SÃO PAULO, 02 DE DEZEMBRO DE 2015. · próximos cinco anos em energia renovável na África, a fim...
Transcript of SÃO PAULO, 02 DE DEZEMBRO DE 2015. · próximos cinco anos em energia renovável na África, a fim...
SÃO PAULO, 02 DE DEZEMBRO DE 2015.
Cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti é amanhã
Uma das mais importantes premiações brasileiras, o Prêmio Jabuti, que neste ano
chega à sua 57ª edição, terá cerimônia de entrega amanhã, a partir das 19h30, no
Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Serão revelados os autores vencedores de livro
ficção e não ficção. Neste ano, o tradicional prêmio do livro, que foi criado em 1958,
contempla 27 categorias, entre elas estão biografia, capa, contos e crônicas e projeto
gráfico. São três vencedores para cada uma delas.
No quesito reportagem e documentário, quem leva a melhor é A Casa da Vovó – Uma
Biografia do Doi – Codi (1969-1991), o Centro de Sequestro, Tortura e Morte da
Ditadura Militar, título assinado por Marcelo Godoy e que saiu pela Alameda Casa
Editorial.
Cerimônia do 57º Prêmio Jabuti</CF> – Literatura. Amanhã, a partir das 19h30. No
Auditório Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral – Parque Ibirapuera. Portão 2. São
Paulo. Tel.: 3717-0735. Grátis (sujeito a disponibilidade de lugares).
Conheça alunos de escola pública campeões de olimpíada de astronomia
Mudanças climáticas devem levar a nova crise de refugiados, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (1º) que o
mundo passará por uma nova crise de refugiados caso os países não se comprometam
com uma ação ambiciosa para evitar as mudanças climáticas. "Se deixarmos o mundo
continuar aquecendo rapidamente como está, então teremos que dedicar mais e mais
dos nossos recursos para se adaptar às várias consequências das mudanças climáticas.
Este é um imperativo econômico e de segurança que temos que enfrentar agora."
Em encontro paralelo à Conferência do Clima de Paris (COP21), Obama recebeu
dirigentes de países insulares, como os caribenhos Santa Lúcia e Barbados, Papua Nova
Guiné, Kiribati e Ilhas Marshall, na Oceania. Ele os citou como exemplos de áreas
destruídas com as mudanças climáticas. "Estes não são os países mais populosos ou
influentes, mas suas populações estão entre as mais vulneráveis à devastação", disse o
americano.
O mandatário disse entender a beleza e a fragilidade da vida nestas ilhas por ser um
"garoto insulano" -o presidente americano nasceu no Havaí. E pediu um financiamento
global a estes países para que se adaptem às mudanças. Obama defendeu ainda que o
acordo final da COP21 tenha poder de responsabilizar localmente os dirigentes que
não cumpram as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa.
Embora tenha defendido uma punição aos governantes que violarem os objetivos de
redução internamente, ele disse que as metas de emissões estabelecidas para cada
país não devem ter a força dos tratados. Por outro lado, afirmou que um acordo global
deve ter cláusulas transparentes e revisões periódicas dos objetivos da redução de
gases poluentes. Ele fazia referência aos cinco anos sugeridos pelos negociadores para
revisão. A frase sobre a responsabilização legal é uma referência aos republicanos, que
já disseram que vão barrar a aprovação do acordo climático no Congresso. Alas mais
radicais do partido não acreditam no aquecimento global.
Eletricidade
Nesta terça, a França prometeu investir 8 bilhões de euros (R$ 32 bilhões) nos
próximos cinco anos em energia renovável na África, a fim de aumentar a parcela da
população com acesso à eletricidade. Em encontro com líderes de 12 países, o
presidente François Hollande comenta sobre mudanças, como erosão costeira,
desertos e seca. "O mundo, em particular o desenvolvido, deve ao continente africano
na questão ambiental."
Enquanto isso, líderes mundiais, especialmente sul-americanos, defenderam a
preservação das florestas e criticaram a redução dos parques nacionais. As reservas
absorvem boa parte das emissões de combustíveis fósseis do mundo.
Grupo usa humor para alertar sobre mudanças climáticas
Maria Júlia Coutinho acompanha a Conferência do Clima em Paris. Encontro reúne
representantes de cerca 200 países para discutir o clima
Assista, aqui.
A Maria Júlia Coutinho acompanha a Conferência do Clima em Paris. Ela encontrou um
grupo de jovens brasileiros que desde 2013 faz piada com a mudança climática.
"Aqui na França é difícil tomar banho por causa do frio, mas no Brasil tem uma galera
que não está se ligando que está difícil tomar banho porque está acabando a água", diz
o ativista do Clímax Brasil Luciano Frontelle.
O grupo usa o humor pra falar de um assunto bem sério. Veja só a relação da Floresta
Amazônica com a água que sai da torneira da sua casa.
“Grande parte das chuvas que caem, por exemplo, no Brasil, no Sul e no Sudeste vem
de regiões como a Amazônia, que funciona como verdadeiras bombas d’água,
mandam essas chuvas pra regiões produtoras de alimentos, pra região que produzem,
por exemplo, energia através das hidrelétricas, onde estão os reservatórios que fazem
a água chegar nas nossas torneiras. A floresta está presente no dia a dia das pessoas. A
gente tem que zerar o desmatamento, eliminar ele. Podemos fazer isso, temos
tecnologia, e áreas abertas já suficientes pra expandir a agricultura, desenvolver o país
sem precisar desmatar mais nenhum palmo de floresta”, comenta Marcio Astrini,
coordenador de políticas públicas do Greenpeace.
Início da COP21: colchões infláveis, furtos de garrafinhas e o fóssil do dia
VAI QUE...
A África do Sul comprou colchões infláveis para mobiliar a sala de sua delegação no
pavilhão da COP21. Os africanos estão prevendo várias madrugadas de negociações
intensas na semana que vem.
NOBREZA
O evento sobre florestas do qual participaram o príncipe Charles e o rei Gustavo, da
Suécia, na manhã de terça-feira, teve uma cena inusitada: no painel da Indonésia, o
moderador e os panelistas começaram a brigar, e o próprio moderador surpreendeu
ao responder, ele mesmo, a uma das perguntas da plateia. “Esta pergunta é para o
governo, mas eu vou responder como cidadão”.
A COBIÇADA
O objeto do desejo da COP21 é a Gobi, uma garrafa d’água estilosa que os delegados
recebem de brinde num “pacote de boas-vindas” da conferência. Gobis sem nome na
etiqueta são surrupiadas impiedosamente – para desgosto profundo dos proprietários,
já que ninguém tem direito a uma segunda.
FÓSSIL DO DIA
O primeiro Fóssil do Dia de Paris, o antiprêmio concedido pelas ONGs a quem mais
atrapalha as negociações, foi dado à Nova Zelândia e à Bélgica na segunda-feira. A
Nova Zelândia recebeu o troféu por declarar que lidera a reforma dos subsídios aos
combustíveis fósseis e ao mesmo tempo aumentar o financiamento à produção de
combustíveis. A Bélgica, entre outras coisas, porque seu ministro do Meio Ambiente
perdeu o trem para a abertura da COP por estar ocupado reativando usinas nucleares.
RAIO DO DIA
Um raro prêmio de incentivo dado pela Climate Action Network, uma coalizão de 950
entidades, foi concedido nesta terça-feira. O Raio do Dia foi para o grupo de 43 países
do Fórum das Nações Vulneráveis, cujos líderes anunciaram um compromisso de
descarbonizar suas economias em 2050 – e, desta forma, tentar evitar um
aquecimento global de mais de 1,5ºC neste século.
Apenas 10% da população gera metade do CO2 mundial
Uma parcela de 10% da população, de maior poder aquisitivo, responde por 50% das
emissões de combustíveis fósseis que provocam o aquecimento global, enquanto a
metade mais pobre contribui com apenas 10%, revela nesta quarta-feira (2) a Oxfam,
organização que combate a pobreza.
A discussão sobre como compartilhar a responsabilidade da redução das emissões de
gases do efeito estufa e a forma de ajudar os países mais vulneráveis à mudança
climática estão entre os temas mais polêmicos das negociações sobre o clima
promovidas pelas Nações Unidas.
“Os ricos e maiores emissores devem se responsabilizar por suas emissões, não
importa onde vivam, mas se esquece com facilidade que as economias em rápido
desenvolvimento são também o lugar da maioria das pessoas mais pobres do mundo
e, ao mesmo tempo, têm de assumir sua parte equitativa”, destacou Tim Gore,
responsável por política climática na Oxfam, para quem “os países ricos devem dar o
exemplo”.
O relatório destaca que uma pessoa entre o 1% mais rico utiliza 175 vezes mais
carbono em média do que uma entre os 10% mais pobres.
Os países ricos e em desenvolvimento continuam muito divididos sobre a questão da
“diferenciação”, ou seja, de como dividir a responsabilidade da redução das emissões
de gases do efeito estufa procedentes da queima de carvão, petróleo e gás.
Os países em desenvolvimento defendem que os países ocidentais, que têm poluído
durante muito mais tempo, devem assumir um compromisso maior para reduzir a
emissão de gases causadores do efeito estufa.
Também pedem garantias de financiamento para ajudá-los na transição até energias
renováveis menos poluentes, no reforço da defesa contra os impactos da mudança
climática – aumento do nível do mar, secas e tempestades – e na cobertura de danos
inevitáveis.
“Esperamos que os países desenvolvidos assumam objetivos ambiciosos e os persigam
sinceramente. Não é apenas uma questão de responsabilidade histórica, eles contam
também com mais espaço para cortar”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra
Modi, durante a abertura da conferência do clima em Paris.
Muitos países ricos, liderados pelos Estados Unidos, rejeitam a ideia de uma
abordagem “diferenciada”, com obrigações impostas a um grupo de países, mas não
aos demais.
Brasil vê ‘vontade política’ dos EUA em aceitar acordo do clima
obrigatório
Em sua primeira entrevista coletiva na COP21, a Conferência do Clima da ONU, em
Paris, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, elogiou o presidente dos EUA. Ela
disse nesta terça-feira (1) ter visto um sinal de boa vontade de Barack Obama ao
declarar que o próximo acordo para redução de gases do efeito estufa devera ter
mecanismos de cumprimento obrigatório.
O americano afirmou na tarde desta terça-feira (1) em Paris que deseja ver um acordo
que tenha um dispositivo “legalmente vinculante” – transformado em lei dentro de
cada país – para redução de gases de efeito estufa. A afirmação sinaliza uma mudança
de discurso dos Estados Unidos, que até a semana passada não falava em força legal
para o tratado.
“É uma sinalização clara da vontade politica do governo Obama de ter um acordo em
Paris”, disse Izabela. “Ele indica um caminho que é distinto daquele que estava aqui
quando chegamos [à COP21] , quando os Estados Unidos teriam uma posição contrária
a qualquer instrumento de decisão de Paris que fosse legalmente vinculante.”
A eventual transformação de um acordo internacional em lei é um formato que
Obama vinha procurando evitar, porque a maioria republicana no Congresso dos EUA
provavelmente se recusaria a endossá-lo.
‘Contra faroeste’ – Izabella, porém, vê a força de lei como necessária. “Somos contra o
‘faroeste do carbono’, onde cada um faz o que quer”, disse, defendendo em Paris
posição alinhada à da União Europeia, para quem o acordo deve ter vínculo legal.
A declaração de Obama, porém, deixou em aberto sobre se a força de lei no acordo a
ser assinado em Paris será para o cumprimento de metas de corte de emissões
propostas por cada país ou apenas para o monitoramento das emissões. A diplomacia
americana aventou nos últimos dias a ideia de um acordo “híbrido”, no qual alguns
dispositivos teriam força legal e outros não.
Izabella, no entanto, deu a entender que o Brasil não aceitaria um acordo no qual
países não sejam obrigados a cumprir as metas que eles mesmos se propuseram a
implementar como preparação para a COP21. Os EUA, agora, se propõem a cortar suas
emissões em até 28% até 2025, em relação aos níveis de 2025.
“O Brasil não aceita ‘backsliding’ [retrocesso]“, afirmou Izabella. “Queremos que
avance. Não estamos querendo colocar uma meta para depois um dizer que não vai
cumprir meta.”
Acordo deve ser ‘socialmente vinculante’
O acordo do clima de Paris não deverá ter peso de lei como se espera, mas as metas
anunciadas publicamente pelos países trazem um outro tipo de peso: elas são
“socialmente vinculantes”, nas palavras do ex-presidente do México, Felipe Calderón.
Em 2010, como organizador da conferência de Cancún, o então presidente mexicano
foi um dos grandes responsáveis por recolher os destroços da negociação
internacional de clima, danificada após Copenhague, e restabelecer a confiança entre
os países. Depois disso, tornou-se um dos organizadores do relatório anual Nova
Economia do Clima, que mostra oportunidades econômicas no combate à mudança
climática.
Segundo ele, mesmo que não haja como forçar os países a cumprir seus planos
climáticos nacionais, as chamadas INDCs, o fato de esses países terem assumido suas
metas como compromisso público vincula seu cumprimento à cobrança da sociedade.
“O acordo terá de se construir sobre a credibilidade dos países e sobre o prestígio ou o
desprestígio que eles vão querer enfrentar no futuro”, afirmou ao Observatório do
Clima.
A discussão sobre a forma legal do acordo do clima voltou com força total na COP21.
Na abertura da conferência, na segunda-feira, vários chefes de Estado pediram que
Paris firmasse um acordo “legalmente vinculante”, ou seja, com peso de lei
internacional. É uma forma de pressionar os Estados Unidos, cuja oposição sistemática
a esse tipo de resultado vitimou o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Copenhague, e
poderia vitimar o Acordo de Paris.
Os EUA têm dado sinais contraditórios a esse respeito. Poucas semanas antes da
COP21, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que Paris não produziria
“um tratado”, o que foi interpretado como oposição a qualquer resultado com algum
peso legal.
Nesta terça-feira, o presidente Barack Obama causou reboliço em Paris ao declarar,
durante uma entrevista, que o acordo deve incluir um mecanismo de transparência
comum, em que seja possível verificar as metas colocadas pelos países para o acordo
do clima, e que esse mecanismo deveria ser “legalmente vinculante”.
“É uma sinalização clara da vontade política dos Estados Unidos de avançar nas
negociações”, animou-se a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.
“Mas também não quer dizer que isso é a solução de Paris”.
Tanto Obama quanto Kerry, na verdade, só reafirmaram uma posição antiga e
conhecida dos Estados Unidos: o país não vai assinar nenhum novo compromisso
internacional que dependa de aprovação do Congresso. Ao mesmo tempo, está aberto
a um acordo que inclua uma revisão periódica agregada de todas as INDCs – sem
apontar o dedo para países individuais, nem fazer auditorias internacionais no
cumprimento das metas de cada um – e uma apresentação obrigatória também
periódica desses compromissos, que hoje os países são apenas convidados a
apresentar.
Ou seja, depois de Paris, as INDCs perderiam o “i” de “intended” (“pretendidas”) e
passariam a ser apenas contribuições nacionalmente determinadas. Paris produziria,
assim, um sistema misto, parte voluntário, parte obrigatório.
Dentes
Os EUA dependem do Senado para ratificar qualquer tratado internacional, e o Senado
americano tem histórico de não fazê-lo. Antes mesmo de George W. Bush abandonar o
Protocolo de Kyoto, em 2001, os senadores já o haviam rejeitado, por unanimidade.
Acontece que um acordo do clima efetivo precisa ter “dentes”, ou seja, precisa forçar
os países de alguma forma a seu cumprimento. Do contrário, cada um faz o que quer e
o planeta torra.
Uma saída para a sinuca começou em 2011, na própria criação do processo que
fechará Acordo de Paris. Em vez de dizer que a COP21 produziria um protocolo, o texto
incorporou uma frase do então negociador-chefe do Brasil, Luiz Figueiredo, que falava
em “desenvolver” um protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado
com força legal.
A última parte dessa frase deixa uma brecha aberta para que o novo acordo tenha
força de lei, já que ele será celebrado sob a Convenção do Clima da ONU, um tratado
legalmente vinculante que foi ratificado pelos EUA.
Outro passo foi a definição das metas. Em vez de serem impostas de cima para baixo a
todos os países, elas são nacionalmente determinadas. A INDC americana foi montada
pelo presidente Barack Obama de modo a poder ser cumprida sem passar pelo
Congresso, só com regulações antipoluição baixadas pelo Executivo.
Felipe Calderón lembra que ser legalmente vinculante, no sentido estrito, não é
garantia de que o acordo terá sucesso. “O que às vezes é legalmente obrigatório acaba
sendo totalmente voluntário, na medida em que alguns países podem rejeitar quando
dá vontade, como fez o Canadá ao rejeitar o Protocolo de Kyoto.”
A discussão sobre a forma legal, portanto, não deverá impedir o acordo em Paris.
“Creio que em Paris haverá um acordo, definitivamente, e será um bom acordo”,
afirma o ex-presidente. “Mas também será insuficiente.”
Cantareira completa duas semanas seguidas de alta
O Sistema Cantareira completou duas semanas consecutivas de alta nesta terça-feira
(1). O nível do sistema, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo,
passou de para 19,5% para 19,6%. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp).
O manancial começou o mês com chuva e a média histórica prevista para dezembro é
de 219,4 milímetros. No mês passado, foram 197,6 milímetros de chuva, 23,1% acima
da média histórica, de 160,4 mm. O volume fica atrás apenas do verificado em 2009,
quando a precipitação total no conjunto de represas, considerando os 30 dias do mês,
foi de 237,6 milímetros.
Apesar da chuva, o Cantareira segue utilizando o volume morto e não se recuperou da
forte seca que o atingiu no ano passado.
Os outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também subiram na
terça-feira.
O índice de 19,6% desta segunda considera o volume acumulado em relação ao
volume útil. Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia
passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume
total de água do Cantareira e era de 15,1% nesta segunda. O terceiro índice leva em
consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume
útil e era de -9,7% na manhã de terça-feira.
Volume Morto – A Sabesp acredita que o Cantareira deve sair do volume morto no fim
de abril de 2016. A probabilidade de isso ocorrer é de 97,6%, informou a companhia
nesta segunda-feira (16). A estimativa leva em consideração dados históricos dos
últimos 85 anos. Apesar disso, a empresa reafirma que é importante continuar
economizando água.
Balanço de inverno – O Cantareira teve o inverno mais chuvoso desde 2009, segundo
levantamento do G1 feito com base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A
estação, que começou em 21 de junho, terminou às 5h20 do dia 23 de setembro.
O manancial recebeu 188,9 milímetros de chuva no período, maior marca dos últimos
seis anos. A precipitação é 82% maior que a do inverno do ano passado, quando
choveram 103,5 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atrás: 323,8 mm, em
2009.
Apesar do balanço positivo de chuvas, o sistema seguiu perdendo água durante a
estação e ainda está operando no volume morto.