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Dermatologia Principais temas para provas SIC CLÍNICA MÉDICA

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Principais temas para provas

SIC CLÍNICA MÉDICA

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Abril, 2018Proibida a reprodução total ou parcial.

Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados

à Medcel Editora e Eventos Ltda.Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Principais temas em Dermatologia / Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2018. -- (Principais temas em Dermatologia)

1. Dermatologia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

© 2018 by

PRINCIPAIS TEMAS EM DERMATOLOGIAAlexandre Evaristo Zeni Rodrigues

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais

Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite

Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro

Diagramação: Diego Cunha Sachito -Jorlandi Ribeiro - Jovani Ribeiro - Paulo Sergio Gualtieri

Criação de Capa: R2 Editorial

Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore

Preparação de Originais: Andreza Queiroz

Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza

Revisão de Texto e de Provas: Caroline R. dos Anjos - Marcela Zuchelli Marquisepe -

Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida

Serviços Editoriais: Eliane Cordeiro - Tatiana Alves

Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

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Autoria e colaboração

Alexandre Evaristo Zeni RodriguesGraduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Der-matologia pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Professor assistente do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU).

Atualização 2018Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

Assessoria didáticaAndrey Augusto Malvestiti

Revisão de conteúdoDaniela Andrea Medina Macaya

Revisão técnicaCinthia Ribeiro Franco

Dan Yuta NagayaEdivando de Moura Barros

João Guilherme Palma UrushimaLuan Forti

Lucas Kenzo MiyaharaMariana da Silva Vilas Boas

Matheus Fischer Severo Cruz HomemNadia Mie Uwagoya Taira

Priscila Schuindt de Albuquerque SchilRyo Chiba

Viviane Aparecida QueirozWilian Martins Guarnieri

William Vaz de SousaYuri Yamada

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Apresentação

O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo, obri-gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las.

Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas práti-cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno, como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo.

Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel, forma-da por profissionais das áreas pedagógica e editorial e médicos das mais diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o alu-no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao fi-nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar o gabarito de imediato.

Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.

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Índice

Capítulo 1 - Dermatologia normal ................. 15

1. Da anatomia à fi siologia ..........................................16

2. Lesões elementares .................................................21

3. Cicatrização normal ................................................ 25

4. Queloides.................................................................... 26

Resumo ............................................................................ 28

Capítulo 2 - Doenças infectocontagiosas virais ................................................................... 29

1. Introdução .................................................................. 30

2. Verrugas ..................................................................... 30

3. Herpes ..........................................................................32

4. Molusco contagioso ................................................ 38

5. Nódulo dos ordenhadores .................................... 39

6. Doenças exantemáticas .........................................40

7. Doença mão-pé-boca .............................................. 46

8. Manifestações cutâneas na dengue ...................47

9. Manifestações cutâneas na zika e na chikungunya ..............................................................48

Resumo ............................................................................48

Capítulo 3 - Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas ......................................... 49

1. Introdução .................................................................. 50

2. Impetigo e ectima .................................................... 50

3. Furúnculos, carbúnculos e abscessos................ 52

4. Erisipela ......................................................................53

5. Celulite .........................................................................55

6. Síndrome estafi locócica da pele escaldada ..... 56

Resumo ............................................................................ 58

Capítulo 4 - Doenças infectocontagiosas bacterianas crônicas ........................................59

1. Hanseníase .................................................................60

2. Sífi lis ............................................................................. 66

3. Sífi lis congênita ..........................................................72

Resumo .............................................................................76

Capítulo 5 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses superfi ciais......................77

1. Introdução .................................................................. 78

2. Dermatofi toses ........................................................ 78

3. Micoses por leveduras ........................................... 82

Resumo ............................................................................ 86

Capítulo 6 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses profundas ....................... 87

1. Introdução ..................................................................88

2. Esporotricose ............................................................88

3. Cromomicose ............................................................ 89

4. Paracoccidioidomicose ..........................................90

5. Mucormicose ..............................................................93

6. Criptococose ...............................................................93

Resumo ............................................................................ 94

Capítulo 7 - Doenças infectocontagiosas – protozoárias e parasitárias ............................95

1. Introdução .................................................................. 96

2. Leishmaniose............................................................. 96

3. Escabiose .................................................................... 99

4. Pediculose .................................................................101

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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5. Miíase ......................................................................... 102

6. Tungíase .................................................................... 104

7. Larva migrans ......................................................... 105

Resumo .......................................................................... 106

Capítulo 8 - Doenças eczematosas .............107

1. Introdução ................................................................ 108

2. Eczema de contato ................................................ 108

3. Eczema atópico ........................................................ 112

4. Eczema seborreico ................................................. 115

5. Eczema numular ...................................................... 117

6. Eczema disidrótico ................................................. 119

7. Fotoeczemas ............................................................. 121

Resumo ...........................................................................124

Capítulo 9 - Doenças eritematodescamativas ...............................125

1. Psoríase ......................................................................126

2. Pitiríase rósea de Gilbert ...................................... 131

3. Pitiríase rubra pilar ............................................... 134

4. Parapsoríases ..........................................................136

5. Eritrodermias .......................................................... 138

6. Eritemas figurados ................................................. 141

Resumo .......................................................................... 144

Capítulo 10 - Doenças inflamatórias ...........145

1. Doenças papulopruriginosas .............................. 146

2. Doenças bolhosas ...................................................152

3. Doenças de vasos e lesões ulceradas ...............163

Resumo ...........................................................................178

Capítulo 11 - Reações alérgicas e farmacodermias – lato sensu .......................179

1. Introdução ................................................................ 180

2. Farmacodermias .................................................... 180

3. Eritema multiforme............................................... 184

4. Síndrome de Stevens-Johnson/necrólise

epidérmica tóxica ..................................................185

5. Urticárias .................................................................. 188

6. Outras farmacodermias de relevância clínica 191

Resumo ...........................................................................192

Capítulo 12 - Medicina interna .....................193

1. Introdução ................................................................ 194

2. Sarcoidose ................................................................ 194

3. Amiloidoses ..............................................................197

4. Porfirias .................................................................... 201

5. Pelagra ......................................................................206

6. Colagenoses ............................................................ 208

Resumo ..........................................................................224

Capítulo 13 - Tumores malignos .................. 225

1. Pré-malignos ............................................................226

2. Carcinoma basocelular ..........................................231

3. Carcinoma espinocelular .....................................234

4. Melanoma cutâneo ...............................................238

5. Linfomas e leucemias ...........................................242

Resumo .........................................................................248

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Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas

Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

Serão abordadas neste capítulo as infecções bacterianas agudas, divididas como se segue: impetigo e ectima, em que a infecção superfi cial da pele é causada por Strep-tococcus (causa de impetigo crostoso) ou Staphylococcus (causa de impetigo bolhoso) e cuja forma evolutiva com úlcera mais profunda é o ectima; furúnculos, carbúnculos e abscessos, os primeiros causados por Staphylococcus, envolvendo o folículo piloso e o tecido circunjacente e que, quando se conectam profundamente com a dis-seminação do quadro, fazem surgir os carbúnculos, ao passo que as coleções supurativas maiores e mais profundas são os abscessos; erisipela, infecção normal-mente desencadeada por Streptococcus, dependente de porta de entrada para seu desenvolvimento e que se apresenta como placa bem delimitada, acompanhada de dor local, adenomegalia reacional e febre com calafrios, afetando principalmente os membros inferiores; celu-lite, uma infecção bacteriana de pele e subcutâneo com envolvimento de estruturas mais profundas, como fás-cia, músculos e tendões e que se apresenta como placa mal delimitada, dolorosa, afetando principalmente sítios cirúrgicos; síndrome da pele escaldada estafi locócica, uma dermatite esfoliativa e bolhosa causada por toxinas epidermolíticas de Staphylococcus e praticamente res-trita a crianças, podendo ocorrer surtos epidêmicos em berçários e creches.

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O ectima normalmente é uma lesão única, ulcerada, com fundo puru-lento e borda crostosa circundada por eritema, costuma ser dolorosa e, por sua vez, é comum principalmente nos membros inferiores.

Figura 1 - Pápulas, placas e exulcerações com crostas melicéricas nas regiões perioral e perinasal caracterizando impetigo crostoso

Figura 2 - Além das lesões erosivas cros-tosas, lesões bolhosas que indicam infec-ção por S. aureus

E - Métodos diagnósticosO aspecto clínico oferece o diagnóstico, sem a necessidade de exames confirmatórios. A cultura e o antibiograma podem ser solicitados se não há resposta ao tratamento empírico inicial. Aquela também é reali-zada na mucosa nasal nos casos recorrentes. No exame anatomopato-lógico do impetigo bolhoso, a clivagem é intraepidérmica, logo abaixo da camada granulosa.

F - TratamentosA maioria dos casos é resolvida com o uso de sabões antissépticos e antibióticos tópicos (mupirocina, ácido fusídico, entre outros). Alguns casos disseminados requerem antibióticos sistêmicos, como cefalospo-rinas (cefalexina) ou macrolídeos (azitromicina). Atenção deve ser dada à escolha do antibiótico correto (Tabela 1).

A mupirocina tópica pode ser usada na mucosa nasal para tratar os carreadores, em um regime de 1 semana/mês.

Diante de um caso de impetigo bolhoso, devem-se evitar penicilina e seus derivados, devido ao fato de S. aureus ser resistente naturalmente.

Tabela 1 - Agente causador e tratamento dos impetigos

Crostoso Bolhoso

Agentes Mais Streptococcus (principalmente S. pyogenes) do que Staphylococcus

Sempre Staphy-lococcus aureus

Antibióticos Penicilina ou derivados Cefalosporinas

Importante Em casos recorrentes de impetigo, deve-se pro-ceder à descolonização bacteriana do paciente e familiares com uso de antibióticos tópicos.

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Doenças eczematosas

Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

Neste capítulo, serão abordados os eczemas, também denominados dermatites. Clinicamente são semelhantes, sendo a vesícula a lesão inicial, evoluindo para exulce-ração com crosta sobre base eritematosa e, por fi m, liquenifi cação. São desencadeados por diferentes meca-nismos, sendo o diagnóstico clínico dependente de anamnese minuciosa e o tratamento, com base em cor-ticoterapia tópica e afastamento do agente causal, quando possível. O eczema de contato tem 2 variantes: por irritante primário e de contato alérgico. O primeiro independe de sensibilização prévia e costuma ser desen-cadeado por produtos ácidos e cáusticos, com as lesões limitadas às áreas de contato direto. Já o eczema alérgico necessita de contato prévio, com formação de antígenos e manifestações clínicas somente no contato posterior. O eczema atópico, por sua vez, é uma doença multifatorial que leva a intenso prurido, com períodos apresentando manifestações exuberantes intercalados por períodos de acalmia. Para a confi rmação diagnóstica, são utiliza-dos critérios, sendo os maiores: prurido, quadro crônico recorrente, lesões eczematosas típicas (nas faces exten-soras em crianças e nas dobras em adultos) e história pessoal de atopia; já os critérios menores são: pele xeró-tica, dermografi smo branco , prick test positivo ou IgE positiva, cataratas anteriores subcapsulares, ceratocone, pitiríase alba, ceratose pilar e prega de Dennie-Morgan. O eczema seborreico relaciona-se a áreas ricas em glân-dulas sebáceas, onde o fungo saprófi ta Malassezia furfur desencadeia a doença. Sua forma leve é popularmente denominada caspa. Portadores de HIV e doenças neu-rológicas têm apresentações clínicas exuberantes, com intensa descamação no couro cabeludo, na face e no tronco. Já o eczema numular recebe essa denomina-ção pela aparência clínica da lesão, em forma de moeda. Pele xerótica associada a desbalanço da fl ora bacte-riana, com predomínio do S. aureus, e hiperatividade mastocitária levam a esse quadro, que invariavelmente deve ser manejado com o emprego de antibióticos. No eczema disidrótico, predominam vesículas em regiões palmoplantares, podendo haver associação a infecções fúngicas ou bacterianas. E, nos fotoeczemas, as lesões são desencadeadas pela exposição solar, apresentando--se demarcadas em regiões corpóreas fotoexpostas. Podem ter caráter fotoalérgico (associado a medica-mentos, por exemplo) ou fototóxico (“queimaduras” por plantas).

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Figura 4 - Eczema crônico: eritema, descamação e liquenificação

d) Métodos diagnósticosNa maioria dos casos, só se chega ao agente implicado com a ajuda do teste de contato (patch test). Por intermédio dele, determina-se a qual substância o paciente está sensibilizado e, a partir daí, pela história clínica, faz-se a correlação com o produto que pode estar sendo uti-lizado; por exemplo, um indivíduo que tenha positividade no teste de contato para a neomicina e que vinha usando pomada para tratamento de úlcera varicosa. Vale ressaltar que o teste de contato não deve ser realizado com quadro agudo ativo, pois aumenta a incidência de falsos positivos.

O níquel é a principal substância causadora de dermatite de contato alérgica (Tabela 1).

Tabela 1 - Agentes mais implicados nas dermatites de contato alérgicas

Níquel O principal, encontrado na liga de diversos materiais metálicos (relógios, bijuterias, cintos etc.)

Neomicina Antibiótico usado em diversas pomadas

Dicromato de potássio Encontrado em cimento/construção civil

Formaldeído Conservantes de diversos cosméticos

Parabeno Conservantes de diversos cosméticos

Parafenileno-diamina Tinturas de cabelo

Tabela 2 - Teste de contato de acordo com a ocupação profissional

Ocupações Produtos alergênicos

Positividade dos testes cutâneos

Construção civil Cimento Dicromato de potássio

Borracheiros Aceleradores de borracha Carba mix

Profissionais de saúde Desinfetantes Formaldeído

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sQuestõesDermatologia

Dermatologia normal

2016 - UFS1. Com relação aos queloides, é correto afi rmar que: a) são mais prevalentes em pacientes de pele escurab) são mais comuns nos membros inferiores do que nos

superioresc) ocorrem mais frequentemente em brancos caucasia-

nos do que em hispânicos d) podem ser evitados por técnica cirúrgica adequada

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2013 - AMP 2. Com relação à terminologia descritiva da morfologia de lesões cutâneas individuais, considere as alternati-vas a seguir e assinale a correta:a) erosão é a perda circunscrita da epiderme e da der-

me, podendo acometer a hipoderme e tecidos subja-centes

b) dermatite de contato se manifesta a lesão tipo bolhac) vesícula é uma lesão elevada e circunscrita, com fl ui-

do seroso claro ou hemorrágico de menos de 1cm de diâmetro

d) nódulo é a elevação fi rme, circunscrita e achatada da pele, com margens palpáveis e bem demarcadas

e) ictiose se manifesta com lesão tipo placa e urtica

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

Doenças infectocontagiosas virais

2017 - INEP - REVALIDA 3. Uma mulher de 60 anos, previamente hígida, relata, em atendimento médico, lesões cutâneas bastante do-lorosas no dorso, surgidas há menos de 24 horas. Ao exame físico, evidencia-se a presença de erupção vesi-culosa sobre base eritematosa de localização unilateral no trajeto do dermátomo T3. Com base nessas informa-ções e na principal hipótese diagnóstica para o caso, é correto afi rmar que:a) o tratamento antiviral oral previne a dor crônica por

neuralgia

b) a dor crônica por neuralgia é uma complicação fre-quente e debilitante

c) a amitriptilina não deve ser indicada no controle da dor crônica por neuralgia

d) a dor intensa provocada por neurite aguda é caracte-rística raramente presente na apresentação clínica

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2016 - SES-PE4. Uma paciente de 65 anos, portadora de mieloma múl-tiplo, em tratamento com bortezomibe, passou a apre-sentar dor intercostal intensa, com surgimento de vesí-culas após 2 dias, que ocupavam mais de 3 dermátomos. Sobre o caso, é correto afi rmar que:a) deve receber tratamento com aciclovir oral, na dose

de 800mg, 5x/d, por 7 diasb) seu risco de neuralgia pós-herpética é baixo, e não

existe necessidade de terapia específi ca com a fi nali-dade de prevenir a ocorrência dessa complicação

c) o início precoce da terapia antiviral reduz a intensida-de e a duração da neuralgia pós-herpética

d) o uso de corticoide associado ao antiviral é essencial para a prevenção da neuralgia pós-herpética

e) não haverá necessidade de vacinação contra herpes-zóster após a resolução desse episódio, já que a infec-ção desencadeia imunidade que impede a recorrência

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Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas

2015 - INEP - REVALIDA 5. Um homem de 46 anos compareceu a consulta médi-ca na Unidade Básica de Saúde relatando febre alta e calafrios que se iniciaram durante a noite. Além disso, descreve aparecimento de dor na perna esquerda. Com antecedentes de varizes e edema crônico nos membros inferiores, ao exame físico apresenta Tax = 39°C, PA = 140x90mmHg e FC = 100bpm. Além disso, observam-se extenso eritema, edema e aumento de temperatura no membro inferior esquerdo, com dermatofi tose (tinea pedis), manifestando-se como descamação e fi ssuras interdigitais no pé esquerdo. No centro da lesão, visu-

Page 13: SIC - Amazon S3...Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8. Gabarito = C Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação

Derm

atol

ogia

Com

entá

riosComentários

Dermatologia

Dermatologia normal

Questão 1. Analisando as alternativas:a) Correta. Sabidamente há maior incidência de queloi-des em pacientes afrodescendentes. b) Incorreta. A porção superior do corpo sempre é mais afetada pelos queloides. O ombro é um dos locais mais frequentes, assim como a região esternal e o pavilhão auricular.c) Incorreta. Os brancos caucasianos formam a popula-ção com menor incidência de queloides.d) Incorreta. A técnica não infl uencia o desenvolvimento do quadro de queloides, pois depende de fatores genéti-cos e imunológicos do paciente.Gabarito = A

Questão 2. Analisando as alternativas:a) Incorreta. Erosão é uma perda superfi cial, podendo che-gar, no máximo, à derme superfi cial e não à hipoderme.b) Incorreta. Pode ter bolhas, mas não é o típico (placas, eritema e descamação, sim).c) Correta. A bolha é maior que 1cm.d) Incorreta. Se o nódulo é elevado, não pode ser acha-tado.e) Incorreta. Manifesta-se com descamação ictiosiforme (tipo escamas de peixe).Gabarito = C

Doenças infectocontagiosas virais

Questão 3. O caso em questão é sobre herpes-zóster em uma paciente hígida, que acomete apenas um dermáto-mo. Analisando as alternativas:a) Incorreta. Várias linhas de evidência sugerem que a terapia antiviral acelera a resolução das lesões cutâne-as e a neurite aguda do herpes-zóster. No entanto, não está claro se a terapia antiviral evita a dor crônica devi-do a resultados de estudos confl itantes, que se devem em parte a diferentes metodologias de avaliação da dor, duração do seguimento do paciente e defi nição da neu-ralgia pós-herpética.b) Correta. A dor pós-herpética é uma das complicações mais frequentes do herpes-zóster, sendo encontrada em

aproximadamente 10 a 15% de todos os pacientes com zóster. Indivíduos com mais de 60 anos representam 50% desses casos. A dor pós-herpética pode ser condi-ção severa associada a disfunção psicossocial profunda.c) Incorreta. Os antidepressivos tricíclicos, a gabapenti-na e a pregabalina são geralmente os fármacos de 1ª es-colha para o tratamento da dor crônica. Dessa forma, a amitriptilina pode ser utilizada como opção terapêutica.d) Incorreta. Neurite aguda. A dor é a o sintoma mais co-mum do herpes-zóster. Aproximadamente 75% dos pa-cientes têm dor prodrômica no dermátomo onde a erup-ção cutânea aparece posteriormente. A dor prodrômica pode ser constante ou intermitente e pode preceder a erupção cutânea por dias a semanas. Gabarito = B

Questão 4. O enunciado relata um caso de herpes-zóster com neuralgia em um paciente imunossuprimido (nor-malmente ocupa um dermátomo e neste caso são 3). Analisando as alternativas:a) Incorreta. Se fosse um caso em imunocompetente, estaria correto, mas, pelo risco em imunossuprimido, é necessário iniciar o tratamento por via endovenosa.b) Incorreta. Nos pacientes idosos o risco é maior. A te-rapia específi ca antirretroviral precoce reduz o risco de neuralgia.c) Correta. É melhor iniciar terapia antiviral nas primei-ras 24 a 48 horas do começo do quadro.d) Incorreta. O uso de corticoide associado ao antiviral ainda não é consensual, pois os estudos são confl itantes.e) Incorreta. A vacina contra o herpes-zóster é indicada após o 1º episódio para evitar recorrências (a infecção não desencadeia imunidade permanente). Neste caso é bem indicada, pois o paciente tem maior chance pelo tra-tamento com biológico.Gabarito = C

Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas

Questão 5. Trata-se claramente de um quadro de erisi-pela constatada pelo quadro febril e pelos calafrios (bac-teriemia). Além disso, há uma porta de entrada, que é a tinha do pé. Analisando as alternativas:a) Incorreta. Amicacina tem cobertura contra Gram ne-gativos, e os agentes mais frequentes são Staphylococ-cus e Streptococcus.