SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de...

147
SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS H!BRIDOS BATERIA/MOTOR DE COMBUST~O EM CONFIGURAÇAO StRIE H~lio Ricardo Teles de Azevedo TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESS~RIOS PARA A OBTENÇ~O DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS (M. Se.) Aprovada por: Ja\{ Leon Scieszko (Presidente) ?thur Palmeira R{pper Neto RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL· JANEIRO DE 1984

Transcript of SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de...

Page 1: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS

H!BRIDOS BATERIA/MOTOR DE COMBUST~O EM

CONFIGURAÇAO StRIE

H~lio Ricardo Teles de Azevedo

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESS~RIOS PARA A OBTENÇ~O DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS (M. Se.)

Aprovada por:

Ja\{ Leon Scieszko

(Presidente)

?thur Palmeira R{pper Neto

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL·

JANEIRO DE 1984

Page 2: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

i i

AZEVEDO, HELIO RICARDO TELES DE

Simulaçio Digital de Desempenho de Veiculas

Híbridos Bateria/Motor de Combustão em Configur~

ção Serie (Rio de Janeiro) 1984.

XI , 136 p. 29,7 cm (COPPE-UFRJ, M. Se., En­

genharia Mecânica, 1984)

Tese - Univ. Fed. R~o de Janeiro, Programa de

Engenharia Mecânica.

1. Veículos Hibridos 2. Simulação Digital

I. COPPE/UFRJ II. Titulo {Serie)

Page 3: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

i i i

A Augusto,

Irailde,

Bel e

flãvia.

Page 4: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

i V

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Jan Leon Scieszko por sua orienta­

çao e confia~ça.

Ao Dr. Arthur Ripper por seu apoio e sugestões

valiosas.

Aos amigos do CEPEL, Mareio A. Sens e Agamenon

R. Oliveira pela inestimãvel colaboração na obtenção de dados e

de curvas de ajustagem, respectivamente.

Aos colegas e amigos do Departamento de Mate-

riais do CEPEL por suas criticas, sugestões e estimulo durante

todo o desenvolvimento do trabalho.

Ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

(CEPEL) que forneceu condições para que o trabalho pudesse ser

desenvolvido.

As funcionãrias da Biblioteca do CEPEL que, com

presteza e de·dicação, obtiveram os· recursos bibl iogrâficos in-

dispensãveis ã execução desta pesquisa.

A Arquiteta Licia Cristina Azevedo por sua dedi­

caçao e excelente trabalho grãfico.

Ao tecnico Renato O. Rocha pelo seu empenho e

Page 5: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

V

inestimãvel auxilio computacional.

A Daisy Pierucci pela excelente datilografia.

Ao meu avo Antonio e meu tio Airton pelo exemplo

deixado de perseverança,honestidade.e trabalho.

Aos meus pais, irmãos e cunhados por todo o esti

mula, carinho e confiança que sempre estiveram presentes em

suas palavras e atitudes.

E finalmente, um especial agradecimento a minha

esposa, Belkiss, que, paciente e carinhosamente, soube me acom­

panhar durante todas as etapas deste trabalho.

Page 6: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

vi

Resumo da Tese Apresentada i COPPE/UFRJ como parte dos reqúisi­

tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências

(M. Se).

SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS

HiBRIDOS BATERIA/MOTOR DE COMBUSTÃO EM

CONFIGURAÇÃO StRIE

Hélio Ricardo Teles de Azevedo

Janeiro de 1984

Orientador: Jan Leon Scieszko

Programa: Engenharia Mecânica

Este trabalho apresenta uma simulação para avalia­

çao do desempenho de veTculo hTbrido (bateria/motor de combus­

tão) em configuração serie, ou elétrico puro.

As equaçoes de modelagem dos componentes do siste­

ma de tração são vãlidas para regime permanente e foram escolhi­

das de forma que fosse possTvel, através delas, serem avaliadas

algumas grandezas (elétricas e mecãnicas) internas desses compo­

nentes.

A determinação das perdas e feita separadamente p~

ra cada componente utilizado.

Page 7: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

Vi i

Foi elaborado um programa em FORTRAN IV e reali­

zadas simulações, a partir de dados de l (um) veiculo real ,com

a finalidade de ser avaliada a potencialidade do metodo.

Os resultados da simulação encontrados foram coe

rentes com os valores publicados.

Page 8: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

Vi i i

Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partiàl fullfil-

ment of the requirements for the degree of Master of

(M.Sc.)

Science

DIGITAL SIMULATION OF THE PERFORMANCE OF HYBRID VEHICLES

(BATERY/INTERNAL COMBUSTION ENGINE) IN SERIES CONFIGURATION

Helio Ricardo Teles de Azevedo January 1984

Chairman: Jan Leon Scieszko

Department: Mechanical Engineering

This thesis presents a simulation of the perfor­

mance of electric and hybrid vehicles. The hybrid vehicle con­

sidered is a battery/internal combustion engine series config~

ration.

The traction system is modeled through a set of

equations which take into account various parameters of each in

dividual component. Losses are evaluated separately for each

individual component.

A computer programa in FORTRAN IV was developed

and the simulation a real vehicle was run as an example.

The results of the simulation were consistent

with the publ .ished data for the performance of the modeled vehi­

cle.

Page 9: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

ix

IN DICE

CAPITULO I - INTRODUÇ'/10 .........•...................•......

CAPITULO II - REVIS'/10 B!BLIOGR'IIFICA........ .. .. .......... .• 4

11.l - Histõrico do Veiculo Eletrico....................... 4

11.2 - Veiculo Hibrido....... .. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . • .. • . .. 6

II.3 - Componentes do Sistema de Propulsão Hibrido......... 12

11.4 - Modelagens Existentes .........••..•.•..•.......•.... 38

II.4.1 - Considerações Gerais.............................. 38

II.4.2 - Modelagem do Veiculo e Transmissão................ 39

11.4.3 - Modelagem do Motor/Gerador Elétrico............... 40

11.4.4 - Modelagem do Controlador .......................... 41

II.4.5 - Modelagem das Baterias............................ 43

11.4.6 - Modelagem do Grupo Gerador........................ 45

II.4.7 - Ciclos de Movimento............................... 47

CAP1TULO III. - FUNDAMENTOS TEDRICOS.... .•.• •. ..•..... .. .... 50

III.l - Considerações Gerais ........ ;...................... 50

III.2 - Equações .do Veiculo................................ 50

III.2.1 - Esforço Devicto ã Inclinação da Pista............. 51

111.2.2 - Esforço de Rolamento............................. 52

III.2.3 - Esforço Devido ã Ação Aerodinâmica............... 53

III.2.4 - Esforço de Aceleração do Veiculo................. 55

Page 10: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

X

III.2.5 - Esforço Equivalente das Perdas na Transmissão.... 57

III.2.6 - Esforço Total Sobre o Veiculo.................... 59

III.3 - Equação de Modificação do Peso do Veiculo.......... 59

III.4 - Equações do Motor/Gerador.......................... 61

III.5 - Equações do Controladtir............................ 71

III.6 - Equações das Baterias.............................. 74

III.7 - Equações do Grupo Gerador.......................... 80

CAP1TULO IV - DESENVOLVIMENTO DO MtTODO DE SIMULAÇAO....... 84

IV.l - Considerações Gerais ................................ 84

IV.2 - Sistemitica do Programa............................. 86

IV.3 - Dados de Entrada do Programa........................ 97

IV.3.1 - Dados do Veiculo/Sistema de Tração................ 97

IV.3.2 - Dados do Motor/Gerador Elétrico................... 98

IV.3.3 - Dados do Controlador de Campo..................... 99

IV.3.4 - Dados do Controlador da Armadura .•................ 100

IV.3.5 - Dados das Baterias ................................ 100

IV.3.6 - Dados do Grupo Gerador ............................ 101

IV.3.7 - Dados do Ciclo de Movimento ....................... 101

IV.3.8 - Dados de Controle do Programa ..................... 102

IV.4 Saida do Programa ................................... 102

IV.5 - Modos Passiveis de Serem Simulados .................. 103

CAPITULO V - RESULTADOS.................................... 104

Page 11: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

xi

V. l - Considerações Gerais ••.•.•••.•.••••••••• , ••.••.•••••• 104

V.2 - Resultados de Desempenho ............................. 106

V.3 - Comportamento Elitrico do Sistema de Baterias e Mo-

tor/Gerador ..••••••••••••.•.••••••••••• , •.. ,......... 108

V.4 - Resultados de Consumo ................................ 112

CAPiTULO VI - DISCUSSJíO .................................... 116

CAPiTULO VII - CONCLUSLlES .................................. 121

REFERÊNCIAS BIBL!OGRJIFICAS .•••..•••••••••••••••••••••••••.• 124

Page 12: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

CAPITULO I

INTRODUÇXO

O interesse por veículos elêtricos tem apresentado

crescimento sensível em vãrios países do mundo,nas ultimas duas

dêcadas. A característica que esses veículos apresentam de uma

dependência menor do petrõleo como fonte primãria de energia e

a sua capacidade de transformar mais eficientemente a energia

armazenada em energia cinêtica os tornam extremamente atraentes

nos .tempos de hoje.

Entretanto, suas características de baixo desempe­

nho e autonomia,alêm de alto custo inicial ,diminuem as perspect1

vas de uma utilização em larga escala a curto prazo. Essa ultima

característica desfavorãvel sõ poderã ser atenuada com uma prod~

ção maior desses veículos. Contudo, as duas primeiras poderão ter

seus efeitos diminuído, com a utilização de veículos híbridos.

Esses veículos unem algumas propriedades favorãveis dos veículos

elêtricos, tal como a maior eficiência do sistema propulsivo, a

uma capacidade de desempenho e autonomia melhor.

A economia criada por um veiculo híbrido varia com

o tipo de concepção escolhido e a lÕgica de controle que age

sobre os seus componentes. Dessa forma, uma avaliação preliminar

de cada sistema, antes de ser construido, se torna importante,

pois o perfeito interrelacionamento entre seus componentes não

deixa margens amplas como o veiculo de transporte convenci o-

Page 13: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

2

nal, movido a combustivel liquido.

Sendo assim, o presente trabalho tem por finalida

de avaliar sjstemas de propulsão de veiculas puramente elêtri­

cos, ou hibridos com a configuração mais utilizada atualmente,

isto e, combinando um motor de combustão interna com um sistema

de baterias convencionais (chumbo-ãcida}.

Essa avaliação ê .feita a partir de equacionamento

dos componentes, alguns utilizando relações sugeridas em traba­

lhos recentes. O restante desse equacionamento ê executado por

modelos ajustados, por meio do mêtodo dos minimos quadrados, a

partir de dados reais.

Um programa de computador (FORTRAN IV} foi desen­

volvido tendo como base essas relações.

Esse programa tem a finalidade de simular o desem

penho de veiculas hibridos e determinar suas principais grande­

zas elétricas e mecânicas. Alguns resultados puderam ser anali~

sados a partir de dados retirados de um veiculo real.

No Capitulo II é apresentada a revisão bibliogrã­

fica do assunto, contendo veiculas elêtricos, hibridos e indica

çoes sobre as simulações existentes.

No Capitulo III sao mostrados os fundamentos teõ­

ricos que serviram de base para o estudo.

Page 14: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

3

No Capitulo IV e apresentado o processo de simula­

çao utilizado no trabalho,

No Capitulo V sao apresentados os resultados comp~

rativos entre os valores encontrados e os reais.

O Capitulo VI apresenta uma discussão sobre esses

resultados.

No Capitulo VII se encontram as conclusões sobre o

estudo.

Page 15: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

4

CAP!TUI.O II

REVIS~O BIBLIOGR~FICA

II.l - HISTTIRICO DO VElCULO ELETRICO

O surgimento do primeiro veiculo elêtrico se deu,

provavelmente, em 1837 em Aberdeen, na Escõcia, onde Robert

Andêrson -construiu um automõvel propulsionado por energia elêtri­

ca, não chegando a ser um veiculo competitivo na epoca.

O aparecimento das baterias chumbo-ãcidas (H.Tudor)

e níquel-ferro (Edison e Jungner) permitiu uma grande utilização

dos veículos elêtricos no período de 1890 e 1910. Entretanto a

exploração dos poços de petrõleo e o seu suprimento barato ocasi~

naram, a partir dessa êpoca, o abandono gradual desses veículos e

posteriormente sua troca definitiva por veículos movidos a combus

tível liquido 1• Assim, atê a dêcada de 1960, os veículos elêtrt-

cos a bateria eram inexistentes nas ruas, excetuando-se o caso

dos veículos elêtricos para entrega do leite em Londres que ti-

nham um desempenho baixo e sõ eram utilizados para sua finalidade

bãsica.

Desde então e mais decisivamente a partir de l 973

com a mudança da política de fornecimento de petrõleo pelos paí­

ses produtores e com a previsão de escasseamento desse produto

dentro das prõximas dêcadas, o veiculo elêtrico passou a ser ti

do por vãrios países como uma solução para os problemas em alguns

Page 16: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

5

setores do transporte, sobretudo no que diz respeito a transporte

urbano.

As caracteristicas principais que atrairam o inte­

resse desses paises para a retomada do desenvolvimento dos veicu­

las elêtricos foram as seguintes:

- Menor dependência do pett6leo como fonte de energia;

- Menor consumo de energia de propul~ão (retorno de parte da ener

gia na frenagem, maior eficiência do sistema de propulsão);

- Poluição atmosfêrica extremamente reduzida;

- Nivel de ruido acústico baixo;

- Maior durabilidade;

- Custo de manutenção reduzido;

Possivel melhora do fator de carga das usinas geradoras com a

utilização do recarregamento noturno das baterias.

Entretanto os veiculas elêtricos têm enfrentado pr~

blemas gerados pelas suas principais caracteristicas

veis:

- Custo inicial alto;

desfavorã-

- Baixo desempenho e autonomia, se comparados com veiculas conven

cionais;

Page 17: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

6

Longo periodo necessãrio a recarga das baterias;

- Necessidade de implantação de uma estrutura de fornecimento de

energia elet1·ica para recarga de baterias, no caso de uma

utilização em grande escala desses veiculos.

II.2 - VE1CUL0S H1BRIDOS

Os veiculos hibridos surgfram como uma tentativa

de combinar as caracteristtcas vantajosas de um veiculo que

possua armazenamento de energia reversivel com as caracteristi

cas de desempenho e autonomia dos veiculos convencionais a mo­

tor de combustão.

A ideia de um veiculo hibridos, isto e, um veicu

lo que possua mais de uma fonte de energia para o seu movimen­

to, não e tão desconhecida. Alguns tipos de locomotivas que in

c~rporam sistemas de propulsão variãveis (Diesel-elétrico ou

somente elétrico) representa um exemplo de veiculos hibridos

muito utilizado.

Entretanto, a definição de veiculos hibridos en­

globa uma variedade de combinações muito extensa, onde algumas

dessas combinações poderiam ser citadas como as mais importan­

tes que foram estudadas nos Ülti.mos 20 anos:

- Hibrido motor de combustão/volante

- Hibrido motor de combustão/baterias

- Hibrido volante/baterias

Page 18: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

7

- Hibrido baterias 1/baterias 2 2•

3

- Hibridos energia de linha/baterias

- Hibridos energia de linha/volante

Algumas variações poderiam ser mencionadas ainda,

tais como concepções hibridas que utilizam sistemas avançados de

armazenamento de energia como, por exemplo, armazenadores pneumã­

ticos e celulas combustiveis.

A determinação do sistema de propulsão deverã obed~

cer considerações de eficiência, funcionalidade, custo inicial · e

de manutenção, além de viabilidade tecnolõgica. Esse Ültimo item

serã, neste estudo, considerado com substancial irnportãncia. Os

modelos de sistemas altamente eficientes porem com um grau de so­

fisticação tecnolÕgica incompativel com a realidade atual, por

se encontrarem ainda em fase de desenvolvimento, não serao consi­

derados para anãlise posterior neste trabalho. Tais concepçoes,

embora representem um enorme potencial de utilização futura em

larga escala, ainda não apresentam resultados consistentes. Dessa

forma, sistemas hibridos que utilizam formas não çonvencionais de

armazenamento de energia tais como volantes de alta velocidade,

armazenamento pneumãtico, células combustiveis ou baterias avanç~

das e sistemas de conversão de energia mecãnica tais como moto­

res Stirling, Brayton e Rankine não serão analisados.

M~smo dentro dessa limitação com base na tecnolo-

gia atual, ainda existem ilimitadas formas de se idealizar um sis

Page 19: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

8

tema de propulsão hibrido, tendo em vista tanto os tipos possi-

veis de combinações dos seus componentes como a estratégia de con

trole a ser adotada sobre eles.

Algumas dessas concepçoes jã foram construidas e tes

tadas por instituições em todo o mundo e serão a base para o pre­

sente estudo.

Dessa forma, farão parte do escopo deste trabalho,

as configurações que utilizam baterias como sistema recarregãvel

de energia, conjuntamente com um motor de combustão interna con­

vencional (ciclo Ottoou ciclo Diesel).

Essa categoria, mesmo apresentando numerosas varia­

çoes na atuação dos sistemas, poderã ser subdividida em dois gr~

pos:

- Sistemas Hibridos Serie (SHS)

- Sistemas Hibridos Paralelo (SHP)

Os sistemas ''SHS'' e ''SHP'' sao diferenciados pelo tl

pode ligação entre os conversores de energia mecânica (motores)

e as rodas. No sistema ''SHS'' todo o esforço de tração e entregue

as rodas através de um ~nico componente, enquanto que no ''SHP'' es

se esforço e dividido por dois ou mais desses componentes. A Fig~

ra ( II. l) mostra esquematicamente a diferença entre os dois siste

mas mencionados.

Page 20: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

' , HIBRIDO SERIE

ººªºº M/G

CAIXA DE MARCHAS

9

HÍBRIDO PARALEL.ô

TRANSM I ssÃo

Fig. {II. l) - Comparação entre os sistemas hibridos serie e para-1 e l o

Outro ponto tão importante quanto a concepçao hibri

da a ser considerada estã ligado ã lÕgica de atuação dos compone~

tes, isto e, definida pela estratégia de atuação hibrida 4• Essa

estratégia de~erã buscar o maior aproveitamento, em termos de

energia, do sistema escolhido, tendo em vista o tipo de utiliza­

ção que se pretende dar ao veiculo e limitações tecnolõgicas im­

postas para sua construção.

Dentro dessa estratégia estão definidas as faixas

ou condições de atuação de componentes do sistema de tração.

Exemplos de diferentes estratégias podem ser verificadas nos vei-

Page 21: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l o

culos em que a fonte auxiliar de energia estã permanentemente li

gada ou em condição liga-desliga e onde as condições de entrada

dessa fonte auxiliar se dã por corrente excessiva de descarga ou

estado de carga das baterias, ou mesmo por condições de velocida

de e aceleração do veiculo.

No que diz respeito ãs características gerais dos

dois grupos {"SHS'' e ''SHP'') de veículos híbridos, algumas consi­

derações devem ser feitas.

A característica principal do sistema ''SHP'', como

pode ser visto na Figura (II.l) ê a sua ligação direta, ou atra­

vês de Õrgãos de transmissão mecãnica somente, entre osõrgãos de

conversao mecânica (motores) e as rodas do veiculo. Dessa forma

a energia proveniente da fonte não reversível de energia ê me­

lhor aproveitada durante o movimento do veiculo.

A variedade de concepções e estratégias possíveis

nesse sistema e enorme e algumas dessas têm sido estudadas hã

alguns anos, demonstrando que esse sistema ê, de forma geral ,

mais eficiente que o sistema ''SHS'', no que diz respeito a econo­

mia de energia e emissões poluentes, para os tipos estudadoi•"• 5 •

Contudo, mais uma vez, o conceito de utilização do

veiculo e a estratégia de controle do sistema deverão ser sempre

considerados em uma comparação mais realista. Deve ainda ser con

siderado que a construção de um veiculo utilizando o "SHP'' impll

carã em sistemas de controle (eletrônicos, eletromecânicos ou

Page 22: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l l

servo-mecânicos) mais sofisticados, maior numero de componentes

eletro-mecânicos e, em certos casos, um desenho especial para o

sistema mecânico de transmissão que une o motor elétrico e o mo­

tor de combustão ãs rodas.

O ''SHS" tem como principal caracter1stica a passa­

gem Ünica da energia mecânica de tração através do motor elétri­

co, como pode ser visto na Figura (II.l ). Essa caracter1stica i~

poe uma diminuição de eficiencia global do sistema de propulsão

pois a energia proveniente do motor de combustão é transformada

em energia elétrica passando pelo controlador e finalmente sendo

entregue ãs rodas através do motor elétrico. Outra caracter1sti­

ca desfavorãvel desse sistema é que tanto o controlador quanto o

motor elétrico terão de ser dimensionados para lidar com a pote~

eia total mãxima entregue ãs rodas 2• 4• 6, isto é, potencia mãxima

retirada das baterias adicionada ã potencia mãxima de utilização

do grupo gerador. Tal caracter1stica representa um aumento de

peso e custo desses componentes, e por conseguinte do ve1culo 2.

Alguns estudos indicam que os sistemas h1bridos do

tipo "SHS'' nao são competitivos com os sistemas ''SHP'' no que diz

respeito tanto a economia de energia quanto a emanações poluen­

tes2•4.

Entretanto, dependendo do tipo de utilização do

ve1culo combinado a uma estratégia de controle adequada, tais

sistemas podem apresentar vantagens que superam os ''SHP" na sua

implantação. Estudos e projetos recentes estão direcionados a es

Page 23: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 2

se sistema ("SHS") utiliz;,ndo grupos geradores de pequena potên­

cia (quando comparados com os sistemas para um veiculo equivale~

te com tração convencional) trabalhando em faixas de baixo consu - 6 - 1 2 mo do motor de combustao .

Podem ser ainda levados em consideração fatores c~

mo menor complexidade de execução prãtica desses sistemas,princi

palmente no tocante a sistemas de transmissão e controle.

Brusaglino11•

13 e Bumby 12 indicam que para percur-"

sos urbanos com paradas frequentes e velocidades medias baixas,

esses veiculos são competitivos com os ''SHP'', desde que o dimen­

sionamento dos componentes de tração seja adequado ã utilização

que se deseja do veiculo.

11.3 - COMPONENTES DO SISTEMA DE PROPULS~O ~1BRIDO

As vãrias concepçoes de veiculos hibridos existen­

tes ou jã submetidas a estudos por pesquisadores apresentam uma

variedade grande entre os componentes do sistema propulsivo, is

to ê, baterias, controladores, motores/geradores elêtricos de

tração, transmissão e grupos geradores.

Alguns tipos de baterias podem ser mencionadas. E~

tre elas destacam-se as baterias sõdio-enxofre (Na-S) 2 , 1 ", litio-

enxofre (Li-S) 2, niquel-cadmio (Ni-Cd) 2

, niquel-zinco ( N i -

-Zn) 2•

15, niquel-ferro (Ni-Fe) 2

,16

, zinco-ar (Zn-Ar) 2 , zinco-bro

mo (Zn-Br) 3 e outras tais como células de combustivel (Fuel

Page 24: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 3

Cells) 2•

17,

18• Essas baterias apresentam caracteristicas de arma

zenamento e fornecimento de energia elêtrica que superam em lar­

ga margem as baterias convencionais do tipo chumbo-ãcidas, mesmo

as mais desen·,olvidas 2• A Figura (II.2) mostra uma comparação e~

tre alguns tipos dessas baterias avançadas e as baterias chumbo­

-ãcidas convencionais.

2=-...,...-,--,...,..,--,--,-T"T-,---,--,-...,...,..,

"' ~ ' JI

,. 220 <! (,) z

<W

5 Q. .

~ 22

w O· <! o (/) z w o

Pb-ACID

NI-Cd No-s Nf-Zn

AQ-Zn1

Zn-AIR

1 ........... _ ............. _.___. ...... ~ ..... u..---................... 1 22 220 2200

DENSÍDAOE DE ENERGIA, W- hr/kg

Fig. {II.2) - Caracteristicas das baterias

J

Poderã ser vista, nesta figura, a influência que

tem a potência demandada da bateria sobre a sua capacidade de

armazenamento.

Muito embora as baterias avançadas apresentem ca­

racteristicas de desempenho superiores is convencionais {Pb-Ac .. ),

essas Ültimas ainda se apresentam como Ünica possibilidade de

utilização comercial a curto prazo 2, se forem verificadas con

Page 25: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

14

dições de custo e viabilidade têcnica, tendo em vista que alguns

tipos dessas baterias avançadas apresentam problemas de durabili

dade ou mesmo de segurança do veiculo 2•

O sistema de controle,ou controlador,do motor/ger~

dor de tração e responsãvel pela adequação da caracteristica de

voltagem constante do sistema de baterias ãs necessidades de vol

tagem e corrente variãveis do motor/gerador.

Um controlador para veiculo hibrido deverã reunir

caracteristicas de facilidade de controle, suavidade na operação

do veiculo, eficiência e baixo custo 19•

Smith 2 º fornece uma revisão de alguns dos tipos

de controladores mais usados, que podem ser agrupados em 4 (qua­

tro) grupos:

- Controlador resistivo

- Controlador por interligação de baterias;

- Controlador por escalonamento de baterias,

- Controladores eletr6nicos ''chop~er''.

O controlador resistivo ê o mais conhecido e ate

pouco tempo atrãs, o mais popular devidas as suas caracteristi­

cas de baixo custo inicial ,manutencão e operação suave 19• A Figu­

ra (II.3) mostra um esquema simplificado desse tipo de controle

para a armadura do motor.

Page 26: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 5

MOTOR "/ONTACTORES L o li 1, 1( 11 l, , 1 BATERIA:

T 1 i i~J i }' RESISTORES

Fig. (II.3) - Esquema de controle de motores por resistores

Entretanto, para o seu funcionamento sua~e hã a ne

cessidade de, no mínimo, 6 (seis) resistores, alem dos resisto­

res extras para limitação da corrente do motor em partidas e

a baixas velocidades, A utilizaçio de um reostato elimina a fal­

ta de suavidade ocasionada por um numero pequeno de resistores ,

contudo ,o peso e o custo de um dispositivo desses para operar

com as altas correntes necessirias, torna tal soluçio impratici­

vel2º.

O fato de a queda de voltagem ser feita atraves de

resistores faz com que as perdas elétricas sejam grandes e nor­

malmente exced~ a energia efetivamente utilizada pelo motor/ge­

rador19, Dessa forma, tendo em vista a reduçio de desempenho que

é ocasionada no veículo, esse tipo de controle se torna inviivel

para a util izaçio em um veículo elétrico de rua, sendo apl icivel

somente a veículos limitados, de baixo desempenho.

O sistema que utiliza a interligaçio de baterias

apresenta uma grande vantagem em relaçio ao sistema analisado

anteriormente, a eficiência elétrica do sistema e muito maior.As

Page 27: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 6

baterias podem ser conectadas em combinações serie/paralelo com

a finalidade de ser obtida a voltagem desejada nos terminais do

motor.

Contudo, o numero de dispositivos eletromecânicos

ou eletrônicos e a complexidade necessãrias âs 6 (seis) etapas

de voltagem associadas com o bom funcionamento do veiculo e

muitu grande. Tudo isso associado â necessidade de resistores

que entram em funcionamento durante as manobras em baixa veloci­

dade diminuem sensivelmente a viabilidade desse controlador.

A Figura (II.4) mostra, de forma esquemãtica sim­

plificada , a concepçao descrita.

MOTOR

Fig. (II.4) - Esquema simplificado de controle de motores por interligação de baterias

O escalonamento de baterias funciona de maneira

semelhante a interligação de baterias, diferindo somente no fato

de que nem todas as baterias são utilizadas simultaneamente.Apr~

senta caracteristicas de menor complexidade em relação ao ante-

Page 28: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 7

rior. Contudo hi ainda a necessidade de muitos elementos de cha­

veamento para uma operaçao suave.

Murphy 21 sugere a aplicaçio de resistores variiveis

em serie com a armadura, com a finalidade de diminuir as desconti

nuidades de velocidade nas variações de voltagem.

No· caso de motores com excitaçio em paralelo,

Murphy 21 propoe a colocaçio de resistores em serie com o

para, assim, serem atingidas maiores velocidades.

campo

A Figura (II.5) apresenta um esquema

desse tipo de controlador.

+

_1 o

_l ENROLAMENTO

o [E CAMPO EM PARALELO-;;v"'

BATERIA _l o

_l o

]_ o

CON1,CTORES EL TRIO'.JS

simplificado

Fig. (II.5) - Esquema simplificado de controle de motores pores­

calonamento de baterias

Page 29: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 8

Outra complexidade adicional e a necessidade de um

sistema, nao representado na Figura (11.5), para controlar a uni­

formidade de carga das baterias, sem o qual poderã ser provocado

um desbalanceamento de cargas entre as celulas 21•

-Dessa forma, pelas razoes descritas acima, tal sis-

tema se torna ruidoso, não mutto eficiente e resulta em necessida

desde manutenção freqÜentes 19•

21•

Uma variação construtiva desse tipo de controlador

e a forma mostrada na Figura (11.6), onde os contactores

substituídos por dispositivos eletr6nicos de chaveamento,

como tiristores ou transistores.

BATERIA

EN ROLAMENTO DE CAMPO EM

1 PARALELO-r

foram

tais

Fig. ( 11.6) - Esquema simplificado de controle de motores por es

calonamento de baterias com dispositivos el.etr6ni­

cos de chaveamento

Page 30: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

19

Algumas vantagens surgem em favor dessa variação

construtiva tais como menor ruido audivel e maior confiabilidade,

entretanto as perdas induzidas pela queda de voltagem criada nos

dispositivos eletrônicos fazem com que tal concepção seja menos

eficiente do que a configuração eletromecânica anterior 21•

Dentre os tipos de controladores existentes, os que

utilizam componentes eletrônicos para pulsar a voltagem das bate­

rias (chopper) são os que oferecem maiores vantagens 20 • 22 • 2 •.

O conceito de funcionamento de tal sistema pode ser

descrito com auxilio da representação esquemãtica, na sua

mais simples, mostrada na Figura (II.7).

Ct! /

J__ "

...r._

v. ....r... ...r._

(A)

<3 Cl: Vc 5

1 T'- t To 1J

fT TT lf

( B)

forma

Fig. (II.7) - Principio de funcionamento de um controlador chopper

Page 31: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

20

O valor da voltagem ''V '' aplicada nos terminais da c

carga sera proporcional ã relaçio entre o tempo ligado (''TL'') e

o período do ciclo ("Tr"l, Dessa forma, varia-se a grandeza da

voltagem ''V" modificando-se os valores dos tempos c li gados

("TL") e desligado ("Vo"l da chave. "CH", mesmo que "V 8" seja man

tida constante ..

Muito embora o conceito permaneça o mesmo, um cir­

cuito "chopper'' real nio i tão simples.

A Figura (II.8) mostra um circuito menos simplifici

do de um ''chopper'' com disparo por tiristor (retificador controla

do de silício) para utilização em controle de velocidade de um mo

tor de corrente continua, onde LE~ se refere a uma

equivalente do circuito de armadura do motor.

indutância

O dispositivo eletr6nico de chaveamento poderã ser

um tiristor ou um transistor de potintia. Atualmente os tiristo­

res são mais utilizados por possuírem capacidade de lidar com co!

rentes maiores do que os transistores, alim desses ultimas apre­

sentarem um custo inicial muito alto em relaçio aos primeiros.E~

tretanto essa tendincia, com o desenvolvimento de transistores de

potincia a custos mais baixos, deverã mudar tendo em vista que os

circuitos que utilizam transistores apresentam maior eficiin-

Page 32: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

21

TIRISTOR 11 TR1

11

i, i +

DIODO LEO

"O" + VM 1

v.

(A)

VM ( PULSO}

VM(PULSO)

--------

Fig. ( II.8) - Esquema simplificado de um controlador chopper (A)

e as formas de onda para velocidade baixa (B) e alta {C) do motor

Na Figura {11.8A), quando "TR1" conduz, um pulso

retangular de voltagem e aplicado ao motor, fazendo com que, de

vida a indutância ''LEo'', a corrente aumente a uma taxa determina

da pela constante de tempo do circuito. Quando "TRi'' e desliga-

do, a energia armazenada na indutância "LEq''

corrente através de "D 1 ". Se "TR1 " conduz de

força a passagem de

novo, a corrente

através do motor começa a aumentar de valor ate atingir o ponto

onde serâ executado o pr6ximo desligamento de ''TRi''. Dessa for-

Page 33: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

22

ma, se for mantida uma determinada rotina de abertura e fechame~

to de ''TR1 '', serã atingida uma condição de regime permanente no

circuito. As Figuras (II.8B) e (II.BC) mostram o processo de con

trole de voltagem do motor e mostram as formas de onda para con­

dições de mesma corrente com voltagens aplicadas diferentes.

Os disparos de controle de abertura e fechamento

dos tiristores são feitos por uma unidade de controle e a freqüã~

eia desses disparos e duração dos pulsos são determinadas pela

posição do pedal do acelerador do veículo. Normalmente essa fre­

quencia estã na faixa de 50 a 500 Hz 22• As freqüências altas di­

minuem a eficiência do ''chopper". Em contrapartida se a freqüên­

cia cair a um valor muito baixo, a componente alternada (''rip­

ple'') existente na corrente do motor causarã aumento das perdas

induzidas neste 22,

25 e os pulsos de torque produzirão ruido audi

vel e vibração do veiculo.

Três tipos de operaçao poderão ser utilizadas em

controladores desse tipo, a saber:

A - Período ~ntre pulsos constante e largura de pulsosvariãvel

B - Período ~ntre pulsos variãvel e largura de pulsos constante;

C - Período e largura de pulsos variãveis.

Nos modos ''B'' e ''C'' hã a necessidade de se prote­

ger, no projeto, contra o caso de a freqüência diminuir a um va­

lor que cause um efeito pulsativo ,ou ser atingida freqüência

Page 34: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

23

muito alta, produzindo grandes perdas por chaveamento 22•

O controlador ''chopper'' ê usado para obter um con­

trole eficiente de velocidade nos motores elêtricos de corrente

cont1nua. Entretanto a alta eficiência esperada desses sistemas

torna-se diminu1da pela indução de perdas no motor e no sistema

de baterias, fenômenos não existente nos demais tipos de centro~

ladores. Murphy 21 afirma: ''por causa da natureza pulsante da cor

rente, o valor efetivo para um dado valor mêdio ê maior em um

sistema ''chopper'' do que nos outros tipos de controladores, re­

sultando em perdas Õhmicas relativamente grandes. Essas perdas,

associadas ãs existentes nos dispositivos semicondutores, dimi­

nuem de alguma maneira o aumento de eficiência obtida pela elimi

nação dos resistores''.

Dessa forma, surgem perdas induzidas no motor e ba

terias, associadas ã operaçio do ''chopper", que devem ser leva­

das em conta alêm das perdas normais intr1nsecas desses compone~

tes.

Thompson 26 e Henry 27 sugerem a colocação de um fil

tro capacitivo para suavisar os picos de corrente e assim melho­

rar a transferência de potência das baterias para o motor.

Christianson e Bourke28 recomendam o uso de ''chop­

per dual'' com freq~ência constante e a adição de um filtro capa­

citivo para minimizar as perdas induzidas sobre as baterias.

Page 35: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

24

Este tipo de controlador consiste no uso de

"chopper'' equivalentes operando em paralelo. A potência de

um e a metade da potência total e eles trabalham defasados

dois

cada

de

180° um do outro. A Figura (II.9) mostra de forma simplificada as

formas de onda da corrente de saída das baterias e as

resultantes no motor, para a composição mencionada.

correntes

Fig. (II.9) -

CHOPPER 1

SAIDA BAT.

10!1 1',&1- 19 o

ENTR.MOTOR

:m:í:/,00.51M o

+ 1 + 0.51 CHOPPER 2 O [?il l?i!I- 8 oWm,! M

IGUAL IGUAL

~ 1 ~IM o'///////,,; B O™" TOTAL

PERDAS NA BATERIA (50l!, LIG) 1:Re

For~as de onda na saída da bateria e entrada no mo tor para um sistema dual operando com pulsos 50%

ligados

Christianson e Bourke 28 apresentam uma comparaçao

entre as perdas induzidas no sistema de baterias pelo controla-

dor, demonstrando uma drãstica riedução de perdas com a utiliza-

ção do ''chopper dual''.

Tendo em vista o melhor aproveitamento da energia

transferida pelo controlador, ainda e recomendada a utilização

de um contactar de desvio entre baterias e motor para, dessa for­

ma, serem evitadas as perdas devidas ãs quedas de voltagem nos

componentes eletrônicos do controlador, nas condições em que o mo

tor esteja sendo alimentado com a voltagem das baterias 2 º.

Page 36: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

25

Adicionalmente, um controlador do tipo ''chopper''

apresenta a vantagem de ser adequado a utilização em sistemas

com regeneração, isto ê, durante a frenagem o motor/gerador de

tração do veTculo ê reconectado de forma a trabalhar como gera­

dor, absorvendo de volta parte da energia cinética do veTcu]o e

transformando essa energia em energia elétrica que retorna as

baterias.

As opiniões sobre o reaproveitamento da energia re

generativa divergem muito e sao variãveis os critérios de utili­

zaçao do veTculo, custo inicial, complexidade do sistema de con

trole eletrônico e mesmo de eficiência global do sistema de pro­

pulsão.

Por outro 1 ado, alguns pesquisadores estão certos de

que com a regeneraçao, o veTculo terã sua autonomia substancial-

mente aumentada e esse aumento ê variãvel não sã com o projeto

do controlador mas com o tipo de trãfego a que o veTculo sera

submetido 21•

29•

3 º e com a estratégia de controle adotada sobre

o motor/gerador para obtenção dessa energia de volta'º•''.

A frenagem regenerativa alem de promover um aumen­

to do alcance do veículo por carga de bateria, fornece um torque

de frenagem semelhante ao ''freio-motor'' dos veTculos

nais. O valor do aumento de autonomia entre recargas e

convencio­

variãvel

com a utilização do veTculo. Kleckner 32 indica um valor de au­

mento de autonomia variãvel entre 10% e 15%, jã Rowland 33 indica

valores bem maiores, na faixa de 25% a 45%. Kasama et alii'º for

Page 37: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

26

necem um valor de aumento de autonomia prõximo a 16% ..

Entretanto existem problemas associados ao funcio

namente regenerativo e os dois problemas fundamentais sao a imp~

sição de corrente excessiva através do sistema de bateria, quan­

do o motor/g~rador, funcionando como gerador, produz uma volta­

gem muito alta em regimes de rotação alta; e a não existência de

regeneraçao por deficiência de rotação do motor/gerador ou flu­

xo de campo.

O ultimo problema poderã ser resolvido, conform~

Murphy 21 e Henry 27 com a ajuda de um reator (indutância) em se­

rie, de forma a ser poss,vel, com o aux1lio do controlador, um

aumento da voltagem efetiva aplicada sobre as baterias. De.ssa

forma, o motor/gerador transfere potência regenerativa para as

baterias a qualquer rotação 21,

27•

Para superar o primeiro problema, a freqüência do

''chopper'' ê colocada para mãxima transferência de potência e a

largura do pulso e controlada para limitar o pico de correhte re

generativa para as baterias, de forma a não permitir que essa ul

trapasse o valor mãximo prê-determinado no projeto 27•

Um circuito simplificado representativo do funcio­

namento de um controlador ''chopper'' na forma regenerativa pode

ser visto na Frigura {11.10), onde o motor representado e de exci

tação independente.

Page 38: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

27

V

TR 1 t-I:a +

+ -=-ve e

ENROLAMENTO DE o, TR4 CAMPO EM.

BIRALELO

-

fig. (II.10) - Esquema simplificado do circuito equivalente du­

rante a regeneraçao

O controlador permite que seja armazenada energia

no indutor durante a condução de ''TR4 '' e faz com que a recarga

da bateria se de quando "rR; não conduz. A passagem da corrente

para o bateria é feita através do diodo "Dz'- O tiristor "TR4" e

controlado para manter o valor media da voltagem ''V'' pouco abai­

xo da voltagem regenerativa do motor/gerador e dessa forma con­

trolando o valor de ''-la'' 26• ''TR4" conduz somente quando "TR 1 ''

estã aberto. Os componentes necessãrios ã comutação dos tiristo­

res não são mostrados na figura.

O motor/gerador de tração e outro componente que

pode representar uma escolha dificil para utilização em veiculas

elétricos ou hibridos. A variedade desses componentes de tração

engloba motores/geradores de corrente alternada 2 • 34 - 36 , de cor-

Page 39: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

28

rente continua 1,

2,'

7,

9,

26-

30, motores de relutância 1

•21

, ou mesmo

motores de concepção avançada como o motor ''disco" da Ford 37 e

o motor de imã permanente de dupla saida apresentado por Tur-

ner 38• Podem ainda ser mencionados motores de corrente conti-

nua de comutação eletrônica 1•

2,

Entre toda a gama de possibilidades existentes, os

motores/geradores de corrente continua com enrolamentos de arma­

dura e campo ligados em serie ou independentes são os mais utili

zados.

O uso de motores/geradores de corrente alternada

(indução polifâsico ou sincrono modificado) ê muito pesquisado,

entretanto o seu uso tem se deparado com problema de custo e com

plexidade adicional no sistema de controle 26, A potencialidade

desses sistemas e grande e alguns veiculos elétricos jâ

construidos utilizando esses sistemas 2 , 34 -36

,

foram

A adição de frenagem regenerativa a um sistema com

motor/gerador de corrente alternada trifâsico e consideravelmen-

te mais dificil e sua complexidade faz com que sua

não seja justificada para alguns tipos de veiculos 26 ,

utilização

O motor/gerador de corrente continua com excitação

em serie foi muito utilizado atê hã pouco tempo, pelas suas ca­

racteristicas de alto torque a baixa velocidade, baixo custo de

produção 39, alta confiabilidade e auto-proteção contra sobre­

velocidades1. Entretanto esse tipo de motor/gerador estã gradua!

Page 40: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

a:

~ ::;:

o o <I

~ ''" ~ '" '" :::,

~ g

29

mente sendo abandonado com o progresso da tecnologia de veículos

elêtricos e hã pouca possibilidade de que motores/geradores se­

rie sejam utilizados nos veículos híbridos do futuro 39• O motor/

gerador com excitação independente apresenta melhores caracteris

ticas de eficiência, controle da regeneração e características de

torque-velocidade para tração'• 26•

28•

39-

41•

A Figura ( II.11) mostra comparativamente as carac­

teristicas de torque e potência desses motores em função da rota

ção do motor .

..

VELOCIDADE DO MOTOR ( rd / seg) (A)

s <.)

z ''" b

Q.

'" '" :::, o a: g

CONTROLE P;r CONTROLE. POR , ARMADURA CAMPO -

li.u,.rONSTANTE IA CONSTANTE

p POT

VELOCIDADE DO MOTOR (rd/seg) (B)

fig. (II.11) - Caracteristica dos motores de corrente continua com excitação serie (A) e excitação independen-

te ( B)

Page 41: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

30

O ponto "P1" da Figura ( II. l lA) corresponde ã apl_:i_

caçao da voltagem da bateria. O torque, para o motor serie, se

mantém constante para rotações menores que "NN" e a potência e

proporcional ã rotação. Em velocidades acima de ''NN" um motor se

rie com voltagem constante em seus terminais sofre uma redução

de corrente de campo e armadura, dessa forma, o tnrque do motor

decresce proporcionalmente ao quadrado da rotação, conforme mos­

trado na figura. Poder-se-ã manter um valor maior de potência em

rotações maiores que "NN" desviando-se corrente de campo 26•

Uma melhora no desempenho em alta rotação do motor

poderã ser obtida através da excitação independente 26 • 4 º• 42 • Na

região de controle por armadura mostrada na Figura (II.llB) o

controlador controla a voltagem aplicada aos terminais da armadu

ra, enquanto o campo estã excitado com corrente nominal. Na re­

gião de controle por campo a voltagem da bateria.e aplicada aos

terminais da armadura, enquanto a corrente do campo ê, agora, re

duzida proporcionalmente ao inverso da rotação. Dessa forma a

potência do motor permanece constante com o torque sendo inversa

mente proporcional ã rotação. A linha tracejada em velocidades

altas se refere a imposições de comutação que poderão reduzir a

corrente da armadura e assim baixar o torque e potência do motor

em altas rotações 26, Hã a necessidade desses motores serem equi­

pados com enrolamentos de compensaçao para que a condição de po­

tência constante seja atingida na maior faixa possivel de veloci

dade 4 0 •

Page 42: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

31

A utilização de motores/geradores de excitação in­

dependente com controladores "chopper'', devida a baixa indutãn­

cia da ~rmadura desses motores/geradores, implica na introdução

de uma indutância em serie no circuito da armadura. Essa introdu

ção acarreta uma desvantagem para esses componentes, visto que

representa uma penalidade no peso e no custo do sistema 2• 28 • 4 º.

Uma vantagem adicional dos motores com excitação

independente e sua capacidade de melhor aproveitar a energia re­

generativa, tendo em vista a flexibilidade de controle que ele

oferece. Entretanto, para um aproveitamento eficiente dessa ener

gia, hâ a necessidade de ser estabelecida uma estrategia para

controle dos parâmetros do campo e armadura durante a regenera­

ção2.

Kasama et alii 30 sugerem uma estratégia de contro-

le durante a regeneração onde a corrente de campo e controlada

para ser inversamente proporcional ã rotação do gerador. Nay-

dowski et alii 31 prop6em uma melhoria para o controle da corren­

te do campo proporcionalmente ã corrente de armadura. Entretan­

to Wilson• 2 afirma que a determinação do relacionamento Õtimo de

controle entre as correntes do campo e da armadura para ser obti

da a mâxima performance e altamente complexa e requer uma anâli­

se em computador.

A estratégia de controle normalmente adotada e a

de controles separados nas regi6es de controle de campo e de ar­

madura, de forma semelhante ao funcionamento em tração. A Figura

Page 43: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

32

(II.12) mostra tipicamente as regiões de controle para um motor/

gerador de excitação independente controlado pela estratégia men

cionada.

o ... u. < a: 1-

o •< ~ a: UJ z UJ <.O UJ a:

I QUADRANTE

- 114,i [Nm) Il2: QUADRANTE

f- CONTROLE+- CONTROLE ---, POR POR

ARMADURA CAMPO

Fig. (II. 12) - Regiões de controle por campo e armadura na tra­

çao e regeneração para um motor de corrente con­tinua com excitação independente

O esforço mecânico que e entregue pelo motor ãs ro­

das na tração ou devolvido das rodas ao gerador durante a regere~

neraçao passa pelo sistema de transmissão do veiculo.

As formas de concepções desses sistemas sao tambem

variadas.

Page 44: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

33

Gutberl et et ali i 4 3 fornecem o resulta do de compar~

çao de sistemas utilizando as transmissões mais comumente conhe­

cidas ,apl icãveis a veículos elétricos e híbridos:

- transmissão com redução fixa;

- transmissio com caixa de velocidades manual

- transmissão com conversor de torque sem caixa de velocidades;

transmissão com conversor de torque e caixa de velocidades au­

tomãtica;

transmissão de variação continua por correias trapezoidais.

Os resultados dessa anãlise estão resumidos na

Figura ( II.13), onde foram comparados custo inicial, autonomia

em trãfego de cidade e conforto operacional. O sistema com redu­

çio fixai cont1·ole totalmente eletr6nico foi a referencia para

os três itens de comparação.

A comparaçao entre esses sistemas deve ser feita

tendo em vista que o tipo de controlador utilizado em cada siste

ma influenciou os resultados e,portanto, se for feita uma modifi

caçio no sistema de controle do motor/gerador, os resultados de~

sa poderão ser a 1 terados.

Miersch 44 fez comparaçoes entre dois vei:culos, um

utilizando conversor de torque e controle por interligação de

bateriai e outro com caixa manual de 3 (tres) velocidades e o

Page 45: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

34

mesmo sistema de controle anterior. Embora suas conclusões nao

tenham sido completadas, ê indicada uma economia de energia em

favor do ultimo sistema.

N!. COMPOSIÇÃO

1 [E]-

2 [D-

4 ~ 5 ~ 6 lEKE1il--

DESCRIÇÃO

MOT. Exc. INDEP. CONTROLE ELETRONICO

-

MOT. EXC. SERIE CONTROLE ELETRONICO

MOT. EXC. INOEP. 1 CONTA. EMPOBRECIMENTO OE CAMPO P/

INTERLIG. BATERIAS,CONVERSOR OE TOROUE

MOT. EXC.JNDEP. 1 CONTROLE C HO PPER NA ARMADURA , TRANSMISSÃO DE VARIAÇÁo CONTINUA

MOT. EXC. INOEP.

CONTR. P/ EMPO"l3RECIMENTO DE CAMPO, ·CAJ' XA AUTOMATICA C/ CONVERSOR OE ·roRQUE

MOT. EXC. INDEP. CONTROLE P/ EMPOBREctMEN-10 DE CAMPO CAIXA MANUAL

! '?::"?I AUTONOMIA

1

CUSTO " "' ' CONFORTO .... ~-1 1 1 1 ><A V)

'

"

''

' 1 1 '· 1 /

1 /

,/ 'V 1 1 1

/

11

1

; ", li 1

11 1

~

/

j;

·Fig. ( II. 13) - Comparação entre sistemas de propulsão segundo

Gutberl et et ali i 4 3

Os resultados apresentados por Altendorf 45 estão

em acordo com os obtidos por Gutberlet et alii 43 em. uma compara­

ção de três tipos; o primeiro utilizando controle totalmente ele

trônico aplicado a um motor de excitação independente com redu­

ção fixa, o segundo utilizando conversor de torque com redução

fixa e controle por ''chopper'' no campo e contactares na armadu­

ra, e o terceiro possuindo caixa manual de quatro velocidades e

controle de campo por ''chópper'' transistorizado. Na sua aprecia-

Page 46: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

35

çao, levando em conta a eficiência dos sistemas, o primeiro apr!

sentou melhores resultados e o sistema com conversor de torque

apresentou os piores resultados.

Szajner et alii 46, em trabalho recente,indicam uma

melhoria do custo inicial do velculo,sem grande diminuição .. de

eficiênci~ pela utilização de conversor de torque com caixa auto

mãtica de três velocidades ao invês de motor com relação fixa e

controle totalmente eletrônico.

Griffith 47 e Ratcliff 48 propoem a utilização de

conversores de torque em veiculas elétricos.

Alguns pesquisadores defendem firmemente o uso de

caixa de velocidades ao invês da ligação direta com relação fixa

entre o motor e as rodas 2•

22•

26•

4 º. A caixa de velocidades perm!

te diminuir o torque do motor e assim favorecer o uso de motores

menores, alem de diminuir as correntes lidadas pelo controlador

ou retiradas das baterias"º. As perdas adicionais na transmissão

sao compensadas pelo aumento de eficiência resultante das meno­

res correntes lidadas pelo sistema elêtrico 22• À capacidade .de

vencer rampas e o desempenho em baixas velocidades sao substan­

cialmente melhorados com a utilização de caixa de velodidades.

Adicionalmente, sua utilização com motores/geradores de excita­

ção separada permite o funcionamento no regime de potência cons­

tante na maior faixa de velocidades do velculo posslvel 26 • Essa

caracterlstica ê extremamente favorãvel, pois tanto a potência

dispon1vel serã mãxima durante maior tempo de percurso, como as

Page 47: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

36

perdas induzidas pelo controlador de armadura serao evitadas nes

se regime.

Vãrios veicules elétricos jã foram construidos com

caixas de velocidades e têm apresentado resultados favorã-

veis2,2a,41,lj.3,i.9-s1.

O motor de combustão utilizado como fonte auxiliar

de potência para um sistema híbrido poderã, alem dos modelos

avançados,não comerciais,para utilização veicular,tais como os

motores Stirling 2, ser um motor convencional a ciclo Otto ou Die

A aplicação do grupo gerado~ em sistemas ''SHS'' de-

vera ser feita com o motor de combustão trabalhando em regime

de baixo consumo. Esse regime deverã ser de rotação constante,

na rotação de menor consumo, ou de potência constante tambem em

regime de mínimo consumo 2•

7•

12•

52• O controle do motor de combus

tão por potência constante encontra problemas de realização prã-

tica tornando o sistema por controle de rotação o mais utiliza

do nos veicules híbridos jã construidos 7 • 8 , 49 , 52 •

O relacionamento entre consumo especifico de c6m1

bustivel e potência relativa (relação entre a potência de saida

e a potência mãxima do motor) e rotação do motor poderã ser de­

terminado a partir de dados de fabricantes ou de bibliografia 9!

ral, sem apresentar grandes variações, desde que sejam consider~

das características do motor tais como: ciclo termodinâmico, ti-

Page 48: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

37

pode alimentaçio, velocidade mêdia do pistio, tipo de cabeçote,

taxa de compressão, regeneração de calor e tipo de refrigeraçio 7•

Segundo Roan 7•

52 a influência, para uma rotaçio fi­

xa do motor, da potência fornecida sobre o consumo especifico de

combustível ê enorme, portanto, para uma utilizaçio eficiente des

se sistema ê preciso que ele trabalhe o maior tempo possível nas

vizinhanças da potência de consumo mínimo. Para o motor diesel ti

pico a potência deverã permanecer entre 75% e 95%. O comportamen­

to de motores a gasolina ê consideravelmente semelhante ao motor

diésel no que diz respeito a sua variação de consumo especifico.

Entretanto o ponto de mínimo consumo, conforme mostrado por

Sheridan et alii 54, fica na:fiaixa de 30% a 50% da potência mãxi­

ma.

Para aplicações em sistemas ''SHP'' o consumo do mo­

tor de combustão deverá ser obtido a partir de um mapeamento re­

lacionando as três grandezas: consumo especifico, rotação e potên-

eia. Brusaglino 11,

13 e Sheridan et alii 54 fornecem

para um motor diesel e a gasolina respectivamente.

mapeamentos

Um alternador trifãsico tem sido utilizado nas apl.!_

caçoes em sistemas "SHS" desse tipo (motor de combustão-baterias)

e essa escolha aparece com unanimidade 7•

8•

49•

52•

Page 49: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

38

11.4 - MODELAGENS EXISTENTES

11.4.1 - Considerações Gerais

O equacionamento de um veiculo hibrido e dos seus

componentes de tração e controle encontra-se disperso na biblio­

grafia consultada. A filosofia de modelagem ê variãvel de autor

para autor, alguns dando ênfase a certos itens do veiculo, tra­

tando os demais com importancia secundãria, e outros somente se

referindo a alguns desses itens. Esses estudos foram feitos por

Roan 7, Rowland 33

, Van Dongen 55, Brusaglino 56

, Gorlach 57, lialz 58

,

White 59, Nelson et alii 60

, Silvares et alii 61, Kostopoulos 62 e

Margrain 63; onde somente o trabalho de Roan 7 se refere a um vei­

culo hibrido.

Outros estudos se referem especificamente aos com­

ponentes utilizados em veiculos elêtricos e hibridos. Podem ser

mencionados neste caso os trabalhos de Murphy 21, Putkovich et

alii 22, Kasama et alii 30

, Kleckner 32, Szajner et alii 46 , Sheri­

dan et alii 54, Blair 64

, Kruger 65, den Ouden et alii 66 , Sparks 67 ,

Kassekert et alii 67 e Kusk6 69•

A dinâmica do veiculo e o equacionamento dos comp~

nentes internos do sistema de transmissão e descrito por Arta-

monov et alii 70• Russel 71 e Stafford 72

'73 fornecem estudos de

talhados sobre a aerodinâmica do veiculo e seu equacionamento.

Page 50: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

39

Todos os equacionamentos utilizados foram desenvol

vidos para regime permanente.

II.4.2 - Modelagem do Veiculo e Transmissio

O equacionamento dos esforços aerodinâmico de ace­

leração e de rampa ê descrito de maneira idêntica nos estudos

anteriormente mencionados. Entretanto a determinação de uma rela

ção para a quantificação dos esforços de rolamento apresenta di-

vergências. Embora seja unânime o reconhecimento da influência

do peso do veiculo sobre o esforço de rolamento, alguns sugerem

a influêniia linear da velocidade do veiculo 7'

56, outros propoem

uma influência com o quadrado da velocidade 59•

7 ºeóutros desprezam

essa influência 46•

57•

48•

63• Lundsgaard 74 mostra que hã variação

em função da velocidade e essa variação ê função do tipo de pneu

utilizado, entretanto, para as velocidades normalmente atingidas

por um veiculo elêtrico o efeito da velocidade poderã ser despr!

zado.

As perdas em transmissões convencionais devidas a

atritos e bombeamento hidrãulico sio equacionadas por Artamonov

et alii 70•

Szajner,et alii 46 apresenta o equacionamento dos

parâmetros de entrada e sa1da para transmiss5es com conversor de

torque.

A modificação de peso de um veiculo pela mudança

do sistema propulsor ê avaliada por uma relação existente no es-

Page 51: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

40

tudo do Jet Propulsion Laboratory 2•

II.4.3 - Modelagem do Motor/Gerador Elêtrico

O equacionamento do motor/gerador do sistema de

tração e subdividido em duas etapas. A primeira ê a determinação

das grandezas de estado, isto ê, voltagens e correntes existen­

tes no seu circuito e a segunda ê a estimativa das perdas :eiis­

tentes ou eficiência para as grandezas de estado determinadas.

Murphy 21 analisa os motores de corrente continua

com excitação em sêrie e com excitação independente, atravês de

equaç5es baseadas no circuito teõrico de motor e admitindo are­

lação linear entre fluxo de campo e corrente de excitação no

regime não saturado. Van Dongen 55 fez anãlise semelhante para mo

tores de excitação independente.

Nelson et alii 60 sugeremumtabelamento das três

grandezas, voltagem, torque e rotação para um motor com excita­

ção em sêrie. Roan 7 sugere uma relação empirica interrelacionan~­

do a rotação e potência com a eficiência global de um motor de

excit,,ção independente.

White 59 faz a quantificação das perdas separadame~

te, em perdas rotacionais e elêtricas, utilizando equações ge­

rais com a determinação de coeficientes por ensaios no motor.

Gorlach 57 sugere procedimento semelhante, utilizando equações di

ferentes das sugeridas por White 59 •

Page 52: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

41

Walz 58 propoe o equacionamento das perdas Õhmicas

no motor atravês de relações ajustadas de motores usuais. A de­

terminação de eficiência do motor ê feita por relações entre a

corrente de armadura e potência mecânica.

A quantificação das perdas adicionais i ndtiz idas

no motor pelo uso de ''chopper'' ê proposta por Kasama et alii 30•

Suas equações sao originalmente aplicâveis para a regeneraçao

em motores de excitação independente. Nelson et alii 60 propoem

tambem, um relacionamento para determinar as perdas induzidas

pelo controlador ''chopper" em um motor com excitação independe~

te.

II.4.4 - Modelagem do Controlador

Os procedimentos de modelagem sugeridos para es­

se item sao variados.

Alguns trabalhos foram desenvolvidos tomando-se a

relação entre a potência de salda e a potência de entrada como

sendo constante. Esse procedimento é encontrado nos trabalhos de

Szajner et alii" 6, Van Dongen 55

, Walz 58 e Margrain 63 •

Putkovich e Prines 22 relacionam a eficiência do

controlador com a corrente média de salda e a queda de voltagem

no tiristor do circuito principal.

Gorlach 57 sugere uma relação para a determinação

das perdas no controlador em função da corrente média e da fre-

Page 53: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

42

qÜência do "chopper". r sugerida, tambêm, no seu trabalho, uma

relação para determinação dessa freqüência em função do fator

de serviço do controlador (periodo e largura de pulsos variã­

veis) para um "chopper" de saida Ünica.

Uma forma para a determinação das perdas nos con

troladores de campo e armadura, durante a regeneração, e apre­

sentada por Kasama et alii 30• Nesse equacionamento são levadas

em consideração tanto as grandezas de saida, tais como a cor­

rente mêdia e a freqüência do ''chopper'', quanto grandezas in­

ternas do controlador (quedas de voltagem no circuito princi­

pal, e de comutação) calculadas para a corrente medi a que sai

do controlador. Grandezas do capacitor de comutação são tambêm

levadas em conta no equacionamento sugerido por Kasama et

alii'º.

Nelson et alii 60 apresentam o relacionamento en­

tre as perdas existentes no controlador e as grandezas de tor­

que e velocidade no motor elêtrico.

Dubey 75 sugere uma forma para a determinação do

valor da indutância, em sêrie com a armadura, para motor de

excitação independente, quando aplicado com um controlador

"chopper".

Page 54: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

43

II.4.5 - Modelagem das Baterias

A modelagem das baterias compreende a avaliação

das suas grandezas de estado para as condições de carga ou des

carga em que se encontra.

Roan 7 sugere um equacionamento linear para a de­

terminação da voltagem das baterias e a avaliação de sua efi­

ciência de carga ou descarga.

Kleckner 32 apresenta um processo para determina­

çao das grandezas de estado de baterias chumbo-ãcidas e Ni-Cd;

quando submetidas a descargas com correntes variadas. Tal pro­

cesso e vãlido para modelos onde as grandezas são avaliadas em

periodos discretos de tempo. O seu processo utiliza a f4nção

Gaussiana de erro no equacionamento.

Uma maneira mais detalhada dos cãlculos das gra~

dezas de estado e da forma de adição ou subtração de carga das

baterias e apresentada por White 59• Sua metodologia de avalia­

ção da voltagem nos terminais das baterias faz uso de relacio­

namentos lineares entre corrente e estado de carga, auxiliada

por uma modelagem a partir de um circuito de Thevenin. A deter

minação do estado de carga, para cada intervalo de cãlculo, e

feita por relações que l,evam em consideração as correntes de

carga ou descarga e a eficiência de carga/descarga das bate­

rias.

Page 55: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

44

Nelson et alii 60 sugerem a avaliação da voltagem

das baterias atravês de tabelamento de resultados reais das

baterias. O tabelamento ê feito para a carga e descarga. O mo­

do como ê feita a adição ou retinada de carga das baterias nao

ê mencionado, entretanto, o procedimento para determinar a in­

fluencia da corrente de descarga sobre o estado de carga da ba

teria ê descrito de maneira semelhante ao de White 58•

Den Ouden 66 apresenta o equacionamento do pr9ce~

so de descarga das baterias a partir de anãlise experimental e

formulação emplrica, aplicãvel is descargas de. baterias de tra

ção em velculos elêtricos.

Kruger e Barnick 65 fazem anãlise das influências

de fatores tais como temperatura, corrente, estado de carga,

concentração do eletr6lito e idade das baterias sobre suas ca­

racterlsticas de desempehho. Sugerem o desenvolvimento poste­

rior de equações mais abrangentes para o interrelacionamento

desses fatores.

Sparks 67 apresenta resultados experimentais obti

dos no processo de carga rãpida em baterias chumbo-ãcidas.

Menga 76 indica valores de eficiência de carga/

descarga de baterias sob condições de tração veicular, medidas

em ensaios durante rodagem. Seus valores se encontram na faixa

de 0,65 a 0,70.

Page 56: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

45

Burrows 77 fornece curvas de variação da densida-

de de potência e da resistência interna de baterias chumbo-

ãcidas em função da profundidade de descarga dessas baterias.

II.4.6 - Modelagem do Grupo Gerador

Roan 7'

52 propoe o equacionamento do grupo gera­

dor para regime de rotação constante na rotação de menor consu

mo. O motor de combustão e modelado atravês de uma curva bi-di

mensional de variação do consumo especifico em função da potê~

eia relativa (potência saida/potência mãxima). Uma forma da

relação analitica para esse equacionamento e apresentado nos

seus traba]·hos. A eficiência do alternador e ad~itida constan­

te. A Figura (II.14 )apresenta as formas das curvas que podem,

segundo Roan 7•

52, ser utilizadas para o relacionamento do con­

sumo especifico com a potência do motor de combustão, a ciclo

Diesel.

Sheridan et alii 5' fornecem resultados de consu­

mo especifico referentes a vãrios motores de combustão a ciclo

Otto, obtidos em ensaios. A Figura (II.15) mostra alguns des­

ses resultados para 3 (três) motores de potências ffiã~imas di

ferentes.

Page 57: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

z 0.43

3: "' ' CI 0.37

"' m

0.31 :I! o u

ú ILI 0.25 a. "' ILI

ui 0.19 z o u

IO 20

'

30 40 50

46

o - APROXIMADO OE DADOS DE BIBLIOGRAFIA GERAL

e - EXPERIMENTAL (JOHN !OEERE 4219 'DIESEL)

60 70 80 90

RELAÇÁO (POT. /POT. MÁX) x 100

100

Fig. (II.14) - Curvas de consumo especifico de motor Diesel se

gundo Roan 7,' 52

~ ' 1.0

, 3:

" • ~ o.e "' • " ' 0.6 º• 1D o.s KWmóx ' :I! o 0.4

I: n 1 ••• u • , • • • • o '

l;Í 03 li •• li •• o, a.

"' ILI o.2

u; z 8

2 3 • 6 8 10 15 30 40 60 1D IOO

RELAÇÃO (POT./ Par. MÁX) x 100

Fig. (II.15) - Curvas de consumo especifico para 3 (três) mot~ resa ciclo Otto, segundo Sheridan et alii 54

Page 58: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

47

Mapeamentos das três quantidades: consumo especl

fico, potência e rotação do motor, são fornecidos por Brusa-

glino11•13 e Radtke 78 aplicãveis aos motores utilizados por

eles em seus estudos. O mapa fornecido por Radtke 78 ê composto

9e pontos interpolados linearmente entre os pontos tabelados

caracteristicos e se presta ã simulação analôgica-digital de

consumo e emissão poluentes de veiculos convencionais.

II.4.7 - Ciclos de Movimento

Os citlos de ·movimento determinam as necessida­

des de desempenho, autonomia e consumo, entre outras, exigidas

do veiculo que estã sendo estudada.

O ciclo de movimento se compoe de uma curva pe­

riódica de velocidade em função do tempo a que o veiculo deve

ra atender a cada instante. Dessa forma, a uniformidade de

solicitações durante a rodagem do veiculo, necessãria a uma

comparação entre sistemas de propulsão, ê estabelecida.

Roan 7 utilizou, em seu estudo, ciclos que se

aproximavam das condições reais a que o seu veiculo, em parti­

culàr, teria de enfrentar. Esses ciclos tinham velocidades de

atê 15,5 m/s (56 kw/h) e cerca de 4 (quatro) paradas por quil~

metro.

Liles e Fetterman 79 apresentam estudo comparati­

vo sobre ciclos de movimento e ressaltam a importãncia da esco

Page 59: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

48

lha correta do ciclo, como sendo a melhor ferramenta para estu

dos analiticos de veiculos elétricos e sua otimização.

Estudo semelhante foi feito por Harhay e Bozekªº,

comparando vãrios ciclos e os resultados obtidos a partir de

alguns veiculos.

Uma tentativa de padronizar condições de compar~

çao de desempenho de veiculos elétricos e apresentada pela

SAE 81 {Society of Automotive Engineers) dos EUA onde são suge­

ridos vãrios ciclos para simulação e ensaios de veiculos elé­

tricos em d~versas formas de utilização.

A Figura (II.16) mostra a forma geral dos ciclos

sugeridos pela SAE 81, onde os periodos de tempo indicados sao

variãveis para cada tipo de utilização do veiculo e estão lis­

tados na Tabela (II.l).

Nesta figura ~s seguintes identificações devem

ser feitas:

TAC - periodo de aceleração [s[

TV st - periodo de velocidade constante [si • c on .

TDES - periodo de desaceleração (veiculo solto) [si

TFR - periodo de frenagem [si

Tp - periodo de veiculo parado [si

T - periodo total do ciclo [si

Page 60: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

,.

g ::>

'~ w > o o w o g ü o ..J w >

49

T

CICLO DE MOVIMENTO SAE J 227 o

Fig. (II.16) - Ciclo de movimento SAE J227a

·,

Tàbela (II.l) - Definição dos ciclos padrão SAE J227a

TIPO A B e

V 16±1 ,5 km/h 32 ± l , 5 km/h 48±1 ,5 km/h 72±1 ,5

TA e( s) 4±1 19±1 l 8±2 28±2

Tvc (s) o l 9 ± l 20±1 50±2

ToEs(s) 2 ± l 4 ± l 8±1 l O± l

TFR(s) 3±1 5 ± l 9±1 9±1

if p( s ) 30±2 25±2 25±2 25±2

T( s ) 39±2 72±2 80±2 l 2 2 ;z

D

km/h

Page 61: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

50

CAPiTULO III

FUNDAMENTOS TEÕR!COS

III. l - CONSIDERAÇÕES GERAIS

Dentre as formas de equacionamento descritas na

bibliografia consultada, várias poderiam ter sido utilizadas. En

tretanto ,o critêrio para a escolha das formas de modelagem que

compuseram as bases teóricas deste trabalno foi de obter formas

de equacionamento que pudessem, com mais facilidade, ser impla~­

tadas em um processo computacional. Outro critêrio utilizado foi

o de tratar cada modelo· com o r.iaior detal hamento possível, e desta

forma quantificar não sõ grandezas de entrada e saída.mas; tam­

bêm, permitir acesso a alguns valores internos de cada componen­

te. Desta forma, preferiu-se a determinação de perdas calculadas

a partir de um numero maior de dados ao invês de mapeamento de

eficiência, relacionando grandezas de entrada e saída.

Adicionalmente, o equacionamento foi procedido,

tendo-se em vista a obtenção dos dados necessários a partir de

valores normalmente fornecidos por testes usuais e ou pelos fa­

bricantes dos componentes analisados.

III. 2 - EQUAÇÕES .DO VEiCULO

Foram utilizadas, neste item, as equaçoes sugeri­

das por Artamonov et alii 70, determinadas para fornecer o valor

Page 62: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

51

numérico dos esforços exteriores e inerciais que agem sobre o

veiculo trafegando em uma pitta em boas condições de superfTcie.

Para possibilitar relacionamentos algebricos en-

tre esses esforços, todos eles foram reduzidos a periferia das

rodas, admitindo nessa análise como totalmente concentrado em

uma roda.

Esses esforços podem ser subdivididos em 5 (cinco)

grupos:

- Esforço devido a inclinação da pista (rampa);

- Esforço devido a deformações da pista/rodas (rolamento);

• Esforço devido a açao aerodinãmica;

- Esforço inercial de aceleração;

- Esforço equivalente das perdas na transmissão.

111.2.l - Esforço Devido a Inclinação da Pista

As estradas nunca apresentam um perfil perfeita-

mente plano, ao contrário, todas as estradas apresentam ''subi-

das'' e ''descidas" ao longo de qualquer trajeto. Essas inclina-

ções, geralmente não sao muito acentuadas, nunca excedendo 10°.

A força que age sobre o veiculo em uma rampa eco

nhecida da Fisica e tem seu valor, para um veiculo de peso li p li

V

Page 63: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

52

(III.l)

onde: a e o ãngul o de inclinação da rampa J O J

111.2.2 - Esforço de Rolamento

Esse esforço aparece devido a 4 (quatro) fatores:

- Deformação dos pneus;

- Deformação da pista (local);

- Atritos entre os pneus e a estrada;

- Atritos nos rolamentos das rodas.

A contribuição da deformação dos pneus e da pista

e indiscutivelmente mais importante 70•

A quantificação do efeito da resistência ao rola­

mento e dada de forma simplificada:

FR = fr. Pv. cosa JNJ (III.2)

onde: fr e o coeficiente de resistência ao rolamento para o sis­

tema pneu/pista.

O coeficiente ''f '' varia com o tipo de pneumãtico r

utilizado, tipo da pista, temperatura do pneumãtico e velocidade

do veiculo 70 •

Page 64: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

53

Uma das expressoes que relacionam o valor de ''f" . r .. com a velocidade do veiculo e dada por 70

:

V 2

fr = fr (l + ~V-) O 1500

(III.3)

onde: f + coeficiente de resistência ao rolamento a baixa velo ro cidade, medido a 14 m/s

Vv + velocidade do veiculo lm/sl

A Figura (III. l) mostra comparativamente o efeito

do tipo de pneu utilizado e da velocidade sobre o coeficiente de

résistência ao rolamento.

O valor de

caem torno de 0,013.

para um pneu radial calibrado fi

III.2.3 - Esforço Devido a Ação Aerodinâmica

A açao de resistência aerodinâmica sobre um vei­

culo se manifesta de vãrias formas distintas:

- Resistência normal â ãrea frontal do veiculo;

- Resistência de levantamento do veiculo ("l ift") criada pela d.!_

ferença de pressões entre a parte superior e inferior do veicu

1 o ;

Resistência de atrito viscoso nas camadas mais prõximas a su­

perficie externa do veiculo;

Page 65: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

54

- Resistência criada pelas turbulências nas arestas e partes pr~

tuberantes do veiculo.

o .... z w ::;

"' ...J o o:

0.03 o

"' ~ 0.02 üi li! O.OI

PNBJ DIAGONAL (PEO.RÁIO)

__/

/PNEU RADIAL (PEQ. RÁIO)

/- _PNEU RADIAL COMUM

;;;;;;;;~:::::::::::::::::::-------, ..... EU DE OORRIDA (PEO, RÁtO)

w o

"' w 8

-28 56

VELDCIDAOC DO VEÍCULO ( M/5)

Fig. (111.l) - Variação do coeficiente de resistência ao rolamen to com a velocidade

Uma anâlise te6rica quantitativa para um veiculo

de rua ou estrada, dada ã complexidade de suas formas, se torna

impraticâvel.

A avaliação do efeito aerodinâmico e determinado

em ensaios e simplificada por um valor global caracteristico pa­

ra cada veiculo em questão.

Page 66: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

55

A expressao que aval ia o efeito aerodinâmico so-

bre um veiculo trafegando a uma velocidade •vRei'' em relação a

velocidade do ar é:

(III.4)

onde: p - massa especifica do ar nas condições ambientes de tem

peratura e pressão I kg/m' I

A F - ã r e a fronta 1 d o v e i cu 1 o I m 2 1

CA - coeficiente (adimensional) global da resistência aero

dinâmica para o veiculo.

O valor de 11 A 11

F ê calculado a partir de desenhos

de protõtipo ou fornecido pelo fabricante do veiculo jã existen­

te.

III.2.4 - Esforço de Ac~leração do Veiculo

Quando o veiculo acelera o seu movimento, as par­

tes internas que estão gerando ou transmitindo o torque necessã­

rio sofrem uma variação de velocidade angular que, dependendo das

suas caracteristicas de inercia e da relação de transmissão en­

tres essas e a roda motriz, poderão absorver boa parte do torque

motor. Sendo assim, e necessãrio levar em consideração as massas

rotativas, juntamente com a massa translacional do veiculo.

Page 67: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

56

A expressao que avalia esse efeito em forma de es

forço na periferia da roda e:

onde:

n .. r. d V V FD = Mv.+ I I.(-1) 1 N 1

i = 1 1 R dt R

(III.5)

My - massa do veiculo 1 k ç t

r. - momento de in~rcia do elemento rotativo i [kg.m"I 1

r. - relação de transmissão total entre o elemento e aro-1

da de tração

RR - raio da, roda 1ml

Verifica-se, da relação acima, que o uso de trans

missão mais compacta, rodas mais leves e a localização do mótor

o mais prõximo possivel das rodas, são cuidados aconsel hãvei s

não sã para eliminar a massa translacional do veiculo, mas, para

diminuir o efeito de massas rotativas.

A expressao ( II I.5) poderã ser simplificada pç1ra·,.

dVV INI F D = À • My • dt

(III.6)

onde: >. - fator de massas rotativas

O fator 11 >. 11 depende do tipo de motor, transmissão

e rodas do veiculo e estã compreendido na faixa 1,06 a 1,45 55 •

Page 68: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

57

Roan 7 sugere o valor 1.10 para um ve'ículo com acio

namento elêtrico.

III-2.5 - Esforço Equivalente das Perdas na Transmissã~

A potência do motor de tração ê transmitida atê as

rodas motrjies atravês do sistema de transmissão. Dessa forma,a!

guma parte da potência ê perdida sob a forma de atritos entre

os dentes das engrenagens da caixa de transmissão e diferencial

(caso aplicãvel ), reduções, perdas flu'ídas nos mancais ou conver

sores hidrodinâmicas de torque (caso apl icãvel) e dos dentes das

engrenagens se chocando contra o õleo lubrificante.

Esse esforço extra que a fonte motriz terã de

fornecer ,poderã ser descrito por um torque resistente de perdas:

(III.7)

onde: MTR ~ torque total equivalente, reduzido ã roda motriz, 9!

rado por perdas no sistema de transmissão IN.m 1

MAt - torque equivalente, reduzido ã roda motriz, gerado

por atritos nos dentes de engrenagens e juntas (uni­

versais ou homocinêticas) IN,m 1

MHid - torque equivalente, reduzido ã roda motr:iz, gerado

por perdas hidrãul icas no sistema de transmissão \N.m \

Page 69: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

58

O valor de "MAt" ,pode ser assumido como sendo di-

retamente proporcional ao torque transmitido pelo sistema de

transmissão e independente da velocidade de rotação das partes.

Uma expressao para esse torque tem a foríl1a:

MA t = Mm . r . ( 1 - X ) j N . m j {III.8)

onde: Mm - torque no eixo do motor jN.ml

r - relação de transmissão total do sistema

x - coeficiente de transmissão

O valor de ''x'' depende da configuração, naquele

momento, do sistema de transmissão e pode ser determinado, para

um veiculo com tração em duas rodas, pela expressao:

a b c X= 0,98 . 0,97 . 0,99 {III.9)

onde: a - numero de pares ativos de engrenagens cilindricas

b - numero de pares ativos de engrenagens cônicas, hipõi-

des ou espirais

c - numero de pares de juntas existentes (universais ou

homocinêticas) transmitindo torque.

O valor de "M " n· a Hid ' ausência de dados experime~

tais aplicãveis, pode ser avaliado pela expressão:

Page 70: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

59

-1 = (2 + 0,09 Vyl . Pv. RR. 10 IN.ml

(III.10)

A força equivalente, da perda, e determinada por:

( N ) (III.11)

Em casos onde for empregado um sistema hidrodinâ­

mico de transmissão, dever-se-â utilizar os dados do fabricante

para a avaliação das perdas, visto que qualquer tentativa de ge­

neralização do seu comportamento poderá se incorrer em desvios

sensíveis.

III.2.6 - Esforço Total Sobre o Veiculo

O esforço resistente total sobre o veiculo sera

dado pela soma de seus valores parciais:

(III.12)

III.3 - EQUAÇ~O DE MODIFICAÇÃO DO PESO DO VETCULO

Ao ser modificado o peso do motor em um veiculo

convencional, deverã ser levada em conta, tamb;m, a influincia

que essa modificação acarretará sobre os outros õrgãos do veicu­

lo, tendo em vista a acomodação do novo motor. Uma variação nos

pesos da estrutura, suspensao, rodas e pneus, transmissão, sist~

ma de resfriamento, sistema de descarga e tanque de combustível

Page 71: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

60

devem ser esperadas.

Para descrever esse éféito, faz-se uso do ''fator

de propagaçao de peso" (F.P.P.).

Algumas considerações devem ser feitas antes da

introdução quantitativa do F.P.P.

Inicialmente, é admitido que os veiculas assim tn~

tados estão projetados no mesmo grau de otimização. Isso não e

o que efetivamente acontece na produção corrente de veiculas, ou

seja, na grande maioria dos casos de produção de veiculas, esses

sao feitos para acomodar não somente 1 (um) sistPma propulsivo,

mas uma quantidade mai,or (2 ou mais) e essas variações nao mo

dificam a estrutura bãsica do veículo. Dessa forma é obtida uma

economia grande no que diz respeito ao custo de produção.

A relação aqui descrita 2 leva em conta os :'dois

efeitos separadamente, ou seja, o efeito ocasionado simplesmente

pela mudança do peso do motor e o efeito sobre as demais partes

do veiculo ocasionada pela sua variação de potência.

Tal relação e descrita a seguir:

P V = P V { l + O , O 4 5 1 ( P M / P M ) - 1 1 } + l , 2 2 ( P M - P M ) .. , 1 N ,1

1 D l O l O (III.13)

onde:

Page 72: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

PV -l

PV -o

PM -l

PM -o

PM -l

PM -o

61

peso do veiculo modificado 1 N 1

peso do veiculo inicial 1 N 1

potência mãxima do sistema de propulsão

dificado 1 w 1

potência mãxima do sistema de propulsão

inicial 1 wl

peso total do sistema de propulsão mais

do veiculo modificado 1 N 1

peso total do sistema de,,pr,opul são mais

do veiculo inicial 1 N 1

A determinação do F.P.P. e dada por:

F.P.P. =

PV o

II I.4 - EQUAÇTI'ES DO MOTOR/GERADOR

do veiculo mo

do veiculo

transmissão

transmissão

(III.14)

A anãl ise dos motores el êtricos com excitação in­

dependente foi subdivida em duas etapas:

- Determinação das equaçoes de relacionamento das grandezas elé­

tricas, baseadas em circuito.;teõrico.

- Determinação das perdas existentes no motor seguindo equaçoes

ajustadas de valores experimentais.

Page 73: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

62

A Figura (111.2) most1·a o esquema eletrico utili­

zado para o equacionamento do motor.

r.-+

LA

VM fl.\ Rc Lc

+ ~; VÂ.

Fig. (111.2) - Esquema do motor de excitação independente

A presente anãlise se .baseia em estudo apresenta­

do por Murphy 21, e se aplica a motores equipados com interpolas

e enrolamentos de compensação.

A partir do esquema apresentado na Figura (111.2)

podemos escrever as equaçoes fundamentais para os circuitos:

d. Lc

1 c + Rc ic [ V [ vc = . dt

(111.15)

di vm La

a + Ra ia + [ V [ = . V a dt

(111.16)

e tambem' sabe-se que:

[ V [ (III.17)

Page 74: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

63

T = Kt . <l> c 1 N. m 1 (III.18)

onde: vc - voltagem aplicada no circuito de campo IVI

Lc - indutância do enrolamento de campo IHI

ic corrente elêtrica do circuito de campo IAI

Rc - resistência Õhmica do circuito de campo lal

vm - voltagem aplic;;da aos terminais do motor I VI

La - indutância equivalente do circuito de armadura IHI

ia corrente elêtrica no circuito da armadura IAI

Ra - resistência Õhmica equivalente do circuito da armadu

ra I íl 1

va - voltagem contra eletro-motriz gerada no enrolamento da

armadura IV 1

K<l> -· constante de voltagem do motor IV/lfü.s- 11

N --velocidade angular do motor lrd/sl

<l>c - fluxo magnêtico no enrolamento de campo INbl

T - torque (interno) no motor IN.ml

Kt - constante de torque do motor IN.m/A.Wb. 1

Fazendo-se a hipõtese para regime permanente:

Page 75: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

64

i ; I a a (III.19)

(III.20)

i ; I c c (III.21)

as equaçoes anteriores ficam:

(III.22)

(III.23)

(III.24)

Os valores de Ice ~c sao relacionados pela curova

de magnetização caracteristica do motor:

(III.25)

Uma equaçao para "r 1" foi determinada, pelo me todo

dos minimos quadrados, a partir de dados experimentais de tres

motores de fabricação nacional

(III.26)

O grãfico da Figura (III.3} mostra a comparação

entre os valores ajustados por essa equação aplicada aos dados

de um dos motores (16 kw). Verifica-se a boa ajustagem encontrada.

Page 76: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

65

Lf()l;N!llh

s. JS.O KM _.._ EXl'fAJ"tH.

" AJUSrnoo

8 o

8 •

-g ' • • ·•

;;; ,. 9 .,. !,! ... ~s

8

8 ~

'Cij.oo o.,o o.ao 1.20 i.so 2.00 2 • .,0 2.eo 3.20 s.so 11.o~ ·C(lRRENTE IAl

Fig. (III.3) - Curva de magnetizaçio - Comparaçio entre os valo­res ajustados e experimentais

O relacionamento de "I '' com ''V'' tambêm foi obti c e _

do a partir de ajustagem de dados experimentais para os três mo-

tores mencionados.

A equaçao utilizada para esse relacionamento V = - - c

= g(Ic), foi:

(III.27)

Page 77: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

66

A Figura ( I!I.4) apresenta os valores ajustados e

experimentais para o motor de 16 kw.

"-lo.O!'iH -~- EXFEIIIIIE~. ,. ~JLISlAD:I

Fig. (III.4) - Relacionamento Ice Vc - Comparação de valores ex perimentais com valores ajustados

Dessa forma, a partir das equações fundamentais ,

foram determinadas as relações usadas nas duas regiões de contra

ledo motor: campo e armadura.

Page 78: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

67

Durante o controle por voltagem da armadura, as

equações.seguintes foram utilizadas:

Ic = I / A 1 (III.28) cnom

vc = V cnom

/V/ (III.29)

<li c = q, cnom

/Wb/ (III.30)

e, portanto:

/ A/ (III.31)

/V/ {III.32)

/V/ (III.33)

Durante o controle por voltagem de campo, as se­

guintes equações foram usadas:

/V/ {III.34)

( l + / Wb 1 (III.35)

r· 1 AI (III.36)

Page 79: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

68

1 V 1 (III.37)

onde: VBAT - voltagem nominal das baterias IVI

E :

(III.38)

(III.39)

A determinação das perdas rotacionais e magnéti=

cas foi feita segundo forma de equação sugerida por White 59, com

os coeficientes sendo obtidos a parttr de dados experimentais aju! 1

tados:

1 wl ( II I.40)

onde: FRA - fator de amplificação de perdas, na armadura,que le­

va em conta a influencia das perdas induzidas pelo

"chopper" sobre o motor"gerad.or

A1 , A2 , A3 , A4 - coeficientes.ajustados a partir de dados

experimentais do motor.

A Figura {III.5) mostra, comparativamente, os va­

lores experimentais e ajustados para o motor de 16.0 kw

Page 80: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

69

LEGENnfi,

:.;.O ~11

•fl.- EXPEJllllEN,

" P..JtJSTAO:l

Fig. (III.5) - .P~rdas rotacionais e magnãticas no motor - Compa­ração entre pontos experimentais e ajustados

O fator de perdas na armadura (''FpA") foi sugeri­

do por Kasama et ali i 30 e se a.plica a motores de corrente conti­

nua controladas por ''chopper''. Sua definição ã a seguinte:

l ]J 2

+ 6

(III.41)

onde: JJ e definido pela Figura (III.6).

Page 81: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

J Imin

t

70

)l= Imax - Imin Imax +·Imin

Fig. (III.6) - Definição do fator de pulsação

As correntes Imãx e Imin correspondem a corrente

na armadura do motor.

7 5 Uma expressao analitica paraµ e dada por Dubey:

µ =

-T /T

(1 - e L c

- l f T _ e T c

(III.42) - l

onde: TL - periodo ligado do pulso do "bhopper" !si

'c - constante de tempo do circuito de armadura !si

TT - periodo total do pulso de "chopper" [si

Kazama et alii 3 ~ambêm sugerem um fator de perdas

para o indutor em serie com a armadura ,utilizado conjuntamente com

o motor de excitação independente:

-µ2

= l + 3

(III.43)

Page 82: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

71

As demais perdas õhmicas no motor são calculadas

através de relaç6es jã conhecidas:

Perdas Õhmicas na armadura:

PA = F p A • R A . I ! 1 w 1 (III.44)

Perdas Õhmicas no indutor serie:

1 wl (III.45)

Perdas Õhmicas no enrolamento de campo:

1 wl (III.46)

III.5 - EQUAÇÕES DO CONTROLADOR

O equacionamento do controlador e fornecido por

Kasama et .;l ii 30 e se refere ã detetminação das perdas internas

existentes, durante a regeneração,para o circuito mostrado na

Figura (111.7). O processo de cãlculo por eles sugerido foi ex­

trapolado para a tração.

Durante a regeneraçao, temos para o controlador de

armadura:

1 wl (11I.47i)

Page 83: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

onde: KA

72

- fator de atenuação da voltagem do capacitor

comutação

de

CA - capacitãncia do capaCitor de comutação lµFI

VCA - voltagem nominal do capacitor de comutação !VI

fCA - frequência do "chópper'' !Hzl

fator de serviço TL

TT

- queda de voltagem (ã frente) no tiristor TR 2 a

' corrente Ia IV 1

VTR 1 - queda de voltagem ( a rê) no tiristor TR 1 a cor-F

rente Ia 1 V 1

VTR3 - queda de voltagem (ã frente) no tiristor TR 3 a F

corrente Ia 1 V 1

Durante a tração, teremos para o controlador da

armadura:

1 wl (111.48)

onde: VTRl - queda de voltagem (ã frente) no tiristor IR 1 A F

corrente Ia !VI

V0 - queda de voltagem no diodo D1 a corrente Ia IVI 1

O equacionamento das perdas no controlador de

campo e procedido atravês de equação anãloga a equação(III.48),

com os valores envolvidos sendo pertinentes ao circuito de cam po.

Page 84: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

73

+ ( 1 -a) voe l

(III.49)

onde: Kc - fator de atenuação da voltagem do capacitar

comutação

ec - capacitância do capacitar de comutação JµFJ

Vcc - voltagem nominal do capacitar de comutaçio JvJ

ªc fator de serviço

de

- queda de voltagem no tiristor TRCl a

Ia J V J

corrente

v0e - queda de voltagem no diodo o1 a corrente I2 J V J l

T 1 1

:BATERIA -'--

·cHOPPER" PRINCIPAL

... ,1 L_ ~D'2._ __ _J

'oiof>PER' OE CAMPO

'-1--.:r oc,_ MOTOR

Fig. (III.?) - Esquema do circuito dos ''choppers" de campo e ar madura .. segundo Kasama et ali i 3 0

Page 85: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

74

11!.6 - EQUACÕES DAS BATERIAS

O metodo utilizado para equacionar as baterias nao

foi retirado, exatamente, de nenhum trabalho constante da biblio

grafia consultada.

Foram utilizados dados de uma bateria mencionada

no trabalho de Nelson et alii 60• Lã são fornecidas as curvas ex­

perimentais de relacionamento entre a voltagem, corrente e car-

ga. Sheridan et alii 28 tambim fornecem curvas envolvendo .es

sas grandezas para outra bateria.

Foram ajustadas equaçoes, pelo mitodo dos m1nimos

quadrados, a forma complexa das curvas de carga e descarga dessa

bateria e, assim, foi poss1vel tjer acesso ao comportamento nao

linear das baterias, principalmente durante a carga.

A Figura (III.8) mostra a familia de curvas que

determinam as caracteristicas da bateria em questão.

Com os pontos retirados desse grãfico foi possi­

vel ajustar a familia de curvas apresentadas nas Figuras ( III. 9)

e (III. 10) para carga e descarga respectivamente.

A equaçao utilizada para a ajustagem das caracte­

risticas da bateria, tanto em regime de carga quanto em descar­

ga, foi a descrita abaixo. A determinação dos valores numiricos

dos coeficientes para carga e descarga foi procedida separadame!

Page 86: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

75

te. A regiio de velocidade desse equacionamento e 1 imitada pela

carga minima das baterias igual a 20%.

BATERIA DEI.CD PARA TRAÇÃO

cargo/carga rm:Íx. 1.00 ... ...

-100

CARGA

.2

AMPERES 100

o

200

DESCARGA

·'º

Fig. (III.8) - Caracteristicas da bateria na carga e descanga

(III.50)

onde: F1 , ..• , F7 - coeficientes ajustados para carga/descarga

(separadamente)

Q. - carga do sistema de baterias 1%1

Ib - corrente elétrica que flui da (para) bateria (negatj­

va durante a carga) 1 AI

Page 87: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

76

g

g N

.,~----· • • ' '

g •

s

8 ,i.oo , .oo .oo s .ao

'

' .

LECEN:IR,

" - !01, A

.. - 50 fl

>< - 0 R

-•- tXPEfEMEN .

.. RJusrna::i

Fig. (III.9) - Comparação entre os pontos experimentais e os

ajustados para carga

A atualização do estado de carga das baterias foi

feita segündo metodologia sugerida por White 59 :

Na descarga:

llQ =

e durante o regime de carga:

l 00

Füti l (III.51)

Page 88: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

g.

8 •

i! •

: •

g •

E~ E> ~· ~ ~

~g •

li

s

g

g ..... ' .oo ·"' 9 .oo

77

. '

.oo 1 Ἴ

LEGEUOA,

" - O A .. -!DOA

>1 - 2!l0 A

•-$ODA

_,.._ EXPÊRlMEN •

.. AJUSrntKl

Fig. {ll!.10) - Comparação entre os pontos experimentais e os

LIQ =

con:

e

ajustados para descarga

100 - Q

Qli 1 % 1 (III.52)

(III.53)

Page 89: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

78

tiQL Ib.tit

para I b o = > 3600

(III.54)

tiQL ]b.tit 11c

1 < o = para 3600 l 00 b (III.55)

onde: tiQ - variação de carga do sistema de baterias [%[

tit - intervalo de tempo entre cada avaliação de estado [si

Qli - Variação liquida de carga [%1

"c - rendimento de carga da bateria [%[

''Futii'' e chamado fator de utilização das bate-

rias e e sensível ã corrente de descarga. Esse fator mede a va­

riação efetiva do estado de carga das baterias em função da cor­

rente que estã sendo retirada.

A expressao de "Futil" e dada por Nelson et alii 60

como sendo uma equação, vãlida para baterias chumbo-ãcidas:

(III.56)

onde: Ib - corrente de descarga da bateria pi~a descarga de 5 5

horras IA'!

c5 - capacidade de carga do sistema de baterias para des­

carga em 5 horas [ A. h 1

A Figura (II I .11) mostra o comportamento

fator com a variação de corrente de descarga:

desse

Page 90: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

.e

"' ' "' e, "' a:

"' (J

~

"' o s ü ~ "' (J

' (J

o 2

79

C5 - CAPACIDACE DA ·BATERIA PARA DESCARGA OE ·5 horas

l 85 • CORRENTE DE !DESCARGA EM 8h .....

3 4 5

Fig. (III.11) - Fator de utilização das baterias (Eq. geral)

As perdas adicionais no sistema de,,baterias, de­

vidas a pulsação da corrente de''chopper''podem ser avaliadas se­

gundo a aproximação dada por Christianson e Bourke 28 •

A Figura (III.12) mostra, de forma grãfica, a

avaliação dessas perdas para os dois tipos de "choppers" compar~

dos no trabalho de Christianson e Bourke 28•

Page 91: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

ó w !.O :E

' ~ u ii:

2.5 w _j w a:

t 2.0

1-' < ., w 1.5 f-z w a: a: o 1.0 , u

o

80

.... ~ . . CHOPPER DE SAIDA UNICA

/ . .

CHOPPER DUAL

' 'é:HOPPER OUAL COM CAPACI TOR DE ENTRADA

----0.2 0.4 o.e o.e

,RELAÇÃO Tc/Tr

9

li

·5 ~ o a:

4 W Q. . ~ o '"' 2 u.

. 1.0

< ..J w a:

Fig. {III.12) - Perdas induzidas pelo "chópper" no sistema de baterias

111.7 - EQUAÇOES DO GRUPO GERADOR

O equacionamento do grupo-gerador foi feito sepa-

radamente:

- Motor de combustão interna

- Alternador.

As grandezas quantificadas foram a potência de

saida do motor, o consumo desse e a potência de entrada no siste

ma de baterias.

O relacionamento das grandezas de consumo e potê~

eia do motor foi feito tendo em vista dados experimentais de mo-

Page 92: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

81

tores Diesel e a gasolina fornecidos por Roan 7 e Sheri da·n et

alii 5", respectivamente:

As equaçoes determinadas para esses relacionamen­

tos, obtidas a partir de ajustagem pelo metodo dos minimos qua­

drados, foi a seguinte:

Motor Diesel:

CEC

Motor a gasolina:

CE C = H l + (-P-) + H3

p -max

+ G4 (-P-)' p -max

+ G5 (-P-)' p -max

Jkg/KJI

+ H4 (-p-)' p -max

Jkg/KJI

onde: CEC - consumo especifico de combustivel Jkg/KJI

(III.57)

(III.58)

G1 , ••• ·;G5 - coeficientes de ajustagem para motor a Diesel

H1 , ••• ,H 4 - coeficientes de ajustagem para motor a gasol i-

na

P - potência de saida do motor Jkwl

P - - potência. mâxima de saida do motor Jkwl max

Page 93: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

82

As figuras (III.13) e (JJJ.14) mostram a compara­

çao entre os pontos ajustados por essas equaç6es e os pontos ob­

tidos experimentalmente e indicados na bibliografia citada.

·:

1 ~o

' a o '

·= •

~

iº "' ... ~

o C> z => ,~ ., = ~

li o

~ o

.g '11.oo ' ...

' •

'

• • ' •

LEGENDA,

" - 6(; KM _ .. _ EXl'ElllHEN. t> ;tJ!JSI~OO

Fig. (III.13) - Curva de consumo do motor a Diesel (comparação) em rotação de consumo mínimo

O alternador, conforme considerado por Roan 7 ,apn!c

senta operaçao com.pequena variação de eficiência. Dessa forma,

o seu rendimento pode ser considerado constante, variando com o

tipo de alterna dor utilizado.

Page 94: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

= g

s o

g •

~ o

,; ,.. ~· "' !:

~ f u

g •

~

g o

=

8

' '

83

LEGENDA,

" - '12 KM _.,_ EXf'EIH~EM. li IIJIJ5TA[l(l

"ó..-.-=.,,-------x, -=.oo=---=.-=oo=--c,r.-=oo=---c,r.ccoo,-----c,c.-=oo,-----c,c.-=oo,-----=1"".o"o--,,,-_00,,....-,,=-=-=------~ PfH. DE SAIDA/POT HAX. CXl

Fig. (III.14) - Curva de consumo do motor a gasolina

ção) em rotação de consumo minimo

( compara-

Page 95: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

84

· CAPITULO IV

DESENVOLVIMENTO DO METODO DE SIMULAçio

IV.l - CONSIDERAÇÕES .GERAIS

Tendo como base as equaçoes mencionadas no Caplt~

lo III, foi elaborado um programa em FORTRAN IV, e aplicado em

computador de medio porte (VAX-11/780) com a finalidade de ava­

liar quantitativamente algumas grandezas envolvidas em um siste­

ma de propulsão hTbrido.

O desenvolvimento do programa foi feito, tendo em

vista a maior flexibilidade posslvel na entrada de dados, para

que fosse posslvel proceder a modificações tanto nos componen-

tes de tração, quanto nas lÕgicas de controle empregadas

eles.

sobre

O programa e capaz de avaliar as principais gra~

dezas (eletricas e mecân~cas) envolvidas no processo de tração/

regeneração de um velculo hThrido ou puramente elétrico, trafe­

.gando segundo um ciclo de movimentação pré-determinado. A avalia

ção da velocidade do veiculo a cada intervalo de tempo e aproxi­

ma~a ao mâximo da vefocidade determinada pelo ciclo de movimen­

to, levando em consideração as limitações dos componentes de

tração.

Page 96: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

85

o ciclo de movimento e gerado para aceleração, V!

locidade constante e frenagem, a partir de seus pontos caracte­

risticos.

O sistema de transmissão poderã ser de relação fi

xa ou caixa manual de múltiplas velocidades (ate 5), com mudan­

ças de marcha em velocidades especlficadas nos dados de enttada.

No caso de o ciclo exigir uma velocidade do veicu

lo maior que a m.ãxima permis_sivel, determinada pela r.iãxima rota

çao do motor, serã feita uma redução dessa velocidade ate que

seu valor encontre o valor permissivel.

O controle do motor/gerador e subdividido em con-

trole por campo e controle por armadura segundo as equações jã

descritas, respeitando a rotação minima e mãxima indicada

fabricante.

pelo

Durante a regeneraçao, a bateria poderã ser carre

gada ou descarregada dependendo do balanço entre o ~onsumo inter

no e a energia efetivamente devolvida ao sistema. Em caso de so­

brevoltagem de carga, o torque de frenagem e reduzido.

A atuação do grupo gerador poderã ser feita de

duas formas: por estado de carga das baterias ou por excessiva

corrente de descarga das baterias durante determinado intervalo

de tempo. Tanto o estado de carga minimo quanto a corrente mãxi­

ma e o tempo de disparo entram como dados no programa.

Page 97: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

86

A desativação do sistema híbrido ê feita ou por a

bateria ter atingido üm estado superior de carga ou por a corren

te de descarga ter se reestabelecido em um valor aceitãvel dutan

te determinado período de tempo.

O controle da potência de saída do grupo gerador

e feito pela voltagem de carga das baterias. No caso de essa

voltagem atingir o valor mãximo estipulado, a potência do gera­

dor ê reduzida sucessivamente atê se tornar adequada. Cada redu­

çao feita ê acompanhada de emissão de mensagens.

Durante a regeneraçao, com a finalidade de ser

mantida a eficiência de recarga das baterias, o grupo geradors~

rã posto em regime mínimo sem geração, se estiver ativo no inter

valo de tempo anterior.

IV.2 - SISTEM~TICA DO .PROGRAMA

O fluxograma apresentado nas Figuras (IV.IA) e

(IV.18) mostram a estrutura geral do programa.

Os dados iniciais compreendem:

- Características do veiculo;

- Parãmetros do motor/gerador elêtrico;

- Parãmetros do controlador de campo;

- Parãmetros do controlador de armadura;

Page 98: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

87

- Parâmetros da bateria;

- Parâmetros do grupo gerador;

- ~irâmettos do ciclo de .movimento;

- Parâmetros de controle do programa.

Apõs a leitura dos dados, se for necessãrio, o

programa poderã recalcular o peso do veiculo a ser simulado. Is­

to se faz necessãrio quando estã sendo estudada uma modificação

a partir de um veiculo inicial.

A geraçao das velocidades e aceleraç5es, para ca­

da tempo, do ciclo ê feita a partir de alguns pontos caracteris­

ticos desse ciclo. Entre esses pontos a velocidade ê interpolada

linearmente e a aceleração ê mantida.

A velocidade do veiculo determina a seleção de

marchas que sera feita. No caso de essa velocidade ser maior que

a mãxima permissivel pela rotação do motor, a velocidade do ci­

clo ê reduzida e ê emitida uma mensagem correspondente a essa re

dução.

As equaçoes de dinâmica do veiculo, juntamente com

as relaç5es de transmissão calculadas anteriormente, determinam

as grandezas de rotação e torque (tração ou regeneração) necessa

rias no eixo do motor/gerador.

Page 99: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

MIG. GERADOR (V, I)

PERDAS IND.

NO GER.

'

N

FIG.(IV. lA)- FLUXOGRAMA GERAL

'·~ .

INICIO

DADOS

MOO. PESO

GER. CICLO

ex. MARQ-lAS

, DIN, VEICULO

88

5

RED. VEL.

. M./G. MOTOR

(V , I)

PERDAS IND.

NO MOTOR

PERO. ARM.

PERO. TOTAL

PERD.CONTR. CAMPO

RED. VEL,

Page 100: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

PERO. CQNT:

ARM.

A

BAL. POTEN·

CIA

5

OET.GRANOf;

ZAS M.CI.

rET. { la..r VSAT

N >-'-'---.i- 4

FIM

FIM

89

ATUALIZ.: BAT. CONSUMO 01sr PERCORR

IMPRESS. SA!

PERO. ca,JT.

ARM.

BALANÇO f'U[

4 l----11*'-11-----------~

ATUAÇÃO MCl.

DET. GRANOf; ZAS M.Cl.

REOUÇÀODA

POT. M.C.l.

FIG. ( IV.18) • FLUXOGRAMA GERAL (CONT.)

Page 101: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1

ENTRADA

TORQUE/M/G

ROTAÇÃO M'G

N

OET IA, '14, ,Ic, Vc

(CONTR. CAMPO)

DE1: PARÂM.

''CHOPPEff

OET PERDAS

CAL.e. NO M,,t

s

SAIDA

s

I

• ADICIONAR i

. TOROUE DE , PERDAS

Fig. (IV.2) - Fluxograma para cilculo das grandezas no motor/ge­rador

Page 102: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

91

A Figura (IV.2) mostra mais detalhadamente o pr~

cedimento de cãlculo das grandezas do motor/gerador, tanto para

tração como para a regeneração. A iteração para inclusão das pe!

das existentes no motor/gerador ê feito conforme mostrado na fi­

gura. A divisão das regiões de controle por campo ou armadura e

feita pela comparação da voltagem da armadura com a voltagem do

sistema de baterias. O valor da tolerãncia para comparaçao das

perdas inicial e calculada foi determinado com uma percentagemda

potência nominal do motor/gerador. A sua capacidade de atender

ãs exigências de torque e potência são avaliadas e, no caso de

não atendimento a velocidade de veTculo ê reduzida, reiniciando

o processo. Voltando ã Figura (IV.lA), apõs a determinação das

grandezas do motor/gerador, são analisadas as perdas existentes

no controlador de campo.

A Figura (IV.1B) mostra a continuação do processo

de cãlculo, onde, primeiramente ê feita uma seleção de rotinas

para o cãlculo das perdas no controlador de armadura, na tração

ou regeneração. A estruturação do cãlculo das perdas nos contro­

ladores ê melhor mostrada na Figura (IV.3) onde observa-se a in­

trodução de um desvio por fora dos controladores no caso de a

voltagem utilizada em alguns deles ser a atual das baterias.

Se durante a regeneraçao, a potência consumida

fur maior que a regenerada, hã um desvio do programa para o cãl­

culo de descarga, ao invês de carga, do sistema de baterias.

Page 103: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

92

ENTRADA

PERDAS ND yN'----------,~ CONTROL.

s

DET. PERDAS NO CONTROL ARMADURA

PERDAS NO CONTROL. CAMPO= i1J

SAÍDA

ARM. = /11

DET. PERD<IS NO . CONTROL. CAMPO

Fig. {IV.3) - Estruturaçio do cilculo das perdas nos controlado­res

A atuação do grupo gerador esti melhor mostrada

na Figura {IV.4) onde verifica-se que ao entrar, o motor e colo

cado na potencia mixima indicada pelo fabricante e, se necessa­

rio, sofre uma seqüência de reduções de potência ate a voltagem

de carga atingir um valor menor ou igual ~ mixima voltagem per-

missivel.

Page 104: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

ENTRADA

POT. GG =

Pcrr. MÁX

BALANÇO DE POTÊNCIA DO SISTEMA

DETE~M.DE

VcEL I IcEL

93

>-----...i REDUZIR POT. GG

DET. CONS. ESPEdFICO DO GG

DET. CONS. OE COMB. NO llt

' SAIDA

Fig. (IV.4) - Atuação do grupo gerador

Page 105: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

94

As Figuras (IV.5) e (IV.6) apresentam a estrutur!

çao da rotina para o cãlculo das grandezas das baterias. Os cãl­

culos são feitos para uma célula de 2 V, tendo em vista a gener!

lização para qualquer dimensão do sistema de baterias. Dessa for

ma, apõs feito o balanço final de potência e determinado o tipo

de atuação das baterias (carga ou descarga), a potência total e

dividida pelo numero total de células e o cãlculo da voltagem e

correntes ê iniciado. Como soa potência ê conhecida, o procedi­

mento de cãlculo começa com a voltagem inicial da célula sendo

determinada para o valor de carga atual das baterias e corrente

de carga, ou descarga, nula. A corrente do cãlculo ê analisada e

determinada a potência calculada da cêlula. A comparação desta

potência com a inicial servirã de controle para que o processo

termine. Durante o· processo de iteração os procedimentos de pe!

turbação da voltagem são opostos para carga e descarga. Na des­

carga a voltagem inicial ê reduzida, na carga ela ê amplificada

a cada passo.

Apõs a avaliação das grandezas dos componentes e

feita uma atualização do estado de carga das baterias, consumo

de combustlvel e distãncias percorridas e impressas as graridezas

pertinentes ao inter~alo de tempo atual.

A finalização do programa sera dada por duas con-

dições:

- Estado mlnimo de carga das baterias;

- Tempo de percurso.

Page 106: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

ENTRADA

POT. DE RE­CARGA= POI'. GER.- POT. CONS.

DET. PôT. DE RECARGA DA DA CEL. (2V)

• DET. \Íca.P/ CARGA Q,

= iil

DET. IcEL

(EQ. CARGA)

DET. POT.

CEL. CALC.

5

VCEL I IcEL

SA(DA

95

N . AMPLIFICAR ;i,-;,;__----'1-i

VcEL

,.

Fig. (IV.5) - Determinação das grandezas do sistema de baterias durante a carga

Page 107: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

ENTRADA

POT RET. BAT. :PQT. CONS. -POT. GERADA

DET. POT. DA

CÉWLA (2V)

DET. Ycel FMA CARGA Q e Icei = fll

DET. Icei ( EQ. DESCAFi GA

OET. POT.

CEL. CAL.C.

s

Ycel , Icet

96

REDUZIR '>-!!N-----~ V cel

Fig. (IV.6) - Determinação das grandezas do sistema de baterias durante a descarga

Page 108: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

97

O prosseguimento do programa ·ê feito por um incr~

mento de tempo, novamente voltando ao inicio para geração da no­

va velocidade e aceleração.

IV.3 - DADOS DE ENTRADA DO PROGRAMA

São os seguintes os dados necessãrios ao progra-

ma:

IV.3.1 - Dados do Veiculo/Sistema de Tração

- Peso inicial do veiculo ( N)

- Peso do sistema de propulsão do veiculo ( N )

- Peso do veiculo a tu a l ( N )

- Peso do s j s tem a de propulsão do veiculo a tu a l ( N )

- Peso do sistema de baterias ( N)

- Peso da carga Üt il ( N)

- Peso do chassis do veiculo ( N )

- Potência do sistema de propulsão inicial ( kw)

- Potência do sistema de propulsão atual (kw)

- Inclinação da pista ( o )

- llrea frontal do veiculo ( m 2 )

- Coeficiente global aerodinãmico ( - )

- Coeficiente de rolamento(-)

- Massa especifica do ar (kg/m 3)

- Coeficiente de massas rotativas (-)

- Relação de redução no diferencial (-)

- Raio da roda (m)

Page 109: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

98

- Velocidade mãxima limitada por rotação do motor (m/s)

- Velocidade mãxima nas marchas (m/s)

- Relação das marchas (-)

- NÜmero de pares. ativos de engrenagens cilindricas (-)

- NÜmero de pares ativos de engrenagens hipÕides (-)

- NÜmero de pares de juntas cardan ou homocinêticas ( - )

- Potência do ventilador do motor ( w)

- Potência do ventilador da bateria ( w)

- Potência do circulador da cab.iné.(1~)

- Potência de iluminação ( w)

- Potência do aquecedor da cabine ( w)

- Potência de carga da bateria auxiliar (w)

- Potência consumida pelo pai n e 1 ( w)

- Potência consumida pelo 1 impad0r de parabrisa ( w)

- Potência consumida pelos acessórios (w)

- Potência consumida pelo aparelho de ar condicionado (w)

- Eficiência do gerador auxiliar(-)

IV.3.2 - Dados do Motor/Gerador

- Rotação minima (RPM)

- Torque nominal (N.m)

- P6tência nominal ativa (kw)

- Potência nominal regenerativa (kw)

- Corrente nominal da armadura (A)

- Corrente nominal do campo (A)

- Sobrecarga de corrente mãxima (-)

- Fluxo mãximo no campo (mWb)

Page 110: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

99

- Voltagem regenerativa (V)

- Resistência 6hmica do enrolamento da armadura (íl)

- Resistência 6hmica equivalente da armadura na regeneração (íl}

- Torque mãximo de frenagem (N.m)

- Coeficiente de redução do torque de frenagem (-)

- Indutância da armadura (H}

- Indutância do campo (H)

- Resistência 6hmica de contato das escovas (íl)

- Resistência õhmica do circuito de campo (íl}

- Indutância do indutor externo (H}

- Resistência 6hmica do indutor externo (íl)

- Constante de torque do motor (-)

- Constante de voltagem do motor(-)

- Coeficiente de perdas rotacionais do motor(-)

- Coeficiente de perdas magneticas do motor(-)

- Expoente de perdas rotacionais (-)

- Expoente de perdas magnêticas (-)

- Coeficiente de ajustaqem da corrente/fluxo de campo (-)

- Coeficiente de ajustaqem da corrente/voltagem do campo(-)

IV.3.3 - Dados do Controlador de Campo

- Frequência mãxima do controlador de campo (Hz)

- Voltagem nominal do capacitar/campo (V}

- Capacitância do capacitor/campo (µF)

- Relação de atenuação do capacitor/campo (-)

- Coeficiente de ajustagem para queda de voltagem no tiristor(-)

- Coeficiente de ajustagem para queda de voltagem no diodo (-)

Page 111: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

100

IV.3.4 - Dador do controlador da Armadura

- Frequencia mãkima do controlador da armadur~ (H)

- Voltagem nominal do capacitar (V)

- Capacitãncia do capacitar da armadura (µF)

- Relação de atenuação do capacitor da armadura (-)

- Consumo minimo (sem atuação) (w)

- Coeficiente de ajustaqem

principal (tração)

para queda de voltagem no tiristor

- Coeficiente de ajustaqem

- Coeficiente de ajustaqem

para queda de voltagem no diodo (-)

para queda de voltagem no tiristor

principal (regeneração)

- Coeficiente de ajustaqe~

regulador (regeneração)

para queda de voltagem no tiristor

IV.3.5 - Dados da Bateria

- Voltagem nominal do sistema de baterias (V)

- Voltagem mãxima de carga (V)

- Corrente mãxima de descarga (A)

- Corrente para descarga de 5 HRS. do sistema de baterias (A)

- Capacidade de carga da celula (A)

- Capacidade de carga do sistema de baterias (Ah)

- Percentagem de carga inicial do sistema de baterias (5H) (%)

- Percentagem de carga minima permissivel do sistema de

rias (%)

bate-

- Percentagem de carga para desativação do grupo gerador(%)

- Percentagem de carga para ativação do grupo gerador(%)

Page 112: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

lo l

- Numero total de células (2V) existentes no sistema de

rias (-)

- Numero de ramificaçoes em paralelo das células (-)

Numero de células ligadas em série(~)

bate-

- Resistência interna equivalente do sistema de baterias (íl)

- Eficiência de carga/descarga (%)

- Expoente do fator de utilização (-)

- Coeficiente de ajustaqem da -equaçao

g a ( - )

- Coeficiente de ajustaqem

carga(-)

da equaçao

IV.3.6 - Dados do Grupo Gerador

Potência mãxima do motor de combustão (w)

de voltagem na car-

de volta~em na des-

- Potência minima permissivel do motor de combustão (saida;O)(w)

Potência superior que o motor deve fornecer (w)

- Potência inferior da faixa aceitãvel com baixo consµmo (w)

- Tempo para disparo do grupo gerador (s)

- Tempo para desliqamento do grupo gerador (s)

- Eficiência do gerador (%)

- Peso especifico do combust~vel (H/m 3)

- Coeficiente de ajustagem da equaçao de consumo do MCI(-)

IV.3.7 - Dados do Ciclo de Movimento

- Numero de pontos descritos do ciclo (-)

- Incremento de tempo fs)

Page 113: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

102

- Tempo mãximo do ciclo (s)

- Tempo mãximo para parada do ve'iculo (s)

- Tempo correspondente aos pontos descritos (s)

- Velocidade correspondente aos pontos descritos (m/s)

IV.3.8 - Dados de Controle do Programa

- Fator de reduçio da velocidade do ve'iculo (-)

- Numero mâximo de iterações de perdas no motor elêtrico (-)

- Tolerância percentual da perda (%)

- Reduçio da voltagem da cêlula (-)

- Amplificaçio da voltagem das cêlulas (-)

Tolerância percentual do erro no cálculo de potência da cêlula

(carga) (-)

- Tolerância percentual do erro no cálculo de potência da cêlula

(descarga) ( - )

- Numero mãximo de iterações no cálculo de potência da cêlula(-)

Numero mãximo de iterações no cãlculo de potência do MC I: ( - )

- Reduçio de potência do MCI ( - )

IV.4 - SAiDA DO PROGRAMA

As grandezas selecionadas como sa'ida do programa

compreendem os valores de esforços no ve'iculo, potência do motor

gerador e grupo gerador, valores de ·i:orrente, voltagem e estado

de carga das baterias; alêm das perdas nos componentes, consumos

e distância percorrida. As informações de velocidade e acelera­

çio tambêm fazem parte da sa'ida.

Page 114: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l O 3

!V.5 - MODOS POSSTVE[S DE SEREM ~JMULADOS

O programa, como se encontra desenvolvido, permi­

te a simulação de veículos elétricos com e sem regeneração e

veículos híbridos serie em qualquer ciclo de movimento contendo

aceleração, velocidade constante (inclusive parado} e frenagem.

Page 115: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

104

CAP1TULO V

RESULTADOS

V. l - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Com a finalidade de avaliar as resultados da simula

çao proposta neste trabalho, foram submetidos os dados de um vel­

culo real de transporte ao programa descrito no Capltulo IV.

O velculo e uma caminhoneta Volkswagen para trans­

porte de cargas .cujas caracterlsticas se encontram no trabalho de

Altendorf et alii 83• A maioria dos dados necessârios ao programa

foram arbitrados, tais como as caracterlsticas aerodinâmicas e

de rolamento do velculo, curvas de carga/descarga e rendimento

de carga das baterias, caracterlsticas do motor/gerador e seu con

trolador e ciclo de movimento a que o velculo foi submetido.

Entretanto os dados principais do velculo foram

aproveitados para, dessa forma, possibilitar comparaçoes entre al

gumas grandezas fornecidas no trabalho de Altendorf et alii , ob

tidas experimentalmente, e os obtidos pela simulação.

Muito embora fosse posslvel serem realizadas compa­

raçoes semelhantes com virias outros velculos encontrados na lite

ratura, foi escolhido esse velculo pela melhor adequação dos seus

componentes com os dados e equacionamentos existentes no progra­

ma, tais como, baterias chumbo-~cidos, controlador ''chopper'' de

Page 116: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

105

freqüência e largura de pulso variãve is e potência do motor.

Uma modificação adicional no sistema de propulsão

sugerido foi imposta pela utilização de caixa de 04 (quatro) velo

cidades no sistema de tração do veiculo. O veiculo original pos­

suía relação fixa de transmissão.

Os dados da caminhoneta utilizados no programa fo-

ram:

Peso total do veiculo (com meia carga): 24230 N (2670 Kgf)

- Potência do motor de tração (continua): 16 kw

- Frequência mãxima do "chopper'': 250 Hz

- Capacidade das baterias chumbo-ãcidas {descarga de 5 horas):

- Energia armazenada nas baterias:

- Peso total do sistema de baterias:

540 x l0 3 C (150 Ah)

77760 KJ (21.6 kWh)

8437 N (860 Kqf)

Duas outras modificações adicionais introduzidas

nos dados foram devidas is caracteristicas do motor. Os dados

reais obtidos do fabricante do motor são 200 V para voltagem no­

minal do motor (campo e armadura) e sobrecarga mãxima de 180%,

admitido como sendo somente no regime de -controle por armadura.

Dessa forma, foram executadas 4 (quatro) simula-

çoes com o mesmo veiculo, sendo modificadas algumas lÕgicas in-

Page 117: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

106

ternas para atuação do sistema:

Aceleração e velocidade mãximas do vefculo;

- Sequência de ciclos (SAE modificado) para o veiculo puramente

elêtrico com sistema de tração iem regeneração, atê a carga da

bateria atingir seu valor minimo (admitido como 20%);

- Sequência de ciclos (SAE modificado) para o vefculo puramente

elêtrico com sistema de tração incorporando regeneração, atê a

bateria atingir seu valor minimo (20%);

- Sequência de ciclos (SAE modificado) para o vefculo com modo hi

brido (entrada com 80% de carga da bateria) incorporando regen!

ração, atê um tempo de percurso prê-determinado nos dados do

programa (correspondente a 80 ciclos de movimento).

A potência do motor de combustão utilizada foi de

10 kW (nominal).

Alguns resultados obtidos foram registrados em gra­

fices e encontram-se a seguir.

V.2 - RESULTADOS DE DESEMPENHO

A Figura (V.l) apresenta as caracterfsticas de. de­

sempenho mãximo do veiculo simulado. A velocidade 13.9 m/s (50

km/h) ê atingida em 34 s apresentando uma aceleração mêdia nesse

intervalo de 0.409 fu/s 2• A velocidade mãxima atingida pelo vefcu

lo foi de 17.84 m/s (64.2 km/h).

Page 118: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

107

g m

g C\I.DO J .Qll .oo li Ἴ q .oo .oo 6 .oo 7 Ἴ

TEMPO (SEGJ

Fig. (V.l) - Curva velocidade-tempo do velculo (aceleraçio ~a~

xima

A Figura (V.2) mostra o ciclo de movimento utiliza

do para as determinações das grandezas elêtricas, autonomia e

consumo do velculo. Observa-se a partir desta figura a incapaci­

dade do sistema propulsivo do velculo de acompanhar os valores de

aceleraçio ditados pelo ciclo. A partir de 8 s o velculo sofre re

duções de velocidade e conse~uentemente da aceleraçio, impostas

por insuficiência de potência do motor de traçio. O ciclo sã ê

novamente reencontrado aos 33 s.

Page 119: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

9:1.oo 1 .oo ,DO S .DO

108

.oo l Ἴ 8 .oo

16.0 ~.~

-TfCl!'l!Cõ - f.XPER!",

Fi ~ (V.2) - Ciclo de movimento e velocidade real do veiculo

V.3 - COMPORTAMENTO ELETRICO DO SISTEMA DE BATERIAS E MOTOR/GE­

RADOR

A carga das baterias (%) ao inicio de cada ·ciclo

esti m~strada na Figura (V.3), para as trés formas de atuaçio do

sistema de propulsio:

- Veiculo elétrico sem regeneraçao;

- Veiculo elétrico com regeneraçao;

- Veiculo hibrido com regeneraçio (pot. MCI = 10 kw)

Page 120: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

g .;

~ :à·

.. .. g 91.oo 1,1,à.OO Sb.oo

CICLO 6b,OO 7i:l.DO

LEGENOA:

16.0 KM

ci S/AEGEN.

á C/AEGEN.

'+" HIBR IDO

Fig. (V.3) ~ Comparaçio de autonomias entre as tris concepç5es (l ciclo= 465,2 m)

o <.O

Page 121: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

11 O

A distãncia real percorrida em cada ciclo foi cal­

culada e seu valor ê 465.2 m. Dessa forma, uma avaliação da auto

nomia do veiculo, limitando-se a carga mínima da bateria de 20%,

poderã ser feita. Os valores de autonomia para os veículos no m~

do elêtrico com e sem regenéração foram calculados; enquanto que,

para o modo híbrido esse valor foi extrapolado a partir do grãfI

co apresentado na Figuras (V.3). Tais valores são:

- Veiculo elêtrico sem regeneraçao:

- Veiculo elêtrico com regeneraçao:

27445

29783

m

m

- Veiculo híbrido (potência do MC!=lO kw): 51615 m

As Figuras (V.4) e (V.5) apresentam as correntes

do motor/gerador e do sistema de baterias para os modos elêtrico

puro com regeneração e sem regeneração. Percebe-se o subito au­

mento das correntes nos tempos 11 se 24 s. Esse efeito i conse­

qüência das trocas de marchas incorretas, feitas a velocidades bai­

xas do veiculo. A comparação das correntes regenerativas do mo­

tor e a que efetivamente flui de volta ãs baterias poderã ser

feita tendo em vista a Figura (V.4).

As variações de carga das baterias durante o 19 ci

elo, para os modos com e sem regeneração estão mostradas nas Fi­

guras (V.6) e Figura (V.7) respectivamente. A partir dessas fig~

ras poder-se-ã acompanhar o efeito das descargas com altas cor­

rentes, nos tempos 11 se 24 s, sobre a carga das baterias. Veri

fica-se que, nesses períodos a inclinação da curva aumenta sensi

velmente indicando uma perda adicional de capacidade das bate-

Page 122: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

111

rias. Também pode ser visto ai o efeito das acelerações grandes

sobre o sistema de armazenamento de energia. Vê-se que ao atin­

gir a velocidade constante a inclinaçio da curva diminui de ma­

neira sensível.

g

" ' .ao g • ~

·,. .~

.OD 7.DD !l:.Oll

LEGENDA,

!C..O KI!

- AAHRDUHA - e:lttRIII

Fig. (V.4) - Correntes da bateria e da armadura durante o ciclo de movimento - com regeneraçao

Page 123: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

112

Para esse ciclo, a melhoria obtida pelo uso de re-

generaçao foi de 8,7%, sendo calculado a partir das cargas fi-

nais das baterias ao têrmino dos ciclos considerados.

V.4 - RESULTADOS DE CONSUMO

A partir dos resultados obtidos foram feitos cãlcu

los para determinação do consumo de energia retirada das bate­

rias, para cada veiculo na serie de ciclos simulada. Tal consumo

sera apresentado na forma de consumo especifico por quilômetro r.~

dado para os três modos estudados. Entretanto para o veiculo no

modo hibrido foi feita uma avaliação de volume de

gasto por quilômetro rodado.

combustivel

Os valores aqui mencionados retrata1n o consumo de

energia jã armazenada no veiculo e não a energia primãria na fon

te de produção.

Os cãlculos da energia retirada das baterias foram

feitas a partir da diferença entre os estados de carga inicial e

final das baterias multiplicada pela sua voltagem nominal, re­

presentando, assim, um valor médio aproximado.

Os valores encontrados sao:

Veiculo elétrico sem regeneraçao: 2,261 MJ/km (D,628 kwh/km)

- Veiculo elétrico com regener·açao: 2,084 MJ/km (0,579 kwhJkm)

Page 124: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

QD J .oo .QO !I .DO

113

.DO 7 .Dfl .ll .00

JS.() r.M

_Rl'IMl'IE)IJIIII - MTlõRIR

Fig. (V.5) - Correntes de bateria e de armadura durante o ciclo de movimento - sem regeneraçao.

Adicionalmente, comparando-se uma curva com a ou­

tra, verifica-se a melhoria sobre o estado de carga final das

baterias pela utilização da frenagem regenerativa.onde a inver­

são de inclinação da curva na Figura (V.6) representa o periodo

em que as baterias estão sendo carregadas.

Page 125: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

114

·"' .oo li .oo a, .ao .oo 6 .oo 7 .oo e .oo TEHPO CSEGl

.CD

Fig. (V.6) - Variação de carga das baterias durante o 19 ciclo (com regeneração)

.oo 1 .oo ... s .oo ij .DO TEKPO

.00 l ·ºº e .DO ·"

Fig. (V.7) - Variação de carga das baterias durante o 19 ciclo (sem regenera~ão

Page 126: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l l 5

- Veiculo ~ibrido com regeneraçao: 1.195 MJ/km ( 0,332 kwh/km)

Consumo de combustivel: 0,019 m/mm 3 ( 19.01 km/!)

A comparaçao dos consumos, incluindo o veiculo

no modo hibrido, poderã ser feita com os valores transformados

a seguir (admitindo-se a densidade do Õleo diesel igual a

0,83 e sua potência calorifica superior igual a 45,562

(10900 Kcal/kg),

MJ/ kg

Consumo,,de energia do combustivel: 1.991 MJ/km (0,553

Kwh/km)

Consumo total: 3.186 MJ/km (0,885 Kwh/km)

Page 127: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

116

CAPÍTULO VI

D!SCUSS~O

A curva de velocidade em função do tempo apresen­

tada na FiJgura (V. l) obtida atravês do modelo, mostra uma acele- ·

ração baixa para um veiculo dessa classe. Esses veículos atingem

normalmente a velocidade de 13,9 m/s (50 km/h) em 15 se 16 s.A~

causas dessa variação poderão ter sido a utilização de um motor

de menor rotação no modelo (3000 RPM contra 6700 RPM no veículo

real), exigindo uma relação de diferencial menor; e a não permi~

são de sobrecargas, no motor, durante o regime de controle por

armadura. A possivel inadequação das relações da ca.ixa de mar-

chas deverã ter agravado essa situação.

A velocidade mãxima do veiculo poderã ser, tam-

bêm, verificada no grãfico da Figura (V.l ).

Na Figura (V.2) atê 33 s verifica-se, novamente,

a pouca capacidade de aceleração desse veículo com a potência

do motor sendo mantida em torno de 15,5 kw (potência mãxima

igual a 16,0 kw). As súbitas variações de aceleração do veiculo

no tempo 11 se 24 s devem-se ãs trocas de marchas, de l~ para

2~ e de 2~ para 3~ respectivamente, com velocidades insuficien­

tes. Essas trocas, feitas a determin.adas velocidades, (introduz!

das como.dadosno programa) foram propositadamente escolhidas pa­

ra verificação de efeitos de torque sobre os outros componentes

do sistema. Dessa forma, ao ser trocada a relação de marcha com

Page 128: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

11 7

velocidade insuficiente, a rotaçio do motor caiu em demasia, Pª!

sanda para a regiio de controle de velocidade por armad~ra, onde

foi possivel sobrecarga de ate 180%.

Os valores de correntes da armaduri do motor e

das baterias mostrados nas Figuras (V.4) e (V.5) mostram os efei

tos sobre esses dois componentes das necessidades de torque e ve

locidade exigidas pelo ciclo de movimento.

Nessas figuras e possivel serem viStas=1as influen

cias do torque de partida do motor (t = O s), das trocas de mar­

chds a velocidades insuficientes e dos efeitos da regener~çio s~

bre o motor e as baterias. No inicio do movimento o torque eco­

locado como sendo o torque mãximo do motor, entretanto como a p~

tencia elétrica e baixa, a bateria e descarregada por uma corre~

te de pequeno valor. Enquanto o motor trabalha no regime de po­

tencia constante (ate t = 34 s) e corrente da bateria acompanha

a do motor. A diferença entre as duas e funçio das perdas exis­

tentes no sistema e do seu consumo minimo, incluindo acesso­

rios. Os efeitos das mudanças incorretas de marchas poderã ser

visto nessas figuras. Ao atingir velocidade constante (t = 34 s

a 38 s) a potencia do motor cai e assim sua corrente de armadura

e por conseguinte a corrente das baterias.

Comparando-se ainda as Figuras (V.4) e (V.5) po­

der-se-ã verificar a diferença de comportamento entre os sistemas

com e sem regeneraçio. Enquanto que, a partir de 38 s, o siste­

ma sem regenera;io entra em regime de consumo minimo; o outro

Page 129: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

11 8

sistema entrega energia as baterias. r possivel, ainda ser veri­

ficado o efeito da limitação do torque de frenagem ocorrido por

sobre voltagem de carga das baterias, na Figura (V.4), no perio­

do de 38 s a 47 s. Outro efeito que pode ser visto nesta figura

e o aumento de corrente de descarga das baterias pelo uso de re­

generaçao, com velocidades muito baixas; Verifica-se que, a par­

tir de 52 s a potencia consumida para manter ativo o sist~ma de

regeneraçao e maior do que a potencia devolvida por esse siste­

ma. A solução ótima para esse caso serã interromper a regenera­

çao logo que esse balanço atingir o valor zero, conforme foi

indicado por Kasama et al ii. 30

As Figuras (V.6) e (V.7) apresentam as variações

de carga do sistema de baterias para os dois modos de : controle

do veiculo mencionados acima. •Ve-se,nessas figuras,as variações

de inclinação das curvas para as correntes mostradas nas Figuras

(V.4) e (V.5). O efeito da regeneração sobre a carga das bate­

rias poderá ser verificado na Figura (V.6) onde aparece, a par­

tir de 38 s ate 50 s, uma inversão na inclinação da curva, indi

cando um ganho de carga, por parte das baterias.

O ganho de carga com o uso da regeneraçao para

esse ciclo foi calculado e seu valor e de 8,7%. Tal valor estã

abaixo dos valores determinados experimentalmente para o veiculo

real (entre 9,9% e 9,5%) em trãfego de rua. Os valores apresent~

dos para o veiculo trafegando em um ciclo de movimento semelhan­

te são superiores (entre 12% e 13%).

Page 130: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

119

Os resultados obtidos a partir da Figura (V.3) f~

ram comparados com os resultados experimentais descritos por

Al tendorf et ali i 8 3

A autonomia media do ve1culo real trafegando em

rua foi de 37 km, com sistema de propulsão incorporando regener~

ção. O valor obtido a partir do modelo foi de 29,8 km. Esses dois

valores deverão ser comparados tendo em vista algumas observa­

ções. O ciclo ou tipo detalhado de trãfego a que o veiculo real

foi submetido não e descrito, nem as condições da bateria em que

e determinado o termino da descarga e, portanto, do percurso. O

valor obtido a partir do modelo admite que o percurso finda ao

ser atingida 80% de profundidade de descarga, das baterias.

Com relação ao consumo, os valores médios obtidos

experimentalmente foram de 1 ,08 MJ/km (0,;300 kWh/km) para trãfe­

go de rua e 1,45 MJ/km (0,403 kWh/km) para um ciclo semelhante

ao do modelo. Verifica-se, comparando-se esses valores com os

mencionados no Capitulo V,que os valores lã descritos para~ vei

culo com regeneração são superiores, o que poderã ser explicado

pela diferença de voltagens nominais dos sistemas real (144 V) e

simulado (220 V) e pelo menor, aproveitamento regenerativo do vei

culo modelado.

A partir dos resultados obtidos no modelo verifi­

ca-se a influencia favorãvel da utilização da regeneração no que

se refere a aumento de autonomia e economia de energia.

Page 131: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 2 O

t tambêm determinado, a partir dos resultados,que

a autonomia do veiculo poderã ser sensivelnente aunentada pelo

uso do modo hibrido, embora penalisando um pouco da economia de

energia conseguida pelo veiculo elêtrico puro. O dimensionamento

correto dos Õrgãos componentes do sistema de propulsão de um vei

culo hibrido deverã diminuir essa penalização de consumo, veri­

ficada em vãrias concepções jã estudadas.

Page 132: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 21

CAPiTULO VII

CONCLUSÕES

Tendo em vista a finalidade proposta de se obter

uma forma analTtica para avaliação das caracterTsticas de desem

penha de um veTculo hTbrido bateria/motor de combustão, os resul

tados mostram que o objetivo foi atingido.

O método descrito neste trabalho permite, dentro

de suas limitações, avaliar não sõ o desempenho do veTculo como

um todo, mas as grandezas elétricas e mecânicas principais dos

seus componentes de tração e controle. As suas limitações sao

o tipo de configuração hTbrida, equacionamento dos componentes p~

ra regime permanente e utilização de transmissões convencionais

de mudanças manuais ou relação fixa. A utilização de equacioname:!_

to com verificação de efeitos transitórios não foi encontrado em

nenhuma simulação referida na bibliografia consultada.

O presente trabalho, poderá ser utilizado para

otimização de projeto de veiculos elétricos ou hTbridos série

(bateria/motor de combustão). Os equacionamentos e procedimentos

aqui descritos devem ser ampliados posteriormente para átingir

uma gama maior de aplicações. Outras aplicações possiveis pdde­

riam ser ainda citadas:

- Estudo das influencias sobre os componentes devidas a uma uti­

lização diferente daquela para qual o veTculo foi projetado.

Page 133: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1 2 2

- Estudos comparativos entre sistemas de propulsio existentes.

- Previsão de consumo.

- Escolha entre diferentes tipos de configurações e suas estratê

gias de controle.

- Estudos de viabilidade operacional.

Os valores numêricos dos resultados obtidos nao

devem ser comparados rigidamente com os dados que serviram de re

ferência. Isso se deve ao fato de terem sido feitas hipóteses ar

bitrãrias para o valor de alguns dados de entrada do programa co

mo tambêm hã a necessidade de um refinamento de certos coeficien

tes utilizados. Alguns desses coeficientes encontram-se aplica­

dos ãs equações descritas e outros são valores necessários ao

programa em alguns processos iterativos existentes. O refinamen-

to desses coeficientes sõ poderá ser feito atravês de um maior

nümero de comparaçoes com valores reais obtidos experimentalmen­

te a partir de sistemas de propulsão.

Cabe, nesse ponto, ressaltar a necessidade de me­

lhoria das baterias existentes, assim como dos metadas analiti­

cos para avaliação das suas grandezas. Embora algumas propried~

desde carga e descarga,assim como as perdas induzidas por uma

corrente pulsante ,já possam ser equacionadas, outros efeitos ain

da não são totalmente dominados. Tais efeitos, como por exemplo

a influência da vida da bateria e da temperatura sobre suas ca-

Page 134: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 2 3

racterrsticas de carga e descarga, ainda nao puderam ser analiti

camente avaliadas.

O cãlculo das perdas de cada componente do siste-­

ma de propulsão permite o conhec~mento, a cada instante, das ef1

ciências envolvidas. Dessa forma pode ser feita um avaliação

mais ampla do comportamento de cada componente e suas influên-

cias sobre os demais.

Foram utilizados dados referentes a um motor de

combustão interna movido a 6leo Diesel unicamente por facilidade

na obtenção dos dados necessãrios ao programa. Entretanto 1, uma

apreciação de grupos geradores movidos a outro combustivel tal

como a gasolina ouãlcool deverã ser pesquisada, jã., que esse úl­

timo combustivel apresenta maior adequação ã realidade do nosso

pais.

O uso de veiculas elêtricos e hibridos ê crescen­

te em vãrios parses do mundo e a utilização desses veiculas, de

forma eficiente ,exige que seus sistemas de propulsão sejam 1àde­

quadamente dimensionados. O presente trabalho mostra uma possib1

lidade de se ter acesso ãs principais grandezas desse sistema,

acrescentando um ponto a mais na tecnologia para desenvolvimento

de veiculas elêtricos e hibridos,no Brasil.

Page 135: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

124

REFERtNCIAS BIBLIOGRÃFICAS

l. HALLAGE, A. - Veiculo Eletrico -.Desenvolvimento do Projeto

- Aspectos ou Utilização. Anai-0 do 19 Cong11.e-0-00 Nacional

de Automação na IndÜ-0t11.ia, São Paulo: 413-424, Jul./1983.

2. JET Propulsion Laboratory - Should we Have a New Engine ?.Ca

lifornia lnstitute of Technology, California, Vol. li,

Aug./1975.

3. HARMAN, C. M. - University Team Works on Battery Hybrid Ve-

hic,le.l:U'ect11.ic Vehicle New-0, Connecticut, 11(3): 4-7,

Au g. /1 982.

4. UNNEWEHR, L. E. et alii - Energy Saving Potential of Engine

Et.ectric Vehicular Drives. P11.oceeding-0 06 11th IECEC, Vol.

l, 430-437, SAE 769063, Sept. /1976.

5. ULBRICH, E. A. - Appl ication of a Shurt Motor and a Z Cyl in-

der Gasoline Engine

P11.oceeding-0 06 11th

Sept./1976.

as a Hybrid Drive for an Automobile.

IECEC, Vol. l, 396-403, SAE 769068,

6. LUCAS Gives Evaluation of E/HV Systems in: - Elect11.ic Vehi-

cl e /.J ew-0 , C o n n e e ti cu t , l O ( 2 ) : l 8 - l 9, l 9 81.

7. ROAN, V. P. - The Design and Development of a Hybrid - Elec

tric Urban Transit Vehi cl e. --P11.oceeding<1 06 4th Intef1.natio

Page 136: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

125

nal Elet~ic Vehicle:i Sympo:iium, Aug.-Sept./1976.

8. MERCEDES BENZ - Mercedes Benz OE 305 Hybrid Electrobus,Press

Information: 1-5, 1981.

9. NEW Technology for Electric - Vehicle Systems (A Preview of th .

the EUDG's 4 International Conference) in: - Electric

Vehicle Developments, London, (10): 6-7, June/1981.

10. GOLDRICK, T. J. - The Operator's Role in the. Developments of

Hybrid and Battery El ectric Vehidl es. Elect~ic

Vevelopment:i, London 9: 6-9, Mar./1981.

11. BRUSAGLINO, G. - Development of two Hybrid bus Versions:With

Batteries or Hywheel. P~oceeding:, oó 5th Inte~national

Elect~ic Vehicle:i Sympo:iium, P~iladelfia, Oct./1978.

12. BUMBY, J. - The Hybrid El,ectric Vehicle Development and Futu­

re Prospects. Futu~e:,, 10(5): 438-442, Oct./1978.

13. BRUSAGLINO, G. - An Italian Hybrid Electric Bus. Elet~ic Ve­

hicle:i Vevelopment:i, London: 12: 1-6, Dec./1981.

14. DOBBS, D. I. - A Recent Assesment of Sodium/Sulphur Cell

Tecnol ogy. Efc.c.Liic Vehicle Vevelopment:,, London, 11: 1-4,

Sept./1981.

Page 137: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

126

15. YEW, M. C. e McCulloch, D. E. - Small Electri.c Vehicle Consi­

derations in View of Performance and Energy Usage. P~ace.e

dúig.6 aó 17th IECEC, Vol. l, 366-368, SAE 769060, Sept./

1976.

16. HUDSON, R. - The Nickel-IrGn Battery for Electric Vehicle Pr~

pulsion.E.t'ect,t/.c Ve.hic.t'e New1.,, Connecticut, 10(4): 12-16,

Nov./1981.

17. MICHEL, A. e FREI, W. - The Feasibility of an Electricaly

Propelled Vehicle Powered by Fuels Cells. P~aceed/.ng.<1 aó

3~d Inte~nat/.ana.t' Etect~/.c Ve.h/.cle.1., Sympa1.,,i.um, Feb. /1974,

18. GLAZEBROOK, R. W. - Fuel Cel ls for Transport - An Overview.

Ete.ct~/.cVe.h/.cle1., Veve.t'apme.nt.6, London, 14: 18-25,

1982.

July/

19. ARMSTRONG, D. e POCOBELLO, M. - A Quiet Efficient Control ler

for Electric Vehicles. P~aceed/.ngz, aó Autamat/.ve Engúiee.~­

/.ng Cang~e-0-0 and Expaz,,i.t/.an, Detroit, Feb./1975.

20. SMITH, G. E. - Controls for Electric Vehicles. P~ace.ed,i.ngz, 06

Inte.~nat/.ana.t' Can6e~e.nce an Autamat/.ve. E.t'et~an/.c-0 and

E.t'e.c,t~,i.c Veh/.c.t'e.6: 1-7, Sept ./1976.

21. MURPHY, G. J. - Alterna tive Approachs to Speed Control in

Electric Vehicles. P~ace,1;.d/.ng1., 06 Cong~e,z,z, and

t/.an, SAE 780292, Detroit, Feb.-Mar./1978.

Expo1., ,i.-

Page 138: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1 2 7

22. PUTKOV!CH, R. P. e PRINES, F. J. - Solid-State DC Control-

lers for Electric Vehicles, P11.oee.e.ging1., 11.,:t In:te.11.na:tional

Ele.e:t11.ieVe.hiele. Syrnpo1.,iu.m, SAE 69-1000, Phoenix, 1969,

23. BOWLER, P. - Power Transistors in Variable Spped

Ele.é.~,to,úe,s t Powe.11.: 730-736, Oct./1978.

Drives.

24. SORNICLE, D. - Commandes Eletroniques a Transistors. P11.oee.e.-

ding1., oó 4:th In:te.11.na:tional Ele.e:t11.ie Ve.hiele.

Dusseldorf, Aug.-Sept./1976.

S ym po 1., iu.m ,

25. REIMERS, E. - Power Transfer in DC Chopper Motor Dri've. IEEE

T11.an1.,ac:tion1., an Indu.1.,:t11.y Applica:tion1.,, Vol. IA-17(3);May­

June/1981.

26, THOMPSON, F. T. - Advanced ElectronicControl Systems for

Eletric Vehicles. P11.oce.e.ding1., oó In:te.11.na:tianal Con6e.11.e.nce.

on Au.:tamo:tive. Ele. c,tJLon{c1., crnd Ele.:t11.Ie Ve.hicle.1.,, 1-9; Sept. /

1 9 7 6.

27. HENRY, G. F. - A Vehicle Control System for Urban Electrics.

P11.oce.e.ding1., 06 311.d In:te.11.na:tional Ele.et11.ic Ve.hiele. Sympo-

1.,{u.rn and Expo1.,,<,;t{on, SAE 7457, Feb./1974.

28. CRISTIANSON, C. C. e COURKE,R. Fl. - A Propulsion System for

a n Ele e t ri e De l i ve ry Van. P11.o ce.e.ding1., o 6 :the. 5:th I n:te.11.na­

:tional Ele.c:t11.Ic Ve.hiele. Syrnpo1.,iu.m, Philadelfia, Oct./78.

Page 139: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

128

29, CAEN, C. e MONEUSE, M. - Etude et Resultats d'Exploition de

Plusieurs Chaines de Traction Electroniques Legers et

Lourds. Pnoc.eedlng4 06 4th Intennatlanal Elec.tnlc. Vehlc.le

Sympo4lum, Dusseldorf, Aug.-Sept./1976.

30. KASAMA, R. et alii. - The Efficiency Improvements of El ec -

tric Vehicles by Regeneration Btaking. Pnoc.eedlng4 06 Co~

gne66 and Expo4ltlon, SAE 780291, Detroit, Feb~-Mar./1978.

31. NAYDOWSKI, C. O. et al ii. - Studies of Electric Vehicle Dri­

ves, Illustrated by the Example of an Urban Estate Car.

Pnoc.eedlng4 06 4th Intennatlonal Elec.tnlc. Vehlc.le Sympo-

4lum, Dusseldorf, Aug.-Sept./1976,

32. KLECKNER, K. R. - Model ing and Testing of Storage Battery.".

Pnoc.eedlng6 oó Intennatlonal Automotlve Englneenlng Con­

gne64, Detroit, Jan./1973.

33. ROWLAND, E. A. - Evaluation of Battery Performance for an

Electric Vehicle with Regenerative Braking. Pnoc.eedlng4

06 5th Intennatlonal Elec.tnlc. Vehlc.le Sumpo6lum, SAE

783106, Philadelphia, Oct./1978.

34. HARMAN, R. T. C. - New Zealand AC Motor Vehicle Project.

Elec.tnlc. Vehlc.le Vevelopmen,t4, London, 15: 29, 30, Oct./

1982.

Page 140: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 2 9

35. AGARWAL, P. D. e LEVY, I. M. - A High Performance AC E l ec -

tric Drive System. P~oceeding-0 06 Automotive Enginee~ing

Cong~e-0-0 a.,,.d Expo-0dion, SAE 670178, Detroit, Jan./1967.

36. PETRECCA, G.··- Research of an AC Drive for an Electric City

Car. P~oceeding-0 oó 3~d Inte~na.tiona.l Elect~ic

Sympo-0ium a.nd Expo-0ition, SAE 7450, Feb./1974.

37. FOOTE, L. R. et alii. - Electric Vehicle Systems

Vehicle

Study.

Scientióic Re-0ea.~ch Sta.66, Ford Motor Company, Oct./1973.

38. TURNER, D. - The Doubl e Ended Cl aw Motor: A Novel Form of

Self-Syncronous Motor Traction Purposes. P~aceeding-0 06

5th Inte~na.tiana.l Elect~ic Vehicle Sympo-0ium, SAE 782105,

Philadelphia, Oct./1978.

39. HONDA, S. - Development and Future Prospects of Hybrid Vehi

eles. Elec~ic Vehicle Vevelopment-0, London, 12: 18-21,

Dec. /1981.

40. CAEN, e. - Changing Pattern of Electronic Control Systems

for Electric Vehicles. P~aceeding-0 oó 3~d I nte~na.tia na.l

74 5 O,

Feb./1974.

41. KAHLEN, H. - Van Drive with Electronic DC Choppers and Mech!

nical Gear Box. P~aceeding6 06 4th Inte~na.tiana.l Elect~ic

Veliicle Sympa6ium, Dusseldorf, Aug.-Sept./1976.

Page 141: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1 3 O

42. WILSON, J. W. A. - Design Considerations Relativy to Elec-

tric Vehicle Separately - Excited DC Motor Drives. P~o­

ceedlng6 06 5th Inte~natlonal Elect~lc Vehlcle Sympo-

6lum: 2-5, Philadelphia, Oct./1978.

43. GUTBERLET, H. et alii. - Simple Electric Drives with Seconda

ry Gears Drives Conception

dlng6 06 4th Inte~natlonal

and Operating Results. P~ocee-

Elect~lc Vehlcle Sympo6lum,

Dussel dorf, Aug. -Sept. /1976.

44. MIERSCH, R. e STEPHAN, W. - Design of a Sub-Compact Electric

Passenger Car. P~aceedlng6 06 5th Inte~natlanal Elect~lc

Vehlcle Sympa6lum, Philadelphia, 1978.

45. ALTENDORF, J. P. - Performance of Different Propul sion Sys­

tems for Electric Vehicles. P~aceedlng6 06 5th Inte4na­

tlanal Elect4lc Vehlcle6 Sympa6lum, SAE 782302, Philadelf

hia, 1978.

46. SZAJNER, J. et al ii. - Desempenho de um Vei.culo Elétrico e

Bateria com Transmissão Automãtica. Ap4e6entado na VII

COBEM, 123-133, Überlância, Dez./1983.

47. GRIFFITH, J. T. - Performance of an Electric Van Fitted With

a Hydrodinamic Torque Converter Transmission. P~oceedlng6

06 4th Inte4natlanal Elect4lc Vehlcle6 Sympa6lum, Dussel­

dorf, Aug.-Sept./1976.

Page 142: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1 31

48, RATCLIFT, J, E. - Torque Converters .•.. Electric Vehicles

Competitive. P.1toc.e.e.d.ütg.6 oó 4;th In;te.JtnaLfonaL ER.e.c.tJtic. Ve.

hic.R.e.1., Sympo1.,ium, Dusseldorf, Aug.-Sept./1976.

49. STEFFENS, F. - Development of a Hybrid Electric Vehicle Sys­

tem. ER.e.c.;tJtlc. Ve.hlc.le. Ve.ve.Lopme.n;t1.,, London, 11: 1-4, S!Jpt,

/ 1 981.

50, CORBETT, A. E. & ROERIG, C. S. - Energu Util ization in Elec-

tric Vehicles. Ele.c.t.1tlc. Ve.hlc.Le. Ve.ve.Lopme.n;t.6,

11:10-13, Sept .. /1981..

London,

51. MIERSCH, R. - The Gasoline Electric Hybrid Propulsion System

in the VW City Taxi. P.1tac.e.e.dlng1., 06 5;th Inte.Jtna;tlonaL ER.e.c.

;tJtlc. Vehlc.R.e.1., Sympa.6lum, SAE 782403, Philadelphia, Oct./

1978.

52. ROAN, V. P. e HARDY, R. S. - Optimization of a Diesel Elec­

tric Series Hybrid Vehicle. P.1tac.e.e.dlng1., aó 5;th Inte.Jtna;tl~

naL ER.e.c.tJtlc. Ve.hlc.le. Sympo1.,lum, Philadelphia, Oct./1978.

53. STRIFLER, P. - Hybrid Propul sion Systems for Electric Road

Vehicl es for Short Range Publ ic Passenger Transport - Test

and Operational Experience - Prospects. P.1toc.e.e.dlng1., 06

4;th Inte.Jtna;tlonaL ELe.c.tJtlc. Ve.hic.Le. Sympo.6lum, Dusseldorf,

Aug.-Sept./1976.

Page 143: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1 3 2

54. SHERIDAN, D. C. et alii - A Stúdy of the Energy Utilization

of Gasoline and Battery - Electric Powered. Special Purpo­

se Vehicles. Pnoc.e.e.ding-0 06 Automative. Engine.e.ning Con­

gne.-0-0 and Expa-0ition, SAE 760119, Detroit, Feb./1976.

55. VAN DONGEN, L. A. M. - Propulsion of Electric Vehicles - Mat

ching Components to the Energy Requirements of the Vehi­

cle.Elect~ic Ve.hicle.-0 Ve.ve.lapme.nt-0, London, 17-22, Dec./

1980.

56. BRUSAGLINO, G. - Research for an Electric City Car.r Pnoc.e.e.d-

SAE 7415, Feb./1974.

57. GORLACH, V. - Efficiency Versus Operating Range in Electric

Vehicles. P~oc.e.e.ding-0 06 3nd Inte.nnatianal Ele.c.tnic. Ve.hi­

c.le. Sympa-0iu.m, SAE 7419, Feb./1974.

58. WALZ, A. H. - Theoretical Approach to Electric Battery Ve-

hicle Performance - Pnoce.e.ding-0 06 3nd Inte.nnational Ele.e.

tnic. Ve.hic.le. Sympo-0iu.m, SAE 7418, Feb./1974.

59. WHITE, K. E. - A Digital Computer Program for Simulating

Electric Vehicle Performance. Pnoc.e.e.ding-0 06 Congne.-0-0 and

Expo-0ition, SAE 780216, Detroit, Feb,-Mar./1978.

60. NELSON, R. H. et alii. - Electric Vehicle Simulation Program.

V e.hic.le.

Page 144: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

133

Sympo1.,{um, Philadel phia, Oct./1978.

61. SILVARES et alii. - Simulação do Desempenho de um Veiculo

Automotor em um Ciclo Operational Tipice. Apresentado no

VII COBEM, 405-414, Uberlândia, Dez./1983.

62. KOSTOPOULOS, G. K. - Computer Simulation of Electric Vehicle

Performance. Pnoceed{ng1., 06 5th Intennat{onal

Veh{cle Sympa1.,{um, Philadelphia, Oct./1978.

63. MARGRAIN, P. - The Electric Vehicle MUSE. Pnoceed{ng1., 06 5th

I ntennat.<-o nal El ectn{c Veh{cle S 11mp 1ü {um ,

Oct./1978.

Philadelphia,

64. BliAIR, P. D. - Model ing Energy and Power Requirements of

E l e e t r i e V eh i c l e s • E n eng y C a n v en1., {o n , l 8 ( 3 ) :

1978.

127-134,

65. DEN OUDEN, W. et al ii. - The Discharge Process of Lead-Acid

Battery in an Electric Vehicle. ElecZn{c Veh{cle Vevelop­

ment1.,, London, 9: 6-9, Mar./1981.

66. KRUGER, R.; BARNICK, J. W. - Battery Ratings. Proceedings of

Automotive Engineering Congress and Exposition, SAE

660029, Detroit, Jan./1966.

67. SPARKS, R. H. - Rapid Charging Batteries for Electric Propu.!_

sion Systems. SAE Papen 720109, 1972.

Page 145: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

1.3 4

68. KASSEKERT, D. W. et al ii. - High Power Density Bipolar Lead­

Acid Battery for Electric Vehicle Propulsion.P4oceedlnga

o·6 11;th IECEC, l: 411-423, SAE 769070, Sept./1976.

69. KUSKO, A. - Sol id State DC Motor Drives. Massachussets Ins-

titute of Tecnology Press, 1969.

70. ARTAMONOV, M. D. et al ii ... - Motor Vehicles Fundamental s and

Design. MIR Publishers, Moscow: 94-170, 1976.

71. RUSSEL, J. B. - Aerodynamic Design, Part-2: Loift, Drag and

Pitching Moment. The Jou4naL 06 Au;tomo6lve Englnee4lng

Sept./1970.

72. STAFFORD, L. G. & RUSSEL, J. B. - Aerodynamic Design, Part

I: The Fundamentae Principles. Jou4naL 06 Au;tomo;tlve Engi

nee4lng, Apr./1970.

73. STAFFORD, L. G. - Aerodynamic Design, Part 2: Loift, Drag

and Pitching Moment. The Jau4naL 06 Au;tomo~lve Englnee-

4lng, June/1970.

74. LUNDSGAARD, J. S. - Assessing Batteries for Electric Vehi-

cles - A Danish Laboratory Test. P4oceedlnga 06 ELec;t4lc

VehlcLe VeveLopmen;ta, London, 13: 1-4, Mar./1982.

Page 146: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 3 5

75. DUBEY, G. K. - Calculation of Filter Inductance for Chopper

- Fed DC Separately Excited Motor. Pnoc:c:edlng,, ,f_e:t;te.,'L 06

the. IEEE, 66(12), Dec. 1978.

76. MENGA, P. - On-The-Road Evaluation of the Efficiency of

Propulsion System of City Mans. Pnoc:e.e.dlng6 06 4:th In:te.n

na:tlonal Ele.c::tnlc Ve.hlc:le. Sympo6lum, Dusseldorf, Aug./

Sept. 1976.

77: BURROUS, B. W. et alii - Semi-Industrial Batteries for Ele~

tric Vehicle Fleet Application. Pnoc:eedlng6 06 5th In:ten

,rntlo1rnl Ele.c.t,1.lc Vdtlcle. Sympo,s,i.wn, SAE 783301, Phila­

delphia, Oct. 1978.

78. RADTKE, R. et al ii - Simulation of Automobiles Mileage and

Emissions by Use of Dynamic Models and Real Component Da

ta. Ptwc:ee.dlng6 06 70,t/1 IECEC, SAE 759025, 1975.

79. LILES, A. W. & FETTERMAN, G. P. Jr. - Selection of Driving

Cycles for Electric Vehicles of the 1990,'s. rnoc:eedln96

06 r,;th IECEC, SAE 769066, l: 390-395, Sept. 1976.

80. HARHAY, W. C. & BOZEK, J. - Basel ing Test Data for the EUA

Electric Vehicle. Pnocee.dlng6 06 11,th IECEC, SAE 769069,

l: 404-410, Sept. 1976.

81. SAE J227a, Electric Vehicle Test Procedures, SAE Recommen­

ded Practi Ge, SAE Hand Boofl 1: 27. 07-27 .12, Mar. 1971

(Rev. 1976)

Page 147: SIMULAÇAO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VE!CULOS … · tos necessãrios para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Se). SIMULAÇÃO DIGITAL DE DESEMPENHO DE VEÍCULOS HiBRIDOS

l 3 6

82. WEG Eletromotores S. A. - Dados e Curvas Caracter1sticas de

Motores de Corrente Cont1nua, Jaragua do Sul, Jul. 1983.

83. ALTENDORF, J. P. et alii - Preliminary Results of Tr.ials

of Electrically Driven Commercial l'ehicles. P1Lcceeding1.i

06 4th InteJtnational Elect!L{cal Vehicle Symµoaium, Dus­

seldorf, Aug./Sept. 1976.