Simulação Numérica Usando Elementos Finitos para desenvolver e otimizar processos
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Simulação Numérica Usando Elementos Finitos para desenvolver e otimizar
processos
Lírio Schaeffer, Alberto M. G. Brito, Martin Geier
Forjamento é um dos principais processos utilizados para fabricar componentes metálicos para uma ampla
gama de aplicações. Isto ocorre principalmente devido produtos forjados são altamente confiável e
apresentam propriedades mecânicas superiores. No entanto, ultimamente a competitividade dos produtos
forjados tem sido ameaçada, uma vez que a diferença entre seu desempenho superior e do desempenho
resultante de outros processos tem diminuído continuamente. Isso tem obrigado a indústria a investir em
otimizar seus processos de forjamento, economizando matérias-primas e energia. Neste contexto, a
utilização da simulação numérica do processo forjamento tem tornado-se uma ferramenta cada vez mais
confiável na busca desta otimização. Este estudo usa o software comercial QForm 3D, versão 3.2.1.1, a fim
de analisar dois forjamentos um a quente e outro a frio. No caso do forjamento a quente, o componente de
trabalho possui simetria axial sendo encarado como uma engrenagem usinada. Atualmente o processo é
composto por três estágios com um billet (tarugo retangular) inicialmente com 7 kg de massa. O forjamento é
realizado em uma prensa mecânica de 40 MN a uma temperatura inicial de 1200ºC. O processo de
forjamento a quente é otimizado e isso resulta uma economia de cerca de 5% do material. No caso do
forjamento a frio, é necessário demonstrar que o processo, tal como concebido, resulta em voltas na parte
final da peça, e possível quebra da ferramenta devido ao excesso carga. Em ambos os casos, o material
utilizado é um aço DIN 1.7131 (16MnCr5).
Palavras-chave: método de elementos finitos, simulação computacional, forjamento a quente, forjamento a
frio, QForm 3D.
Introdução
O forjamento e um processo amplamente
utilizado na industria, uma vez que, dependendo do
tipo de processo utilizado pode gera, mínima de
perda de matéria prima, bom precisão geométrica e
melhorar as propriedades mecânicas do material.
No entanto, projetar uma produção seqüência de um
novo componente não é uma tarefa simples, e que
requer muitos testes e ajustes até que uma condição
satisfatória de produção seja atingida. O método de
“tentativa e erro” torna o projeto caro e despende de
muito tempo. Na década de 1980 a simulação
numérica tornou-se confiável e aceitável auxiliando
no desenvolvimento de novos produtos forjados.
Existem diversos programas comerciais disponíveis
no mercado com base em diferentes métodos para
resolver. No caso da simulação de problemas
mecânicos de deformação sob pressão, a maioria
dos métodos utilizados é definitivamente o método
de elementos finitos (FEM). No entanto, quando se
pretende desenvolver um novo processo forjado ou
melhorar um já existente, devem-se considerar os
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principais parâmetros a serem estudados e que
programas apresentam as melhores condições de
analisar a influência desses parâmetros. Ao realizar
modelagem matemática do processo forjamento, os
problemas mais significativos comumente
encontrados são: contato, atrito, grandes
deformações, alterações nas propriedades
mecânicas dos metais, necessidade de um volume
constante, geração de calor devido a trabalhos
mecânicos e térmicos na interface entre a peça e o
ambiente. Estas dificuldades são os motivos para
uma série de não linearidades que dificultam a
resolução do problema por meio de modelagem
matemática. No método de elementos finitos, a fimde resolver alguns dos problemas relacionados com
a não-linearidade, a peça é dividida em uma série
de volumes elementares, formando uma malha.
Carga aplicação (ou, neste caso, a ferramenta de
deslocamento) é dividida em pequenos incrementos
de deslocamento. Os cálculos são realizados, em
seguida, até chegar a um ponto de equilíbrio entre
as forças internas e externas, e após este um novo
incremento de deslocamento é realizado.Este
procedimento é repetido até o final da simulação. A
mudança na forma envolvida no processo de
forjamento geralmente provoca grandes
deformações na malha, o que a torna distorcida para
continuar cálculo. Assim, é necessário alterar esta
malha de novo. Este procedimento é chamado
remeshing (refazer a malha) e pode tornar-se
complexo devido à peça, geometria e/ou se a malha
anterior for muito distorcida. No caso de uma
simulação que leva em conta a influência da
temperatura nas propriedades mecânicas, ainda é
necessário realizar algum tipo de acompanhamento
termomecânico. Uma das grandes vantagens de
usar um sistema de simulação na fase de
concepção de um processo forjado é a possibilidade
de verificar deficiências, como a falta de
preenchimento do molde, dobras, rachaduras e
voltas. Os programas de simulação também são
muito úteis quando se trata de estudar como os
diferentes processos e parâmetros influenciam no
resultado final e propriedades. Por exemplo, uma
mesma peça, apresentando as mesmas condições
iniciais, terá uma distribuição de temperatura
diferente se for forjada lentamente em uma prensa
hidráulica em comparação a alta velocidade de um
prensa martelo. A diferença na temperatura
influencia a distribuição total da força de forjamento
em decremento da microestrutura e as propriedades
finais da peça. Outra grande utilização de sistemasde simulação é a determinação das etapas do
Forjamento. Especialmente no caso do forjamento a
frio, normalmente constituído por várias etapas,o
processo simulação durante a fase concepção pode
reduzir significativamente erros, como o não-
preenchimento e quebra da ferramenta [1-4]. Ainda
que apresente todas estas vantagens, a utilização
de simulação numérica no ambiente industrial e
mesmo nos meios acadêmicos sempre foi sujeito a
limitações impostas pelos atuais recursos
computacionais, as simulações 3D demoram muito
tempo para ser realizadas e atingem resultados
medíocres. Tais limitações foram superadas pelo
rápido avanço da informática nos últimos anos.
Atualmente, realizara simulações 3D de processos
são perfeitamente viáveis [5, 7].
Desenvolvimento Teórico
Equações básicas. A fim de obter resultados
realistas que se refere à evolução do material nas
operações de conformação mecânica, a formulação
deve levar em conta as grandes deformações
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plásticas que ocorrem no processo, a
incompressibilidade do material, o contato entre as
parte da matriz, e os efeitos da temperatura quando
se trata da simulação de um processo de forjamento
a quente. A fim de solucionar peças em 3D os
programas de elementos finitos usam elementos
hexagonais ou tetragonais. Embora elementos
hexagonais tenham desempenho melhor que os
elementos tetragonais [6], é muito difícil utiliza-los
para gerar uma malha irregular, que poderia
descrever, por exemplo, a grande mudança na
dimensão como a rebarba do processo de
forjamento em matriz fechada. Elementos
tetragonais são mais flexíveis para representar umageometria complexa ou gerar uma malha adaptativa.
Dependendo do tipo de elementos, formulações
baseadas na resolução nodais velocidades variáveis
como primário ou baseado na solução de velocidade
e de pressões poderá ser utilizado. As equações
base a ser resolvidas é o equilíbrio da equação da
condição incompressibilidade e da equação
constitutiva do material. A fim de resolver as
variáveis nos pontos nodais assume se que a
velocidade primaria é uma constante, que atua
diretamente na taxa de deformação volumétrica, de
modo a forçar a incompressibilidade do material e
introduzida a variação a equação tem a forma:
∫∫∫ =−+S
ii
v
v
v
dSvF dV K dV 0δ ε δ ε ε δ σ (1)
Onde σ , ε ,v
ε eivδ são respectivamente,
tensão, deformação efetiva, taxa de deformação
volumétrica e variável arbitraria do campo de
velocidade, K é apenas uma constante, V e S são
o volume e superfície da peça [6,8,10].
Se uma fórmula mista é utilizada com a
solução de velocidade e pressão utilizando variáveis
primárias, a equação variacional tem a forma:
∫∫ ∫∫ =−++S
ii
v v
vv
v
dSvF pdV dV pdV 0δ δ ε ε δ ε δ σ (2)
Onde, p é a pressão e os outros termos já foram de
definidos anteriormente [6]. Para resolver o
problema, equações (1) ou (2) são convertidos emum conjunto de equações algébricas utilizando
elementos finitos descrevendo os procedimentos.
Em virtude da não-linearidade do material da peça
e/ou da matriz as condições atrito no contato entre a
peça e a matriz, as soluções são obtidas por
iteração. Depois de calculada as velocidades nodais
para um determinado momento, a configuração
deformada pode ser obtida pela atualização da
coordenadas nodais.
No caso do processo de forjamento a quente
a distribuição de temperatura na peça e/ou na
matriz podem ser alcançadas pelo equilíbrio da
equação de forma:
∫
∫ ∫∫
=
=−+
S
n
v vv
ijij
TdSq
TdV TdV T cdV T KT
δ
δ ε σ α δ ρ δ
(3)
Onde k é a condutividade térmica, T a
temperatura, ρ a densidade, c o calor especifico,
α a fração da energia de deformação convertida
em calor, nq fluxo de calor normal à fronteira,
incluindo as perdas entre a peça e o ambiente, peça
e matriz, matriz e ambiente. Aplicando o método de
elementos finitos descrição, a equação (3) pode
também ser convertida em um sistema algébrico e
resolvida.
Integração e Formulação. A fim de alcançar
evolução geométrica em função do tempo, o código
de elementos finitos pode usar uma formulação
Lagrangiana ou Euleriana, com o método de
integração explícita ou implícita. No método implícito
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a integração é realizada no instante t t ∆+ , e no
instante t para o método explícito. A descrição
cinemática das coordenadas podem ser
Lagrangiana ou Euleriana. Na descrição lagrangiana
considera – se que a posição de um ponto materialestá relacionada com a posição da original do
mesmo ponto, isto é ),( t x X x = onde x e a
posição atual e X a posição de referência para o
instante 0=t . Na descrição Euleriana, considera-se
que a posição de referência é uma função da
posição atual, ou seja, ),( t x X X = , em que a
posição atual instantânea e a inicial instantânea são
variáveis independentes. Assim, na descriçãoLagrangeana, o sistema de coordenadas é fixado
para um dado corpo e da sua circulação, em
qualquer instante é uma função das coordenadas do
material. Na descrição Euleriana o sistema de
coordenadas é fixado no espaço e os movimentos
das partículas de material passa por uma
determinada região do espaço. Uma vez que ele
esta ligado ao material, a formulação Lagrangeana é
mais apropriada para a descrição dos processosnão-estacionários, como o forjamento, em que é
desejado obter previsões precisas do fluxo de
material sobre a superfície livre. A desvantagem
deste método é que os elementos facilmente
degeneram quando grandes deformações ou
repentinas mudanças de forma ocorrem durante o
processo. Neste caso, a fim de poder continuar a
análise, a malha de elementos degenerados deve
ser substituída por uma nova. Este processo é
conhecido como re-malhar (remeshing) e pode ser
necessário realizar várias vezes durante a
simulação do processo de forjamento. A formulação
Euleriana é mais adequada à modelo estacionário
como os processos de extrusão e laminação [6].
Materiais e Condições de Contorno
Quando se pretende realizar a simulação
numérica de um processo de conformação
mecânico, não é suficiente ter o software ehardware apropriado e pessoas treinadas
disponíveis. Além disso, é essencial dispor de
dados confiáveis para alimentar o programa. Além
da modelagem geométrica do billet e das matrizes,
o programa de simulação deve ser alimentados com
dados relativos a materiais e condições de contorno
do processo. Os dados dos materiais são as
propriedades físicas, como a densidade,
condutividade térmica e calor específico, epropriedades mecânicas, como a curva de
escoamento, modulo Young e coeficiente de
Poisson. As condições de contorno incluem a
descrição realista de fricção sobre a peça/matrizes e
na interface parâmetros de troca de calor entre a
peça e o meio ambiente, peça e matriz e matriz e o
ambiente.
Curva de escoamento. Na modelagem em
elementos finitos o material usando é normalmente
descrito por rígido-plástico ou rígido-visco-plástico
para as equações constitutivas. No modelo plástico
rígido-plástico, a tensão de escoamento é uma
função da deformação e temperatura. Por outro
lado, no modelo rígido-visco-plástico, a tensão de
escoamento é uma função da deformação, taxa de
deformação e temperatura. No caso do processo de
forjamento, especialmente aqueles realizados em
altas temperaturas, onde a deformação elástica é
desprezível, esses modelos são perfeitamente
aceitáveis [6,8]. Quando é importante saber a
tensão residual ou elástica de uma mola à
temperatura ambiente, é necessário utilizar um
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modelo elasto-plástico-rígido ou elasto-plástico-
rígido-viscoso. Em tais casos, a deformação elástica
é descrita pela Lei de Hooke.
ijkk ijij
E E
δ σ υ
σ υ
ε −+
=1
(4)
Onde E e υ são, respectivamente o modulo Young
e coeficiente de Poisson [11]. A tensão de
escoamento de um metal ou liga é fortemente
influenciada pela temperatura, e também depende
deformação, taxa de deformação, estado de tensões
e vários outros parâmetros. Portanto, é importante
que a curva introduzida no programa para executar
uma determinada simulação tenha sido obtida em
condições tão semelhantes quanto possível às
condições do processo a ser simulado. As curvas
utilizadas nas simulações apresentadas no presente
estudo foram obtidas de aço 16MnCr5, a frio e as
temperaturas de 800, 900, 1000, 1100 e 1200ºC, em
taxas de deformação constantes iguais a 0,1, 1,0 e
10,0/s. O método utilizado para a obtenção dessas
curvas foi testar o material através de corpos de
prova cilíndricos com 20 mm de diâmetro e 30 mm
de altura. As curvas obtidas a temperatura ambiente
são mostradas na Figura 1 e a Figura 2 mostra as
curvas a alta temperatura.
Propriedades Elásticas. Nas simulações, a
deformação elástica da peça foi ignorada, e,
portanto, não era necessário introduzir as
propriedades elásticas do material. No entanto, uma
vez que um dos objetivos do forjamento a frio e
estudos de caso aqui é a análise do
desenvolvimento do ferramental, tornou-se
necessário introduzir as propriedades elásticas da
matriz. As propriedades elásticas utilizadas foram
obtidas na literatura [12, 13].
Fator de Atrito. Embora existam diferentes
modelos para descrever atrito, o software utilizado
para a simulação aqui só funciona com o modelo do
fator atrito constante.
De acordo com este modelo.
mk =τ (5)
Onde τ é o atrito na interface do material e a
matriz, m é o fator de cisalhamento de atrito
(0<m≤1) e k é a taxa de deformação Em puro
cisalhamento. Os principais parâmetros que
influenciam o valor de (m ) na interface metal matriz
e a variação de pressão, velocidade de
deslizamento, temperatura e o lubrificante utilizado.
Tal como a curva de escoamento, m deve ser
determinado para cada caso, em condições tão
próximas quanto possível das daqueles do processo
se pretende simular. O método mais utilizado para
determinar m é o ensaio do anel, em que os dados
experimentais são comparados com curvas de
calibração obtidas por simular o teste de diferentes
valores constantes do m . Kudo [14,15] foi o pioneiro
do tratamento matemática do teste usando o limite
superior para a teoria do fator de atrito, e vários
outros autores também deram a sua contribuição
[16,17]. Neste estudo os testes foram realizados à
temperatura ambiente e 1200ºC com grafite e água
lubrificante. No caso dos anéis aquecidos a 1200ºC
a base foi aquecida e mantida a 200ºC, a Figura 3,
mostra as curvas de variação relativa do raio interno
versus variação da altura para valores constantes
do fator de atrito, obtidas através de softwares
simulação a 1200ºC. No mesmo gráfico estão os
pontos experimentais, indicando um atrito m = 0,31
para o forjamento a quente. Usando a mesma
metodologia para o processo de forjamento a frio foi
determinado m = 0,15.
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Figura 1. Curvas escoamento obtida do aço 16 MnCr5 a 25ºC,
com diferentes taxas de deformação.
Figura 2. Curvas escoamento obtida do aço 16 MnCr5 a
diferentes temperaturas e taxas de deformação.
Figura 3. Curvas de calibração variação relativa do raio interno
versus variação relativa da altura para valores constantes do fator
de atrito (m ) e valores experimentais no teste do anel.
Figura 4. Etapas do processo: a) tarugo inicio; b) operação de
recalque; c) pré-forma; d) forma final.
Parâmetros térmicos. As propriedades
térmicas do material da peça e da matriz, bem como
o coeficiente de troca de calor utilizado foram
obtidas na literatura [12,13] e no banco de dados do
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software e são mostradas na Tabela 1. No caso do
forjamento a quente o aço AISI H13 são utilizados
nas matrizes. Para forjamento a frio as matrizes são
feitas de um aço AISI M2.
Tabela 1. Propriedades térmicas e coeficientes de troca de calor
utilizados na simulação [12,13, banco de dados QForm 3D].
Parâmetro DIN 1.7431 AISI H13 AISI M2
Densidade (kg/m ) 7850 7850 8150
Calor especifico
(J/kg K)
461(20ºC)
533(200ºC)
611(400ºC)
778(600ºC)
460 420
Condutividade
Térmica (W/m K)
42(20ºC)
41(200ºC)
38(400ºC)32(600ºC)
24,6 46
Coeficiente de troca de calor peça/matriz (W/m
K); forjamento a frio9000
Coeficiente de troca de calor peça/ambiente
(W/m K); forjamento a frio10,90
Coeficiente de troca de calor peça/matriz (W/m
K); forjamento a quente6000
Coeficiente de troca de calor peça/ambiente
(W/m K); forjamento a quente17,54
Emissividade 0,4
Tabela 2. Valore da força e tensão máxima nas matrizes nas
diferentes etapas do processo atual e proposta
ParâmetroProcesso
Atual
Processo
Proposto
Força de recalque (MN) 0,27 0,27
Força na pré-forma (MN) 7,2 2,7
Força final de forjamento (MN) 2,8 2,9
Máxima tensão durante processo (MPa) 1194 668
Máxima tensão final do processo (MPa) 516 712
Simulação do Forjamento
Em seguida, os dois casos presentes, um
forjamento a quente e um forjamento a frio, onde foi
utilizado o software Qform 3D para otimizar o
processo.
Matriz de forjamento a quente. Atualmente a
peça é forjada a partir de um billet como massa
igual a 7,0 kg, como uma seção lateral medindo
85m m, e com os cantos com 10mm de raio e
125mm de altura. O Forjamento é realizado a uma
pressão inicial de 40 MN. A temperatura de 1200ºC.
O material utilizado é o aço DIN 1.7131
(16MnCr5P). A Figura 4 mostra as etapas do
processo: tarugo inicial (a) operação de recalque (b)
ficando com uma altura de aproximadamente
25mm, terminado com cerca de 210mm de diâmetro
falando sobre uma forma redonda. Em seguida é
realizar um forjado (c) e, em seguida, forma final(d).
Antes de começar a estudar, por meio dasimulação, o desenvolvimento de uma alternativa de
processo visando reduzir o material, o atual
processo foi simulado com a finalidade de calibrar e
verificar a precisão do sistema de simulação. A
Figura 5 mostra os resultados obtidos do processo
de forjamento, através da simulação, operação de
recalque (a) e pré-forma (b) e forma final (c). A
figura mostra a distribuição da tensão. A excelente
correlação entre o processo verdadeiro e os
resultados da simulação é visto comparando a
Figura 4 e 5. Isso ocorre tanto em termos de
geometria e, em termos de força, como se pode ver
na Tabela 2. Esta tabela também mostra os valores
máximos de tensão calculados para as ferramentas
no desenvolvimento e forma final do processo de
forjamento. Assim que a precisão do software
simulação havia sido confirmada, um novo processo
forjamento foi desenvolvido, enfatizando a economia
de material. No novo processo a matéria-prima
consiste de um billet cilindro com um raio de
50,8mm e 104,84mm de altura, o que resulta em
uma massa de 6.671 kg. O billet e inicialmente
recalcado a uma altura de 37mm. Em seguida é
realizado o forjamento da pré-forma e final. A Figura
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6 mostra a tensão no final de cada etapa do novo
processo. Na tabela 2 são observados os valores da
força e tensão nas matrizes calculadas para os
estádios do processo simultaneamente.
Figura 5. Distribuição da tensão no final de cada etapa processo
atual: a) operação de recalque; b) pré-forma; c) forma f inal.
Figura 6. Distribuição da tensão no final de cada etapa do novo
processo: a) operação de recalque; b) pré-forma; c) forma final.
Figura 7. Indicação de voltas (a) distribuição de tensão (b) no
final do processo.
Figura 8. Distribuição da tensão no punção.
Matriz de forjamento a frio. O estudo do
forjamento a frio envolveu um anel interno de
velocidade constante. Neste caso, apenas foi
procurado para validar o software testando se ele
reproduziu uma gota de laminação encontrada na
prática. A saliência que apareceu na ferramenta
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também foi calculada, uma vez que durante o
processo industrial, verificou-se que ao menor
impacto no aço AISI M2, tinha quebrado. A Figura 7
mostra a parte (a) no final do processo, com pontos
onde o software indica uma grande probabilidade de
que voltas podem ocorrer, bem como a distribuição
de tensão na seção (b). A Figura 8 apresenta a
distribuição de tensão no punção.
Conclusões
Em ambos os processos analisados os
resultados da simulação mostrou uma excelente
correlação com os resultados industriais. No caso do
forjamento a quente, os resultados da simulação
demonstram que é possível forjar o componente
sem um aumento brusco de calor, sem um aumento
significativo da força necessária incidente na matriz,
e a economia de material no processo sem o
aumento brusco da temperatura é de cerca de 0,33
Kg por peça, que, em função da produção, pode ser
economia muito significativa.
No processo de forjamento a frio, simulação
reproduz a localização das temperaturas
encontradas na prática. Demonstra também que o
pico de tensão e em 2350MPa, ou seja, superior à
tensão de escoamento do aço AISI M2 (2100 MPa)
[13].