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    CHECKUP 2015

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    CHECKUP 2015

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    REALIZAÇÃO:ICOM – Instituto Comunitário Grande Florianópolis

     

     APOIO:IAF - Inter American FoundationPedra Branca Cidade Criativa

    WOA Empreendimentos ImobiliáriosPortobello

    Asas Inc.

    PARCEIROS:Community Foundations of Canada

    Grupo RBS

     CORREALIZAÇÃO

    Projeto Observatório Floripa Cidadã - DAP/ESAG/UDESC Valério Alécio Turnes

    Paula Chies SchommerLuiza Stein da Silva Josiani Lúcia Pinho

     

    PROJETO GRÁFICO, CAPA E DIAGRAMAÇÃO: Ana Sofia Carreço de Oliveira

    EDIÇÃO E REDAÇÃO: Ana Carolina PaciREVISÃO DE CONTEÚDO: Anderson Giovani da Silva

    PRODUÇÃO: Carine Bergmann

    FOTOS: Diário Catarinense

    FOTO DE CAPA: Felipe Carneiro

     TIRAGEM: 500

    GRÁFICA: Open Brasil Graf 

    Florianópolis, 21 de março de 2016.

    CHECKUP 2015

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    COMISSÃO TÉCNICA

    Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis - Viaciclo Luis Antônio PetersCaminhada Jane Jacobs Floripa/ Laboratório Cidade e Sociedade Gustavo Pires de Andrade NetoCasa da Criança Morro da Penitenciária Gilson Rogério MoraisConselho Municipal de Educação – CME Florianópolis Vanio FerreiraConselho Municipal de Saúde Carmem Mary de Souza SoutoGerência de Governo da Caixa em Florianópolis Beatriz Kauduinski CardosoGuarda Muncipal de Florianópolis Franco J. BussGuarda Muncipal de Florianópolis Thais Marques da SilvaMob Floripa Claudia SierviMovimento Ilha Verde Lúcio Dias da Silva FilhoPolícia Militar Coronel Araújo GomesPós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade - UFSC/ Vereador Lino Fernandes PeresRede Vida no Trânsito Leandro GarciaSecretaria de Estado da Justiça e Cidadania Maria Elisa de CaroSecretaria Municipal Assistência Social Káthia Terezinha Müller, Cristina G. dos SantosSecretaria Municipal Educação Prof. Rodolfo Pinto da Luz, Luciana BittencourtSecretaria Municipal Saúde Leandro GarciaSecretaria Municipal Saúde|Gerência de Inteligência da Informação Lucas Alexandre PedebôsUniversidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Lourival José Martins FilhoUniversidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Paula Chies SchommerEpiFloripa - UFSC Eleonora D’Orsi

    Vereador Pedro SilvestreVigilância Epidemiológica Ana Cristina Vidor

    ORGANIZAÇÕES REPRESENTANTES

    COLABORARAM

    ORGANIZAÇÕES REPRESENTANTES

    Associação Comercial e Industrial de Florianópolis - ACIF Patricia Valerio de FreitasInstituto Comunitário Grande Florianópolis - ICOM Aline VenturiInstituto Comunitário Grande Florianópolis - ICOM Agatha GonsalvesIniciativa para Inovação na Educação Brasileira - IIEB Lucia DellagneloInstituto Comunitário Grande Florianópolis - ICOM Jaques SuchodolskiInstituto Vilson Groh - IVG Willian NarzettiRBS TV Luciana CorreaSuperintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis - Suderf Guilherme MedeirosDiário Catarinense Diogo Vargas

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    A Metodologia

    UM PANORAMA

    da nossacidadeO Sinais Vitais 2015 reafirma seu objetivo: oferecer um

    panorama de Florianópolis e estimular reflexões para a melhoriada qualidade de vida da população como um todo. Nestaedição, os dados estão divididos em cinco eixos: segurança,mobilidade, saúde, educação e desenvolvimento urbano.

    Os indicadores foram coletados, sobretu-do, em órgãos públicos. Alguns não estãoatualizados ou mesmo disponíveis, o quetambém nos mostra que devemos pressio-

    nar mais por essas informaões. Anal, apartir delas podemos saber onde estamose projetar o futuro.

    Evitamos fazer muitas análises e traba-

    lhamos a partir de dados dedignos e dis-poníveis. Procuramos apresentar um retra-to equilibrado e motivador tanto pelo queconquistamos para a cidade, como pelos

    desaos que se apresentam.

     A metodologia utilizada para elaboração dosrelatórios Sinais Vitais é inspirada no proje-

    to Vital Signs, desenvolvido pela CommunityFoundations of Canadá. Essa metodologia sepropõe a fazer uma análise contextualizada apartir de indicadores já disponíveis em basesde dados de institutos de pesquisa.

    Busca-se que as informações sobre a comu-nidade sejam disponibilizadas de forma sim-

    ples, compreensível e acessível para todos.Para o Sinais Vitais 2015, buscamos indi-

    cadores junto a secretarias municipais e es-taduais, site da prefeitura e sites de órgãosreguladores, além de instituições de pesquisae avaliação no Brasil. Também levantamos in-formações a partir da troca de e-mails comresponsáveis por banco de dados do municí-pio de Florianópolis.

    Boa Leitura,

    e sigamos conhecendo

    e trabalhando por Florianópolis! 

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    O  Observatório Floripa Cidadã éum programa de extensão da UdescEsag que tem por objetivo contribuirpara o exercício da cidadania e atomada de decisão sobre o desen-volvimento da nossa cidade. Em 2012,participou da elaboração do relatórioDesaos de Florianópolis, apresenta-do aos candidatos à prefeitura. Em2013, acompanhou a aprovação da Lei

    do Plano de Metas pela Câmara de Vereadores e a elaboração do Planode Metas para a gestão 2013-2016 daPrefeitura, juntamente com mais de60 organizações que integram o Flo-ripa Te Quero Bem. Veja mais: esag.udesc.br 

    Quem somos

    O ICOM - Instituto ComunitárioGrande Florianópolis, nasceu há 10anos para unir pessoas, empresas eorganizações para o desenvolvimen-to comunitário da região. São três ei-xos de trabalho: Investimento socialna comunidade ajudando empresas e

    pessoas que contribuem doando deforma transformadora; Apoio técni-co e nanceiro a ONGs; e Produoe Disseminação do Conhecimento,onde entra o Sinais Vitais.

    Saiba mais sobre nosso trabalho econtribua com a comunidade doandopara o ICOM: icomforipa.org.br .

    F    O  T    O  F   E   L   I    P  E    C  A  R  N  E   I    R   O   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

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    sumario

    Contexto da Cidade 

    Nossos indicadores são bons se comparados à médianacional, mas há muito a avançar. Ainda mais porque os

    problemas são maiores em certas áreas da cidade.

    Crescimento populacional acelerado, atração diária esazonal de pessoas e população jovem marcam a cidade.

    No município, trânsito mata mais que homicídios. É preciso investirem segurança no trânsito, em uma melhor distribuição entre os

    modais e no aumento da qualidade do transporte coletivo.

    Mais mortes no trânsito que homicídios……………. p. 10

    Perfil de autores e vítimas de crimes violentos……….....…... p. 12

    Iniciativa que dá certo: Vizinho Solidário.………………………….....…. p. 15

    Atração diária e sazonal de pessoas…………. p. 8

    Economia desacelerada, mas em crescimento……………………………. p.9

    Por que preferimos ir de carro?………….…………………………......………………………………. p. 16

    Trânsito nas pontes……………………………………………………….............…………. p. 22

    Iniciativa que dá certo: Rede Vida no Trânsito.……………………. p. 22

    Mobilidade 

    Segurança 

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    Desafios FTQB Conclusão 

    Nos últimos anos, os indicadores variaram pouco.

    Destaque para o programa de prevenção da Família, comcobertura de quase 100% e melhor avaliação nacional emcomparação a outras capitais.

    Ocupamos os primeiros lugares em rankings nacionais, mas o Brasilestá nas últimas posições de rankings internacionais. O momentoé desafiador, especialmente para os jovens no Ensino Médio.

    Apesar de ser uma capital com indicadores que denotam uma boaqualidade de vida, a infraestrutura da cidade é precária.

    Panorama geral da Saúde………………..…………. p. 24

    Crianças………………..………………………………………………. p. 28

    Hábitos da População……..…………………………………………………. p. 30

    Anos Potenciais de Vida Perdida……..…………………………...………………. p. 32

    Iniciativa que dá certo: Atenção à Saúde Primária.…………………………………. p. 33

    Qualidade do ensino.…………………………………………..................……. p. 34Iniciativa que dá certo: Creche municipal Hassis.……………............................… p. 35

    Recursos do município aplicados em Educação.............................................................. p. 37

    Mais de 150 mil moradores residem em áreas sem calçadas apropriadas...… p. 42

    Balneabilidade das praias.…………….................................................…….............… p. 48

    Planejamento da cidade.………………..................................................………...….............. p. 50

    Iniciativa que dá certo: Revitalização da Rua Vidal Ramos...........................................….…… p. 53

     ………………………........................................……… p. 54

     ………………………........................................……… p. 60

    Saúde 

    Educação 

    Desenvolvimento Urbano 

    F    O  T    O   C  H  A  R  L   E    S    G   U  E   R  R  A   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  

    E   N   S   E   

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    Contexto da CidadeFLORIANÓPOLIS: QUEM SOMOS E ONDE ESTAMOS?

    Qualidade de vida, natureza, um ambienteempreendedor e universidades são alguns dosprincipais motivos que atraem tantas pessoaspara Florianópolis.

    O crescimento demográco da cidade é ace-

    lerado, e ainda há um movimento diário depessoas que trabalham ou estudam, mas nãomoram na capital. No verão, milhares de tu-ristas brasileiros e estrangeiros visitam e setornam moradores temporários do município.

    MANEZINHOS DE CORAÇÃO

    Pouco mais da metade da população da cidade,51,70% segundo o Censo 2010, é formada porpessoas que não são naturais do município mas

    que aqui constroem sua vida.

     ATRAÇÃO DIÁRIA E SAZONAL DE PESSOAS

    Florianópolis é um polo regional que atrai cercade 120 mil pessoas todos os dias. Apesar de nãomorarem na cidade, elas utilizam a infraestruturabásica, como saneamento, transporte, energiae servios em geral, que acabam candosobrecarregados. Também há aumentos sazonais signicativos

    causados pelo turismo, especialmente no verão.

    8 SINAIS VITAIS I 2015

    CRESCIMENTODEMOGRÁFICO ACELERADO

    Entre 2008 e 2014, a cidade cresceu emmédia 2,8% ao ano, recebendo cerca de40 mil novos habitantes. Ao todo, já somos469 mil, conforme estimativa do IBGE.

    Segundo o plano diretor de Florianópolis,a estimativa para 2035 é de 800 milmoradores.

    2015 2035

    469mil habitantes

    800 mil habitantes

    Fonte: IBGE

    FOTO CHARLES GUERRA, DIÁRIO CATARINENSE

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    9SINAIS VITAIS I 2015

    ECONOMIA DESACELERADA,MAS EM CRESCIMENTO

    Grande parte dos empregos formais de Floria-nópolis está concentrada nos setores de servi-ços, comércio e administração pública.

    Nos últimos anos, o Produto Interno BrutoMunicipal (PIB) cresceu em função da econo-mia local. Entretanto, isso não ocorreu no mes-mo ritmo de crescimento da população, o queinuencia para que o PIB por habitante tenhaaumentado em menor proporção quando com-parado com o PIB por habitante do Estado.

    Florianópolis é a única capital brasileira que

    não lidera o ranking do PIB em seu Estado. Se-gundo pesquisa do IBGE, referente ao ano de2012, o municipio cou com o terceiro lugar, aocontribuir com 7,1% para o PIB estadual (atrásde Itajaí com 11,1% e Joinville com 10,3%).

    Entretanto, Florianópolis apresenta índicesrelevantes de informalidade nas relações eco-nômicas (dados da PNAD/IBGE e do Ministériodo Trabalho e Emprego - MTE permitem esti-mar um percentual de 25%). Assim, boa parte

    da produção e geração de renda não é captadapelas estatísticas ociais. As principais atividades econômicas do mu-

    nicípio são comércio, turismo (que se destacapelo número de empregos gerados), construçãocivil, indústria da transformação, vestuário etecnologia, essa última se destaca pela gran-de evolução no número de empresas e por umcrescimento de cerca de 20% ao ano segundo a Associação Catarinense de Tecnologia - ACATE.

    EMPREGO FORMALDe 2010 a 2014, foram criados 34.559 novos pos-tos de trabalho no município. Estima-se que288.502 pessoas possuem carteira assinada(RAIS 2014).

    SALÁRIO DOS MORADORESDe acordo com o Censo 2010, a renda por mo-rador em 21,82% dos domicílios é de menos deum salário mínimo. Em contrapartida, em 20,22%dos domicílios a renda por morador é de maisde cinco salários mínimos.

    POPULAÇÃO JOVEM

    O grande uxo de jovens, atra-ídos pelas boas universidades,provoca o aumento da partici-pação da faixa etária acima de20 anos na composição geral dapopulação. Com isso, há uma de-manda crescente por serviços,infraestrutura e atividades pró-

    prias desse grupo etário.

    NÍVEL DE ESCOLARIDADESUPERIOR À MÉDIA NACIONAL

    Cerca de 24,18% da populaçãopossui ensino superior completo,segundo o Censo 2010. A médianacional é de 7,9%, e a estadual

    de 9,7%.

    BOLSA FAMÍLIA

    No total, 6.193 famílias são be-neciárias do Programa BolsaFamília. Esse número aumentou10% entre os meses de dezem-bro de 2010 e julho de 2015 (IPEA

    DATA, 2015).

    REGIÕES DE BAIXAINFRAESTRUTURA EQUALIDADE DE VIDA

    No Censo 2010, o IBGE apontou13 áreas com condições precá-rias de infraestrutura e serviços

    públicos em Florianópolis. Nes-sas regiões, vivem em situaçãode risco 17.573 pessoas.

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    10 SINAIS VITAIS I 2015

    Florianópolis ainda é uma cidade segura?

    Seguranca

    Florianópolis é conhecida pela

    qualidade de vida conquistada pela

    população. Um dos aspectos fun-

    damentais para a manutenção e

    avanço dessa qualidade é a segu-

    rança, cujos índices são relativa-

    mente bons quando observados no

    contexto brasileiro.

    Entretanto, a atenção precisa ser

    constante. As experiências dos Con-

    selhos de Segurança (CONSEG) e

    projetos como o “Vizinho Solidário”

    mostram que a colaboração entre a

    população e os órgãos de seguran-

    ça é uma saída efetiva no combate

    à violência. As principais preocupa-

    ções são os homicídios, os crimes

    sexuais, os furtos e roubos, e cha-

    ma a atenção o baixo percentual de

    procedimentos instaurados em rela-

    ção ao número de boletins de ocor-

    rência registrados.

    Outro ponto que precisa ser me-

    lhorado é a integração entre as ba-ses de dados dos órgãos que atuam

    no setor de Segurança. Um melhor

    registro e tratamento de dados per-

    mite monitorar com mais precisão

    variáveis como idade, sexo, raça e

    localidade, e os cruzamentos de in-

    formações ajudariam a identicar

    onde são necessárias ações arma-

    tivas que possam corrigir injustiças

    e combater desigualdades econômi-

    cas e sociais.

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    11SINAIS VITAIS I 2015

    MAIS MORTES NO TRÂNSITO QUE HOMÍCIDIOSRELAÇÃO COM INDICADORES ESTADUAIS E NACIONAIS

    Fonte: Mapa da Violência 2014

    Fonte: NUGES/DINI/SSP Fonte: NUGES/DINI/SSP

     TAXA DE ÓBITOS POR ACIDENTE DE TRANSPORTE - JOVENS ENTRE 15 E 29 ANOS(POR 100 MIL HABITANTES)

    9287

    5651

    46

    93 34

    Fonte: Mapa da Violência 2014

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    44,039,9

    35,7

    29,4

     A juventude de Floria-nópolis é posta e se co-loca em risco no trânsito.Os acidentes de trânsito

    são responsáveis pelamorte de 44 jovens entre15 e 29 anos a cada 100mil habitantes, superan-do a taxa de mortes porhomicídio.

     A questãodo trânsito também

    é um desao naMobilidade e na Saúde,conforme veremos nas

    páginas 16 e 32.

    HOMICÍDIO DOLOSO HOMICÍDIO CULPOSO

    Entre 2010 e 2014,

    Florianópolis regis-

    trou 332 vítimas de

    homicídio doloso, isto

    é, onde há a intenção

    de matar. O número

    foi reduzindo ano a

    ano, como é possível

    ver no gráco ao lado.

    Os homicídios

    culposos, cometi-

    dos sem a intenção

    de matar, mostram

    uma queda consis-

    tente no período

    entre 2011 e 2014,

    como podemos ver

    ao lado.2010 2011 2012 2013 2014 2011 2012 2013 2014

    Total332

    Total19

    Número de vítimas de Homicídio doloso Número de vítimas de Homicídio Culposo

    33,9

    23,8

    47,7

    Região Sul

    Santa Catarina

    Brasil

    Florianópolis

    57,629,0

    15,0

    12,8

    24,0

    Taxa de Homicídios 2012 - População em geral(por 100 mil habitantes)

    Taxa de homicídios 2012 - Jovens entre15 e 29 anos (Por 100 mil habitantes)

    FOTO DANIEL CONZI, DIÁRIO CATARINENSE

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    12 SINAIS VITAIS I 2015

    LATROCÍNIO

    LESÃO CORPORAL

    SEGUIDA DE MORTE

    CONFRONTO ENTRE SUSPEITOSE A POLÍCIA MILITAR

    Os dados variam de 2 a 7 casos

    de assalto a mão armada por ano.

    Nos últimos anos, houve uma

    signicativa queda dos registros de

    casos de lesão corporal seguida de

    morte.

    O número de mortes resultantes

    de conitos entre policiais militarese suspeitos entre 2010 e 2014 foram

    21. Somente em 2014 foram 9 mortes.

    O PERFIL DOS AUTORES E VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOSFLORIANÓPOLIS

     Os autores e vítimas de crime são, em suamaioria, do sexo masculino, com idadeentre 18 e 24 anos, e com antecedentescriminais.

     Os homicídios são cometidos,expressivamente, por arma de fogo,tendo como motivação a desavença e otráfico de drogas. Costumam acontecerem via pública e, de forma secundária, na

    residência da vítima.

     Os homicídios acontecem principalmentenos finais de semana e entre às 18 horas emeia-noite.

     Para os pesquisadores, a maior incidênciade homicídios nesses dias se explicapelo consumo de drogas e álcool, quefuncionam como desencadeadores decomportamentos violentos.

    Fonte: Mapa da Violência 2014

    Total22

    Total

    49

    2010 2011 2012 2013 2014

    25 7

    26

    2011 2012 2013 2014

    25

    13

    4 7

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Número de Vítimas de Latrocínio

    Lesão corporal seguida de morte

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    13SINAIS VITAIS I 2015

    LESÃO CORPORAL

    Florianópolis registra uma

    média anual de 4.961 boletins de

    ocorrência por lesão corporal desde

    2011. Em média, somente 14% destes

    casos são objeto da instauração de

    procedimentos policiais.

    2011

    2011

    2012

    2012

    2013

    2013

    2014

    2014

    2015(jan a set)

    2015

    Lesão corporal

    Roubo

    5.099

    2.499

    4.088

    2.093

    5.125

    4.813

    2.455

    3.312

    2.8683.312

    289

    356

    338

    376

    257

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Boletins de ocorrência

    B.O.

    Número de procedimentos policiaisinstaurados pela Policia Civil

    P.I.

    ROUBO

    De 2013 a 2015 houve aumento

    de 37% no número de boletins

    de ocorrência (B.O.) por roubo.

    O aumento, no entretanto, não

    reetiu em um maior número de

    procedimentos instaurados (P.I.),

    ou seja, investigação do fato pela

    Polícia Civil. Os dados de 2011 a

    2015 mostram uma tendência de

    queda no número de PI, sendoque em 2015 somente 5,8% dos

    casos registrados acarretaram em

    investigação.

     A média dos últimos 5 anos

    aponta que o roubo a pessoa

    que se desloca a pé pela rua

    é a ocorrência de roubo mais

    frequente, representando 47,21%

    dos B.O. no município.

    275

    225

    226

    213

    168

    Total23.157

    1.616

    Seguranca

    F    O  T    O  F   E   L   I    P  E    C  A  R  N  E   I    R  

     O   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

    2.399

    Total12.314

    1.107

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    14 SINAIS VITAIS I 2015

    FURTO

    O número de boletins de ocorrência referentes a furtos diminuiu de

    2010 a 2014, como pode ser visto no gráco abaixo. O que preocupa é que

    menos de 4% do total registrado costuma acarretar em procedimentos

    instaurados pela Polícia Civil.

    Furto a residência representou

    19,55% dos boletins de ocorrência

    por furto nos últimos cinco anos.

    ESTUPRO

    Florianópolis registra uma média

    anual de 193 boletins de ocorrência

    por estupro desde 2011. Em média de

    46,6% do total registrado costuma

    acarretar em procedimentos

    instaurados pela polícia Civil.

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015 (jan a set)

    194

    189

    206

    185

    123

    50

    78

    94

    105

    91

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    B.O.

    P.I.- Crimes sexuais

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015(jan a set)

    15.209

    14.016

    13.210

    13.114

    8.825

    576

    571

    485

    491

    330

    Fonte: NUGES/DINI/SSP

    Boletins de ocorrência

    Procedimentos instaurados

    TRÁFICO DEDROGAS

    De 2010 a 2014, cresceude forma expressiva

    o número de boletinsde ocorrência relativos

    ao tráfico de drogas,

    saltando de 461

    para 1.070 casos

    registrados. Isso

    representa um

    aumento de 132%.

    Total897

    Total11.432

    418

    1.068

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    17/68

    15SINAIS VITAIS I 2015

    RANKINGS ECONÔMICOS E SOCIAIS - SEGURANÇACOMPARATIVO COM INDICADORES ESTADUAIS E NACIONAIS

    Em funcionamento há vá-rios anos e em diversos bair-ros da cidade, o projeto surge

    a partir da ação conjunta demoradores e polícia militarnos conselhos de segurança(CONSEG).

    Por exemplo, em abril de2015 no Rio Tavares, foram

    constatados cerca de 50 ar-rombamentos. A comunidade,em colaboração com a políciamilitar se mobilizou, produziuplacas, sensibilizou os mora-dores e realizou reuniões para

    implantar o projeto.Nos oito meses seguintes

    foram registrados somente

    03 arrombamentos, em casasque não estavam participan-

    do do Vizinho Solidário.

    % DE PESSOAS QUEPRESTARAM QUEIXA

     TAXA DE VITIMIZAÇÃO(POPULAÇÃO QUE JÁ SOFREU CRIMES) %

    EM FLORIANÓPOLIS É SUPERIOR A REGIÃO SULE EM COMPARAÇÃO A MÉDIA NACIONAL CHEGA

    QUASE 1/4 DA POPULAÇÃO.

    SATISFAÇÃO COM A POLÍCIA (%)

    Fonte: Datafolha/2013

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        R    i   o    G   r   a   n    d   e    d   o    S   u    l

        P   a   r   a   n     á

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    23,9

    17 17,2 17,421

    Fonte: Datafolha/2013

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        C   u   r    i    t    i    b   a

        P   o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    58,9

    54,6

    47,7

    55,0 54,6

    Fonte: Datafolha/2013

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    23,521,5 19,19

    Como implantar oprojeto no seu bairro

    Todas as comunidades podem participar doprojeto Vizinho Solidário. Basta procurar o co-mando da Polícia Militar local, que irá orientar

    as ações no bairro.

    Conheça algumas das ações:

     Criação de grupos de residências, formandouma rede de vigilância comunitária;

     Indicação de líderes de ruas ; Fixação de placas em locais visíveis Padronização de sinais com uso de apitos; Avisar os vizinhos em caso de viagens; Comunicar aos vizinhos e à PM a presença

    de pessoas ou carros estranhos circulandomuitas vezes no mesmo dia.

    Conheça mais:facebook.com/Vizinho-Solidário-Floripa  

    Iniciativa que dá certo Vizinho Solidário

    Seguranca

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    18/68

    Fonte: Mapa da Violência - 2013    P

       o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

        C

       u   r    i    t    i    b   a

        P

       o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

        B

       r   a   s     í    l    i   a

        B   r   a   s    i    l

        R   e   g    i    ã   o    S   u    d   e   s    t   e

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

        R    M     P

       o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

    Florianópolis

    Média das Capitais

        R

        i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o

        C   u   r    i    t    i    b   a

        B   r   a   s    i    l

        S

        ã   o    P   a   u    l   o

        R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o

    22,6

    48

    11,9

    32

    16,8

    30

    11,9

    21

    32

    16 SINAIS VITAIS I 2015

    Mobilidade

     TAXA DE MORTALIDADE POR VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO(MORTES POR 100.000 HAB)

    HÁBITO DE DIRIGIR ALCOOLIZADO

    CAPITALONDE MAISSE ADMITE

    DIRIGIRAPÓS BEBER

     ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDA (APVP)*DEVIDO A ACIDENTE DE TRÂNSITO EM 2014.

    DESLOCAMENTOCASA / TRABALHO (MIN)

    PARTICIPAÇÃO DA

    BICICLETA NO TOTALDAS VIAGENS (%)

     TRANSPORTE PÚBLICONO TOTAL DAS VIAGENS (%)

     TOTAL DAS VIAGENS(%  APENAS AUTOMÓVEL)

     TRANSPORTE COLETIVO – IPK(ÍNDICE DE PASSAGEIROS POR KM)(APENAS EM ÔNIBUS)

    9,6%

    4,6%

    Fonte: ANTP-2013Fonte: Mapa da Violência 2014

    Fonte: Plamus/ IPEA-2013

    Fonte: PlamusFonte: Plamus

    Florianópolis

    3.292Fonte: SIM Florianópolis

    Fonte: Ministério das Cidades

        F

        l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

        F

        l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

        R    M     F

        l   o   r    i   a   n     ó   p   o

        l    i   s

    Em Florianópolis, acidentes de trânsitomatam mais do que homicídios. A maioriaenvolve carros, e não é para menos, qua-se metade dos deslocamentos realizadosna cidade são por transportes individuais

    motorizados. A Grande Florianópolis é aregião metropolitana brasileira que maisutiliza o automóvel na distribuição modal.

    Um dos motivos para a prevalência doautomóvel é tempo gasto em transportepúblico para o mesmo deslocamento, queé quase o dobro.

    Segurana no trânsito e diversicao

    do sistema de mobilidade urbana são de-saos prioritários, assim como o aumentoda qualidade do transporte público.

    PREVALÊNCIA DE CARROS E ACIDENTES - FLORIANÓPOLIS EM RELAÇÃO A OUTRAS CAPITAIS, REGIÕES E PAÍS

    2,05 2,79 2,77 1,16

    44,4

    32,127,7

    34,8

    42,8

    26,44

    46,3 44,3

    Fonte: Plamus

        F    l   o   r    i   p   a    i    l    h   a

        F    l   o   r    i   p   a    C   o   n    t    i   n   e   n    t   e

        J   o    i   n   v    i    l    l   e

        S    ã   o    P   a   u    l   o

        B   r   a   s    i    l

    3,441,23

    14,06

    0,83,6

    50,7

    No município, trânsito causa mais mortes que homicídios

    *Saiba mais sobre esse indicador na página 32

        C   u   r    i    t    i    b   a

        P   o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

        D    i   s    t   r    i    t   o    F   e    d   e   r   a    l

        S    ã   o    P   a   u    l   o

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    19/68

    17

    Quem vai de carro, leva, em média, umtempo 46% menor do que quem vai detransporte coleti vo. Ou seja, quase metadedo tempo. (Plamus)

    Em 2010, cerca de 59 mil pessoas levavammeia hora por dia em deslocamentos parao trabalho. Se tempo é dinheiro, já pensouquanto recurso desperdiçado?

    Cerca de R$ 38 milhões por ano, se con-siderarmos que cada hora perdida vale, emmédia, R$ 3,58. (CENSO 2010)

    TEMPO MÉDIO TRANSPORTE PÚBLICO E PRIVADO(MINUTOS POR VIAGEM)

    DESLOCAMENTO PARA O TRABALHO (%)

     TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO

     TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO

    PARA O TRABALHO

    Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 Mais de meia hora

    Menos de meia hora

    81,12 67,08

    18,88 32,92

    Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 Coletivo

    Privado

    FlorianópolisSanta Catarina

    57,6

    31,2

    Diferença de26,4 minentre os

    meiosMédiatotal44,4

    SINAIS VITAIS I 2015

    F    O  T    O   D  I     O  R   G  E   N  E    S   P  A  N   D  I    N  I     , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    20/68

     ATIVIDADES COM MAIOR EXIGÊNCIA DE LOCOMOÇÃO

    O trabalho é o que move mais gente em Florianópolis, outras atividades relevantes:

    Compras

    10%

    Saúde

    9%

    Estudo

    8%

    58%

    Trabalho

    Lazer

    11%

    Para trabalhar Para estudar

    Carro Transporte público A pé Motocicleta Outros meios de transporte

    40%

    31%

    14%

    9%6%

    52%

    21%

    14%

    9%2%

    MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS

    18 SINAIS VITAIS I 2015

    Fonte: : Mapa 2011

    Fonte: : Mapa 2011

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    21/68

    Mobilidade

     Total de veículos somados em Florianópolis em 2014 (PLAMUS).

    Carros e motos aumentam numa proporçãomaior à da população. De 2010 a 2014, a taxade crescimento de automóveis na cidade foi de4,51%; de motos, 5,85%; de pessoas, 2,41%.

     VEÍCULOS PARTICULARES

     AUMENTO CONTÍNUO DAFROTA DE CARROS E MOTOS

    Taxa Cresc. Pop Taxas Autos Taxas Motos

    = 317.199+ + + + +

    Automóveis Caminhões Ônibus Micro-ônibus Motocicletas Ciclomotores

    GRUPO 1FLorianópolis

    GRUP0 2São JoséBiguaçuPalhoça

    GRUP0 3Demais

    municípiosda região

    2,41

    4,51

    5,855,345,29

    5,88

    5,19

    2,46

    1,68

    % Taxa de crescimento motos e carros (2010-2014)

    19

    De acordo com as pesquisas do PLAMUS, o índice de mobilidadeem Florianópolis é 1,85. Isso quer dizer que em média, cadahabitante da cidade realiza diariamente 1,85 viagens.

    47,75%

    26,44%

    22,4%3,4%

    47,75%

    32%

    dos deslocamentos são feitos por carro.

    Tanto que, segundo o Plamus, Florianópolis estána região metropolitana brasileira onde aspessoas mais se utilizam do automóvel.

    Bem superior à média nacional, de

    Fonte: PLAMUS 2014Carro Transporte coletivo A pé Bicicleta

    Fonte: : PLAMUS 2014

    SINAIS VITAIS I 2015

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    22/68

    POR QUE ANDAMOSPOUCO A PÉ OU DEBICICLETA?A cidade não facilita o transportenão motorizado:

    As calçadas são estreitas ouinexistentes na maior partedas ruas;

    Há obstáculos;

    A infraestrutura cicloviáriaé deficiente e apresentaproblemas de conexões.

     TRANSPORTE COLETIVO

     TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

    Ônibus

    O atual responsável pela frota de ônibus da cidade é o Consórcio Fênix.Segundo a empresa, são 524 veículos que operam 100 linhas, transportando 5,4milhões de passageiros por mês e rodando 2,8 milhões de quilômetros. A idade média da frota é de 5,51 anos, a mais baixa da história do município.

    Esse serviço é oferecido apenas para viagens entre a Lagoa da Conceição

    e Rio Vermelho com a Costa da Lagoa. São 72 embarcações no total (27 daCooperbarco e 45 da Coopercosta), fazendo o transporte para uma médiaanual de 800 passageiros.

    20 SINAIS VITAIS I 2015

    FOTO EDWIN PIJPE, FREEIMAGES.COM

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    23/68

    POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SONORA

    Embora no existam dados especícos para Florianópolis, o Ministério doMeio Ambiente aponta para o aumento das emissões de CO2 causado pelafrota de veículos automotores.

     Também não há estudos sobre poluição sonora, porém em alguns horáriose regiões da cidade o barulho torna-se um problema.

    Em 2014, a cidade contava com 55,5 km de extensão de vias cicloviárias.Cerca de 3,4% das viagens são realizadas por bicicleta, mas há uma grandedisparidade entre ilha e continente.

    DISTRIBUIÇÃO MODAL DAS VIAGENS - 2014

    Participação da bicicleta no total de viagens (%)

    FloripaContinente

    FloripaILha

    CICLOVIA

    21SINAIS VITAIS I 2015

    Mobilidade

    3,44 1,23

    POR QUEPREFERIMOS IRDE CARRO?Alguns aspectos facilitam apreferência pelo automóvel:

     A urbanização da cidadefaz com que a maioria dosdeslocamentos esteja acimade 500 metros;

     Há uma baixa frequência eirregularidade do transportepúblico (leva-se o dobro de

    tempo para ir de ônibus doque se leva para ir de carro);

      Disponibilidade deestacionamento gratuito oude baixo custo em via pública.

    FOTO MATTY AND SHARON, FREEIMAGES.COM

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    24/68

    22 SINAIS VITAIS I 2015

     As pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles são pontos-chave do problema de trânsito da cidade.

    Quando foram projetadas,o uxo estimado paracada uma delas era de

    40 milveículos 

    por dia.

    CAPACIDADE

    315 milveículosnesses acessos.

    Estima-se que em2020 passem

    PREVISÃO

    200 mil

    veículospassam pelas pontesdiariamente.

    CIRCULAÇÃO

    Cerca de

     TRÂNSITO NAS PONTES

    75%dos veículos que ocupam a ponte Colombo Salles no horáriode pico são carros. Isso representa 90% da capacidade da

    ponte e transportam 11 mil pessoas. Os ônibus levam10 mil passageiros e ocupam 1% da capacidade.

    Para modicar a atual realidade de violência no trânsito de Floria-nópolis, foi lançado o projeto Rede Vida no Trânsito, que conta como envolvimento da Prefeitura, sobretudo por meio da Secretaria deSaúde e da Guarda Municipal, da Polícia Militar, da Polícia Rodovi-ária Federal, da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina,do Instituto Geral de Perícias, do Detran e de diversas organizaçõesda sociedade civil e iniciativas voluntárias relacionadas ao tema. Além da divulgação dos resultados de pesquisas, as ações devemgerar novas alternativas para que a cidade saia do topo do rankingde indicadores tão trágicos e violentos relacionados a mobilidade.

    Saiba mais: http://www.redevidanotransito.org/ 

    Iniciativa que dá certo Rede Vida no Trânsito

         F     O     T     O     D

         A     N     I     E     L     C     O     N     Z     I ,     D     I      Á     R     I     O     C     A     T     A     R     I     N     E     N     S     E

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    25/68

    Mobilidade

    23SINAIS VITAIS I 2015

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    26/68

    24 SINAIS VITAIS I 2015

    PANORAMA GERAL DA SAÚDE(COMPARATIVO COM ESTADO, REGIÃO E PAÍS)

    Fonte: SIM/SINASC 2014

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    MORTALIDADE INFANTIL (%)(POR MIL NASCIDOS VIVOS)

    Fonte: Boletim SMSFlorianópolis – Julho de 2015

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    PREVALÊNCIA DE DIABETES MILLITUS (%)

    10,87

    5,5

    12,5 11,710,02

    15,3

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    27/68

    25SINAIS VITAIS I 2015

    Fonte: SMS Fpolis/ Vigitel - 2014

        C   u   r    i    t    i    b   a

        P   o   r    t   o    A    l   e   g   r   e

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    SOMOS A CAPITAL COM O MENOR ÍNDICEDE PREVALÊNCIA DE OBESIDADE (%)(POPAçãO ≥ 18 ANOS)

    Fonte: Atlas Brasil/2013

    FLORIANÓPOLIS ESTÁ ENTRE AS3 CAPITAIS CAMPEÃS EM VIDA LONGA (ANOS)

    Fonte: Atlas Brasil - 2013

     TAXA DE FECUNDIDADE(TOTAL DE FILHOS POR MULHER)

    14

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    1,2

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

    76,6

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

    1,7

        B   r   a   s    i    l

    1,91921

    17,9

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    77,4

        B   r   a   s     í    l    i   a

    77,4

        S    ã   o    P   a   u    l   o

    76,3

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

    1,78

        B   r   a   s    i    l

    74,6

    O tema saúde costumaaparecer no topo da lis-ta de preocupações dosbrasileiros, de acordo comdiversas pesquisas1. EmFlorianópolis, a pesquisa Vortex2 mostrou que o Sis-

    tema Único de Saúde (SUS)é utilizado por 57% dos en-trevistados, e que o índice

    de satisfação geral positivacom os serviços é de 51%.

    Com relação ao atendi-mento emergencial, a mes-ma pesquisa mostra queos hospitais públicos daregião e os postos médicos

    são procurados por 32%dos entrevistados, e que50% da amostra conside-

    ram a qualidade da atençãocomo ótima ou boa nessescasos.

    O Sistema de Saúde domunicípio, especialmenteem relação aos atendimen-tos de alta complexidade,

    também é utilizado por mo-radores do entorno e deoutras cidades do Estado.

    1 Saúde é a principal preocupação de 33% dos brasileiros (pesquisa de 2013).Saúde é a principal preocupação dos eleitores (pesquisa de 2014).

    2 Publicada no documento Florianópolis Sustentável: Plano de Ação (2014, p.77). Fonte Vortex.

    Bons índices se mantém e investimento contínuo é fundamental

    saude

    F    O  T    O   G   U  T    O  K   U  E   R  T   E   N   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   

    N   S   E   

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    28/68

    26 SINAIS VITAIS I 2015

    ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

    Nos últimos cinco anos, foram abertos novos estabelecimentos de saúde, entre públicos eprivados, como mostra a tabela abaixo. Porém, a ampliação dos equipamentos de atendimentonão acompanhou o aumento da demanda gerada pelo crescimento populacional.

    LEITOS DE INTERNAÇÃO

    Houve uma queda de 101 leitos de internação no período de 2010 a 2015, devido a cortes doSistema Único de Saúde (SUS) em Florianópolis. O SUS reduziu 152 leitos, enquanto os que nãofazem parte da rede tiveram um acréscimo de 51 leitos.

    DESCRIÇÃO 2012 2013 2014 2015 VARIAÇÃO %

    Centro de Saúde/Unidade Básica 50 51 50 50 0,00Policlínica 27 24 24 26 -3,70Hospital Geral 13 14 14 15 15,38Hospital Especializado 9 8 9 8 -11,11Pronto Socorro Especializado 3 4 4 3 0,00Consultório Isolado 489 497 504 507 3,68Clínica/Centro de Especialidade 258 265 276 280 8,53

    Unidade de Apoio Diagnose 83 84 84 84 1,20e Terapia (Sadt Isolado)Unidade Móvel Terrestre 2 2 2 3 50,00

    Unidade Móvel De Nível 4 9 9 7 75,00Pré-Hospitalar na Área de UrgênciaFarmácia 3 3 4 4 33,33Unidade de Vigilância em Saúde 2 3 3 3 50,00Cooperativa 1 2 2 2 100,00Hospital/Dia – Isolado 9 9 9 10 11,11Centro de Atenção Psicossocial 4 4 4 4 0

    Tipos de estabelecimentos (2012-2015)

    Fonte: Tabnet DATASUS

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    29/68

    27SINAIS VITAIS I 2015

    Saude

     ATENDIMENTOE COBERTURA

     A média de consultasmédicas por habitantes,no sistema públicode saúde, tem se manti-do estável desde 2009,como podemos ver natabela a seguir.

    MÉDIA DE CONSULTASMÉDICAS POR HABITANTE

    3,08

    2,79

    2,73

    2,86

    2,88

    3,31

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014   100

    97,33

    97,96

    96,52

    90,57

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    Fonte: Tabnet DATASUS

     A demanda aumentou em proporção maiorque a capacidade do sistema, porém osindicadores se mantêm estáveis. De acor-do com prossionais do sistema, a causadisso são os grandes esforços na atençãoprimária, que busca a promoção e recupe-ração da saúde e a prevenção de doenças.Com isso, busca-se diminuir o número deatendimentos mais complexos.

    Segundo dados da Secretaria Municipalde Saúde de Florianópolis, a cobertura deatendimento à população atingiu a marcade 100% na Atenção Básica com a Estra-tégia de Saúde da Família (ESF) na capitalcatarinense.

    1002015

    89,34 2013

    96,50 2014

    COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADAPELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE (%)

     ATENÇÃO À SAUDE

    F    O  T    O   B  E   T   I    N  A  H   U  M E   R  E    S    , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    30/68

    Um dado que deve ser monitorado mais deperto é o da cobertura vacinal com a vacinapentavalente, que vem decrescendo nos últi-mos anos. Enquanto em 2007 era de 88,10%,em 2014 foi de 77,5%.

     Todos os dados são da SMS Florianópolis.

    28 SINAIS VITAIS I 2015

    RECURSOS INVESTIDOS

    Cobertura Vacinal

    FOTO JESSÉ GIOTTI, DI ÁRIO CATARINENSE

    F    O  T    O  F   E   L   I    P  E    C  A  R  N  E   I    R   O   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    31/68

    CRIANÇAS

    O percentual de crianças com menos de 2 anos con-sideradas desnutridas reduziu de 1,7% em 2007 para0,7% em 2014. Se considerarmos que os especialistasesperam que 3% das crianas podem ser classicadascomo “desnutridas” (embora não sejam de fato) por

    serem naturalmente magras, o índice de 0,7% em 2014deve ser observado com cuidado, pois pode indicaruma prevalência de sobrepeso entre as crianças (VI-GITEL, 2015).

    29

    7,94 2007

    9,93 2008

    8,98 2009

    9,05 2010

    8,43 2011

    10,87 2014

    7,60 2015

    9,10 2012

    5,15 2013

    Pelo governo municipal, a despesa com saúde por habitante tem crescido ao longodos anos. Em 2014, o total foi de R$ 550,53 por habitante ano, 7,87% a mais do que no

    ano anterior.

      ANO VALOR VARIAÇÃO % VALORES ATUALIZADOS IPCA  2007 R$ 216,28 - 323,83  2008 R$ 298,97 38,23 420,75  2009 R$ 370,14 23,81 509,46  2010 R$ 433,57 17,14 554,25  2011 R$ 473,32 9,17 567,39  2012 R$ 514,45 8,69 584,35

      2013 R$ 510,35 -0,80 548,05  2014 R$ 550,53 7,87 550,53

     TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (TMI) -ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS

    Fonte: SIM/SINASC

    Despesa total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante

    saude

    SINAIS VITAIS I 2015

    Mortalidade Infantil

    Desnutrição

    Em 2014 o indicador de mortalidade infantil em Flo-rianópolis cou um pouco superior ao índice aceitávelpela Organização Mundial de Saúde (10 a cada mil nas-cidos vivos).

    No foram identicadas razões especícas para esseaumento (assim como no houveram aões especí-cas que justicaram a queda brusca da taxa em 2013).

    Em 2015, observou-se nova redução, com retomada dopatamar anterior, abaixo da média aceitável pela OMS.

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    30 SINAIS VITAIS I 2015

    Um bom hábito que tem crescido entrea população de Florianópolis é a práticade atividades físicas. De 2007 a 2013,tivemos um crescimento considerável,conforme demonstra o gráco abaixo.

    HÁBITOS DA POPULAÇÃO

    O tabagismo está menos frequente entreos adultos, conforme dados abaixo (%).

    Fonte: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção paraDoenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL)

    Fonte: Boletim SMS Florianópolis – Julho de 2015Fonte: Boletim SMS Florianópolis – Julho de 2015

    27,5

    43,9

    2007

    2013

    PERCENTUAL DE MORADORES QUEPRATICAVAM ALGUMA ATIVIDADE EMSEU TEMPO LIVRE (%)

    18,4

    12,4

    4,9

    2007

    2013

    Mesmo com o avanço de práticaspreventivas, a percepção dos moradoresde Florianópolis em relação a sua saúdeteve uma leve piora, sendo consideradoseu estado ruim, conforme demonstra ográco a seguir (%).

    2013

    2007

    4,1

    FOTO BETINA HUMERES, DIÁRIO CATARINENSE

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    31

    saude

    SINAIS VITAIS I 2015

    A Secretaria Municipal de Saúde promove a educação alimentar e a prática de atividades físicas,além de incentivar a inserção de alimentos orgânicos na dieta da população.

     A obesidade favorece a Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial Sistêmica.

    DOENÇAS COMUNS EMFLORIANÓPOLIS – LIGADAS

     AO ESTILO DE VIDA

    Obesidade

    Cerca de 5,5% da população de Florianópolis tinham Diabetes Mellitus em 2013. É um númerobaixo se comparado à média nacional, 11,7% em 2012. Porém, dado o crescimento de outrasdoenças como a obesidade, e a piora no consumo de alimentos, esse dado deve ser sempreobservado. Ainda mais porque o diabetes pode potencializar o surgimento de outras doenças.

    Diabete Mellitus

    Hipertensão Arterial Sistêmica

    A prevalência de hipertensão na população de Florianópolis se manteve em torno de 20%, de2007 a 2013, sendo mais comum em pessoas de mais idade. Uma grande questão a ser observada

    neste caso é o aumento dos níveis de estresse, o que pode ser gerenciado com um estilo de vidaque compreende atividade física, lazer e alimentação saudável.

    Estimativa da prevalência (%) de excesso de pesoe obesidade na população adulta (≥ 18 anos) Fpolis

    2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014

    42,1

    10,1

    43,1

    11,3

    41,5

    11,4

    45,4

    13,0

    45,3

    14,3

    47,6

    15,0

    48,6

    15,7

    51

    14

    Fonte: VIGITEL – 2012/2014Excesso de peso Obesidade

    Em Florianópolis, 14% da população é obesa, o que éabaixo da média nacional (17,9%). Entretanto, 51% dapopulação está acima do peso, um percentual que vem

    aumentando desde 2006 e está próximo a média nacio-nal, que é de 52,5%.

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    32 SINAIS VITAIS I 2015

    Quando alguém morre antesdo esperado - isto é, mais novodo que a expectativa de vidamédia da cidade - podemosdizer que o município perdeuum potencial de vida. Sesomarmos esses anos de vidaperdidos em Florianópolis de2010 a 2014, chegamos a 217.231 Anos Potenciais de Vida Perdida

    (APVP). A principal causa de APVP em

    virtude da morte de pessoasjovens e adultas, como vimos emMobilidade, são os acidentes detrânsito. Em seguida, homicídiose outras causas violentas.Somados representam 20,52%dos anos perdidos totais, ouseja, 44.582 APVP.

     ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDA

    (APVP) - VIOLÊNCIA E ACIDENTES QUE TIRAM ANOS DE VIDA DA POPULAÇÃO

    2010 2011 2012 2013 2014

    Outrosacidentes

    1  .4   8  2  

    1  . 6   3  2  

    1  . 8   5  2  

    1  .9  2  2  

    Acidentesde trânsitotransporte

     3  .2  9  2  

    2  .1  9  1  

    2  .7   3   8  

     3  .2  4   8  

    Aids

     3  .4   5   0  

     3  . 5  9  9  

     3  . 3  2   6  

     3  . 3   3  4  

    Homicídios

    2  . 6  9   0  

    1  .9  4  7  

     3  . 5  9   6  

     3  .9  9   3  

     ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDA

    2  . 0   8  7  

     3  . 5  1   8  

    2  . 5  4   5  

    2  .7   5   5  

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    33

    Florianópolis tem uma cobertura de 100% da populaçãoem Atenção à Saúde Primária. Além disso, é a capital brasileiramais bem avaliada no quesito, segundo o Ministério daSaúde. Cerca de 89,4% das equipes do Saúde da Famíliado município tiveram avaliação acima da média ou muitoacima da média. Na Saúde Bucal, o índice é de 84%. Os dadosforam divulgados pelo Programa Nacional de Melhoria doAcesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

    Com o resultado, em 2015, o município recebeu o dobroda verba repassada pelo Ministério da Saúde para a Atenção

    Primária. O incentivo faz parte do processo de modernizaçãoda gestão da saúde do Governo Federal, com adoção denovos padrões e indicadores de qualidade.

    Iniciativa que dá certo 

    Atenção à Saúde Primária

    saude

    SINAIS VITAIS I 2015

    F    O  T    O   G   U  T    O  K   U  E   R  T   E   

    N   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

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    34 SINAIS VITAIS I 2015

    educacao

    Santa Catarina e Florianópolis ocupam oprimeiro lugar em muitos rankings relacio-nados à Educação no país, como veremosadiante. A comparação com os indicadoresnacionais, entretanto, deve ser olhada comressalvas. Florianópolis precisa avançar maise em seu próprio ritmo, oferecendo à sua po-pulação a qualidade de educação que elamerece.

    Entre os desaos da educao em Floria-

    nópolis temos o abandono da escola por jo-vens no ensino médio e taxa de aprovaçãonos anos nais do ensino fundamental e noensino médio. Trabalhar para que o ambiente escolar seja

    cada vez mais uma alternativa para que ajuventude possa encontrar maiores oportu-nidades de escolhas para a vida é uma tarefaque envolve os governos e a sociedade comoum todo.

    Melhoria contínua é fundamental

    FOTO DIORGENES PANDINI, DIÁRIO CATARINENSE

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    37/68

    35

    EXPECTATIVA DE ANOS DE ESTUDO(QUANTIDADE DE ANOS QUE EM MÉDIAUMA PESSOA PASSA ESTUDANDO).

    Fonte: Atlas Brasil – 2010

        S   a

       n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r

       a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    PANORAMA DA EDUCAÇÃOCOMPARAÇÃO COM O INDICADOR ESTADUAL E O NACIONAL

    10,79 10,24

    BAIXA TAXA DE ABANDONO NOENSINO FUNDAMENTAL (%)

    Fonte: INEP/Censo Escolar-SC

        S   a   n    t   a    C

       a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n

         ó   p   o    l    i   s

    0,8 0,7 2,2

     TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/SÉRIEDO ENSINO MÉDIO (%)

    Fonte: INEP 2014

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    20,5 19,1039,66

     TAXA DE ADEQUAÇÃO ENTREIDADE E SÉRIE DOS ESTUDANTESDE 9 A 17 ANOS (%)

    Fonte: ODM – 2014/ ONU    S   a

       n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l

       o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    80,688,7

    79,6

    8,76

    FLORIANÓPOLIS TEM A MENOR TAXADE ANALFABETOS DO BRASIL (%)

    Fonte: IBGE

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    1,94 3,2 9,37

    Capital Catarinense em 1º lugar

    SINAIS VITAIS I 2015

    Iniciativa que dá certo 

    A Prefeitura de Florianópolis inaugurou em marçode 2015 sua primeira unidade de educação infantil

    sustentável. De acordo com a prefeitura, a CrecheMunicipal Hassis, da Costeira do Pirajubaé, no Sul da Ilha,segue padrão internacional de sustentabilidade e é aprimeira no Brasil.

    Com investimento de R$ 4,4 milhões vindos do BancoInteramericano de Desenvolvimento e do Ministério daEducação, a unidade de ensino aquece água potável egera energia elétrica por luz solar, além de aproveitar aágua da chuva.

    A creche recebeu o certificado de Liderança em Energiae Design Ambiental (LEED), selo da construção sustentável

    reconhecido internacionalmente.O local tem capacidade para 200 crianças em tempo

    integral.

    Florianópolis tem a primeiracreche sustentável do Brasil

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    38/68

    19,38

    14,80

    46,31

    19,51

    36 SINAIS VITAIS I 2015

     TOTAL DE ALUNOS

    Em torno de 75.500 alunos estão matriculados em escolasda rede pública de Florianópolis (municipal, estadual e fede-ral). A maior parte dos alunos, 46,31%, tem entre 7 e 14 anos.

    POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR EM FLORIANÓPOLIS(CENSO 2010) %

    93.679Alunos

    Fonte: IBGE/2010

    0 a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos

    INVESTIMENTO

     A educação é mantidapelo município, pelo

    estado e pelo governofederal, conforme

    determina a legislação.

    O município éresponsável por garantira educação básica, e

    deve destinar no mínimo25% de sua receitapara isso, como tem

    feito ao longo dos anos.O governo do Estadoe a União também

    contribuem.

    FOTO ROB GONYEA, FREEIMAGES.COM

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    39/68

    Fonte: Secretaria Municipal da Fazenda, Planejamento e Orçamento - Florianópolis

    37

     AMPLIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

    O governo municipal apresenta aumento contínuo no aten-dimento infantil, passando de 31% em 2004 para 68% dascrianças atendidas em 2013. Ou seja, 11.296 alunos.

     A população de 0 a 5 anos no município de Florianópolis eraem 2014 de cerca de 27 mil pessoas.

    RECURSOS DO MUNICÍPIO APLICADOS EM EDUCAÇÃOReceita de Impostos arrecadados

    pelo município (R$)Investimento em Educação(Recursos Próprios) - (R$)

    Aplicado (%)

    CONTINUA

    2009 504.313.005,14 152.570.123,64

    30,25

    2010 578.528.156,76 166.642.472,40

    28,80

    2011 629.939.781,38 185.458.808,00

    29,44

    2012

    655.267.813,51 198.031.206,38

    30,22

    2013 756.242.618,00 227.108.996,40

    30,02

    2014 838.495.155,87 251.286.975,00

    29,96

    SINAIS VITAIS I 2015

    educacao

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    40/68

    38 SINAIS VITAIS I 2015

    EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHE (0 A 3 ANOS) MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – 2008 A 2014

    EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÉ-ESCOLA (4 A 6 ANOS) MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – 2008 A 2014

    60

    4.644

    2.183

    129

    7.016Alunos

    4.673

    59138

    2.009

    6.879Alunos

    4.885

    67155

    2.084

    7.191Alunos

    5.131

    139

    2.680

    7.950Alunos*

    *Estadual corresponde a zero (0).2008 2009 2010 2011

    524

    4.657

    2.190

    138

    7.509Alunos

    101

    5.298

    3.170135

    8.704Alunos

    81

    5.421

    3.158105

    8.765Alunos

    41

    5.430

    3.677102

    9.250Alunos

    2008 2009 2010 2011

    FOTO BSK, FREEIMAGES.COM

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    41/68

    39

    5.184

    62132

    2.974

    8.352Alunos

    5.328

    6485

    2.972

    8.449Alunos

    2012 2013 2014

    4.372 5.565

    6958

    10.064Alunos

    73

    5.764

    4.007103

    9.947Alunos

    25

    5.965

    4.040149

    10.179Alunos

    2012 2013 2014

    33

    6.347

    4.282

    140

    10.802Alunos

     TAXA DA POPULAÇÃODE 0 A 3 ANOS QUE

    FREQUENTAM A ESCOLA(META PNE 50%)

     TAXA DA POPULAÇÃO

    DE 4 E 5 ANOS QUEFREQUENTAM A ESCOLA.(META PNE 100%)

    Fonte: SIMEC/PNE 2013

    Fonte: SIMEC/PNE 2013    S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i   n   a

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    47,5 38,5 32 23,2

        S   a   n    t   a    C   a    t   a   r    i

       n   a

        R   e   g    i    ã   o    S   u    l

        B   r   a   s    i    l

        F    l   o   r    i   a   n     ó   p   o    l    i   s

    87,3 84,0 73,9 81,4

    Federal Estadual MunicipaL Privada

    Federal Estadual MunicipaL Privada

    SINAIS VITAIS I 2015

    Fonte: INEP

    Fonte: INEP

    educacao

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    42/68

    40 SINAIS VITAIS I 2015

    EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL DESAFIOS NA EDUCAÇÃO DE

     FLORIANÓPOLIS

    FORMAÇÃO DOCENTE

     A porcentagem de matrículas na redepública de educação em tempo integralé de 27,6%, enquanto na rede privada éde 15,9%.

    Somente nas creches, esse número éde 77,9% na rede pública e de 47,1% narede privada.

    O município apresenta bons índicesna formação docente, especialmente narede pública. A cidade deve car atentaao baixo indicador na rede privada, quechegou a 58,4% dos professores com

    formação superior nas creches.

     ATENDIMENTO EDUCACIONALESPECIALIZADO (AEE)

     A rede pública conta com 15 tradutorese intérpretes de libras.

    Quanto às funções docentes no AEE,são 52 na rede pública e 13 na redeprivada (ASEST/SED 2013).

    Fonte: CENSO ESCOLAR/INEP/SED/SC

    EDUCAÇÃO INFANTILAmpliar oferta. Em 2016 apré-escola será universalizadano município.

     ANOS INICIAIS DOENSINO FUNDAMENTALSeguir melhorando a qualidadee manter o bom IDEB.

    PLANO MUNICIPALDE EDUCAÇÃOImplementar o Plano Municipal deEducação, em cumprimento da LeiFederal 13.005 de 2014.

     ANOS FINAIS DO ENSINOFUNDAMENTALNa rede estadual, a taxa de

    reprovação chega a

    19,6%.Melhorar o IDEB dos anos finais éum desafio em todo o Brasil.

    ENSINO MÉDIOÉ o gargalo da educação emFlorianópolis com alto índicena taxa de evasão escolar ereprovação. A taxa de abandono

    no ensino médio chega a

    8%.

    DOCENTES COMFORMAÇÃOSUPERIORNAS CRECHES DEFLORIANÓPOLIS(META PNE 100%)

        D   e   p   e

       n    d     ê   n   c    i   a   r   e    d   e    P   r    i   v   a    d   a

        D   e   p   e

       n    d     ê   n   c    i   a    F   e    d   e   r   a    l

        D   e   p   e

       n    d     ê   n   c    i   a    E   s    t   a    d   u   a    l

        D   e   p   e

       n    d     ê   n   c    i   a    M   u   n    i   c    i   p   a    l

    58,4

    100

    83,3

    94,7

    ILKER, FREEIMAGES.COM

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    41

    QUALIDADE DO ENSINO

    ENEM - ensino médio

    Os dados do ExameNacional do Ensino Médio– ENEM, revelam melhordesempenho da média narede de escolas privadas.

    RENDIMENTO E DISTORÇÕES A rede estadual apresenta os maiores

    índices de distorção idade/série, osquais chegam a 36,2% no ensinofundamental e 28,4% no ensino médio.

    O IDEB- índice de Desenvolvimento da Educao Básica - está abaixo da meta nos nais do ensinofundamental, tanto na rede municipal quanto estadual. Nos anos iniciais, a meta foi cumprida.

      Dependência Dependêncial Média  Dependência Dependência MédiaMunicipal Estadual no estado  Municipal Estadual no estado

      IDEB -FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS – IDEB – ENSINO FUNDAMENTALMÉDIA MUNICIPAL ANOS FINAIS

    Ano Nota Meta Nota Meta Nota Meta Nota Meta Nota Meta Nota Meta

    2007 5 4,3 4,3 3,8 4,7 4,4 4,2 4 3,6 3,5 4,1 4,1

    2009 5,2 4,6 4,7 4,2 5 4,7 4,5 4,2 3,9 3,6 4,2 4,32011 6 5 5,2 4,6 5,7 5,1 4,6 4,4 4,2 3,9 4,7 4,52013 6,1 5,3 5,1 4,9 5,7 5,4 4,4 4,8 3,5 4,3 4,1 4,9

    MÉDIAS DAS ESCOLAS NO DESEMPENHO DO ENEM 2013

    Escolas Públicas 487,37Escolas Privadas 554,68

    Média de todas as escolas 536,73Fonte: ENEM

     TAXA DE ABANDONO

    O ensino médiotambém preocupa nataxa de abandono,que chega a 8%na rede comdependência estadual.

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a   r   e    d

       e    P   r    i   v   a    d   a

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a    F   e    d

       e   r   a    l

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a    E   s    t   a    d   u   a    l

        T   o    t   a    l    d   e   a    b   a   n    d   o   n

       o    E   n   s    i   n   o    M     é    d    i   o

     TAXA DE APROVAÇÃONo ensino

    fundamental, ataxa de aprovaçãonas redes públicae privada sãoelevadas. O quepreocupa sãoos anos nais do

    ensino fundamentale, mais ainda,o ensino médio.Na dependênciaestadual, esteíndice é deapenas 63,6%.

    Fonte: CENSO ESCOLAR/INEP/SED/SC (2014)

    3,11,08,0 5,6

    Fonte: CENSO ESCOLAR/INEP/SED/SC (2014)

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a   r   e    d   e    P

       r    i   v   a    d   a

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a    F   e    d   e   r   a

        l

        D   e   p   e   n    d     ê   n   c    i   a    E   s    t   a    d   u

       a    l

    92,987

    63,6

    SINAIS VITAIS I 2015

    educacao

    Taxa de aprovaçãono ensino médio deFlorianópolis em 2014

    (%)

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    42 SINAIS VITAIS I 2015

    XxxxxxxxxFlorianópolis é uma cidade maravi-

    lhosa e nos oferece agradáveis experi-ências em uma simples caminhada. Massão várias as situações que nos fazemlembrar que ainda há muito a fazerpara melhorar a estrutura da cidade,

    principalmente em áreas mais pobres.Conhecer nossas responsabilidades,

    a realidade da cidade, suas capaci-dades e limites, são fatores indispen-sáveis para construir o futuro quequeremos.

    desenvolvimento

    urbanoO futuro que queremos exige nossa participação

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    43SINAIS VITAIS I 2015

    NOMES DAS RUAS

    PAVIMENTAÇÃO

    CALÇADA

    RAMPA PARA CADEIRANTE

    20% da populao da raa preta vive em ruas sem identicao. So

    mais de 42 mil pessoas morando em ruas sem nome. No gráco abaixovocê confere a porcentagem de habitantes por raça, em logradouros semidenticao. (Censo 2010)

     A cidade possui 15.917 domicílios (11,21% do total) em vias nãopavimentadas. Uma situação que atinge a quase 49 mil pessoas.

    Em Florianópolis, calçada é responsabilidade do proprietário do imóvel,que deve arcar com os custos de construção e manutenção. O poderpúblico estabelece as normas e scaliza.

    Essa responsabilidade compartilhada tem sido ignorada em 36,8%(52.262) domicílios, o que faz quase 160 mil moradores residirem em áreassem calçadas apropriadas no entorno.

     A situação das calçadas é ainda mais complicada se considerarmos oacesso para os cadeirantes. Mais de 130.000 casas (91,64% do total) nãopossuem rampas em seu entorno.

    Dúvidas sobre sua calçada? Entre em contato com o IPUF (3212-5700).

    Habitantes por raça, em logradouros sem identificação

    9,12% 8,21%20,02% 19,50% 16,89%340.578Habitates

    20.006Habitates

    2.132Habitates

    38.286Habitates

    959Habitates

    Branca Preta Amarela Parda Indígena

    FOTO CHARLES GUERRA, DIÁRIO CATARINENSE

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    44 SINAIS VITAIS I 2015

    BUEIRO

    SANEAMENTO BÁSICO

     ABASTECIMENTO DE ÁGUA

    Os bueiros cam espalhados ao longo das vias para escoar aágua da chuva, e a população deve estar atenta em mantê-los livresde lixo. Em Florianópolis, 38.793 domicílios ainda não possuem bueiros- 27,3%do total.

    Os dados sobre saneamento são preocupantes. O sistema de coletachega a 56% do total de residências, enquanto somente 39% doesgoto é tratado.

    97% do abastecimento de água vem pela Companhia Catarinensede Águas e Saneamento (Casan), 2% de sistemas alternativos

    independentes (coletivos e individuais) e 1% de soluções individuais.Cerca de 45% da água potável é perdida, 10% por perdas de

    faturamento e 35% por perdas reais/ físicas.Segundo a pesquisa de opinião (VORTEX, 2014), 47% da população

    consideram o serviço de água bom, 20% regular e 12% ruim.

    Fonte: VORTEX, Pesquisa de Opinião Pública, 2014

    6%

    47%

    25%

    12%

    9%

    1%

    5%

    38%

    26%

    16%

    14%

    1%

    Avaliação do serviçode Água Potável

    (ao longo do ano)

    Avaliaçãodo serviçode Água Potável

    (no verão)

    ÓTIMO

    BOM

    REGULGAR

    RUIM

    PÉSSIMO

    NÃORESPONDERAM

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    45SINAIS VITAIS I 2015

    Coleta de resíduos sólidos - Florianópolis

    DESENVOLVIMENTO URBANO

    Segundo dados da Companhia Melhoramentos da Capital - COMCAP(agosto de 2014), cada morador de Florianópolis produz em média

    330quilos de lixo por

    ano (1,02 Kg/dia).

     A coleta seletiva na cidade ainda é baixa, apenas 980 toneladas por mês, contra as 14 mil

    toneladas geradas pelos resíduos convencionais. Vale destacar que cada tonelada de materiais recicláveis economiza ao município R$ 126,relativos ao serviço de transporte e aterramento. Por ano, são economizados mais de R$ 1,5milhão, valor que poderia ser investido no aumento da coleta seletiva e da reciclagem.

    LIXO

    Itacorubi Leste

    CentroNorte da ilha Sul

    Continente

    27%

    12%

    10%

    25% 13% 

    13%

    Coleta de Resíduospor região(% do total)

    Média Toneladas/mêsMédia Toneladas/dia

    Convencional470

    14 mil

    Lixo Pesado1 mil

    Resíduos de saúde4,5

    Seletiva98033

    Fonte: COMCAP, 2014.

    F    O  

    T    O   D  I     O  R   G  E   N  E    S   P  A  N   D  I    N  I     , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

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    46 SINAIS VITAIS I 2015

    ILUMINAÇÃO PÚBLICAÉ de responsabilidade do município.

    Cerca de 2.720 casas, 1,92% do total,não tinham iluminação pública em2010. Isso corresponde a cerca de8.580 pessoas.

    ENERGIA ELÉTRICA

    Cerca de 92,7% dos domicílios dacidade possuem ligações autorizadasde energia elétrica.

    O consumo anual residencial per

    capita de eletricidade em Florianópolisem 2013 foi de 2.842,22 kWh, a maior detoda a área de concessão da Celesc(que abrange quase todo o Estado),de 2.415,55 kWh/domicílio/ano.

         F     O     T     O     M     A

         R     C     O     F     A     V     E     R     O ,

         D     I      Á     R     I     O     C     A     T     A     R     I     N     E     N     S     E

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    47SINAIS VITAIS I 2015

    DESENVOLVIMENTO URBANO

    MEIO AMBIENTE

    QUALIDADE DO AR

    UNIDADES DE PRESERVAÇÃO ARBORIZAÇÃO

    BARULHO

    Não existem medições sistemáticassobre isso na cidade, apenas pesquisas

    que procuram captar a percepçãodos moradores. 66% da populaçãoconsideram o ar bom, 17% ótimo,

    12% regular, 3% ruim e 1% péssimo.(VORTEX 2014)

    Cerca de 29% do município, 127,15 km²,são de áreas protegidas legalmente.

    Se adicionarmos as áreas de preservação(como dunas, restingas, manguezais,

    encostas e topos de morros e áreaslagunares), poderíamos afirmar que

    mais de 44% da região é constituída deáreas protegidas legalmente.

    Cerca de 95.234 domicílios (67,09%)estão localizados em áreas sem

    arborização. Isto significa que maisde 273.000 habitantes moram em

    ruas sem árvores.

    Também só há pesquisas sobre apercepção de ruído. Exatos 25% da

    população consideram alto ou muitoalto o barulho, 22% nem alto nem

    baixo, 37% baixo, 14% muito baixo e 1%não respondeu. Claro, sempre varia deacordo com a região e com o horário.

     Áreas verdes e arborizadas possuem função social (lazer), estética, ecológica, psicológica eeducativa. Uma característica interessante de Florianópolis é que a cidade apresenta muitasmontanhas, mas poucas ruas arborizadas, o que nos dá uma sensação falsa de que vivemos emum ambiente urbano com muito verde.

     A quantidade de áreas verdes e a qualidade do ar e da água, são alguns dos aspectos quedevem ser observados quando se fala em qualidade de vida.

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    48 SINAIS VITAIS I 2015

    BALNEABILIDADE DAS PRAIAS

     Assunto delicado, o índice de balneabilidade (IB) mede a qualidade da água com base naquantidade de coliformes fecais por período de tempo. A classicao vai de má a ótima.

    Percebe-se que, em média, 30% dos pontos onde a coleta foi realizada mostram-se imprópriospara banho. No verão, especialmente quando há muita chuva, este número aumenta e mais

    praias cam comprometidas.

    Você pode conferir online a balneabilidade de qualquer praia pelo site da FATMA.

    Balneabilidade das praias

    Fonte: FATMA

    DATA DA COLETA PONTOS COLETADOS IMPRÓPRIOS % IMPRÓPRIOS

    11,12 e 13/01/2016 75 29

    20/01/2016 75 27

    15/05/2012 65 13

    08/01/2010 67 26

    09/01/2009 63 22

    12/01/2007 61 16

    39

    36

    20

    39

    35

    26

    FOTO CHARLES GUERRA, DIÁRIO CATARINENSE

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    INDICADORES SOCIAIS

    Florianópolis é uma das capitaisbrasileiras com maior renda percapita média, mas isso no signicaque não haja pobreza.

    NÚMERO DE FAMÍLIAS

    BENEFICIADAS PELO BOLSA FAMÍLIA

    O programa beneficiou, nomês de julho de 2015, 6.193

    famílias, 80.7% da estimativa defamílias pobres no município.

     ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL

    Em 2010 o censo demográficoidentificou 13 áreas classificadascomo aglomerados subnormais

    em Florianópolis. Elesrepresentavam 3,41% ou 5.027

    moradias, onde residiam emcondições precárias por voltade 17 mil pessoas ou 4,20%da população residente no

    município.

    DESENVOLVIMENTO URBANO

    XXSINAIS VITAIS I 2015 49SINAIS VITAIS I 2015

         F     O     T     O     F     E     L     I     P     E     C     A     R     N     E     I     R     O ,

         D     I      Á     R     I     O     C     A     T     A     R     I     N     E     N     S     E

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    50 SINAIS VITAIS I 2015

     Ao longo dos anos, os planos diretores de Florianópolis acabaram formando umanotável colcha de retalhos. Os interesse econômicos, especialmente os de naturezaimobiliária e especulativa, ditaram as regras.

    Mais recentemente, porém, a cidade tem vivenciado uma ampliação do esforço deplanejamento em diversos setores. Novos planos e projetos estratégicos têm sidoapresentados. Podemos destacar alguns:

    PLANEJAMENTO DA CIDADE

    É um estudo que busca soluções integradas para a mobilidade urbana da região,levando em conta fatores econômicos, sociais, ambientais e geográcos de cada área. Éuma iniciativa do Governo do Estado de Santa Catarina, com recursos do BNDES.

    PLAMUS - PLANO DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

    Primeira capital do Sul a integrar a Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis(ICES), desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela CaixaEconômica Federal (CEF). O Plano foi lançado em junho de 2015.

    PLANO DE AÇÃO FLORIANÓPOLIS SUSTENTÁVEL

     Visa o planejamento das aões do setor habitacional a m de garantir o acesso àmoradia digna. Em 2011, 13.231 domicílios estavam em áreas de interesse social emFlorianópolis, e o décit habitacional era de 7.842.

    PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

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    PLANO DE METAS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

    51SINAIS VITAIS I 2015

    DESENVOLVIMENTO URBANO

    13

    6

    4cada

    3

    Obras

    Saúde

    2cada

    1cada

    5cada*

    Educação, Segurançae Defesa do Cidadão,

    Turismo e Comcap

    Assistência Social,Mobilidade Urbana e

    IGEOF

    Habitação e Saneamento

    Ambiental

    Continente, Cultura eFloram

    FME, Administração, IPUF,Ciência, Tecnologia e

    DesenvolvimentoEconômico Sustentável,

    e Pesca e Maricultura

    Em Florianópolis, a atual gestão apresentouum plano com 71 metas divididas em três eixos:compromisso social (19 metas); desenvolvimentoda cidade (45); e governança (7). De forma maisdetalhada, estão divididas em:

    O Plano de Metas é uma conquista dacomunidade de Florianópolis. É um instrumentoque foi criado a partir de uma Emenda a LeiOrgânica de Florianópolis, proposta por umgrande número de organizações da cidadeatuando conjuntamente em um movimentochamado "Floripa Te Quero Bem". Através dessa legislação, os prefeitos que

    assumem o cargo na cidade devem apresentarno começo de seu mandato um plano secomprometendo com metas para sua gestão

    nos próximos 4 anos, considerando no planoas promessas de campanha e sugestões dacomunidade colhidas em audiência pública ediagnósticos técnicos. A cada ano, a lei determina que a prefeitura

    deve apresentar um relatório do andamentoda gestão em relação as metas apresentadas. Assim, a comunidade pode acompanhar

    a gestão, saber de suas prioridades e dialogarcom maior transparência com os gestorespúblicos.

    *Metas por área. Exemplo: 5 metas para a áreada Educação, 5 metas para a Segurança etc...

    F    O  T    O   G   U  T    O  K   U  

    E   R  T   E   N   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

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    54/68

    52

    De acordo com o Relatório oferecido pela Prefeitura à comunidade, até dezembro de 2015(um ano antes do nal do prazo), foram alcanadas 12 metas. Entre elas esto: a implantaode novas centrais de beneciamento dos resíduos de podas; a instalao de novas Centraisde Atendimento ao Turista; a expansão da cobertura da Saúde da Família e a abertura devagas em 20 creches municipais para atendimento durante o verão.

    Muitos dos compromissos assumidos no Plano apresentado à comunidade já estão bastanteavançados, como a meta de ampliar em 3.000 o número de vagas no ensino fundamental emtempo integral (de 5.150 para 8.150). Em dezembro de 2015, a prefeitura informou ter criado2.832, ou 94,4% da meta proposta.

    Em outros casos, o desempenho ainda deixa muito a desejar. A Cultura, por exemplo, é umaárea que merece atenção: das duas metas apresentadas, “Manter e fortalecer a MaratonaCultural - realizando 01 maratona ao ano de 2012 a 2016” e “Promover concursos (editais)para fomentar 189 projetos de artistas locais de todos os 16 segmentos reconhecidos peloConselho Municipal de Cultura”, nenhuma foi foi realizada até dezembro 2015.

    O site da prefeitura municipal publica anualmente um relatório com o desempenho.Fique atento e conra!

     AVALIAÇÃO

    HÁ OUTROS PLANOS SETORIAIS EM ANDAMENTO NA CIDADE, VEJA ALGUNS:

    SINAIS VITAIS I 2015

     Plano municipal de educação

    Plano municipal de saúde

    Plano municipal integrado de saneamento básico

    Plano municipal de cultura

    Plano municipal de políticas e direitos humanos de lésbicas, gays,bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros - LGBT.

    Plano municipal de políticas públicas para as mulheres

    Plano municipal de turismo

    Plano municipal de juventude da cidade de Florianópolis

    Plano municipal de assistência social

    Plano municipal de gerenciamento costeiro

    Agenda 21

    Plano municipal de redução de riscos

    Plano de gerenciamento resíduos sólidos

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    55/68

    DESENVOLVIMENTO URBANO

    Inaugurada em 2012, aobra começou em 2010 com oobjetivo de atrair mais pedestrese transformar a rua em um localde passeio, um shopping a céuaberto. Localizada no centro dacidade, recebeu novo calçamentoe drenagem do esgoto, assim comoa instalação de nova iluminação,lixeiras, bancos e floreiras.

    "A obra é uma demonstração

    de que a cidade não é feita só dopoder público e prefeitura, mas doempenho de todos", afirma RoseMacedo Coelho Diretora Adjuntade Representação Regional CentroACIF.

    A revitalização da Vidal foiuma parceria entre o município,lojistas, SEBRAE-SC (ServiçoBrasileiro de Apoio às Microe Pequenas Empresas) e ACIF(Associação Comercial e Industrialde Florianópolis).

    Iniciativa que dá certo Revitalização da Vidal Ramos

    53SINAIS VITAIS I 2015

    FOTO EMERSON SOUZA, D IÁRIO CATARINENSE

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    56/68D   e   s   a     fi   o   s

    Em 2012, o Movimento Floripa Te QueroBem elaborou o documento “Desafios deFlorianópolis: Subsídios para Elaboraçãodo Plano de Metas”, contendo indicadores e19 desafios em cinco áreas: planejamento

    urbano, saúde, educação, segurançapública e mobilidade urbana.A seguir, mostramos um balanço de comoestamos lidando com esses desafios.

    Acompanhe o movimento emfacebook.com/floripatqb

    F    O  T    O  A  L   V  A  R  É   L   I     O  K   U  R   O   S    S    U   , D  I    Á   R  I     O   C  A  T   A  R  I    N  E   N   S   E   

  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

    57/68

    ...Segura 

    desafios

    55SINAIS VITAIS I 2015

    Reduzir a violência no trânsitopara minimizar o número demortes, principalmente por meiode suas principais causas, quesão o consumo de álcool e a alta

    velocidade.

     Acidentes de trânsito estão entreas causas que mais impactam sobreo indicador APVP. Este númerovem oscilando nos últimos anos,demonstrando a diculdade em

    controlá-lo.

    Reduzir a incidência de “crimes derua” como roubos, furtos, comércioilegal de drogas, pichação,vandalismo, agressões e outros.

    Entre 2011 e 2015, reduziu o nº deBoletins de Ocorrência de furtose roubos. Mas ainda há um baixonº de procedimentos policiais,decorrentes dos boletins. Sãodesaos a subnoticao e ocruzamento de base de dadosdas forças policiais.

    Reduzir a violência sexual,física e moral contra mulheres,crianças e adolescentes.

    Entre 2011 e 2014, houve umapequena queda no númerode boletins de ocorrência deestupros. Por outro lado, nesteperíodo, aumentou o percentualde boletins que deram origem aprocedimentos policiais.

     Articular os diversos níveis dopoder público, setores e sociedadecivil visando o intercâmbio deinformações, a integração de açõese o monitoramento da realidadelocal para melhoria da segurança.

    Persistem diculdades referentesà geração de dados e informaçõesque representem a realidade da

    segurança e dê contados esforços e resultados dasações das instituições envolvidascom a segurança.

    Reduzir o número de mortes,sobretudo de jovens em situaçãode vulnerabilidade social,

    provocadas por homicídios,especialmente os relacionados aotráco e consumo de drogas.

    O número de mortes causadas porhomicídios diminuiu nos últimos

    05 anos. Apesar disso, 332 pessoasforam mortas em Florianópolis

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  • 8/18/2019 sinais vitais florianopolis

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    ...E com   Mobilidade 

    56 SINAIS VITAIS I 2015

    Diversicar a matriz de transporte,por meio da integração local e coma região metropolitana, priorizandoo transporte ativo (bicicleta ecaminhadas) e os coletivos, comqualidade e preços acessíveis.

    O automóvel continuapredominante. O aumento anualda frota de automóveis é quaseo dobro do aumento anual dapopulação. O modo coletivoé responsável por 26,4 dos

    deslocamentos na cidade.

    Contribuir para a qualicao dosistema de mobilidade urbana,estimulando a redução deimpactos ambientais pelo uso deenergias limpas, da emissão deCO² e poluição sonora.

    Não temos indicadores numéricosque deem conta disso.Não existe monitoramentosistemático para medir qualidadedo ar, poluição sonora, entreoutros.

    Criar condições de acessibilidadepara utilização com segurança decalçadas, vias, praças, escolas,hospitais, cinemas, das edicaõese dos serviços de transporte porpessoas com deciência.

    Não temos indicadoresnuméricos disponibilizadosque deem conta das alteraçõesocorridas no período.

    Desenvolver capacidade técn