Silva. Sentimentos E Emoções - Um Estudo Com Professores E Alunos Do Curso de Medicina...

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Sentimentos E Emoções - Um Estudo Com Professores E Alunos Do Curso de Medicina Veterinária.

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SENTIMENTOS E EMOES: UM ESTUDO COM PROFESSORES E ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA VETERINRIA17SENTIMENTOS E EMOES: UM ESTUDO COM PROFESSORES E ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA VETERINRIASilva, Anglica do Rocio Carvalho PUC-SP UNIFEOBGT: Psicologia da Educao / n.20Agncia Financiadora: CAPESIntroduoA docncia em Medicina Veterinria um campo de pesquisa ainda pouco explorado e um enfoque que considere o aluno e o professor deste curso de forma integrada, levando em conta a afetividade, cognio, aspectos motores e suas relaes com o processo ensino-aprendizagem inexiste. Como professora deste curso, percebi a desvalorizao dos sentimentos, da expresso emocional e das tenses corporais dos alunos e professores do curso, inclusive por eles mesmos. Esta constatao deu origem a um incmodo devido inclusive, s minhas experincias pessoais e profissionais. Ao reprimir sentimentos e emoes, tive como resultado at mesmo, alteraes fsicas e funcionais. O processo de reverso destes problemas foi iniciado por intermdio de terapias corporais que enfatizavam a abordagem concomitante de aspectos corporais e psicolgicos, como a Bioenergtica. A partir da verificao da estreita associao entre experincias da vida, emoes, corpo e capacidade de pensar a respeito disto, percebi a possibilidade de um caminho integrador que poderia beneficiar alunos e colegas de profisso. Concomitantemente ao aprofundamento em Bioenergtica e ao trabalho docente, a busca de conhecimentos na rea de Educao tornou-se um objetivo e conduziu-me ao estudo da Teoria do Desenvolvimento de Henri Wallon, que permitiu maior embasamento s minhas experincias, agregando subsdios tericos e somando-se Bioenergtica na construo desta pesquisa.O interesse em estudar e desenvolver pesquisas na rea educacional ainda incomum entre os professores do curso de Medicina Veterinria, pois a formao acadmica deste curso no inclui o estudo desta rea na constituio do profissional veterinrio, nem do docente. A formao do mdico veterinrio coincide com o que vrios pesquisadores da rea educacional afirmam a respeito da formao de docentes, especialmente nas profisses que formam profissionais liberais.O despreparo e at o desconhecimento cientfico do que o processo de ensino-aprendizagem so freqentes entre os professores da maioria das instituies de ensino superior, conforme Chaves (2001) e Pimenta & Anastasiou (2002). Ao se referir aos professores de Medicina Veterinria, Badini (1996) afirma que eles normalmente so autodidatas, havendo poucos com alguma formao especfica na rea de Pedagogia.Ruiz (2002), referindo-se atuao docente no curso de Medicina Veterinria, na Espanha, aponta a maior valorizao da pesquisa, quando comparada ao ensino, o que coincide com o apontado por outros autores como Cunha (2001) e Pimenta & Anastasiou (2002). Grande porcentagem dos professores do ensino superior formada como profissional e pesquisador de uma rea especfica, no relacionada Educao, tendo desconsideradas suas necessidades formativas para a docncia e tambm o seu preparo para a reflexo e atuao crtica nas relaes interpessoais, nas instituies e na sociedade.Badini (1996), referindo-se Medicina Veterinria, acredita que a falta de preparao especfica para a docncia faz com que muitos professores demonstrem insegurana em seu relacionamento com os alunos, utilizem tcnicas de ensino e assumam posicionamentos que inclusive, podem atrapalhar sua atuao docente. A formao do professor de Medicina Veterinria um tema pouco explorado, uma vez que, em seu incio, este curso visava formar profissionais que atuassem basicamente no tratamento das enfermidades dos animais. Com a evoluo da profisso e das condies de vida do homem e dos animais, outras reas que envolviam a produo animal, a sade humana e as interaes com os animais de estimao se desenvolveram. Atualmente, a Medicina Veterinria compreende trs grandes reas, conforme Lloyd & Dartt (2000): a sustentabilidade do elo homem-animal, pela preservao da sade e longevidade dos animais de companhia; a promoo da segurana e qualidade dos alimentos, pelo cuidado com os animais de produo; e o suporte pesquisa em sade humana e animal, pela produo e manuteno da sade de animais de laboratrio. Estas reas ainda se subdividem em sub-reas especficas. Com o objetivo de formar um profissional que conhea as trs reas e possa escolher uma delas para sua atuao profissional, o curso de Medicina Veterinria oferece aulas tericas e prticas, que envolvem raciocnio lgico, capacidade de abstrao, alm do treinamento de habilidades corporais necessrias para a realizao de tarefas como inseminao artificial, cirurgias, etc. Entretanto, no h reflexo nem discusso a respeito da afetividade e dos aspectos corporais e motores Motor: aquilo que imprime o movimento, que contribui para execut-lo (Manuila et al., 1997). de docentes e alunos, implicados nestes processos. Em uma pesquisa bibliogrfica realizada a partir das bases de dados CAB Abstracts CAB Abstracts: base de bibliogrfica das reas ligadas agricultura e cincias da vida aplicadas. , MEDLINE MEDLINE: base bibliogrfica de dados das reas de enfermagem, odontologia, medicina, medicina veterinria e sade pblica, mantida pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos., ERIC ERIC: base de dados da rea de educao, fundado pelo Instituto de Cincias da Educao do Departamento de Educao dos Estados Unidos. e PsycINFO PsycINFO: Base internacional de dados da rea de psicologia., foi possvel perceber o pequeno nmero de pesquisas que enfocam a emoo ligada ao ensino de Medicina Veterinria. A maioria das pesquisas refere-se ao ensino de reas especficas, priorizando o treinamento de situaes prticas e implementando o contato com profissionais atuantes nas vrias reas. Tambm destacam o estudo de formas e contedos a serem utilizados para que haja o aprendizado do aluno. A funo do professor enfatizada como transmissor de conhecimentos e dos meios como obt-los. Os aspectos afetivo e motor, que pelos conhecimentos de psicologia e psicomotricidade tm grande influncia nas aprendizagens, no so abordados como atuando em conjunto com a cognio.No que se relaciona s emoes, pode-se citar o trabalho de Paul & Podberscek (2000) que analisa as atitudes de estudantes de Medicina Veterinria diante de situaes ligadas ao bem-estar animal. Eles percebem maior distanciamento e endurecimento emocional dos participantes nas relaes com os animais, medida que o contato com situaes clnicas aumenta e sugerem que esta seja a forma encontrada para lidar com os conflitos relativos rea mdica. Heath (1996) aborda o ato de cuidar e a compaixo nas faculdades de Medicina Veterinria, sugerindo que seja esclarecida, aos alunos, a importncia de eles, desde a vida acadmica, considerarem os aspectos ligados ao cuidado e compaixo com os animais e sua prpria estruturao emocional.Neste mesmo trabalho, Heath (1996) demonstrou, a partir de um levantamento bibliogrfico em bases de dados relacionadas Medicina Veterinria, que o enfoque dado palavra caring (cuidado, afetivo) nos artigos cientficos selecionados, de um cuidado objetivo, sem envolvimento emocional, o que revela a inteno de se manter um padro nas pesquisas cientficas em Medicina Veterinria, no qual os aspectos emocionais e subjetivos que envolvem o ato de cuidar e compadecer-se no sejam abordados.Pode-se perceber que as pesquisas na rea de Medicina Veterinria priorizam a cognio em detrimento dos componentes afetivos e motores do indivduo e abordam as questes relacionais de forma dirigida apenas s necessidades de comunicao para o exerccio profissional.A partir da minha vivncia pessoal e profissional e dos dados apresentados pela literatura, uma questo surge da importncia reputada ao enfoque integrador como indispensvel nos processos formativos, significando que devam ser considerados em conjunto os aspectos afetivo, motor e cognitivo, como prope Henri Wallon. Diante destas consideraes e acreditando que a mobilizao corporal por meio dos exerccios de Bioenergtica pode gerar mudanas afetivas e cognitivas no indivduo, que influenciaro nas relaes interpessoais e no processo ensino-aprendizagem, coloca-se o seguinte problema:Em havendo condies de um grupo de alunos e um grupo de professores contatarem suas emoes e sentimentos, refletirem sobre eles e expressarem-nos verbalmente, em situaes criadas para esse fim, por meio do uso de exerccios de Bioenergtica como facilitadores, pergunta-se:Quais so as mudanas relatadas pelos professores em seus sentimentos e emoes, em seu corpo, nas suas relaes com os animais, com os colegas, com os alunos, com as pessoas em geral e em seus estudos e atividades de ensino?Quais so as mudanas relatadas pelos alunos em seus sentimentos e emoes, em seu corpo, nas suas relaes com os animais, com os colegas, com os professores, com as pessoas em geral e em seus estudos e aprendizagem?Fundamentos terico-metodolgicosA integrao entre cognio, emoo e movimento corporal um tema discutido h muitos anos. Atualmente, pesquisas em neurocincia comprovam esta inter-relao ao verificarem a existncia de conexes neurais, a plasticidade cerebral e a transmisso de estmulos s clulas de vrias partes do corpo tanto por vias eltricas, como qumicas (substncias de informao: peptdeos, hormnios, etc.), que permitem respostas adaptativas que viabilizam a sobrevivncia. Estas constataes vo de encontro a idias sustentadas por Henri Wallon (1879-1962) - mdico francs, que props sua Teoria do Desenvolvimento a partir da observao de crianas e adultos - e pela Bioenergtica, terapia de abordagem corporal, elaborada por Alexander Lowen, mdico e terapeuta corporal, nascido em 1910, nos Estados Unidos.Conforme as proposies de Wallon e os princpios da Bioenergtica, o homem um ser vivo integrado sociedade, constitudo por um corpo com movimentos, sentimentos e pensamentos. Todas as funes tm como substrato a estrutura corporal e esto interligadas, influenciando-se mtua e continuamente. Porm, para que essas funes possam se realizar, alm do corpo, so necessrios estmulos e recursos obtidos no meio, destacando-se o meio humano. Wallon (1985, 1995a) considera que a pessoa Pessoa: resultado da integrao das dimenses motora, afetiva e cognitiva, de forma dinmica e em constante relao com o meio social e com o meio fsico (Mahoney, 2000). est sempre inteira e em constante movimento devido s contnuas interpenetraes e rearranjos que ocorrem entre as dimenses afetiva, cognitiva e motora. Esta pessoa interage com o outro e com o meio, influenciando e sofrendo influncias, continuamente. tambm este processo que proporciona o desenvolvimento da criana at o estgio adulto, alternando preponderncias entre as dimenses, mas sempre mantendo a unidade. Conseqentemente, a alterao em uma das dimenses gera modificaes na pessoa e, deste modo, na interao e nos meios. Lowen (1970, 1979) considera o corpo como um sistema energtico em constante interao com o meio. Para ele, h uma identidade funcional entre corpo e mente. Qualquer alterao na forma de pensar de uma pessoa e, portanto, em seus sentimentos e comportamento est associada a uma mudana em seu corpo e vice-versa. A relao entre estes aspectos e seu desenvolvimento ocorre em estreita correlao com a sociedade e com o meio ambiente.A integrao, apontada por Wallon e por Lowen, confirmada pela anlise da evoluo adaptativa da espcie e das descobertas da neurocincia. Ambos afirmam que alteraes em qualquer um dos aspectos da relao plurifatorial e multidirecional que o ser humano podem desencadear progressos e bem-estar, ou bloqueios e mal-estar, influenciando inclusive a capacidade de sobrevivncia. O desenvolvimento da criana considerado, por ambos, como um processo contnuo, embora irregular, existindo momentos de parada aparente para a aquisio e fixao de uma experincia e aprendizado, a fim de que se possa estar preparada para uma nova ascenso. Este processo envolve crescimento e maturao dos rgos, aquisio de habilidades motoras e conhecimento, expanso nos relacionamentos, fases estas justapostas entre si e ocorrendo em um ambiente cultural e social (Lowen, 1982; Wallon, 1975a, 1995a). importante salientar que, exceo do crescimento e maturao dos rgos, os demais processos continuam ocorrendo em todas as fases da vida do homem.O tnus Tnus: estado de tenso leve e permanente, existente nos msculos viscerais e nos estriados (ex. msculos dos membros) (Manuila et al, 1997). muscular enfocado por Wallon e por Lowen como fundamental na constituio e na expresso das emoes, na composio das atitudes Atitude: expresso e acomodao que ocorre no organismo, a partir da funo postural, diante das situaes. Prepara a atividade, dando-lhe uma direo e assegurando sua unidade, coerncia e desenvolvimento (Tran-Thong, 1981). e do carter Carter: Constitui para cada indivduo, a sua maneira habitual ou constante de reagir (Wallon,1995b). Modo tpico, habitual ou caracterstico de ser e comportar-se de uma pessoa (Lowen,1986). e, portanto, na capacidade de interagir com o outro e com o meio. O hipertnus e o hipotnus so indicativos de ausncia de equilbrio entre a tenso e o relaxamento muscular, segundo Wallon, (1995b), e entre carga e descarga, de acordo com Lowen (1982). Lowen (1975,1979) indica a possibilidade de haver formao de tenses crnicas oriundas de conflitos emocionais no resolvidos, causando limitao nos movimentos e alteraes na capacidade perceptiva e na conscincia do indivduo, afetando sua vida de relao. Wallon (1995b) menciona o hipertnus como expresso de raiva e irritabilidade, ou estando presente em situaes de medo estimulante, como nas brincadeiras de esconder das crianas, em que o retardo para a sua resoluo acentua o prazer da atividade. O hipotnus, para ele, poderia, em uma situao extrema, causar o desfalecimento do indivduo e a obnubilao sensorial e mental - ictus. Ambos consideram a inter-relao entre os aspectos motores, emocionais e mentais, mas em nenhuma das situaes Wallon se refere cronicidade das tenses musculares, como faz Lowen. Wallon prioriza a demonstrao terica da integrao funcional entre os conjuntos funcionais (motor, afetivo, cognitivo e pessoa), em um meio social, sem pretender abordar ou discutir as possveis mudanas resultantes do desequilbrio entre esses componentes. Lowen considera a integrao dos mesmos componentes, mas enfoca principalmente as modificaes que ocorrem quando h alterao em algum destes elementos e prope uma abordagem corporal a fim de restabelecer o equilbrio do indivduo como um todo.Por meio da mobilizao corporal, os exerccios de Bioenergtica podem favorecer novas configuraes mentais e emocionais no indivduo, permitindo que a integrao entre estes componentes possibilite a auto-expresso, a ao e a troca com o outro e com o meio de forma mais adequada s necessidades e realidade. Em conformidade com a neurocincia, por meio desta proposta, novos caminhos neurais podem ser estruturados, favorecendo a reformulao mental, emocional e corporal do indivduo, o que desvelaria, segundo a abordagem walloniana, a integrao das dimenses constituintes da pessoa. importante ressaltar que os exerccios de Bioenergtica, na forma como so utilizados nesta pesquisa, tm como funo permitir que os envolvidos no processo percebam como inibem ou bloqueiam o fluxo de energia no seu corpo, como ocorre a limitao de sua respirao, a restrio de sua movimentao, de sua auto-expresso e de sua vitalidade, conforme apontado por Lowen (1982) e Lowen & Lowen (1985), havendo a possibilidade da conscientizao das limitaes e dos estados emocionais que os modelam corporalmente. Inclusive, os exerccios de Bioenergtica podem surtir resultados variados, em diferentes indivduos na dependncia das constituies fsicas e do desenvolvimento individual, alm do contexto, durao e momento em que so realizados. Porm, como ressaltam Lowen & Lowen (1985), a realizao de exerccios de Bioenergtica no um substituto da terapia. Eles no resolvero problemas emocionais profundos, os quais, geralmente, requerem uma competente ajuda profissional (p. 13). Ao considerar o aprendizado como uma complementao da capacidade adaptativa do indivduo e da espcie (Rocha, 1999), a funo da escola em qualquer de seus nveis torna-se fundamental. Mesmo que o aluno j tenha suas estruturas e funes orgnicas amadurecidas e seja um adulto, o contnuo movimento entre as vrias dimenses que o compem fazem com que a abordagem integrada seja o caminho para que o bem-estar e a adaptao sejam atingidos. Esta anlise vlida tambm quando se considera o professor, pois a escola o seu meio profissional e as relaes pedaggicas so partes de seu aprendizado como pessoa. Apesar de suas formaes acadmicas no terem sido voltadas para o ensino, Wallon (1979a,b,c,d, 1985, 1995a) e Lowen (1970, 1982, 1983, 1986) ressaltam a importncia da educao na formao do homem. No que se refere educao formal, Wallon props uma pedagogia explcita, no Projeto Langevin-Wallon (1947) e em vrios textos especficos sobre a educao. Implicitamente, sua Teoria do Desenvolvimento pode ser considerada como instrumento de reflexo e ao no processo de ensino-aprendizagem e nas relaes que incluem o professor e o aluno. Wallon ressalta que tanto o professor como o aluno so pessoas completas, com cognio, afeto e movimento que se afetam reciprocamente e so afetados pelo meio social, cultural e fsico, onde interagem. Desta forma, professor e aluno so complementares, e qualquer modificao em um deles interfere no outro (Almeida, 2000, 2004).Diante desta condio, importante que o professor busque conhecer seu aluno e apreender seu ponto de vista, mas, tambm, se volte para si, percebendo seus sentimentos, seus conhecimentos e suas posturas, a fim de enriquecer e incrementar a sua capacidade de observao (Gulassa, 2004).Lowen (1970) considera o aprendizado como uma atividade criativa. No est relacionado apenas cognio, liga-se ao ser humano em sua totalidade e visa o bem-estar e o autoconhecimento. O conhecimento implica a apreenso da informao pelo indivduo com seus aspectos afetivo, corporal e mental, transformando-a em algo que lhe possa ser til e lhe traga o prazer da descoberta de si e do meio. O ensino e a aprendizagem tm maior chance de sucesso quando h amor, aceitao, respeito e liberdade para as prprias tentativas e descobertas, na relao entre o mestre e o aluno (Lowen, 1983). Por outro lado, uma relao repleta de exigncias e expectativas incompatveis com a individualidade dos sujeitos, inibe a compreenso, de si, do outro e do meio, e tambm o conhecimento, podendo levar o indivduo alienao em relao aos outros, a suas responsabilidades, ao seu trabalho e a si mesmo (Lowen, 1979).De acordo com as colocaes de Lowen, pode-se perceber que a relao professor-aluno de fundamental importncia na constituio de ambos como indivduos autnomos, autnticos, em contato consigo, com a sociedade e com o meio ambiente, aspectos que o aproximam dos objetivos propostos por Wallon. A pesquisaO trabalho de pesquisa foi realizado em uma Faculdade de Medicina Veterinria, localizada em uma cidade do interior do Estado de So Paulo. No perodo em que a pesquisa foi desenvolvida, trabalhavam nesta faculdade 42 docentes e estudavam 356 alunos, distribudos nos cinco anos de durao do curso.O trabalho foi desenvolvido basicamente em quatro etapas:Questionrio sobre sentimentos e emoes;Exerccios de Bioenergtica;Entrevistas;Organizao, anlise e discusso dos dados.Foi elaborado e aplicado um questionrio que objetivou conhecer os sentimentos e emoes de professores e alunos em aulas tericas e prticas, suas causas e seu manejo, alm de verificar se os professores e alunos acreditavam que estes sentimentos tinham alguma influncia no processo de ensino-aprendizagem. Foram distribudos 180 questionrios e no total, houve devoluo de 36, sendo 21 de alunos e 15 de professores.As situaes que geravam bem e mal-estar nos professores estavam ligadas sua relao com os alunos: interesse e cooperao causavam bem-estar e desinteresse, mal-estar. Para os alunos, o bem-estar estava associado s aulas prticas e/ou interessantes e a situaes de acerto. O mal-estar surgia em aulas desinteressantes, contato com professores desestimulados, em situaes de erro e diante do sofrimento de animais.Os professores manejavam os problemas mormente reformulando as estratgias de aula e os alunos, relataram o empenho e a manuteno da calma, como principais formas de lidar com o mal-estar.A maioria dos professores e alunos relatou a ocorrncia de reaes corporais. As mais citadas foram cansao e dores de cabea. Tambm a maioria dos participantes considerou que os sentimentos e emoes influam no processo ensino-aprendizagem.Os sentimentos relatados pelos docentes tendiam a ser de bem-estar, especialmente durante as aulas prticas. Eles indicaram que os sentimentos de bem-estar mais freqentes eram de prazer, realizao, tranqilidade e motivao e o mal-estar foi associado principalmente, a sentimentos relacionados ao desnimo, ansiedade e raiva.Os alunos expuseram uma tendncia a sentir mais mal-estar que bem-estar, tanto nas aulas tericas como prticas. Apesar de que nas aulas prticas, os sentimentos de bem-estar eram mais freqentes que nas tericas. A maioria dos sentimentos de bem-estar, relatada pelos alunos, estava associada motivao, ao prazer e realizao. Os sentimentos de mal-estar demonstraram uma inclinao ao desnimo, desprazer, insegurana, ansiedade e medo. Nas aulas prticas, o sentimento de compaixo em relao aos animais tambm foi destacado.A partir dos sentimentos e emoes, os exerccios de bioenergtica foram selecionados e distribudos em oito encontros semanais com a durao mdia de uma hora, incluindo os exerccios propostos e uma conversa em grupo, cuja finalidade era verificar como os participantes estavam se sentindo naquele momento, como haviam passado desde o ltimo encontro, e tambm explicitar os objetivos dos exerccios feitos no dia. A fala dos participantes nesses momentos ocorria de forma livre e voluntria, de acordo com sua disposio para se expressar. O contedo dos relatos era anotado, enquanto era apresentado, a fim de ser possvel acompanhar o processo de cada encontro. Os exerccios foram realizados, em grupos separados, pelos alunos e professores que haviam respondido o questionrio e se dispuseram a participar desta fase do trabalho. Houve participao de sete alunos e sete professores. importante ressaltar que a escolha de exerccios de bioenergtica para um grupo, bem como sua conduo, deve ser feita por indivduos com a preparao especfica para tal. A partir dos sentimentos apontados pelos alunos, o trabalho corporal proposto teve como objetivos gerais: estimular as sensaes de bem-estar e disposio, minimizando as sensaes de ansiedade; ampliar a autopercepo, a percepo e a troca com o outro e reduzir as tenses musculares, alm de permitir o contato com a expresso da agressividade e do medo mantendo a capacidade de sustentao, acolhimento e reestruturao corporal do indivduo. Diante dos sentimentos apontados pelos professores, o trabalho corporal objetivou: estimular as sensaes de bem-estar e disposio, minimizando as sensaes de estresse e desgaste; ampliar a autopercepo, inclusive de sua capacidade de sustentao, e a possibilidade de troca com o outro, apreendendo os limites de ambos. Ao final deste perodo, foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas, sendo a primeira logo aps o encerramento da seqncia de encontros e a segunda, seis meses depois. As entrevistas visaram assegurar que fossem obtidas informaes a respeito dos tipos de mudana, como e quando foram percebidas. Buscaram-se especialmente as alteraes percebidas em si mesmos, nos aspectos afetivos, corporais e cognitivos; nas relaes interpessoais, principalmente com colegas, alunos e professores; nas relaes com os animais e na relao com os estudos, aprendizados e tambm, no caso dos professores, na preparao de aulas. importante ressaltar que todos os dados obtidos foram baseados nas informaes dos participantes e devem ser considerados dentro dos limites de uma comunicao verbal. No houve observaes que confirmassem ou descartassem o que foi percebido e relatado pelos sujeitos da pesquisa.Os dados obtidos a partir das entrevistas foram separados em unidades de significado e agrupados de acordo com categorias relacionadas pergunta de pesquisa: mudanas nas emoes e sentimentos e nos aspectos corporais; mudanas nas relaes com animais; mudanas nas relaes com professores e colegas, no caso dos alunos e mudanas nas relaes com alunos e colegas, no caso dos professores; mudanas nas relaes interpessoais; mudanas relacionadas ao estudar e s provas tericas, para os alunos e ao estudar, para os professores. Foi includa outra categoria, a partir dos dados obtidos: mudanas na forma de lidar com as situaes em geral. Relatos dos alunos e professoresA partir da organizao dos dados obtidos nas entrevistas, a integrao dos aspectos afetivos, cognitivos e motores torna-se evidente, assim como suas mltiplas combinaes em relao estreita com a importncia do outro na constituio da pessoa e dos grupos. No que se refere s emoes e sentimentos, os alunos referiram que o estresse, o nervosismo e a impacincia cederam lugar tranqilidade, melhora no humor, calma e reduo na ansiedade, concomitantemente com a reduo na tenso corporal e relaxamento.Os sentimentos de mal-estar referidos podem ser enfocados como gerados pela impossibilidade de liquidar a tenso, acumulando excesso de tnus nos msculos, inclusive nos ligados respirao, controlada involuntariamente e tambm pela vontade. A partir da mobilizao corporal, a respirao foi expandida, os msculos, alongados e o tnus reduzido, permitindo o prazer, que de acordo com Wallon (1985, 1995b) est associado ao equilbrio entre tnus e movimento e que para Lowen (1982), relaciona-se ao equilbrio de carga e descarga de energia.Nas relaes com os animais, percebe-se que as mudanas relatadas no foram normalmente associadas aos exerccios de Bioenergtica, mas s experincias relacionadas ao curso de Medicina Veterinria, conduzindo a um maior distanciamento, o que coincide com o apontado por Paul & Podberscek (2000).Por meio dos relatos, foi possvel notar que houve uma tendncia ao incremento no contato com colegas e professores, associado reduo na inibio, principalmente na relao com os docentes, e maior tolerncia e compreenso na relao com os colegas. Conforme indica Lowen (1983), ao adequar as funes perceptivas e motoras, o indivduo pode se perceber e perceber o outro, de forma mais integrada e completa do que fazia quando as tenses corporais o limitavam. Por meio deste processo, a autoconfiana tambm aumentada possibilitando que os seus sentimentos sejam valorizados, assim como os do outro, o que favoreceu, neste caso, a relao professor-aluno e aluno-aluno.Em relao ao estudar e s provas tericas, os alunos citaram o aumento de tranqilidade, organizao e segurana, como mudanas percebidas aps os exerccios. Durante as aulas tericas, houve uma tendncia de os alunos copiarem menos a matria exposta pelo professor, mas prestarem mais ateno. O interesse a manifestao de uma atitude de orientao apropriada para o aprendizado e a ateno a capacidade para conserv-lo, garantindo sua continuidade e coerncia, segundo Tran-Thong (1981). O tnus muscular responsvel pela atitude pode, porm, fixar-se num esforo inadequado, impedindo a aprendizagem, em vez de auxili-la. Por sua vez, Lowen (1970, 1979) diz que a reduo nas tenses corporais permite maior adequao dos movimentos e dos pensamentos realidade, o que gera maior segurana e incremento da autoconfiana, como foi relatado pelos alunos.As relaes interpessoais tiveram como mudana predominante o aumento da tolerncia e da pacincia. Na forma de lidar com as situaes, a pacincia e a tranqilidade foram as mudanas mais relatadas pelos discentes. A partir da percepo de sua integrao, constituio e possibilidade de apoio tanto fsico, por meio dos seus ps, como social, por intermdio do grupo, os alunos puderam experenciar sua segurana e autoconfiana, suplantando a vergonha e a timidez; alm de permitirem-se demonstrar seu afeto e suas opinies para o outro; testar e refletir sobre seus limites; organizar-se melhor na vida prtica e imprimir maior clareza e objetividade s suas aes, inclusive quelas relacionadas com o processo ensino-aprendizagem.Os professores referem um incremento em sua tranqilidade, estabilidade emocional e pacincia, alm do aumento na capacidade de perceber seus sentimentos. Estas mudanas podem ser enfocadas da mesma forma que as alteraes apontadas pelos alunos nestes aspectos, inclusive ao se pensar nos processos que estavam gerando o mal-estar como ligados ao hipertnus.O incremento na percepo de seu prprio corpo referido pelos professores ocorreu devido ao aumento da carga energtica e da reduo das contraturas musculares, alterando o metabolismo, ampliando a percepo e a conscincia das emoes e sentimentos, levando maior ateno e cuidado com o corpo. A mobilizao corporal obtida com os exerccios aumentou a disposio orgnica de vrios professores, estimulando-os a buscar atividades fsicas regulares que mantivessem o bem-estar e a disposio.Nas relaes com os animais, as mudanas ocorreram no sentido do aumento de compassividade e da maior utilizao de recursos tcnicos para lidar com eles. Isto indica uma mudana de uma racionalidade preponderante para uma maior emotividade na relao com os animais. Sugere que, aps um perodo de atuao profissional, as justificativas tcnicas deixam de ser suficientes para manter a distncia e frieza com os animais, ou a necessidade deste contato passe a ser premente, ou, ainda, existe estrutura corporal, motora e emocional suficiente para permitir a reaproximao, gerando uma alterao nessa direo.As mudanas em relao aos alunos ocorreram demonstrando tendncia a uma relao mais profissional, menos fusionada do que parecia ser, conforme os relatos, tornando-se mais focada no processo ensino-aprendizagem. interessante notar que, ao se afastar do aluno, rompendo um tipo de fuso que existia na relao, ela pode se constituir de outra forma: entre seres inteiros que compartilham responsabilidades no processo ensino-aprendizagem. A partir do compartilhar, o professor sente-se mais livre para impor e romper limites, modificando sua forma de agir na relao com os alunos e nas aulas.Com os colegas houve um incremento do contato entre os participantes do grupo. A possibilidade de estar integrado com seu corpo, sua afetividade e sua cognio permitiu que se pudesse perceber a necessidade de troca afetiva, de contato fsico com o outro, inclusive em seu ambiente de trabalho, como complemento fundamental de seu bem-estar.Nas aulas, segundo os docentes, houve mudanas no sentido de maior pacincia, tranqilidade e descontrao. Em relao ao estudar, foram apontados maior objetividade, organizao e empenho.A mobilizao corporal generalizada segundo Lowen (1982), especialmente a estimulao das sensibilidades articulares, de acordo com Wallon (1995b), colabora para que as disposies corporais e cognitivas possam ser ativadas e equilibradas. Este equilbrio favorece a realizao de atividades ligadas ao raciocnio e tambm de atividades que envolvem movimentos corporais especficos e precisos, muito importantes no curso de Medicina Veterinria. Esta mudana no domnio cognitivo reflete-se na atuao profissional do professor, como mediador entre o conhecimento e o aluno.Foi percebido pelos docentes, nas relaes interpessoais, maior calma, pacincia, aceitao das diferenas e reflexo, aps os exerccios. A tranqilidade em contraposio impulsividade e exasperao foi a mudana mais freqentemente relatada pelos professores.Ao se dirigirem para si mesmos e se reequilibrarem, retomando a vitalidade de seu corpo, os professores puderam ento se dirigir para fora, conforme os momentos de alternncia indicados por Wallon (1995a), e experenciar o contato com o outro, que diferente, mas semelhante, por ter sentimentos e expresses que merecem tanto valor quanto as suas, segundo Lowen (1983). Tambm foi possvel um enfoque mais realista das situaes, com a possibilidade de elas serem resolvidas com menos desgaste e maior eficcia, a partir da reflexo e da tranqilidade.Consideraes finaisAs atitudes constitudas e comunicadas a partir de sentimentos antagnicos podem dificultar a relao professor-aluno e, conseqentemente, o processo ensino-aprendizagem, notadamente por estarem associadas a uma relao de hierarquia. Na situao em que os professores no percebem seu corpo, nem as mensagens que transmitem por meio dele, o processo ensino-aprendizagem torna-se deficiente, sem, portanto, haver percepo, nem compreenso dos reais motivos, impossibilitando a soluo do problema e podendo, ainda, agregar novas dificuldades. O mesmo ocorre quando os alunos esto voltados para seu mal-estar, porm sem perceb-lo, nem viabilizar possveis caminhos para super-lo.Ao estabelecer contato com o corpo, suas tenses, suas capacidades e possibilidades e seus sentimentos, pode haver uma separao, uma diferenciao entre eu e o outro exterior, de forma semelhante ao apontado por Wallon (1973d). A partir desta separao, cada indivduo pode se perceber como uma unidade e ver o outro da mesma forma, reconhecendo semelhanas e apontando diferenas que demonstram as singularidades, mas permitem reflexo, relao, contato e troca com o outro. As experincias motoras, afetivas e cognitivas que ocorreram durante os encontros tiveram, por meio da conversa ao final de cada um deles, uma forma de encerramento, que, ao mesmo tempo, inaugurava um novo ciclo, o perodo de amadurecimento das mobilizaes do encontro, que poderiam se tornar, ento, mudanas. As percepes, os sentimentos e os movimentos experimentados no espao concreto eram ordenados no espao mental, por meio de palavras, para que, transformadas em representaes, pudessem permitir a reelaborao e a reflexo (Wallon, 1979a), amadurecendo talvez uma nova atitude, comportamento e modo de atuar sobre o meio.Lowen (1982) tambm destaca a importncia das palavras como forma de conferir uma qualidade real s experincias vividas no corpo, tornando-as objetivamente reais dentro da conscincia. Para ele, as palavras so o repositrio de experincias, servindo para modelar e configurar as experincias futuras. importante lembrar que uma proposta de atividade integradora que influencie o professor, tambm reflete no aluno, e vice-versa, pois esta uma relao ntima e complementar, fundamental para a constituio do profissional docente e do estudante, futuro mdico veterinrio. Esta pesquisa apenas um incio de resposta para as muitas questes relacionadas integrao dos afetos, dos movimentos e da cognio no processo de ensino-aprendizagem da Medicina Veterinria e na formao do professor desta rea. Referncias bibliogrficasALMEIDA, L. R. Wallon e a Educao. In: MAHONEY, A. A., ALMEIDA, L. R. Henri Wallon: psicologia e educao. So Paulo: Edies Loyola, 2000, pp.71-87.ALMEIDA, L. R. Ser professor: um dilogo com Henri Wallon. In: MAHONEY, A. ALMEIDA, L. R. A constituio da pessoa na proposta de Henri Wallon. So Paulo: Edies Loyola, 2004, pp.119-140.BADINI, K. B. Fatores que interferem no processo de ensino-aprendizagem, e a opinio de alunos do curso de medicina veterinria da Universidade de Marlia-UNIMAR. UNIMAR Cincias, n. 5, v. 1, 1996, pp.68-75. CHAVES, S. M. Avaliao da aprendizagem no ensino superior. In: MOROSINI, M. C. Professor do Ensino Superior: identidade, docncia e formao. 2. ed. Braslia: Editora Plano, 2001, pp.149-163.CUNHA, M. I. 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