Sin Taxe

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5/9/2012 1 Ronaldo Martins discurso texto ... texto sentença ... sentença palavra ... palavra morfema ... morfema fonema ... fonema som som som ... texto Fonética História da Fonética Três perspectivas de consideração dos sons da linguagem Fonética articulatória Fonética acústica Fonética auditiva Fonologia Conceitos-chave Significante e significado Forma e substância Plano de expressão e plano de conteúdo Teoria do valor A noção de fonema Análise fonológica Processos fonológicos Morfologia História da Morfologia O conceito de palavra O conceito de morfema Tipos de morfema Alomorfia Processos morfológicos História da Sintaxe A aquisição da linguagem A gramática gerativo-transformacional Exercícios 1 e 2 da Prova II Texto Palavra Sentença Morfema Fonema Discurso

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sintaxe

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Ronaldo Martins

discurso

texto ... texto

sentença ... sentença

palavra ... palavra

morfema ... morfema

fonema ... fonema

som

som

som

... texto

Fonética História da Fonética Três perspectivas de consideração dos sons da linguagem

▪ Fonética articulatória ▪ Fonética acústica ▪ Fonética auditiva

Fonologia Conceitos-chave

▪ Significante e significado ▪ Forma e substância ▪ Plano de expressão e plano de conteúdo ▪ Teoria do valor

A noção de fonema Análise fonológica Processos fonológicos

Morfologia História da Morfologia O conceito de palavra O conceito de morfema

▪ Tipos de morfema ▪ Alomorfia ▪ Processos morfológicos

História da Sintaxe A aquisição da linguagem A gramática gerativo-transformacional Exercícios 1 e 2 da Prova II

Texto Palavra Sentença Morfema Fonema Discurso

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Um homem aprende

um homem

onoma

aprende

rhema

Clínias é ignorante

Clínias

onoma

é ignorante

rhema

Gramática de regras (regulae)

zonas bilíngues do Império

latim como segunda língua

Grammaire Générale et Raisonnée (1660)

Port-Royal

Linguagem < Pensamento

▪ formar um conceito = "terra", "redondo", "gira"

▪ fazer um julgamento = "a terra é redonda", "a terra gira"

▪ raciocinar = "a terra é redonda porque gira"

Leonard Bloomfield (Language, 1933)

Behaviorismo (aspectos exteriores da fala)

Corpus

Contexto (entorno)

Distribuição

Análise de constituintes

A menina beijou o menino

A menina

Ela

Maria

A linda menina

A menina com o vestido azul

seduziu

beijou

matou

olhou para

gosta de

o menino

João

um menino bonito

o menino que estava olhando

para o chão

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Resposta Resposta Resposta

Resposta Resposta

A originalidade da fala da criança

a criança produz e compreende enunciados que nunca ouviu antes

▪ a my pencil

▪ other one pants

▪ two foot

▪ cowboy did fighting me

A regularidade na fala da criança

Há enunciados que a criança nunca produz

▪ my a pencil

▪ pencil a

A criança parece ter, desde o início, rudimentos de uma gramática

Adam, say what I say: Where can I put them?

Where I can put them?

A fala da criança resiste à repetição C: Want other spoon, Daddy. P: You mean, you want “the other spoon” C: Yes, I want other one spoon, please, Daddy. P: Can you say “the other spoon”? C: Other... one... spoon. P: Say “other”. C: Other. P: Spoon. C: Spoon. P: Other... spoon. C: Other... spoon. Now give me other one spoon.

Há mais do que apenas “linguagem” na interação entre pais e filhos

C: Nobody don’t like me M: Everybody likes you C: Nobody don’t like me M: No, say “Nobody likes me” C: Nobody don’t like me M: No, it’s “Nobody likes me” C: Nobody don’t like me M: Pay attention: NOBODY LIKES ME C: Nobody don’t like me ... M: Now, listen carefully, say: “Nobody likes me” C: Oh, nobody don`t likes me.

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O argumento da pobreza dos estímulos primários Motherese (baby-talk)

▪ frequência fundamental mais alta (voz aguda) ▪ reduplicações de sílabas (au-au, papai, dodói) ▪ velocidade de fala reduzida ▪ entonação exagerada ▪ frases curtas e menos complexas ▪ referência espacial e temporal imediata ▪ léxico cotidiano ▪ expansões sintáticas de falas da própria criança (ou traduções de seus

gestos) ▪ paráfrases, repetições ou retomadas das emissões das crianças ▪ visão positiva do desvio

Problema de Platão: Como é que o ser humano pode saber tanto diante de

evidências tão passageiras, enganosas e fragmentárias? ▪ A linguagem é INATA (“a linguagem está em nós”):

▪ vem de dentro para fora, e não de fora para dentro;

▪ não é “adquirida”, é “desenvolvida”;

▪ não é um evento puramente social, mas faz parte da programação biológica do ser humano

▪ A linguagem é UNIVERSAL (“todos falam”)

▪ Como parte da programação biológica, a linguagem é, originariamente, idêntica para todos os seres humanos (GRAMÁTICA UNIVERSAL, LÍNGUA-I x LÍNGUA -E)

▪ Há regras comuns a todas as línguas naturais (PRINCÍPIOS), que se diferenciam porém por elementos mais superficiais (PARÂMETROS)

Princípio Toda oração tem sujeito

Parâmetro A posição de sujeito precisa estar necessariamente

preenchida ▪ It rains

▪ Il pleut

▪ Es regnet

A posição de sujeito não precisa estar preenchida ▪ Chove

▪ Llove

Gerativismo:

Língua = conjunto finito de regras que opera sobre um conjunto finito de símbolos para produzir um conjunto infinito de enunciados

Competência (ou conhecimento) = conjunto de regras x Performance (ou uso) = conjunto de enunciados

Transformacionalismo:

Há, nos enunciados linguísticos, uma estrutura profunda (mais básica, mais elementar) e uma estrutura superficial (derivada)

Categorias gramaticais Núcleos lexicais

▪ N (nome): Maria, carro, ela, isso

▪ V (verbo): cantar, cantei, cantarão

▪ J (adjetivo): bonito, alegre

▪ A (advérbio): ontem, bem

Núcleos funcionais ▪ D (determinante): o, meu, dois

▪ P (preposição): de, para

▪ C (conjunção): quando, porém, se

▪ I (flexão): vou (em “vou cantar”), tinha (em “tinha cantado”)

Estrutura de constituintes Sentenças são conjuntos

“hierarquizados” de palavras

Princípio da projeção ▪ N > NP ▪ V > VP ▪ A > AP ▪ J > JP ▪ D > DP ▪ I > IP ▪ P > PP ▪ C > CP

S

NP

D

a

N

menina

VP

V

beijou

NP

D

o

N

menino

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ÁRVORE GRAMÁTICA

S -> NP VP NP -> D N VP -> V NP D -> “a” N -> “menina”|”menino” V -> “beijou”

S

NP

D

a

N

menina

VP

V

beijou

NP

D

o

N

menino

ESTRUTURA SUPERFICIAL ESTRUTURA PROFUNDA

S

NP

D

a

N

menina

VP

V

beijou

NP

D

o

N

menino

S

NP

D

o

N

menino

VP

IP

I

foi

V

beijado

PP

P

por

NP

D

a

N

menina

APASSIVADORA

Construir a gramática para o corpus A) Delimitar as orações

▪ Segmentá-las de acordo com as pausas ou com a estrutura sintática

B) Construir as árvores ▪ As árvores não precisam ser entregues; constituem apenas a

matéria prima para a confecção da gramática

C) Construir a gramática ▪ Símbolos:

Símbolo Sentido Exemplo

-> reescrita NP -> N

| ou NP -> N | DP N

( ) opcional NP -> (DP) N

Princípio da projeção: Apenas um núcleo (N,V,J,A,...) por nível A projeção (NP,VP,...) deve corresponder ao núcleo A projeção máxima é “S”

Pronomes substantivos são “N”; pronomes adjetivos são “J”

“Ele disse isso” (“isso” = N) “Meu livro” (“meu” = J)

Verbos auxiliares se representam como “I” Eu vou sair depois (“vou” = I)

Contrações devem ser desfeitas “da” = de a

ERRADO CERTO

NP -> D N NP -> DP N

NP -> D NP NP -> DP N

A. o primeiro serviço meu foi em laticínio... aí:::: ...quando estava próximo de fechar o laticínio... eu fui pai de (trigêmeo)... três filha mulher... foi criada... -– aí depois trabalhei na:: -– ...trabalhei no laticínio... – trabalhei na ( ) ...depois trabalhei na:: ...na Alpargata... depois trabalhei na Brasinca ... em (Valença) também trabalhei um pouco... – foi... foi assim... depois:: ...trabalhei na ( )... aprendi a profissão de pedreiro...

o primeiro serviço meu foi em laticínio Aí quando estava próximo de fechar o laticínio eu fui pai de (trigêmeo) três filha mulher foi criada aí depois trabalhei na trabalhei no laticínio trabalhei na ( ) depois trabalhei na na Alpargata depois trabalhei na Brasinca em (Valença) também trabalhei um pouco Foi foi assim Depois trabalhei na ( ) aprendi a profissão de pedreiro.

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S

AP

A

S

NP

D

três

N

filha

N

mulher

S

PP

P

em

NP

D

a

N

Alpargata

S

VP

V

trabalhei

PP

P

em

NP

D

o

N

laticínio

S

NP

D

o

D

primeiro

N

serviço

D

meu

VP

V

foi

PP

P

em

NP

N

laticínio

S -> NP VP | AP | CP | NP VP NP | IP| AP VP| PP AP

NP -> D NP| N | D NP | N PP | D NP | N NP VP -> V PP | V JP | V NP | V PP -> P NP | P VP AP -> A | A AP CP -> C VP JP -> J PP IP - > I VP

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A. o primeiro serviço meu foi em laticínio... aí:::: ...quando estava próximo de fechar o laticínio... eu fui pai de (trigêmeo)... três filha mulher... foi criada... -– aí depois trabalhei na:: -– ...trabalhei no laticínio... – trabalhei na ( ) ...depois trabalhei na:: ...na Alpargata... depois trabalhei na Brasinca ... em (Valença) também trabalhei um pouco... – foi... foi assim... depois:: ...trabalhei na ( )... aprendi a profissão de pedreiro...

o primeiro serviço meu foi em laticínio Aí quando estava próximo de fechar o laticínio eu fui pai de (trigêmeo) três filha mulher foi criada aí depois trabalhei na trabalhei no laticínio trabalhei na ( ) depois trabalhei na na Alpargata depois trabalhei na Brasinca em (Valença) também trabalhei um pouco Foi foi assim Depois trabalhei na ( ) aprendi a profissão de pedreiro.

XP

spec XB

XB

X comp

adjt

Onde Spec = specificador (apenas

um)

Adjt = adjunto (tantos quantos forem necessários)

Comp = complemento (tantos quantos forem necessários)

X = núcleo (apenas um)

XB = projeções intermediárias (tantas quantas forem os adjuntos ou complementos)

XP = projeção máxima (apenas uma)

NP

NB

N

menina

NP

Spec

A (DP)

NB

N

menina

NP

Spec

A (DP)

NB

NB

N

menina

Adjt

bonita (JP)

NP

Spec

A (DP)

NB

NB

NB

N

menina

Adjt

alta

Adjt

bonita (JP)

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Definir o quadro de subcategorização de cada item lexical do corpus o primeiro serviço meu foi em laticínio

▪ O = NENHUM

▪ Primeiro = NENHUM

▪ Serviço = NENHUM

▪ Meu = NENHUM

▪ Foi = SPEC + COMP

▪ Em = COMP

▪ Laticínio = NENHUM