consulte

dados

libere

52

ANEXO 2

Cenário: Alteraçăo de Processos

I.U. Processo

crie-se(dados)

altere

consulte

próx. código

libere

Cenário: Exclusăo de Processos

I.U. Processo

crie-se(dados)

exclua

consulte

próx. código

libere

Cenário: Consulta de Produtos

I.U. Produtos

crie-se(cod)

consulte

dados

libere

53

ANEXO 2

Cenário: Consulta de Especificaçăo

I.U. Especificaçăo

crie-se(cod)

consulte

dados

libere

Cenário: Alteraçăo de Produtos

I.U. Produtos Especificaçăo

crie-se(dados)

altere

enquanto usuário năo finaliza

crie-se(dados)

altere

consulte

próx. código

libere

consulte

próx. código

libere

54

ANEXO 2

Cenário: Exclusăo de Produtos

I.U. Produtos Especificaçăo

crie-se(dados)

exclua

enquanto tiver especificaçőes para este produto

crie-se(dados)

exclua

consulte

próx. código

libere

libere

55

ANEXO 2

Cenário: Cadastro de Produtos

I.U. Produtos Especificaçăo

crie-se(dados)

cadastro

enquanto usuário năo finaliza

crie-se(dados)

cadastro

consulte

próx. código

libere

consulte

próx. código

libere

56

ANEXO 2

Cenário: Controle

Lote Controle EspecificaçãoI.U.

crie-se(dados)

armazene

crie-se(dados)

calcule Amplitude,LM, LSC, LIC

crie-se(cod)

consulta

valor

libere

mostre (LM, valor especificado)

Se usuário confirma continuação

verifique valores

altere (resultado)

apresente gráfico com resultado

Se resultado sob controle

altere (situação=concluído)

Senão (valor especificado muito diferente de LM)

altere (resultado=fora de controle)

libere

libere

armazene

57

ANEXO 2

Cenário: Processo fora de Controle

Causas Casos PalavrasI.U.

crie-se(defeitos)

forme tabela 1

crie-se(cod_processo)

consulte

Enquanto houver palavras relacionadas c/ o processo

forme tabelas auxiliares(palavras, cod_caso)

libere

calcule similaridade

Para 6 tabelas mais similares

crie-se(cod)

consulte

descrição

libere

mostre(descrição caso, porcent. similaridade)

libere

58

ANEXO 2

Cenário: Fechamento de Controle

Causas Palavras CasosLoteI.U.

Se nenhuma causa apresentada serviu

crie-se(dados)

cadastre

código do caso

libere

crie-se(cod)

grave_palavras

Enquanto houver palavras em defeitos

crie-se(dados)

cadastre

libere

libere

crie-se(situação=concluído)

altere

libere

59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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