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BOLETIM INFORMATIVO BI - CISS/010 Janeiro 2018 www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br Página no Facebook: Biodiversidade e Saúde Silvestre - Fiocruz 1 Boletim Informativo | BI - CISS/010 Janeiro 1 o Lugar Rian Pereira da Silva Ilhéus - BA 6 o Lugar Ernesto V. Castro Rio de Janeiro - RJ 2 o Lugar Carlos Alberto Martins da Silva Magé - RJ 7 o Lugar Junior Amaral Teresópolis - RJ 3 o Lugar Robson José Siva Pereira Santarém - PA 8 o Lugar Rafael V. Monteiro Juiz de Fora - MG 4 o Lugar João Leite Araújo Filho São Raimundo Nonato - PI 9 o Lugar Vagner da Rocha Souza Teresópolis - RJ 5 o Lugar Jorge L. Nascimento Teresópolis - RJ 10 o Lugar Celio Haroldo Serra Grande – BA Pheterson Godinho, montanhista e condutor de trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos RJ é o 1 o Embaixador do SISS-Geo com 680 registros de ani- mais, no ano de 2017. A categoria Embaixador SISS-Geo, criada em 2017, destaca pessoas que repre- sentam, divulgam e incentivam novos colaboradores para o uso do aplicativo e do Sistema de Informação em Saúde Silvestre da Fiocruz. Segundo Pheterson, o aplicativo do SISS-Geo faz parte de suas ferramentas de trabalho e ele o utiliza para registrar animais diariamente. Desde o seu lançamento em 2014, o Sistema de Informação em Saúde Silvestre SISS- Geo, totaliza 1785 pessoas cadastradas. Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2017 são do Estado do Rio de Janeiro (5), Bahia (2), Pará (1), Minas Gerais (1) e Piauí (1). SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se destacaram no ano de 2017 Rian Pereira da Silva, colaborador Número 1 do SISS-Geo 2017 é oceanógrafo, mestre em Geociências (UFRGS) e doutor em Geologia Marinha, Costeira e Sedimentar (UFBA). Em Olivença, Ilhéus-BA, atua como Diretor Presidente do Ins- tituto Marola e usa o app SISS-Geo desde 2015 no monitoramento de praias. Em 2017 seus registros permitiram a identificação e a causa da mortalidade anormal de diversas espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção em Olivença, colaborando para a conservação destas espécies. Rian apoia ainda a formação de pessoas interessadas no uso do SISS-Geo e o uso pelas comunidades da região.

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Page 1: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

Baleia Jubarte eacute encontrada morta por teacutecnicos dos projetos Marola e (A)mar na Praia dos Lenccediloacuteis litoral de Una Sul da Bahia

BOLETIM INFORMATIVO

BI - CISS010 Janeiro 2018

wwwbiodiversidadecissfiocruzbrPaacutegina no Facebook Biodiversidade e Sauacutede Silvestre - Fiocruz

1Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

1o Lugar Rian Pereira da Silva Ilheacuteus - BA

6o Lugar Ernesto V Castro Rio de Janeiro - RJ

2o Lugar Carlos Alberto Martins da Silva Mageacute - RJ

7o Lugar Junior Amaral Teresoacutepolis - RJ

3o Lugar Robson Joseacute Siva Pereira Santareacutem - PA

8o Lugar Rafael V Monteiro Juiz de Fora - MG

4o Lugar Joatildeo Leite Arauacutejo Filho Satildeo Raimundo

Nonato - PI

9o Lugar Vagner da Rocha Souza Teresoacutepolis - RJ

5o Lugar Jorge L Nascimento Teresoacutepolis - RJ

10o Lugar Celio Haroldo Serra Grande ndash BA

Pheterson Godinho montanhista e condutor de trilhas do Parque Nacional da Serra dos Oacutergatildeos RJ eacute o 1

o Embaixador do SISS-Geo com 680 registros de ani-

mais no ano de 2017A categoria Embaixador SISS-Geo criada em 2017 destaca pessoas que repre-sentam divulgam e incentivam novos colaboradores para o uso do aplicativo e do Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre da Fiocruz Segundo Pheterson o aplicativo do SISS-Geo faz parte de suas ferramentas de trabalho e ele o utiliza para registrar animais diariamente

Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 1785 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2017 satildeo do Estado do Rio de Janeiro (5) Bahia (2) Paraacute (1) Minas Gerais (1) e Piauiacute (1)

SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se destacaram no ano de 2017

Rian Pereira da Silva colaborador Nuacutemero 1 do SISS-Geo 2017 eacute oceanoacutegrafo mestre em Geociecircncias (UFRGS) e doutor em Geologia Marinha Costeira e Sedimentar (UFBA) Em Olivenccedila Ilheacuteus-BA atua como Diretor Presidente do Ins-tituto Marola e usa o app SISS-Geo desde 2015 no mo nitoramento de praias Em 2017 seus registros permitiram a identificaccedilatildeo e a causa da mortalidade anormal de diversas espeacutecies de tartarugas marinhas ameaccediladas de extinccedilatildeo em Olivenccedila colaborando para a conservaccedilatildeo destas espeacutecies Rian apoia ainda a formaccedilatildeo de pessoas interessadas no uso do SISS-Geo e o uso pelas comunidades da regiatildeo

2Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

O javali (Sus scrofa scrofa) eacute o ancestral do suiacuteno domeacutestico O processo de domesticaccedilatildeo desta espeacutecie iniciado haacute mais de 10000 produziu o porco tal qual o conhecemos hoje uma das principais fontes de proteiacutena animal para alimentaccedilatildeo em todo o mundo Eacute nativo da Europa Aacutesia e norte da Aacutefrica e foi introduzido no Brasil a partir da deacutecada de 1960 para a exploraccedilatildeo comercial da carne Entretanto a produccedilatildeo natildeo se desenvolveu o que resultou na soltura e escapes dos animais para a natureza e seu retorno ao estado asselvajadoEacute uma das 100 piores espeacutecies exoacuteticas invasoras do mundo de acordo com a Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza Sua agressividade e fa cilidade de adaptaccedilatildeo satildeo caracteriacutesticas que associadas agrave reproduccedilatildeo descontrolada e agrave ausecircncia de pre-dadores naturais resultam no crescimento populacional e diversos impactos Em razatildeo do aumento de sua distribuiccedilatildeo pelo territoacuterio nacional e da crescente ameaccedila aos ecos sistemas o controle da espeacutecie foi autorizado pelo Ibama em 2013

Ibama institui manejo do javali para fins de controle Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa scrofa)

saiba mais -gt httpwwwibamagovbrlegislacaojavali

CISS - Qual o impacto da invasatildeo dos javalis para a sauacutede dos animais silvestres domeacutesticos e humanosVirgiacutenia - Os impactos podem ser variados e natildeo satildeo to-talmente conhecidos e dimensionados porque dependem da condiccedilatildeo sanitaacuteria dos javalis e das relaccedilotildees que estabelecem com ambiente e com as outras espeacutecies O javali (Sus scrofa scrofa) eacute uma espeacutecie exoacutetica invasora em franco crescimento e expansatildeo populacional no paiacutes Esse crescimento popula-cional aumenta sua chance de contato com outras espeacutecies animais tanto silvestres quanto domeacutesticos bem como com a populaccedilatildeo humana Como os javalis podem ser reservatoacuteri-os de vaacuterios agentes patogecircnicos capazes de infectar outras espeacutecies animais e o homem o crescimento das populaccedilotildees de javalis aumenta o risco de transmissatildeo de doenccedilas para outras espeacutecies Assim aleacutem dos potenciais riscos agrave sauacutede puacuteblica os javalis podem transmitir doenccedilas que impactam agrave pecuaacuteria acarretando prejuiacutezos econocircmicos ao paiacutes En-tretanto os impactos ambientais da invasatildeo dos javalis satildeo igualmente preocupantes A predaccedilatildeo de animais menores como reacutepteis e aves que fazem ninhos no chatildeo o abito de fuccedilar e revolver a terra em busca de alimentos impactam o solo e corpos d`aacutegua podem modificar sistemas ecoloacutegicos e as consequecircncias satildeo difiacuteceis de prever e dimensionarCISS - Quais os desafios para a implementaccedilatildeo do Plano de Controle Virgiacutenia - O problema ldquoJavalirdquo eacute complexo multifacetado e requer abordagem multidisciplinar e interministerial Em primeiro lugar eacute preciso gerar e disseminar informaccedilotildees so-bre os impactos ambientais sanitaacuterios sociais e econocircmicos decorrentes da invasatildeo dos javalis para conscientizar e obter apoio da sociedade para o controle da espeacutecie A remoccedilatildeo de indiviacuteduos da natureza por meio do abate normatizado eacute necessaacuteria e este eacute um ponto que ainda gera algumas resistecircncias O reconhecimento da nocividade dessa espeacutecie invasora e a normatizaccedilatildeo do abate para controle no paiacutes pela Instruccedilatildeo Normativa n 3 de 31012013 do IBAMA

e a publicaccedilatildeo oficial do Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Con-trole e Monitoramento do Javali em DOU ocorrida em 8 de novembro de 2017 satildeo marcos legais recentes A implementaccedilatildeo do plano requer engajamento de diver-sos segmentos da sociedade e isso por si eacute bastante de-safiador mas a construccedilatildeo participativa com representantes dos diferentes segmentos consolida envolvimento e compro-misso necessaacuterios para o plano acontecer A implantaccedilatildeo jaacute comeccedilou estatildeo ocorrendo accedilotildees do plano em vaacuterias regiotildees do paiacutes mas ainda estamos no comeccedilo e haacute muito trabalho pela frenteCISS - O que tem sido feito e como o SISS-Geo pode con-tribuirVirgiacutenia - O abate para controle populacional dos javalis tem ocorrido desde de a publicaccedilatildeo da IN 3 de 2013 (IBA-MA) em vaacuterias regiotildees do paiacutes Com o apoio de indiviacuteduos que abatem javalis tornou-se possiacutevel acessar amostras bio-loacutegicas para monitoramento sanitaacuterio dessas populaccedilotildees A Embrapa contando com o apoio de controladores de javalis e em colaboraccedilatildeo com MAPA MMA IBAMA ICMBio e vaacuterios outros oacutergatildeos e instituiccedilotildees realiza pesquisa de anticorpos e de patoacutegenos de impacto em sauacutede puacuteblica e animal nessas populaccedilotildees Tanto os registros de visualizaccedilatildeo e abate dos javalis por indiviacuteduos que realizam o controle quanto as aval-iaccedilotildees sanitaacuterias dessas populaccedilotildees podem alimentar o SISS-Geo possibilitando modelagens e extrapolaccedilotildees variadas Considerando o javali como potencial sentinela de patoacutegenos de impacto em sauacutede humana e animal essa pode ser uma importante contribuiccedilatildeo em Sauacutede Uacutenica

Entrevista Doutora Virgiacutenia Santiago Silva (Meacutedica Veterinaacuteria - Embrapa)

Mais informaccedilotildees Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Controle e Monitoramento do Javali httpwwwibamagovbrphocadownloadjavali20172017-PlanoJavali-20172022pdf

O javali asselvajado - Norma e medidas de controle httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-cartilha-javali_asselvajadopdf

Javalis javaporcos e suiformes nativos httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-javalis_javaporcos_e_suiformes_nativospdf

Biosseguridade na suinocultura httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-javali_biosseguridadepdf

Virgiacutenia Santiago Silva eacute Meacutedica Veterinaacuteria (UDESC) especialista em Aperfeiccediloamento em Medicina Vete rinaacuteria Preventiva (UFPEL) mestre em Ve terinaacuteria (UFPEL) e doutora em Epidemio-logia Experimental Aplicada agraves Zoonoses (USP) Atualmente eacute Pesquisadora da Embrapa Centro Nacio nal de Pesquisa e Embrapa Suiacutenos e Aves

Colaboradora Cristiane Rangel

Especialista validador Carlos Eduar-do Esberard - Professor Doutor do La-boratoacuterio de Diversidade de Morcegos UFRRJ

Observaccedilatildeo Os indiviacuteduos estavam no galho de aacutervore que caiu no Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro

Registro 2622

Nome popular Morcego de cauda livre

Nome cientiacutefico Molossus sp

Distribuiccedilatildeo Ocorrem em todo o ter-ritoacuterio Nacional

Haacutebito alimentar Insetiacutevoro

Habitat Vivem nas florestas zonas ru-rais e urbanas

A Importacircncia dos morcegos

- Dispersam sementes e polinizam diversas espeacutecies de plantas- Consumem toneladas de insetos e controlam pragas

saiba mais -gt httpwwwsbeqnet

Bichos no SISS-Geo

Morcego de Cauda livre Molossus sp

Os morcegos de cauda livre tecircm pelo curto e aveludado a cauda grossa e livre (natildeo estaacute presa pela membrana que une a cauda agraves patas traseiras) Se alimentam exclusivamente de insetos e por isso satildeo os morcegos de voos mais raacutepidos Na natureza vivem acima das copas das aacutervores e se abrigam nos ocos e frestas de aacutervores Nas cidades satildeo atraiacutedos pelos insetos que voam ao redor dos postes de iluminaccedilatildeo urbana e outras fontes de luz Se abrigam em forros de casas vatildeos de dilataccedilatildeo de construccedilotildees armazeacutens soacutetatildeos onde coabitam com diversas outras espeacutecies de morcegos O gecircnero Molossus da famiacutelia Molossidae tem 6 espeacutecies que vivem no Brasil

Zoonoses Como outras espeacutecies de mamiacuteferos os morcegos de cauda livre podem se infectar com o viacuterus da raiva e quando doentes se manuseados podem morder ou arranhar e transmitir a raiva para animais domeacutesticos e pessoas Normalmente eles se infectam com os viacuterus suspensos no ar que satildeo elimi-nados pelas fezes e urina de morcegos especialmente os hematoacutefagos que convivem com eles nos abrigos compartilhados Outros viacuterus podem circular entre eles e outros morcegos como Hantavirus e OrthobunyavirusAs fezes dos morcegos aves e outros animais tambeacutem satildeo bons meios de crescimento para o fungo Histoplasma capsulatum e quando seus esporos satildeo inalados podem desencadear a histoplasmose micose pulmonar e sistecircmica

Para prevenir doenccedilas - Fechar frestas vatildeos acesso a forros soacutetatildeos e telhados - Natildeo manusear ou deixar catildees e gatos morderem morcegos que estiverem no chatildeo- Natildeo entrar em construccedilotildees fechadas com a presenccedila de morcegos sem maacutescara de proteccedilatildeo- Natildeo varrer ambientes fechados com fezes de morcegos e de outros animais - Lavar com aacutegua e hipoclorito de soacutedio

Foto Cristiane Rangel

3Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A participaccedilatildeo do colaborador e validador no SISS-Geo

Clique no botatildeo ou acesse a url abaixo para visualizar o registro no mapa do SISS-Geo

httpsissgeolnccbrmapaRegistrosInicial

Rede Participativa em Sauacutede Silvestre - RePSS

Cristiane Rangel eacute Mestre em Ecologia e Evoluccedilatildeo pela UERJ gra duada em Bacharela-do em Ecologia pela UFRJ e Licenciatura em Ciecircncias Bio loacutegicas pela UFRJ Eacute servidora do Instituto de Pesquisa Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro Cristiane realiza pesquisas com comportamento ecologia monitoramento e medicina da conservaccedilatildeo de Primatas

A maioria dos casos de Malaacuteria humana ocorre na regiatildeo Amazocircnica (99) aacuterea considerada endecircmica para a doenccedila Entretanto outras regiotildees do Brasil tambeacutem apre-sentam casos humanos graves em razatildeo principalmente da falta de co nhecimento falhas de diagnoacutestico e consequen-temente do tra tamento tardio Nestas regiotildees apenas 19 dos casos satildeo diagnosticados e tratados dentro de 48h apoacutes o iniacutecio dos sintomas Consequentemente a taxa de mortal-idade da malaacuteria pode ser maior do que na regiatildeo Amazocircni-ca1 Esses casos ocorrem inclusive em estados mais urbaniza-dos e industrializados nos quais as matas estatildeo alteradas e os fragmentos isolados o que pela proximidade promove maior contato entre animais e pessoas aleacutem do crescente turismo ecoloacutegico 23No cenaacuterio da transmissatildeo da malaacuteria os primatas desem-penham papel importante pois participam do ciclo de vida assim como os humanos do Plasmodium protozoaacuteriosa cau-sadores da doenccedila Por isso satildeo considerados sentinelas da doenccedila Isso porque algumas espeacutecies do Plasmodium que afetam os primatas satildeo similares agraves espeacutecies dos parasitas que afetam as pessoas Assim nos locais onde haacute primatas infectados pode haver pessoas contaminadas e vice-versa devendo a vigilacircncia em malaacuteria considerar esta questatildeo no combate agrave doenccedila Ateacute o momento natildeo foi desenvolvida vacina contra a malaacuteria e o Brasil natildeo indica remeacutedios para prevenir a doenccedila

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Malaacuteria no bioma Mata Atlacircntica espeacutecies e condiccedilotildees ambientais relacionadas Marina Galvatildeo Bueno Joatildeo Daniel Santos Marcia Chame

(quimioprofilaxia) como estrateacutegia para evitar que os pro-tozoaacuterios se tornem resistentes agraves drogas disponiacuteveis para o tratamentoCinco espeacutecies de Plasmodium estatildeo descritas como cau-sadoras da malaacuteria humana (P falciparum P vivax P ovale P malariae P knowlesi) O P falciparum eacute o que causa a malaacuteria mais grave e maior mortalidade O P vivax eacute o plasmoacutedio mais comum e ocorre na maioria dos paiacuteses fora da Aacutefrica subsaariana4 No Brasil temos registros de 3 espeacutecies P falci-parum P vivax P malariae que afetam humanos 5Haacute cerca de 400 espeacutecies de mosquitos anofelinos conhe-cidos como mosquitos-prego carapanatilde muriccediloca entre tantos nomes Mas poucas espeacutecies satildeo transmissoras im-portantes da malaacuteria humana Somente as fecircmeas picam agrave noite e de dia se escondem do vento iluminaccedilatildeo e de pre-dadores e por isso eacute faacutecil que se escondam dentro das casas O alcance de voo depende de cada espeacutecie se o ambiente eacute florestado ou natildeo e varia de poucos metros a cerca de 3 km No Brasil as espeacutecies transmissoras mais importantes satildeo Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi que se cria em aacutegua doce ensolarada como rios lagos represas e tem preferecircn-cia por sangue humano A (N) aquasalis que suporta aacutegua salobra e eacute encontrado no litoral e A (Kertesia) cruzii que se cria na aacutegua que se acumula nas bromeacutelias tem preferecircncia por sangue de macacos e se estende pela Mata Atlacircntica do Rio Grande do Sul ateacute Sergipe 6

Mosquito Hemagogo

Macaco Bugio

Foto Wikimedia Commons

zoonoses

MALAacuteRIA

a Protozoaacuterios satildeo animais de uma uacutenica ceacutelula que podem viver na aacutegua no solo e tambeacutem parasitar animais e plantas

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O Parasito e a Doenccedila

212 milhotildees de casos com 429000 mortes 90 na Aacutefrica (WHO 2017)

Legenda da foto Plasmodium brasilianum

Foto Marina Galvatildeo Bueno

A forma gerada dentro das hemaacutecias (gametoacutecitos que podem ser femininos ou masculinos) satildeo entatildeo sugadas por um mosquito que passa a ser infectado No mosquito o sangue eacute digerido mas os gametoacutecitos que sobrevivem passam por diversos estaacutegios ateacute que formam uma estrutura (oocisto) que gera os esporozoiacutetos que invadem o corpo dos mosquitos e muitos chegam nas glacircndulas salivares onde tudo inicia outra vez

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A malaacuteria causa a reduccedilatildeo da capacidade de levar oxigecircnio a todos os tecidos do corpo O fiacutegado eacute especialmente prejudica-do Nas pessoas a manifestaccedilatildeo cliacutenica tiacutepica eacute caracterizada por febre precedida de calafrios sudorese fraqueza e cefaleia (justamente quando as diversas formas do parasito estatildeo circulando no sangue) que ocorrem em padrotildees ciacuteclicos (a cada 48 ou 72 horas) dependendo da espeacutecie do parasito infectante

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6092 casos 11 adquirida no mesmo local da notificaccedilatildeo (Lorenz et al 2015)

76 casos 25 em Nova Friburgo (httpspublictableaucomprofilemalriabrasil)

No mundo 2015

No Brasil regiatildeo extra amazocircnica entre

2007 e 2014

No Rio de Janeiro entre 2014 e 2017

NUacuteMERO DE CASOS DE MALAacuteRIA

A malaacuteria eacute uma doenccedila infecciosa febril aguda causada por diversas espeacutecies do gecircnero Plasmodium e transmitida por 4 espeacutecies principais de mosquitos Anopheles O ciclo do parasito eacute bastante complexo e diversas formas evoluem tanto nos mosquitos quanto nos hospedeiros vertebrados como os macacos e os humanos De forma sinteacutetica e simples as formas infectantes (esporozoiacutetas) ficam nas glacircndulas salivares dos mosquitos e satildeo injetadas nos pequenos vasos sanguiacuteneos quando as fecircmeas sugam o sangue dos hospedeiros No sangue fi-cam por cerca de meia hora e satildeo levados ao fiacutegado onde invadem suas ceacutelulas e dentro delas se multiplicam ateacute que as rompem espalhando milhares de ele-mentos filhos (merozoiacutetas) Algumas dessas formas satildeo destruiacutedas pelo sistema imune do hospedeiro mas algumas conseguem invadir as ceacutelulas vermelhas do sangue (as hemaacutecias) onde vatildeo se reproduzir mais uma vez

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Estudos recentes mostraram que as espeacutecies de Plasmodium que infectam primatas como P brasilianum e P simium satildeo geneticamente similares a P malariae e P vivax de humanos respectivamente

9 Essa similaridade levou alguns pesquisadores

a concluiacuterem que estas espeacutecies podem infectar tanto humanos quanto macacos e neste caso os macacos manteriam a malaacuteria na natureza

91011 Em razatildeo disso a vigilacircncia da infecccedilatildeo em primatas foi sugerida como de alta importacircncia para os

programas de controle da malaacuteria11

Pouco se sabe sobre o impacto da malaacuteria nos macacos do novo mundo Em geral o parasito natildeo causa sintomas cliacutenicos graves no entanto podem ser debilitantes e o estresse pode desencadear a doenccedila Uma leve anemia pode estar associada ao nuacutemero pequeno de parasitos em alguns indiviacuteduos mas natildeo haacute alteraccedilotildees cliacutenicas aparentes Os sinais cliacutenicos relatados em primatas com malaacuteria consistem em irritabilidade febre ciacuteclica depressatildeo perda de apetite e de peso

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Apesar deste pouco impacto aparente nos primatas este parasito tem importacircncia para a sauacutede puacuteblica uma vez que satildeo sentinelas para a malaacuteria humanasaiba mais -gt httpswwwyoutubecomwatchv=s-SKYfERZd4

Os primatas como sentinelas para a sauacutede humana

Foto Marina Galvatildeo Bueno

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

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Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

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A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

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Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

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Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

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Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro 8

DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

10

LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 2: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

2Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

O javali (Sus scrofa scrofa) eacute o ancestral do suiacuteno domeacutestico O processo de domesticaccedilatildeo desta espeacutecie iniciado haacute mais de 10000 produziu o porco tal qual o conhecemos hoje uma das principais fontes de proteiacutena animal para alimentaccedilatildeo em todo o mundo Eacute nativo da Europa Aacutesia e norte da Aacutefrica e foi introduzido no Brasil a partir da deacutecada de 1960 para a exploraccedilatildeo comercial da carne Entretanto a produccedilatildeo natildeo se desenvolveu o que resultou na soltura e escapes dos animais para a natureza e seu retorno ao estado asselvajadoEacute uma das 100 piores espeacutecies exoacuteticas invasoras do mundo de acordo com a Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza Sua agressividade e fa cilidade de adaptaccedilatildeo satildeo caracteriacutesticas que associadas agrave reproduccedilatildeo descontrolada e agrave ausecircncia de pre-dadores naturais resultam no crescimento populacional e diversos impactos Em razatildeo do aumento de sua distribuiccedilatildeo pelo territoacuterio nacional e da crescente ameaccedila aos ecos sistemas o controle da espeacutecie foi autorizado pelo Ibama em 2013

Ibama institui manejo do javali para fins de controle Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa scrofa)

saiba mais -gt httpwwwibamagovbrlegislacaojavali

CISS - Qual o impacto da invasatildeo dos javalis para a sauacutede dos animais silvestres domeacutesticos e humanosVirgiacutenia - Os impactos podem ser variados e natildeo satildeo to-talmente conhecidos e dimensionados porque dependem da condiccedilatildeo sanitaacuteria dos javalis e das relaccedilotildees que estabelecem com ambiente e com as outras espeacutecies O javali (Sus scrofa scrofa) eacute uma espeacutecie exoacutetica invasora em franco crescimento e expansatildeo populacional no paiacutes Esse crescimento popula-cional aumenta sua chance de contato com outras espeacutecies animais tanto silvestres quanto domeacutesticos bem como com a populaccedilatildeo humana Como os javalis podem ser reservatoacuteri-os de vaacuterios agentes patogecircnicos capazes de infectar outras espeacutecies animais e o homem o crescimento das populaccedilotildees de javalis aumenta o risco de transmissatildeo de doenccedilas para outras espeacutecies Assim aleacutem dos potenciais riscos agrave sauacutede puacuteblica os javalis podem transmitir doenccedilas que impactam agrave pecuaacuteria acarretando prejuiacutezos econocircmicos ao paiacutes En-tretanto os impactos ambientais da invasatildeo dos javalis satildeo igualmente preocupantes A predaccedilatildeo de animais menores como reacutepteis e aves que fazem ninhos no chatildeo o abito de fuccedilar e revolver a terra em busca de alimentos impactam o solo e corpos d`aacutegua podem modificar sistemas ecoloacutegicos e as consequecircncias satildeo difiacuteceis de prever e dimensionarCISS - Quais os desafios para a implementaccedilatildeo do Plano de Controle Virgiacutenia - O problema ldquoJavalirdquo eacute complexo multifacetado e requer abordagem multidisciplinar e interministerial Em primeiro lugar eacute preciso gerar e disseminar informaccedilotildees so-bre os impactos ambientais sanitaacuterios sociais e econocircmicos decorrentes da invasatildeo dos javalis para conscientizar e obter apoio da sociedade para o controle da espeacutecie A remoccedilatildeo de indiviacuteduos da natureza por meio do abate normatizado eacute necessaacuteria e este eacute um ponto que ainda gera algumas resistecircncias O reconhecimento da nocividade dessa espeacutecie invasora e a normatizaccedilatildeo do abate para controle no paiacutes pela Instruccedilatildeo Normativa n 3 de 31012013 do IBAMA

e a publicaccedilatildeo oficial do Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Con-trole e Monitoramento do Javali em DOU ocorrida em 8 de novembro de 2017 satildeo marcos legais recentes A implementaccedilatildeo do plano requer engajamento de diver-sos segmentos da sociedade e isso por si eacute bastante de-safiador mas a construccedilatildeo participativa com representantes dos diferentes segmentos consolida envolvimento e compro-misso necessaacuterios para o plano acontecer A implantaccedilatildeo jaacute comeccedilou estatildeo ocorrendo accedilotildees do plano em vaacuterias regiotildees do paiacutes mas ainda estamos no comeccedilo e haacute muito trabalho pela frenteCISS - O que tem sido feito e como o SISS-Geo pode con-tribuirVirgiacutenia - O abate para controle populacional dos javalis tem ocorrido desde de a publicaccedilatildeo da IN 3 de 2013 (IBA-MA) em vaacuterias regiotildees do paiacutes Com o apoio de indiviacuteduos que abatem javalis tornou-se possiacutevel acessar amostras bio-loacutegicas para monitoramento sanitaacuterio dessas populaccedilotildees A Embrapa contando com o apoio de controladores de javalis e em colaboraccedilatildeo com MAPA MMA IBAMA ICMBio e vaacuterios outros oacutergatildeos e instituiccedilotildees realiza pesquisa de anticorpos e de patoacutegenos de impacto em sauacutede puacuteblica e animal nessas populaccedilotildees Tanto os registros de visualizaccedilatildeo e abate dos javalis por indiviacuteduos que realizam o controle quanto as aval-iaccedilotildees sanitaacuterias dessas populaccedilotildees podem alimentar o SISS-Geo possibilitando modelagens e extrapolaccedilotildees variadas Considerando o javali como potencial sentinela de patoacutegenos de impacto em sauacutede humana e animal essa pode ser uma importante contribuiccedilatildeo em Sauacutede Uacutenica

Entrevista Doutora Virgiacutenia Santiago Silva (Meacutedica Veterinaacuteria - Embrapa)

Mais informaccedilotildees Plano Nacional de Prevenccedilatildeo Controle e Monitoramento do Javali httpwwwibamagovbrphocadownloadjavali20172017-PlanoJavali-20172022pdf

O javali asselvajado - Norma e medidas de controle httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-cartilha-javali_asselvajadopdf

Javalis javaporcos e suiformes nativos httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-javalis_javaporcos_e_suiformes_nativospdf

Biosseguridade na suinocultura httpwwwibamagovbrphocadownloadbiodiversidadejavaliibama-javali_biosseguridadepdf

Virgiacutenia Santiago Silva eacute Meacutedica Veterinaacuteria (UDESC) especialista em Aperfeiccediloamento em Medicina Vete rinaacuteria Preventiva (UFPEL) mestre em Ve terinaacuteria (UFPEL) e doutora em Epidemio-logia Experimental Aplicada agraves Zoonoses (USP) Atualmente eacute Pesquisadora da Embrapa Centro Nacio nal de Pesquisa e Embrapa Suiacutenos e Aves

Colaboradora Cristiane Rangel

Especialista validador Carlos Eduar-do Esberard - Professor Doutor do La-boratoacuterio de Diversidade de Morcegos UFRRJ

Observaccedilatildeo Os indiviacuteduos estavam no galho de aacutervore que caiu no Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro

Registro 2622

Nome popular Morcego de cauda livre

Nome cientiacutefico Molossus sp

Distribuiccedilatildeo Ocorrem em todo o ter-ritoacuterio Nacional

Haacutebito alimentar Insetiacutevoro

Habitat Vivem nas florestas zonas ru-rais e urbanas

A Importacircncia dos morcegos

- Dispersam sementes e polinizam diversas espeacutecies de plantas- Consumem toneladas de insetos e controlam pragas

saiba mais -gt httpwwwsbeqnet

Bichos no SISS-Geo

Morcego de Cauda livre Molossus sp

Os morcegos de cauda livre tecircm pelo curto e aveludado a cauda grossa e livre (natildeo estaacute presa pela membrana que une a cauda agraves patas traseiras) Se alimentam exclusivamente de insetos e por isso satildeo os morcegos de voos mais raacutepidos Na natureza vivem acima das copas das aacutervores e se abrigam nos ocos e frestas de aacutervores Nas cidades satildeo atraiacutedos pelos insetos que voam ao redor dos postes de iluminaccedilatildeo urbana e outras fontes de luz Se abrigam em forros de casas vatildeos de dilataccedilatildeo de construccedilotildees armazeacutens soacutetatildeos onde coabitam com diversas outras espeacutecies de morcegos O gecircnero Molossus da famiacutelia Molossidae tem 6 espeacutecies que vivem no Brasil

Zoonoses Como outras espeacutecies de mamiacuteferos os morcegos de cauda livre podem se infectar com o viacuterus da raiva e quando doentes se manuseados podem morder ou arranhar e transmitir a raiva para animais domeacutesticos e pessoas Normalmente eles se infectam com os viacuterus suspensos no ar que satildeo elimi-nados pelas fezes e urina de morcegos especialmente os hematoacutefagos que convivem com eles nos abrigos compartilhados Outros viacuterus podem circular entre eles e outros morcegos como Hantavirus e OrthobunyavirusAs fezes dos morcegos aves e outros animais tambeacutem satildeo bons meios de crescimento para o fungo Histoplasma capsulatum e quando seus esporos satildeo inalados podem desencadear a histoplasmose micose pulmonar e sistecircmica

Para prevenir doenccedilas - Fechar frestas vatildeos acesso a forros soacutetatildeos e telhados - Natildeo manusear ou deixar catildees e gatos morderem morcegos que estiverem no chatildeo- Natildeo entrar em construccedilotildees fechadas com a presenccedila de morcegos sem maacutescara de proteccedilatildeo- Natildeo varrer ambientes fechados com fezes de morcegos e de outros animais - Lavar com aacutegua e hipoclorito de soacutedio

Foto Cristiane Rangel

3Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A participaccedilatildeo do colaborador e validador no SISS-Geo

Clique no botatildeo ou acesse a url abaixo para visualizar o registro no mapa do SISS-Geo

httpsissgeolnccbrmapaRegistrosInicial

Rede Participativa em Sauacutede Silvestre - RePSS

Cristiane Rangel eacute Mestre em Ecologia e Evoluccedilatildeo pela UERJ gra duada em Bacharela-do em Ecologia pela UFRJ e Licenciatura em Ciecircncias Bio loacutegicas pela UFRJ Eacute servidora do Instituto de Pesquisa Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro Cristiane realiza pesquisas com comportamento ecologia monitoramento e medicina da conservaccedilatildeo de Primatas

A maioria dos casos de Malaacuteria humana ocorre na regiatildeo Amazocircnica (99) aacuterea considerada endecircmica para a doenccedila Entretanto outras regiotildees do Brasil tambeacutem apre-sentam casos humanos graves em razatildeo principalmente da falta de co nhecimento falhas de diagnoacutestico e consequen-temente do tra tamento tardio Nestas regiotildees apenas 19 dos casos satildeo diagnosticados e tratados dentro de 48h apoacutes o iniacutecio dos sintomas Consequentemente a taxa de mortal-idade da malaacuteria pode ser maior do que na regiatildeo Amazocircni-ca1 Esses casos ocorrem inclusive em estados mais urbaniza-dos e industrializados nos quais as matas estatildeo alteradas e os fragmentos isolados o que pela proximidade promove maior contato entre animais e pessoas aleacutem do crescente turismo ecoloacutegico 23No cenaacuterio da transmissatildeo da malaacuteria os primatas desem-penham papel importante pois participam do ciclo de vida assim como os humanos do Plasmodium protozoaacuteriosa cau-sadores da doenccedila Por isso satildeo considerados sentinelas da doenccedila Isso porque algumas espeacutecies do Plasmodium que afetam os primatas satildeo similares agraves espeacutecies dos parasitas que afetam as pessoas Assim nos locais onde haacute primatas infectados pode haver pessoas contaminadas e vice-versa devendo a vigilacircncia em malaacuteria considerar esta questatildeo no combate agrave doenccedila Ateacute o momento natildeo foi desenvolvida vacina contra a malaacuteria e o Brasil natildeo indica remeacutedios para prevenir a doenccedila

4

Malaacuteria no bioma Mata Atlacircntica espeacutecies e condiccedilotildees ambientais relacionadas Marina Galvatildeo Bueno Joatildeo Daniel Santos Marcia Chame

(quimioprofilaxia) como estrateacutegia para evitar que os pro-tozoaacuterios se tornem resistentes agraves drogas disponiacuteveis para o tratamentoCinco espeacutecies de Plasmodium estatildeo descritas como cau-sadoras da malaacuteria humana (P falciparum P vivax P ovale P malariae P knowlesi) O P falciparum eacute o que causa a malaacuteria mais grave e maior mortalidade O P vivax eacute o plasmoacutedio mais comum e ocorre na maioria dos paiacuteses fora da Aacutefrica subsaariana4 No Brasil temos registros de 3 espeacutecies P falci-parum P vivax P malariae que afetam humanos 5Haacute cerca de 400 espeacutecies de mosquitos anofelinos conhe-cidos como mosquitos-prego carapanatilde muriccediloca entre tantos nomes Mas poucas espeacutecies satildeo transmissoras im-portantes da malaacuteria humana Somente as fecircmeas picam agrave noite e de dia se escondem do vento iluminaccedilatildeo e de pre-dadores e por isso eacute faacutecil que se escondam dentro das casas O alcance de voo depende de cada espeacutecie se o ambiente eacute florestado ou natildeo e varia de poucos metros a cerca de 3 km No Brasil as espeacutecies transmissoras mais importantes satildeo Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi que se cria em aacutegua doce ensolarada como rios lagos represas e tem preferecircn-cia por sangue humano A (N) aquasalis que suporta aacutegua salobra e eacute encontrado no litoral e A (Kertesia) cruzii que se cria na aacutegua que se acumula nas bromeacutelias tem preferecircncia por sangue de macacos e se estende pela Mata Atlacircntica do Rio Grande do Sul ateacute Sergipe 6

Mosquito Hemagogo

Macaco Bugio

Foto Wikimedia Commons

zoonoses

MALAacuteRIA

a Protozoaacuterios satildeo animais de uma uacutenica ceacutelula que podem viver na aacutegua no solo e tambeacutem parasitar animais e plantas

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5

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O Parasito e a Doenccedila

212 milhotildees de casos com 429000 mortes 90 na Aacutefrica (WHO 2017)

Legenda da foto Plasmodium brasilianum

Foto Marina Galvatildeo Bueno

A forma gerada dentro das hemaacutecias (gametoacutecitos que podem ser femininos ou masculinos) satildeo entatildeo sugadas por um mosquito que passa a ser infectado No mosquito o sangue eacute digerido mas os gametoacutecitos que sobrevivem passam por diversos estaacutegios ateacute que formam uma estrutura (oocisto) que gera os esporozoiacutetos que invadem o corpo dos mosquitos e muitos chegam nas glacircndulas salivares onde tudo inicia outra vez

6

A malaacuteria causa a reduccedilatildeo da capacidade de levar oxigecircnio a todos os tecidos do corpo O fiacutegado eacute especialmente prejudica-do Nas pessoas a manifestaccedilatildeo cliacutenica tiacutepica eacute caracterizada por febre precedida de calafrios sudorese fraqueza e cefaleia (justamente quando as diversas formas do parasito estatildeo circulando no sangue) que ocorrem em padrotildees ciacuteclicos (a cada 48 ou 72 horas) dependendo da espeacutecie do parasito infectante

7

6092 casos 11 adquirida no mesmo local da notificaccedilatildeo (Lorenz et al 2015)

76 casos 25 em Nova Friburgo (httpspublictableaucomprofilemalriabrasil)

No mundo 2015

No Brasil regiatildeo extra amazocircnica entre

2007 e 2014

No Rio de Janeiro entre 2014 e 2017

NUacuteMERO DE CASOS DE MALAacuteRIA

A malaacuteria eacute uma doenccedila infecciosa febril aguda causada por diversas espeacutecies do gecircnero Plasmodium e transmitida por 4 espeacutecies principais de mosquitos Anopheles O ciclo do parasito eacute bastante complexo e diversas formas evoluem tanto nos mosquitos quanto nos hospedeiros vertebrados como os macacos e os humanos De forma sinteacutetica e simples as formas infectantes (esporozoiacutetas) ficam nas glacircndulas salivares dos mosquitos e satildeo injetadas nos pequenos vasos sanguiacuteneos quando as fecircmeas sugam o sangue dos hospedeiros No sangue fi-cam por cerca de meia hora e satildeo levados ao fiacutegado onde invadem suas ceacutelulas e dentro delas se multiplicam ateacute que as rompem espalhando milhares de ele-mentos filhos (merozoiacutetas) Algumas dessas formas satildeo destruiacutedas pelo sistema imune do hospedeiro mas algumas conseguem invadir as ceacutelulas vermelhas do sangue (as hemaacutecias) onde vatildeo se reproduzir mais uma vez

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Estudos recentes mostraram que as espeacutecies de Plasmodium que infectam primatas como P brasilianum e P simium satildeo geneticamente similares a P malariae e P vivax de humanos respectivamente

9 Essa similaridade levou alguns pesquisadores

a concluiacuterem que estas espeacutecies podem infectar tanto humanos quanto macacos e neste caso os macacos manteriam a malaacuteria na natureza

91011 Em razatildeo disso a vigilacircncia da infecccedilatildeo em primatas foi sugerida como de alta importacircncia para os

programas de controle da malaacuteria11

Pouco se sabe sobre o impacto da malaacuteria nos macacos do novo mundo Em geral o parasito natildeo causa sintomas cliacutenicos graves no entanto podem ser debilitantes e o estresse pode desencadear a doenccedila Uma leve anemia pode estar associada ao nuacutemero pequeno de parasitos em alguns indiviacuteduos mas natildeo haacute alteraccedilotildees cliacutenicas aparentes Os sinais cliacutenicos relatados em primatas com malaacuteria consistem em irritabilidade febre ciacuteclica depressatildeo perda de apetite e de peso

12

Apesar deste pouco impacto aparente nos primatas este parasito tem importacircncia para a sauacutede puacuteblica uma vez que satildeo sentinelas para a malaacuteria humanasaiba mais -gt httpswwwyoutubecomwatchv=s-SKYfERZd4

Os primatas como sentinelas para a sauacutede humana

Foto Marina Galvatildeo Bueno

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

19

Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

2122

A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

14

Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

17

Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

13

6

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

7

Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro 8

DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

10

LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Page 3: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

Colaboradora Cristiane Rangel

Especialista validador Carlos Eduar-do Esberard - Professor Doutor do La-boratoacuterio de Diversidade de Morcegos UFRRJ

Observaccedilatildeo Os indiviacuteduos estavam no galho de aacutervore que caiu no Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro

Registro 2622

Nome popular Morcego de cauda livre

Nome cientiacutefico Molossus sp

Distribuiccedilatildeo Ocorrem em todo o ter-ritoacuterio Nacional

Haacutebito alimentar Insetiacutevoro

Habitat Vivem nas florestas zonas ru-rais e urbanas

A Importacircncia dos morcegos

- Dispersam sementes e polinizam diversas espeacutecies de plantas- Consumem toneladas de insetos e controlam pragas

saiba mais -gt httpwwwsbeqnet

Bichos no SISS-Geo

Morcego de Cauda livre Molossus sp

Os morcegos de cauda livre tecircm pelo curto e aveludado a cauda grossa e livre (natildeo estaacute presa pela membrana que une a cauda agraves patas traseiras) Se alimentam exclusivamente de insetos e por isso satildeo os morcegos de voos mais raacutepidos Na natureza vivem acima das copas das aacutervores e se abrigam nos ocos e frestas de aacutervores Nas cidades satildeo atraiacutedos pelos insetos que voam ao redor dos postes de iluminaccedilatildeo urbana e outras fontes de luz Se abrigam em forros de casas vatildeos de dilataccedilatildeo de construccedilotildees armazeacutens soacutetatildeos onde coabitam com diversas outras espeacutecies de morcegos O gecircnero Molossus da famiacutelia Molossidae tem 6 espeacutecies que vivem no Brasil

Zoonoses Como outras espeacutecies de mamiacuteferos os morcegos de cauda livre podem se infectar com o viacuterus da raiva e quando doentes se manuseados podem morder ou arranhar e transmitir a raiva para animais domeacutesticos e pessoas Normalmente eles se infectam com os viacuterus suspensos no ar que satildeo elimi-nados pelas fezes e urina de morcegos especialmente os hematoacutefagos que convivem com eles nos abrigos compartilhados Outros viacuterus podem circular entre eles e outros morcegos como Hantavirus e OrthobunyavirusAs fezes dos morcegos aves e outros animais tambeacutem satildeo bons meios de crescimento para o fungo Histoplasma capsulatum e quando seus esporos satildeo inalados podem desencadear a histoplasmose micose pulmonar e sistecircmica

Para prevenir doenccedilas - Fechar frestas vatildeos acesso a forros soacutetatildeos e telhados - Natildeo manusear ou deixar catildees e gatos morderem morcegos que estiverem no chatildeo- Natildeo entrar em construccedilotildees fechadas com a presenccedila de morcegos sem maacutescara de proteccedilatildeo- Natildeo varrer ambientes fechados com fezes de morcegos e de outros animais - Lavar com aacutegua e hipoclorito de soacutedio

Foto Cristiane Rangel

3Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A participaccedilatildeo do colaborador e validador no SISS-Geo

Clique no botatildeo ou acesse a url abaixo para visualizar o registro no mapa do SISS-Geo

httpsissgeolnccbrmapaRegistrosInicial

Rede Participativa em Sauacutede Silvestre - RePSS

Cristiane Rangel eacute Mestre em Ecologia e Evoluccedilatildeo pela UERJ gra duada em Bacharela-do em Ecologia pela UFRJ e Licenciatura em Ciecircncias Bio loacutegicas pela UFRJ Eacute servidora do Instituto de Pesquisa Jardim Botacircnico do Rio de Janeiro Cristiane realiza pesquisas com comportamento ecologia monitoramento e medicina da conservaccedilatildeo de Primatas

A maioria dos casos de Malaacuteria humana ocorre na regiatildeo Amazocircnica (99) aacuterea considerada endecircmica para a doenccedila Entretanto outras regiotildees do Brasil tambeacutem apre-sentam casos humanos graves em razatildeo principalmente da falta de co nhecimento falhas de diagnoacutestico e consequen-temente do tra tamento tardio Nestas regiotildees apenas 19 dos casos satildeo diagnosticados e tratados dentro de 48h apoacutes o iniacutecio dos sintomas Consequentemente a taxa de mortal-idade da malaacuteria pode ser maior do que na regiatildeo Amazocircni-ca1 Esses casos ocorrem inclusive em estados mais urbaniza-dos e industrializados nos quais as matas estatildeo alteradas e os fragmentos isolados o que pela proximidade promove maior contato entre animais e pessoas aleacutem do crescente turismo ecoloacutegico 23No cenaacuterio da transmissatildeo da malaacuteria os primatas desem-penham papel importante pois participam do ciclo de vida assim como os humanos do Plasmodium protozoaacuteriosa cau-sadores da doenccedila Por isso satildeo considerados sentinelas da doenccedila Isso porque algumas espeacutecies do Plasmodium que afetam os primatas satildeo similares agraves espeacutecies dos parasitas que afetam as pessoas Assim nos locais onde haacute primatas infectados pode haver pessoas contaminadas e vice-versa devendo a vigilacircncia em malaacuteria considerar esta questatildeo no combate agrave doenccedila Ateacute o momento natildeo foi desenvolvida vacina contra a malaacuteria e o Brasil natildeo indica remeacutedios para prevenir a doenccedila

4

Malaacuteria no bioma Mata Atlacircntica espeacutecies e condiccedilotildees ambientais relacionadas Marina Galvatildeo Bueno Joatildeo Daniel Santos Marcia Chame

(quimioprofilaxia) como estrateacutegia para evitar que os pro-tozoaacuterios se tornem resistentes agraves drogas disponiacuteveis para o tratamentoCinco espeacutecies de Plasmodium estatildeo descritas como cau-sadoras da malaacuteria humana (P falciparum P vivax P ovale P malariae P knowlesi) O P falciparum eacute o que causa a malaacuteria mais grave e maior mortalidade O P vivax eacute o plasmoacutedio mais comum e ocorre na maioria dos paiacuteses fora da Aacutefrica subsaariana4 No Brasil temos registros de 3 espeacutecies P falci-parum P vivax P malariae que afetam humanos 5Haacute cerca de 400 espeacutecies de mosquitos anofelinos conhe-cidos como mosquitos-prego carapanatilde muriccediloca entre tantos nomes Mas poucas espeacutecies satildeo transmissoras im-portantes da malaacuteria humana Somente as fecircmeas picam agrave noite e de dia se escondem do vento iluminaccedilatildeo e de pre-dadores e por isso eacute faacutecil que se escondam dentro das casas O alcance de voo depende de cada espeacutecie se o ambiente eacute florestado ou natildeo e varia de poucos metros a cerca de 3 km No Brasil as espeacutecies transmissoras mais importantes satildeo Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi que se cria em aacutegua doce ensolarada como rios lagos represas e tem preferecircn-cia por sangue humano A (N) aquasalis que suporta aacutegua salobra e eacute encontrado no litoral e A (Kertesia) cruzii que se cria na aacutegua que se acumula nas bromeacutelias tem preferecircncia por sangue de macacos e se estende pela Mata Atlacircntica do Rio Grande do Sul ateacute Sergipe 6

Mosquito Hemagogo

Macaco Bugio

Foto Wikimedia Commons

zoonoses

MALAacuteRIA

a Protozoaacuterios satildeo animais de uma uacutenica ceacutelula que podem viver na aacutegua no solo e tambeacutem parasitar animais e plantas

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

5

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O Parasito e a Doenccedila

212 milhotildees de casos com 429000 mortes 90 na Aacutefrica (WHO 2017)

Legenda da foto Plasmodium brasilianum

Foto Marina Galvatildeo Bueno

A forma gerada dentro das hemaacutecias (gametoacutecitos que podem ser femininos ou masculinos) satildeo entatildeo sugadas por um mosquito que passa a ser infectado No mosquito o sangue eacute digerido mas os gametoacutecitos que sobrevivem passam por diversos estaacutegios ateacute que formam uma estrutura (oocisto) que gera os esporozoiacutetos que invadem o corpo dos mosquitos e muitos chegam nas glacircndulas salivares onde tudo inicia outra vez

6

A malaacuteria causa a reduccedilatildeo da capacidade de levar oxigecircnio a todos os tecidos do corpo O fiacutegado eacute especialmente prejudica-do Nas pessoas a manifestaccedilatildeo cliacutenica tiacutepica eacute caracterizada por febre precedida de calafrios sudorese fraqueza e cefaleia (justamente quando as diversas formas do parasito estatildeo circulando no sangue) que ocorrem em padrotildees ciacuteclicos (a cada 48 ou 72 horas) dependendo da espeacutecie do parasito infectante

7

6092 casos 11 adquirida no mesmo local da notificaccedilatildeo (Lorenz et al 2015)

76 casos 25 em Nova Friburgo (httpspublictableaucomprofilemalriabrasil)

No mundo 2015

No Brasil regiatildeo extra amazocircnica entre

2007 e 2014

No Rio de Janeiro entre 2014 e 2017

NUacuteMERO DE CASOS DE MALAacuteRIA

A malaacuteria eacute uma doenccedila infecciosa febril aguda causada por diversas espeacutecies do gecircnero Plasmodium e transmitida por 4 espeacutecies principais de mosquitos Anopheles O ciclo do parasito eacute bastante complexo e diversas formas evoluem tanto nos mosquitos quanto nos hospedeiros vertebrados como os macacos e os humanos De forma sinteacutetica e simples as formas infectantes (esporozoiacutetas) ficam nas glacircndulas salivares dos mosquitos e satildeo injetadas nos pequenos vasos sanguiacuteneos quando as fecircmeas sugam o sangue dos hospedeiros No sangue fi-cam por cerca de meia hora e satildeo levados ao fiacutegado onde invadem suas ceacutelulas e dentro delas se multiplicam ateacute que as rompem espalhando milhares de ele-mentos filhos (merozoiacutetas) Algumas dessas formas satildeo destruiacutedas pelo sistema imune do hospedeiro mas algumas conseguem invadir as ceacutelulas vermelhas do sangue (as hemaacutecias) onde vatildeo se reproduzir mais uma vez

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Estudos recentes mostraram que as espeacutecies de Plasmodium que infectam primatas como P brasilianum e P simium satildeo geneticamente similares a P malariae e P vivax de humanos respectivamente

9 Essa similaridade levou alguns pesquisadores

a concluiacuterem que estas espeacutecies podem infectar tanto humanos quanto macacos e neste caso os macacos manteriam a malaacuteria na natureza

91011 Em razatildeo disso a vigilacircncia da infecccedilatildeo em primatas foi sugerida como de alta importacircncia para os

programas de controle da malaacuteria11

Pouco se sabe sobre o impacto da malaacuteria nos macacos do novo mundo Em geral o parasito natildeo causa sintomas cliacutenicos graves no entanto podem ser debilitantes e o estresse pode desencadear a doenccedila Uma leve anemia pode estar associada ao nuacutemero pequeno de parasitos em alguns indiviacuteduos mas natildeo haacute alteraccedilotildees cliacutenicas aparentes Os sinais cliacutenicos relatados em primatas com malaacuteria consistem em irritabilidade febre ciacuteclica depressatildeo perda de apetite e de peso

12

Apesar deste pouco impacto aparente nos primatas este parasito tem importacircncia para a sauacutede puacuteblica uma vez que satildeo sentinelas para a malaacuteria humanasaiba mais -gt httpswwwyoutubecomwatchv=s-SKYfERZd4

Os primatas como sentinelas para a sauacutede humana

Foto Marina Galvatildeo Bueno

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

19

Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

2122

A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

14

Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

17

Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

13

6

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

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A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

7

Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

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DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

10

LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 4: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

A maioria dos casos de Malaacuteria humana ocorre na regiatildeo Amazocircnica (99) aacuterea considerada endecircmica para a doenccedila Entretanto outras regiotildees do Brasil tambeacutem apre-sentam casos humanos graves em razatildeo principalmente da falta de co nhecimento falhas de diagnoacutestico e consequen-temente do tra tamento tardio Nestas regiotildees apenas 19 dos casos satildeo diagnosticados e tratados dentro de 48h apoacutes o iniacutecio dos sintomas Consequentemente a taxa de mortal-idade da malaacuteria pode ser maior do que na regiatildeo Amazocircni-ca1 Esses casos ocorrem inclusive em estados mais urbaniza-dos e industrializados nos quais as matas estatildeo alteradas e os fragmentos isolados o que pela proximidade promove maior contato entre animais e pessoas aleacutem do crescente turismo ecoloacutegico 23No cenaacuterio da transmissatildeo da malaacuteria os primatas desem-penham papel importante pois participam do ciclo de vida assim como os humanos do Plasmodium protozoaacuteriosa cau-sadores da doenccedila Por isso satildeo considerados sentinelas da doenccedila Isso porque algumas espeacutecies do Plasmodium que afetam os primatas satildeo similares agraves espeacutecies dos parasitas que afetam as pessoas Assim nos locais onde haacute primatas infectados pode haver pessoas contaminadas e vice-versa devendo a vigilacircncia em malaacuteria considerar esta questatildeo no combate agrave doenccedila Ateacute o momento natildeo foi desenvolvida vacina contra a malaacuteria e o Brasil natildeo indica remeacutedios para prevenir a doenccedila

4

Malaacuteria no bioma Mata Atlacircntica espeacutecies e condiccedilotildees ambientais relacionadas Marina Galvatildeo Bueno Joatildeo Daniel Santos Marcia Chame

(quimioprofilaxia) como estrateacutegia para evitar que os pro-tozoaacuterios se tornem resistentes agraves drogas disponiacuteveis para o tratamentoCinco espeacutecies de Plasmodium estatildeo descritas como cau-sadoras da malaacuteria humana (P falciparum P vivax P ovale P malariae P knowlesi) O P falciparum eacute o que causa a malaacuteria mais grave e maior mortalidade O P vivax eacute o plasmoacutedio mais comum e ocorre na maioria dos paiacuteses fora da Aacutefrica subsaariana4 No Brasil temos registros de 3 espeacutecies P falci-parum P vivax P malariae que afetam humanos 5Haacute cerca de 400 espeacutecies de mosquitos anofelinos conhe-cidos como mosquitos-prego carapanatilde muriccediloca entre tantos nomes Mas poucas espeacutecies satildeo transmissoras im-portantes da malaacuteria humana Somente as fecircmeas picam agrave noite e de dia se escondem do vento iluminaccedilatildeo e de pre-dadores e por isso eacute faacutecil que se escondam dentro das casas O alcance de voo depende de cada espeacutecie se o ambiente eacute florestado ou natildeo e varia de poucos metros a cerca de 3 km No Brasil as espeacutecies transmissoras mais importantes satildeo Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi que se cria em aacutegua doce ensolarada como rios lagos represas e tem preferecircn-cia por sangue humano A (N) aquasalis que suporta aacutegua salobra e eacute encontrado no litoral e A (Kertesia) cruzii que se cria na aacutegua que se acumula nas bromeacutelias tem preferecircncia por sangue de macacos e se estende pela Mata Atlacircntica do Rio Grande do Sul ateacute Sergipe 6

Mosquito Hemagogo

Macaco Bugio

Foto Wikimedia Commons

zoonoses

MALAacuteRIA

a Protozoaacuterios satildeo animais de uma uacutenica ceacutelula que podem viver na aacutegua no solo e tambeacutem parasitar animais e plantas

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O Parasito e a Doenccedila

212 milhotildees de casos com 429000 mortes 90 na Aacutefrica (WHO 2017)

Legenda da foto Plasmodium brasilianum

Foto Marina Galvatildeo Bueno

A forma gerada dentro das hemaacutecias (gametoacutecitos que podem ser femininos ou masculinos) satildeo entatildeo sugadas por um mosquito que passa a ser infectado No mosquito o sangue eacute digerido mas os gametoacutecitos que sobrevivem passam por diversos estaacutegios ateacute que formam uma estrutura (oocisto) que gera os esporozoiacutetos que invadem o corpo dos mosquitos e muitos chegam nas glacircndulas salivares onde tudo inicia outra vez

6

A malaacuteria causa a reduccedilatildeo da capacidade de levar oxigecircnio a todos os tecidos do corpo O fiacutegado eacute especialmente prejudica-do Nas pessoas a manifestaccedilatildeo cliacutenica tiacutepica eacute caracterizada por febre precedida de calafrios sudorese fraqueza e cefaleia (justamente quando as diversas formas do parasito estatildeo circulando no sangue) que ocorrem em padrotildees ciacuteclicos (a cada 48 ou 72 horas) dependendo da espeacutecie do parasito infectante

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6092 casos 11 adquirida no mesmo local da notificaccedilatildeo (Lorenz et al 2015)

76 casos 25 em Nova Friburgo (httpspublictableaucomprofilemalriabrasil)

No mundo 2015

No Brasil regiatildeo extra amazocircnica entre

2007 e 2014

No Rio de Janeiro entre 2014 e 2017

NUacuteMERO DE CASOS DE MALAacuteRIA

A malaacuteria eacute uma doenccedila infecciosa febril aguda causada por diversas espeacutecies do gecircnero Plasmodium e transmitida por 4 espeacutecies principais de mosquitos Anopheles O ciclo do parasito eacute bastante complexo e diversas formas evoluem tanto nos mosquitos quanto nos hospedeiros vertebrados como os macacos e os humanos De forma sinteacutetica e simples as formas infectantes (esporozoiacutetas) ficam nas glacircndulas salivares dos mosquitos e satildeo injetadas nos pequenos vasos sanguiacuteneos quando as fecircmeas sugam o sangue dos hospedeiros No sangue fi-cam por cerca de meia hora e satildeo levados ao fiacutegado onde invadem suas ceacutelulas e dentro delas se multiplicam ateacute que as rompem espalhando milhares de ele-mentos filhos (merozoiacutetas) Algumas dessas formas satildeo destruiacutedas pelo sistema imune do hospedeiro mas algumas conseguem invadir as ceacutelulas vermelhas do sangue (as hemaacutecias) onde vatildeo se reproduzir mais uma vez

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Estudos recentes mostraram que as espeacutecies de Plasmodium que infectam primatas como P brasilianum e P simium satildeo geneticamente similares a P malariae e P vivax de humanos respectivamente

9 Essa similaridade levou alguns pesquisadores

a concluiacuterem que estas espeacutecies podem infectar tanto humanos quanto macacos e neste caso os macacos manteriam a malaacuteria na natureza

91011 Em razatildeo disso a vigilacircncia da infecccedilatildeo em primatas foi sugerida como de alta importacircncia para os

programas de controle da malaacuteria11

Pouco se sabe sobre o impacto da malaacuteria nos macacos do novo mundo Em geral o parasito natildeo causa sintomas cliacutenicos graves no entanto podem ser debilitantes e o estresse pode desencadear a doenccedila Uma leve anemia pode estar associada ao nuacutemero pequeno de parasitos em alguns indiviacuteduos mas natildeo haacute alteraccedilotildees cliacutenicas aparentes Os sinais cliacutenicos relatados em primatas com malaacuteria consistem em irritabilidade febre ciacuteclica depressatildeo perda de apetite e de peso

12

Apesar deste pouco impacto aparente nos primatas este parasito tem importacircncia para a sauacutede puacuteblica uma vez que satildeo sentinelas para a malaacuteria humanasaiba mais -gt httpswwwyoutubecomwatchv=s-SKYfERZd4

Os primatas como sentinelas para a sauacutede humana

Foto Marina Galvatildeo Bueno

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

19

Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

2122

A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

14

Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

17

Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

13

6

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

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A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

7

Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro 8

DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

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LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Page 5: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

5

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O Parasito e a Doenccedila

212 milhotildees de casos com 429000 mortes 90 na Aacutefrica (WHO 2017)

Legenda da foto Plasmodium brasilianum

Foto Marina Galvatildeo Bueno

A forma gerada dentro das hemaacutecias (gametoacutecitos que podem ser femininos ou masculinos) satildeo entatildeo sugadas por um mosquito que passa a ser infectado No mosquito o sangue eacute digerido mas os gametoacutecitos que sobrevivem passam por diversos estaacutegios ateacute que formam uma estrutura (oocisto) que gera os esporozoiacutetos que invadem o corpo dos mosquitos e muitos chegam nas glacircndulas salivares onde tudo inicia outra vez

6

A malaacuteria causa a reduccedilatildeo da capacidade de levar oxigecircnio a todos os tecidos do corpo O fiacutegado eacute especialmente prejudica-do Nas pessoas a manifestaccedilatildeo cliacutenica tiacutepica eacute caracterizada por febre precedida de calafrios sudorese fraqueza e cefaleia (justamente quando as diversas formas do parasito estatildeo circulando no sangue) que ocorrem em padrotildees ciacuteclicos (a cada 48 ou 72 horas) dependendo da espeacutecie do parasito infectante

7

6092 casos 11 adquirida no mesmo local da notificaccedilatildeo (Lorenz et al 2015)

76 casos 25 em Nova Friburgo (httpspublictableaucomprofilemalriabrasil)

No mundo 2015

No Brasil regiatildeo extra amazocircnica entre

2007 e 2014

No Rio de Janeiro entre 2014 e 2017

NUacuteMERO DE CASOS DE MALAacuteRIA

A malaacuteria eacute uma doenccedila infecciosa febril aguda causada por diversas espeacutecies do gecircnero Plasmodium e transmitida por 4 espeacutecies principais de mosquitos Anopheles O ciclo do parasito eacute bastante complexo e diversas formas evoluem tanto nos mosquitos quanto nos hospedeiros vertebrados como os macacos e os humanos De forma sinteacutetica e simples as formas infectantes (esporozoiacutetas) ficam nas glacircndulas salivares dos mosquitos e satildeo injetadas nos pequenos vasos sanguiacuteneos quando as fecircmeas sugam o sangue dos hospedeiros No sangue fi-cam por cerca de meia hora e satildeo levados ao fiacutegado onde invadem suas ceacutelulas e dentro delas se multiplicam ateacute que as rompem espalhando milhares de ele-mentos filhos (merozoiacutetas) Algumas dessas formas satildeo destruiacutedas pelo sistema imune do hospedeiro mas algumas conseguem invadir as ceacutelulas vermelhas do sangue (as hemaacutecias) onde vatildeo se reproduzir mais uma vez

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Estudos recentes mostraram que as espeacutecies de Plasmodium que infectam primatas como P brasilianum e P simium satildeo geneticamente similares a P malariae e P vivax de humanos respectivamente

9 Essa similaridade levou alguns pesquisadores

a concluiacuterem que estas espeacutecies podem infectar tanto humanos quanto macacos e neste caso os macacos manteriam a malaacuteria na natureza

91011 Em razatildeo disso a vigilacircncia da infecccedilatildeo em primatas foi sugerida como de alta importacircncia para os

programas de controle da malaacuteria11

Pouco se sabe sobre o impacto da malaacuteria nos macacos do novo mundo Em geral o parasito natildeo causa sintomas cliacutenicos graves no entanto podem ser debilitantes e o estresse pode desencadear a doenccedila Uma leve anemia pode estar associada ao nuacutemero pequeno de parasitos em alguns indiviacuteduos mas natildeo haacute alteraccedilotildees cliacutenicas aparentes Os sinais cliacutenicos relatados em primatas com malaacuteria consistem em irritabilidade febre ciacuteclica depressatildeo perda de apetite e de peso

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Apesar deste pouco impacto aparente nos primatas este parasito tem importacircncia para a sauacutede puacuteblica uma vez que satildeo sentinelas para a malaacuteria humanasaiba mais -gt httpswwwyoutubecomwatchv=s-SKYfERZd4

Os primatas como sentinelas para a sauacutede humana

Foto Marina Galvatildeo Bueno

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

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Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

2122

A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

14

Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

17

Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

13

6

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

7

Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro 8

DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

10

LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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12

AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 6: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

Importante saber

Assim como outras doenccedilas que circulam em animais silvestres a malaacuteria estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo o desmatamento mudanccedilas climaacuteticas reduccedilatildeo de aacutereas florestadas que interferem no equiliacutebrio do ecossistema limitam geograficamente a distribuiccedilatildeo das espeacutecies com prejuiacutezos diretos para a sauacutede humana dos animais domeacutesticos e silvestres

2 A relaccedilatildeo entre malaacuteria e desmatamento tambeacutem jaacute foi descrita na Amazocircnia em outros estados brasileiros e na

Aacutefrica13 25

A perda da biodiversidade implica em elevado risco de doenccedilas transmitidas por vetores como a malaacuteria uma vez que a baixa oferta de animais nas aacutereas naturais os estimula a buscar novas fontes sanguiacuteneas como humanos e animais domeacutesti-cos que estatildeo no solo e a se adaptarem a ambientes degradados e abrigos ao redor ou mesmo dentro das casas Desta forma unidades de sauacutede equipes teacutecnicas de Unidades de Conservaccedilatildeo agecircncias de turismo ecoloacutegico devem ficar atentos aos possiacuteveis sintomas da doenccedila em suas equipes e auxiliar na divulgaccedilatildeo aos moradores e trabalhadores locais visitantes e grupos de esportistas que se protejam das picadas dos mosquitos observando os periacuteodos crepusculares como os de maior atenccedilatildeo

SOS Malaacuteria Fiocruz Ligue (21) 9988-0113 - 24 horas em caso de emergecircncia (paciente febril com suspeita de malaacuteria) e para infor-maccedilotildees sobre a doenccedila e os locais para diagnoacutestico de 8h agraves 18h

Outras informaccedilotildees (21) 3865-9522 httpsportalfiocruzbrpt-brcontentmalaria

A maioria dos casos que ocorrem na regiatildeo extra-amazocircnica ocorrem na Mata Atlacircntica

13 onde o mosquito transmissor (A (K) cruzii) vive nas bromeacutelias na copa

das aacutervores e por isso o ciclo natural da doenccedila ocorre entre eles e os macacos diferentemente da regiatildeo amazocircnica onde os vetores da malaacuteria satildeo mais abun-dantes nas casas ao redor das represas e rios Na Mata Atlacircntica a transmissatildeo da malaacuteria para humanos eacute acidental e se daacute principalmente quando as pessoas adentram as matas o que vem ocorrendo com maior intensidade em razatildeo do turismo ecoloacutegico Durante os anos de 2015-2016 no Rio de Janeiro pacientes diagnosticados com malaacuteria e que adentraram as matas foram diagnosticados com P simium ante-riormente considerado parasita especiacutefico de macacos cuja capacidade de infec-tar humanos soacute havia sido relatada uma vez haacute 50 anos na regiatildeo

As bromeacutelias satildeo plantas da famiacutelia Bromeliaceae distribuiacuteda majoritariamente na regiatildeo tropical das Ameacutericas e com cerca de 3475 espeacutecies em 51 gecircneros A famiacutelia eacute rica e endecircmica da Mata Atlacircntica

18 onde ocorrem 789 espeacutecies 444 (56) no sudeste do Brasil dos quais 325 soacute ocorrem nesta regiatildeo geograacutefica O estado do Rio de Janeiro abriga o maior nuacutemero de espeacutecies 277 (67)

19

Muitas espeacutecies de bromeacutelias da Floresta Atlacircntica estatildeo ameaccediladas com popu-laccedilotildees em niacuteveis criticamente baixos distribuiacutedas em pequenas aacutereas em razatildeo do alto grau de exigecircncia dos ambientes terrestre rupestre (sobre pedras) e epifiacutetico (sobre outras plantas)

20 As bromeacutelias satildeo verdadeiros micro-habitats Oferecem local para o crescimento de larvas de libeacutelulas mosquitos outros invertebrados e abrigo e alimento para anfiacutebios reacutepteis aves e mamiacuteferos algumas estritamente dependentes delas como as pererecas Phyllodytes luteolus e Dendropsophus bromeliaceus

2122

A identificaccedilatildeo recente de P simium aponta a possibilidade deste parasita ter sido confundido durante anos com P vivax e soacute agora com teacutecnicas moleculares especiacuteficas essa distinccedilatildeo pode ser feita

14

Na Mata Atlacircntica o nuacutemero de mosquitos das espeacutecies A (K) cruzii e A (K) bellator pode ser diretamente influenciado pela temperatura maacutexima e miacutenima do dia

15 Se necessaacuterio os indiviacuteduos destas espeacutecies descem ao niacutevel do solo em busca de

sangue inclusive humano o que favorece a transmissatildeo da malaacuteria entre primatas e pessoas16 A paisagem influencia a dis-

tribuiccedilatildeo dos anofelinos no bioma Atlacircntico A (K) cruzii estaacute mais associado a aacutereas sombreadas de floresta tropical densa enquanto que A (K) bellator tem maior prevalecircncia em aacutereas ensolaradas de restinga

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Oferecem neacutectar e satildeo polinizadas por diversas espeacutecies de beija-flor e morcegos23 24

As florestas com cobertura de bromeacutelias fornecem habitat favoraacutevel para vetores principalmente os anofelinos do subgecircnero Kerteszia sp como o Anoph-eles (Kerteszia) cruzii vetor primaacuterio e uacutenico vetor reconhecido da malaacuteria em macacos na Mata Atlacircntica e que tambeacutem utiliza a aacutegua contida nas bromeacutelias para o desenvolvimento de suas larvas e outras espeacutecies potencialmente transmissoras da malaacuteria como o A (K) bellator e A (K) homunculus Por isso na Mata Atlacircntica os casos satildeo chamados de ldquomalaacuteria das bromeacuteliasrdquo

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Foto Marcia Chame

Foto Luiz Felipe Varella

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A Malaacuteria na Mata Atlacircntica

Bromeacutelias da Floresta Atlacircntica e sua Importacircncia

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Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

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Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

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DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

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LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

10

LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

11

LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

12

AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Page 7: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

7

Primatas brasileiros com registro de infecccedilatildeo por Plasmodium no Brasil 2017

Espeacutecie de Plasmodium

Nome comum do primata

Nome cientiacutefico do primata Bioma Referecircncia

P simium e P brasilianum bugio-preto Alouatta caraya Mata Atlacircntica Deane 1992 26

Deane 1973 27

P brasilianum bugio-vermelho Alouatta seniculus Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio-marrom Alouatta

clamitans Mata Atlacircntica Deane 1992 26

P brasilianum bugio-de-matildeos-ruivas Alouatta belzebul Amazocircnia De Arruda 1985 28

P simium e P brasilianum bugio Alouatta guariba Mata Atlacircntica

Duarte et al 2008 11Deane 1966 29

P simium macaco-prego Sapajus sp Mata Atlacircntica de Alvarenga et al 2015 30

P brasilianum macaco-prego Sapajus apella Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum maca-co-prego-galego Sapajus flavius Mata Atlacircntica Bueno et al 2017 32

P brasilianum e P simium muriqui-do-sul Brachyteles arach-

noides Mata Atlacircntica Deane et al 1968 33

P brasilianum zogue-zogue Callicebus caligatus Amazocircnia Bueno et al 2013 8

P brasilianum sauaacute Callicebus dubius Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Bueno et al 2013 8

P brasilianum guigoacute Callicebus moloch Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri sciureus Amazocircnia De arruda 1985 28

P brasilianum mico-de-cheiro Saimiri ustus Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum uacari-branco Cacajao rubicundus Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum macaco-da-noite Aotus nigriceps Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum parauacu Pithecia sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum parauacu Pithecia irrorata Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31

P brasilianum macaco-barrigudo Lagothrix cana Amazocircnia Arauacutejo et al 2013 31Deane 1992 26

P brasilianum macaco-aranha Ateles sp Amazocircnia Lourenccedilo-de-Oliveira et al 1995 34

P brasilianum cuxiuacute-preto Chiropotes satanas Amazocircnia Deane 1992 26

P brasilianum sagui-de-matildeos-douradas

Saguinus midas niger Amazocircnia De arruda 1985 28

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro 8

DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

9

LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

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LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

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LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 8: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

Zoonoses continuaccedilatildeo

Malaacuteria

O mosquito vetor da malaacuteria tem haacutebito noturno portanto eacute importante reforccedilar as medidas de proteccedilatildeo contra a picada do pocircr-do-sol ateacute o ama nhecer

bull Use roupas claras e com manga longa calccedilas compridas e meia

bull Use barreiras fiacutesicas como telas nas portas e janelas mosquiteiros se possiacutevel impregnado com piretroacuteides (inseticida)

bull Use repelente nas aacutereas expostas da pele seguindo a orientaccedilatildeo do fabricante do produto (recomenda-se o uso de produtos agrave base de e DEET (N-N-dietilmetatoluamida)

OBS Em crianccedilas de ateacute 2 anos de idade natildeo eacute recomendado o uso de repelente sem orientaccedilatildeo meacutedica Para crianccedilas entre 2 e 12 anos usar concentraccedilotildees ateacute 10 de DEET no maacuteximo trecircs vezes ao dia evitando-se o uso prolongado

FONTE Ministeacuterio da Sauacutede httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesguia_pratico_malariapdf

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Informaccedilotildees baacutesicas

6 Rey L 2010 Bases da Parasitologia Meacutedica 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

7 Brasil Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede 2017 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrindexphpoption=com_contentampview=arti-cleampid=10933ampItemid=646

9 Tazi L amp Ayala FJ 2011 Unresolved direction of host transfer of Plasmodium vivax v P simium and P malariae v P brasilianum Infection Genetics and Evolution 11 209ndash221

Para acessar as demais referecircncias e mais informaccedilotildees

httpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrreferC3AAncias-bibliogrC3A1fi-cas-matC3A9ria-malC3A1ria-boletim-informativo-janeiro-2018

Previna-se ao entrar na mata

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DORMIR EM BARRACAS

USAR CALCcedilADOS FECHADOS

FICAR ATENTO AOS HORAacuteRIOS DOS MOSQUITOS

DORMIR COM MOSQUITEIRO

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

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LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

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2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

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JULHO

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AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

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LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

Boletim Informativo | BI - CISS010 Janeiro

Page 9: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

SISSGEO BOA PRAacuteTICA NA GESTAtildeO de UCs Experiecircncias de gestatildeo bem sucedidas em unidades de conservaccedilatildeo com potencial de aplicaccedilatildeo em ou-tras UCs foram apresentadas no III Seminaacuterio de Boas Praacuteticas na Gestatildeo de Unidades de Conser-vaccedilatildeo promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio) O SISS-Geo foi apresentado como uma das ferramentas de auxiacutelio agrave gestatildeo das UCs contribuindo assim para a conso lidaccedilatildeo do Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo (SNUC)

SISS-GEO WORKSHOP COREacuteIA DO SUL Em evento promovido pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) a PIBSS-Fiocruz participou na Coreacuteia do Sul do Workshop sobre Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (Workshop on Science Technology and Innovation) para o alcanccedile dos Objetivos de Desen-volvimento Sustaacutevel O SISS-Geo foi apresentado como uma das contribuiccedilotildees da plataforma online Mecanismo de Facilitaccedilatildeo de Tecnologia (Technology Facilitation Mechanism - TFM)

OFICINA FEBRE AMARELA GUAPIMIRIMA PIBSS-Fiocruz promoveu uma oficina de trabalho de monitoramento e combate contra a febre amarela na sede da Defesa Civil em Guapimirim O evento contou com o apoio das secretarias municipais do Ambiente de Sauacutede e de Agricultura Pecuaacuteria e Pesca aleacutem da Secretaria Estadual de Sauacutede do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea) do Instituto Chi-co Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICM-Bio) e do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro

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LINHA DO TEMPO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

2017

SEMINAacuteRIO BRASILEIRO SOBRE AacuteREAS PROTEGIDAS E INCLUSAtildeO SOCIALDurante o VIII Seminaacuterio Brasileiro sobre Aacutereas Pro-tegidas e Inclusatildeo Social amp III Encontro Latino Amer-icano sobre Aacutereas Protegidas e Inclusatildeo Social real-izado na UFF em Niteroacutei a Plataforma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silvestre realizou a oficina Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre - SISS-Geo Mo nitoramento e Conservaccedilatildeo Aos partici-pantes foram entregues exemplares do livro ldquoBiodi-versidade faz bem agrave sauacutede guia praacuteticordquo

AGENDA 2030 Fiocruz e ONUA Fiocruz promoveu em parceria com diversos pro-gramas e agecircncias das Naccedilotildees Unidas uma consulta internacional sobre o papel da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo (CTampI) para a implementaccedilatildeo da Agenda 2030 Marcia Chame coordenadora da PIBSS (Plata-forma Institucional Biodiversidade e Sauacutede Silves-tre) destacou que o aplicativo SISS-Geo transforma cidadatildeos comuns em agentes ativos para prevenir febre amarela e outras doenccedilas de origem animal

OUTUBRO

NOVEMBRO

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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

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LINHA DO TEMPO

JULHO

JULHO

AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

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LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 10: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIAO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu a uacuteltima expe-diccedilatildeo nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa final foi iden-tificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de cami nhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodi-versidade

CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIALO Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil uma iniciativa apoiada pela ONU tem o objetivo de levantar projetos sus-tentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passou a compor o Banco de Tecnolo-gias Sociais (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo

BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico O livro-guia desenvolvido pela equipe da PIBSS e lanccedilado em julho foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas oficinas com as comunidades rodas de conver-sa e palestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comu-nidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses

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LINHA DO TEMPO

JULHO

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AGOSTO

2017

PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADEO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di gital partici-paccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversi-dade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade promovido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade

4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNSO projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital partici-paccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na apli-caccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentes concluiu as uacuteltimas expe-diccedilotildees nos municiacutepios na Reserva Extrativista Tapa-joacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade

MAIO

JUNHO

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PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

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LINHA DO TEMPO

JANEIRO

2017

10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

4 a 7 de abril

8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

5 a 10 de agosto

2 a 5 de setembro

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Page 11: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

PAINEL FEBRE AMARELAEm cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na discutiu propostas para o fortalecimento da in-tegraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhamento de accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos

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JANEIRO

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10 COLABORADORES EM DESTAQUEO SISS-Geo premiou os dez colaboradores e que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totalizava em marccedilo 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)

MARCcedilO

REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteSConselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias) A Plataforma Institucional Biodi-versidade e Sauacutede Silvestre participou do evento

FEVEREIRO

OFICINA FEBRE AMARELA - ImprensaA Fiocruz reuniu profissionais de comunicaccedilatildeo e im-prensa no campus de Manguinhos Rio de Janeiro para uma oficina sobre os diversos aspectos da Febre AmarelaO objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente

ABRIL

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

Leia a mateacuteria na iacutentegra emhttpswwwbiodiversidadecissfiocruzbrsiss-geo-jC3A1-estC3A1-disponC3AD-vel-na-versC3A3o-ios-para-dispositivos-appleoverlay-context=siss-geo-j25C325A1-es-t25C325A1-dispon25C325ADvel-na-vers25C325A3o

Boletim Informativo Ediccedilatildeo Rita Braune e Marcia Chame Diagramaccedilatildeo Rita Braune

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8 a 13 de julho

31 a 2 de agosto

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2 a 5 de setembro

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Page 12: SISS-Geo apresenta os dez colaboradores que mais se ... · animais silvestres, ... - Consumem toneladas de insetos e controlam pragas ... idade da malária pode ser maior do que na

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AGENDA 2018

PARTICIPE DO MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES

SISS-GEO DISPONIacuteVEL NA VERSAtildeO IOS PARA DISPOSITIVOS APPLE

42o Congresso da Sociedade de Zooloacutegicos e Aquaacuterios do Brasil

IEEE World Congress on Computational Intelligence

IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservaccedilatildeo (CBUC)

67th WDA Annual International Conference

54o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - MEDTROP2018

A versatildeo IOS do SISS-Geo aplicativo de monitoramento de animais silvestres da Fiocruz jaacute estaacute disponiacutevel na AppleStore para os dispositivos que utilizam o sistema operacional da AppleCom o IOS o app permite consultas e navegaccedilatildeo mais raacutepidas entre outras funccedilotildeesA plataforma de comunicaccedilatildeo foi aperfeiccediloada criando um espaccedilo de contato maior entre os colaboradores e a equipe Pelo Fale Conosco o colaborador pode enviar suas perguntas e sugestotildees e receber respostas da equipe de suporte eou especialistas de forma mais raacutepida e interativa

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