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AGRADECIMENTOS

EM PRIMEIRO LUGAR, AGRADEÇO A DEUS, PELA MINHA VIDA, E PELO DOM QUE ELE ME CONFIOU: O DOM DE LECIONAR;AGRADEÇO TAMBÉM A MINHA MÃE, MARIA LUCIA, PELO AMOR INCONDICIONAL E POR SEMPRE ACREDITAR EM MIM, MESMO NOS MOMENTOS DIFÍCEIS;AGRADEÇO AO MEU PAI, PELOS ENSINAMENTOS, AO MEU IRMÃO LUCIO FLÁVIO, QUE NOS MOMENTOS DE DOR, ME ESTENDEU A MÃO;A TODOS OS MEUS FAMILIARES; A MINHA AMADA TACIENE KELLY, PELO COMPANHEIRISMO, COMPREENSÃO E AMOR; A MINHA FILHA ÍRIS VICTÓRIA, MINHA INSPIRAÇÃO E AMOR;AO COLÉGIO E CURSO SANTA CLARA, EM ESPECIAL ÀS MINHAS DIRETORAS ELIZABETE E ELIVÂNIA XAVIER, AO PRÉ-UNIVERSIDADE CONTATO, NA PESSOA DO PROFESSOR CARLOS ALBERTO CORDEIRO, AO CURSO INTERATIVO, EM ESPECIAL A COORDENADORA IVANIZE SIMÕES, E A TODOS OS COLÉGIOS E CURSOS EM QUE TIVE O PRAZER DE LECIONAR, PELA CONFIANÇA EM MIM DEPOSITADA.A TODOS OS DOCENTES, QUE CONVIVEM COMIGO DIRETA OU INDIRETAMENTE, TODOS OS FUNCIONÁRIOS DE TODOS OS LUGARES QUE TRABALHO, POIS SEM VOCÊS, O MEU TRABALHO NÃO PODERIA SER REALIZADO.A TODOS OS ALUNOS QUE JÁ ESTUDARAM E ESTUDAM COMIGO. VOCÊS SÃO A RAZÃO PELA QUAL ACORDO TODOS OS DIAS, TENTANDO SER O MELHOR POR VOCÊS E PARA VOCÊS.

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SINTAXE - ANÁLISE SINTÁTICACONCEITUAÇÃO

Quando separamos as palavras em grupos, estamos procedendo a uma classificação das palavras, ou seja, estamos distribuindo-as em classes.Classe é um conjunto de palavras que apresentam características morfológicas semelhantes. Já estudamos as classes de palavras em Português e vimos quais são: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, conjunção, preposição, advérbio e interjeição. O estudo das classes gramaticais é feito na morfologia.

Observe: Eu preciso de um sonho.

Trata-se de uma mensagem linguística com significado completo, ou seja, trata-se de uma frase. Numa frase, as palavras relacionam-se entre si e combinam-se de acordo com determinados princípios. A parte da gramática que estuda essas combinações e relações entre as palavras chama-se sintaxe.

Interessam à sintaxe:

1, A função que as palavras exercem na frase (função sintática).Por exemplo: a palavra eu, na frase Eu preciso de um sonho, exerce a função de sujeito do verbo precisar.Função é o papel representado por um termo na organização da mensagem linguística. Cada membro da frase contribui com uma função específica na totalidade da mensagem.Quando afirmamos que a palavra eu é um pronome, estamos identificando a classe gramatical a que esta palavra pertence. Quando afirmamos que a palavra eu é sujeito do verbo precisar, estamos identificando sua função sintática na frase.

2, A ordem das palavras na frase (sintaxe de colocação)Não teria sentido a construção Eu de preciso um sonho, porque a sintaxe da língua não prevê essa ordem de combinação de palavras.

3. A concordância das palavras na frase (sintaxe de concordância)O verbo precisar, por exemplo, está na primeira pessoa do singular, porque concorda com o sujeito (eu), também de primeira pessoa do singular (concordância verbal).O artigo um está na forma masculina e no singular porque concorda com o substantivo sonho – masculino e singular (concordância nominal).

4. A dependência das palavras na frase (sintaxe de regência).Na frase que serve de exemplo, o verbo (preciso) exige a preposição de. O complemento (um sonho) não poderia vir ligado diretamente ao verbo.

Antes de começarmos a estudar o primeiro item da sintaxe, que é a análise sintática, precisamos distinguir bem três conceitos importantes:

I - Frase, Oração e Período

FraseAo combinar as palavras de uma língua, o falante tem um propósito especifico: estabelecer comunicação.Frase é a unidade mínima de comunicação linguística.Será frase, portanto, qualquer palavra ou grupo de palavras suficiente para atender ao objetivo do falante: comunicar. Exemplos:“Como músico, sou limitadíssimo”.“- Você escreve música”?“- Não”.

Uma única palavra pode constituir-se frase, dependendo do contexto em que aparece.Na língua falada, a frase é marcada pela entonação. Na língua escrita, essa entonação é representada pelos sinais de pontuação.

Oração

Oração é a frase ou parte de uma frase que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal.É constituída, geralmente, de dois elementos: sujeito e predicado, ou, pelo menos, de um predicado.Exemplos:“Clarissa abaixou os olhos”. Sujeito Predicado

“É tarde”. Predicado (esta frase não tem sujeito)

“Amanhece no cais do porto do Rio de Janeiro” Predicado (esta frase não tem sujeito)

PeríodoPeríodo é a frase constituída de uma ou mais orações.O período pode ser:1. Simples: quando formado por uma só oração.“Ele toca violão”

2. Composto: quando formado por duas ou mais orações.“Não sei se ele toca violão”. 1ª oração 2ª oração

O período tem um sentido autônomo, acabado, e termina sempre por uma pausa conclusa, que é representada, na escrita, por sinais de pontuação.

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II – Objetivos da Análise Sintática

A análise sintática tem como principal objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período.

1. Estrutura de um período“Domingo à noite passamos pela baía de Vitória, mas não conseguimos ver suas belezas”.

O exame da estrutura desse período revela que ele é constituído de duas orações ligadas por uma conjunção (mas).

2. Estrutura de cada oração de um período“Domingo à noite passamos pela baía de Vitória, mas não conseguimos ver suas belezas”.

No período acima existem catorze palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas orações. A primeira oração (Domingo à noite passamos pela baía de Vitória) tem oito termos e a segunda oração (não conseguimos ver suas belezas) tem cinco termos. A conjunção mas funciona como elemento de ligação entre as duas orações.Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração.

Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração. Na análise sintática, a palavra interessa pela função que exerce. Sua classificação morfológica e sua significação têm importância secundária.É importante observar que não se pode fazer análise sintática de frases que não sejam orações ou períodos.

III – Análise Sintática da oração

De acordo com a NGB, há três tipos de termos que podem ocorrer numa oração: termos essenciais, termos integrantes e termos acessórios.

Termos Essenciais

São aqueles que sustentam a mensagem transmitida por meio da oração.São eles:

SUJEITO

É o termo que denota o ser a respeito de quem ou que se faz uma declaração.

Tipos de SujeitoPara se analisar sintaticamente qualquer oração, deve-se começar, perguntando ao verbo Quem pratica a ação? ou

Quem sofre a ação? ou Quem possui a qualidade? A resposta a essas perguntas denominamos de sujeito.

São os seguintes os tipos de sujeito:01) Sujeito SimplesÉ aquele que possui apenas um núcleo. O núcleo do sujeito será representado por um substantivo, por um pronome substantivo ou por qualquer palavra substantivada. Núcleo é a palavra que, dentre todas as que surgem na função sintática, realmente exerce a função.Exemplo: Os homens destroem a natureza.Quem destrói a natureza? Resp.: Os homens. Núcleo = homens. Sujeito Simples.

02) Sujeito CompostoÉ aquele que possui dois ou mais núcleos. Os núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção e, pela conjunção ou, pela preposição com ou pelos conectivos correlatos assim ... como, não só ... mas também, tanto ... como, tanto ... quanto, nem ... nem.Exemplo: Tanto os cientistas quanto os religiosos estão temerosos.Quem está temeroso? Resp.: Tanto os cientistas quanto os religiosos. Núcleos = cientistas e religiosos.

03) Sujeito Oculto, Implícito ou DesinencialTeremos sujeito oculto, em três circunstâncias:A) Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, sem surgirem escritos na oração. O sujeito oculto também pode ser chamado de sujeito elíptico, sujeito desinencial ou sujeito subentendido.Exemplo: Estudaremos a matéria toda.Quem estudará? Resp.: Nós. Como o pronome não surge na oração temos sujeito oculto.

B) Quando o verbo estiver no Imperativo, ou seja, quando o verbo indicar ordem, pedido ou conselho, com exceção de Chega de e Basta de. Esses dois verbos participam de orações sem sujeito.Exemplo: Estudem, meninos!O verbo está no Imperativo, pois indica conselho. Portanto o sujeito é oculto.

C) Quando não surgir o sujeito escrito na oração, porém estiver claro em orações anteriores.Exemplo: Os governadores chegaram a Brasília ontem à noite. Terão um encontro com o presidente.Quem chegou a Brasília? Resp.: Os governadores. Núcleo = governadores. Sujeito Simples.Quem terá um encontro? Resp.: Não surge o sujeito escrito na oração, porém na oração anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito = os governadores. Portanto, sujeito oculto.

04) Sujeito IndeterminadoTeremos sujeito indeterminado, quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os

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pronomes eles, sem surgir escrito na oração, nem aparecer claramente quem são eles anteriormente.Exemplo: Deixaram um bomba na casa do deputado.Quem deixou uma bomba? Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado.

05)Orações sem sujeitoHaverá oração sem sujeito, ou seja, o verbo será impessoal nos seguintes casos:Obs.: Os verbos impessoais ficam, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo ser.a) Verbos que indiquem fenômeno da natureza:Exemplo: Choveu ontem.Ventou demasiadamente.Quando surgir o fenômeno da natureza escrito na oração ou quando a frase possuir sentido figurado, haverá sujeito:Exemplo: Choveram pedras sobre Londrina.Choveram papeizinhos coloridos sobre os soldados que desfilavam.

b) Ser, estar, parecer, ficar, indicando fenômeno da natureza.Exemplo: É primavera, mas parece verão.Está frio hoje.

c) Fazer, indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido.Exemplo: Faz dias friíssimos no inverno.Faz três dias que aqui cheguei.

d) Haver, significando existir ou acontecer, ou indicando tempo decorrido.Exemplo: Houve muitos problemas naquela noite.Haverá várias festas em Curitiba.Há dois anos ele esteve aqui em casa.

e) Passar de, indicando horas.Exemplo: Já passa das 15h.

f) Chegar de e bastar de, no imperativo.Exemplo: Chega de matéria.

g) Ser, indicando horas, datas e distância. O verbo ser é o único verbo impessoal que não ficaobrigatoriamente na terceira pessoa do singular.Horas: O verbo ser, ao indicar horas, concorda com o numeral a que se refere.Exemplo: É uma hora.São duas horas.Distãncia: O verbo ser, ao indicar distância, concorda com o numral a que se refere.Exemplo: É um quilômetro daqui até lá.São dois quilômetros daqui até lá.Datas: O verbo ser, ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular quanto no plural.Exemplo: É dois de maio = É dia dois de maio.São dois de maio = São dois dias de maio.

Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo ser ficará no singular.

PREDICADO

É tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito.

PREDICAÇÃO VERBAL - É o estudo do comportamento do verbo na oração. É a partir da predicação verbal que analisamos se ocorre ação ou fato, se existe qualidade ou estado ou modo de ser de sujeito.Quanto à predicação verbal, os verbos podem ser:• Intransitivos• Transitivos• De LigaçãoOs transitivos e os intransitivos são também denominados verbos significativos.

Verbos IntransitivosSão verbos intransitivos os que não necessitam de complementação, pois já possuem sentido completo.Observe estas frases, retiradas de manchetes de jornais:Rei Hussein, da Jordânia, morre aos 63.24 mil casam-se ao mesmo tempo.2ª parcela do IPVA vence a partir de hoje.Perceba que esses verbos não necessitam de qualquer elemento para complementar seu sentido, pois quem morre, morre, quem se casa, casa-se e aquilo que vence, vence.

Há verbos intransitivos, porém, que vêm acompanhados de um termo acessório, exprimindo alguma circunstância - lugar, tempo, modo, causa, etc. O estudante não deve confundir esse elemento acessório com complemento de verbo. Observe esse exemplo:Garotinho diz que irá a Brasília para reunião.Aparentemente, o verbo ir apresenta complementação, pois quem vai, vai a algum lugar, porém "lugar" é uma circunstância e não complementação, como à primeira vista possa parecer.

Todos os verbos que indicam destino ou procedência são verbos intransitivos, normalmente acompanhados de circunstância de lugar - Adjunto Adverbial de Lugar. São eles ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se.... Esses verbos admitem as preposições a e de; esta para indicação de procedência, aquela para a indicação de destino.Outros exemplos:• O avião caiu ao mar.• Cheguei a casa antes da meia-noite. Nessa frase não ocorre o acento indicativo de crase, poisa palavra casa só admite o artigo quando estiver especificada: Cheguei à casa de Joana.

Verbos TransitivosSão verbos que necessitam de complementação. pois têm sentido incompleto. Observe as orações:

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Vasco venceu Corinthians com 2 gols de Romário.Cliente reclama de promoção da BCP.Medida em estudo dá alívio para os Estados.Perceba que os três verbos utilizados nos exemplos necessitam de complementação, pois quem vence, vence alguém, quem reclama, reclama de algo e quem dá, dá algo a alguém. A complementação, porém, dá-se de três maneiras diferentes: na primeira, o verbo não exige preposição, mas na segunda, sim, e, na terceira, há dois complementos, um com preposição, outro,sem. Quanto a isso, os verbos são:

1. Transitivos diretos: exigem complemento sem preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto direto.• Presidente receberá governadores.• Falta de verbas causa problemas.

2. Transitivos indiretos: exigem complemento com preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto indireto.• Eleitor não obedece à convocação do TRE.• População ainda acredita nos políticos.

3. Transitivos diretos e indiretos: possuem dois complementos; o objeto direto e o objeto indireto.• Governador perdoa a Deputado traição do passado.• Empresário doa rendimentos do mês à UNICEF.

Junto de verbo significativo pode surgir uma qualidade do sujeito ou uma qualidade do objeto. Esta denomina-se predicativo do objeto; aquela, predicativo do sujeito. Veja estes exemplos:O professor entrou revoltado naquela tarde.Maria morreu feliz.

Verbos de LigaçãoSão verbos que servem como elementos de ligação entre o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado Predicativo do Sujeito. Os principais verbos de ligação são ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar. Não decore quais são os verbos de ligação, e sim memorize o significado dele:Verbo de ligação é aquele que indica a existência de uma qualidade do sujeito, sem que ele pratique uma ação.Investimento direto será menor em 2003. Matéria-prima fica mais cara.

Quando o verbo indica ação, além de qualidade do sujeito, é denominado transitivo ou intransitivo, mesmo que haja predicativo do sujeito.Seleção volta abatida da Ásia.

Nesse exemplo o verbo não é de ligação, pois está indicando uma ação - quem volta, volta de algum lugar, mesmo que haja o predicativo do sujeito “abatida”. É, então, um verbo intransitivo, já que "da Ásia" é Adjunto Adverbial de Lugar. Conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja verbo de ligação.Termos Integrantes

São aqueles que integram, isto é completam o sentido dos verbos e nomes transitivos.São indispensáveis à compreensão da mensagem.Os termos integrantes são:

Complementos verbais:1. Objeto direto – é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto. Normalmente NÃO vem regido de preposição.“A seca castigava a região”. Sujeito VTD OD

2. Objeto indireto – é o termo que completa o sentido do verbo transitivo indireto. Vem sempre regida de preposição clara ou subentendida.“A decisão depende de nós”. Sujeito VTI OI

Complemento Nominal – é o termo que, precedido de preposição, completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio.“A automatização do telefone começou, no Brasil, em 1919”. Sujeito CN VTI

Agente da passiva – é o termo que indica o ser que pratica a ação, quando o verbo está na voz passiva. Vem regido pela preposição por e, rarissimamente, pela preposição de.“A vidraça foi quebrada pelo moleque”. Sujeito VTD na voz passiva Agente da passiva

Termos Acessórios

São aqueles que não são indispensáveis para o entendimento do enunciado. No entanto, acrescentam uma informação nova à oração, determinando ou qualificando outros termos.Os termos acessórios são:

Adjunto adnominal – é o termo que especifica ou delimita o significado de um substantivo.“Vitorino era meu patrão”.

AAdn

Adjunto adverbial – é o termo da oração que indica uma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo e do advérbio. O adjunto adverbial exerce, portanto, a função de modificador e de intensificador.“Falaram muito bem.”

AAdv

Aposto – é o termo da oração que se anexa a um substantivo ou a um pronome, esclarecendo-o, desenvolvendo-o ou resumindo-o.

“Jorge, o cozinheiro, lembrou que peixe cru é muito

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nutritivo”.

Vocativo – é o termo utilizado para chamar, interpelar algo ou alguém.“Menino, venha tomar banho”. Vocativo

ORAÇÃO E PERÍODO

Observe os exemplos

1. Choveu.2. Ele entrou no mar.

Choveu é uma oração.Ele entrou no mar é outra oração.

Oração é uma palavra ou conjunto de palavras que transmitem um pensamento. Geralmente, a oração tem um sujeito e um predicado, podendo um deles estar subentendido.

Agora observe outros exemplos:

1. Delfino veio de Minas.2. O turista visitou a cidade, dirigiu-se para a praia e entrou no mar.

No exemplo 1 temos apenas uma oração, apenas um verbo, um pensamento: Delfíno veio de Minas.O período é simples.

No exemplo 2 encontramos três orações:1ª. O turista visitou a cidade,2ª. dirigiu-se para a praia3ª. e entrou no mar.Neste caso, o período é composto, porque temos mais de uma oração, mais de um verbo, mais de um pensamento.

Num período há tantas orações quantos forem os verbos principais. Observe:

Eu tinha chegado do Rio.

V. auxiliar V. principal

Há uma só oração; o período é simples, apesar da haver dois verbos.

Período simples: tem um só verbo principal e uma só oração.Período composto: tem mais de um verbo e mais de uma oração.

As orações dos períodos compostos podem ser ligadas por conjunções.Eu estudo e Maria trabalha.Não mentiu nem disfarçou.Tomou os remédios, mas não sarou.Tomou os remédios, porém não sarou.Ele se afogou porque não sabia nadar.O aluno não estudou, portanto não faráO menino faz as tarefas ou joga bola.

A vírgula e o ponto-e-vírgula podem substituir as conjunções:

Um toca, outro canta, outro dança.Demorei nas compras; as lojas estavam cheias de gente.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

Atente para os dois tipos de período composto:

1. Abriu caminho aos tropeços, precipitou-se até o carro e saiu a toda.2. Foi pegando tudo o que podia.

No primeiro caso, as orações estão simplesmente justapostas, uma não depende da outra. Por serem independentes e possuírem a mesma estrutura, podemos até separá-las uma da outra por pontos. Verifique:

Abriu caminho aos tropeços. Precipitou-se até o carro, Saiu a toda.No período composto por coordenação as orações são independentes.

Observemos agora o exemplo 2: o que acontecerá se colocarmos um ponto final após a primeira oração?Foi pegando tudo. O que podia.

Verificamos que a 1ª. oração continuou com sentido, mas a 2ª. ficou perdida, solta, sem nexo, incompleta. Isso porque a 2ª. oração se apoia na 1ª., depende da 1ª. É uma oração dependente. Trata-se de um período composto por subordinação porque há oração subordinada, isto é, dependente.

Subordinadas são orações dependentes de uma outra chamada principal.

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PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÂO

Orações coordenadas assindéticas

O salário mínimo sobe, tudo aumenta.a vírgula separa as duas orações

O salário mínimo sobe,Oração coordenada assindéticatudo aumenta.Oração coordenada assindética

Orações coordenadas assíndéticas são separadas por: vírgula, ponto-e-vírgula e dois-pontos.

Orações coordenadas sindéticas

Pagou a conta e saiu.A conjunção e liga as duas orações

Pagou a conta = oração coordenada assindéticae saiu = oração coordenada sindética

Orações coordenadas sindéticas são ligadas por conjunções coordenativas: e, mas, porém, ou, logo, porque, etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

De acordo com o sentido da conjunção que une as orações coordenadas, temos a seguinte classificação:

1. Aditivas:Pagou e saiu.A conjunção e dá idéía de adição, de soma, de acréscimo; por isso, a 2a oração e saiu é uma coordenada sindética aditiva.São conjunções coordenativas aditivas: e, nem, mas, também...

2. Adversativas:Tornou o remédio, mas não sarou.A conjunção mas apresenta uma ideia de adversidade, de oposição, de ressalva; por isso, a 2ª. oração mas não sarou é uma coordenada sindética adversativa.São conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, todavia, contudo...

3. Alternativas:Fico ou abandono tudo.A conjunção ou dá uma idéia de alternativa alternância (ou uma coisa ou outra); por isso, a oração ou abandono tudo é uma coordenada sindética alternativa.São conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer.

4. Conclusivas:Não tenho dinheiro, por isso não posso pagá-lo. A conjunção por isso dá uma idéia de conclusão de dedução; por esse motivo, a 2ª. oração por isso não posso pagá-lo é uma coordenada sindética conclusiva. São conjunções coordenativas conclusivas: por isso, logo, portanto...

5. Explicativas:Não vá lá porque é perigoso.A conjunção porque introduz um motivo, uma explicação, uma justificativa; por esse motivo a 2ª. oração porque é perigoso é uma coordenada sindética explicativa.São conjunções coordenativas explicativas: porque, que, pois, porquanto...

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Observe o exemplo:Todos exigem que você compareça = oração subordinada substantiva O seu comparecimento = substantivo

Orações subordinadas substantivas são as que exercem a função de um substantivo (têm o valor de um substantivo, equivalem a urn substantivo).As orações subordinadas substantivas podem exercer as mesmas funções dos substantivos. Por isso, podem ser:1. Subjetivas: Função de sujeito.2. Objetivas diretas: Função de objeto direto.3. Objetivas indiretas: Função de objeto indireto.4. Completivas nominais: Função de complemento nominal.5. Predicativas: Função de predicativo do sujeito ou do objeto.6. Apositivas: Função de aposto.

Obs: Veja que o núcleo de cada um desses termos costuma ser um substantivo ou palavra com valor de substantivo.

SUBJETIVAA oração subordinada substantiva subjetiva exerce a função de sujeito.É necessária sua orientação.Sua orientação: sujeitoÉ necessário que você oriente.Que você oriente: Oração subordinada substantiva subjetiva.Como reconhecer uma oração subordinada substantiva subjetiva?O verbo da oração principal está na 3a pessoa do singular e não admite o sujeito "ele” dentro da própria oração principal.Ex: É possível que eu acerte.

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verbo na 3ª. pessoa do singular

OBJETIVA DIRETAA oração subordinada substantiva objetiva direta exerce a função de objeto direto.Ele comunicou a sua partida. A sua partida: objeto diretoEle comunicou que partiria.Que partiria: oração subordinada substantiva objetiva diretaComo reconhecer uma oração subordinada substantiva objetiva direta?Ela exerce a função de objeto direto, isto é, completa o sentido de um verbo transitivo díreto da oração principal. Faz-se a pergunta "o quê?" após o verbo da oração principal (Cuidado para não confundir com a oração subjetiva)

OBJETIVA INDIRETAA oração subordinada substantiva objetiva indireta exerce a função de objeto indireto.Precisamos de seu apoio.De seu apoio: objeto indiretoPrecisamos de que nos apóie.De que nos apóie: oração subordinada substantiva objetiva indiretaComo reconhecer uma oração subordinada substantiva objetiva indireta?O verbo da oração principal é seguido de preposição.O verbo da oração principal é transitivo indireto.Podemos fazer as perguntas "de quê?", "de quem?", "a quê?", "a quem?", etc após o verbo da oração principalNão me oponho a que saias com ele.O verbo da oração principal é transitivo indireto: exige a preposição a: Não me oponho a quê?

COMPLETIVA NOMINALO complemento nominal completa o sentido de um nome por meio de preposição.Tenho amor ao trabalho.Amor: nome (substantivo)Ao trabalho: complemento nominal.

ESTRUTURA DO COMPLEMENTO NOMINAL

A oração subordinada substantiva completiva nominal exerce a função de complemento nominal.

Tenho certeza de sua vitória.De sua vitória: complemento nominalTenho certeza de que você vencerá.de que você vencerá: oração subordinada substantiva completiva nominal

Não confunda a completiva nominal corn a objetiva indireta. Na objetiva indireta a palavra que exige preposição é um verbo: na completiva nominal é um nome.Como reconhecer uma subordinada substantiva completiva nominal?

As últimas palavras da oração principal são:

substantivoadjetivo + preposiçãoalguns advérbios

Ex: Tenho receio de que seja tarde.Receio: substantivo que exige preposiçãoEstou certo de que voltará.Certo: adjetivo que exige preposição

PREDICATIVAA oração subordinada substantiva predicativa exerce a função de predicativo.Meu desejo é a tua felicidade.A tua felicidade: predicativo do sujeitoMeu desejo é que sejas feliz.Que sejas feliz: oração subordinada substantiva predicativaComo reconhecer uma subordinada substantiva predicativa?A última palavra da oração principal é urn verbo de ligação (ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar...)Na oração principal não existe predicativo.Ex: A verdade é que ele voltou.

APOSITIVA

A oração subordinada substantiva apositiva exerce a função de um aposto.Só tenho um desejo: a tua felicidade.A tua felicidade: apostoSó tenho um desejo: que sejas feliz.Que sejas feliz: oração subordinada substantiva apositivaComo reconhecer uma subordinada sabstantiva apositiva?Pela presença (em geral) de dois-pontos separando a subordinada da principal.

A oração apositiva explica um substantivo ou pronome da oração principal.Podemos suprimir a conjunção que na subordinada apositiva: Meu medo é este: nâo chegar a tempo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Observe o exemplo:O homem que mente é desprezível.Que mente = mentirosoQue mente é uma oração subordinada adjetiva. Oração subordinada adjetiva é a que equivale a um adjetivo.

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1.2.3.

SubstantivoAdjetivoAdvérbio

+ Prep = CN

1. Tenho2. Estou3. Votou

respeitocontentecontrariamente

para comcomao

os mais velhos.os resultados.nosso candidato.

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Como reconhecer uma oração subordinada adjetiva?

Observe o exemplo:O professor indicou os livros que deveriam ser lidos.Nem sempre a oração adjetiva pode ser substituída por um adjetivo correspondente. De fato, não conseguimos encontrar um adjetivo que substitua a oração apresentada no exemplo acima: no entanto, trata-se de uma Oração subordinada adjetiva. Como é que sabemos? É uma oração adjetiva porque:

1. faz o papel de um adjetivo, restringindo, delimitando o sentido do substantivo livros (não são todos os livros que deverão ser lidos; apenas alguns, aqueles que o professor indicou);

2. é introduzida por um pronome relativo: que.São pronomes relativos:quem — que — qual — cujo — onde — quantoQuanto — é pronome relativo quando for precedido de tudo, todos.Ex.: Faça tudo quanto ele lhe disser.Quem — é pronome relativo se vier precedido de preposição.Ex: Este é o mestre a quem muito elevemos.Onde — é pronome relativo quando for substituível por em que, no qual, na qual, nos quais.Ex: Este é o País onde nasci.

pronome relativoQUE

conjunção

Como distinguir um que pronome relativo de um que conjunção?Muito simples; se o que for substituível por o qual, os quais, as quais é pronome relativo e a subordinada que inicia é adjetiva.Exemplos:Voltou a inquietude que sentira pela manhã.Voltou a inquietude a qual sentira pela manhã,

TIPOS DE ORAÇÕES ADJETIVAS

As orações subordinadas adjetivas podem ser:Restritivas: indicam uma parte do todo.Ex: Os carros que não tiverem placa serão multados.(Não serão multados todos os carros, mas apenas aqueles sem placa, uma parte do todo.)

Explicativas: indicam alguma qualidade pertencente (inerente) ao ser.Funcionam como se fossem um aposto, por isso são marcadas por vírgulas.Ex.: O homem, que é um ser mortal, tem uma missão sobre a terra.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal. As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc. Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal. As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc. Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc. Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc. Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc. Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc. Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc. Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções finais são: quando, logo que, desde que, assim que, depois que, até que...

Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As

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conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc. Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

ORAÇÕES REDUZIDAS

Como identificar as orações reduzidas:

a) As orações reduzidas são caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo, ou seja, nas suas formas nominais.

b) Ao contrário das demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através de conectivo.

c) Para cada oração reduzida, tem-se uma desenvolvida correspondente. Para melhor identificarmos que tipo de oração reduzida temos, podemos desenvolvê-la.

d) Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas desenvolvidas.

Há três tipos de orações reduzidas:

I. Reduzidas de Infinitivo

Substantivas

Subjetivas- É necessário gostar de frutas e verduras. (que se goste de frutas e verduras.)Objetivas Diretas- O técnico assegurou serem seguras as máquinas. (que eram seguras as máquinas)

Objetivas Indiretas- Gosto de ficar sozinho. (que eu fique sozinho)

Predicativas- O melhor seria fazerem a viagem. (que fizessem a viagem)

Completivas Nominais- Eu estou disposto a arriscar tudo. (que eu arrisque tudo)

Apositivas- Ele nos fez um convite: comparecermos ao seu casamento. (que comparecêssemos ao seu casamento)

Adjetivas

Restritiva- Ela foi a única a apreciar o show. (que apreciou o show)

Explicativas

- Aquele, a cantar no palco, é meu amigo. (que canta no palco)

Adverbiais

Causal- Eu lamento por ter chegado atrasado. (porque cheguei atrasado)

Temporal- Não podem ir embora sem cumprimentar o casal. (que cumprimentem o casal)

Final- Fiz um empréstimo para comprar um carro. (para que compre um carro)

Concessiva- Apesar de estar triste ela continua sorridente. (apesar de que esteja triste)

Condicional- Se cumprirem a promessa eu cumpro a minha. (caso cumpram a promessa)

Consecutiva- Ela se distraiu tanto a ponto de esquecer a discussão. (que esqueceu a discussão)

II. Reduzidas de Gerúndio

Adjetivas

Restritiva- Gosto de crianças correndo pela casa. (que corram pela casa)

Explicativas- Encontrei Maria, saindo de férias. (que saía de férias)Adverbiais

Causal- Não cumprindo a promessa, sentiu remorsos. (porque não cumpriu a promessa)

Temporal- Faltando alguns minutos para o final da prova, eu terminei. (quando faltavam alguns minutos para o final da prova)

Concessiva- Mesmo estando doente assisti aos jogos. (mesmo que estivesse doente)

Condicional- Mentindo assim você ficará em uma situação difícil. (caso você minta assim)

III. Reduzidas de Particípio

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AdjetivasRestritiva- Temos apenas um carro comprado com muito sacrifício. (que compramos com muito sacrifício)

Explicativas- Fiquei surpresa com a casa, pintada de branco. (que pintaram de branco)

Adverbiais

Causal- Ferido na perna, ele não pode mais jogar. (porque se feriu na perna)

Temporal- Concluído o jogo, o time foi descansar. (quando concluíram o jogo)

Concessiva- Vencido o campeonato, permanecerão treinando. (mesmo que vençam o campeonato)

Condicional- Excluídas as doações, como funcionaremos? (caso excluam as doações)

CONCORDÂNCIA

CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância verbal parte do conceito que o verbo concorda em número e pessoa com o Sujeito.Ex.: “Tempo seco favorece a formação de frutos”.

A forma verbal favorece está flexionada na terceira pessoa porque concorda em número (singular) e pessoa (3ª ) com o sujeito tempo seco.

Outros casos:

a)Sujeito composto

anteposto ao verbo: o verbo vai para o plural.Carlos e Cláudia saíram cedo.

posposto ao verbo:O verbo concorda com o núcleo mais próximo ou vai para o plural.Chegou pai e filho.Chegaram pai e filho.

Nota: Se você inverter a ordem, apenas a segunda forma é aceita.

Se o sujeito for substantivo coletivo seguido de nome no plural, o verbo pode ficar no singular ou plural:A frota de carros foi vendida (concordando com a frota)A frota de carros foram vendidos (concordando com carros)

Com pessoas gramaticais diferentes: o verbo irá para o plural na pessoa predominante:Luís e eu brigamos.Tu e ela sabeis que a vida é difícil.(2ª pessoa predomina sobre a terceira- plural vós)

Ligado por ou:Se ou indicar exclusão, o verbo vai para o singular: Paulo ou Carlos será o prefeito.Se ou não indicar exclusão, o verbo vai para o plural: Paulo ou Carlos viajarão comigo.

Núcleos ligados por com: o verbo fica no pluralO senador com os deputados votaram a lei do CPMF.

Dica: se o primeiro núcleo for valorizado, o verbo concorda com ele: O senador, com os deputados, votou a lei da CPMF. (observe as vírgulas)

b) Sujeito é pronome de tratamento

O verbo fica na 3ª pessoa do singular: Vossa Senhoria está cansada?

c) expressões

Um ou outro: o verbo fica no singular:Um ou outro fará o inventário.

Um e outro/Nem um nem outro: O verbo pode ficar no singular ou plural:Drummond e bandeira: nem um nem outro perderam seu valor.

Nem; Se a idéia indica alternância, o verbo fica no singular:Nem o almoço nem o jantar foi bom.

A maior parte de, grande parte de + nome no plural: o verbo pode ficar no singular ou plural:A maioria dos alunos saiu / saíram.A maior parte da população quer.

Mais de, cerca de, menos de, perto de + numeral: o verbo concorda com o numeral;Mais de um jogador xingou o juiz.Cerca de vinte jogadores xingaram o juiz.

Dica: quando houver idéia de reciprocidade, o verbo vai para o plural: Mais de um jogador agrediram-se.

d)Verbo + pronome se:

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na voz passiva: verbo concorda com o sujeito:Alugam-se casas. (casas são alugadas)Aguarda-se o resultado do sorteio. (o resultado é aguardado)

Índice de indeterminação do sujeito: o verbo fica na 3ª pessoa do singular:Pensa-se em férias.

e) Sujeito é Pronome

Pronome relativo que: o verbo concorda com o antecedente:Sou eu que pago.Foram eles que roubaram.

Pronome relativo Quem:O verbo fica a 3ª pessoa do singular ou concorda com o antecedente:Sou eu quem paga as contas ou Sou eu quem pago as contas.

Sujeito resumido por pronome indefinido: o verbo fica na 3ª pessoa do singularO sol, a seca, a falta de cuidados, tudo destruía a plantação.

f) Verbos Impessoais, isto é, sem sujeito, fica sempre na 3ª pessoa do singular.

Verbos que indicam fenômeno da natureza:Choveu muitos dias seguidos.

Dica: quando empregados em sentido figurado concordam com o sujeito: As lojas amanheceram enfeitadas.

Verbo haver no sentido de existir, ocorrer, acontecer e tempo decorrido.

Dica: Existem dois quadros na sala. Há dois quadros na sala.

Verbo haver no sentido de ter concorda com o sujeito: Nós havíamos (tínhamos) obtido ótimos resultados.

Fazer, estar, ficar,ser

Quando indicam tempo decorrido ou a transcorrer, clima e temperatura:Faz dez dias que não o vejo. (e não: fazem dez dias)

Quando usado em locução verbal, o verbo impessoal transmite a impessoalidade para o verbo auxiliar e este também fica na 3ª pessoa do singular: Deve fazer dez dias que não o vejo.

Verbos bater,soar e dar indicando horas, concorda com o numeral:Soavam cinco badaladas.Deu uma hora há pouco.

g) Verbo ser

Concordará com o sujeito:

Se for pronome pessoal reto: Eu sou rei.dica: quando houver mais de um,o verbo concorda com o primeiro: Eles não são nós.

Se for substantivo simples no plural e o predicativo estiver no singular: Os sonhos são a nossa fantasia.

Concordará com o predicativo:

Se o predicativo for pronome pessoal: O povo somos nós. (jamais: A providência é nós)

Na indicação de horas: concordará com a expressão numérica: Hoje é dia 30.Ontem foram 29 de março.São três horas.

Para indicar quantidade (preço, peso, medida): o verbo ser fica no singular:Dez reais é pouso.

Concordará com o sujeito ou predicativo (opcional): sujeito não é uma pessoa: A casa era/eram pedaços de madeira.

Sujeito é isto, isso, aquilo, tudo: Tudo é/são mentiras.

Sujeito tem sentido amplo: A ciência é/são as esperanças do homem.

No sentido de haver, fica no singular: Era uma vez três porquinhos. (havia)

Cuidado: há a concordância ideológica ou silepse ( concordância feita com uma ideia de gênero, número ou pessoa subentendida):Ex.: Ouro Preto pareceu-nos encantadora. (a cidade de ... pareceu-nos)

Em concordância verbal é preciso perceber a lógica da redação de frases. Em concursos costuma cair concordância do verbo ser e haver.

Lembrando o uso de eu/mim: mim não faz nada, só recebe. Jamais diga: pra mim comer, pra mim trazer etc.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Na concordância nominal, o adjetivo, o pronome, o numeral e o artigo concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem.

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Casos Gerais

1-Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos: concordará com o mais próximo:Comprarei novo cinto e bolsa.

2-Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos: Se forem do mesmo gênero: concorda com o mais próximo ou vai para o plural: comprei meia e blusa nova / novas.Se forem de gêneros diferentes fica no masculino plural: Comprei sapato e meia novos.

3.Quando dois adjetivos referem-se ao mesmo substantivo: o substantivo fica no singular e põe-se também artigo antes do segundo adjetivo: Estudam a língua inglesa e a francesa. Ou o substantivo fica no plural e omite-se o artigo do segundo adjetivo: Estudam as línguas inglesa e francesa.

4.Adjetivo é predicativo do sujeito: concorda com o sujeito:O menino é estudioso.Se composto, vai para o masculino plural (se de gêneros diferentes): O lírio e a rosa são perfumados.

5-O adjetivo predicativo do objeto concorda com ele:Achei a mulher cansada.Se o objeto for composto, o adjetivo vai para o masculino plural(se de gêneros diferentes) e se anteposto, concorda com o substantivo mais próximo: A prática tornou respeitado o médico e a enfermeira.

6-Quando o adjetivo for composto por dois adjetivos, flexiona-se apenas o último elemento:Questões sócio-políticas.

Casos Especiais( o que normalmente é cobrado em concursos)

Meio, bastante e só: quando são adjetivo ou numeral concordam com o substantivo. Ficam invariáveis quando são advérbios:Comi meia laranja.(metade)Ela estava meio cansada. (Erro grave dizer: meia tonta, meia cansada)Meio só é meia quando equivale a metade ou meia de pôr no pé(substantivo)

É proibido, é bom, é necessário: e outras expressões semelhantes são invariáveis quando seu sujeito não for precedido de artigo:É proibido entrada.É proibida a entradaCerveja é bom para os rins.

Anexo,próprio,quite,mesmo,só(sozinho): concordam com o nome a que se referem:Ela mesma fez a torta.Seguem anexas ao documento as certidões solicitadas.Obs: em anexo é invariável.

Alto, barato, falso, alerta , etc: como advérbio permanecem invaráveis:Ela fala alto.Vocês juraram falso.

Dica: Não confundir advérbio com adjetivo.

Possível: quando acompanha expressão como o mais, o melhor... fica no singular: Venha o mais rápido possível.Se o artigo estiver no plural, possível vai para o plural:Vestia as roupas as mais modernas possíveis.

Menos e pseudo: são invariáveis:Havia menos pessoas na praça.Ela era pseudo atriz.

Dica: Não existe a palavra menas. Jamais diga: A máquina suporta menas carga.

Atenção: se você diz: estava entertido com a televisão, saiba que o certo é: entretido, vem de entretenimento, diversão.Estava entretido com a televisão.

REGÊNCIA

É a relação entre duas palavras ligadas entre si, de tal modo que uma depende gramaticalmente da outra. (Ver predicação verbal).É a parte da sintaxe que trata da dependência que mantém entre si os elementos de uma sentençaQuanto à regência as palavras dividem-se em:

PALAVRAS REGENTES - são as que exigem outras que as determinem ou lhes integrem o sentido

PALAVRAS REGIDAS - são as que determinam ou completam o sentido das palavras regentes.

Generalizando, regência estuda as relações de determinação, existentes entre as partes ou elementos da oração, ou melhor, é a propriedade de ter uma palavra, sob sua dependência, outra ou outras que lhe completem o sentido.

REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e

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indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva. O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado.

EU PROCURO UM GRANDE AMOR (VTD) (OD)

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado OBJETO INDIRETO.

O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

EU GOSTO DE BEIJAR (VTI) (OI)

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO.

CHAMEI A ATENÇÃO DO MENINO, POIS ESTAVA VTDI OD OI CONVERSANDO DURANTE A AULA.

Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa

repreender, e sim fazer se notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

VERBOS INTRANSITIVOS

São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.

AS MARGARIDAS MORRERAM. (VI)

ALGUNS VERBOS E SEU COMPORTAMENTO:

ACONSELHAR (TD e I)Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.

AGRADAR* no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição).Agrado minhas filhas o dia inteiro.Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.

AGRADECER* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.Agradecer-lhe-ei os presentes.Agradeceu o presente ao seu namorado.

AGUARDAR (TD ou TI)Eles aguardavam o espetáculo.Eles aguardavam pelo espetáculo.

ASPIRAR* No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.* No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a").Ele aspira à carreira de jogador de futebol.Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)

ASSISTIR* No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).Assistimos a um bom filme.Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a preposição A)Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

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* No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília.Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)

ATENDER* Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.Atenderam o meu pedido prontamente.Atenderam ao meu pedido prontamente.No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto diretoNo sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor atendeu-os)

CERTIFICAR (TD e I)Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)Certifico-o de sua posse.Certifico-lhe que seria empossado.Certificamo-nos de seu êxito no concurso.Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.

CHAMAR* TD, quando significar convocar.Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.* TI, com a preposição POR, quando significar invocar.Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.* TD e I, com a preposição A, quando significar repreender.Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula.Chamei-o à atenção.A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.Chamaram-no irresponsável.Chamaram-no de irresponsável.Chamaram-lhe irresponsável.Chamaram-lhe de irresponsável.

CHEGAR, IR (Intransitivo)Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.

Quando houver a necessidade da preposição A, seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)* no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM.Cheguei tarde à escola.Foi ao escritório de mau humor.* se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição PARA.Se for eleito, ele irá para Brasília.* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.Cheguei no ônibus da empresa.A delegação irá no vôo 300.

COGITAR* Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a preposição DE.Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.Hei de cogitar no caso.O diretor cogitou de demitir-se.

COMPARECER (Intransitivo)Compareceram na sessão de cinema.Compareceram à sessão de cinema.

COMUNICAR (TD e I)* Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.Comunico-lhe meu sucesso.Comunico meu sucesso a todos.

CUSTAR* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.Custou-me acreditar em Hipocárpio.Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.* no sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a preposição A.Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.* no sentido de ter preço será intransitivo.Estes sapatos custaram R$ 50,00.

DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)Desfrutei os bens de meu pai.Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.

ENSINAR - TD e IEnsinei-o a falar português.Ensinei-lhe o idioma inglês.

ESQUECER, LEMBRAR* quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó.

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* constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante.

FALTAR, RESTAR E BASTAR* Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A.Muitos alunos faltaram hoje.Três homens faltaram ao trabalho hoje.Resta aos vestibulandos estudar bastante.

IMPLICAR* TD e I com a preposição EM, quando significar envolver alguém.Implicaram o advogado em negócios ilícitos.* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.* TI com a preposição COM, quando significar antipatizar.Não sei por que o professor implica comigo.Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério implica sacrifícios)

INFORMAR (TD e I)Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.Informei-o de que suas férias terminou.Informei-lhe que suas férias terminou.

MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)* Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas vezes acontece.Moro em Londrina.Resido no Jardim Petrópolis.Minha casa situa-se na rua Cassiano.

NAMORAR (TD)Ela namorava o filho do delegado.O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.

OBEDECER, DESOBEDECER (TI)Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?

PAGAR, PERDOARSão TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.Paguei a conta ao Banco.Perdôo os erros ao amigo.As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais

PEDIR (TD e I)* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.Pediram-lhe perdão.

Pediu perdão a Deus.

PRECISAR* No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).O mecânico precisou o motor do carro.* No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).Preciso de bom digitador.

PREFERIR (TD e I)* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.Preferia um bom vinho a uma cerveja.

PROCEDER* TI, com a preposição A, quando significar dar início ou realizar.Os fiscais procederam à prova com atraso.Procedemos à feitura das provas.* TI, com a preposição DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu.Esta madeira procede do Paraná.* Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.Suas palavras não procedem!Aquele funcionário procedeu honestamente.

QUERER* No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD).Quero meu livro de volta.Sempre quis seu bem.* No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição A).Maria quer demais a seu namorado.Queria-lhe mais do que à própria vida.

RENUNCIAR* Pode ser TD ou TI, com a preposição A.Ele renunciou o encargo.Ele renunciou ao encargo.

RESPONDER* TI, com a preposição A, quando possuir apenas um complemento.Respondi ao bilhete imediatamente.Respondeu ao professor com desdém.Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.* TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)Ele apenas respondeu isso e saiu.

REVIDAR (TI)Ele revidou ao ataque instintivamente.

SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

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SOBRESSAIR (TI)* Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.

VISAR* no sentido de ter em vista, objetivar (TI - preposição A)Não visamos a qualquer lucro.A educação visa ao progresso do povo.

* No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.Ele visava os contratos um a um.Se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses. as variáveis na conjugação de alguns verbos: Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.

VERBO VER E DERIVADOS.

Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu revesse.Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.

VERBO VIR E DERIVADOS.

Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.ter e seus derivados.Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse, ele deteu.Forma padrão: quando eu obtiver, se eu mantivesse, ele deteve.pôr e seus derivados.Forma popular: quando eu compor, se eu disposse, eles disporam.Forma padrão: quando eu compuser, se eu dispusesse, eles dispuseram.

reaver. Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavê.Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.

REGÊNCIA NOMINAL

Relação de um nome com seu complemento nominal.Na regência nominal, não há tantos desencontros entre a norma culta e a fala popular. Por isso, pode-se confiar na intuição.

A seguir um quadro com alguns nomes e suas regências mais comuns:

a

acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, conforme, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de), visivel.

de

amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente, digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passível, pobre, pródigo (em), temeroso, vazio, vizinho.

com

afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso (de), ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, parecido (a), rente (a, de).

contra desrespeito, manifestação, queixa.

em

constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil, indeciso, lento, morador, perito, sábio, sito, último (de, a), único.

entre convênio, união.

para apto, bom, essencial, incapaz, inútil, pronto (em), útil

para com

afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso

por ansioso, querido (de), responsável, respeito (a, de)

sobre dúvida, influência, triunfo.

SEMÂNTICA - Significação das palavras

SINÔNIMOSSão palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado.triste = melancólico.

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resgatar = recuperarmaciço = compactoratificar = confirmardigno = decente, honestoreminiscências = lembrançasinsipiente = ignorante.

ANTÔNIMOSSão palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.bom x maubem x malcondenar x absolversimplificar x complicar

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.Ainda com base no signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações).Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

AMBIGUIDADE

A ambigüidade é um dos problemas que podem ser evitados na redação. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto.A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem: "O professor falou com o aluno parado na sala" Neste caso, a ambigüidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere:

"Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala". "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos." O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambigüidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que localiza-se na rua Santos" "Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com freqüência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão." Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com freqüência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com freqüência, sintomas de irritabilidade e depressão". Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.

Ambigüidade como recurso estilísticoEm certos casos, a ambigüidade pode se transformar num importante recurso estilístico na construção do sentido do texto. O apelo a esse recurso pode ser fundamental para provocar o efeito polissêmico do texto. Os textos literários, de maneira geral (como romances, poemas ou crônicas), são textos com predomínio da linguagem conotativa (figurada). Nesse caso, o caráter metafórico pode derivar do emprego deliberado da ambigüidade. Podemos verificar a presença da ambigüidade como recurso literário analisando a letra da canção "Jack Soul Brasileiro", do compositor Lenine.

Jack Soul BrasileiroE que o som do pandeiroÉ certeiro e tem direçãoJá que subi nesse ringueE o país do swingÉ o país da contradiçãoEu canto pro rei da levadaNa lei da emboladaNa língua da percussãoA dança, o mulango, o dengoA ginga do mamulengoÉ o charme dessa nação...

Podemos observar que o primeiro verso ("Já que sou brasileiro") permite até três interpretações diferentes. A primeira delas corresponde ao sentido literal do texto, em que o poeta afirma-se como brasileiro de fato. A segunda interpretação permite pensar em uma referência ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro - o "Zé Jack" -, um dos maiores ritmistas de todos os tempos, considerado um ícone da história da música popular brasileira, de quem Lenine se diz seguidor. A terceira leitura para esse verso seria a

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referência à "soul music" norte-americana, que teve grande influência na música brasileira a partir da década de 1960.

O recurso à ambigüidade no texto publicitário

Na publicidade, é possível observar o "uso e o abuso" da linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jogos de palavras. Esse procedimento visa chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Para entender melhor, vamos analisar a seguir um anúncio publicitário, veiculado por várias revistas importantes.

Sempre PresenteFerracini Calçados

O slogan "Sempre presente" pode apresentar, de início, duas leituras possíveis: o calçado Ferracini é sempre uma boa opção para presentear alguém; ou, ainda, o calçado Ferracini está sempre presente em qualquer ocasião, já que, supõe-se, pode ser usado no dia-a-dia ou em uma ocasião especial. Se você não se julga ainda preparado para uma utilização estilística da ambigüidade, prefira uma linguagem mais objetiva. Procure empregar vocábulos ou expressões que sejam mais adequadas às finalidades do seu texto.

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

HOMÔNIMOS são palavras que possuem a mesma pronúncia ou a mesma grafia, mas sentido diferente. Veja:sessão (reunião)seção (divisão) → pronúncia igualcessão (ato de cedersede (é)sede (ê) → grafia igual

PARÔNIMOS são palavras parecidas na pronúncia ou na grafia mas com significados diferentes. Veja:despercebido (não notado)desapercebido (desprovido)Freqüentemente, essas palavras oferecem dificuldade àquele que escreve. Por isso, separamos uma lista de homônimos e parônimos. Vejamos:acerca de = sobre, a respeito decerca de = aproximadamentehá cerca de = fazacender = pôr fogoascender = subir, elevar-seacento = a maior intensidade com que seemite uma síllabaassento = lugar em que se sentacaçar = ir atrás da caçacassar = anularCerrar = fecharSerrar = cortarcomprimento = extensãocumprimento = saudaçãoConserto = reparoConcerto = sessão musicaldeferimento = concessão, permissão

diferimento = adiamentoDemais = equivale a “muito”de mais = substituível por “a mais”delatar = denunciardilatar = ampliarDescrição = ato de descreverDiscrição = qualidade de quem édiscretoespiar = olharexpiar = sofrer castigoEmergir = vir à tonaImergir = mergulharemigrar = deixar um paísimigrar = entrar num paísmigrar = mudar de regiãoEminente = célebreIminente = prestes a acontecerespectador = o que assisteexpectador = o que tem esperançaEstada = permanência de pessoasEstadia = permanência de veículosinfligir = aplicar penainfringir = desrespeitarInsert = incluídoIncerto = que não é certomandado = ordem judicialmandato = período de missão, procuraçãoMais = é antônimo de menosMás = é sinônimo de maldosasMas = equivalente a porémpleito = eleiçãopreito = homenagemPrecedente = antecedenteprocedente = proveniente, oriundopreeminente = nobre, distintoproeminente = salienteprevidência = qualidade daquele que prevêprovidência = suprema sabedoria, medidaprévia para alcançar um fimratificar = confirmarretificar = corrigirsoar = emitir somsuar = transpirarsobrescrever = endereçarsubscrever = assinartacha = preguinhotaxa = imposto, percentagemtampouco = também nãotão pouco = muito poucotráfego = movimento, trânsitotráfico = comércio ilegalvultoso = de grande vulto, volumosovultuoso = inchadoOBS.: Existem palavras que possuem diferentes significados, são chamadas de polissêmicas..Veja o caso da palavra sanção, que pode significar aprovação ou punição:O projeto obteve a sanção do presidente. (aprovação)A sanção contra o grevista foi muito pesada. (pena)

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PROBLEMAS GERAIS DA LÍNGUA CULTA

A intenção desta parte é fixar a forma certa de algumas palavras e expressões que sempre trazem dificuldades para o brasileiro em geral.

Emprego de algumas palavras e expressões semelhantes:1. Que e Quê*Que é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva.*Quê é um substantivo (com o sentido de "alguma coisa"), interjeição (indicando surpresa, espanto) ou pronome em final de frase (imediatamente antes de ponto final, de interrogação ou de exclamação)Ex. Que você pretende, tratando-me dessa maneira?Você pretende o quê?Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro.

2. Mas e Mais* Mas é uma conjunção adversativa, de mesmo valor que "porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto".* Mais é um advérbio de intensidade, mas também pode dar idéia de adição, acréscimo; tem sentido oposto a menos.Ex. Eu iria ao cinema, mas(porém) não tenho dinheiro.Ela é a mais (menos) bonita da escola.

3. Onde, Aonde e Donde* Onde significa "em que lugar".* Aonde significa "a que lugar".* Donde significa "de que lugar".Ex. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira?Aonde (a que lugar) você vai, menina?Donde (de que lugar) tu vieste?

4. Mal e Mau* Mal é advérbio, antônimo de "bem".* Mau é adjetivo, antônimo de "bom"Ex. Ele é um homem mau (não é bom); só pratica o mal (e não o bem).* Mal também é substantivo, podendo significar "doença, moléstia, aquilo que é prejudicial ou nocivo"Ex. O mal da sociedade moderna é a violência urbana.

5. A par e Ao par* A par é usado, no sentido de "estar bem informado", ter conhecimento".* Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais.Ex. Estou a par de todos os acontecimentos.O real está ao par do dólar.

6. Ao encontro de e De encontro a

* Ao encontro de indica "ser favorável a", "ter posição convergente" ou "aproximar-se de".* De encontro a indica oposição, choque, colisão.Ex. Suas idéias vêm ao encontro das minhas, mas suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suasidéias são tais quais as minhas, mas suas ações são contrárias ao nosso acordo)

7. Há e A na expressão de tempo* Há é usado para indicar tempo decorrido.* A é usado para indicar tempo futuro.Ex. Ele partiu há duas semanas.Estamos a dois dias das eleições.

8. Acerca de, A cerca de e Há cerca de* Acerca de é locução prepositiva equivalente a "sobre, a respeito de".* A cerca de indica aproximação.* Há cerca de indica tempo decorrido.Ex. Estávamos falando acerca de política.Moro a cerca de 2 Km daqui.Estamos rompidos há cerca de dois meses.

9. Afim e A fim de* Afim é adjetivo equivalente a "igual, semelhante".* A fim de é locução prepositiva que indica finalidade.Ex. Nós temos vontades afins.Ela veio a fim de estudar seriamente.

10. Senão e Se não* Senão significa "caso contrário, a não ser".* Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais condicionais; equivale a "caso não".Ex. Nada fazia senão reclamar.Estude bastante, senão não sairá sábado à noite.Se não estudar, não sairá sábado à noite.

11. Nós viemos e Nós vimos* Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, ou seja, no passado.* Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo.Ex. Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava.Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos problemas.

12. Torcer por e Torcer para* Torcer por, pois o verbo torcer exige esta preposição.* Torcer para é usado, quando houver indicação de finalidade, equivalente a "para que", "a fim de que".Ex. Torço pelo Santos.Torço para que o Santos seja o campeão.

13. Desencargo e Descargo* Desencargo significa "desobrigação de um encargo, de um trabalho, de uma responsabilidade".* Descargo significa "alívio".Ex. Filho que se forma é mais um desencargo de família para o pai.Devolvi o dinheiro por descargo de consciência.

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14. Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa* Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa.* Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O mesmo ocorre com "estar ao computador,ao telefone, ao portão, à janela ...Ex. Sentei-me ao computador para trabalhar.Sentei-me na mesa, pois não encontrei cadeira alguma.

15. Tilintar e tiritar* Tilintar significa "soar".* Tiritar significa "tremer de frio ou de medo".Ex. A campainha tilintava sem parar.O rapaz tiritava de frio.

16. Ao invés de e Em vez de* Ao invés de indica "oposição, situação contrária".* Em vez de indica "substituição, simples troca".Ex. Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro.Descemos, ao invés de subir.

17. Estadia e Estada* Estadia é usado para veículos em geral.* Estada é usado para pessoas.Ex. Foi curta minha estada na cidade.Paguei a estadia de meu automóvel.

18. A domicílio e Em domicílio* A domicílio só se usa quando dá idéia de movimento.* Em domicílio se usa sem idéia de movimento.Ex. Enviarei a domicílio seus documentos.Fazemos entregas em domicílioLevaram a domicílio as compras.Damos aulas particulares em domicílio.

19. Estágio e Estádio* Estágio é preparação (profissional, escolar ..).* Estádio significa "época, fase, período".Ex. Estou no primeiro ano de estágio na empresa.Naquela época o país passava por um estádio de euforia.

20. Perca e Perda* Perca é verbo.* Perda é substantivo.Ex. _ Não perca a paciência, pois essa perda de gols não se repetirá, disse o jogador ao técnico.

21. Despercebido e Desapercebido* Despercebido significa "sem atenção".* Desapercebido significa "desprovido, desprevenido".Ex. O fato passou-me totalmente despercebido.Ele estava desapercebido de dinheiro.

22. Escutar e Ouvir* Escutar significa "estar atento para ouvir".* Ouvir significa "perceber pelo sentido da audição".Ex. Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa.Ao ouvir aquele som estranho, saiu em disparada.

23. Olhar e Ver* Olhar significa "estar atento para ver".* Ver significa "perceber pela visão".Ex. Quando olhou para o lado, nada viu, pois ele saíra de lá.

24. Haja vista e Hajam vista* Haja vista pode-se usar, havendo ou não a preposição a à frente, estando o substantivo posterior nosingular ou no plural.* Hajam vista pode-se usar, quando não houver a preposição a à frente e quando o substantivoposterior estiver no plural.Ex. Haja vista aos problemas.Haja vista os problemas.Hajam vista os problemas.

POR QUE/ PORQUE/ POR QUÊ/ PORQUÊ

PORQUEa) equivalente a pois (conjunção coordenativa explicativa).• O professor deve ter faltado, porque os alunos estão no corredor.

b) equivalente a pela causa/razão de que, pelo fato/motivo de que (conjunção subordinativa causal)• Faltei ao trabalho, porque estava doente.

c) expressão de realce• Se todos concordam, é porque gostaram da resposta.

d) em interrogações• Porque estava doente? Ora, isso não é motivo para faltar.A situação seria a seguinte:João: Por que você faltou?José: Eu faltei porque estava doente.João: Porque estava doente? Ora, isso não é motivo para faltar.(A pergunta repete a resposta de José)

POR QUE - preposição por + que (classe variável)

a) equivalente a pelo qual, ou suas variações (com ou sem antecedente)• Esta é a razão por que não compareci. (Esta é a razão pela qual... - razão é antecedente)• Eis por que não compareci. (Eis a razão, a causa pela qual não compareci. Neste caso, não há antecedente)

b) equivalente a por que motivo ou por que razão (Preposição + pronome), em interrogações diretas ou indiretas• Por que você não compareceu?• Não sei por que você não compareceu. (Não sei isto: por que você não compareceu?)

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c) em títulos (pronome interrogativo ou pronome relativo)• Juscelino escreveu “Por que construí Brasília”.Significa: por que é que eu construí Brasília.Ou: as causas/razões por que (pelas quais) construí Brasília.

d) quando significa por qual (e variantes)• O candidato optou por que carreira? (Optou por qual carreira?)• Não sei por que caminhos seguir. (por quais caminhos)

e) Usamos por que, também, quando o por é um complemento de algum nome.• Estou ansioso por que você retorne das férias. (ansioso por)• O presidente demonstrou simpatia por que nós apresentássemos o projeto. (simpatia por)

POR QUÊ - em final de fraseequivalente a por que motivo, por que razão, utilizado em final de frase ou em pausas.• Você faltou por quê?• Meu coração está triste não sei por quê.• Parou, por quê?

PORQUÊ = o porquê, um porquê, os porquêssinônimo de motivo, razão (pode vir até no plural)• Ninguém sabe o porquê dessa decisão.• Todos nós queremos saber os porquês de sua decisão.• Ninguém entendeu o porquê da sua decisão.

A PALAVRA QUE

Aqui estudaremos todas as classes gramaticais a que a palavra que pertence. Ela pode ser substantivo, advérbio, preposição, interjeição, pronome, conjunção, além de partícula expletiva.Vamos aos estudos:

01) SubstantivoA palavra que será substantivo, quando tiver o sentido de qualquer coisa ou alguma coisa, é sempre antecedida por artigo, pronome adjetivo ou numeral e é sempre acentuada (quê).Ex. A decisão do tribunal teve um quê de corrupção.

02) AdvérbioA palavra que será advérbio, quando intensificar adjetivos e advérbios. Nesse caso, pode ser substituída por quão ou muito; em geral, é usada em frases exclamativas.Ex. Que linda é essa garota!Que mal você fez a ela!

03) Preposição

A palavra que será preposição, quando equivaler à preposição de em locuções verbais que tenham, como auxiliares, ter ou haver.Ex. Temos que estudar bastante.Tive que trazer todo o material.

04) InterjeiçãoA palavra que será interjeição, quando exprimir uma emoção, um estado de espírito; é sempre exclamativa e acentuada (quê).Ex. Quê?! Você não dormiu em casa hoje??

05) Partícula Expletiva ou de RealceA palavra que será partícula expletiva ou de realce, quando for empregada para realce ou ênfase; sua retirada não altera o sentido da frase. Pode também ser usada com o verbo ser, na locução é que.Ex. Nós é que precisamos de sua ajuda.Eles que o procuraram ontem.

06) Pronome InterrogativoA palavra que será pronome interrogativo, quando for empregada em frases interrogativas. Quando for antecedida da preposição por, esses dois elementos ficarão separados (por que) Quando estiver iniciando a frase, não se deve usar a palavra o, anteriormente ao pronome. Quando estiver em final de frase, será acentuada.Ex. Que vocês farão hoje à noite?Vocês farão o quê?Por que você não vieram aqui ontem à noite?Vocês não vieram aqui ontem à noite por quê?

07) Pronome IndefinidoA palavra que será pronome indefinido, quando aparecer antes de substantivos em frases geralmente exclamativas. Pode ser substituída por quanto(s), quanta(s).Ex. Que sujeira!!Que bagunça em seu quarto!

08) Pronome AdjetivoA palavra que será pronome adjetivo, quando aparecer antes de substantivos, apenas modificando-o Ex. Que mulher linda!!

09) Pronome RelativoA palavra que será pronome relativo, quando aparecer após substantivos, podendo ser substituída por o qual, a qual, os quais, as quais. Ex. Julguei belíssima a garota que (= a qual) você me apresentou.Os problemas por que (= pelos quais) passamos foram terríveis.

10) Conjunção Coordenativa AditivaA palavra que será conjunção coordenativa aditiva, quando iniciar oração coordenada sindética aditiva; aparece sempre entre duas formas verbais iguais; tem valor bastante próximo da conjunção e.

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Ex. Estudava que estudava, mas não conseguia assimilar a matéria.

11) Conjunção Coordenativa ExplicativaA palavra que será conjunção coordenativa explicativa, quando iniciar oração coordenada sindética explicativa. Pode ser substituída por pois ou porque.Ex. Venha até aqui, que precisamos conversar.

12) Conjunção Coordenativa AdversativaA palavra que será conjunção coordenativa adversativa, quando iniciar oração coordenada sindética adversativa. Indica oposição, ressalva, apresentando valor equivalente a mas.Ex. Outra pessoa, que não eu, deveria cumprir essa tarefa.

13) Conjunção Subordinativa IntegranteA palavra que será conjunção subordinativa integrante, quando iniciar oração subordinada substantiva, ou seja, quando iniciar oração que exerça a função sintática de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto.Ex. Julgo que sua ascensão na empresa deu-se muito rapidamente. Oração que funciona como objeto direto (oração subordinada substantiva objetiva direta)

14) Conjunção Subordinativa ConsecutivaA palavra que será conjunção subordinativa consecutiva, quando iniciar oração subordinada adverbial consecutiva; aparece, em geral, nas expressões tão... que, tanto... que, tamanho... que e tal... que.Ex. Ele se esforçou tanto, que acabou desmaiando.

15) Conjunção subordinativa ComparativaA palavra que será conjunção subordinativa comparativa, quando iniciar oração subordinada adverbial comparativa; aparece, em geral, nas expressões mais... que, menos... que.Ex. Ele é mais estudioso que os amigos.

A PALAVRA SE

Aqui estudaremos todas as funções da palavra se. Vamos aos estudos:

01) Pronome ReflexivoA palavra se será pronome reflexivo quando indicar que o sujeito pratica a ação sobre si mesmo. Nesse caso, o verbo concordará com o sujeito.Ex. A menina machucou-se ao cair do brinquedo.As meninas machucaram-se.

02) Pronome RecíprocoA palavra se será pronome recíproco quando indicar ação trocada entre os elementos que compõem o sujeito. Nesse caso, o verbo concordará com o sujeito.Ex. Sandro e Carla adoram-se.

03) Pronome Integrante do VerboA palavra se será pronome integrante do verbo quando aparecer junto de verbos pronominais, que são os que não se conjugam sem pronome. Por exemplo: suicidar-se, arrepender-se, queixar-se, zangar-se, ater-se, abster-se ...Nesse caso, o verbo concordará com o sujeito.Ex. João suicidou-se depois que seus sócios se queixaram dele para o advogado.

04) Pronome Expletivo ou Pronome de RealceA palavra se será pronome expletivo, quando for usado apenas para reforçar a idéia contida no verbo, sendo, por isso, dispensável na frase. Ocorrerá o pronome expletivo com verbo intransitivo que tenha sujeito claro. Aparece, em geral, junto aos verbos ir, partir, chegar, passar, rir, sorrir, morrer.Novamente o verbo concordará com o sujeito.Ex. As nossas esperanças foram-se para sempre.As meninas sorriram-se agradecidas."Vai-se a primeira pomba despertada". (Raimundo Correia)

05) Pronome ApassivadorA palavra se será pronome apassivador, quando formar, junto de um verbo transitivo direto, a voz passiva sintética, que pode ser transformada em passiva analítica; indica que o sujeito é paciente e com ele concorda.Ex. Compram-se carros usados. = Carros usados são comprados.Esperou-se o tempo necessário. = O tempo necessário foi esperado.Alugam-se casas na praia. = Casas na praia são alugadas.

06) Pronome de Indeterminação do SujeitoA palavra se será pronome de indeterminação do sujeito, quando surgir junto a verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto, a verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto preposicionado, a verbo de ligação acompanhado de predicativo do sujeito e a verbo intransitivo sem sujeito claro. Nesse caso, o verbo deverá ficar, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular.Ex. Necessita-se de pessoas qualificadas. (VTI com OI)Estima-se a Jorge Amado. (VTD com OD Prep.)Aqui se está satisfeito com o governo. (VL com PS)Ainda se morre de tuberculose no Brasil. (VI sem sujeito claro)

07) Sujeito AcusativoA palavra se será sujeito acusativo quando aparecer em estruturas formadas pelos auxiliares causativos fazer, mandar e deixar e pelos auxiliares sensitivos ver, ouvir, sentir..., seguidos de objeto direto na forma de oração reduzida (verbo no infinitivo ou no gerúndio).

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Ex. Ela deixou-se levar pelo namorado.Nós a vimos virando a esquina.O gerente mandou o garoto buscar os documentos.Quando o sujeito acusativo for representado por um substantivo plural, o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular quanto no plural.Ex. Mandar as garotas fazer o trabalho.Mandaram as garotas fazerem o trabalho.

08) Conjunção Subordinativa IntegranteA palavra se será conjunção subordinativa integrante, quando iniciar oração subordinada substantiva, ou seja, oração que funcione como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal ou aposto.Ex. Não sei se todos terão condições de acompanhar a matéria. (Oração que funciona como OD)Sentiremos se vocês não comparecerem à solenidade. (Oração que funciona como OD)

08) Conjunção Subordinativa CondicionalA palavra se será conjunção subordinativa condicional, quando iniciar oração subordinada adverbial condicional, ou seja, quando iniciar oração que funcione como adjunto adverbial de condição. Ex. Tudo estaria resolvido, se ele tivesse devolvido o dinheiro.

08) Conjunção Subordinativa CausalA palavra se será conjunção subordinativa causal, quando iniciar oração subordinada adverbial causal, ou seja, quando iniciar oração que funcione como adjunto adverbial de causa.Ex. Se você sabia que eu não conseguiria, por que me deixou sozinho?

PONTUAÇÃOVÍRGULA (,)

Emprego da vírgula no período simplesquando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados:Ex. A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.

2. Para isolar os objetos pleonásticos (recurso utilizado para chamar a atenção para o objeto, que antecede o verbo):Ex. Os meus amigos, sempre os respeito.

3. Para isolar o aposto explicativo:Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

4. Para isolar o vocativo:Ex. Alberto! Traga minhas calças até aqui!

5. para separar elementos coordenados:Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote.

6. Para indicar a elipse do verbo:Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)

7. Para separar, nas datas, o lugar:Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996.

8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada:Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei.

9. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer...Ex. Irei para Águas de Santa Brárbara, melhor dizendo, Bárbara.

Emprego da vírgula no período compostoPeríodo composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula.Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los

Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos forem diferentes e quando o e aparecer repetido.Ex. Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo.Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco.

Período composto por subordinaçãoOrações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula.Ex. É evidente que o culpado é o mordomo.

Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula.Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula.Ex. Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.

PONTO-E-VÍRGULA (;)

O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto.O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece.Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula:

Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas:Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver.

Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas:Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem.

Para separar enumeração após dois pontos:Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras:- não fumar dentro do colégio;- não fazer algazarras na hora do intervalo;

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- respeitar os funcionários e os colegas;- trazer sempre o material escolar.

DOIS-PONTOS (:)

Deve-se empregar esse sinal:Para iniciar uma enumeração:Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás.

Para introduzir a fala de uma personagem:Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula diz:- Essa moleza vai acabar!

Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito:Ex. Essa moleza vai acabar!: essas são as palavras do professor Luís.

RETICÊNCIAS ( ... )

As reticências são empregadas:Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem:Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu?

Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida pela fala da outra:Ex. - Como todos já deram sua opinião...- Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar.

Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase:Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu 145, portanto...

Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos:Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector)

PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)

Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta.Ex.: Dormiu bem hoje?

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)

Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia, surpresa e estados de espírito.Ex.: Nossa! Que surpresa você por aqui!

ASPAS (“ ”)

Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.Ex.: A notícia foi dada pelo “Jornal do Brasil”

PARÊNTESES ( ( ) )

Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.Ex.: "Tive (Por que não direi tudo?) tive remorsos". TRAVESSÃO (—)

Marca o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.Ex.: - Como você se chama ?       - Meu nome é João Luís . Nós podemos - dizia ele - pagar o bem com o mal. 

COLCHETES ([ ])

Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de cunho didático, filológico, científico. Ex.: "É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho" (Machado de Assis)

ASTERISCO (*) O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, costuma ser empregado:- nas remissões a notas ou explicações contidas em pé de páginas ou ao  final de capítulos.Ex.: Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria, etc.

* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras.

- nas substituições de nomes próprios não mencionados.Ex.: O Dr.* conversou durante toda a palestra. O jornal*** não quis participar da campanha.

BARRA (/)

Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.Ex.: Vitória, 28/03/2010.

HÍFEN (−) (NOVO ACORDO)

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefi xos ou por elementos que podem funcionar como prefi xos, como:

aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.Exemplos:

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anti-higiênicoanti-históricoco-herdeiromacro-históriamini-hotelproto-históriasobre-humanosuper-homemultra-humanoExceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.Exemplos:aeroespacialagroindustrialanteontemantiaéreoantieducativoautoaprendizagemautoescolaautoestradaautoinstruçãocoautorcoediçãoextraescolarinfraestruturaplurianualsemiabertosemianalfabetosemiesféricosemiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefi xo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:anteprojetoantipedagógicoautopeçaautoproteçãocoproduçãogeopolíticamicrocomputadorpseudoprofessorsemicírculosemideusseminovoultramoderno

Atenção: com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:antirrábicoantirracismoantirreligiosoantirrugasantissocialbiorritmocontrarregracontrassensocossenoinfrassommicrossistemaminissaiamultissecularneorrealismoneossimbolistasemirretaultrarresistente.ultrassom5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.Exemplos:anti-ibéricoanti-imperialistaanti-infl acionárioanti-infl amatórioauto-observaçãocontra-almirantecontra-atacarcontra-ataquemicro-ondasmicro-ônibussemi-internatosemi-interno

6. Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.Exemplos:hiper-requintadointer-racialinter-regionalsub-bibliotecáriosuper-racistasuper-reacionáriosuper-resistentesuper-romântico

Atenção:• Nos demais casos não se usa o hífen.Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

• Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.

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• Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefi xo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:hiperacidezhiperativointerescolarinterestadualinterestelarinterestudantilsuperamigosuperaquecimentosupereconômicosuperexigentesuperinteressantesuperotimismo

8. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:além-maralém-túmuloaquém-marex-alunoex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidentepós-graduaçãopré-históriapré-vestibularpró-europeurecém-casadorecém-nascidosem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:girassolmadressilvamandachuvaparaquedasparaquedistapontapé

12. Para clareza gráfi ca, se no fi nal da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:Na cidade, conta-

-se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex--alunos.

PARÁGRAFO ( § )

O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois ésses (S) entrelaçados, iniciais das palavras latinas "Signum sectionis" que significam sinal de secção, de corte. Num ditado, quando queremos dizer  que o período seguinte deve começar em outra linha, falamos parágrafoou alínea. A palavra alínea (vem do latim a + lines) e significa distanciado da linha, isto é, fora da margem em que começam as linhas do texto.O uso de prágrafos é muito comum nos códigos de leis, por indicar os parágrafos únicos.Ex.: § 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

ORTOGRAFIA

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:

O FONEMA S

Escreve-se com S e não com C/Ç: As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent. Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual

Escreve-se com SS e não com C e Ç: Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão

Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir

No pretérito imperfeito simples do subjuntivo Exemplos: ficasse, falasse.

Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS: Os vocábulos de origem árabe: Exemplos: cetim, açucena, açúcar

Os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica

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Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique

Os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu. Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço

Nomes derivados do verbo ter. Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção

Após ditongos Exemplos: foice, coice, traição Palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r) Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção

O FONEMA Z

Escreve-se com S e não com Z: Os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos. Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.

Os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. Exemplos: catequese, metamorfose.

As formas verbais pôr e querer. Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.

Nomes derivados de verbos com radicais terminados em d. Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão

Os diminutivos cujos radicais terminam com s Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho

Após ditongos Exemplos: coisa, pausa, pouso

Em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s. Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar

Escreve-se com Z e não com S: Os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo Exemplos: macio - maciez / rico – riqueza

Os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s) Exemplos: final - finalizar / concreto – concretizar

Como consoante de ligação se o radical não terminar com s. Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho

O FONEMA J

Escreve-se com G e não com J: As palavras de origem grega ou árabe Exemplos: tigela, girafa, gesso.

Estrangeirismo, cuja letra G é originária. Exemplos: sargento, gim.

As terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções) Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.Exceção: pajem

As terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.

Os verbos terminados em ger e gir. Exemplos: eleger, mugir.

Depois da letra "r" com poucas exceções. Exemplos: emergir, surgir.

Depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j. Exemplos: ágil, agente.

Escreve-se com J e não com G:

As palavras de origem latinas Exemplos: jeito, majestade, hoje.

As palavras de origem árabe, africana ou exótica. Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.

As palavras terminada com aje. Exemplos: laje, ultraje

O FONEMA CH

Escreve-se com X e não com CH: As palavras de origem tupi, africana ou exótica. Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.

As palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). Exemplos: xampu, lagartixa.

Depois de ditongo. Exemplos: frouxo, feixe.

Depois de en. Exemplos: enxurrada, enxoval

Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

Escreve-se com CH e não com X: As palavras de origem estrangeira Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.

AS LETRAS E e I

Os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.

Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.

Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

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Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

ACENTUAÇÃO

Dentro da língua portuguesa é a pronúncia que permite ao leitor identificar o significado das palavras, porque ora damos entonação maior para uma sílaba, ora para outra.Ex.: crítica - substantivo critica - forma verbal

Essa sílaba pronunciada com uma entonação maior recebe o nome de sílaba tônica: cô-mo-do, quen-te.A presença da sílaba tônica na língua portuguesa cria os seguintes grupos:

Palavras oxítonas, a última sílaba é a tônica. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de S, E em EM, ENS.Ex.: caju, japonês, Corumbá, maracujá, maná, Maringá, rapé, massapê, filé, sapé, filó, rondó, mocotó, jiló, amém, armazém, também, Belém, parabéns, armazéns, nenéns, Iguaçu, caqui, aci.

Palavras paroxítonas, a penúltima sílaba é a tônica: porta, miudeza, hora.

Palavras proparoxítonas, antepenúltima sílaba é a tônica: cômodo, sonâmbulo.

Já os monossílabos são palavras que apresentam apenas uma sílaba. Eles podem ser tônicos ou átonos.Os monossílabos tônicos apresentam acento próprio, portanto, pronunciado com intensidade (gás, faz). Já os monossílabos átonos não se destacam e estão ligados às palavras mais próximas (o homem, de madeira).

3.1 Regras de acentuação:

1. Acentuamos os monossílabos tônicos terminados em:a, as: lá, hás;e, es: pé, mês;o, os: pó, nós.

2. Acentua-se os oxítonos terminados em:

a, as: Pará, sofás;e, es: jacaré, cafés;o, os: avó, cipós;em, ens: ninguém, armazéns.

As palavras oxítonas terminadas em i, is e u, us; somente serão acentuadas quando formarem hiatos: baú, açaí, tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. São acentuados os paroxítonos terminados em:ão(s), ã(s): órfãos, órfãsei(s): jóquei, fáceisi(s): júri, lápisus: vírusum, uns: álbum, álbunsr: revólverx: tóraxn / nos: hífen, prótonsl: fácilps: bícepsditongos crescentes seguidos ou não de S: ginásio, mágoa, áreas

4. São acentuados todos os proparoxítonos: cômodo, lâmpada.

5. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). (NOVO ACORDO)

Como era Como fIcaalcalóide alcaloidealcatéia alcateiaandróide androideapóia (verbo apoiar) apoiaapóio (verbo apoiar) apoioasteróide asteroidebóia boiacelulóide celuloideclarabóia claraboiacolméia colmeiaCoréia Coreiadebilóide debiloideepopéia epopeiaestóico estoicoestréia estreiaestréio (verbo estrear) estreiogeléia geleiaheróico heroicoidéia ideiajibóia jiboiajóia joiaodisséia odisseiaparanóia paranoiaparanóico paranoicoplatéia plateiatramóia tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

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6. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. (NOVO ACORDO)

Como era Como ficabaiúca baiucabocaiúva bocaiuvacauíla cauilafeiúra feiura

7. Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha, tainha.

8. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). (NOVO ACORDO)

Como era Como ficaabençôo abençoocrêem (verbo crer) creemdêem (verbo dar) deemdôo (verbo doar) dooenjôo enjoolêem (verbo ler) leemmagôo (verbo magoar) magooperdôo (verbo perdoar) perdoopovôo (verbo povoar) povoovêem (verbo ver) veemvôos vooszôo zoo

9. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. (NOVO ACORDO)

Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.Veja:a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.Exemplos:• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

10. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. (NOVO ACORDO)

Como era Como ficaEle pára o carro. Ele para o carro.Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao pólo Norte.Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar pólo.Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

TREMA(NOVO ACORDO)Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como f caagüentar aguentarargüir arguir

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bilíngüe bilínguecinqüenta cinquentadelinqüente delinquenteeloqüente eloquenteensangüentado ensanguentadoeqüestre equestrefreqüente frequentelingüeta linguetalingüiça linguiçaqüinqüênio quinquêniosagüi saguiseqüência sequênciaseqüestro sequestrotranqüilo tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.Exemplos: Müller, mülleriano.

Observações:

Alguns problemas de acentuação devem-se a vícios de fala ou pronúncia inadequada de algumas palavras.Nos nomes compostos, considera-se a tonicidade da última palavra para efeito de classificação. As demais palavras que constituem o nome composto são ditas átonas.Exemplos: couve-flor - oxítona, arco-íris - paroxítona.Os pronomes oblíquos átonos o/a/os/as podem transformar-se em lo/la/los/las ou no/na/nos/nas em função da terminação verbal. Quando os verbos terminam por R/S/Z ou no caso de mesóclise (R), geram acentuação se a forma verbal (sem o pronome) tiver seu acento justificado por alguma regra.Exemplos: comprá-la, vendê-los, substituí-lo, comprá-la-íamos ≠ parti-los.

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