Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação...

43
Sífilis Sífilis

Transcript of Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação...

Page 1: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Sífilis Sífilis

Page 2: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

GENERALIDADESGENERALIDADES

Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES

– Incubação– Primária– Secundária– Latente– Terciária

Page 3: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

ETIOLOGIAETIOLOGIA Treponema pallidum Família das espiroquetas:

– Borrelia/Leptospira.

Page 4: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

AQUISIÇÃO– Sexual– Congênita (passagem através da

placenta)– Contato íntimo com área com lesão

ativa (ex: beijo)– Transfusão de sangue humano ou

hemoderivados – Inoculação acidental

Page 5: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Maior infectividadeMaior infectividade

Estágios iniciais – Cancro duro– Lesões de mucosa– Condiloma plano(condilomata lata)

Page 6: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

ContágioContágio Transmissão sexual

– Beijo ou toque em pessoa com lesões ATIVAS nos lábios, cavidade oral, seios, genitália...

– Paciente com infecção ativa inocula T. pallidum em uma área do corpo que é beijada;

Sífilis congênita:– Contágio ocorre mais freqüentemente intra-

útero, apesar de ser possível a aquisição da infecção durante o parto (canal do parto);

Page 7: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

ContágioContágio Transfusão (sangue ou hemoderivados):

– Rara atualmente porque Testagem sorológica nos bancos de sangue Diminuição da incidência T. pallidum não sobrevive mais do que 24-48 horas

nas condições de armazenamento dos bancos de sangue

Acidental– Inoculação direta por picada de agulha ou

durante manuseio de material infectado (Sífilis dos dedos é mais comum entre os profissionais da saúde)

Page 8: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

CONTROLECONTROLE

PossívelMedidas enérgicasBusca de parceiros

– Tratar todos os contatos recentes, a menos que seja possível rigoroso acompanhamento dos contatos com exames seriados

Page 9: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

PATOGÊNESEPATOGÊNESE

(HORAS/DIAS)

 T pallidum penetra através da mucosa intacta ou da pele lesionada

Vasos linfáticos ou corrente sangüínea(qualquer órgão do corpo, principalmente SNC)

Lesão CLÍNICA(107

micoorganismos/gr de tecido)

INCUBAÇÃO

Page 10: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

PATOGÊNESEPATOGÊNESE Tamanho do inóculo varia de paciente

para paciente– Em coelhos 04 espiroquetas podem

estabelecer infecção O treponema se divide a cada 30-33 horas Lesões clínicas aparecem quando é

atingida a concentração aproximada de 107 microorganismos/grama de tecido

O período de INCUBAÇÃO é proporcional ao tamanho do inóculo

Page 11: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

PATOLOGIAPATOLOGIA Lesão característica: Endarterite obliterante consistindo de

espessamento concêntrico proliferativo endotelial e fibroblástico;

Encontrada em todos os estágios da sífilis; No cancro duro leucócitos e macrófagos podem

freqüentemente ser demonstrados ingerindo treponemas;

Hiperceratose é freqüentemente encontrada em lesões cutâneas de sífilis secundária e de forma marcante nas lesões de condiloma plano;

Page 12: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

PATOLOGIAPATOLOGIA Antígenos treponêmicos, imunoglobulinas e

deposição de complemento nos glomérulos, típicos de glomerulonefrite por imuno-complexo podem ser demonstrados em pacientes que desenvolvem quadro de síndrome nefrótica;

Endarterite obliterante de vaso vasorum e de pequenos vasos é o principal achado histopatológico em sífilis cardiovascular e neurossífilis meningovascular;

Page 13: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Estágios clínicosEstágios clínicosESTÁGIOS CLÍNICOS T MÉDIO DE DURAÇÃO VARIAÇÃO

Fase de INCUBAÇÃO 

3 semanas 3 a 90 dias

Fase PRIMÁRIA- Cancro no local da inoculação

3 semanas 2 a 8 semanas

Fase SECUNDÁRIA ou disseminada:-          doença generalizada;-          manifestações parenquimatosas, constitucionais e mucocutâneas;

Aparece em média 06 semanas após o

CONTATO

2 a 12 semanas após contato

Page 14: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

INCUBAÇÃOINCUBAÇÃO Maioria dos pacientes controla a infecção e não progride

para doença tardia Fatores relacionados à espiroqueta e ao hospedeiro que

determinam a evolução da infecção são desconhecidos – Parece ser crítica a resposta imune do hospedeiro

Resposta imune intensa do tipo celular– Inflamação resultante é responsável pela maioria das

subseqüentes manifestações clínicas; Escape a uma resposta efetiva do sistema imune

– Devido à “pobreza” de proteínas e lipoproteínas na membrana externa do microorganismo;

Variações antigênicas resultam em uma subpopulação de espiroquetas resistentes à fagocitose pelos macrófagos;

Page 15: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

FASE PRIMÁRIAFASE PRIMÁRIA O cancro duro não se desenvolve em todos

os casos ou pode ser tão discreto que não chega a ser percebido;

Podem ocorrer lesões múltiplas, especialmente em HIV(+);

Espiroquetas podem ser demonstradas nessas lesões;

Desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 8 semanas, mas podem persistir por períodos mais longos, especialmente em imunossuprimidos;

Page 16: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Manifestações clínicasManifestações clínicas

SÍFILIS PRIMÁRIA Cancro no local da inoculação

– Início como uma pápula única indolor– Erosão e induração– Base lisa e bordas elevadas e firmes, consistência

cartilaginosa– “Limpa”, sem exsudato– Indolor, mas sensível ao toque

Page 17: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 18: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Cancro Duro

Page 19: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Cancro Duro

Page 20: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Cancro Duro

PE -CRT DST/AIDS Rubens Yoshiaki Matsuo

Page 21: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

P.E.-CRT-DST/AIDS

Page 22: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

FASE SECUNDÁRIAFASE SECUNDÁRIA Ocorre quando o número máximo de treponemas

(grande carga antigênica) está presente no corpo, particularmente na corrente sangüínea;

Treponemas podem ser demonstrados em vários outros tecidos, especialmente pele e linfonodos;

Anormalidades laboratoriais ou a presença de treponemas ou ambos pode ser detectados no SNC, inclusive no humor aquoso ocular, em até 40% desses pacientes;

Nesse momento a resposta imune se torna bastante intensa e então pode se desenvolver um quadro de glomerulonefrite;

Page 23: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Manifestações clínicasManifestações clínicasSÍFILIS SECUNDÁRIAErupção cutânea não pruriginosa, máculo-

papular, acometendo tronco, palmas das mãos e plantas dos pés

Linfadenopatia generalizada, indolorCondilomata lataLesões de mucosa “em placa”Febre, adinamia, astenia

Page 24: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 25: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 26: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 27: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 28: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 29: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 30: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

FASE LATENTE FASE LATENTE Após o quadro secundário desaparecer, tem início uma

fase de latência em que o diagnóstico somente pode ser feito através de uma resposta positiva a testes sorológicos para sífilis;

Como recidivas de quadro secundário podem ocorrer até quatro anos após o contato, essa fase latente é dividida em:

Latente precoce ou recente: recidivas possíveis; Latente tardia: recidivas muito improváveis; 75% das recidivas de secundarismo ocorrem no

primeiro ano após o contato e são uma conseqüência de uma disfunção da imunidade celular (ex: durante o último trimestre da gravidez);

Page 31: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

FASE TERCIÁRIAFASE TERCIÁRIA Doença ativa com manifestações clínicas

aparentes ou inaparentes; Desenvolve-se em até 1/3 dos pacientes não

tratados; Maioria das lesões envolvem o vaso da artéria

aorta ou de artérias do SNC, ou ambos; O resto consiste principalmente de GUMAS, lesão

granulomatosa característica com um centro coagulado ou amorfo e endarterite de pequenos vasos;

A pele, fígado, ossos e baço são os sítios onde mais comumente se desenvolvem as gumas;

Page 32: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Manifestações clínicasManifestações clínicas

SÍFILIS TERCIÁRIALesões de pele, ossos e tecido celular

subcutâneoLesões cardiovasculares

– Aneurisma de aorta– Insuficiência aórtica

Neurossífilis

Page 33: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Manifestações clínicasManifestações clínicas SÍFILIS CONGÊNITA Risco de transmissão: 50 a 70% em gestantes com

sífilis primária, secundária ou latente precoce Pode ser assintomática em 2/3 dos casos Baixo peso ao nascer, rinite,

hepatoesplenomegalia, anemia, lesões ósseas Natimorto Pode apresentar manifestações de sífilis precoce

nos primeiros dois anos de vida ou mais tarde

Page 34: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

MALFORMAÇÕES MALFORMAÇÕES CONGÊNITASCONGÊNITAS

Lesões ósseas de sífilis congênita: necrose de epífises.

Page 35: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Lesões perianais de sífilis congênita.

Page 36: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Sífilis Congênita

Page 37: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.
Page 38: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

SorologiaSorologia

Testes não treponêmicos– VDRL, RPR, ART, RST, EIA, TRUST– Positivos 1-4 semanas após o cancro primário,

6 semanas após exposiçãoTestes treponêmicos

– TP-PA, MHA-TP, FTA-ABS– Positivos antes do RPR

Page 39: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

TratamentoTratamento

Sífilis primária, secundária e latente com menos de 1 ano de duração– Penicilina benzatina 2.400.000 U IM– Doxiciclina 100 mg via oral 12/12h por 14 dias– Gestantes com alergia à penicilina:

Eritromicina 40 mg/Kg/dia por 14 dias

Page 40: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

TratamentoTratamento

Sífilis latente com mais de 1 ano de duração:– Penicilina benzatina 2.400.000 U IM 1 vez por

semana por 3 semanas seguidas.– Eritromicina por 28 dias

Neurossífilis: – Penicilina cristalina G 3-4 milhões U IV 4/4 h

(16-24 milhões por dia) por 10-14 dias

Page 41: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Outras opções terapêuticasOutras opções terapêuticas

CeftriaxoneAzitromicina

Page 42: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Reação de Jarisch- HerxheimerReação de Jarisch- Herxheimer

Reação febrilAdinamia e dores articulares8 a 12 horas após tratamentoMais comum na sífilis recenteNão se trata de alergia Duração de poucas horasTratar com sintomáticos

Page 43: Sífilis. GENERALIDADES Doença sistêmica transmissão: via de regra sexual FASES – Incubação – Primária – Secundária – Latente – Terciária.

Acompanhamento sorológicoAcompanhamento sorológico

Primária, secundária e latente recente: – 1, 3, 6, 12 e 24 meses após o tratamento

Latente tardia e terciária:– 12 e 24 meses após o tratamento

Neurossífilis:– 6, 12 e 24 meses após o tratamento

HIV+:– 1, 3, 6, 12 e 24 após tratamento e depois anualmente