Sistema de Comando de Incidentes

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Curso Sistema de Comando de Incidentes Mdulo 1 SENASP/MJ - ltima atualizao em 12/06/2008

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Crditos Major Marco Negro de Brito CBMDF TC Hamilton Santos Esteves Junior -CBMDF Apresentao O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) uma ferramenta de gerenciamento que tem como objetivo a estabilizao do incidente e a proteo da vida, da propriedade e do meio ambiente. Este curso dar condies para que voc compreenda os principais conceitos e mtodos envolvidos nesse modelo de gerenciamento desenvolvido para comando, controle e coordenao, em resposta a situaes de emergncia. O curso est dividido em 4 mdulos: Mdulo 1 Viso geral do Sistema de Comando de Incidentes Mdulo 2 Estruturao do Sistema de Comando de Incidentes Mdulo 3 Aspectos operacionais do Sistema de Comando de Incidentes Mdulo 4 Exemplos prticos de utilizao do Sistema de Comando de Incidentes

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Mdulo 1 - Viso geral do Sistema de Comando de Incidentes Ao final deste mdulo, voc ser capaz de: Descrever a origem e evoluo do Sistema de Comando de Incidentes; Conceituar o SCI e identificar suas diferentes denominaes no Brasil; e Enumerar os princpios do SCI.

O mdulo est divido em duas aulas: Aula 1 Histria do Sistema de Comando de Incidentes Aula 2 Definies e princpios

Aula 1 Histria do Sistema de Comando de Incidentes O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) ou Incident Command System (ICS) foi desenvolvido nos anos 70, em resposta a uma srie de incndios florestais que praticamente destruram o sudoeste da Califrnia.

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Naquela ocasio, as autoridades de municpios, de condados e do prprio governo estadual colaboraram para formar o FIrefighting RESources of California Organized for Potential Emergencies (FIRESCOPE). Problemas identificados O FIRESCOPE identificou inmeros problemas comuns s respostas a sinistros envolvendo mltiplos rgos e jurisdies, tais como: Falta de uma estrutura de comando clara, definida e adaptvel s situaes; Dificuldade em estabelecer prioridades e objetivos comuns; Falta de uma terminologia comum entre os rgos envolvidos; Falta de integrao e padronizao das comunicaes; e Falta de planos e ordens consolidados. Os esforos para resolver essas dificuldades resultaram no desenvolvimento do modelo original do SCI para gerenciamento de incidentes. O SCI foi originalmente desenvolvido para combater incndios florestais, evoluindo posteriormente para um sistema aplicvel a qualquer tipo de emergncia. Muito do sucesso do SCI resultado da aplicao direta de uma estrutura organizacional comum e princpios de gerenciamento padronizados Histria do desenvolvimento do SCI 1970 Incndios na Califrnia 1973 Primeira verso do SCI 1980 SCI comprova eficincia 2003

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SCI comprova eficincia A Instituio do SCI Devido ao sucesso experimentado pelos rgos de emergncia americanos que utilizavam o SCI no gerenciamento de emergncias, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia 28 de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de n 5 (HSPD 5 Homeland Security Presidential Directive n 5), que instituiu o SCI. Por meio dessa Diretiva, ficou determinado o estabelecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Emergncias (NIMS National Incident Management System) e do Sistema de Comando de Incidentes (ICS Incident Command System) como as ferramentas a serem oficialmente utilizadas para o gerenciamento de emergncias e desastres em territrio norte-americano, independentemente da causa, magnitude ou complexidade do evento. Devido ao sucesso experimentado pelos rgos de emergncia americanos que utilizavam o SCI no gerenciamento de emergncias, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia 28 de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de n 5 (HSPD 5 Homeland Security Presidential Directive n 5), que instituiu o SCI. Por meio dessa Diretiva, ficou determinado o estabelecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Emergncias (NIMS National Incident Management System) e do Sistema de Comando de Incidentes (ICS Incident Command System) como as ferramentas a serem oficialmente utilizadas para o gerenciamento de emergncias e desastres em territrio norte-americano, independentemente da causa, magnitude ou complexidade do evento. Veja outros exemplos de uso do Sistema de Comando de Incidentes Tremores de terra; Exploses;

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Incndios em edificaes com grande densidade de usurios; Incndios em instalaes e depsitos de inflamveis; Incndios florestais em reas de relevante interesse ecolgico e que fujam ao controle dos rgos que tm atribuies especficas para combat-los; Acidentes no transporte areo, rodovirio, ferrovirio, aqutico e metrovirio; Incidentes com produtos perigosos; Acidentes em estruturas industriais; Intoxicaes coletivas; Acidentes relacionados a substncias e equipamentos radioativos; Desastres relacionados contaminao de mananciais e sistemas de

abastecimento de gua; Desastres relacionados a riscos de colapso ou exaurimento de recursos energticos; Pnico em eventos planejados, como celebraes, desfiles, concertos, visitas de dignitrios, competies esportivas, grandes aglomeraes de pblico; Desastres relacionados construo civil: patologias das edificaes,

desabamentos de prdios, viadutos, pontes, dentre outros; Rompimento de barragens; Tufes, tornados, vendavais, tempestades, alagamentos e inundaes;

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Estiagem e quedas intensas da umidade do ar; Escorregamentos e deslizamentos da terra e subsidncias de solo; Desocupao de prdios e/ou reas pblicas invadidas; Fugas e motins em estabelecimentos prisionais; Raptos e seqestros; Atentados terroristas; e Aes individuais, de bandos ou quadrilhas organizadas que comprometam a segurana pblica com capacidade para gerar pnico ou aterrorizar a populao.

SCI no BrasilAps a descoberta do SCI por alguns profissionais brasileiros pertencentes a instituies que trabalham com emergncias, por meio de participao em cursos e treinamentos nos Estados Unidos da Amrica, foi suscitada a possibilidade desse modelo resolver os problemas de coordenao das aes de respostas a diversos desastres no Brasil. Com isso, alguns estados brasileiros iniciaram o processo de estudo e implantao do SCI. O estado de Santa Catarina, em parceria com a defesa civil estadual e a Universidade de Santa Catarina, iniciou o estudo e o processo de implantao do SCI utilizando seus princpios, s que com denominao diferente: Sistema de

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Comando em Operaes - SCO. Outro estado que adotou essa mesma denominao foi o Paran. Sistemas de Comando Similares So Paulo, por meio do Corpo de Bombeiros, aps o estudo e anlise do SCI, resolveu utilizar esses princpios, porm com a denominao de SICOE Sistema de Comando em Operaes de Emergncia. O estado simula situaes com o objetivo de exercitar esse modelo de ao, de modo a t-lo constantemente preparado para uso. O Rio de Janeiro tambm adotou o uso do SCI em suas aes operacionais. A sua prtica est alicerada nos princpios do SCI originalmente utilizados nos Estados Unidos da Amrica. Sistemas de Comando Similares SCO Santa Catarina (Defesa Civil) SICOE So Paulo (Bombeiros) SCI Rio de Janeiro (D. Civil e BM) SCO- Paran (Defesa Civil) Outros estados podem estar utilizando os princpios desse modelo gerencial e aplicando-os de forma que suas prticas possam ser implementadas com mais qualidade e efetividade. Cada proposta deve estar focada nas realidades institucionais. SCI no Distrito Federal No Distrito Federal, com o processo de integrao entre os rgos que compem o Sistema de Segurana Pblica e Defesa Social, surgiu a necessidade de se estabelecer um sistema de gerenciamento unificado, coordenado pela Secretaria de Segurana Pblica do Distrito Federal, para situaes crticas.

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O Plano Nacional de Segurana Pblica, institudo em 2004, contemplou a gesto integrada e a responsabilidade compartilhada de incidentes e crises, no intuito de implantar uma ferramenta efetiva que permita a perfeita integrao dos rgos e instituies nas atividades operacionais de resposta s emergncias de desastres no mbito do Distrito Federal. Aps estudos, iniciou-se o processo de implantao do Sistema de Comando de Incidentes, com a realizao de diversos cursos e propostas de exerccios simulados integrados, com o objetivo de intensificar a prtica de utilizao da ferramenta.

Aula 2 Definies e princpios O Sistema de Comando de Incidentes uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada para todos os tipos de sinistros, que permite a seu usurio adotar uma estrutura organizacional integrada, para suprir as complexidades e demandas de incidentes nicos ou mltiplos, independente das barreiras jurisdicionais. S Sistema Combinao de partes coordenadas para um mesmo resultado, com a finalidade de formar um conjunto, com ordenamento de elementos interdependentes relacionados entre si e com seu entorno. C Comando Ao e efeito de impulsionar, designar, orientar e conduzir os recursos. I - Incidente Evento de causa natural ou provocado por ao humana que requer a interveno de equipes dos servios de emergncia para proteger vidas, bens e ambiente.

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Existem tambm outras classificaes de Sistemas correlatos ao SCI, que traduzem a essncia da doutrina preconizada pelos rgos de respostas aos desastres do governo dos Estados Unidos da Amrica

Princpios do SCI Considerando as particularidades dos rgos envolvidos em um incidente, o SCI adota 9 (nove) princpios que permitem assegurar o deslanche rpido, coordenado e efetivo dos recursos, minimizando a alterao das polticas e dos procedimentos operacionais prprios das instituies envolvidas. So eles: Terminologia comum Comunicaes integradas Comando unificado Alcance de controle Plano de ao no incidente Instalaes padronizadas Organizao modular Cadeia de comando Manejo integral dos recursos

Terminologia comum Durante a resposta ao incidente, no se pode desperdiar tempo tentando identificar termos ou nomenclaturas, por isso, se no h uma linguagem nica, a confuso se instala. Adotam-se, portanto, nomes comuns para os recursos, as instalaes, as funes e os nveis de sistema organizacional, padronizando-se assim a terminologia. rea de Espera E; Heliponto - H1; Oficial de Segurana; rea de concentrao de vtimas ACV; Posto de Comando do Incidente PC;

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Alcance de controle Para que no haja perda de controle nas aes operacionais, o profissional envolvido no incidente no pode se reportar a um nmero muito grande de pessoas. Sendo assim, o SCI considera que o nmero de indivduos que uma pessoa pode ter sob sua superviso com efetividade no mximo 7 (sete), sendo que o ideal 5 (cinco). Para que o alcance de controle seja sempre mantido, na medida em que os recursos forem chegando, torna-se necessria a expanso da estrutura do SCI. O alcance de controle um princpio bsico do SCI.

Organizao modular A organizao modular do SCI est baseada no tipo, magnitude e complexidade do incidente, sendo que a sua expanso ocorre de baixo para cima, medida que os recursos so designados na cena, e estabelecidos de cima para baixo, de acordo com as necessidades determinadas pelo comandante do incidente. Esse princpio permite que as posies de trabalho possam somar-se (expanso) ou serem retiradas (contrao) com facilidade. O organograma representa uma estrutura, em que o comandante do incidente, ainda no delegou a maioria das possveis funes do SCI, e a quantidade de recursos existentes ainda mnima. Parte-se da premissa de que a primeira pessoa que chega cena, com capacidade operacional, deve assumir inicialmente o comando do incidente e todas as funes at que as delegue.

Comandante do incidente

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- Grupo - Fora tarefa - equipe integrada - Recurso nico

Comunicaes integrada Na estrutura do SCI, as comunicaes so estabelecidas em um nico plano, no qual utilizada a mesma terminologia, os canais e as freqncias so comuns ou interconectados, e as redes de comunicao so estabelecidas dependendo do tamanho e complexidade do incidente Plano de Ao no Incidente (PAI um planejamento especifico para responder a um incidente. A grande maioria dos incidentes no necessita de um PAI escrito, mas sim mental, uma vez que, para o perodo inicial (fase reativa), ou seja, as primeiras 4 (quatro) horas do incidente, ele no se faz necessrio. O plano se apresenta com a seguinte estrutura: objetivos, estratgias e tticas Plano de Ao Objetivos; Estratgias; e Tticas. O PAI dever ser feito no momento da resposta, na cena, e deve corresponder a cada perodo operacional. Normalmente, os primeiros perodos operacionais de qualquer incidente no so superiores a 24 horas e, a partir do momento em que as aes tornam-se rotineiras, os perodos operacionais podem ser prolongados, podendo durar semanas. Consideraes importantes (PAI) Para a implementao do PAI, importante realizar um briefing com a equipe de trabalho e repassar os objetivos, estratgias e tticas. Para definir o PAI, devem ser levados em considerao alguns pontos importantes:

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Consideraes importantes para definio dos objetivos: Inicialmente o comandante do incidente estabelece os objetivos. Os objetivos tornam-se a base para todas as atividades do incidente. Os objetivos devem ser atingveis, mensurveis e flexveis. Todo trabalho deve ser conduzido com base no resultado desejado. Aps a definio dos objetivos, as estratgias e as tticas so implementadas e trabalhadas pelo staff. Consideraes importantes para definio das estratgias: A estratgia nada mais do que como chegar ao resultado esperado. So determinadas pelo chefe da seo de operaes. Considere estratgias alternativas baseadas em consideraes das prioridades e limitaes. Considere sempre a possibilidade: e se. Consideraes importantes para estabelecer as tticas: So estabelecidas pelo chefe da seo de operaes com o suporte da seo de planejamento e deve responder as seguintes perguntas: quem, o que, onde e quando?

Cadeia de comando No SCI, cada pessoa responde e informa somente a uma pessoa designada (comandante do incidente, oficial, chefe, encarregado, coordenador, lder ou supervisor), proporcionando a eficcia no cumprimento das ordens. Comando unificado

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O comando unificado aplica-se quando vrias instituies com competncia tcnica e jurisdicional promovem acordos conjuntos para comandar um incidente em que cada instituio conserva sua autoridade, responsabilidade e obrigao. No comando unificado, as instituies contribuem no processo para: Planejar de forma conjunta as atividades; Determinar os objetivos para o perodo operacional; Conduzir as operaes de forma integrada; Otimizar o uso dos recursos; e Designar as funes do pessoal sob um s plano de ao do incidente. Embora as decises sejam tomadas em conjunto, deve haver um nico comandante, que ser da instituio de maior pertinncia ou competncia legal no incidente. Veja as principais caractersticas do comando unificado. Principais caractersticas do comando unificado: Instalaes compartilhadas; Um posto de comando do incidente; Funes compartilhadas; Um processo coordenado para requisitar recursos; e Um s processo de planejamento e Plano de Ao do Incidente (PAI) Instalaes padronizada No SCI, as instalaes devem possuir localizao precisa, denominao comum e estar bem sinalizadas e em locais seguros. Algumas das instalaes que so estabelecidas em um incidente so: posto de comando do incidente, base, rea de espera, rea de concentrao de vtimas, heliponto, etc. Manejo integral dos recursos O manejo integral dos recursos garante:

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A otimizao; O controle e a contabilidade dos recursos; A Reduo da disperso no fluxo das comunicaes; A Diminuio das intromisses; e A Garantia da segurana do pessoal. Cada recurso utilizado no incidente, independentemente da instituio a que pertena, passa a fazer parte do sistema, ficando sob a responsabilidade do comandante do incidente.

Concluso O que torna o Sistema de Comando de incidentes importante a possibilidade da participao de mltiplas instituies no processo de resposta ao incidente. A integrao e a unio de esforos entre os rgos de atendimento a emergncias a chave para a efetividade da resposta. O caminho que se tenha em nosso pas um sistema de gerenciamento de crises e desastres, onde todas as instituies se sintam partcipes do contexto da resposta. Esse sistema o Sistema de Comando de Incidentes. O SCI, se cumprido conforme seus princpios, no falha. As pessoas que o executam que podem, eventualmente, falhar na sua utilizao.

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Exerccios de Fixao Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. O objetivo destes exerccios complementar as informaes apresentadas nas pginas anteriores. 1. Qual a maior dificuldade encontrada pelas instituies no atendimento aos grandes incndios florestais no sudoeste da Califrnia, antes do surgimento do SCI? Assinale a alternativa correta. ( ) Existncia de uma estrutura rgida e predefinida. ( ) Carncia de recursos financeiros para o atendimento das ocorrncias. ( ) Falta de uma terminologia comum entre os rgos envolvidos. ( ) Ventos fortes e uma regio montanhosa

2. O SCI foi originalmente criado para ser empregado em: ( ) Incndios urbanos. ( ) Grandes desastres. ( ) Incndios florestais. ( ) Visita de autoridades.

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3. Os objetivos do SCI devem ser alcanveis, mensurveis e: ( ) Possuir custo-benefcio. ( ) Inovadores. ( ) Com tempo definido. ( ) Flexveis. 4. Um dos fatores que determinam a expanso organizacional do SCI : ( ) Alcance de controle. ( ) Preenchimento das posies dos oficiais do staff de comando primeiro. ( ) Disponibilidade de linha telefnica no posto de comando. ( ) Nenhuma das alternativas acima.

5. O nmero mximo de pessoas que deve reportar-se ao supervisor do SCI : ( ) 5 ( ) 7 ( ) 3 ( ) 9

6. Alm da terminologia comum, so tambm princpios do SCI ( ) Unidade de comando. ( ) Mltiplos postos de comando do incidente. ( ) Seo de finanas integradas.

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7. O princpio que permite que as posies de trabalho possam somar-se (expanso) ou serem retiradas (contrao) com facilidade ( ) Terminologia comum. ( ) Cadeia de comando. ( ) Organizao modular. ( ) Alcance de controle.

Gabarito: 1 (3) 2 (2) 3 (4) 4 (1) 5 (7) 6 (1 e 2) 7 (3)

Este o final do mdulo 1 Viso geral do Sistema de Comando de Incidentes Alm das telas apresentadas, o material complementar est disponvel para acesso e impresso.

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Mdulo 2 - Estruturao do Sistema de Comando de Incidentes Ao final deste mdulo, voc ser capaz de: Enumerar as funes e atribuies dos componentes da estrutura do SCI; Detalhar a estrutura do SCI; e Identificar as instalaes possveis de serem estabelecidas em um SCI.

O mdulo 2 se divide em 3 aulas: Aula 1 Funes do SCI Aula 2 Estrutura Aula 3 Instalaes

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Aula 1 Funes do SCI

Durante o atendimento a um incidente, o comandante do incidente (CI), inicialmente, desempenha todas as funes. Na medida em que o incidente cresa em magnitude ou complexidade e necessidade de pessoal, o CI poder ativar sees e designar responsveis para dirigi-las. Essa necessidade independe dos limites institucionais dos respondedores, reforando a importncia do trabalho integrado das instituies. Durante o atendimento a um incidente, o comandante do incidente (CI), inicialmente, desempenha todas as funes. Na medida em que o incidente cresa em magnitude ou complexidade e necessidade de pessoal, o CI poder ativar sees e designar responsveis para dirigi-las. Essa necessidade independe dos limites institucionais dos respondedores, reforando a importncia do trabalho integrado das instituies. Os respondedores devem facilitar a interdependncia das instituies que chefiam. Compreender que trabalhar integrados na preparao otimizar a capacidade para responder de maneira adequada emergncia. Coordenar o uso efetivo de todos os recursos disponveis no fcil, por isso, necessrio formalizar uma estrutura de gesto e operao que proporcione direo, eficcia e eficincia resposta. O Sistema de Comando de Incidentes, praticado no trabalho cotidiano, a ferramenta organizacional para estabelecer essa estrutura. Comandante do incidente Todos os incidentes, independentemente de sua magnitude e complexidade, devem ter um s comandante do incidente (CI). Chegando cena, ele assume a responsabilidade das aes no local at que a autoridade de comando seja transferida a outra pessoa.

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O Sistema de Comando de Incidentes est baseado em oito funes: Comando do incidente; Planejamento; Operaes; Logstica; Administrao e finanas; Segurana;Informao pblica; e Ligao. Responsabilidades do comandante do incidente O comandante do incidente (CI) a pessoa encarregada pelo SCI e que possui a mxima autoridade, devendo estar plenamente qualificado para conduzir a resposta ao incidente. As responsabilidades do CI so: Assumir o comando e estabelecer o PC; Zelar pela segurana do pessoal e da Segurana Pblica; Avaliar as prioridades do incidente; Determinar os objetivos operacionais; Desenvolver e executar o Plano de Ao do Incidente (PAI); Desenvolver uma estrutura organizacional apropriada; Manter o alcance de controle; Administrar os recursos; Manter a coordenao geral das atividades;

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Coordenar as aes das instituies que se incorporem ao sistema; Autorizar a divulgao das informaes pelos meios de comunicao pblicos; Manter um quadro de situao que mostre o estado e a aplicao dos recursos; e Encarregar-se da documentao e do controle de gastos e apresentar o relatrio final.

Um CI deve ser decidido, seguro, objetivo, calmo, adaptvel ao meio fsico, mentalmente gil e flexvel. Deve ser realista acerca de suas limitaes e ter a capacidade de delegar funes de forma apropriada e oportuna para manter o alcance de controle. Quem assume o comando do incidente Inicialmente, o comando do incidente ser assumido pela pessoa de maior idoneidade, competncia ou nvel hierrquico que chegue primeiro cena. medida que cheguem outros, ser transferido a quem possua a competncia requerida para o controle geral do incidente. Nesse aspecto, sero muito teis os planos de emergncia e contingncia, as normas, os protocolos e os procedimentos operacionais acordados entre as instituies. Quando os incidentes crescem em dimenso ou complexidade, a autoridade jurisdicional, tcnica ou institucional correspondente, responsvel pelo seu atendimento, pode designar um CI melhor qualificado. Ao transferir o comando, o CI que sai deve entregar um relatrio completo ao que o substituiu e tambm notificar ao pessoal sob sua direo que houve a mudana.

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Staff de comando Na medida em que o incidente cresce e aumenta a utilizao de recursos, o CI pode delegar autoridade a outros para o desempenho de certas atividades. Quando a expanso necessria, em termos de segurana, trato com a mdia e articulao com outras instituies, o CI estabelecer as posies do staff de comando. No grfico a seguir, voc ver as posies de apoio e assessoria ao CI. Cada posio do staff ser ocupada por um profissional (oficial, praa, delegado, agente, etc). As funes e responsabilidades esto descritas nas pginas a seguir. Oficial de segurana O oficial de segurana tem a funo de vigilncia e avaliao de situaes perigosas e inseguras, bem como o desenvolvimento de medidas para a segurana do pessoal. Mesmo podendo exercer autoridade de emergncia para deter ou prevenir aes inseguras quando a situao requer providncias imediatas, ele geralmente corrige aes ou condies inseguras por meio da linha normal de comando. O oficial de segurana mantm-se interado de toda a operao. Responsabilidades do oficial de segurana: Obter um breve relato do comandante do incidente; Identificar situaes perigosas associadas com o incidente; Participar das reunies de planejamento e revisar os Planos de Ao do Incidente; Identificar situaes potencialmente inseguras durante as operaes tticas; Fazer uso de sua autoridade para deter ou prevenir aes perigosas; Investigar/pesquisar os acidentes que ocorram nas reas do incidente; Revisar e aprovar o plano mdico; e Revisar o Plano de Ao do Incidente.

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Oficial de informao pblica O oficial de informao pblica servir, s vezes, de ponto de contato com os meios de comunicao ou outras organizaes que busquem informao direta sobre o incidente. Ainda que vrios rgos possam designar membros de seu pessoal como oficiais de informao pblica, durante um incidente haver um s portavoz. Os demais serviro como auxiliares. Toda a informao dever ser aprovada pelo CI. Obter um breve relato do comandante do incidente; Estabelecer contato com a instituio jurisdicional para coordenar as atividades de informao pblica; Estabelecer um centro nico de informaes, sempre que possvel; Tomar as providncias para proporcionar espao de trabalho, materiais, telefone e pessoal; Obter cpias atualizadas dos formulrios SCI 201 e 211; Preparar um resumo inicial de informaes depois de chegar ao incidente; Respeitar as limitaes para a emisso de informaes impostas pelo CI; Obter a aprovao do CI para a emisso de informao; Emitir notcias aos meios de imprensa e envi-las ao posto de comando e a outras instncias relevantes; Participar das reunies para atualizar as notas de imprensa; e Responder s solicitaes especiais de informao. Oficial de ligao O oficial de ligao o contato para os representantes das instituies que estejam trabalhando no incidente ou que possam ser convocadas. Isso inclui organismos de primeira resposta, sade, obras pblicas ou outras organizaes. conveniente

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que o oficial de ligao e os representantes de todas as instituies atuantes se conheam mutuamente. Responsabilidades do oficial de ligao Obter um breve relato do comandante do incidente; Proporcionar um ponto de contato para os representantes de todas as instituies; Identificar os representantes de cada uma das instituies, incluindo sua localizao e linhas de comunicao; Responder s solicitaes do pessoal do incidente para estabelecer contatos com outras organizaes; e Observar as operaes do incidente para identificar problemas atuais ou potenciais entre as diversas organizaes. Deciso de expandir ou contrair a estrutura Em um incidente, a deciso de expandir ou contrair a estrutura do SCI fundamentase na: Proteo vida A primeira prioridade do comandante do incidente sempre a proteo da vida dos que respondem ao incidente e da comunidade. Estabilidade do incidente O CI o responsvel por estabelecer uma estratgia que minimize o efeito do incidente sobre a rea circundante e maximize a resposta utilizando eficientemente os recursos. Em um incidente de pequena magnitude, pode ser que a estrutura deva expandir-se devido complexidade (nvel de especificidade da resposta). Ex.: Um incndio em um pequeno depsito de produtos qumicos agropecurios necessitar de uma estrutura expandida com posies especializadas (inflamveis, txicos, venenos e explosivos). Em um incidente de grande magnitude, por

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exemplo, um incndio em uma grande madeireira, pode ser que seja necessria uma estrutura simples de manejo de fogo e nada mais. Preservao de bens O CI tem a responsabilidade de minimizar os danos aos bens, ao mesmo tempo em que cumpre com os objetivos de atendimento do incidente. Quando o comandante do incidente necessita de um tipo ou quantidade de recursos que superam seu alcance de controle, pode ativar uma ou mais sees, ou outras posies. Cada chefe de seo tem autoridade para expandir sua organizao interna. Staff comando Comandante do incidente - Operaes - Planejamento - Logstica - adm/finanas Veja no grfico que as sees so posies subordinadas diretamente ao CI, que esto sob a responsabilidade de um chefe e contm unidades especficas.

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Aula 2 Estrutura Para que todas as atividades sejam realizadas de forma coordenada, deve-se manter uma organizao, e em cada nvel da organizao do SCI as posies e os responsveis tm ttulos diferentes que devem ser conhecidos por aqueles que trabalham com esse sistema. Observe o quadro abaixo:

Sees Nveis da estrutura que tm a responsabilidade de uma rea funcional principal no incidente (Planejamento, Operaes, Logstica, Administrao e Finanas). O CI pode implementar setores funcionais (Exs.: Operaes areas e controle de trnsito). Tambm podem ser setores geogrficos que conduziro operaes em reas geogrficas delimitadas. Na estrutura do SCI os setores so encontrados nas sees de operaes e logstica. Setor Nvel da estrutura com responsabilidade funcional ou geogrfica designada pelo CI, sob direo de um chefe de seo.

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O CI pode implementar setores funcionais (Exs.: Operaes Areas, Controle de Trnsito). Tambm podem ser setores geogrficos que conduziro operaes em reas geogrficas delimitadas. Na estrutura do SCI os setores so encontrados nas sees de operaes e logstica. Diviso Nvel da estrutura que tem a responsabilidade de atuar dentro de uma rea geogrfica definida. As divises cobrem operaes em reas geogrficas delimitadas quando o nmero de divises ou grupos excede os cinco recomendados para o alcance de controle do chefe de seo (estes conceitos sero tratados no prximo mdulo). Caso existam vrias instituies com competncia no incidente, convm que os recursos sejam administrados sob suas linhas de subordinao. Grupo Nvel da estrutura que tem a responsabilidade de uma designao funcional especfica. Os grupos cobrem funes especficas de operao. Observaes: O primeiro nvel da estrutura se define com recursos nicos, foras tarefa e equipes de interveno. A diviso e o grupo so nveis organizacionais que se encontram entre fora-tarefa, equipe de interveno, recursos nicos e o nvel de setor, caso esse tenha sido implementado. A partir da posio grupo, as que seguem indicam nveis dentro da estrutura. Esses

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nveis sero estabelecidos medida que o alcance de controle se faa necessrio. Podem ter responsabilidades funcionais especficas (grupo) ou desempenhar funes em uma rea geogrfica delimitada (diviso). Em uma diviso podero funcionar vrios grupos. Excedendo o alcance de controle no nvel de grupo e diviso implementa-se setores para garantir esse princpio. Essas mudanas ocorrem exclusivamente na seo de operaes e est diretamente relacionada com o princpio do alcance de controle.

Unidade Nvel da estrutura que tem a funo de apoiar as atividades de planejamento, logstica e de administrao e finanas. A seo de planejamento tem a unidade de documentao que recolhe e mantm todos os documentos do incidente; a seo de logstica possui a unidade mdica, a unidade de alimentos e outras.

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Estrutura ampliada do Sistema de Comando de Incidentes

Seo de operaes A seo de operaes a responsvel pela execuo das aes de resposta. O chefe da seo de operaes tem como objetivos: Reporta-se ao CI; Determina a estrutura organizacional interna da seo; Dirige e coordena todas as operaes cuidando da segurana do pessoal da seo; Assiste ao CI no desenvolvimento dos objetivos da resposta ao incidente; e Executa o Plano de Ao do Incidente (PAI). Suas responsabilidades so: Obter um rpido relatrio do CI; Desenvolver a parte operacional do Plano de Ao do Incidente (PAI) em conjunto com a seo de planejamento; Apresentar um rpido relato e dar destino ao pessoal de operaes, de acordo com o PAI; Supervisionar as operaes;

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Determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais; Compor as equipes de resposta designadas para a seo de operaes; e Manter informado o CI acerca de atividades especiais da operao.

Seo de planejamento As funes dessa seo incluem recolher, avaliar, difundir e usar a informao acerca do desenvolvimento do incidente e manter um controle dos recursos. Esta seo elabora o Plano de Ao do Incidente (PAI), no qual define as atividades de resposta e o uso dos recursos durante um perodo operacional.

Unidade de recursos: Responsvel por todas as atividades de registro e controle dos recursos, inclusive pessoal e equipamentos designados para o incidente.

Unidade de situao: Compila e processa as informaes sobre a condio atual do incidente. Prepara apresentaes e resumos sobre a situao, desenvolve mapas e projees.

Unidade de documentao: Prepara a parte escrita do Plano de Ao do Incidente, mantm toda a documentao relacionada com o incidente e prov as cpias necessrias.

Unidade de desmobilizao: Em emergncias complexas ou de grande magnitude, ajuda a efetuar a desmobilizao do pessoal de maneira ordenada, segura e rentvel, quando deixa de haver necessidade de seu uso no incidente.

Especialistas: Profissionais

especializados que podero auxiliar no

planejamento quando for necessrio.

O chefe da seo de planejamento reporta-se ao CI, determina a estrutura organizacional interna da seo e coordena as atividades.

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Veja a lista de responsabilidades do chefe da seo de planejamento o obter breve informao do CI; o ativar as unidades da Seo de Planejamento; o designar o pessoal de interveno para as posies do incidente, de forma apropriada; o estabelecer as necessidades e agendas de informao para todo o Sistema de Comando do Incidente (SCI); o notificar a unidade de recursos acerca de todas as unidades da Seo de Planejamento que tenham sido ativadas, incluindo os nomes e os locais onde est todo o pessoal designado; o estabelecer um sistema de obteno de informaes meteorolgicas, quando necessrio; o supervisionar a preparao do Plano de Ao do Incidente; o organizar as informaes acerca de estratgias alternativas; o organizar e desfazer as equipes de interveno que no sejam designadas s operaes; o identificar a necessidade de uso de recursos especializados; o dar conta do planejamento operacional da Seo de Planejamento; o proporcionar previses peridicas acerca do potencial do incidente; o compilar e distribuir informaes resumidas acerca do estado do incidente.

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Seo de logstica A seo de logstica a responsvel por prover instalaes, servios e materiais, incluindo o pessoal que operar os equipamentos solicitados para atender no incidente. Essa seo indispensvel quando as operaes so desenvolvidas em reas muito extensas e so de longa durao. As funes dessa seo so de apoio exclusivo aos que respondem ao incidente. Ela supervisiona o coordenador do setor de servios e o coordenador do setor de apoio. E os lderes das unidades que so divididas em:

Unidade mdica Desenvolve o plano mdico e prov primeiros socorros e ateno mdica intensiva ao pessoal designado para a emergncia. Essa unidade tambm desenvolve o plano de transporte mdico do incidente (por terra e/ou ar) e prepara relatrios mdicos. Unidade mdica Desenvolve o plano mdico e prov primeiros socorros e ateno mdica intensiva ao pessoal designado para a emergncia. Essa unidade tambm desenvolve o plano de transporte mdico do incidente (por terra e/ou ar) e prepara relatrios mdicos. Unidade mdica Desenvolve o plano mdico e prov primeiros socorros e ateno mdica intensiva ao pessoal designado para a emergncia. Essa unidade tambm desenvolve o plano de transporte mdico do incidente (por terra e/ou ar) e prepara relatrios mdicos. Unidade de suprimentos Relaciona o pessoal, equipamentos e materiais. Alm disso, armazena, mantm e

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controla os materiais de distribuio, assim como ajusta e conserta os equipamentos. Unidade de instalaes Instala e mantm qualquer estabelecimento requerido para apoiar o incidente. Prov as pessoas que vo trabalhar nas bases e acampamentos, e apoio de segurana s instalaes e ao incidente, sempre que solicitado. Unidade de instalaes Instala e mantm qualquer estabelecimento requerido para apoiar o incidente. Prov as pessoas que vo trabalhar nas bases e acampamentos, e apoio de segurana s instalaes e ao incidente, sempre que solicitado. Responsabilidades do chefe da seo de logstica: Planejar a organizao da seo de logstica; Designar lugares de trabalho e tarefas preliminares ao pessoal da seo; Notificar unidade de recursos acerca das unidades da seo de logstica que sejam ativadas, incluindo nome e localizao do pessoal designado; Compor os setores e proporcionar informao sumria aos diretores e aos lderes das unidades; Participar da preparao do Plano de Ao do Incidente; Identificar os servios e as necessidades de apoio para as operaes planejadas e esperadas; Dar opinio e revisar o plano de comunicaes e o plano mdico; Coordenar e processar as solicitaes de recursos adicionais;

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Revisar o Plano de Ao do Incidente e fazer uma estimativa das necessidades da seo para o perodo operacional seguinte; Apresentar conselhos acerca das capacidades disponveis de servios e apoio; Preparar os elementos de servios e apoio do Plano de Ao do Incidente; Fazer uma estimativa das necessidades futuras de servios e apoio; Receber o plano de desmobilizao da seo de planejamento; Recomendar a descarga de recursos da unidade de acordo com o plano de desmobilizao; e Assegurar o bem-estar geral e a segurana do pessoal da seo de logstica.

O chefe da seo se reporta diretamente CI, determina a estrutura organizacional interna da seo e coordena as atividades.

Seo de administrao e finanas Apesar de freqentemente no receber a importncia que merece, a seo de administrao e finanas crtica para manter o controle contbil do incidente. responsvel por justificar, controlar e registrar todos os gastos e por manter em dia a documentao requerida para processos indenizatrios. Essa seo especialmente importante quando o incidente apresenta um porte que poderia resultar na decretao de situao de emergncia ou estado de calamidade pblica. Ela dirige os lderes das seguintes unidades:

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O chefe da seo se reporta ao CI, determina a estrutura organizacional interna da seo e coordena as atividades. Unidade de tempo Deve registrar todos os horrios do pessoal que trabalha no incidente. Unidade de provedoria Gerencia o trmite dos documentos administrativos relacionados com o aluguel de equipamentos e os contratos de materiais e outros insumos. responsvel pelo relatrio das horas de uso dos equipamentos. Unidade de custos Responsvel por colher toda a informao sobre custos e apresentar oramentos e recomendaes que permitam economia de gastos. Unidade de suprimentos Relaciona o pessoal, equipamentos e materiais. Alm disso, armazena, mantm e controla os materiais de distribuio, assim como ajusta e conserta os equipamento. Unidade de instalaes Instala e mantm qualquer estabelecimento requerido para apoiar o incidente. Prov as pessoas que vo trabalhar nas bases e acampamentos, e apoio de segurana s instalaes e ao incidente, sempre que solicitado. Unidade de apoio terrestre Oferece transporte e se encarrega da manuteno dos veculos designados para o incidente.

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Aula 3 Instalaes Uma parte importante da organizao do espao fsico em uma situao crtica a implantao de determinadas instalaes padronizadas pelo SCI. O termo instalao no significa uma edificao ou construo. Em muitos casos, o prprio posto de comando ser apenas um local no terreno, identificado por uma placa ou mesmo um ponto de referncia. As instalaes so espaos fsicos ou estruturas fixas ou mveis, designadas pelo comandante do incidente (CI) para cumprir uma funo especfica no SCI. Ao estabelecer as instalaes em um incidente, devem ser considerados os seguintes fatores:

Necessidades prioritrias; Tempo que cada instalao estar em operao; Custo do estabelecimento e operao da instalao;Curso Sistema de Comando de Incidentes Mdulo 2 SENASP/MJ - ltima atualizao em 12/06/2008

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Elementos ambientais que podem afetar as instalaes; e Capacidade de pessoal para garantir seu funcionamento. Principais instalaes So trs as instalaes comuns que o CI pode estabelecer em um incidente. So elas: Posto de comando (PC) reas de Espera (E) - rea de concentrao de vitima (AVC) Posto de comando (PC) O posto de comando o lugar a partir do qual se exercem as funes de comando, devendo ser instalado em todas as operaes que utiliza o SCI, independentemente do tamanho e da complexidade da situao. No entanto, suas caractersticas tero relao direta com o tamanho e a complexidade do evento. S haver um PC para cada cena e este dever ter a seguinte sinalizao: um retngulo de fundo alaranjado com as letras PC em preto, nas medidas de 90cm x 110cm. Condies para estabelecer um PC Local seguro (fora da zona de risco) e longe do rudo e da confuso que geralmente acompanha um incidente; Possibilidade de (mantendo a condio anterior) uma viso integral da cena do incidente; Possibilidades de expanso, caso o incidente o requeira; Capacidade para prover vigilncia (segurana) e para controlar o acesso quando necessrio; Informao de sua ativao e localizao assim que for estabelecido; Sinalizao, de modo a ser identificado por todas as pessoas que estejam envolvidas na resposta ao incidente; e Disponibilidade de comunicao.

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Localizao do PC No PC ficam instalados o comando do incidente, os oficiais do staff de comando e os chefes de seo. Ao escolher inicialmente a localizao do PC, preciso considerar as caractersticas do incidente, sua provvel durao, se est em crescimento ou diminuio e se o local suficientemente amplo e seguro. Em incidentes de longa durao, desejvel procurar uma instalao com boa ventilao, bem iluminada e adequadamente protegida. Alguns incidentes precisaro de instalaes amplas, especialmente aqueles que: Necessitam reunir diversas instituies sob um comando unificado; Tenham longa durao; e Requeiram o uso do staff de comando e representantes das instituies.

rea de espera (E) A rea de espera um local delimitado e identificado, para se dirigirem os recursos operacionais que se integrarem ao SCI, onde ocorre a recepo (check-in) e o cadastramento dos recursos. Caso os recursos no sejam necessrios imediatamente, eles permanecem em condies de pronto emprego, aguardando o seu acionamento. No comeo da operao, pode ocorrer a designao direta dos recursos, sem passar pela rea de espera, sendo necessrio fazer o check-in pelo rdio. medida que um incidente cresce, requer recursos adicionais. Para evitar os problemas que poderiam provocar a convergncia massiva de recursos cena e para administr-los de forma efetiva, o comandante do incidente (CI) poder estabelecer as reas de espera que considerem necessrias.

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A experincia mostra que muito mais difcil cadastrar os recursos operacionais que esto no local da operao depois que eles j esto espalhados e atuando. Vantagens da rea de espera A implementao de uma rea de espera varia em funo das conformaes da estrutura do SCI. uma rea de reteno ou estacionamento, prximo da cena, onde os recursos permanecem at que sejam designados. A rea de espera proporciona as seguintes vantagens: Melhora a segurana do pessoal de resposta e a possibilidade de dar conta dos recursos; Evita a designao prematura de recursos; Facilita a entrada oportuna e controlada do pessoal na rea do incidente; e Proporciona um lugar para registro de chegada e entrada de pessoal, equipamentos e ferramentas, tornando mais fcil o controle.

Requisitos de um local para a rea de espera: Estar afastado da cena do incidente a uma distncia no superior a cinco minutos de deslocamento; Estar longe de qualquer zona perigosa; Ter rotas diferentes para a entrada e sada dos recursos; Ser suficientemente grande para acomodar os recursos disponveis e para expandir-se caso o incidente o necessite; e Oferecer segurana tanto para o pessoal quanto para os equipamentos. O sinal de identificao da rea de espera um crculo com fundo amarelo e um E de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro.

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Funes do encarregado da rea de espera Uma vez que o comandante do incidente (CI) identifique a necessidade de estabelecer reas de espera, designa os encarregados delas, os quais devero: Obter um relatrio do chefe da seo de operaes ou do CI; Supervisionar o procedimento de registro de chegadas de pessoal e recepo de equipamento (Formulrio SCI 211); Responder s solicitaes de recursos, designando os recursos disponveis de acordo com o indicado pelo CI ou o chefe de operaes; Monitorar o estado dos recursos; e Manter informados o CI e o chefe da seo de operaes, acerca do estado dos recursos nas reas de espera.

Procedimentos da rea de espera Ao receber do chefe de operaes, a solicitao de uma unidade de resgate na rea do incidente, o encarregado pode adotar dois procedimentos: Pessoalmente acionar a unidade de resgate, repassando as informaes, despachando para o local solicitado e registrando a movimentao em seu controle; e Solicitar ao responsvel pelas unidades de resgate que escolher a unidade adequada e a encaminhar ao encarregado, que ento repassa a ela as informaes, despachando-a para o local solicitado e registrando a movimentao em seu controle.

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Durante a execuo do PAI, o encarregado da rea de espera repassar informaes a unidade denominada unidade de recurso, cujo lder subordinado seo de planejamento.

rea de concentrao de vtimas (ACV) o local no cenrio do incidente onde estaro concentradas as vtimas, aguardando o momento exato para serem transportadas ao hospital de referncia A equipe de atendimento comea a sua atuao conduzindo as vtimas de maneira ordenada, de acordo com a sua gravidade, para a rea de concentrao de vtimas.

Dentro da ACV, as vtimas so constantemente monitoradas e reclassificadas pela equipe de atendimento pr-hospitalar, equipe essa que atua em 4 (quatro) divises: 1 Transporte; 2 Estabilizao e monitoramento; 3 Triagem; e 4 Manejo de mortos (da ACV). Local adequado para ACV O lugar escolhido como ACV deve ser: Seguro; De fcil acesso;

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Perto do incidente (cerca de minutos); Provido de recursos necessrios para atender as vitimas; Coberto quando for possvel; Iluminado; e Caso necessrio, ter capacidade para ampliar seu espao. O sinal de identificao da rea de concentrao de vtimas um crculo com fundo amarelo e um ACV de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro.

Outras instalaes As principais instalaes cumprem com as necessidades da maioria dos incidentes. Em alguns incidentes especficos, o CI poder determinar a necessidade de outras instalaes, tais como: Base; Acampamento; e Heliponto.

Base A base uma instalao utilizada em grandes incidentes, sendo o lugar onde se realizam as funes logsticas primrias. Geralmente h somente uma base em cada incidente, no entanto, existem eventos em que pode haver bases auxiliares, como nos incndios florestais, que muitas vezes atuam em mais de uma frente de combate. A base, pela sua caracterstica, muitas vezes um bom local para se instalar o PC.

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O sinal de identificao da base um crculo com fundo amarelo e um B de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro.

Acampamento Lugar dentro da rea geral do incidente, equipado e preparado para proporcionar ao pessoal um local para alojamento, alimentao e instalaes sanitria O acampamento pode localizar-se na base e desempenhar a partir da as funes especficas. Em um incidente, podero se estabelecer vrios acampamentos, sendo que cada um deve ter um encarregado e ser identificado por nome geogrfico ou nmero. O sinal de identificao do acampamento um crculo com fundo amarelo e um A de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro. Helibase Lugar de estacionamento, abastecimento e manuteno de helicpteros. O sinal de identificao da helibase um crculo com fundo amarelo e um H de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro. Heliponto ou zona de pouso de helicpteros ZPH

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o local preparado para que os helicpteros possam aterrissar, decolar, carregar e descarregar pessoas, equipamentos e materiais. O sinal de identificao do heliponto um crculo com fundo amarelo e um H1(H2, H3....) de cor preta em seu interior, com 90cm de dimetro.

Exerccios de Fixao Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. O objetivo destes exerccios complementar as informaes apresentadas nas pginas anteriores. 1. O oficial de segurana ocupa uma das posies no: ( ) Staff geral. ( ) Staff operacional. ( ) Staff de comando. ( ) Staff de suporte. 2. Qual seo na organizao do SCI geralmente construda de baixo para cima? ( ) Planejamento. ( ) Operaes. ( ) Logstica. ( ) Comando. 3. O encarregado da rea de espera deve reporta-se ( ) Chefe da seo de logstica. ( ) Diretor do ramo de instalaes.

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( ) Chefe da seo de operaes.

4. A instalao do SCI, onde funciona o comando unificado o: ( ) Posto de comando avanado. ( ) Centro de comando. ( ) Centro de comunicaes, comando e controle ( ) Posto de comando do incidente. 5. Qual destas alternativas no faz parte das principais instalaes do SCI? ( ) Base. ( ) Posto de comando. ( ) rea de espera. ( ) rea de concentrao de vtimas. Gabarito: 1 (3) 2 (2) 3 (3) 4 (5) 5 (1)

Este o final do mdulo 2 Estruturao do Sistema de Comando de Incidentes Alm das telas apresentadas, o material complementar est disponvel para acesso e impresso.

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Mdulo 3 - Aspectos operacionais do Sistema de Comando de Incidentes Ao final deste mdulo, voc ser capaz de:

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Definir o que um recurso; Explicar o processo de utilizao e gerenciamento dos recursos; Descrever os princpios e etapas na obteno, amostragem e disseminao do status da situao; e Identificar os contedos dos formulrios empregados no SCI e saber como utilizlos.

O mdulo 3 se divide em 3 aulas: Aula 1 Recursos Aula 2 Situao Aula 3 Instrumentos de consulta e registro do SCI

Aula 1 Recurso Recursos so os equipamentos e/ou pessoal pronto para ser utilizado taticamente em um incidente.

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Exemplos: Desfibrilador; Prancha; Machado; e Policial e bombeiro. Os recursos podem ser descritos por sua classe ou tipo, sendo que a classe est relacionada funo do recurso (Ex.: viatura para incndio, salvamento, policiamento e transporte de carga), e o tipo est relacionado com o nvel de capacidade do recurso (Exs.: capacidade de trabalho, carga e nmero de pessoas). Categorias de recursos Categorias referem-se a combinaes de equipamento e pessoal. Existem trs categorias de recursos: Recurso nico; Equipe de interveno; Fora-tarefa.

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Recurso nico Recurso nico um equipamento, e seu complemento em pessoal pode ser designado para uma ao ttica em um incidente. O responsvel um lder. Cada recurso apenas passa a ter a classificao de recurso nico quando estiver registrado na rea de espera ou designado no incidente. Exemplos: Helicptero com a sua tripulao; a ambulncia e a sua guarnio; grupo de indivduos com uma pessoa na sua direo (lder); co de resgate e seu guia. Equipe de interveno Equipe de interveno o conjunto de recursos nicos da mesma classe e tipo, com um s lder e comunicaes integradas. Essa equipe deve atuar dentro de uma mesma rea geogrfica, sendo respeitado o alcance de controle. Os recursos podem ser descritos por sua classe e por seu tipo. A classe est relacionada funo do recurso: viatura para incndio, salvamento, policiamento e transporte de carga. O tipo est relacionado com o nvel de capacidade do recurso: capacidade de trabalho, carga e nmero de pessoas.

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Fora-tarefa Fora-tarefa qualquer combinao de recursos nicos de diferentes classes e/ou tipos, sendo constituda para uma necessidade operacional particular, com um s lder e comunicaes. A equipe deve ser autnoma e atuar dentro de uma mesma rea geogrfica, sendo respeitado o alcance de controle. Estado dos recurso Os recursos operacionais em um incidente apresentaro uma das trs condies de estado possveis: Designados So os que esto trabalhando no incidente, com uma tarefa especfica. Disponveis So os que esto prontos para uma designao imediata na rea de espera. Indisponveis Recursos que no so possveis usar.

Gerncia de recursos Princpios bsicos para a utilizao dos recursos. A utilizao correta dos recursos no incidente se torna fundamental para o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo comandante do incidente. Passos para a utilizao: Estabelecer as necessidades de recurso para responder ao incidente; Estabelecer um processo coordenado de solicitao; Registrar os recursos no incidente;

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Empregar os recursos, ajustar e fazer a manuteno, caso seja necessria; e Desmobilizar quando no se fizer necessrio o seu emprego. Solicitao A solicitao de recursos pode ser feita tanto internamente, com os recursos existentes no incidente, quanto externamente, para recursos externos ao incidente. Solicitaes verbais de requisio de recursos devero receber uma ateno especial quanto confirmao do pedido, registrando a hora da solicitao e o nome do responsvel da instituio ao qual o recurso pertence. A requisio poder ser feita via telefone, rdio, ou de forma escrita, onde dever conter: Nome do incidente; Data e hora necessria do recurso; Quantidade e tipo dos recursos, sendo o mais especfico possvel; Local de entrega. Quem pode pedir recursos no incidente: Comandante do incidente; Chefe da seo de operaes; Chefe da seo de planejamento; e Chefe da seo de logstica.

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Consideraes fundamentais na gerncia de recurso. Direito de recusa - O comandante do incidente poder recusar recursos que forem enviados para a cena do incidente sem serem solicitados ou que no tenham aplicabilidade. Custo Eficcia - Dever ser feita uma anlise da relao do custo de um acompanhamento. O recurso se tornar disponvel com tempo de chegada, conhecido e registrado na instalao, em formulrios especficos (211 e 219) para o incidente. Outro ponto a ser ressaltado a necessidade de ocorrer uma troca de informaes entre o encarregado da rea de espera e o lder da unidade de recursos, para um eficiente e eficaz controle dos recursos no incidente.

O lder da unidade de recursos O lder da unidade de recursos ter o controle macro dos recursos, principalmente, na situao em que haja mais de uma rea de espera no incidente, tendo por atribuio: Manter o status de todo o pessoal designado e recursos tticos em um incidente; Estabelecer as necessidades de recursos no incidente; Controlar a requisio de recursos; Registrar os recursos; Controlar o uso, o ajuste e a manuteno dos recursos; Desmobilizar os recursos; e Identificar o custo-benefcio de cada recurso utilizado.

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Aula 2 Situao Status da situao a condio na qual ocorre a coleta, organizao e disseminao de informaes acerca do estado do incidente, bem como a avaliao, a anlise e o anncio da informao para uso do pessoal do SCI. Essas informaes so apresentadas por meio de quadros, mapas etc.

Informaes essenciais para os quadros Nos quadros de exposio da situao do incidente importante que se tenham as seguintes informaes: Composio do staff e recursos; Acidentes e feridos; Tpicos de segurana; Interesses da mdia; Instalaes de apoio; Projees do incidente; Visitas de autoridades ao incidente; Sumrio de custos; Prioridades e limitaes da resposta; Tpicos ambientais; Decises estabelecidas pelo comando do incidente; e Aes que j foram cumpridas.

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Locais que podem necessitar de quadros: Centro de informaes pblicas; rea de reunio do comando do incidente; rea da reunio ttica e de planejamento; e rea de orientao operacional.

Veja o posicionamento na estrutura ao lado, do lder da unidade de situao que o responsvel pela elaborao e disseminao do status da situao do incidente.

Existem duas funes estabelecidas no sistema que auxiliam o trabalho do lder da unidade de situao.

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Observadores de campo So profissionais que tm a responsabilidade de realizar o levantamento da situao do incidente e repassar para o lder da unidade de situao. Devem ter orientao clara sobre as exigncias de informao; As pessoas que esto designadas para a resposta do incidente podem ser utilizadas; Normalmente o trabalho dos observadores em campo, porm algumas informaes importantes podero ser adquiridas em outro local; Asseguram o cumprimento dos horrios para o relatrio da informao; e Considerar o apoio de transporte e comunicaes para as atividades dos observadores de campo.

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Expositores de mapas e painis So profissionais que tm a responsabilidade de montar os mapas do incidente.

Modelos de apresentao do status da situao Usando papel, pincel atmico, papel autocolante, dentre outros materiais, se consegue apresentar o status da situao para todo o pessoal envolvido no incidente. Aula 3 Instrumento de registro e consulta A gesto de um incidente iniciada pelas pessoas que chegam primeiro cena, que so os primeiros respondedores. Na verdade, a capacidade dos primeiros respondedores de realizar corretamente determinadas tarefas pode determinar se o incidente ser resolvido com sucesso.

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necessrio que o SCI seja instalado o mais rpido possvel, e, para que as aes sejam coordenadas desde o incio da operao, algum deve assumir o comando. No perodo inicial, as atividades do SCI so desenvolvidas mentalmente, sem a necessidade de registros, onde o comandante assume todas as funes do sistema. O Sistema de Comando de Incidentes se expande e se contrai de acordo com o tamanho e a complexidade da situao, seguindo um organograma previamente delineado em que as posies so ativadas de acordo com a necessidade de delegar atribuies. Com o cenrio das operaes organizado, o comando comea a reunir informaes para formar um quadro mais completo da situao, tendo a necessidade de registrar as informaes. Muitas vezes o comando ser assumido por algum do nvel operacional, e a importncia da situao pode exigir algum com mais autoridade ou conhecimento tcnico. Pode ser tambm que outro rgo deva assumir o comando das operaes, seja por competncia tcnica ou legal. Nesses casos, o comando ser transferido durante as operaes, desde que tal transferncia seja feita formalmente, no posto de comando, com a troca de todas as informaes necessrias. Nessa situao, alguns instrumentos de consulta, registro e controle so utilizados para dar suporte e aplicao prtica do sistema.

Tarjeta de campo A tarjeta de campo, define o que o primeiro respondedor deve executar para assumir o comando e as informaes que devem ser repassadas ao transferir o comando. Os passos a seguir so as responsabilidades do primeiro respondedor, que devem ser includos em programas de treinamento de todas as entidades.

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Responsabilidades do respondedor: Informar a sua base de sua chegada no incidente O primeiro respondedor, ao chegar ao local do incidente, deve informar a sua chegada, identificar o comandante e seu contato, confirmar o evento e, se possvel, j identificar o PC. Muito freqentemente, as chamadas feitas aos bombeiros so diferentes das circunstncias declaradas nas comunicaes iniciais. O primeiro respondedor precisa verificar a veracidade da chamada e do local do incidente] Informar a sua base de sua chegada no incidente O primeiro respondedor, ao chegar ao local do incidente, deve informar a sua chegada, identificar o comandante e seu contato, confirmar o evento e, se possvel, j identificar o PC. Muito freqentemente, as chamadas feitas aos bombeiros so diferentes das circunstncias declaradas nas comunicaes iniciais. O primeiro respondedor precisa verificar a veracidade da chamada e do local do incidente Avaliar a situao Depois de estabelecido o posto de comando, o comandante deve fazer a avaliao (reconhecimento) da situao, considerando alguns aspectos importantes, tais como: Qual a natureza do incidente? O que ocorreu? Quais so as ameaas presentes? Qual o tamanho da rea afetada? Como poderia evoluir? Como poderia isolar a rea? Quais as capacidades presentes e futuras em termos de recursos e organizao? Lugares mais adequados para estabelecer as instalaes necessrias, bem como rotas de sadas e entradas.

Estabelecer um permetro de segurana O primeiro respondedor deve estabelecer inicialmente um permetro de segurana

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interno, que isolar a rea onde qualquer bombeiro possa ficar vulnervel. Esse procedimento fundamental quando h riscos de desabamento ou produtos perigosos envolvidos. Ningum deve ser autorizado a entrar no permetro interno sem a aprovao do comandante do incidente. O comandante do incidente deve evacuar feridos e outras pessoas inocentes que corram perigo, somente se for possvel faz-lo em segurana. Do contrrio, melhor aguardar a chegada de um grupo de respostas adequadamente equipado. Um outro permetro externo cria uma zona de segurana onde o rgo respondedor pode operar sem a interferncia de pessoas no autorvizadas a atuarem na zona de impacto, alm de impedir o trfego de veculos no autorizados. necessrio considerar os seguintes aspectos ao estabelecer os permetros de segurana: tipo e localizao do incidente, tamanho da rea afetada, topografia, condies atmosfricas, reas sujeitas a desmoronamentos, exploses, quedas de escombros, dentre outros. Um ferimento ou atraso ocorrido a caminho da cena, retarda o processo e desvia recursos destinados a resolver o incidente. Estabelecer os objetivos O comandante do incidente deve expressar claramente o que necessita atingir. Os objetivos devem ser alcanveis, especficos, observveis e avaliveis. Determinar a estratgia A estratgia a descrio do mtodo de como se realizar o trabalho para atingir os objetivos. As estratgias so estabelecidas em concordncia com os objetivos e devem ser estabelecidas de maneira que possam ser concretizadas dentro de um perodo operacional. Antes de escolh-las, importante verificar a disponibilidade de recursos e outros apoios que possam ser necessrios. A falta de apoio logstico pode estabelecer a diferena entre o xito e o fracasso no

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alcance dos objetivos. As estratgias que forem planejadas para o perodo operacional podem sofrer ajustes se os recursos necessrios no estiverem disponveis. Essas mudanas podero requerer tambm uma reformulao dos objetivos. Preparar as informaes para transferir o comando Uma transferncia do comando deve ser feita cara a cara. O comandante que sai deve apresentar ao que entra seu staff de comando e os seus chefes de seo, e passar importantes informaes: estado do incidente, situao atual de segurana, objetivos estabelecidos e suas prioridades, designao dos recursos, recursos solicitados e a caminho, instalaes estabelecidas, o plano de comunicaes, o PAI e seu estado atual, a estrutura organizacional e a provvel evoluo. Ao passar o comando, os comandantes do incidente, o que entra e o que sai, devem notificar as mudanas central de comunicaes e ao resto do pessoal de resposta.

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Formulrios Os principais formulrios utilizados para o nvel bsico so Formulrio SCI 201; Formulrio SCI 211; Formulrio SCI 219; e Formulrio SCI 206. Formulrio SCI 201 Na primeira transferncia de comando, as informaes necessrias esto escritas no formulrio SCI 201, pois o PAI no elaborado nesse perodo inici O formulrio SCI 201 oferece ao comandante do incidente (ao staff de comando e s sees) a informao bsica sobre a situao do incidente e dos recursos j empenhados. Tambm serve como um registro permanente da resposta inicial que teve o incident

Informaes do SCI 201 As informaes contidas no SCI 201 podem ser usadas como ponto de partida para outros formulrios ou documentos do SCI. O formulrio est estruturado da seguinte forma:

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Pgina 1 (Croquis) depois pode ser convertida no mapa de situao do incidente;

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Pgina 2 (Resumo das aes) pode ser utilizada para dar continuidade s aes de resposta;

Pgina 3 (Organizao atual) til para auxiliar na transio imediata lista de organizao;

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Pgina 4 (Resumo dos recursos) pode ser utilizada para mapear os recursos empregados no atendimento ao incidente e, individualmente, para os cartes T (SCI 219) ou outro sistema de controle.

Para ver o Formulrio SCI 201 na ntegra.

Formulrios SCI 211 e 219 Para controle dos recursos so utilizados os formulrios SCI 211 e SCI 219. Estes formulrios permitem ao comandante do incidente saber quais os recursos que esto disponveis, indisponveis e os designados. Alm dessas informaes, os formulrios permitem saber data e hora da chegada dos recursos ao local do incidente, qual a instituio/pessoa pertence o recurso, nome e telefone/rdio de contato com a instituio, quantas pessoas empregadas e o local de trabalho onde foi designado o recurso.

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Veja os forumlrios na ntegra: - SCI 211 - SCI 219

*Disponveis Encontram-se no local do incidente aguardando seu emprego. *Indisponveis Encontram-se no local do incidente, porm no tm como ser empregados. *Designados Recursos empregados. Saiba mais... Estes formulrios so preenchidos, inicialmente, no posto de comando ou, em situaes mais complexas, nas reas de espera e na seo de planejamento, quando estabelecidas. O chefe da seo de planejamento utiliza o formulrio SCI 219, o que permite controlar os recursos envolvidos no evento dentro de sua seo, enquanto o formulrio SCI 211 passa controlar somente os recursos de sua rea de espera, sendo subordinados seo de operaes.

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Formulrio SCI 206

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Para o controle de vtimas, na ACV, se usa o formulrio SCI 206. Esse formulrio permite saber pelo mtodo START qual a gravidade da vtima, nome, idade e referncias sobre transporte: para onde, horrio e por quem? Os outros formulrios no so utilizados no nvel bsico. Formulrio SCI 205 Plano de comunicaes O formulrio SCI 205 (Plano de comunicaes) descreve uma srie de condies operacionais e administrativas, como: quem est falando com quem, como, quando, por que meio, etc. Serve para controlar os meios de comunicaes dentro de um evento.

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Formulrio SCI 202 O formulrio SCI 202 dos objetivos da resposta do Plano de Ao do Incidente (PAI). Ele serve para descrever os objetivos para o perodo operacional, estratgia, recursos e organizao. Inclui a previso do tempo e as consideraes de segurana para ser utilizado durante o perodo operacional. Esse formulrio elaborado pela seo de planejamento. Formulrio SCI 204 Designaes tticas O formulrio SCI 204 mostra a designao de trabalho dos recursos, mostrando onde devem atuar, sempre informando os contatos com os lderes. As guarnies devem atuar empregando tcnicas e tticas prprias de suas instituies ou atividades. Formulrios SCI 215 Planejamento operacional O formulrio de planejamento operacional SCI 215 a principal ferramenta que o chefe da seo de operaes (CSO) tem sua disposio. O chefe de operaes ser capaz de conduzir as reunies tticas efetivamente e desenvolver o plano ttico de uma forma estruturada e disciplinada, para isso deve apontar um CSO substituto a quem ser atribuda a responsabilidade de supervisionar as operaes que estaro em andamento, durante aqueles momentos nos quais o titular estiver envolvido nas tarefas de planejamento

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Formulrios SCI 234 - Matriz de anlise de trabalho A matriz de anlise de trabalho confeccionada pelo chefe da Seo de operaes e planejamento. Uma vez estabelecidos os objetivos do incidente, os chefes dessas sees preenchem o formulrio SCI 234, estabelecendo as estratgias e tticas a serem discutidas na reunio ttica.

Concluso Recursos so os equipamentos e/ou pessoal pronto para ser utilizado taticamente em um incidente. Existem trs categorias de recursos: Recurso nico, Equipe de interveno, e Foratarefa. Os recursos operacionais em um incidente apresentaro uma das trs condies de estado possveis: Designados, disponveis, e indisponveis. A solicitao de recursos pode ser feita tanto internamente, com os recursos existentes no incidente, quanto externamente, para recursos externos ao incidente. O lder da unidade de recursos ter o controle macro dos recursos, principalmente, na situao em que haja mais de uma rea de espera no incidente.

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Exerccios de Fixao Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso do contedo. O objetivo destes exerccios complementar as informaes apresentadas nas pginas anteriores. 1. Quando os recursos esto prontos para uma designao imediata na rea de espera, isso quer dizer que esto: ( ) Designados. ( ) Disponveis. ( ) Indisponveis. ( ) Fora do incidente. 2. Chamamos o conjunto de recursos da mesma classe e tipo, com um lder e comunicaes, de: ( ) Unidade. ( ) Equipe de interveno. ( ) Fora-tarefa. ( ) Diviso.

3. A combinao de recursos simples de diferentes classes e tipos que constituda para uma necessidade operacional particular, com um lder e comunicaes, chamada de: ( ) Setor ( ) Fora-tarefa

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( ) Grupo ( ) Equipe de interveno 4. As duas posies subordinadas ao lder da unidade de situao so: ( ) Lder da unidade de recursos e Lder da unidade de documentao; ( ) Responsvel pela exposio de mapas e painis e observador de campo; ( ) Responsvel pelo check in e pela exposio de mapas e painis e observador de campo; ( ) Nenhuma das opes acima. 5. A informao de check in do incidente registrada primeiramente em qual formulrio? ( ) SCI -211 ( ) SCI -215 ( ) SCI -204 ( ) SCI -213

Gabarito: 1 (2) 2 (2) 3 (2) 4 (2) 5 (1)

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Este o final do mdulo 3 Aspectos operacionais do Sistema de Comando de Incidentes Alm das telas apresentadas, o material complementar est disponvel para acesso e impresso.

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Mdulo 4 - Exemplos prticos de utilizao do SCI Ao final deste mdulo, voc ser capaz de: Identificar os materiais de apoio para montagem do sistema utilizados no posto de comando; Utilizar a tarjeta de campo em um estudo de caso hipottico, aplicando os passos para estabelecer o Sistema de Comando de Incidentes; e Responder a uma situao hipottica, aplicando todo o entendimento sobre o Sistema de Comando de Incidentes apresentado nos mdulos anteriores, e apresentar as aes de primeira resposta. Este mdulo est dividido em tpicos descritivos de procedimentos prticos na utilizao do Sistema de Comando de Incidentes

Materiais utilizados no SCI Alm dos formulrios, identificadores de instalaes, tarjeta de campo, faz-se necessria a explanao e a descrio de outros procedimentos importantes para a montagem da estrutura do SCI. A relao abaixo inclui os materiais indispensveis para o estabelecimento do Posto de Comando:

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Identificao das instalaes; Coletes de identificao de funes; Lpis, caneta, marcadores e pincel atmico; Papel, clipes; Formulrios do SCI ou outros (especficos do evento); Manual do SCI; Planos de emergncia; Mapas; Painel e formulrios para o quadro de situao; Fita crepe e alfinetes ou percevejos para quadro ou mapas; Pranchetas com prendedor para anotaes;e Painel de controle de recursos. Caso o trabalho requeira um ou mais computadores portteis, necessrio incluir: a(s) impressora(s), papel, dispositivos de armazenamento, vrios tipos de conexes e tomadas, transformador e protetor de voltagem. Uma lista dos materiais permitir, durante a ativao, organizar os materiais de forma mais rpida e comprovar se no falta nenhum artigo necessrio Quando os acionamentos so freqentes, estes materiais devem ficar armazenados de forma organizada e mantidos disponveis todo o tempo, na viatura do comandante do Incidente. sugerida a montagem de uma viatura especfica para funcionar como posto de comando mvel, com a funo de ser o local onde se exera as atividades de comando, alm de transportar todo o material necessrio para uma possvel expanso da estrutura do PC caso o incidente requeira.

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Montando o posto de comando Dentro do posto de comando, so encontradas vrias informaes importantes sobre o incidente. Estas informaes ficam sob a responsabilidade do lder da unidade de situao, que, por sua vez, est subordinado ao chefe da seo de planejamento. O lder da unidade de situao monta o mapa situacional que dever conter os documentos listados: Mapa situacional Quadro do histrico do incidente, contendo a notificao inicial, as condies do clima, dentre outras informaes importantes; Objetivos da resposta; Recursos trabalhando em rea de risco; Mapa de exposio da situao, contendo a rea do impacto, trajetrias das equipes, limites de atuao estabelecidos, grupos funcionais, zonas de Segurana e instalaes do SCI; Programao de reunio; Organograma; e Planos de apoio e custos. Controle de recursos Outro ponto importante dentro das aplicaes prticas do SCI o controle dos recursos, que tem como objetivo manter o status de todo o pessoal designado e recursos tticos em um incidente. Para alcanar esse objetivo, utilizado o formulrio SCI 211, bem como outras ferramentas que facilitem a visualizao dos recursos dentro do PC.

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Uma das ferramentas que podero ser utilizadas para facilitar a visualizao dos recursos o carto de controle dos recursos, tambm chamado de T-card No T-card so anotadas diversas informaes a respeito do status do recurso, tais como: instituio a que pertence, nome do recurso, designao ttica, localizao dentro do incidente, dentre outras. Aps o preenchimento dos T-cards pelo lder da unidade de recursos, esses devero ser colocados no painel de controle dos recursos, facilitando sua visualizao para todos os interessados dentro do PC. T-cards Existem vrios tipos de T-cards, nos quais so utilizadas cores para diferenciar o tipo do recurso. Exemplos: T-card branco para pessoas; T-card amarelo para veculos, etc. Saiba mais... Outros mecanismos que podero ser utilizados para facilitar a visualizao e o controle dos recursos no incidente so: computadores, quadros para pincel, papelgrafo, prancheta, formulrios especficos para o incidente, etc. Tarjeta de campo A tarjeta de campo um instrumento de auxlio para o primeiro respondedor que chega ao local do incidente, sendo uma fonte de consulta rpida para a tomada de decises iniciais. O comandante do incidente dever utilizar a tarjeta para as primeiras aes, devendo carreg-la sempre.

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FRETE: Guia de trabalho para o perodo inicial no Sistema de Comando de Incidentes. Oito passos a seguir se voc o primeiro a chegar cena com capacidade operacional: 1. Informar base de sua chegada zona de impacto; 2. Estabelecer e assumir o posto de comando; 3. Avaliar a situao; 4. Estabelecer um permetro de segurana; 5. Estabelecer seus objetivos; 6. Determinar as tticas e estratgias; 7. Determinar a necessidade de recursos e possveis instalaes; e 8. Preparar as informaes para transferir o comando. Ao estabelecer o posto de comando, assegure-se que este tenha: Segurana e visibilidade; Facilidade de acesso e circulao; Disponibilidade de comunicao; Lugar distante da cena, do rudo e da confuso; e Capacidade de expanso fsica. Aspectos a considerar ao avaliar a situao: 1. Qual a natureza do incidente? 2. O que ocorreu? 3. Quais ameaas esto presentes? 4. Qual o tamanho da rea afetada? 5. Como poderia evoluir? 6. Como seria possvel isolar a rea? 7. Quais seriam os lugares mais adequados para PC, E e ACV?

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8. Quais so as rotas de acesso e sada mais seguros para permitir o fluxo de pessoal e do equipamento? 9. Quais so as capacidades presentes e futuras, em termos de recursos e organizao?

VERSO: Ao estabelecer um permetro de segurana, devem ser considerados os seguintes aspectos: Tipo de incidente; Tamanho da rea afetada; Topografia; Localizao do incidente em relao via de acesso e s reas disponveis ao redor; reas sujeitas a desmoronamentos, exploses potenciais, queda de escombros, cabos eltricos; Condies atmosfricas; Possvel entrada e sada de veculos; Coordenar a funo de isolamento perimetral com o organismo de segurana correspondente; e Solicitar ao organismo de segurana correspondente a retirada de todas as pessoas que se encontrem na zona de impacto, exceto o pessoal de resposta autorizado.

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Ao transferir o comando considere os seguintes aspectos: Estado do incidente; Situao atual de segurana; Objetivos e prioridades; Organizao atual; Designao de recursos; Recursos solicitados e a caminho; Instalaes estabelecidas; Plano de comunicao; e Provvel evoluo.

Estudo de caso Tipo de incidente: Acidente automobilstico Situao: Por volta das 23h, do dia 5/5/2005, voc e seu motorista se deslocavam na viatura de prefixo 256 da Polcia Rodoviria Federal, na rodovia BR 011. Na altura do km 4, vocs deparam com uma camionete cabine simples que acabara de colidir com a mureta central, que divide as duas pistas; dentro do veculo, encontra-se o motorista, aparentemente inconsciente, apresentando hemorragia em sua cabea. Observa-se tambm que o combustvel do veculo est vazando. O trnsito est lento e os populares comeam a se aproximar do local do incidente, conforme o desenho.

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Veja um exemplo de uma situao na qual aplicado o SCI.

Condies meteorolgicas: Cu claro, com poucas nuvens e brisa suave. Capacitao profissional: Policial rodovirio 01: Dezesseis (16) anos de servio ativo; desde o incio de sua carreira trabalha nos postos policiais das rodovias, possui o curso de primeiros socorros e o curso de combate a incndio. No ltimo ms assumiu uma funo administrativa na polcia de sua cidade e, aps um dia cansativo de trabalho, retornava para casa. Policial rodovirio 02 (motorista): Dois (2) anos de servio ativo, sempre trabalhando na funo de motorista no servio administrativo, no possui nenhum curso de especializao. Em seu veculo no existem materiais de primeiros socorros, apenas cones de sinalizao.

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Recursos disponveis para apoio: 3 viaturas policiais de controle de trnsito; 1 viatura de controle de distrbios; 2 unidades tticas de emergncia (ambulncia); 1 auto bomba tanque; 1 unidade de resgate e salvamento avanado; 1 auto escada mecnica; e 1 viatura de produtos perigosos.

Ao chegar cena do incidente, o profissional com capacidade operacional, deve seguir os oito passos contidos na tarjeta de campo: 1- Informar base de sua chegada zona de impacto; 2 - Estabelecer e assumir o posto de comando; 3 - Avaliar a situao; 4 - Estabelecer um permetro de segurana; 5 - Estabelecer seus objetivos; 6 - Determinar as tticas e estratgias; 7 - Determinar a necessidade de recursos e possveis instalaes; e 8 - Preparar as informaes para transferir o comando. Veja nas prximas pginas, como seria a ao do profissional na situao exemplo, seguindo os passos da tarjeta de campo.

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Utilizao da tarjeta de campo no estudo de caso 1 - CIADE! Acabamos de chegar ao local da ocorrncia e deparamos com uma camionete cabine simples colidida com a mureta central que divide as duas pistas, dentro do veculo encontra-se o motorista, aparentemente inconsciente, apresentando hemorragia em sua cabea. 2 - Informo que acabo de assumir o comando do incidente, sendo designada como posto de comando a viatura 256, que est localizada na prpria rodovia na altura do km 1 (Lembre-se de sempre observar os seguintes pontos para estabelecer o PC: segurana e visibilidade, facilidades de acesso e circulao, disponibilidade de comunicao, lugar distante da cena, do rudo e da confuso, capacidade de expanso fsica). *CIADE - Central Integrada de Atendimento e Despacho. 3 - Avaliando a situao, constatamos: Qual a natureza do incidente? Resposta: Trata-se de um acidente automobilstico, com vtima O que ocorreu? Resposta: Uma camionete cabine simples que acabara de colidir com a mureta central que divide as duas pistas; dentro do veculo encontra-se o motorista, aparentemente inconsciente, apresentando hemorragia em sua cabea. Quais ameaas esto presentes? Resposta: Existe vazamento de combustvel proveniente do veculo acidentado. Grande fluxo de veculos trafegando na via. Risco de incndio.

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Quais so as rotas de acesso e sada mais seguros para permitir o fluxo de pessoal e do equipamento? Resposta: De acordo com o sentido normal da via, onde as reas isoladas seriam liberadas momentaneamente para a entrada e sada das viaturas.

Quais so as capacidades presentes e futuras, em termos de recursos e organizao? Resposta: No momento contamos com uma viatura onde est localizado o PC, e para o futuro necessitaremos de uma viatura de salvamento, outra de Atendimento PrHospitalar, outra de combate a incndio e uma de policiamento de trnsito.

4 - Estabelecemos o permetro de segurana considerando os seguintes aspectos: Tipo de incidente. Resposta: Acidente automobilstico. Verificar a velocidade da via e redobrar a ateno, pois, devido pista estar um pouco movimentada, o risco de outras colises aumenta. Tamanho da rea afetada. Resposta: A rea afetada tem um raio de aproximadamente 10 metros, correndo o risco de ser aumentada se o vazamento do combustvel aumentar. Topografia. Resposta: Pista plana, no apresentando riscos aparentes. Localizao do incidente em relao via de acesso e s reas disponveis ao redor. Resposta: No momento no h congestionamento nos dois sentidos da pista. Condies atmosfricas. Resposta: Boas, sem risco de chuvas e trovoadas.

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Possvel entrada e sada de veculos. Resposta: Pela prpria via. Coordenar a funo de isolamento perimetral com o organismo de segurana correspondente. Resposta: Verificando a necessidade de realizar esse procedimento. Solicitar o rgo responsvel e orientar de qual forma seria melhor isolar esse incidente. Solicitar ao organismo de segurana correspondente a retirada de todas as pessoas que se encontrem na zona de impacto, exceto o pessoal de resposta autorizado.

5 Estabelecemos os seguintes objetivos: Resposta: De acordo com os recursos que possumos, os objetivos estabelecidos so estes: Isolar parte da via, permitindo que uma das faixas continue