Simulador Computacional de Circuitos Eletr^onicos para o ... · Luiz Kildery e Jos e Cleiton. Ao...
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Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMACAO PEDAGOGICA DE DOCENTES
NA AREA DE LICENCIATURA EM FISICA
Simulador Computacional de Circuitos Eletronicospara o Ensino de Fısica
Gladstone de Alencar Alves
Monografia
Fortaleza - CE
Setembro de 2011
Gladstone de Alencar Alves
Simulador Computacional de CircuitosEletronicos para o Ensino de Fısica
Monogragia apresentado ao Programa Espe-
cial de Formacao Pedagogica de Docentes na
Area de Licenciatura em Fısica, da Faculdade
Integrada da Grande Fortaleza, como requisito
necessario para a Graduacao em Licenciatura
em Fısica.
Orientador: Mestre em Fısica Edi Rozembergh
Brasileiro da Silva Brandao
Fortaleza - CE
Setembro de 2011
Monografia submetida ao Programa Especial de Formacao Pedagogica de
Docentes na Area de Licenciatura em Fısica, como partes dos requisitos ne-
cessarios a obtencao do grau de Licenciado em Fısica, outorgado pela Facul-
dade Integrada da Grande Fortaleza - FGF.
Gladstone de Alencar Alves
Professor Mestre em Fısica Edi Rozembergh Brasileiro da Silva Brandao
Nota Obtida:
Monografia aprovada em:
Agradecimentos
A meu orientador Professor Mestre em Fısica Edi Rozembergh Brasileiro da
Silva Brandao e a todos os professores da area Contextual e Estrutural da
FGF por terem me dado esta oportunidade.
A minha esposa, Thallyta Alencar, por todo o carinho e apoio.
Aos amigos da Graduacao da FGF , principalmente Jeova, Cıcera Raquel,
Luiz Kildery e Jose Cleiton.
Ao Programa de Graduacao da FGF para minha formacao.
Resumo
Diante do contexto em que se encontra o ensino de Fısica, professores e
principalemente alunos sentem dificuldades no aprendizado de Fısica e sua
relacao com a linguagem matematica. O ensino tradicional, onde os professo-
res de Fısica buscam como unico recurso em sala a aula expositiva, utilizando
apenas quadro branco, pincel e apagador, e usando de meios abstratos para
tentar explicar algum modelo que venha representar alguma ideia Fısica.
Alem disso, os alunos nao despertam em nenhum momento interesse pela
disciplina, ja que a disciplina nao e vista de forma aplicativa no cotidiano, ou
seja, os alunos nao sao capazes de vislumbrar as aplicacoes das ideias fısicas
na sua realidade. O passo importante que devemos fazer, como professores
da disciplina de Fısica e buscarmos novas ferramentas de ensino de Fısica,
para que os alunos nao atentem somente a um mundo puramente abstrato,
ou so matematico, mas que possam compartilhar das novas formas de en-
sino. Esse trabalho tem o intuito de mostrar o uso de uma nova ferramenta
conhecida como Eletronics Workbench 5.0 (EWB), um simulador computa-
cional de circuitos eletricos, que dentro da realidade das escolas, sejam elas
publicas ou particulares, nao dispoem de recursos para montagem de labo-
ratorio, e tambem possam evitar certos danos, como perda de pecas, queima
do material, e etc.
Sumario
1 Introducao 1
2 Ferramenta Virtual para o Ensino de Circuitos Eletricos 4
2.1 Corrente Eletrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 Circuitos Eletricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.1 Estudo dos resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.2 Capacitores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2.3 Diodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3 Eletronics Workbench 5.0 (EWB) 15
3.1 Multımetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2 Gerador de Funcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3 Proposta para Atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.3.1 Usando o multımetro virtual . . . . . . . . . . . . . . . 24
vi
SUMARIO vii
3.3.2 Controle de corrente por diodo . . . . . . . . . . . . . 25
3.3.3 Usando um osciloscopio para observar a retificacao . . 26
3.3.4 Usando diodos em circuitos de corrente alternada . . . 28
3.3.5 Retificacao de meia onda . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.3.6 Retificador de onda completa . . . . . . . . . . . . . . 32
4 Conclusoes 35
Referencias Bibliograficas 37
Lista de Figuras
2.1 (a)Associacao de resistores em serie. (b)Resistor equivalente. . 10
2.2 Associacao de resistores em paralelo. . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Capacitor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Representacao do diodo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Associacao de diodos em serie. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6 Associacao de diodos em paralelo. . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1 Tela inicial do EWB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2 (a)Icone para a caixa de componentes (b)Caixa de componentes. 16
3.3 (a)Icone para a caixa de componentes fonte (b)Caixa de com-
ponentes fonte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.4 Girar um componente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.5 Conector de fios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
viii
LISTA DE FIGURAS ix
3.6 (a)Caixa de Propriedade de Resistor (b)Caixa de Propriedades
de Bateria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.7 Caixa de Dialogo para confirmacao de apagar o item selecionado. 19
3.8 Menu Arquivo aberto com a opcao Salvar habilitada. . . . . . . 19
3.9 (a)Multımetro- ıcone. (b) Multımetro aberto, (c) Janela de
ajuste do multımetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.10 Amperımetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.11 Voltımetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.12 Ohmımetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.13 Gerador de Funcoes: Senoidal, Triangular e Quadrada. . . . . 23
3.14 Osciloscopio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.15 Circuito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.16 Associacao de resistores em serie. . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.17 Associacao de resistores em paralelo. . . . . . . . . . . . . . . 25
3.18 Exemplo de Circuito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.19 Exemplo de Circuito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.20 Exemplo de Circuito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.21 Circuito Corrente Alternado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
LISTA DE FIGURAS x
3.22 Circuito Corrente Alternado adicionado com o Diodo. . . . . . 29
3.23 Circuito Corrente Alternado com um Diodo e uma Lampada. . 30
3.24 Circuito Corrente Alternado com dois Diodos e uma Lampada. 30
3.25 Circuito em um novo formato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.26 Circuito em um novo formato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.27 Circuito com capacitor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.28 O uso do osciloscopio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.29 Retificador de onda completa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.30 Retificador de meia onda completa. . . . . . . . . . . . . . . . 34
Capıtulo 1
Introducao
Um dos maiores problemas verificado no ensino de Fısica nas escolas do
ensino medio e ensino superior e o da realizacao de experimentos de labo-
ratorio. De fato, nao basta ao aluno ler sobre as leis e fenomenos fısicos,
mas verificar sua validade em ambientes controlados. Isto so e possıvel em
laboratorio e com o uso de instrumentos e supervisao adequada.
Entretanto, dado o custo elevado que as instalacoes de um laboratorio
apresentam, e praticamente inviavel e neste contexto que surge a proposta
de um laboratorio virtual.
Muito embora existam na atualidade simuladores de altıssimo grau de
detalhamento e sofisticacao tecnologica, como o Eletronics Workbench 5.0
(EWB), e possıvel simular um Laboratorio de Eletronica completo. Os moti-
vos para a utilizacao do EWB foram o custo nulo para a sua aquisicao e a ja
existencia de computadores nas escolas do ensino medio e tambem no ensino
superior.
O simulador EWB realiza simulacoes de circuitos desde o nıvel mais
basico ate o mais avancado, atendendo assim, a lei de Diretrizes e Bases
CAPITULO 1. INTRODUCAO 2
da Educacao no Art.36, paragrafo 10, que recomenda a insercao de Topicos
avancados no ensino medio. Observa-se ainda que os ajustes e configuracoes
dos instrumentos gerados sao fieis aos encontrados nos instrumentos reais.
A aplicacao de simuladores como ferramentas didaticas de apoio a
educacao tecnologica no ensino medio e superior tem demonstrado ser uma
das principais solucoes para a viabilizacao de demonstracoes ensaios praticos.
Os simuladores de dispositivos eletro-eletronicos, ja apresentam avancado de-
senvolvimento tecnologico para tal aplicacao.
O EWB e um simulador eletronico, que permite construir e simular cir-
cuitos eletronicos dentro da area analogica e digital, sendo de grande utilidade
para os estudantes de eletronica.
Possui uma interface de facil acesso e compreensao, substituindo com
muitas vantagens as experiencias em laboratorios convencionais, uma vez
que, nao existe o risco de danificar equipamentos destinados aos ensaios e
medidas de circuitos ou componentes.
Sua vasta biblioteca permite simular experiencias em condicoes ideais
e reais, pois os valores e parametros podem ser modificados de acordo com
as necessidades do projeto. Existem versoes deste programa para ope-
rar em ambiente DOS e WINDOWS, sendo que neste curso abordaremos a
versao para WINDOWS, o EWB5.
Esta monografia tem por objetivo propor para o ensino medio e superior,
dentro das competencias e habilidades exigidas pelos PCNs e instituicoes de
ensino superior, como Universidades, Faculdades e outros, a utilizacao de
um Laboratorio Virtual de Eletronica. Para alcancar tal objetivo fizemos
uso do software simulador Eletronics Workbench, versao 5 (EWB5). Aqui,
nos concentramos especificamente nas competencias e habilidades a serem
CAPITULO 1. INTRODUCAO 3
desenvolvidas em Fısica e destacamos as que seguem:
1. Compreender enunciados que envolvam codigos e sımbolos fısicos.
2. Utilizar e compreender tabelas, graficos e relacoes matematicas para a
expressao do saber fısico. Ser capaz de discriminar e traduzir as lingua-
gens matematica e discursiva entre si.
3. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem fısica adequada e ele-
mentos de sua representacao simbolica.
4. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido, atraves
de tal linguagem.
5. Elaborar sınteses ou esquemas estruturados dos temas fısicos trabalha-
dos.
6. Desenvolver a capacidade de investigacao fısica.
7. Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito de medir,
fazer hipoteses, testar.
8. Conhecer e utilizar conceitos fısicos.
9. Relacionar grandezas, quantificar, identificar parametros relevantes.
10. Compreender e utilizar leis e teorias fısicas.
11. Construir e investigar situacoes-problema, identificar a situacao fısica,
utilizar modelos fısicos, generalizar de uma a outra situacao, analisar
previsoes.
Capıtulo 2
Ferramenta Virtual para o Ensino de
Circuitos Eletricos
Neste capıtulo daremos algumas argumentacoes para a utilizacao de uma
ferramenta virtual como auxılio no ensino de circuitos eletricos e no passo se-
guinte faremos uma revisao teorica dos conceitos fısicos que serao abordados
e discutidos no uso do simulador computacional.
O estudo relacionado a ciencia requer atencao, principalmente no caso
da Fısica, de acordo com [1], varios estudantes tem medo ou pensam que os
assuntos da disciplina de Fısica sao difıceis de serem aprendidos. O que pode
contribuir para esse descontentamento por partes deles, e o pouco tempo de
disponibilidade para aprimorar as habilidade, e que implica em dificuldades
de dar continuidade ao ensino com mais detalhes.
O ensino de Fısica, ainda de acordo com a [1], e um desafio para pro-
fessores e alunos. Utilizando-se dos metodos tradicionais, ou seja, quadro e
pincel ou giz, algumas coisas tornam-se difıceis de ensinar, como por exem-
plo, a eletricidade. Em Fısica tenta se criar modelos, abstratos, por exemplo,
CAPITULO 2. FERRAMENTA VIRTUAL PARA O ENSINO DE CIRCUITOS ELETRICOS5
que representam alguma teoria, fica difıcil para alguns alunos acompanhar o
raciocınio. Entao, seria melhor o uso de uma outra ferramenta que pudesse
auxiliar e facilitar ainda mais a compreeesao dos alunos, como exemplo, um
simulador.
Segundo a [2], os Parametros Curriculares Nacionais (PCN), coloca que
o ensino de Fısica deve ser voltado para a formacao de um cidadao contem-
poraneo e atuante, com conhecimento suficiente, para intervir, participar e
propor solucoes para a realidade a sua volta.
A visao do cidadao passa a ser mais ampla quando o mesmo procura
atraves dos conhecimentos adquiridos na disciplina de Fısica, e passa a con-
textualizar e articular com as outras disciplinas. Bom, para que isso ocorra
com eficiencia, e necessario que o professor procure ferramentas que possam
conjugar os assuntos vistos em sala de aula com o mundo real e atual.
Alguns experimentos didaticos sao extremamentes caros e de difıcil
acesso, fator que dificulta a sua utilizacao. O uso de computadores e ex-
tremamente mais acessıvel e amplamente disponıvel nas escolas publicas e
particulares.
Diante desse contexto, segundo a [3], a utilizacao das novas tecnologias e
comunicacao no ensino, como softwares educacionais, tem sido algo de grande
interesse, e isso nao e apenas um fenomeno nacional, os paıses desenvolvidos
desenvolve uma polıtica de incentivos nas instituicoes de ensino superior, para
que o professor sai qualificado e preparado no uso dessas ferramentas.
Os Parametros Curriculares Nacionais para o Ensino Medio (PCNEM),
de acordo com a [4], tem objetivos de desenvolver competencias e habili-
dades dos estudantes nas diferentes disciplinas, ao inves de focar apenas os
conteudos especıficos de cada disciplina. Entao, devido a essa nova reorga-
CAPITULO 2. FERRAMENTA VIRTUAL PARA O ENSINO DE CIRCUITOS ELETRICOS6
nizacao curricular, os cursos de Licenciatura em Fısica devem trabalhar na
preparacao dos professores para os novos parametros curriculares. Den-
tre as competencias e habilidades a serem desenvolvidas na area de Ciencias
da Natureza, como a Fısica, e a utilizacao de ferramenta computacional Ele-
tronics Workbench 5.0 (EWB), que dispensa qualquer conhecimento de lin-
guagem de programacao. O EWB e simulador eletronico, que permite cons-
truir e simular circuitos eletronicos dentro de uma realidade virtual, mas, que
nao deixa de representar algo que e real.
A implementacao do simulador eletronico EWB ira minimizar as difi-
culdades no processo de ensino aprendizagem dos circuitos eletricos, como
coloca a [5], o conteudo relacionado aos circuitos eletricos apresenta certas
dificuldades, seja na fundamentacao teorica, ou no uso de concepcoes alter-
nativas.
Diante dessa realidade descrita, a aplicacao do EWB na simulacao de
experimentos de circuitos eletricos ainda pode auxiliar na compreensao de
conceitos e suprir a carencia de recursos dos laboratorios de Fısica, principal-
mente nas escolas publicas, particulares e ate mesmo em algumas instituicoes
de ensino superior.
E possıvel atraves do EWB verificar e corrigir danos causados a elemen-
tos do circuito, devido a ligacoes inadequadas, sem nenhum custo e sem risco
de acidentes, pois as lampadas ou os motores queimados sao reparados com
um simples clique, apos ser corrigido o problema que originou a avaria.
Enfim, o uso deste software permite aos estudantes interagirem direta-
mente com o conteudo em estudo, atraves de experiencias virtuais. Para
realizar, em um laboratorio real de Fısica, a variedade de praticas permi-
tidas pelo aplicativo, seria necessario um investimento tanto na compra do
2.1. CORRENTE ELETRICA 7
material, como na sua eventual reposicao. Uma outra vantagem prevista e a
racionalizacao do tempo, tanto na preparacao das aulas, como no seu desen-
volvimento.
Com o uso desse ambiente virtual de aprendizagem espera-se que haja
um melhor aproveitamento do tempo, pois os alunos podem trabalhar e in-
teragir tambem fora do horario normal das aulas, ja que o mesmo em sala de
aula e muito curto. Espera-se tambem que o ambiente virtual interativo seja
um fator de motivacao dos alunos para a aprendizagem.
2.1 Corrente Eletrica
Com base nas [6] e [7], procuramos produzir uma rapida revisao teorica.
Corrente eletrica estar associado ao movimento ordenado de portadores de
carga eletrica. Neste caso, os portadores de carga eletrica sao os eletrons
livres nos condutores solidos (metais) e os cations e anions, nos condutores
eletrolıticos (solucoes ionicas e lıquidos). Os gases, normalmente isolantes,
sob a acao de um forte campo eletrico podem se ionizar, apresentando como
portadores de carga, ıons positivos, ıons negativos e eletrons livres.
Usa-se ainda a expressao corrente eletrica, que vem da antiga concepcao
de eletricidade como um fluido, que supostamente poderia ser canalizada por
condutores ou encanamentos hipoteticos, algo semelhante com a agua cor-
rente canalizada. Embora a analogia entre corrente eletrica e agua corrente
seja algo para facilitar a compreensao do que e uma corrente eletrica, mas,
esses dois fenomenos apresentam algumas caracterısticas muito diferentes.
Enquanto na agua encanada o que se movimenta e o lıquido, e todo o
2.1. CORRENTE ELETRICA 8
lıquido e qualquer partıcula nele inserida se desloca com aproximadamente
a mesma velocidade e no mesmo sentido, na corrente eletrica quem se mo-
vimenta sao os portadores de carga que representam uma pequena parte do
que e constituıdo o condutor, mesmo sendo muito numerosos.
Quando o sentido de um campo eletrico aplicado permanece sempre o
mesmo, os portadores de carga se deslocam (mesmo com baixa velocidade),
em media, em um so sentido. Neste caso, temos a representacao de uma
corrente contınua, por exemplo, baterias e pilhas.
No gerador mecanico-eletromagnetico ou dınamo ou alternador, o sentido
do vetor campo eletrico entre os seus terminais varia periodicamente, fazendo
com que os portadores de carga nos condutores alimentados com este gerador
praticamente nao se desloquem, mas oscilem em torno de posicoes fixas, em
um movimento de vaivem, em qualquer ponto do fio condutor. Neste caso,
temos uma corrente alternada.
As cargas positivas se deslocam, no condutor, no mesmo sentido do campo
eletrico, ou seja, sentido do potencial maior para o potencial menor (do polo
positivo para o polo negativo do gerador), sentido convencional. As cargas
negativas se deslocam em sentido contrario ao campo eletrico, vao do poten-
cial menor para o maior (do polo negativo para o polo positivo do gerador).
Este e o sentido real da corrente eletrica.
Considere um condutor retilıneo percorrido por uma corrente eletrica.
Imagine, neste condutor, uma seccao reta S, entao, a intensidade da corrente
(i),
i =∆Q
∆t, (2.1)
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 9
onde ∆Q e a quantidade de cargas que percorre o condutor por ∆t que e a
variacao do tempo,
∆Q = ne, (2.2)
sendo e = 1, 6 × 10−19C e n e numero de eletrons que atravessam a seccao
reta do condutor.
A intensidade de corrente eletrica de 1C/s e denominada 1 Ampere (1 A).
2.2 Circuitos Eletricos
Um circuito eletrico e constituıdo por dispositivos nos quais e possıvel
estabelecer uma corrente eletrica. Em um circuito eletrico em funciona-
mento, como existe corrente eletrica, e existem diferencas de potencial eletrico
(tensoes), havera conversao de energia eletrica em outras formas de energia.
Para que ocorra um circuito eletrico simples, deve haver, pelo menos, um
gerador, condutores e um receptor ou uma resistencia.
2.2.1 Estudo dos resistores
Quando uma corrente eletrica passa por um condutor solido, um numero
muito grande de eletrons livres se desloca nesse condutor e colidem entre si
e tambem contra os atomos que formam o condutor. Devido a essas colisoes,
os eletrons livres encontram uma certa dificuldade para se deslocar, existe
uma resistencia a passagem de corrente eletrica.
A grandeza fısica que mede essa dificuldade ou resistencia a passagem
de corrente eletrica e chamada resistencia eletrica, que depende da sua espes-
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 10
sura, do seu comprimento e da condutividade eletrica do material de que e
constituıdo o condutor (acondutividade esta relacionada ao numero de por-
tadores de carga). Alem disso, a resistencia eletrica tambem depende da
temperatura.
Define-se a resistencia eletrica (R) de um condutor pela razao,
R =U
i, (2.3)
onde U e a diferenca de potencial nas extremidades do condutor e i e a
intensidade da corrente eletrica que o atravessa.
A unidade ohm e representada pela letra grega omega (Ω),
1Ω =1V
1A(2.4)
Na associacao de resistores temos dois tipos de arranjos, em serie e pa-
ralelo. Resistores no arranjo em serie sao percorridos pela mesma corrente
eletrica. Na figura abaixo, temos um exemplo de associacao em serie e o
resistor equivalente.
(a)
(b)
Figura 2.1: (a)Associacao de resistores em serie. (b)Resistor equivalente.
Tomando a d.d.p. correspondente a cada resistor respectivamente (U1,
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 11
U2 e U3) e tilizando a equacao de definicao da resistencia eletrica pode-se
expressar as d.d.p(s) em cada resistor da seguinte forma,
U1 = R1.i (2.5)
U2 = R2.i (2.6)
U3 = R3.i (2.7)
U = Req.i (2.8)
Como a diferenca de potencial e uma grandeza escalar que informa qual
e o trabalho do campo eletrico, e como o trabalho eletrico total entre dois
pontos e a soma dos trabalhos parciais, pode-se afirmar que a diferenca de
potencial total da associacao e igual a soma algebrica das diferencas de po-
tencial em cada resistor. Logo, podemos escrever,
U = U1 + U2 + U3 (2.9)
Req.i = R1.i + R2.i + R3.i (2.10)
Dividindo-se a ultima expressao por i, obtem-se a expressao do resistor
equivalente (Req) numa associacao em serie,
Req = R1 + R2 + R3 (2.11)
Vale lembrar que a associacao de resistores em serie nao e conveniente
para aparelhos eletricos em uma residencia, por exemplo. Se um aparelho
estivesse desligado ou deixasse de funcionar, interromperia todo o circuito.
Quando os resistores estao ligados de modo que sao oferecidos dois ou
mais caminhos para a corrente eletrica, se diz que a associacao e em paralelo.
O numero de caminhos para a corrente eletrica e igual ao numero de resistores
e os terminais de todos os resistores devem estar ligados a mesma fonte de
energia. Podemos observar a figura abaixo,
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 12
Figura 2.2: Associacao de resistores em paralelo.
2.2.2 Capacitores
Um capacitor e um dispositivo muito usado em circuitos eletricos a
funcao de armazenar cargas e, portanto, energia eletrica. Existe o capaci-
tor plano, o capacitor cilındrico, o capacitor esferico, etc. Independente do
tipo, o capacitor e sempre representado pelo sımbolo abaixo,
Figura 2.3: Capacitor.
Para carregar um capacitor, este deve ser ligado aos terminais de um
gerador, de forma que a placa positiva seja ligada ao polo positivo do gerador
e, a negativa, ao polo negativo do gerador. Diz-se, entao, que o capacitor fica
carregado com uma carga Q.
A quantidade de carga adquirida pelo capacitor depende da ddp do ge-
rador. A relacao entre a carga Q armazenada e a ddp U do gerador e uma
constante caracterıstica do capacitor, chamada capacitancia ou capacidade
eletrica C do capacitor,
C =C
Q, (2.12)
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 13
onde a unidade de capacidade no S.I e o coulomb por volt (C/V), que recebe
o nome de Farad (F), em homenagem a Michael Faraday.
O capacitor tem a funcao de armazenar energia durante um certo
tempo, assim, num dado momento, de acordo com a necessidade, fornecer
essa energia as cargas para manter a corrente eletrica. No trecho em que o
capacitor esta inserido nao ha passagem de corrente contınua, caso contrario,
haveria descarga entre as armaduras, danificando o dispositivo.
2.2.3 Diodo
O diodo e um componente eletrico que permite que a corrente atravesse-o
num sentido com muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum
de diodo e o diodo semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de
diodo. Diodos semicondutores sao simbolizados em diagramas esquematicos
como na figura abaixo.
Figura 2.4: Representacao do diodo.
As importantes caracterısticas dos diodos sao: a corrente maxima de
fuga, que e a corrente que escapa quando o ele esta polarizado inversamente,
influenciada quase linearmente pela temperatura; a velocidade de resposta,
que e o tempo que leva para o diodo ligar e desligar, informacao importante
quando se trabalha com altas frequencias; a corrente de surto, que e a cor-
rente maxima que o diodo pode suportar por um tempo muito curto; e a
2.2. CIRCUITOS ELETRICOS 14
capacitancia que se forma no diodo quando este e polarizado inversamente,
outra informacao importante em altas frequencias.
Um conjunto de diodos do mesmo tipo associados em serie apresenta
uma capacidade de corrente direta igual a capacidade de cada unidade. A
tensao maxima reversa, entretanto, sera a soma das tensoes maximas rever-
sas individuais. E importante que os diodos sejam do mesmo tipo, ou havera
uma distribuicao irregular da tensao entre eles, causando a ruptura em um
valor inferior a esta soma.
Figura 2.5: Associacao de diodos em serie.
A montagem de diodos em paralelo costuma ser problematica, e deve ser
substituıda por um unico diodo com maior capacidade de corrente sempre que
possıvel. Nos diodos associados em paralelo, a tendencia sera de que aquele
com a menor barreira de tensao comece a conduzir primeiro, assumindo a
maior parte (senao toda) a corrente do circuito.
Figura 2.6: Associacao de diodos em paralelo.
Capıtulo 3
Eletronics Workbench 5.0 (EWB)
Para iniciar o EWB, de um duplo −→ clique no seu ıcone na area de
trabalho ou va para iniciar−→ Programas−→ Eletronics Workbench 5.0. A
seguinte tela sera exibida:
Figura 3.1: Tela inicial do EWB.
CAPITULO 3. ELETRONICS WORKBENCH 5.0 (EWB) 16
De acordo com a [7], podemos inserir um componente na area de traba-
lho, quando clicamos na caixa de componentes que o contem. Por exemplo:
resistores, capacitores, indutores encontram-se na caixa de componentes cujo
ıcone e relativo a figura 3.2(a). Dando um clique nesse ıcone, sera aberta a
caixa de componentes chamada Basica, figura 3.2(b).
(a) (b)
Figura 3.2: (a)Icone para a caixa de componentes (b)Caixa de componentes.
Fonte de tensao, de corrente, terra e outro ,elementos assemelhados
encontram-se na caixa de componentes cujo ıcone e semelhante ao da figura
3.3(a). Dando um clique nesse ıcone, sera aberta a caixa de componentes
chamadas Fontes, figura 3.3(b).
(a) (b)
Figura 3.3: (a)Icone para a caixa de componentes fonte (b)Caixa de componentes fonte.
Para colocar qualquer um dos componentes na area de trabalho, clique
com o botao esquerdo do mouse no sımbolo do componente e arraste para a
area de trabalho.
Selecionando um componente, voce pode modificar qualquer coisa
(dar valor, girar, deletar, etc.) em um componente, e preciso primeiro
seleciona-lo. Para selecionar, de um clique nele ou arraste o mouse em cima
CAPITULO 3. ELETRONICS WORKBENCH 5.0 (EWB) 17
do componente o qual, quando selecionado, ficara destacado em vermelho.
Girando o componente, podemos girar um componente, selecione-o,
inicialmente dando um clique nele ou arrastando o mouse sobre ele. Para
indicar a selecao, o componente fica vermelho. Va para Circuito → Girar ou
CTR+R ou usando um dos ıcones da Barra de Ferramentas de circuito, de
acordo com a figura 3.4, vejamos,
Figura 3.4: Girar um componente.
Conectando os componentes, para conectar dois componentes ou
instrumentos, aponte para um dos terminais, que ficara destacado, e arraste
com o botao esquerdo ate aparecer uma linha. Aponte para o terminal do
outro componente (sem soltar o botao esquerdo do mouse) e quando ele ficar
destacado tambem, solte o botao e um fio ligara automaticamente os dois
terminais.
Para conectar dois ou mais fios, use o conector que esta na caixa de
componentes basicos,
Figura 3.5: Conector de fios.
Dando valor ao componente, sendo que cada componente possui um
valor pre-configurado. Por exemplo, o default (pre-configuracao) do resis-
tor e 1KΩ e o da fonte e 12V. Para alterar o valor do componente, de um
CAPITULO 3. ELETRONICS WORKBENCH 5.0 (EWB) 18
duplo-clique nele, ou alternativamente voce pode usar a Barra de Ferramen-
tas Circuito → Propriedade do componente. Em qualquer caso sera aberta
a caixa de dialogo mostrada na figura 3.6.
(a)
(b)
Figura 3.6: (a)Caixa de Propriedade de Resistor (b)Caixa de Propriedades de Bateria.
Para deletar um componente, selecione o componente e va para
Editar → Apagar, ou com o componente selecionado aperte a tecla Delete
(ou Del do teclado numerico com Num Lock desativada). Em qualquer caso
aparecera uma caixa de dialogogo pedindo a confirmacao. Use o atalho (clique
com botao direito em cima do componente a ser deletado).
CAPITULO 3. ELETRONICS WORKBENCH 5.0 (EWB) 19
Figura 3.7: Caixa de Dialogo para confirmacao de apagar o item selecionado.
Salvando o circuito, podemos usar ou fazer alteracoes futuras, voce
deve salvar o seu trabalho. Va para Arquivo → Salvar ou use Ctrl + S. Em
qualquer caso aparecera a caixa de dialogo da figura 3.8,
Figura 3.8: Menu Arquivo aberto com a opcao Salvar habilitada.
Personalizando uma caixa de ferramenta, se formos construir um
circuito que tem bateria, resistores, transistores, diodos, lampadas, teremos
que abrir cinco caixas diferentes. E possıvel colocar todos esses componentes
3.1. MULTIMETRO 20
em uma mesma caixa chamada de Favoritos. Para adicionar o componente
a caixa Favoritos, abra a caixa em que esta o componente, em seguida de
um clique com o botao direito do mouse em cima do sımbolo componente e
clique em adicionar a favoritos.
3.1 Multımetro
Como coloca a [8], a representacao do multımetro usado e digital. E o
primeiro instrumento da Barra de Instrumentos.
(a) (b)
(c)
Figura 3.9: (a)Multımetro- ıcone. (b) Multımetro aberto, (c) Janela de ajuste do multımetro.
3.1. MULTIMETRO 21
A Figura 3.9 (a) e o seu ıcone que representa o multımetro e na figura
3.9(b) e o multımetro aberto (dar clique duplo para abrir cada instrumento)
ajustado para medir tensao contınua.
A ilustracao abaixo, figura 3.10, mostra o multımetro sendo usado como
amperımetro. Para se medir a intensidade de corrente que circula por um
Figura 3.10: Amperımetro.
dado componente ou trecho de um circuito o amperımetro deve ser colocado
em serie.
A ilustracao, figura 3.11, a seguir mostra o multımetro sendo usado
como voltımetro. Observe que, para a medida de uma diferenca de poten-
Figura 3.11: Voltımetro.
cial (tensao) entre dois pontos (os terminais do resistor R2, na ilustracao) o
voltımetro e conectado em paralelo.
A ilustracao, figura 3.12, abaixo mostra o multımetro sendo usado como
3.2. GERADOR DE FUNCOES 22
ohmımetro.
Figura 3.12: Ohmımetro.
O ohmımetro nao deve ser usado com o circuito conectado a fonte de
alimentacao. Ele nao trabalha da mesma maneira que o voltımetro e o am-
perımetro. Esses dois usam a fonte de alimentacao do circuito para suas
leituras; o ohmımetro nao, ele tem sua propria fonte de tensao.
Alem disso, o componente cuja resistencia esta sob medicao deve ser re-
tirado do circuito. Na ilustracao, o resistor R1 foi retirado para uma perfeita
medicao do valor de sua resistencia.
3.2 Gerador de Funcoes
O gerador de funcoes do software EWB pode produzir sinais quadrados,
triangulares ou senoidais na faixa de frequencias que vai de 1Hz a 999Mhz.
A figura 3.13 mostra o aspecto do nosso gerador de funcoes quando
aberto.
O osciloscopio e um dos instrumentos mais versateis em um laboratorio,
permitindo medir tensao ao mesmo tempo que a forma da onda e visualizada.
O osciloscopio usado e o padrao, com dois canais, permitido, portanto, amos-
3.2. GERADOR DE FUNCOES 23
Figura 3.13: Gerador de Funcoes: Senoidal, Triangular e Quadrada.
trar duas formas da onda ao mesmo tempo. A figura 3.14 mostra o ıcone e o
osciloscopio com os principais controles.
Figura 3.14: Osciloscopio.
X POS: Desloca a forma de onda na horizontal (limite −5 a +5).
Y POS: Desloca a forma de onda na vertical (limite −3 a +3).
Y/T: Mostra a forma de onda em funcao do tempo (caso mais comum). Deixe
essa opcao sempre selecionada.
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 24
3.3 Proposta para Atividade
O seguinte questionario pode ser aplicado para os alunos do ensino medio
e do ensino superior do curso de Fısica. As informacoes e observacoes podem
despertar a participacao dos alunos, dentro do contexto da [9] e [10] , o pro-
fessor nas aulas praticas e nas discussoes teoricas podem usar como sugestao
as questoes abaixo.
3.3.1 Usando o multımetro virtual
Como coloca a [11], podemos iniciar as observacoes medindo a corrente
total que flui da bateria. Onde deveremos posicionar o amperımetro, no
ponto X, Y ou Z?
Queremos medir a d.d.p. atraves da lampada L2. Escolha dois pon-
tos(X, Y, Z) para conectar o voltımetro.
Para medir a resistencia de qualquer uma dessas lampadas, como deve-
mos proceder?
Figura 3.15: Circuito.
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 25
Na associacao abaixo, determine o valor da resistencia equivalente entre
os pontos A e E.
Figura 3.16: Associacao de resistores em serie.
Na associacao abaixo, qual deve ser a resistencia equivalente entre os
pontos A e H?
Figura 3.17: Associacao de resistores em paralelo.
3.3.2 Controle de corrente por diodo
Observe os circuitos abaixo, de acordo com a [12], responda as pergun-
tas,
Figura 3.18: Exemplo de Circuito.
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 26
A lampada ira acender quando a chave for fechada?
Se a bateria for invertida, a lampada acendera? Explique.
Figura 3.19: Exemplo de Circuito.
Que lampada(s) deve(m) acender quando a chave for fechada na figura
Explique o que ocorre.
E se a bateria for invertida, que lampada(s) deve(m) acender ao fechar-
mos a chave? Explique o que ocorre.
Que lampada(s) deve(m) acender antes de a chave ser fechada no cir-
cuito?
Que lampada(s) deve(m) acender apos a chave ser fechada?
Se a bateria for invertida, que lampada(s) deve(m) acender antes e depois
de a chave ser fechada?
3.3.3 Usando um osciloscopio para observar a retificacao
Se fizermos uso de um osciloscopio, e de posse das ideias da [13], pode-
mos observar claramente o papel de um diodo em um circuito submetido a
corrente alternada.
Veja um esquema de um circuito simples, sem diodo, que sofre a
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 27
Figura 3.20: Exemplo de Circuito.
influencia direta de corrente alternada.
Ao aplicarmos uma corrente alternada no circuito, observamos que os
potenciais aplicados atraves do resistor de carga (1kΩ), variam senoidal-
mente.
Vejamos agora o que acontece quando adicionamos um diodo ao circuito,
Nesse caso temos um grafico com uma forma de onda diferente do visto
anteriormente.
Nos dois casos vistos acima, o gerador de sinais pode ser substituıdo por
um transformador simples de 220/12V. Ao utilizarmos o gerador de sinais,
teremos a possibilidade de substituir o osciloscopio por um galvanometro
que oscile positiva e negativamente.
Como voce explicaria a mudanca que se observa no grafico quando
adicionamos o diodo?
Se revertermos o diodo, o que muda?
Se fizermos um curto-circuito atraves do diodo, o que acontece?
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 28
Figura 3.21: Circuito Corrente Alternado.
3.3.4 Usando diodos em circuitos de corrente alternada
Use uma fonte de corrente alternada de baixa voltagem para ver o que
acontece ao bulbo de uma lampada no circuito a seguir,
Podemos observar que a lampada acendeu. Voce pode explicar como
isso ocorreu? A corrente que passa pela lampada e alternada ou contınua?
Que relacao pode ser feita com o experimento anterior?
De acordo com o que voce sabe, a lampada fica acesa de forma ininter-
rupta?
Repita o experimento anterior adicionando outro diodo, conforme mos-
tra a figura 3.24,
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 29
Figura 3.22: Circuito Corrente Alternado adicionado com o Diodo.
O bulbo acendeu? Explique o que aconteceu?
Reorganize o circuito de acordo com a figura 3.25,
Que lampadas acenderam? Por que?. Elas acenderam ao mesmo tempo
ou de forma alternada?
Observe agora o circuito abaixo,
Alguma lampada acende quando a chave esta aberta?Qual?
E apos fechar a chave, o que muda? Compare a sua resposta com a do
experimento anterior e explique o que voce entendeu?
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 30
Figura 3.23: Circuito Corrente Alternado com um Diodo e uma Lampada.
Figura 3.24: Circuito Corrente Alternado com dois Diodos e uma Lampada.
3.3.5 Retificacao de meia onda
Como os experimentos anteriores mostraram, podemos transformar uma
corrente alternada em uma corrente contınua. No entanto, vimos que seu va-
lor oscila entre um valor de pico que e atingido uma vez a cada ciclo da
corrente alternada, e o valor zero que e mantido a cada meia onda da cor-
rente alternada. Para resolvermos esse problema, podemos fazer uso de um
capacitor.
Monte o circuito da figura 3.27, de modo que diferentes capacitores pos-
sam ser usados.
Ao montarmos o circuito acima descrito, usando o osciloscopio, podemos
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 31
Figura 3.25: Circuito em um novo formato.
Figura 3.26: Circuito em um novo formato.
encontrar um grafico aproximado do mostrado logo abaixo, vejamos,
No grafico acima temos uma comparacao do grafico encontrado quando
fazemos uso de um capacitor e quando nao usamos o capaitor.
Explique com suas palavras o que aconteceu com o sinal gerado. O que
ocasionou essa mudanca?
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 32
Figura 3.27: Circuito com capacitor.
3.3.6 Retificador de onda completa
Vimos anteriormente que a corrente aproveitada no circuito era apenas
metade da de um ciclo completo, ou seja, tınhamos o desperdıcio de metade
da energia que nos era fornecida. Desse modo nao estavamos utilizando todo
o potencial da corrente fornecida e consequentemente nao fornecemos toda
a corrente contınua que poderamos.
A partir dessa constatacao, podemos contornar o problema com o uso
de um retificador de onda completa, figura 3.29.
Para completar o processo basta que, semelhante ao que foi feito com o
retificador de meia onda, se adicione um capacitor ao circuito, figura 3.30.
3.3. PROPOSTA PARA ATIVIDADE 33
Figura 3.28: O uso do osciloscopio.
Figura 3.29: Retificador de onda completa.
Capıtulo 4
Conclusoes
Neste trabalho de monografia, propusemos e discutimos sobre um
simulador computacional, Eletronics Workbench 5.0 (EWB), para aplicacao
no laboratorio de circuitos eletricos. Utilizando alguns exemplos que sao
feitos em sala de aula, onde o professor utiliza meios abstratos, com auxılio
do quadro branco, pincel e suas habilidades de desenho, torna-se difıcil
de alguns alunos acompanharem, daı a necessidade de uma ferramenta
que facilite essa compreensao, entao, utilizando o simulador computacional
EWB, ele mostra-se bastante conveniente para tal abordagem. Alem disso
o professor pode acompanhar os alunos durante a montagem e analise dos
circuitos, trabalhando os conteudos teoricos de forma pratica.
O simulador computacional EWB foi completamente descrito, onde foi
possıvel visualizar os ıcones referentes aos dispositivos essenciais para a mon-
tagem e analise de um circuito eletrico. O simulador computacional EWB
tambem e possıvel mostrar a compreensao dos enunciados que envolvem
codigos e sımbolos fısicos, a utilizacao de graficos e relacoes matematicas
para a expressao do saber fısico. Ser capaz de discriminar e traduzir as lin-
CAPITULO 4. CONCLUSOES 36
guagens matematica, expressar-se corretamente utilizando a linguagem fısica
adequada e elementos de sua representacao simbolica. O professor de posse
do EWB pode desenvolver a capacidade de investigacao fısica dos alunos,
procurar aprimorar as estimativas de ordens de grandeza, conhecimento e
utilizacao dos conceitos fısicos. Desenrolar situacoes-problema, identificando
a situacao fısica, modelos fısicos, generalizando de uma a outra situacao, e
fazer previsoes.
O tratamento permite, dessa forma, que alunos coloquem em pratica
os conteudos que sao colocados em sala de aula, ou seja, atraves de uma
realidade totalmente virtual, as ideias colocadas com o auxılio do simulado
computacional EWB, mas que nao deixam de ser aplicados no mundo real,
na realidade dos proprios alunos.
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